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FFAACCUULLDDAADDEE DDEE CCIIÊÊNNCCIIAASS AAGGRRÁÁRRIIAASS EE VVEETTEERRIINNÁÁRRIIAASS 
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Camila de Castro Neves 
 
Orientadora: Profa. Dra. Cíntia Lúcia Maniscalco 
 
 
 
 
 
 
 
 
DDiisssseerrttaaççããoo ddee MMeessttrraaddoo aapprreesseennttaaddaa àà 
FFaaccuullddaaddee ddee CCiiêênncciiaass AAggrráárriiaass ee VVeetteerriinnáárriiaass 
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eexxiiggêênncciiaa ppaarraa oobbtteennççããoo ddoo TTííttuulloo ddee MMeessttrree eemm 
CCiirruurrggiiaa VVeetteerriinnáárriiaa -- ÁÁrreeaa ddee CCoonncceennttrraaççããoo eemm 
CCiirruurrggiiaa VVeetteerriinnáárriiaa.. 
 
 
 
 
 
 
 
JABOTICABAL – SÃO PAULO - BRASIL 
Janeiro de 2007 
 
DADOS CURRICULARES DA AUTORA 
 
CAMILA DE CASTRO NEVES – nascida em 15 de Julho de 1975, em São 
Paulo, SP, é Médica Veterinária formada pela Faculdade de Ciências Agrárias 
de Marília – UNIMAR, em dezembro de 2001. Participou do Programa de 
Residência em Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais de março de 2002 a 
janeiro de 2004, na mesma instituição. Em agosto de 2004, ingressou no 
Programa de Pós-graduação, Mestrado, em Cirurgia Veterinária, Área de 
Concentração em Cirurgia Veterinária, da Faculdade de Ciências Agrárias e 
Veterinárias da Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Os animais têm uma honestidade emocional absoluta, porém os seres 
humanos, por uma ou outra razão, podem esconder seus sentimentos, mas os 
animais jamais.” 
 
 (Ernest Hemingway) 
 
 
 
Dedico e ofereço 
 
A Deus, por me conceder a oportunidade de viver. 
 
Aos meus pais por me auxiliarem em todas as etapas de minha vida. 
 
A minha Tia Elza e Tio Pedro (in memoriam) pelo apoio, confiança, 
carinho e amor incondicional que sempre depositaram em minhas decisões. 
 
Aos meus irmãos pela paciência e amizade dedicada. 
 
Ao meu noivo Caramo, por todo amor, apoio e ajuda. 
 
A Profª. Cíntia, pelo apoio, ajuda e paciência. 
 
A todos os colegas, professores e funcionários, pela amizade e 
contribuição indispensável ao meu aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 À Professora Cíntia Lúcia Maniscalco, por ter me concedido a 
oportunidade de crescer profissionalmente, transmitindo aprendizado, 
confiança, ajuda e amizade. Obrigado pela paciência. 
 
 Ao Professor Júlio Carlos Canola, pela contribuição indispensável ao 
meu aprendizado devido à imensa atenção, confiança e amizade. 
 
Ao Professor Gener Tadeu Pereira pela disposição na elaboração das 
análises estatísticas. 
 
 Às pós-graduandas Vanessa Páfaro e Gaby Monteiro pela ajuda e 
sugestões que enriqueceram esta dissertação. 
 
 Ao programa de Pós-Graduação de Cirurgia Veterinária e à Faculdade 
de Ciências Agrárias e Veterinárias Câmpus de Jaboticabal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 Página 
LISTA DE QUADROS............................................................................. 
 
VII 
LISTA DE FIGURAS .............................................................................. 
 
VIII 
RESUMO ................................................................................................ 
 
XI 
ABSTRACT ............................................................................................ 
 
X 
I. INTRODUÇÃO .................................................................................... 
 
1 
II. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................. 
 
2 
III. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................. 
 
9 
1. Local e coleta de dados ..................................................................... 
 
9 
2. Equipamentos radiológicos utilizados ................................................ 
 
9 
3. Técnica radiográfica ........................................................................... 
 
9 
4. Parâmetros de avaliação..................................................................... 
 
10 
5. Análise estatística .............................................................................. 
 
11 
IV. RESULTADOS .................................................................................. 12 
 
1.Alterações Radiográficas .................................................................... 
 
 
19 
 
 
 
Página 
V. DISCUSSÃO ..................................................................................... 
 
24 
VI. CONCLUSÕES ................................................................................. 
 
26 
VII. REFERÊNCIAS ............................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 Página 
Quadro 1. Freqüência (f) e porcentagem (%) das raças de cães com 
suspeita de lesões ósseas mandibulares, quanto ao tipo de 
alteração, radiografados no período de janeiro de 2001 a 
janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006). ........................... 
 
 
 
13 
Quadro 2. Freqüência (f) e porcentagem (%) do sexo dos cães, com 
suspeita de lesões ósseas mandibulares, quanto ao tipo de 
alteração, radiografados no período de janeiro de 2001 a 
janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006)............................. 
 
 
 
14 
Quadro 3. Freqüência (f) e porcentagem (%) da idade dos cães, com 
suspeita de lesão óssea mandibular, quanto ao tipo de 
alteração, radiografados no período de janeiro de 2001 a 
janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006)............................. 
 
 
 
15 
Quadro 4. Freqüência (f) e porcentagem (%) das raças de cães, com 
suspeita de lesões ósseas mandibulares, quanto à região de 
acometimento, radiografados no período de janeiro de 2001 a 
janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006)............................. 
 
 
 
16 
Quadro 5. Freqüência (f) e porcentagem (%) do sexo de cães, com 
suspeita de lesões ósseas mandibulares, quanto à regiãode 
acometimento, radiografados, no período de janeiro de 2001 
a janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006).......................... 
 
 
 
17 
Quadro 6. Freqüência (f) e porcentagem (%) da idade dos cães, com 
suspeita de lesão óssea, quanto à região de acometimento, 
radiografados no período de janeiro de 2001 a janeiro de 
2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006).............................................. 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Página 
Figura 1. Fotografia de peça anatômica - Vista lateral de um ramo 
mandibular de cão: 1. corpo; 2. ramo; 3. processo coronóide; 4. 
processo condilar; 5. processo angular; 6. forames 
mentonianos; 7. dente incisivo; 8. dente canino; 9. dentes 
premolares; 10 dentes molares ................................................... 
 
 
 
 
 
02 
Figura 2. 
Fotografia de peça anatômica - Vista medial de um ramo 
mandibular de cão: 1. forame mandibular; 2. sínfise mandibular.. 
 
 
 
03 
Figura 3. 
Fotografia de peça anatômica. Vista lateral de um ramo 
mandibular de cão com a localização das regiões estudadas: 1. 
região premolar; 2. região molar; 3.região sínfise mandíbula; 4. 
região dos incisivos; 5. região do ramo mandibular...................... 
 
 
 
 
 
10 
Figura 4. 
Imagem radiográfica da mandíbula de um cão, SRD, macho, um 
ano e meio de idade. A seta (� ) indica a localização de uma 
fratura completa bilateral da porção distal dos corpos 
mandibulares em projeção lateral esquerda.................................. 
 
 
 
 
 
19 
Figura 5. 
Imagem radiográfica da mandíbula de um cão da raça Fila 
Brasileiro, fêmea, com nove anos de idade. As setas (�) 
indicam reabsorção óssea na porção distal dos corpos 
mandibulares, sugestivo de neoplasia e a seta (�) indica a 
ausência de dente incisivo medial direito e aumento dos tecidos 
moles ao redor da lesão, em projeção oclusal ventro-dorsal……. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Figura 6. 
Imagem radiográfica da mandíbula de um cão SRD, macho, 
onze anos de idade. A setas indicam várias alterações 
radiográficas como: deslocamento da sínfise mentoniana (�), 
reabsorção nos alvéolos dentários (�) e fratura transversa 
bilateral do terço médio dos corpos mandibulares(�) em 
projeção lateral esquerda……………………………………………. 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Figura 7. Imagem radiográfica de um cão da raça Poodle, macho, com 
cinco anos de idade, com fratura completa da porção média do 
corpo mandibular esquerdo. (A) projeção ventro-dorsal, e (B) 
lateral esquerda............................................................................ 
 
 
 
 
22 
Figura 8. 
Imagem radiográfica da mandíbula de um cão SRD, fêmea, com 
 
 
doze anos de idade. (A) projeção dorso – ventral, (B) projeção 
lateral esquerda. As setas (�) indicam uma fratura completa da 
porção proximal do corpo mandibular esquerdo e fratura de 
sínfise mandibular…………………………………………………….. 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
““EESSTTUUDDOO RRAADDIIOOGGRRÁÁFFIICCOO RREETTRROOSSPPEECCTTIIVVOO DDEE LLEESSÕÕEESS ÓÓSSSSEEAASS 
MMAANNDDIIBBUULLAARREESS EEMM CCÃÃEESS..”” 
 
RESUMO: Com o presente estudo relata-se a freqüência, localização e 
tipo de alterações encontradas em 77 cães com suspeita de lesão óssea na 
mandíbula, em imagens radiográficas, do arquivo do Setor de Radiologia do 
Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel” (HV), da Faculdade de Ciências 
Agrárias e Veterinárias, da Universidade Estadual Paulista (FCAV/UNESP), 
Câmpus de Jaboticabal, SP, no período de janeiro de 2001 a janeiro de 2006, 
correlacionando sexo, idade e raça dos animais. A pesquisa revelou 37 
(48,05%) cães com lesões mandibulares. Dentre os cães acometidos 44,16% 
eram de raça indefinida e 14,29% da raça Poodle. Do total 33,77% eram 
machos e a idade mais afetada estava entre seis e nove anos (23,38%). A 
fratura (38,96%) foi à alteração mais encontrada e o local de maior ocorrência 
foi à região de premolares (24,38%) e molares (10,39%) do corpo da 
mandíbula. 
 
 
Palavras – Chave: lesões ósseas, mandíbula, cães 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“STUDY RECTROSPECTIVE RADIOGRAPHIC OF JAWBONE LESIONS IN 
DOGS” 
 
ABSTRACT: The present study reported the frequency, placement and 
kind of changes in 77 dogs supposed to have lesions at jawbone in radiographic 
images from the Radiological Sector archive, at the Veterinary Hospital 
“Governador Laudo Natel” (HV), of the Veterinary Faculty from São Paulo State 
University (FCAV/UNESP), Jaboticabal, SP, between January 2001 to January 
2006, correlating sex, age and the breed of the animals. The study revealed 37 
(48, 5%) of dogs with jawbone lesions. Among the dogs that were taken ill, 
44,16% had no defined breed and 14,29% were Poodle. They were 33,7% male 
and the most affected age range was between six and nine (23,38%). The 
fracture (38,96%) was the most common change and it occurred most 
frequently in the premolar region (10,39%) and molar region (10,39%) of the 
mandible body. 
 
 
Keywords: jawbone lesions, mandible, dogs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. INTRODUÇÃO 
 
 O exame radiográfico tem seu valor reconhecido para avaliação da 
cabeça, sendo um meio auxiliar de diagnóstico para lesões mandibulares tanto 
no homem como nos animais. 
 As patologias da mandíbula, nos cães, são freqüentemente observadas 
na clínica de pequenos animais. A etiologia e a fisiopatologia destas afecções 
possuem variadas causas, porém existem dúvidas quanto à sua prevalência. O 
conhecimento da distribuição racial, sexual e etária de tais enfermidades é de 
grande importância na orientação diagnóstica. 
Com o presente trabalho objetivou-se avaliar a freqüência, a localização 
e o tipo das lesões ósseas da mandíbula de cães, em imagens radiográficas, 
do arquivo do Setor de Radiologia do Hospital Veterinário “Governador Laudo 
Natel” (HV), da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, da Universidade 
Estadual Paulista (FCAV/UNESP), Câmpus de Jaboticabal, SP, no período de 
janeiro de 2001 a janeiro de 2006, correlacionando sexo, idade e raça dos 
animais. 
 
II. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 As mandíbulas (Fig. 1 e 2) são estruturas ósseas que sustentam os 
dentes inferiores as quais se articulam nas fossas mandibulares dos processos 
zigomáticos dos ossos temporais. As duas mandíbulas unem-se rostralmente 
por uma sínfise, e são divididas em corpo (parte horizontal) e ramo,(parte 
vertical). A metade dorsal do ramo é o processo coronóide. Sua margem 
alveolar contém alvéolos para as raízes dentárias (14 dentes decíduos e 19 
permanentes), a arcada inferior possui um dente molar a mais do que a 
superior. O forame mandibular (Fig. 2:1) é a abertura caudal do canal 
mandibular, que se inicia na base do ramo e atravessa o corpo, por onde 
passam a artéria, a veia e o nervo alveolares inferiores (EVANS & 
DELAHUNTA, 2001; SMITH, 2006). No corpo, em direção à sua extremidade 
rostral (Fig. 1) estão três forames, de onde emergem os ramos mentonianos do 
nervo alveolar inferior e vasos (DYCE et al., 1990).Figura 1. Fotografia de peça anatômica - Vista lateral de um ramo mandibular de cão: 
1. corpo; 2. ramo; 3. processo coronóide; 4. processo condilar; 5. processo 
angular; 6. forames mentonianos; 7. dentes incisivos; 8. dente canino; 9. 
dentes premolares; 10. dentes molares. 
 
 
 
5 
1 
2 4 
3 
6 
7 
8 9 
10 
CCN 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Fotografia de peça anatômica - Vista medial de um ramo mandibular do 
cão: 1. forame mandibular; 2. sínfise mandibular. 
 
Na maioria das espécies, as duas metades da mandíbula estão 
firmemente fundidas, mas no cão (e nos ruminantes) se articulam por meio de 
uma sínfise, formando uma articulação. Esta permite pequenos movimentos 
que asseguram um mecanismo cortante mais efetivo. Embora seja habitual 
descrever duas articulações temporomandibulares, é correto considerá-las 
como metades amplamente separadas de uma única articulação condilar, 
evidentemente, o movimento num lado deve ser acompanhado pelo outro, não 
necessariamente idêntico (DYCE et al., 1990). 
Os estados patológicos que acometem a mandíbula são as fraturas, 
neoplasias, infecções, doenças proliferativas (osteopatia craniomandibular), 
cistos ósseos, luxação da articulação temporomandibular (ATM) e 
hiperparatireoidismo renal secundário (EISNER, 1989; FOSSUM, 2002). 
As fraturas de mandíbula e maxila, de ocorrência freqüente em cães e 
gatos (MARRETA et al., 1990; GOEGGERLE et al., 1996; LOPES et al., 2005), 
somam 3% de todas as fraturas dos caninos e 15% dos felinos (UMPHLET & 
JOHNSON, 1990). São classificadas conforme a etiologia, primariamente como 
traumáticas (incluindo acidentes automobilísticos e por arma de fogo, 
ferimentos por mordedura e queda de lugares altos), patológicas, iatrogênicas 
e idiopáticas (LOPES et al., 2005). Geralmente, caracterizadas por edema, 
desvio dos segmentos ósseos, má oclusão dos dentes e saliva com presença 
de estrias de sangue (FOSSUM, 2002). Aproximadamente em 70 % dos casos 
1 
2 
CCN 
 
 
são abertas e contaminadas (HOELZIER & HOLMBERG, 2001), uni ou 
bilaterais, única ou múltipla (UMPHLET & JOHNSON, 1990). 
As fraturas de sínfise são lesões mais comuns em gatos (73%), e a 
fratura na região pré-molar do corpo mandibular é o local mais freqüente no 
cão. As fraturas maxilares são relativamente raras comparadas com as fraturas 
mandibulares (PIERMATTEI & FLO, 1999). 
As fraturas mandibulares podem ser secundárias ao trauma cefálico, 
periodontite grave (HARVEY & EMILY, 1993; HYDE & FLOYD, 1997; HARVEY, 
1998; POPE, 1998), neoplasia (FOSSUM, 2002), periosteíte mandibular, 
osteodistrofia renal, nutricional e hipertrófica (GOLDSTEIN, 1990). As causas 
patológicas são comuns em cães geriátricos de raças pequenas e “toy” 
(HOSKINS, 1990). 
O diagnóstico é baseado na história clínica de traumatismo no 
acometimento súbito e na presença de fratura palpável. A radiografia é de 
extrema importância para o discernimento do deslocamento das linhas de 
fratura e o exame completo deve ser sob anestesia ou sedação, porque estas 
podem ser de difícil visibilização (PIERMATTEI & FLO, 1999, LEGENDRE, 
2003); geralmente requer cinco incidências radiográficas (dorsoventral, lateral, 
direita e esquerda, oblíqua e intra-oral), devido à sobreposição das imagens 
(FOSSUM, 2002). 
A determinação dos métodos de tratamento das fraturas mandibulares 
dependem da presença ou ausência de dentes (ARDARY, 1989), 
comprometimento dos tecidos moles, idade (BILGILI & ORHUN, 2002), 
localização e tipo, presença de contaminação ou infecção (MARRETTA et al., 
1990; HOELZIER & HOLMBERG, 2001), poder econômico do proprietário e a 
preferência do cirurgião (EGGER, 1993; SCOTT, 1998). Esses fatores 
interferem na decisão da técnica a ser empregada no problema. O estudo 
radiográfico é importante para avaliar o posicionamento e o tipo de fratura, uma 
vez que o tratamento cirúrgico, ou não, influenciará no restabelecimento da 
oclusão funcional que permitirá ao animal usar a boca no mínimo para se 
alimentar e ingerir líquidos após a redução e fixação da fratura (SLATTER, 
1998; PIERMATTEI & FLO, 1999). 
Existem muitos métodos de reparação de fraturas mandibulares nos 
animais: o uso de focinheiras esparadrapadas (NAP et al., 1994; DIXON & 
 
BONE, 1998; LOPES et al., 2005), pinos intramedulares (CHAMBERS, 1981; 
BRINKER et al., 1997), placas acrílicas, placas ósseas, fixadores externos 
(BENNETT et al., 1994; BOTELHO, 2005; HALL & WIGGS, 2005) e a 
mandibulectomia parcial (BOJRAB, 1996; HOELZIER & HOLMBERG, 2001). A 
técnica preconizada dependerá do caso clínico e da escolha do cirurgião 
(BOJRAB, 1999). 
Usualmente, após o tratamento das fraturas mandibulares há um retorno 
rápido das funções normais (BILGILI & ORHUN, 2002). Em geral a 
consolidação é rápida (três a cinco semanas) na porção rostral da mandíbula, 
porém mais tardia (quatro a dezesseis semanas) na região caudal 
(PIERMATTEI & FLO, 1999). Em 34% dos casos de reparação de fraturas 
mandibulares foram relatadas complicações, como má-oclusão, osteomielite, 
seqüestro ósseo, união retardada, mal-união e não união (UMPHLET & 
JOHNSON, 1990; HOELZIER & HOLMBERG, 2001). 
A neoplasia oral representa o quarto lugar de ocorrência dos tumores 
nos animais domésticos e acomete 6% dos cães e 3% dos gatos (OLIVEIRA, 
1996; CARVALHO, 2002; WITHROW, 2006 a e b). Os tumores mais freqüentes 
da cavidade oral são os adenomas, fibromas, hemangiomas, lipomas, 
osteossarcomas. Os tumores malignos, altamente invasivos, podem resultar 
em fraturas espontâneas do maxilar ou mandíbula (SIMPSON & ELSE, 1991). 
Os sinais clínicos comuns associados com tumores orais incluem relutância em 
comer, presença de alimentos mal digeridos nas fezes, halitose, perda de 
dentes, excessiva salivação, hemorragias orais (periódicas ou persistentes), 
assimetria facial, perda de peso, má oclusão de evolução gradual e rápida e 
aumento de volume aparente (OLIVEIRA, 1996; ETTINGER & FELDMAN 
1997). A radiografia pode ser útil para avaliar o grau de envolvimento do osso e 
dos tecidos regionais, além de verificar a presença, ou não, de metástases 
pulmonares (OLIVEIRA, 1996; ANDERSON, 2005). 
As osteopatias mandibulares são alterações metabólicas responsáveis 
pela produção inadequada de osteóide, acarretando desordens na 
homeostase. Este desequilíbrio ocasiona formação ou reabsorção de tecido 
ósseo, levando as alterações no seu desenvolvimento (ARTHUR et al., 1985; 
HOSKINS, 1990; LINDA & KONDE, 1998; JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1999). 
 
A osteopatia craniomandibular (OCM) é uma doença óssea não 
neoplásica proliferativa que afeta, primariamente, os ossos da cabeça 
(WATSON et al., 1995) e, ocasionalmente, os ossos longos (RISER et al., 
1967). Os ossos comumente envolvidos são o parietal, o occiptal, a bula 
timpânica, os ramos mandibulares e as junções temporomandibulares. Essa 
doença ocorre em cães de 3 a 8 anos de idade. A OCM afeta 
predominantemente cães da raça Terrier e West Higland, sendo rara em cães 
de grande porte (HUCHKOWSKY, 2002). Esta patologia é caracterizada por 
proliferação do osso trabecular, resultando em aumento irregular da mandíbula 
e bula timpânica. O osso lamelar existente é reabsorvido pelos osteoclastos e 
substituído por osso neoformado que se expande além dos limites do 
periósteo. A destruição osteoclástica é acompanhada por reação inflamatória e 
o osso normal é destruído e substituído por estroma vascular e fibroso. O sinal 
radiográfico é a proliferação periosteal intensa (exostoses) adjacente aos 
ramos mandibulares e as bulas timpânicas podendo evoluir, nos casos graves, 
até para anquilose das articulações temporomandibulares (THRALL, 1998). 
Os cistos ósseos caracterizam-se como uma enfermidade óssea 
essencialmente benigna, de pequena freqüência, normalmente de descobertaacidental em uma radiografia de rotina, com etiologia e patogenia ainda não 
estabelecidas (MATSUZAKI et al., 2003). Segundo HARRIS et al. (1992), trata-
se de lesão decorrente de hemorragia intramedular pós-traumática e de acordo 
com LAGO et al. (2006) poderá conter fluido no seu interior. Entretanto, muitas 
vezes, se observa uma cavidade vazia. A grande maioria dos casos ocorre na 
mandíbula, podendo ser encontrada também na maxila (AZEVEDO et al., 
2002). No exame radiográfico a imagem aparece radiolúcida de contorno 
irregular com margens bem definidas em alguns pontos e mal definidas em 
outros. Pode ter tamanho variável, com aspecto lobulado ou ondulado, quando 
envolve raízes dentais, já o deslocamento de dentes é raro. Em muitos casos, 
a lâmina dentária pode estar intacta. As características radiográficas de cisto 
ósseo, embora freqüentemente sugestivas do diagnóstico, não confirmam e 
podem ser confundidas com uma grande variedade de lesões radiolúcidas na 
mandíbula, sejam elas de origem odontogênica ou não. 
O tratamento inclui exérese da lesão por curetagem (LAGO et al., 2006). 
A luxação da ATM é causada pelo deslocamento do côndilo, pode ser uni ou 
 
bilateral e estar associada a fratura. Os principais achados clínicos consistem 
em alteração da oclusão dentária, dor na região da articulação afetada e 
limitação dos movimentos mandibulares. O diagnóstico é clinico e confirmado 
por exames radiográficos. Os exames de imagem, comumente utilizados, 
incluem exame radiográfico simples, planigrafia, artrogramas, tomográfica 
computadorizada (TC) e ressonância nuclear magnética (RNM). O exame 
radiográfico simples é raramente utilizado para distúrbios das articulações 
temporomandibulares (DATM) por causa da superposição de imagens. 
Primariamente são usados na avaliação de traumas, entretanto pode-se 
visibilizar o deslocamento cranial, caudal ou lateral do côndilo mandibular. Os 
artrogramas são empregados para o diagnóstico de disfunção em humanos, e 
a utilização destes foram incrementadas com o advento da cirurgia 
artroscópica. As TC são muito raramente aplicadas desde o advento da RNM 
nas DATM. Na veterinária a radiografia simples ainda é a mais utilizada. O 
tratamento pode ser desde uma redução manual em ambiente ambulatorial até 
exploração cirúrgica da ATM sob anestesia geral (ASSIS, et al., 2004). 
O hiperparatireoidismo renal secundário é uma complicação por 
deficiência crônica renal. A perda progressiva da função glomerular e tubular 
resulta em fatores tais como a retenção de fósforo. As nefrites interticiais, 
glomerulonefrites, nefroesclerose ou amiloidose em cães idosos e 
anormalidades congênitas renais em animais jovens podem ser fatores 
primários. Com a redução significativa da velocidade de filtração glomerular 
ocorrerá hiperfosfatemia, e resultará em queda da concentração sangüínea de 
cálcio e estimulação secundária para liberação do hormônio paratireóide (PTH). 
Esta patologia é freqüente nos caninos, mas também acomete gatos. O 
diagnóstico é baseado nos achados clínicos e nas evidências das imagens 
radiográficas marcadas por desmineralização do esqueleto e exames 
laboratoriais de falência renal crônica. A concentração elevada de PTH sérico, 
hiperfosfatemia e queda da concentração do cálcio sérico são achados 
comuns. Os primeiros ossos afetados são a mandíbula e maxila. O sinal 
radiográfico inicial é a perda da lâmina dura e com o seu desaparecimento 
haverá mobilidade dos dentes devido à destruição do alvéolo dentário 
ocasionada pela desmineralizacão (THRALL,1998). O prognóstico é ruim 
 
sendo indicado à eutanásia, quando os analgésicos não fizerem mais efeito 
(SARKIALA & DAMBACH, 1994). 
 
III. MATERIAL E MÉTODOS 
 
1. LOCAL E COLETA DE DADOS 
 
 Arquivo do Setor de Radiologia, Hospital Veterinário “Governador Laudo 
Natel” (HV), da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, da Universidade 
Estadual Paulista (FCAV/UNESP), Câmpus de Jaboticabal, utilizando-se 
imagens obtidas durante o período de janeiro de 2001 a janeiro de 2006. 
Dos 14294 casos atendidos durante o período, foram separadas 360 de 
cães, machos ou fêmeas, de raça e idade variadas, com suspeita de patologias 
ósseas na cabeça. Dessas, foram selecionadas 77 que mostraram alterações 
na mandíbula, foco do estudo proposto. 
 
2. EQUIPAMENTOS RADIOLÓGICOS UTILIZADOS 
 
 As radiografias foram efetuadas utilizando-se dois aparelhos, sendo um 
do modelo Tridoros 812, com mesa teleclinográfica*, e outro Tur D800-3**, 
ambos com capacidade para 800 miliamperes (mA) e equipados com grade 
antidifusadora Potter-Bucky. 
Os filmes radiográficos utilizados foram da marca T-Mat G/RA***, 
montados em chassi metálico com pares de écran intensificador Lanex 
Regular***. 
 A revelação e a fixação dos filmes, previamente identificados por 
impressão luminosa, foram efetuadas com auxílio de processadora automática, 
modelo Kodak – x OMAT 2000***. 
 
3. TÉCNICA RADIOGRÁFICA 
 
 A técnica radiográfica utilizada relacionou miliamperagem-segundo 
(mAs) e quilovoltagem (kVp) à espessura (E) da região radiografada. 
 
*
 Siemens – Alemanha 
**
 Tur – Alemanha 
***
 Kodak Brasileira Com. E Ind. Ltda 
 
 As radiografias, nas projeções lateral direita ou esquerda e ventrodorsal 
ou dorsoventral, foram obtidas com o animal adequadamente contido e 
posicionado, alguns sob sedação, observando-se as normas de proteção 
radiológica. 
 Os filmes radiográficos apresentavam dimensões suficientes para 
comportar a projeção de toda a mandíbula. 
 
4. PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO 
 
As 360 radiografias separadas foram reavaliadas e os diagnósticos 
confrontados com os laudos emitidos no dia da apresentação de cada animal. 
Dessas apenas 77 apresentavam lesões ósseas envolvendo a região 
mandibular. 
Para a localização, considerando-se a dentição e a anatomia a 
mandíbula foi dividida em regiões: dos incisivos, da sínfise, dos premolares, 
dos molares e do ramo mandibular (Fig. 3). 
Em relação ao tipo: as alterações ósseas foram classificadas em fraturas 
em geral ou com reabsorção, degeneração e reabsorção. 
Além disso, analisou-se a freqüência das raças, sexo e idade dos 
animais. 
 
 
Figura 3. Fotografia de peça anatômica. Vista lateral de um ramo mandibular de cão 
com a localização das regiões estudadas: 1. região dos incisivos; 2. região de 
sínfise mandibular; 3. região premolar; 4. região molar; 5. região do ramo 
mandibular. 
 
3 4 
2 
1
5 
 
 5. ANÁLISE ESTÁTISTICA 
 
 Os resultados obtidos foram apresentados sob a forma de quadros, em 
freqüência e porcentagem. 
Para a análise dos dados utilizou-se o programa SAS (Statistical 
Analysis System), mediante o Teste Exato de Fisher’s. 
 
IV. RESULTADOS 
 
Para facilitar a interpretação dos dados, eles foram organizados em 
quadros conforme a raça, sexo e idade, além do tipo de lesão (Quadros 1, 2 e 
3) ou região de acometimento (Quadros 4, 5 e 6). Todos foram divididos entre 
achados referentes à população total em estudo (77) e os relativos a cada 
grupo de alteração óssea encontrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quadro 1 - Freqüência (f) e porcentagem (%) das raças de cães com suspeita de lesões 
ósseas mandibulares, quanto ao tipo de alteração, radiografados no período 
de janeiro de 2001 a janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006). 
Alteração* 
 Raças 0 1 2 3 4 Total 
f 1 0 0 0 0 1 
Basset Hound % 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 1 1 0 0 0 2 
Beagle % 1,30 1,30 0,00 0,00 0,00 2,60 
f 0 1 0 0 0 1 
Borzol % 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 2 2 0 1 0 5 
Boxer % 2,60 2,60 0,00 1,30 0,00 6,49 
f 1 0 0 0 0 1 
CockerSpaniel % 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 1 0 0 1 0 2 
Fila Brasileiro % 1,30 0,00 0,00 1,30 0,00 2,60 
f 2 1 0 0 0 3 
Pastor Alemão % 2,60 1,30 0,00 0,00 0,00 3,90 
f 4 2 0 0 0 6 
Pinscher % 5,19 2,60 0,00 0,00 0,00 7,79 
f 3 1 0 0 0 4 
Pit bull % 3,90 1,30 0,00 0,00 0,00 5,19 
f 0 1 0 0 0 1 
Pointer % 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 3 6 1 1 0 11 
Poodle % 3,90 7,79 1,30 1,30 0,00 14,29 
f 2 0 0 0 0 2 
Rotweiller % 2,60 0,00 0,00 0,00 0,00 2,60 
f 0 1 0 0 0 1 
Setter % 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 0 1 0 0 0 1 
Shietsu % 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 18 14 0 0 2 34 
SRD ** % 23,98 18,18 0,00 0,00 2,60 44,16 
f 1 0 0 0 0 1 
Teckel % 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 1 0 0 0 0 1 
Weimaraner % 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 40 30 1 3 3 77 
Total % 51,95 38,96 1,30 3,90 3,90 100,00 
 * 0: animais sem lesões ósseas; 1: animais com fraturas; 2: animais com fraturas e 
reabsorção óssea; 3: animais com reabsorção óssea; 4: animais com processo 
degenerativo. 
 ** sem raça definida 
 
 
 
Pelo Teste Exato de Fisher’s a probabilidade estatística foi de 0,3958, 
demonstrando que das 77 radiografias avaliadas, 48,06% mostraram lesões e 
51,95% não apresentaram. A fratura com 38,96% foi a alteração mais 
freqüente, embora não houve diferença significativa (p � 0,05) em relação aos 
outros tipos de acometimento ósseo (Quadro1). 
 Os cães sem raça definida (SRD) e os Poodles foram os mais 
acometidos, porém não houve diferença significativa (p � 0,05) em relação as 
demais raças acometidas (Quadro1). 
 
Quadro 2 – Freqüência (f) e porcentagem (%) do sexo dos cães, com suspeita de lesões 
ósseas mandibulares, quanto ao tipo de alteração, radiografados no período de 
janeiro de 2001 a janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006). 
Alteração* 
Sexo 0 1 2 3 4 Total 
f 20 8 0 2 1 31 Fêmeas % 25,97 10,39 0,00 2,60 1,30 40,26 
f 20 22 1 1 2 46 Machos % 25,97 28,57 1,30 1,30 2,60 59,74 
f 40 30 1 3 3 77 Total % 51,95 38,96 1,30 3,90 3,60 100,00 
*0: animais sem lesões ósseas; 1: animais com fraturas; 2: animais com fraturas e reabsorção 
óssea; 3: animais com reabsorção óssea; 4: animais com processo degenerativo. 
 
O total de 77 casos, avaliados pelo Teste Exato de Fisher’s a 
probabilidade estatística foi de 0,1879, demonstrando que 40,26% foram 
fêmeas e 59,74% machos, mas somente 37 casos apresentaram lesões, entre 
os quais 14,28% fêmeas e 33,77% machos, ocorrendo diferença significativa (p 
� 0,05) entre as freqüências dos sexos (Quadro 2). Os machos foram os mais 
acometidos, além de terem sofrido mais fraturas (28,57%) do que as fêmeas 
(10,39%). 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 3 – Freqüência (f) e porcentagem (%) da idade dos cães, com suspeita de lesão 
óssea mandibular, quanto ao tipo de alteração, radiografados no período de 
janeiro de 2001 a janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006). 
Alteração* 
Idade (anos) 0 1 2 3 4 Total 
f 8 9 0 0 0 17 
0 – 1 % 10,39 11,69 0,00 0,00 0,00 22,08 
f 5 4 0 0 0 9 
1 – 3 % 6,49 5,19 0,00 0,00 0,00 11,69 
f 9 3 0 0 2 14 
3 – 6 % 11,69 3,90 0,00 0,00 2,60 18,18 
f 12 3 0 2 1 18 
6 – 9 % 15,58 3,90 0,00 2,60 1,30 23,38 
f 3 7 1 1 0 12 
> 9 % 3,90 9,09 1,30 1,30 0,00 15,58 
f 3 4 0 0 0 7 Idade 
indeterminada % 3,90 5,19 0,00 0,00 0,00 9,09 
f 40 30 1 3 3 77 
Total % 51,95 38,96 1,30 3,90 3,90 100,00 
* 0: animais sem lesões ósseas; 1: animais com fraturas; 2: animais com fraturas e reabsorção 
óssea; 3: animais com reabsorção óssea; 4: animais com processo degenerativo. 
 
 Dos 48,06% que mostraram algum tipo de alteração, 23,38% tinham 
idade entre 6 a 9 anos e 22,08% apresentavam menos de até 1 ano de idade. 
Com isso, constatou-se, através da análise estatística, uma probabilidade de 
0,1214. Portanto, houve uma diferença significativa (p � 0,05), comprovando 
que os cães adultos foram mais acometidos, porém aqueles de até 1 ano de 
idade (11,09%) foram os que mais sofreram fraturas (Quadro 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 4. Freqüência (f) e porcentagem (%) das raças de cães, com suspeita de lesões 
ósseas mandibulares, quanto à região de acometimento, radiografados no período 
de janeiro de 2001 a janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006). 
Região* 
Raça A B C D E F G H Total 
f 1 0 0 0 0 0 0 0 1 Basset 
Hound % 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 1 1 0 0 0 0 0 0 2 
Beagle % 1,30 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,60 
f 0 0 0 0 1 0 0 0 1 
Borzol % 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 2 0 0 1 2 0 0 0 5 
Boxer % 2,60 0,00 0,00 1,30 2,60 0,00 0,00 0,00 6,49 
f 1 0 0 0 0 0 0 0 1 Cocker 
Spaniel % 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 1 0 0 0 1 0 0 0 2 Fila 
Brasileiro % 1,30 0,00 0,00 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 2,60 
f 2 0 1 0 0 0 0 0 3 Pastor 
Alemão % 2,60 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,90 
f 4 2 0 0 0 0 0 0 6 
Pinscher % 5,19 2,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,79 
f 3 0 0 1 0 0 0 0 4 
Pit bull % 3,90 0,00 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 5,19 
f 0 0 0 0 0 0 0 1 1 
Pointer % 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 1,30 
f 3 4 1 0 0 2 1 0 11 
Poodle % 3,90 5,19 1,30 0,00 0,00 2,60 1,30 0,00 14,29 
f 2 0 0 0 0 0 0 0 2 
Rotweiller % 2,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,60 
f 0 1 0 0 0 0 0 0 1 
Setter % 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 0 0 0 0 0 1 0 0 1 
Shietsu % 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 0,00 0,00 1,30 
f 18 11 4 0 1 0 0 0 34 
SRD ** % 23,98 14,29 5,19 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 44,16 
f 1 0 0 0 0 0 0 0 1 
Teckel % 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 1 0 0 0 0 0 0 0 1 
Weimaraner % 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,30 
f 40 19 6 2 5 3 1 1 77 
Total % 51,95 24,68 7,79 2,60 6,49 3,90 1,30 1,30 100,00 
* A: animais sem lesões ósseas; B: região premolar; C: região molar; D: região de sínfise; E: 
região dos incisivos; F: região premolar e sínfise; G: região molar e sínfise e H: região molar e 
ramo mandibular. 
** sem raça definida 
 
 
 
 
 
 
O Teste Exato de Fisher’s mostrou uma probabilidade estatística de 
0,0614, evidenciando que a região de acometimento mais freqüente foi à região 
premolar (24,68%), seguida da molar (10,39%) e da sínfise mandibular (7,80%) 
e 51,95% dos animais não apresentaram nenhuma alteração. Não houve 
diferença significativa (p � 0,05) entre as regiões (Quadro 4). Em 14 animais 
(18,20 %) as lesões foram bilaterais. 
Os cães SRD foram os mais acometidos (44,16%), sendo a lesão mais 
freqüente a da região premolar (14,29%), seguida da molar (5,19%), entretanto 
não houve diferença significativa (p � 0,05) entre elas. 
 
Quadro 5 – Freqüência (f) e porcentagem (%) do sexo dos cães, com suspeita de lesões 
ósseas mandibulares, quanto à região de acometimento, radiografados, no 
período de janeiro de 2001 a janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006). 
Região* 
Sexo A B C D E F G H Total 
F 20 5 3 0 1 0 1 1 31 
Fêmeas % 25,97 6,49 3,90 0,00 1,30 0,00 1,30 1,30 40,26 
F 20 14 3 2 4 3 0 0 46 
Machos % 25,97 18,18 3,90 2,60 5,19 3,90 0,00 0,00 59,74 
F 40 19 6 2 5 3 1 1 77 
Total % 51,95 24,68 7,79 2,60 6,49 3,90 1,30 1,30 100,00 
*A: animais sem lesões ósseas; B: região premolar; C: região molar; D: região de sínfise; E: 
região dos incisivos; F: região premolar e sínfise; G: região molar e sínfise e H: região molar e 
ramo mandibular. 
 
 A análise estatística pelo Teste Exato de Fisher’s mostrou uma 
probabilidade de 0,1462, em relação ao sexo. A região mais acometida foi a 
premolar (24,68%), sendo 6,49% em fêmeas e 18,18% em machos. Houve 
diferença significativa (p� 0,05) entre os sexos, quanto à região de 
acometimento (Quadro 5). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 6
 – Freqüência (f) e porcentagem (%) da idade dos cães, com suspeitade lesão óssea, 
quanto à região de acometimento, radiografados no período de janeiro de 2001 a 
janeiro de 2006 (UNESP/Jaboticabal, 2006). 
Região* 
Idade (anos) A B C D E F G H Total 
F 8 5 2 0 1 1 0 0 17 
0 – 1 % 10,39 6,49 2,60 0,00 1,30 1,30 0,00 0,00 22,08 
F 5 1 0 1 1 1 0 0 9 
1 – 3 % 6,49 1,30 0,00 1,30 1,30 1,30 0,00 0,00 11,62 
F 9 2 2 0 1 0 0 0 14 
3 – 6 % 11,69 2,60 2,60 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 18,18 
F 12 1 1 0 2 1 0 1 18 
6 – 9 % 15,58 1,30 1,30 0,00 2,60 1,30 0,00 1,30 23,38 
F 3 8 1 0 0 0 0 0 12 
> 9 % 3,90 10,39 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 15,58 
F 3 2 0 1 0 0 1 0 7 Idade 
desconhecida % 3,90 2,60 0,00 1,30 0,00 0,00 1,30 0,00 9,09 
F 40 19 6 2 5 3 1 1 77 
Total % 51,95 24,68 7,79 2,60 6,49 3,90 1,30 1,30 100,0 
*A: animais sem lesões ósseas; B: região premolar; C: região molar; D: região de sínfise; E: região 
dos incisivos; F: região premolar e sínfise; G: região molar e sínfise e H: região molar e ramo 
vertical. 
 
 
O Teste Exato de Fisher’s utilizado na análise estatística detectou uma 
probabilidade de 0,0954, sendo a região de acometimento mais freqüente a 
premolar (24,68%), onde 10,39% em cães acima de 9 anos e 6,49% naqueles de 
até 1 ano de idade, porém 51,95% não apresentaram lesões. A região molar 
também foi envolvida em 10,39% dos casos (C + G + H), porém só em animais 
com idade entre 3 – 6 anos (2,60%) e até 1 ano (2,60%). Houve diferença 
significativa (p � 0,05) entre as idades (Quadro 6). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS 
 
 As figuras 4 a 8 ilustram algumas lesões encontradas nas radiografias 
analisadas. 
 
 
 
 
 
 
 Figura 4. Imagem radiográfica da mandíbula de um cão, SRD, 
macho, um ano e meio de idade. A seta (� ) indica a 
localização de uma fratura completa bilateral da 
porção distal dos corpos mandibulares em projeção 
lateral esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCN 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 5.Imagem radiográfica da mandíbula de um cão da raça 
Fila Brasileiro, fêmea, com nove anos de idade. As setas 
(�) indicam reabsorção óssea na porção distal dos 
corpos mandibulares, sugestivo de neoplasia e a seta 
(�) indica a ausência de dente incisivo medial direito e 
aumento dos tecidos moles ao redor da lesão, em 
projeção oclusal ventro-dorsal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6. Imagem radiográfica da mandíbula de um cão SRD, macho, onze 
anos de idade. A setas indicam várias alterações radiográficas 
como: deslocamento da sínfise mentoniana (�), reabsorção nos 
alvéolos dentários (�) e fratura transversa bilateral do terço médio 
dos corpos mandibulares(�) em projeção lateral esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7. Imagem radiográfica da mandíbula de um cão da raça Poodle, macho, com 5 anos de idade. 
As setas (�) indicam uma fratura completa da porção média do corpo mandibular esquerdo, 
sendo (A) projeção ventro-dorsal, e (B) lateral esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B 
CCN
A 
CCN
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Imagem radiográfica da mandíbula de um cão SRD, fêmea, com doze anos de 
idade. (A) projeção dorso – ventral, (B) projeção lateral esquerda. As setas (�) 
indicam uma fratura completa da porção proximal do corpo mandibular esquerdo e 
fratura de sínfise mandibular. 
 
 
 
 
CCNCCN
A B 
 
V. DISCUSSÃO 
 
Nas lesões ósseas, o uso do exame radiográfico, é essencial para 
estabelecer diagnóstico, além de não ser invasivo, é relativamente barato, 
disponível em nosso meio e oferece grande número de informações a respeito das 
estruturas ósseas (ETTINGER & FELDMAN, 1997). As radiografias são úteis na 
localização e extensão das lesões ósseas e no seu monitoramento. 
Contrariando a descrição realizada por FOSSUM (2002), que relatou a 
necessidade da utilização de cinco incidências radiográficas para avaliação dos 
traumatismos mandibulares, o estudo em questão constatou que apenas duas 
projeções foram suficientes para obtenção de um diagnóstico preciso e confiável. 
Dos 77 animais estudados com suspeita de lesão óssea na mandíbula, 
apenas 37 estavam acometidos e desses a predominância foi de machos (26). 
Eles são considerados em maior número na população canina do Brasil e, por 
serem mais territoriais e agressivos em relação às fêmeas, tornam-se mais 
susceptíveis aos traumas (LOPES et al., 2005). UMPHLET & JOHNSON (1990), já 
haviam constatado a freqüência em machos (63) num estudo retrospectivo de 157 
casos de fraturas mandibulares. 
MARRETA et al. (1990), UMPHLET & JOHNSON (1990), BENNETT et al. 
(1994), GOEGGERLE et al. (1996), HOLZIER & HOLMBERG, (2001) e GIOSO 
(2003) relataram a ocorrência de 1,5 a 6,0% de fraturas mandibulares em relação 
ao total de fraturas que acomete os cães. Neste trabalho, em cães, constatou-se 
4% de alterações ósseas na mandíbula, do total de 14254 radiografias realizadas 
durante os cinco anos do levantamento. 
Das alterações encontradas, a fratura foi a de maior ocorrência, sendo a 
região premolar (24,68 %) o local mais atingido, seguida pela região molar 
(10,39%), corroborando as afirmativas de UMPHLET & JOHNSON (1990), 
BRINKER et al. (1997), PIERMATTEI & FLO (1999), HALL & WIGGS (2005) e 
LOPES et al. (2005). 
Fraturas de sínfise são predominantes em gatos enquanto que as fraturas 
de corpo e ramo mandibular são mais comuns em seres humanos e cães 
 
(CHUONG et al., 1983; UMPHLET, 1988), coincidindo com nossos achados, onde 
a sínfise foi à terceira região mais acometida, não sendo o principal foco de lesões 
mandibulares nos caninos. 
 Pelas citações de UMPHLET & JOHNSON (1990) e LOPES et al. (2005), as 
fraturas podem ser uni ou bilaterais. Neste estudo 14 animais apresentaram 
lesões bilaterais, o restante (23) não houve diferença significativa quanto ao lado 
de acometimento. 
 Os cães SRD (44,16%) foram os mais acometidos por lesões ósseas 
mandibulares, em contrapartida no estudo de Lopes et al. (2005), a raça Poodle foi 
a de maior ocorrência por ser brava e temperamental. GOLDSTEIN (1990) e 
HOSKINS (1990) explicam que essa prevalência nas raças pequenas e “toys” 
existe por serem mais susceptíveis a traumas. No estudo de LOPES et al. (2005), 
a raça Poodle foi considerada a mais comum dentro da população canina 
brasileira, já no estudo em questão foram os SRD. 
 Quanto à idade, observou-se que cães de todas as faixas etárias foram 
acometidos, todavia os animais até 1 ano e de 6 a 9 foram os predominantes, 
como afirmaram LOPES et al. (2005). Esses dados refletem a inexperiência dos 
jovens, com um potencial para serem atraídos a situações perigosas, como 
acidentes automobilísticos e brigas (UMPHLET, 1988; LEGENDRE, 2003). A 
freqüência das lesões nos adultos indica maior fragilidade óssea devido à 
presença de doença periodontal, já que a mesma encontra-se presente desde o 
terceiro ano de vida dos cães (HARVEY & EMILY, 1993). 
 
VI. CONCLUSÃO 
 
Consideradas as condições deste estudo, conclui-se que: 
 
1. A maior ocorrência de lesões ósseas rmandibulares ocorre em cães Sem 
Raça Definida (SRD) e nos da raça Poodle, entretanto essas raças são as mais 
atendidas no Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel” (HV), da Faculdade 
de Ciências Agrárias e Veterinárias, da Universidade Estadual Paulista 
(FCAV/UNESP), Câmpus de Jaboticabal,– SP. 
 
2. Dentre as alterações ósseas, a fratura é a mais freqüente, e a região 
mais acometida é a premolar do corpo da mandíbula. 
 
3. Não há diferençaentre o lado de acometimento das lesões ósseas 
mandibulares, e em 14 dos 77 casos elas foram bilaterais. 
 
4. Os cães machos adultos entre 6 a 9 anos e, os jovens até 1 ano de idade 
são os mais acometidos. 
 
5. Novos estudos são necessários para aprimorar o conhecimento das 
lesões ósseas mandibulares em seus diversos aspectos, mas as análises 
retrospectivas devem ser consideradas métodos eficazes de investigação para a 
comparação com futuros resultados. 
 
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