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CLASSE INSECTA: MOSCAS, MOSQUITOS E PULGAS 
MOSQUITOS (Ordem Diptera, Subordem Nematocera) 
● Morfologia: 
 
○ Corpo fino e alongado. 
 
○ Antenas longas e plumosas (machos) ou finas (fêmeas). 
 
○ Apenas as fêmeas picam (hematófagas). 
 
○ Possuem asas finas e longas. 
 
● Ciclo de vida: 
 
○ Holometábolo (ovo → larva → pupa → adulto). 
 
○ Ovos são depositados na água. 
 
○ Larvas aquáticas, respiram por sifão. 
 
○ Ex: Culex, Aedes, Anopheles. 
 
MOSCAS (Ordem Diptera, Subordem Brachycera) 
● Morfologia: 
 
○ Corpo mais robusto que os mosquitos. 
 
○ Antenas curtas. 
 
○ Boca adaptada à lambedura (mosca doméstica) ou picada 
(Stomoxys). 
 
○ Uma única asa funcional, com halteres no lugar da segunda asa. 
 
● Ciclo de vida: 
 
○ Também holometábolo. 
 
○ Algumas espécies causam miíase (infestação por larvas). 
 
● Principais gêneros para estudo: 
 
○ Mosca doméstica (Musca domestica): vetor mecânico de doenças. 
 
○ Stomoxys calcitrans: hematófaga, transmite doenças. 
 
○ Gasterophilus spp.: miíase gástrica em equinos. 
 
○ Oestrus ovis: miíase nasal em ovinos. 
 
○ Dermatobia hominis: miíase furunculóide em humanos e animais. 
 
○ Família Sarcophagidae: larvas nas fezes, algumas espécies 
causam miíase. 
 
PULGAS (Ordem Siphonaptera, Família Pulicidae) 
● Morfologia: 
 
○ Sem asas. 
 
○ Corpo achatado lateralmente (facilita movimento entre os pelos). 
 
○ Pernas traseiras adaptadas ao salto. 
 
○ Boca sugadora (hematófagas). 
 
● Ciclo de vida: 
 
○ Holometábolo. 
 
○ Larvas vivem no ambiente (não no animal). 
 
○ Ex: Ctenocephalides felis (pulga do gato/cão). 
 
FORMAS EVOLUTIVAS DOS INSETOS (Holometábolos) 
Todos esses insetos (moscas, mosquitos e pulgas) têm metamorfose completa: 
● Ovo 
 
● Larva 
 
● Pupa 
 
● Adulto 
 
É importante saber que as formas larvais são bem diferentes do adulto. Por 
isso, o controle muitas vezes deve focar nas formas jovens (larvas, ovos), que 
estão no ambiente. 
PROTOZOÁRIOS: MORFOLOGIA, CICLO DE VIDA E FORMAS DE 
APRESENTAÇÃO 
FORMAS EVOLUTIVAS DOS PROTOZOÁRIOS 
1. Amastigota 
 
○ Sem flagelo visível. 
 
○ Encontrada dentro de células (ex: Leishmania). 
 
2. Promastigota 
 
○ Flagelo anterior. 
 
○ Forma presente no vetor (ex: flebotomíneo da Leishmania). 
 
3. Epimastigota 
 
○ Flagelo lateral, núcleo anterior ao cinetoplasto. 
 
○ Presente em vetores como o barbeiro (Trypanosoma). 
 
4. Tripomastigota 
 
○ Flagelo completo, com membrana ondulante. 
 
○ Forma infectante no sangue (ex: T. cruzi). 
 
Outras formas importantes: 
● Trofozoíto: forma ativa e alimentadora. 
 
● Cisto: forma resistente e infectante (ex: Giardia, Entamoeba). 
 
PROTOZOOSES: AGENTES, TRANSMISSÃO E CICLO DE VIDA 
 
Doença Agente 
etiológico 
Transmissão Ciclo 
Leishmaniose Leishmania 
spp. 
Picada de 
flebotomíneo 
(mosquito-palha) 
Amastigota (homem) ↔ 
Promastigota (vetor) 
Toxoplasmose Toxoplasma 
gondii 
Ingestão de 
oocistos (fezes de 
gatos) 
Ciclo enteroepitelial em 
felinos; humanos = 
hosp. intermediário 
Doença de Chagas Trypanosom
a cruzi 
Fezes do barbeiro 
(Triatoma 
infestans) 
Tripomastigota 
(sangue) ↔ Amastigota 
(tecidos) 
Tripanossomíase 
Africana 
Trypanosom
a brucei 
Picada da mosca 
tsé-tsé 
Tripomastigota → 
Epimastigota (vetor) 
Hepatozoonose Hepatozoon 
spp. 
Ingestão do vetor 
(carrapato 
infectado) 
Ciclo complexo: 
reprodução no 
carrapato 
Babesiose Babesia 
spp. 
Picada de 
carrapato (ex: 
Rhipicephalus) 
Forma piriforme nos 
eritrócitos 
Giardíase Giardia 
duodenalis 
Ingestão de cistos 
(água ou 
alimentos) 
Trofozoíto (intestino) ↔ 
Cisto (forma infectante) 
Malária Plasmodium 
spp. 
Picada da fêmea 
do Anopheles 
Esquizogonia hepática 
e eritrocítica 
Coccidioses Eimeria spp. Ingestão de 
oocistos 
Hosp. definitivo — 
reprodução sexuada 
no intestino 
CICLOS DE VIDA DETALHADOS (PROTOZOÁRIOS MAIS 
IMPORTANTES) 
Leishmania spp. – Leishmaniose 
● Hospedeiro definitivo: mamíferos (incluindo humanos e cães). 
 
● Vetores: flebotomíneos (mosquito-palha, gênero Lutzomyia). 
 
Ciclo: 
1. Flebotomíneo pica e injeta a forma promastigota. 
 
2. Dentro dos macrófagos → promastigotas → amastigotas (sem flagelo). 
 
3. Amastigotas se multiplicam e rompem as células. 
 
4. Outro mosquito pica e ingere amastigotas → se transformam em 
promastigotas no intestino do vetor. 
 
5. Promastigotas migram para a tromba → prontos para nova infecção. 
 
Giardia duodenalis – Giardíase 
● Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos. 
 
Ciclo: 
1. Ingestão do cisto → chega ao intestino delgado. 
 
2. Libera dois trofozoítos por cisto → se multiplicam. 
 
3. Alguns se encistam → cistos são eliminados nas fezes. 
 
4. Cisto resiste no ambiente e é infectante. 
 
Toxoplasma gondii – Toxoplasmose 
● Hospedeiro definitivo: felinos (onde ocorre reprodução sexuada). 
 
● Hospedeiros intermediários: praticamente todos os mamíferos e aves. 
 
Ciclo: 
1. Gato elimina oocistos não esporulados nas fezes → após 1–5 dias 
tornam-se esporulados. 
 
2. Humanos ou outros animais ingerem os oocistos ou carne crua com 
bradizoítos (forma em cistos teciduais). 
 
3. No organismo, bradizoítos → taquizoítos → se espalham rapidamente 
pelos tecidos. 
 
4. Taquizoítos podem voltar a formar cistos nos tecidos. 
 
Plasmodium spp. – Malária 
● Vetores: fêmeas do Anopheles. 
 
Ciclo (resumo): 
1. Mosquito injeta esporozoítos. 
 
2. No fígado → esquizogonia hepática → libera merozoítos. 
 
3. Merozoítos infectam hemácias → esquizogonia eritrocítica. 
 
4. Alguns merozoítos viram gametócitos. 
 
5. Mosquito pica e ingere → gametas se fundem no intestino → nova 
geração de esporozoítos. 
 
MIÍASES – TIPOS E EXEMPLOS 
Miíase = infestação por larvas de mosca nos tecidos de animais ou humanos. 
Tipos: 
1. Obrigatória: a larva precisa do hospedeiro para completar o ciclo. 
 
○ Ex: Dermatobia hominis (larva penetra na pele humana/animal). 
 
○ Gasterophilus spp. (miíase gástrica em equinos). 
 
2. Facultativa: a larva pode se desenvolver em matéria orgânica ou no 
hospedeiro. 
 
○ Ex: Lucilia spp. (mosca-varejeira). 
 
3. Acidental: ingestão acidental de ovos ou larvas. 
 
○ Ex: em alimentos contaminados. 
 
PROTOZOOSES 
Parasita Doença Hospedeiro Transmissão 
Eimeria spp. Coccidiose Bovinos, aves, 
suínos 
Ingestão de oocistos nas 
fezes 
Babesia spp. Babesiose Cães, bovinos Carrapato (Rhipicephalus ou 
Boophilus) 
Hepatozoon spp. Hepatozoo
nose 
Cães Ingestão do carrapato 
infectado 
Toxoplasma 
gondii 
Toxoplasmo
se 
Gatos e outros Carnivorismo ou fezes 
felinas 
 
TERMINOLOGIA FUNDAMENTAL 
Termo Significado 
Hematófago Se alimenta de sangue (ex: pulgas, Stomoxys, mosquito). 
Holometábolo Inseto com metamorfose completa: ovo → larva → pupa → 
adulto. 
Vetores biológicos O parasita se desenvolve dentro do vetor (ex: flebotomíneo, 
mosquito Anopheles). 
Vetores 
mecânicos 
O vetor apenas carrega o agente (ex: mosca doméstica 
com fezes no corpo). 
Cisto Forma de resistência e infecção (ex: Giardia, Entamoeba). 
Trofozoíto Forma ativa do protozoário que se alimenta e se reproduz 
no hospedeiro. 
 
Musca domestica 
Categoria Informação 
Nome científico Musca domestica 
Família Muscidae 
Ordem Diptera (duas asas) 
Tipo de metamorfose Holometábola (completa: ovo → larva → pupa → adulto) 
Ambiente de postura Lixo, fezes, ração úmida, matéria orgânica 
Tempo de ciclo 
completo 
7 a 14 dias (dependente da temperatura) 
Morfologia do adulto Corpo acinzentado, 6–7 mm, olhos grandes, asas 
transparentes, boca lambedora 
Larva Branca, sem pernas, corpo cilíndrico 
Pupa Dentro de cápsula dura (puparium) 
Importância Vetor mecânico de bactérias, protozoários e ovos de 
helmintos 
Locais comuns Estábulos, currais, cozinhas, lixões, clínicas 
veterinárias 
Danos aos animais Contaminação de alimentos e feridas, estresse, 
transmissão de doenças

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