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1Concordância Nominal e Regência Verbal Concordância Nominal e Regência Verbal Lilia Gonçalves Anexo Incluso Mesmo Próprio Caro Proibido Pouco Quite Meio Próprio Obrigado Bastante Barato Agradecido Leso 2Concordância Nominal e Regência Verbal Sumário Introdução ......................................................................................................... 03 Objetivos .......................................................................................................... 04 Estrutura do conteúdo .................................................................................... 04 Concordância Nominal e Regência Verbal Tópico 1: Concordância Nominal ................................................................... 05 Tópico 2: Concordância Verbal ......................................................................... 08 Tópico 3: Regência Verbal ................................................................................ 11 3.1 Regência Verbal: casos especiais ............................................... 12 Resumo ............................................................................................................. 17 Leitura Complementar ..................................................................................... 18 Referências Bibliográfi cas ............................................................................... 19 3Concordância Nominal e Regência Verbal Seja bem-vindo(a) ao conteúdo “Concordância Nominal e Verbal e Regência Verbal”. Neste material serão apresentadas as regras de concordância nominal e verbal, e de regência verbal. Veremos que concordância é o mecanismo pelo qual as palavras modifi cam suas terminações para se adequarem umas às outras dentro de um contexto comunicativo. A relação de concordância pode se dar entre os verbos e o sujeito, o que é denominado de concordância verbal, assim como entre o substantivo, o adjetivo, o numeral, o artigo e o pronome, resultando na concordância nominal. Um outro fenômeno que veremos será a regência verbal, que diz respeito a relação de complementação que os termos mantém entre si para que haja signifi cação, verifi cando se um termo pede ou não complemento. Bons estudos! 4 Estrutura do Conteúdo Objetivo s Concordância Nominal e Regência Verbal Esperamos que ao fi nal deste conteúdo você seja capaz de: 1. Reconhecer as regras de concor- dância nominal e verbal; 2. Reconhecer as regras de regência verbal; 3. Instrumentalizar o educando a realizar a correção gramatical do texto de modo adequado. Para melhor compreensão do conteúdo, este material foi dividido de acordo com os seguintes tópicos: 1. Concordância Nominal 2. Concordância Verbal 3. Regência Verbal 5Concordância Nominal e Regência Verbal 1. Concordância Nominal Concordância nominal é, como o próprio nome diz, o ato de concordar, sendo assim, o artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o numeral concordam com o nome a que se referem. Mas de que forma isso acontece? Em gênero: masculino e feminino Em número: singular e plural Veja abaixo alguns casos de concordância nominal: a) O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo. Ex.: O mercado editorial está aquecido. b) O adjetivo deverá estar no masculino e no plural quando estiver posposto a dois ou mais substantivos de gênero e número diferentes. Ex.: Os jornalistas e o fotógrafo eminentes chegaram cedo ao local da reportagem. Neste caso, entende-se que os jornalistas e o fotógrafo são eminentes. c) Há a possibilidade, também, de o adjetivo concordar com o substantivo mais próximo, porém o sentido da oração altera. Ex.: Os jornalistas e o fotógrafo eminente chegaram cedo ao local da reportagem. Neste caso, somente o fotógrafo é eminente. d) O adjetivo, anteposto a dois ou mais substantivos, concorda, geralmente, com o mais próximo. Ex.: As estudiosas Carolina e Camila fazem a mesma disciplina. 6Concordância Nominal e Regência Verbal f) Quando o sujeito for um pronome de tratamento, o predicativo concorda com o sexo da pessoa a quem nos dirigimos. Ex. 1: Vossa Excelência está preocupado. (homem) Ex. 2: Vossa Excelência está preocupada. (mulher) g) As expressões, “É BOM”, “É NECESSÁRIO”, “É PROIBIDO” não variam. No entanto, se o sujeito vier antecedido de artigo ou palavra equivalente, a concordância será obrigatória. Ex. 1: É proibido entrada de estranhos. Ex. 2: É proibida a entrada de estranhos. h) Quando as palavras são adjetivas, devem concordar com o nome a que se referem. Seguem esta regra as seguintes palavras: ANEXO, INCLUSO, MESMO, PRÓPRIO, OBRIGADO, AGRADECIDO, GRATO, APENSO, QUITE, LESO. Obs.: a expressão “em anexo” fi ca invariável. Ex. 1: As declarações seguem anexas. / Ex. 2: Os documentos vão inclusos. Ex. 3: Ela mesma fez o requerimento. / Ex. 4: Elas próprias fi zeram os requerimentos. Ex. 5: Cecília disse: “obrigada”. / Ex. 6: Wagner disse: “obrigado”. Ex. 7: Elas estavam agradecidas pela colaboração. / Ex. 8: Os gerentes fi caram gratos pela confi ança dos clientes. Ex. 9: Os relatórios estão apensos aos autos. / Ex. 10: Os estudantes estão quites com a tesouraria. Ex. 11: Aquelas pessoas cometeram crime de lesa-soberania/ leso-patriotismo. Ex. 12: As fotos seguem em anexo. e) O predicativo concorda em gênero e número com o sujeito. Ex.: Os pesquisadores estão comprometidos com as descobertas. 7Concordância Nominal e Regência Verbal i) As palavras BASTANTE, MEIO, MUITO, POUCO, CARO, BARATO, LONGE e SÓ podem funcionar como adjetivo ou advérbio. Elas seguem a seguinte regra: como adjetivo, estarão ligadas a um substantivo e concordarão normalmente com ele. Entretanto, como advérbio, elas estarão ligadas a um verbo, a um adjetivo ou a outro advérbio e fi carão invariáveis. Obs.: a locução adverbial “a sós” é invariável e signifi ca “sem mais companhia”, portanto pode ser usada com sujeito no singular também. Ex. 1: Bastantes pessoas compareceram ao show ontem. (bastante está ao lado do substantivo, sendo assim um adjetivo) Ex. 2: Os alunos são bastante inteligentes. (bastante está ao lado de um adjetivo, sendo assim um advérbio) Ex. 3: É meio-dia e meia (hora). / Ex. 4: A diretora estava meio preocupada pela manhã. Ex. 5: Muitas enfermeiras foram ao Congresso em São Paulo. Ex. 6: As alunas estudaram muito. / Ex. 7: Poucos alunos faltaram hoje. Ex. 8: Eles gastaram pouco. Ex. 9: As jaquetas eram caras./ Ex. 10: As blusas custaram caro. Ex. 11: As bolsas eram baratas. j) A expressão TAL QUAL, determinante, concorda em gênero e número com os elementos determinados. Assim também ocorre com a palavra TAL como determinante. Ex. 1: João era tal qual seu pai. / Ex. 2: José era tal quais seus irmãos. / Ex. 3: As provas foram tais quais as aulas. l) Com a palavra POSSÍVEL só irá para o plural se houver determinantes no plural como artigos (os, as). Caso contrário, fi cará invariável. Ex. 1: Histórias o mais possível belas. / Ex. 2: Artigos os menos polêmicos possíveis. 8Concordância Nominal e Regência Verbal 2. Concordância Verbal Geralmente o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número: • Ex. 1: A ecologia está em alta. (3ª pessoa do singular) • Ex. 2: Os últimos acontecimentos geraram uma queda no turismo naquela região. (3ª pessoa do plural) Veja algumas regras: a) O verbo vai para a 3ª pessoa do plural caso o sujeito seja composto e anteposto ao verbo. Se o sujeito composto é posposto ao verbo, este irá para o plural ou concordará com o substantivo mais próximo. Mesmo na concordância atrativa, o verbo refere-se, ideologicamente, a todos os elementos mencionados. • Ex. 1: Luís e Laura passaram na prova. • Ex. 2: Chegaram o aluno e a professora cedoà palestra. • Ex. 3: Chegou o professor e a aluna cedo à palestra. (os dois chegaram cedo à palestra) • Ex. 4: Entraram os professores e o aluno representante na sala do diretor. Eu e ela somos amigos Há muitos anos... Deve haver pessoas... Faz 20 minutos que... 9Concordância Nominal e Regência Verbal b) O verbo haver, no sentido de existir ou referindo-se a tempo, é impessoal, não admite sujeito. O mesmo ocorre com o verbo fazer, referindo-se a tempo. Estes verbos fi cam na 3ª pessoa do singular. As locuções, com esses verbos, fi carão no singular também. • Ex. 1: Há meses não vejo meus amigos. / Ex. 2: Havia pessoas interessantes no curso. • Ex. 3: Faz vinte minutos que ele saiu daqui. / Ex. 4: Deve haver pessoas que não fi zeram a prova. (deve haver = há = impessoal no sentido de existir) • Ex. 5: Deve fazer oito anos que não o vejo. (deve fazer = faz = impessoal = tempo decorrido) O verbo haver, quando não possui o sentido de existir, é o primeiro verbo da locução. • Ex. 1: Haviam ocorrido fraudes no último concurso. (Ocorreram ...) / Ex. 2: Haviam feito boas provas de português. (Fizeram ...) c) O verbo fi cará no singular ou no plural se o sujeito coletivo for especifi cado com substantivo no plural. • Ex. 1: Um bando chegou ao estúdio. / Ex. 2: Um bando de jornalistas chegou (ou chegaram) ao estúdio. d) Havendo exclusão na palavra, o verbo fi ca no singular. Se o verbo se referir aos dois sujeitos, irá para o plural. • Ex. 1: Flamengo ou Vasco ganhará o campeonato. (Somente um time poderá ser campeão, portanto há ideia de exclusão) • Ex. 2: O ônibus ou a barca passam em Niterói. (Os dois transportes passam em Niterói.) 10Concordância Nominal e Regência Verbal Se o substantivo é um nome próprio usado com artigo plural, o verbo concordará com o artigo. • Ex. 1: Os Estados Unidos atacaram o Iraque. / Ex. 2: O Amazonas fi ca no norte do país. • Ex. 3: Os Lusíadas contam a viagem de Vasco da Gama. (Em nomes de obras, dá- se o singular, quando o verbo “ser” vier seguido de palavra no singular ou se surgir a palavra “livro”). / Ex. 4: Os Sertões é o livro de Euclides da Cunha. e) Quando aparece nas expressões É MUITO, É POUCO, É SUFICIENTE, É BASTANTE, que denotam quantidade, distância, peso etc., o verbo ser fi ca sempre no singular. • Ex. 1: Cem metros é pouco. / Ex. 2: Dez quilos é sufi ciente. f) Quando o sujeito, que indica quantidade aproximada, é formado de um número plural precedido das expressões CERCA DE, MAIS DE, MENOS DE, o verbo vai para o plural. • Ex. 1: Cerca de cem pessoas compareceram ao salão de convenções. / Ex. 2: Restaram, na reunião, mais de cinco empresários. A expressão MAIS DE UM deixa o verbo no singular. Se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai para o plural. • Ex. 1: Mais de um aluno chegou atrasado. / Ex. 2: Mais de um político se criticaram. (ideia de reciprocidade) / Ex. 3: Mais de um amigo se cumprimentaram. (ideia de reciprocidade) g) Quando o SE é “pronome apassivador”, o verbo concorda com o sujeito paciente. Isso ocorre com os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos. Portanto, a frase está na voz passiva sintética. 11Concordância Nominal e Regência Verbal 3. Regência Verbal Regência verbal é a relação entre o verbo e seus complementos. Dessa forma, observar a regência de um verbo é verifi car se ele é regido ou não por preposição. Veja a regência de alguns verbos: Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em. • Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Florianópolis. Obs.: muitas pessoas dizem “Cheguei em casa”, mas, segundo a norma culta, o correto é dizer: “Cheguei a casa”. O verbo chegar e ir são intransitivos e, por isso, exigem a preposição a (em negrito) quando indicam lugar. Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em. • Ex.: Ele mora em São Paulo./ Marcelo reside em Curitiba. Namorar – não se usa preposição. • Ex.: Clarice namora Guilherme. Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a. • Ex. 1: Aluga-se casa no Itanhangá. (Casa é alugada no Itanhangá – sujeito = casa) • Ex. 2: Vendem-se casas e apartamentos no Itanhangá. (sujeito= casas e apartamentos) • Ex. 3: Consertam-se sapatos. / Ex. 4: Ofereceram-se bolsas de estudo aos melhores alunos do curso. h) Quando o SE é “índice de indeterminação do sujeito”, o verbo fi ca no singular. Isso ocorre com os verbos transitivos indiretos, intransitivos ou de ligação. • Ex. 1: Precisa-se de webdesigners. / Ex. 2: Trabalha-se muito aqui. • Ex. 3: Está-se feliz estudando. / Ex. 4: Confi a-se em professores especializados. 12Concordância Nominal e Regência Verbal • Ex.: Eles obedecem às regras./ O fi lho desobedeceu ao pai. Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com. • Ex.: Simpatizo com Miguel./ Antipatizo com meu professor de Matemática. Estes verbos não são pronominais, portanto, são considerados construções erradas quando aparecem acompanhados de pronome oblíquo: Simpatizo-me com Miguel./ Antipatizo-me com meu professor de Matemática. (ERRADO) Preferir - este verbo exige dois complementos, sendo que um usa-se SEM preposição e o outro com a preposição a. • Ex.: Prefi ro francês a espanhol. 3.1 Regência verbal: casos especiais ASPIRAR VISAR ESQUECER/ LEMBRAR QUERERASSISTIR PROCEDER PAGAR / PERDOAR INFORMAR Casos especiais! 13Concordância Nominal e Regência Verbal 1 - Aspirar a) No sentido de cheirar, sorver: usa-se SEM preposição. • Ex.: Aspirou o ar puro da fazenda. b) No sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. • Ex.: Esta era a vida a que aspirava. 2 - Assistir a) No sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se com ou sem a preposição a. • Ex.: O médico assistia os pacientes. • Ex.: O médico assistia aos pacientes. b) No sentido de ver, presenciar: exige a preposição a. • Ex.: Não assistimos ao show. c) No sentido de caber, pertencer: exige a preposição a. • Ex.: Assiste ao homem tal direito. d) No sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em. • Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo. 3 - Esquecer/lembrar a) Quando não forem pronominais: são usados SEM preposição. • Ex.: Esqueci o nome do monitor. b) Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de. • Ex.: Lembrei-me do nome de todos. 14Concordância Nominal e Regência Verbal Na tradução do título do fi lme Home alone (sozinho em casa) ou “Esqueceram de mim 2”, há uma inadequação quanto à regência. Segundo a norma culta, o título deveria ser, então, “Esqueceram-se de mim” ou “Esqueceram-me”. 4 - Visar a) No sentido de mirar, usa-se SEM preposição. • Ex.: Disparou o tiro visando o alvo. b) No sentido de dar visto, usa-se SEM preposição. • Ex.: Visaram os documentos. c) No sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição a. • Ex.: Viso a uma situação melhor. 5 - Querer a) No sentido de desejar, usa-se SEM preposição. • Ex.: Quero viajar nas próximas férias. b) No sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a. • Ex.: Quero muito aos meus amigos. 6 - Proceder a) No sentido de ter fundamento, usa-se SEM preposição. • Ex.: Suas queixas não procedem. 15Concordância Nominal e Regência Verbal b) No sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição de. • Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo. c) No sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a. • Ex.: O delegado procedeu a uma investigação criteriosa. 7 - Pagar/perdoar a) Se tem por complemento palavra que denote qualquer coisa que não esteja relacionado a pessoa, não exigem preposição. • Ex.: Ela pagou a conta do restaurante. b) Se tem por complementopalavra que denote pessoa, são regidos pela preposição a. • Ex.: Perdoou a todos. 8 - Informar a) No sentido de comunicar, avisar e dar informação, admite duas construções: 1) pode-se informar alguém de alguma coisa (regido pelas preposições de ou sobre). • Ex.: Informou todos do ocorrido. 2) pode-se informar alguma coisa a alguém. • Ex.: Informou o ocorrido a todos. Obs.: os verbos noticiar, avisar, cientifi car e proibir têm o mesmo tipo de regência que o verbo “informar”. 16Concordância Nominal e Regência Verbal 9 - Implicar a) No sentido de causar, acarretar, usa-se SEM preposição. • Ex.: Esta decisão implicará sérias consequências. b) No sentido de envolver, comprometer: usa-se dois complementos, um direto e um indireto, com a preposição em. • Ex.: Implicou o negociante no crime. c) No sentido de antipatizar: é regido pela preposição com. • Ex.: Implica com ela todo o tempo. 10- Custar a) No sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. • Ex.: Custou ao aluno entender o problema. b) No sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se SEM preposição. • Ex.: O carro custou-me todas as economias. c) No sentido de ter valor, se estiver relacionado a preço, usa-se SEM preposição. • Ex.: Imóveis na zona sul custam caro. 17Concordância Nominal e Regência Verbal Estudamos as regras de concordância nominal e verbal. A concordância nominal é a concordância em gênero e número do artigo, do adjetivo, do pronome adjetivo e do numeral adjetivo com o nome a que se referem. Alguns casos: o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo; o adjetivo posposto a dois ou mais substantivo de gênero e número diferentes ou vai para o masculino/plural ou concorda com o substantivo mais próximo; o adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos concorda, geralmente, com o mais próximo; o predicativo concorda em gênero e número com o sujeito, quando o sujeito for um pronome de tratamento; o predicativo concorda com o sexo da pessoa a quem nos dirigimos, etc. Na concordância verbal, o verbo, geralmente, concorda com o sujeito em pessoa e número. Algumas regras: o verbo vai para a 3ª pessoa do plural caso o sujeito seja composto e anteposto ao verbo. Se o sujeito composto é posposto ao verbo, este irá para o plural ou concordará com o substantivo mais próximo. O verbo haver, no sentido de existir ou referindo-se a tempo, é impessoal, não admite sujeito. O mesmo ocorre com o verbo fazer, referindo-se a tempo. O verbo fi cará no singular ou no plural se o sujeito coletivo for especifi cado com o substantivo no plural. Havendo exclusão na palavra ou, o verbo fi ca no singular. Se o verbo se referir aos dois sujeitos, irá para o plural. Um outro assunto que estudamos foi a regência verbal. Aprendemos que a regência verbal é a relação entre o verbo e seus complementos. Dessa forma, observar a regência de um verbo é verifi car se ele é regido ou não por preposição. Em seguida, analisamos a regência de alguns verbos, entre eles: chegar/ir, morar/residir, namorar, obedecer/ desobedecer, simpatizar/antipatizar e preferir. Depois vimos alguns casos especiais, a saber: pagar/perdoar, aspirar, assistir, esquecer/lembrar, informar, implicar, visar, custar, querer e proceder. O verbo aspirar, por exemplo, no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. No sentido de almejar, pretender, exige-se a preposição a. O verbo assistir, no sentido de prestar assistência, socorrer: usa-se com ou sem a preposição a. No sentido de ver, presenciar, exige a preposição a. No sentido de caber, pertencer exige a preposição a, e no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em. O verbo esquecer/ lembrar quando não forem pronominais: são usados sem preposição. Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de. O verbo visar, no sentido de mirar e dar visto, usa-se sem preposição. Já no sentido de ter em vista, objetivar, é regido pela preposição a. Essas, entre outras, foram algumas regras apresentadas sobre regência verbal. Essas foram algumas regras de concordância nominal e verbal. O objetivo é que recorram a elas na hora de redigir seus textos. 18Concordância Nominal e Regência Verbal http://cantodoescritor.blogspot.com.br/2009/10/o-assassino-era-o-escriba-paulo.html. Acesso em: 06 dez 2014. 19Concordância Nominal e Regência Verbal ABREU, Antônio Suárez. Curso de redação. São Paulo: Ática, 2003. BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001. CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
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