Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Aula 09
 (Curso Regular)
Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
Autor:
Mateus Pontalti, Equipe Materiais
Carreiras Jurídicas
11 de Janeiro de 2022
Bons estudos -Bons Estudos
 
 
0 
 
 
Sumário 
1. Processo Administrativo Fiscal Federal .......................................................................................................... 2 
1.1 Considerações Gerais ............................................................................................................................... 2 
1.2 Processo administrativo não contencioso no âmbito federal. Consulta Tributária ................................. 2 
1.3 Processo administrativo contencioso no âmbito federal ......................................................................... 5 
1.3.1 – Fases do processo administrativo fiscal contencioso ........................................................................................... 5 
1.4 Outros Aspectos do Decreto nº 70.235/72 ............................................................................................ 10 
1.4.1 Intimações ............................................................................................................................................................ 10 
1.4.2 Nulidades ............................................................................................................................................................... 12 
1.4.3 Inconstitucionalidade da exigência de depósito recursal e do arrolamento administrativo para conhecimento do 
recurso ............................................................................................................................................................................ 13 
1.4.4 – Não ocorrência da prescrição na pendência de recurso administrativo ............................................................ 13 
1.4.5 – Concomitância da ação judicial e do processo administrativo fiscal .................................................................. 15 
1.4.6 Impossibilidade de a administração pública reconhecer a inconstitucionalidade de dispositivo legal. ............... 16 
2. Simples Nacional ......................................................................................................................................... 17 
2.1 Instituição e Abrangência ....................................................................................................................... 17 
2.2 Vedações ao ingresso no Simples Nacional ........................................................................................... 19 
2.3 Alíquotas e Bases de Cálculo .................................................................................................................. 21 
2.4 Repasse do produto da Arrecadação ..................................................................................................... 21 
2.5 Da exclusão do Simples Nacional ........................................................................................................... 21 
2.6 Da Fiscalização ....................................................................................................................................... 23 
2.7 Do Processo Administrativo Fiscal.......................................................................................................... 24 
2.8 Do Processo Judicial ............................................................................................................................... 25 
Resumo ............................................................................................................................................................. 26 
Questões Comentadas ..................................................................................................................................... 28 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
1 
 
Lista de Questões ............................................................................................................................................. 44 
Gabarito............................................................................................................................................................ 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
2 
 
1. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL FEDERAL 
1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 
Por processo administrativo fiscal se entende o conjunto de normas jurídicas que disciplinam o rito que deve 
ser adotado na solução administrativa de controvérsias entre o sujeito passivo e o fisco (processo 
administrativo contencioso), ou que disciplinam situações nas quais, embora não haja um litígio entre o 
contribuinte e o fisco, pende alguma solução para determinada questão que seja do interesse de ambos 
(processo administrativo não contencioso). 
A competência para editar leis sobre o processo administrativo fiscal é concorrente, conforme enuncia o 
artigo 24, inciso XI, da Constituição Federal. Portanto, respeitadas as normas constitucionais, cada entidade 
federativa pode adotar uma lei própria que discipline a matéria. 
No âmbito da União Federal, o processo administrativo fiscal é regulado pelos seguintes diplomas legais: i) 
Decreto nº 70.235/72, que foi recepcionado como lei ordinária pela Constituição Federal; ii) Decreto nº 
7.574/2011, de natureza infralegal, que regulamenta, dentre outros aspectos, o processo de determinação 
e de exigência de créditos tributários da União e o processo de consulta relativo à interpretação da legislação 
tributária e aduaneira. 
1.2 PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO CONTENCIOSO NO ÂMBITO 
FEDERAL. CONSULTA TRIBUTÁRIA 
Dentre as modalidades de processo administrativo não contencioso, merece destaque a consulta tributária. 
De fato, conforme enuncia o parágrafo segundo do artigo 161 do Código Tributário Nacional, não incide juros 
moratórios e multa nos casos em que o sujeito passivo não recolher tributo quando existir pendência de 
consulta formulada dentro do prazo legal para pagamento do crédito. 
A consulta, no âmbito da União Federal, é regulamentada pelo Decreto nº 7.574/2011. 
O artigo 88 esclarece quem são os legitimados para interpor uma consulta: 
Art. 88. O sujeito passivo poderá formular consulta sobre a interpretação da legislação tributária 
e aduaneira aplicável a fato determinado e sobre a classificação fiscal de mercadorias e a 
classificação de serviços, intangíveis e de outras operações que produzam variações no 
patrimônio, com base na Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e Outras Operações 
que Produzam Variações no Patrimônio. (Redação dada pelo Decreto nº 8.853, de 2016) 
Parágrafo único. A consulta de que trata o caput é facultada aos órgãos da administração pública 
e às entidades representativas de categorias econômicas ou profissionais (Decreto no 70.235, de 
1972, art. 46, parágrafo único). 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
3 
 
Portanto, a legitimidade é franqueada não só ao sujeito passivo individualmente considerado mas também 
aos órgãos da administração pública e às entidades de categorias econômicas ou profissionais. 
O artigo 91, por sua vez, determina que a consulta deve ser formulada por escrito e apresentada na unidade 
da Secretaria da Receita Federal do Brasil do domicílio tributário do consulente 
O artigo 89 estabelece os efeitos da consulta: 
Art. 89. Nenhum procedimento fiscal será instaurado, relativamente à espécie consultada, contra 
o sujeito passivoe) Todos os itens estão certos. 
Comentários: 
i) Afirmativa incorreta. Não há essa vedação. 
ii) Afirmativa correta, conforme artigo 3º da da LC 123/2016. 
iii) Afirmativa correta, conforme determina o artigo 3º, §1º, da LC 123/2016. 
Logo, a alternativa correta é a letra D. 
 
4. (CESPE/PGE-AM/2016) Considerando o desenvolvimento da relação jurídica tributária, julgue o 
próximo item. 
Admite-se a extinção de microempresa e de empresa de pequeno porte mediante baixa de seus atos 
constitutivos, independentemente de comprovação de sua regularidade fiscal; nesse caso, será subsidiária a 
responsabilidade dos titulares, dos sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos 
fatos geradores. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Afirmativa incorreta. A responsabilidade neste caso é solidária, conforme §5º do artigo 9º da da LC 123/2016. 
 
5. (FCC/SEGEP-MA /2016) O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições 
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, também chamado de Simples Nacional, 
implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de vários impostos e 
contribuições.De acordo com a Lei Complementar n° 123/2006, e salvo as exceções nela previstas, 
encontram-se entre os impostos e contribuições abrangidos pelo recolhimento mensal, mediante 
documento único de arrecadação, 
 a) o IRPJ, o IPVA e o ISS. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
31 
 
 b) a CSLL, o ICMS e o IPTU. 
 c) a CSLL, o ICMS e o ISS. 
 d) o IRPJ, o IPVA e o IPTU. 
 e) a CSLL, o ITCMD e o ITBI. 
Comentários: 
A afirmativa correta é a letra c, conforme dispõe o artigo 13 da LC 123/2016. 
6. (FGV/Procurador Municipal /2016) No que se refere ao regime especial unificado de arrecadação de 
tributos devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, denominado Simples Nacional, 
analise as afirmativas a seguir. 
I. Será opcional para o contribuinte. 
II. Abrange impostos, contribuições e taxas federais, estaduais e municipais. 
III. O recolhimento será unificado e centralizado, e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos 
respectivos entes federados será imediata, sendo vedada qualquer retenção ou condicionamento. 
Está correto o que se afirma em: 
 a) II, apenas. 
 b) I e II, apenas. 
 c) I e III, apenas. 
 d) II e III, apenas. 
 e) I, II e III. 
Comentários: 
i) Afirmativa correta, conforme artigo 16 da LC 123/2016. 
ii) Afirmativa incorreta. Não abrange taxas. 
iii) Afirmativa correta, conforme dispõe o texto constitucional: 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:[...] 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um 
regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
32 
 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos 
pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou 
condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, 
adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
Portanto, a alternativa correta é a letra C. 
 
7. (UECE-CEV/Auditor Fiscal Municipal/2016) O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, 
mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: 
 a) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – 
COFINS; Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição Patronal Previdenciária – CPP; Imposto sobre 
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual 
e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
 b) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – 
COFINS; Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE; Contribuição Patronal Previdenciária – 
CPP; Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza - ISS. 
 c) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – 
COFINS; Contribuição para o PIS/Pasep; Imposto de Importação de Produtos Estrangeiros – II; Imposto sobre 
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual 
e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
 d) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – 
COFINS; Contribuição para o PIS/Pasep; Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas 
a Títulos ou Valores Mobiliários – IOF; Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; 
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra A. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
==13272f==
 
 
 
33 
 
Colacionamos mais uma vez o gráfico sobre os tributos que são abrangidos pelo simples, conforme disciplina 
da LC 123/2016. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
34 
 
 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
35 
 
 
8. (FGV/Analista Portuário /2016) A pessoa jurídica X é uma microempresa optante do Simples Nacional, 
regime tributário diferenciado e simplificado previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. A 
opção pelo Simples Nacional implica o recolhimento unificado de um conjunto de tributos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Nesse sentido, assinale a opção que indica o tributo que não estará compreendido no recolhimento unificado 
do Simples Nacional. 
 a) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ. 
 b) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL 
 c) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
 d) Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU. 
 e) Imposto sobre Operações Relativasà Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS. 
Comentários: 
O IPTU não é abarcado pelo Simples, razão pela qual a alternativa correta é a letra D, conforme artigo 13 da 
LC 123/2016. 
9. (CESPE/Juiz TJ-DF /2016/Adaptada) No tocante à legislação tributária vigente, julgue o item a seguir: 
A microempresa ou a empresa de pequeno porte que tenha sócio domiciliado no exterior não poderá 
recolher os impostos e as contribuições na forma prevista no Simples Nacional. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
A afirmativa está correta, conforme dispõe o inciso II do artigo 17 da LC 123/2016. 
 
10. (CESPE/Assessor Técnico Jurídico/2015) A empresa Tripoli Ltda. recolheu ICMS a mais durante 
determinado período de 2013 em face de errônea interpretação da legislação tributária. 
Independentemente de protesto, a pessoa jurídica ajuizou ação de repetição de indébito em 2015. Ao 
despachar a demanda, o juízo competente exigiu que a contribuinte demonstrasse a assunção do ICMS 
ou que estivesse autorizada por quem o assumiu para demandar contra a fazenda pública. 
Considerando essa situação hipotética, a interpretação do direito tributário, crédito tributário, repetição de 
indébito e ICMS, julgue o item a seguir. 
Pessoa jurídica que se dedica à atividade de compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis 
a prazo ou de prestação de serviços (factoring), ou que tenha sócio domiciliado no exterior, não pode 
recolher impostos nem contribuições que compõem o simples nacional, por força de expressa vedação legal. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
36 
 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Afirmativa correta, conforme artigo 17, inciso I e II da LC 123/2016. 
 
11. (COSEAC/Técnico em Contabilidade /2015) De acordo com a Lei Complementar n° 123/2006, fica 
instituído o Simples Nacional, que implica o recolhimento mensal dos seguintes impostos e 
contribuições: 
 a) IR; IPTU; IPI; ITR; CSLL; ISS 
 b) COFINS; ICMS; IPI; IPTU; ITBI; CPP; IOF. 
 c) PIS/PASEP; CSLL; IPI; ICMS; ISS; IR; IPVA. 
 d) ISS; COFINS; ICMS; IPI; ITBI; IRPJ; PIS/PASEP. 
 e) IRPJ; IPI; CSLL; COFINS; PIS/PASEP; CPP;ICMS; ISS. 
Comentários: 
A afirmativa correta é a letra e, conforme dispõe o artigo 13 da LC 123/2016. 
 
12. (FCC/Juiz Substituto TJ-RR /2015) Jonas, funcionário de empresa de assessoria comercial e tributária 
localizada em Caracaraí/RR, foi consultado por um de seus clientes a respeito da possibilidade de 
enquadrar sua empresa no SIMPLES NACIONAL. Jonas, depois de analisar cuidadosamente as 
indagações que lhe foram feitas, forneceu as seguintes respostas: 
I. A pessoa jurídica, que tenha sócio domiciliado no exterior, não poderá se beneficiar do tratamento jurídico 
diferenciado previsto na Lei Complementar n° 123/06, mesmo que a receita bruta global não ultrapasse o 
limite de R$ 360.000,00. 
II. É considerada microempresa, a empresa individual de responsabilidade limitada que aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. 
III. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal de vários impostos, mediante documento único de 
arrecadação, dentre os quais se encontram o IPI, o IRPJ e o ISS. 
IV. Mediante adesão expressa da União, dos Estados e dos Municípios à disciplina estabelecida pelo Comitê 
Gestor do Simples Nacional, o recolhimento anual do ITR, do IPVA e do IPTU poderá ser feito mediante 
documento único de arrecadação. 
V. A pessoa jurídica, cujo sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada pela 
Lei Complementar n° 123/06, não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto na 
referida Lei Complementar, mesmo que a receita bruta global não ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00. 
Com base na Lei Complementar n° 123/06, está correto o que foi afirmado por Jonas em 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
37 
 
 a) I, II, III, IV e V. 
 b) I, III, IV e V, apenas. 
 c) I e IV, apenas. 
 d) II e III, apenas. 
 e) II, IV e V, apenas. 
Comentários: 
i) Afirmativa incorreta. Trata-se de uma “pegadinha” da banca examinadora. A pessoa jurídica que tenha 
sócio domiciliado no exterior não pode ingressar no simples, nos termos do artigo 17, inciso II, da Lei 
Complementar n° 123/06. No entanto, a pessoa jurídica pode se beneficiar das outras vantagens conferidas 
pelo estatuto. 
ii) Afirmativa correta, conforme artigo 3º da Lei Complementar n° 123/06. 
iii) Afirmativa correta, conforme artigo 17 da Lei Complementar n° 123/06. 
iv) Afirmativa incorreta. Não há essa possibilidade. 
v) Afirmativa incorreta. A lei veda que a pessoa jurídica cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez 
por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita 
bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do artigo 3º da Lei Complementar n° 123/06. 
Portanto, a alternativa correta é a letra D. 
 
13. (FUNIVERSA/Analista de Gestão Administrativa /2015) Com base no Estatuto Nacional da 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, pode-se beneficiar de tratamento diferenciado a micro 
ou pequena empresa 
 a) constituída sob a forma de cooperativa de consumo. 
 b) que participe de outra empresa ou que tenha a participação de outra. 
 c) constituída como uma companhia fechada. 
 d) caracterizada como sociedade de crédito imobiliário. 
 e) cujo titular seja detentor de mais de 10% do capital de outra(s) empresa(s), contanto que a receita bruta 
de cada uma delas esteja dentro do limite de enquadramento como micro ou pequena empresa. 
Comentários: 
O §4º do artigo 3º da Lei Complementar nº 123/2006 possui a seguinte redação: 
Artigo 3º[...] 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
38 
 
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei 
Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum 
efeito legal, a pessoa jurídica: 
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no 
exterior; 
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra 
empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde 
que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa 
não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o 
limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins 
lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput 
deste artigo; 
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa 
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de 
corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de 
arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência 
complementar; 
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramentode pessoa 
jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; 
X - constituída sob a forma de sociedade por ações. 
XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação 
de pessoalidade, subordinação e habitualidade. (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
Portanto, a alternativa correta é a letra A. 
 
14. (FUNIVERSA/Auditor Fiscal Municipal /2014) O Simples Nacional, sistema simplificado de tributação 
instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, compreende o pagamento unificado de um conjunto 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
39 
 
de tributos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Podem optar por tal 
recolhimento simplificado as microempresas e as empresas de pequeno porte. 
Assinale a opção que apresenta tributo compreendido no recolhimento simplificado. 
 a) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). 
 b) Imposto de Importação (II). 
 c) Contribuição para o FGTS. 
 d) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). 
 e) Imposto de Renda sobre o Ganho de Capital na alienação de bens (IR-Ganho de Capital). 
Comentários: 
Conforme dispõe o artigo 13 da Lei Complementar nº 123/2006, a alternativa correta é a letra D. 
 
15. (FCC/Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014/Adaptada) Com relação ao sistema simples nacional, 
instituído pela Lei Complementar nº 123/06, julgue o item a seguir: 
Não permite o ingresso no sistema de pessoa jurídica de cujo capital participe outra pessoa jurídica. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
 Afirmativa correta, conforme artigo 3º, §4º, inciso VII, da LC nº 123/2006. 
 
16. (FCC/Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014/Adaptada) Com relação ao sistema simples nacional, 
instituído pela Lei Complementar nº 123/06, julgue o item a seguir: 
Trata-se de um sistema de imposto único que objetiva favorecer o pequeno e o micro empresários. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Afirmativa incorreta. Não se trata de um imposto único, mas de um regime de recolhimento unificado de 
diversos tributos. 
 
17. (FUNDATEC/Auditor Fiscal Estadual/2014/Adaptada) Com base na ordem jurídica vigente, julgue o 
item a seguir 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
40 
 
Não há ofensa à isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a 
microempresas e empresas de pequeno porte, afastando do regime de tributação simplificada (SIMPLES) as 
empresas que denotam capacidade contributiva superior a essas. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Afirmativa correta. A opção legislativa encontra respaldo nos artigos 146 e 170, inciso IX, ambos da 
Constituição Federal. 
 
18. (ESAF /Auditor Fiscal /2014/Adaptada) A Lei Complementar n. 123/2006 prevê tratamento tributário 
diferenciado para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, que consiste em um regime especial 
unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos por estas entidades, denominado Simples 
Nacional. Sobre este, julgue o item a seguir: 
Para fins do Simples Nacional, considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas 
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, 
excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 
 Certo 
Errado 
Comentários: 
Afirmativa correta, conforme parágrafo primeiro do artigo 3º da LC 123/2006. 
 
19. (ESAF /Auditor Fiscal /2014/Adaptada) A Lei Complementar n. 123/2006 prevê tratamento tributário 
diferenciado para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, que consiste em um regime especial 
unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos por estas entidades, denominado 
Simples. Sobre este, julgue o item a seguir: 
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de um 
conjunto de tributos e contribuições. Todavia, mesmo em relação a algum
 destes tributos e contribuições, há situações em que o recolhimento dar se-á à 
parte do Simples Nacional. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Afirmativa correta, conforme enuncia o §1º do artigo 3º da LC 123/2006. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
41 
 
 
 
20. (FEPESE/Auditor Fiscal Municipal /2014) Assinale a alternativa que corresponde corretamente à pessoa 
jurídica que não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto na Lei 
Complementar nº 123/2006 
 a) Cooperativa de consumo. 
 b) Sociedade por quotas de responsabilidade limitada. 
 c) Sociedade que participe do capital de outra pessoa jurídica. 
 d) Sociedade de cujo capital participem apenas pessoas físicas. 
 e) Filial, sucursal, agência ou representação que possua sede em outra unidade da federação. 
Comentários: 
A afirmativa correta é a letra c, conforme enuncia o artigo 3, §4º, inciso VII da LC nº 123/2006. 
 
21. (FEPESE/Auditor Fiscal Municipal /2014) De acordo com a Lei Complementar nº 123/2006, assinale a 
alternativa correta em relação ao processo administrativo fiscal. 
 a) A Secretaria da Receita Federal é o único órgão competente para solucionar as consultas relativas ao 
Simples Nacional. 
 b) É vedado ao Município transferir a atribuição de julgamento, no contencioso administrativo relativo ao 
Simples Nacional, ao Estado. 
 c) A cientificação do sujeito passivo de quaisquer tipos de atos administrativos poderá ser feita por meio do 
sistema de comunicação eletrônica, salvo as notificações relativas à exclusão do regime e a ações fiscais. 
 d) A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional será notificada para intervir, obrigatoriamente, em todos os 
processos do contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional. 
 e) O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de competência do órgão julgador 
integrante da estrutura administrativa do ente federativo que efetuar o lançamento, o indeferimento da 
opção ou a exclusão de ofício. 
Comentários: 
Dispõe o artigo 39 da LC 123/2006: 
Art. 39. O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de competência do órgão 
julgador integrante da estrutura administrativa do ente federativo que efetuar o lançamento, o 
indeferimento da opção ou a exclusão de ofício, observados os dispositivos legais atinentes aos 
processos administrativos fiscais desse ente. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
42 
 
§ 1o O Município poderá, mediante convênio, transferir a atribuição de julgamento 
exclusivamente ao respectivo Estado em que se localiza. 
§ 2o No caso em que o contribuinte do Simples Nacional exerça atividades incluídas no campo de 
incidência do ICMS e do ISS e seja apurada omissão de receita de que não se consiga identificar a 
origem, a autuação será feita utilizando a maior alíquota prevista nesta Lei Complementar, e a 
parcela autuada que não seja correspondente aos tributos e contribuições federais será rateada 
entre Estados e Municípios ou Distrito Federal. 
§ 3o Na hipótese referida no § 2o deste artigo, o julgamento caberá ao Estado ou ao Distrito 
Federal. 
§ 4º A intimação eletrônica dos atos do contencioso administrativo observará o disposto nos §§ 
1o-A a 1o-D do art. 16. 
§ 5º A impugnação relativa ao indeferimento da opção ou à exclusão poderá ser decidida em 
órgão diverso do previsto no caput, na forma estabelecida pela respectivaadministração 
tributária. 
§ 6º Na hipótese prevista no § 5o, o CGSN poderá disciplinar procedimentos e prazos, bem como, 
no processo de exclusão, prever efeito suspensivo na hipótese de apresentação de impugnação, 
defesa ou recurso. 
Art. 40. As consultas relativas ao Simples Nacional serão solucionadas pela Secretaria da Receita 
Federal, salvo quando se referirem a tributos e contribuições de competência estadual ou 
municipal, que serão solucionadas conforme a respectiva competência tributária, na forma 
disciplinada pelo Comitê Gestor. 
Portanto, a alternativa correta é a letra E. 
 
22. (FCC/Advogado /2016) De acordo com o Decreto Federal no 70.235/1972, art. 9o: a exigência do 
crédito tributário e a aplicação de penalidade isolada serão formalizados em autos de infração ou 
notificações de lançamento, distintos para cada tributo ou penalidade, os quais deverão estar 
instruídos com todos os termos, depoimentos, laudos e demais elementos de prova indispensáveis à 
comprovação do ilícito. De acordo com esse mesmo Decreto, a fase litigiosa do procedimento fiscal 
tem início com 
a) o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada, tratando-se de importação de mercadoria do 
exterior. 
b) a impugnação da exigência pelo sujeito passivo. 
c) o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da 
obrigação tributária ou seu preposto. 
d) a lavratura do auto de infração por servidor competente. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
43 
 
e)a apreensão de mercadorias, documentos ou livros. 
Comentários: 
A fase litigiosa começa com a impugnação do sujeito passivo, que inaugura a discordância quanto ao 
conteúdo do auto de infração. 
Portanto, a alternativa correta é a letra B. 
 
23. (VUNESP/Juiz Substituto /2016/Adaptada) Com base em súmula do Supremo Tribunal Federal, julgue 
o item a seguir: 
É constitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens para admissibilidade de 
recurso administrativo. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
A afirmativa está incorreta, conforme Súmula Vinculante nº 21, segundo a qual ”é inconstitucional a 
exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso 
administrativo”. 
 
24. (CESPE/Especialista em Regulação /2014) No que se refere à exclusão do crédito tributário e ao 
processo administrativo fiscal (Decreto n.º 70.235/1972), julgue o próximos item: 
A lavratura do primeiro ato de ofício por servidor competente, cientificando o sujeito passivo ou seu 
preposto do início da ação fiscal, exclui a espontaneidade tributária do devedor. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
A afirmativa está correta, conforme dispõe o artigo 7º do Decreto nº 70.235/72: 
Art. 7º O procedimento fiscal tem início com: (Vide Decreto nº 3.724, de 2001) 
I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito 
passivo da obrigação tributária ou seu preposto;[...] 
§ 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos 
anteriores e, independentemente de intimação a dos demais envolvidos nas infrações verificadas. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
44 
 
 
LISTA DE QUESTÕES 
1. (FCC/Auditor Fiscal de Tributos/2018) De acordo com a disciplina estabelecida pela Lei Complementar 
federal no 123/2006, acerca do SIMPLES NACIONAL, os Municípios têm competência 
 a) para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, desde 
que o estabelecimento fiscalizado seja prestador de serviços e se localize no Município que tem competência 
para proceder à sua fiscalização. 
 b) para fiscalizar uma empresa de transporte intramunicipal localizada em seu território, relativamente ao 
cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, mas não têm competência 
para verificar a ocorrência das hipóteses de exclusão de ofício desta empresa deste regime de tributação. 
 c) para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento do IRPJ, do IPI, do ITCMD e do ITBI, 
dentre outros, apurados na forma do Simples Nacional, relativamente a todos os estabelecimentos da 
empresa, independentemente do ente federado instituidor. 
 d) concorrente para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento do PIS, do CONFINS, do 
ICMS e do ISS, apurados na forma do Simples Nacional, e de promover a autuação por descumprimento de 
obrigação acessória relacionada com esses impostos e contribuições, relativamente a todos os 
estabelecimentos da empresa, independentemente do ente federado instituidor da obrigação tributária. 
 e) para fiscalizar um hotel localizado em seu território, relativamente ao cumprimento das obrigações 
principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, e para verificar a ocorrência das hipóteses de sua 
exclusão, de ofício, deste regime de tributação, mas não têm competência para promover a autuação deste 
estabelecimento por descumprimento de obrigação acessória relativa ao IRPJ. 
 
2. (FAUEL/Procurador do Município/2018) Sobre o tratamento diferenciado e favorecido a ser 
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, é INCORRETO afirmar que: 
 a) Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em 
face da União. Mediante convênio a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional poderá delegar aos Estados e 
Municípios a inscrição em dívida ativa estadual e municipal e a cobrança judicial dos tributos estaduais e 
municipais relativos ao Simples Nacional. 
 b) Os mandados de segurança nos quais se impugnem atos de autoridade coatora pertencente a Estado, 
Distrito Federal ou Município deverão, ainda assim, ser ajuizados contra a União, uma vez que o Comitê 
Gestor do Simples Nacional vincula-se ao Ministério da Fazenda do Governo Federal. 
 c) O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dentre 
outros tributos, do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido - CSLL. 
 d) Não são recolhidos por meio do Simples Nacional, devendo ser observada a legislação aplicável às demais 
pessoas jurídicas, a Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e o Imposto de Renda 
relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
45 
 
 e) A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e empresa 
de pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, sendo irretratável para 
todo o ano-calendário. 
 
3. (CESPE/PGE-SE/2017) Considerando as normas do regime tributário do SIMPLES Nacional e o disposto 
no Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte — Lei Complementar n.º 123/2006 —, 
julgue os itens a seguir. 
I A empresa individual de responsabilidade limitada não pode ser enquadrada como microempresa para 
efeito de adesão ao SIMPLES Nacional. 
II Para o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, a sociedade empresária deve, 
em cada ano-calendário, ter receita bruta inferior a determinado montante legal, excluídas as vendas 
canceladas e os descontos incondicionais eventualmente concedidos. 
III O recolhimento de tributo pelo regime especial unificado de arrecadação do SIMPLES Nacional não exclui 
a incidência do ICMS devido nasoperações sujeitas ao regime de substituição tributária. 
Assinale a opção correta. 
 a) Apenas o item I está certo. 
 b) Estão certos apenas os itens I e II. 
 c) Estão certos apenas os itens I e III. 
 d) Estão certos apenas os itens II e III. 
 e) Todos os itens estão certos. 
 
4. (CESPE/PGE-AM/2016) Considerando o desenvolvimento da relação jurídica tributária, julgue o 
próximo item. 
Admite-se a extinção de microempresa e de empresa de pequeno porte mediante baixa de seus atos 
constitutivos, independentemente de comprovação de sua regularidade fiscal; nesse caso, será subsidiária a 
responsabilidade dos titulares, dos sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos 
fatos geradores. 
Certo 
Errado 
 
5. (FCC/SEGEP-MA /2016) O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições 
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, também chamado de Simples Nacional, 
implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de vários impostos e 
contribuições.De acordo com a Lei Complementar n° 123/2006, e salvo as exceções nela previstas, 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
46 
 
encontram-se entre os impostos e contribuições abrangidos pelo recolhimento mensal, mediante 
documento único de arrecadação, 
 a) o IRPJ, o IPVA e o ISS. 
 b) a CSLL, o ICMS e o IPTU. 
 c) a CSLL, o ICMS e o ISS. 
 d) o IRPJ, o IPVA e o IPTU. 
 e) a CSLL, o ITCMD e o ITBI. 
 
6. (FGV/Procurador Municipal /2016) No que se refere ao regime especial unificado de arrecadação de 
tributos devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, denominado Simples Nacional, 
analise as afirmativas a seguir. 
I. Será opcional para o contribuinte. 
II. Abrange impostos, contribuições e taxas federais, estaduais e municipais. 
III. O recolhimento será unificado e centralizado, e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos 
respectivos entes federados será imediata, sendo vedada qualquer retenção ou condicionamento. 
Está correto o que se afirma em: 
 a) II, apenas. 
 b) I e II, apenas. 
 c) I e III, apenas. 
 d) II e III, apenas. 
 e) I, II e III. 
 
7. (UECE-CEV/Auditor Fiscal Municipal/2016) O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, 
mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: 
 a) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – 
COFINS; Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição Patronal Previdenciária – CPP; Imposto sobre 
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual 
e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
 b) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – 
COFINS; Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE; Contribuição Patronal Previdenciária – 
CPP; Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza - ISS. 
 c) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – 
COFINS; Contribuição para o PIS/Pasep; Imposto de Importação de Produtos Estrangeiros – II; Imposto sobre 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
47 
 
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual 
e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
 d) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – 
COFINS; Contribuição para o PIS/Pasep; Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas 
a Títulos ou Valores Mobiliários – IOF; Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; 
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
 
8. (FGV/Analista Portuário /2016) A pessoa jurídica X é uma microempresa optante do Simples Nacional, 
regime tributário diferenciado e simplificado previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. A 
opção pelo Simples Nacional implica o recolhimento unificado de um conjunto de tributos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Nesse sentido, assinale a opção que indica o tributo que não estará compreendido no recolhimento unificado 
do Simples Nacional. 
 a) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ. 
 b) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL 
 c) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
 d) Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU. 
 e) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS. 
 
9. (CESPE/Juiz TJ-DF /2016/Adaptada) No tocante à legislação tributária vigente, julgue o item a seguir: 
A microempresa ou a empresa de pequeno porte que tenha sócio domiciliado no exterior não poderá 
recolher os impostos e as contribuições na forma prevista no Simples Nacional. 
Certo 
Errado 
 
10. (CESPE/Assessor Técnico Jurídico/2015) A empresa Tripoli Ltda. recolheu ICMS a mais durante 
determinado período de 2013 em face de errônea interpretação da legislação tributária. 
Independentemente de protesto, a pessoa jurídica ajuizou ação de repetição de indébito em 2015. Ao 
despachar a demanda, o juízo competente exigiu que a contribuinte demonstrasse a assunção do ICMS 
ou que estivesse autorizada por quem o assumiu para demandar contra a fazenda pública. 
Considerando essa situação hipotética, a interpretação do direito tributário, crédito tributário, repetição de 
indébito e ICMS, julgue o item a seguir. 
Pessoa jurídica que se dedica à atividade de compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis 
a prazo ou de prestação de serviços (factoring), ou que tenha sócio domiciliado no exterior, não pode 
recolher impostos nem contribuições que compõem o simples nacional, por força de expressa vedação legal. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
48 
 
Certo 
Errado 
 
11. (COSEAC/Técnico em Contabilidade /2015) De acordo com a Lei Complementar n° 123/2006, fica 
instituído o Simples Nacional, que implica o recolhimento mensal dos seguintes impostos e 
contribuições: 
 a) IR; IPTU; IPI; ITR; CSLL; ISS 
 b) COFINS; ICMS; IPI; IPTU; ITBI; CPP; IOF. 
 c) PIS/PASEP; CSLL; IPI; ICMS; ISS; IR; IPVA. 
 d) ISS; COFINS; ICMS; IPI; ITBI; IRPJ; PIS/PASEP. 
 e) IRPJ; IPI; CSLL; COFINS; PIS/PASEP; CPP;ICMS; ISS. 
 
12. (FCC/Juiz Substituto TJ-RR /2015) Jonas, funcionário de empresa de assessoria comercial e tributária 
localizada em Caracaraí/RR, foi consultado por um de seus clientes a respeito da possibilidade de 
enquadrar sua empresa no SIMPLES NACIONAL. Jonas, depois de analisar cuidadosamente as 
indagações que lhe foram feitas, forneceuas seguintes respostas: 
I. A pessoa jurídica, que tenha sócio domiciliado no exterior, não poderá se beneficiar do tratamento jurídico 
diferenciado previsto na Lei Complementar n° 123/06, mesmo que a receita bruta global não ultrapasse o 
limite de R$ 360.000,00. 
II. É considerada microempresa, a empresa individual de responsabilidade limitada que aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. 
III. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal de vários impostos, mediante documento único de 
arrecadação, dentre os quais se encontram o IPI, o IRPJ e o ISS. 
IV. Mediante adesão expressa da União, dos Estados e dos Municípios à disciplina estabelecida pelo Comitê 
Gestor do Simples Nacional, o recolhimento anual do ITR, do IPVA e do IPTU poderá ser feito mediante 
documento único de arrecadação. 
V. A pessoa jurídica, cujo sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada pela 
Lei Complementar n° 123/06, não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto na 
referida Lei Complementar, mesmo que a receita bruta global não ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00. 
Com base na Lei Complementar n° 123/06, está correto o que foi afirmado por Jonas em 
 a) I, II, III, IV e V. 
 b) I, III, IV e V, apenas. 
 c) I e IV, apenas. 
 d) II e III, apenas. 
 e) II, IV e V, apenas. 
 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
49 
 
13. (FUNIVERSA/Analista de Gestão Administrativa /2015) Com base no Estatuto Nacional da 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, pode-se beneficiar de tratamento diferenciado a micro 
ou pequena empresa 
 a) constituída sob a forma de cooperativa de consumo. 
 b) que participe de outra empresa ou que tenha a participação de outra. 
 c) constituída como uma companhia fechada. 
 d) caracterizada como sociedade de crédito imobiliário. 
 e) cujo titular seja detentor de mais de 10% do capital de outra(s) empresa(s), contanto que a receita bruta 
de cada uma delas esteja dentro do limite de enquadramento como micro ou pequena empresa. 
 
14. (FUNIVERSA/Auditor Fiscal Municipal /2014) O Simples Nacional, sistema simplificado de tributação 
instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, compreende o pagamento unificado de um conjunto 
de tributos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Podem optar por tal 
recolhimento simplificado as microempresas e as empresas de pequeno porte. 
Assinale a opção que apresenta tributo compreendido no recolhimento simplificado. 
 a) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). 
 b) Imposto de Importação (II). 
 c) Contribuição para o FGTS. 
 d) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). 
 e) Imposto de Renda sobre o Ganho de Capital na alienação de bens (IR-Ganho de Capital). 
 
15. (FCC/Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014/Adaptada) Com relação ao sistema simples nacional, 
instituído pela Lei Complementar nº 123/06, julgue o item a seguir: 
Não permite o ingresso no sistema de pessoa jurídica de cujo capital participe outra pessoa jurídica. 
Certo 
Errado 
 
16. (FCC/Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014/Adaptada) Com relação ao sistema simples nacional, 
instituído pela Lei Complementar nº 123/06, julgue o item a seguir: 
Trata-se de um sistema de imposto único que objetiva favorecer o pequeno e o micro empresários. 
Certo 
Errado 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
50 
 
 
17. (FUNDATEC/Auditor Fiscal Estadual/2014/Adaptada) Com base na ordem jurídica vigente, julgue o 
item a seguir 
Não há ofensa à isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a 
microempresas e empresas de pequeno porte, afastando do regime de tributação simplificada (SIMPLES) as 
empresas que denotam capacidade contributiva superior a essas. 
Certo 
Errado 
 
18. (ESAF /Auditor Fiscal /2014/Adaptada) A Lei Complementar n. 123/2006 prevê tratamento tributário 
diferenciado para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, que consiste em um regime especial 
unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos por estas entidades, denominado Simples 
Nacional. Sobre este, julgue o item a seguir: 
Para fins do Simples Nacional, considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas 
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, 
excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 
 Certo 
Errado 
 
19. (ESAF /Auditor Fiscal /2014/Adaptada) A Lei Complementar n. 123/2006 prevê tratamento tributário 
diferenciado para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, que consiste em um regime especial 
unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos por estas entidades, denominado 
Simples. Sobre este, julgue o item a seguir: 
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de um 
conjunto de tributos e contribuições. Todavia, mesmo em relação a algum
 destes tributos e contribuições, há situações em que o recolhimento dar se-á à 
parte do Simples Nacional. 
Certo 
Errado 
 
20. (FEPESE/Auditor Fiscal Municipal /2014) Assinale a alternativa que corresponde corretamente à pessoa 
jurídica que não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto na Lei 
Complementar nº 123/2006 
 a) Cooperativa de consumo. 
 b) Sociedade por quotas de responsabilidade limitada. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
51 
 
 c) Sociedade que participe do capital de outra pessoa jurídica. 
 d) Sociedade de cujo capital participem apenas pessoas físicas. 
 e) Filial, sucursal, agência ou representação que possua sede em outra unidade da federação. 
 
21. (FEPESE/Auditor Fiscal Municipal /2014) De acordo com a Lei Complementar nº 123/2006, assinale a 
alternativa correta em relação ao processo administrativo fiscal. 
 a) A Secretaria da Receita Federal é o único órgão competente para solucionar as consultas relativas ao 
Simples Nacional. 
 b) É vedado ao Município transferir a atribuição de julgamento, no contencioso administrativo relativo ao 
Simples Nacional, ao Estado. 
 c) A cientificação do sujeito passivo de quaisquer tipos de atos administrativos poderá ser feita por meio do 
sistema de comunicação eletrônica, salvo as notificações relativas à exclusão do regime e a ações fiscais. 
 d) A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional será notificada para intervir, obrigatoriamente, em todos os 
processos do contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional. 
 e) O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de competência do órgão julgador 
integrante da estrutura administrativa do ente federativo que efetuar o lançamento, o indeferimento da 
opção ou a exclusão de ofício. 
22. (FCC/Advogado /2016) De acordo com o Decreto Federal no 70.235/1972, art. 9o: a exigência do 
crédito tributário e a aplicação de penalidade isolada serão formalizados em autos de infração ou 
notificações de lançamento, distintos para cada tributo ou penalidade, os quais deverão estar 
instruídos com todos os termos, depoimentos, laudos e demais elementos de prova indispensáveis à 
comprovação do ilícito. De acordo com esse mesmo Decreto, a fase litigiosa do procedimento fiscal 
tem início com 
a) o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada, tratando-se de importação de mercadoria do 
exterior. 
b) a impugnação da exigência pelo sujeito passivo. 
c) o primeiro ato de ofício, escrito,praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da 
obrigação tributária ou seu preposto. 
d) a lavratura do auto de infração por servidor competente. 
e)a apreensão de mercadorias, documentos ou livros. 
 
23. (VUNESP/Juiz Substituto /2016/Adaptada) Com base em súmula do Supremo Tribunal Federal, julgue 
o item a seguir: 
É constitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens para admissibilidade de 
recurso administrativo. 
Certo 
Errado 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
52 
 
 
24. (CESPE/Especialista em Regulação /2014) No que se refere à exclusão do crédito tributário e ao 
processo administrativo fiscal (Decreto n.º 70.235/1972), julgue o próximos item: 
A lavratura do primeiro ato de ofício por servidor competente, cientificando o sujeito passivo ou seu 
preposto do início da ação fiscal, exclui a espontaneidade tributária do devedor. 
Certo 
Errado 
 
 
 
GABARITO
1. E 
2. B 
3. D 
4. Errado 
5. C 
6. C 
7. A 
8. D 
9. Certo 
10. Certo 
11. E 
12. D 
13. A 
14. D 
15. Certo 
16. Errado 
17. Certo 
18. Certo 
19. Certo 
20. C 
21. E 
22. B 
23. Errado 
24. Certo 
 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudosalcançado pela consulta, a partir da apresentação da consulta até o trigésimo 
dia subsequente à data da ciência da decisão que lhe der solução definitiva. (Decreto no 70.235, 
de 1972, arts. 48 e 49; Lei no 9.430, de 1996, art. 48, caput e § 3o). 
§ 1o A apresentação da consulta: 
I - não suspende o prazo: 
a) para recolhimento de tributo, retido na fonte ou declarado (autolançado), antes ou depois da 
data de apresentação; e 
b) para a apresentação de declaração de rendimentos; e 
II - não impede a instauração de procedimento fiscal para fins de apuração da regularidade do 
recolhimento de tributos e da apresentação de declarações. 
§ 2º No caso de consulta formulada por entidade representativa de categoria econômica ou 
profissional, os efeitos referidos no caput só alcançam seus associados ou filiados depois de 
cientificada a entidade consulente da decisão. (Redação dada pelo Decreto nº 8.853, de 
2016) 
Art. 90. Em se tratando de consulta eficaz e formulada antes do vencimento do débito, não 
incidirão encargos moratórios desde seu protocolo até o trigésimo dia subsequente à data da 
ciência de sua solução (Lei nº 5.172, de 1966 - Código Tributário Nacional, art. 161, § 2º). 
Portanto, como regra geral, realizada a consulta, não pode o fisco iniciar processo administrativo com o 
objetivo de cobrar o tributo que foi objeto da consulta, até o trigésimo dia subsequente à data em que o 
consulente foi cientificado da decisão que a solucionou. Da mesma forma, dentro desse prazo não incidem 
juros moratórios ou multas. 
A suspensão do prazo, no entanto, não se aplica aos tributos retidos na fonte ou aos créditos que foram 
constituídos pelo próprio sujeito passivo, assim como em nada altera o prazo para apresentação de 
declaração de rendimentos, que se configura como uma obrigação acessória. Além disso, o inciso III explicita 
o óbvio: a consulta só tem o condão de impedir a instauração do processo fiscal quanto àquele tributo que 
foi objeto de consulta. Quanto às demais obrigações, a consulta em nada lhes aproveita. 
Quando a consulta for formalizada por uma entidade representativa de categoria econômica ou profissional, 
a consulta alcança os filiados e associados da entidade após aquela ter sido cientificada da decisão. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
4 
 
O artigo 94, por sua vez, trás as hipóteses em que a consulta não deve ser considerada eficaz, o que afasta 
as consequências ora analisadas: 
Art. 94. Não produzirá qualquer efeito a consulta formulada 
I - em desacordo com o disposto nos arts. 88 e 91; 
II - por quem tiver sido intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta; 
III - por quem estiver sob procedimento fiscal iniciado para apurar fatos que se relacionem com a 
matéria consultada; 
IV - quando o fato já houver sido objeto de decisão anterior, ainda não modificada, proferida em 
consulta ou litígio em que tenha sido parte o consulente; 
V - quando o fato estiver disciplinado em ato normativo, publicado antes de sua apresentação; 
VI - quando o fato estiver definido ou declarado em disposição literal de lei; 
VII - quando o fato for definido como crime ou contravenção penal; e 
VIII - quando não descrever, completa ou exatamente, a hipótese a que se referir, ou não contiver 
os elementos necessários à sua solução, salvo se a inexatidão ou omissão for escusável, a critério 
da autoridade julgadora. 
O dispositivo é justificável. No caso do inciso I, os requisitos mínimos para realização da consulta não foram 
preenchidos. No caso dos incisos II e III, a vedação tem como objetivo evitar o comportamento malicioso por 
parte do sujeito passivo. Do contrário, o interessado poderia deliberadamente não cumprir com as 
obrigações tributárias e, uma vez cientificado de uma medida fiscalizatória, efetuar uma consulta, com o 
objetivo de ver-se livre dos encargos moratórios que incidiriam. 
Os incisos IV, V, VI VIII bloqueiam a eficácia da consulta nos casos em que ela é desnecessária, em razão de 
inexistir dúvida razoável sobre a questão. 
O inciso VIII, por sua vez, impõe ao contribuinte o ônus de explicitar os fundamentos da consulta. Quanto a 
essa hipótese, embora o dispositivo fale que a inexatidão ou omissão possa ser afastada a critério da 
autoridade julgadora, quando o erro for escusável, a melhor interpretação do dispositivo deve ser a de que, 
uma vez compreendido o objeto da indagação pelo fisco, ainda que a petição não tenha sido realizada de 
maneira escorreita, deve a autoridade administrativa analisá-la. Essa interpretação se coaduna melhor com 
o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, expressamente elencadas pelo artigo 2º da Lei 9.784/99. 
Quanto à solução da consulta, dispõe o artigo 95 do Decreto nº 7.574/2011: 
Art. 95. Os processos administrativos de consulta serão solucionados em instância única (Lei no 
9.430, de 1996, art. 48, caput). 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
5 
 
Parágrafo único. Não cabe recurso nem pedido de reconsideração da solução da consulta ou do 
despacho que declarar sua ineficácia (Lei no 9.430, de 1996, art. 48, § 3o). (Revogado pelo 
Decreto nº 8.853, de 2016) 
§ 1º Não cabe recurso nem pedido de reconsideração da solução da consulta ou do despacho que 
declarar sua ineficácia. (Incluído pelo Decreto nº 8.853, de 2016) 
§ 2º A consulta será solucionada no prazo máximo de trezentos e sessenta dias, contado da data 
de protocolo. (Incluído pelo Decreto nº 8.853, de 2016) 
Art. 96. Na solução da consulta serão observados os atos administrativos, expedidos pelas 
autoridades competentes, relativos à matéria consultada (Lei no 9.430, de 1996, art. 48, § 2o). 
Art. 97. As soluções das consultas serão publicadas no Diário Oficial da União, na forma disposta 
em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei no 9.430, de 1996, art. 48, § 4o). 
Art. 98. O envio de conclusões decorrentes de decisões proferidas em processos de consulta sobre 
classificação fiscal de mercadorias para órgãos do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL será 
efetuado exclusivamente pela unidade indicada no inciso I do art. 92 (Lei no 9.430, de 1996, art. 
50, § 4o). 
Portanto, não cabe recurso quanto à decisão tomada, o que não impede o consulente de questionar no 
Judiciário a solução adotada pela Administração Pública. 
1.3 PROCESSO ADMINISTRATIVO CONTENCIOSO NO ÂMBITO 
FEDERAL 
1.3.1 – Fases do processo administrativo fiscal contencioso 
O fluxograma abaixo ajuda-nos a visualizar as fases do processo administrativo fiscal contencioso no âmbito 
federal: 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
6 
 
 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
7 
 
Os artigos 7º a 9º do Decreto 70.235/72 regulamentam o início do processo administrativo contencioso. A 
formalização do início do procedimento fiscal é medida essencial não só para possibilitar o controle dos atos 
administrativos, mas também porque serve como marco temporal a partir do qual não é mais admissível a 
denúncia espontânea por parte do sujeito passivo. 
Quanto aos prazos previstos naqueles dispositivos, deve-se observar o disposto no artigo 5º do Decreto nº 
70.235/1972, que determina que a sua contagem é contínua, excluindo-se o dia do início e incluindo-se o dia 
do vencimento. 
Após iniciado o processo administrativo,constada a existência de obrigação tributária que não foi 
formalizada, deve o fisco lavrar o auto de infração, que materializa a figura jurídica do lançamento de ofício: 
Art. 10. O auto de infração será lavrado por servidor competente, no local da verificação da falta, 
e conterá obrigatoriamente: 
I - a qualificação do autuado; 
II - o local, a data e a hora da lavratura; 
III - a descrição do fato; 
IV - a disposição legal infringida e a penalidade aplicável; 
V - a determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la no prazo de trinta 
dias; 
VI - a assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula. 
 
Art. 11. A notificação de lançamento será expedida pelo órgão que administra o tributo e conterá 
obrigatoriamente: 
I - a qualificação do notificado; 
II - o valor do crédito tributário e o prazo para recolhimento ou impugnação; 
III - a disposição legal infringida, se for o caso; 
IV - a assinatura do chefe do órgão expedidor ou de outro servidor autorizado e a indicação de 
seu cargo ou função e o número de matrícula. 
Parágrafo único. Prescinde de assinatura a notificação de lançamento emitida por processo 
eletrônico. 
O não cumprimento dos requisitos acima pode ensejar a nulidade do auto de infração, sobretudo se a 
omissão ou inexatidão acarretar um prejuízo à ampla defesa e ao contraditório. Seria o caso, por exemplo, 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
8 
 
do auto de infração que omitisse os fatos que justificaram a sua lavratura ou que não informasse ao sujeito 
passivo o direito que ele possui de impugná-lo. 
Como vimos no fluxograma acima, uma vez notificado o contribuinte do lançamento, abre-se três 
possibilidades: i) o sujeito passivo concorda com o valor cobrado e efetua o seu pagamento, caso em que o 
crédito tributário é extinto; ii) o sujeito passivo se mantém inerte, o que acarreta a constituição definitiva 
do crédito tributário e autoriza a que a Fazenda Pública inscreva o crédito em dívida ativa e ingresse com a 
ação de execução fiscal; iii) o sujeito passivo impugna o auto de infração dentro do prazo legal de 30 dias, o 
que enseja o início da fase contenciosa. 
A opção pela última hipótese atrai a incidência dos artigos 16 a 18 do Decreto nº 70.235/1972. 
O artigo 16 exige que o impugnante fundamente o seu pleito, expondo as razões fáticas e jurídicas que, no 
seu entender, levam à insubsistência do auto de infração. Isso não significa, contudo, que a autoridade 
administrativa está vinculada aos motivos elencados pelo impugnante. O princípio da legalidade permite que 
a administração pública acolha o recurso do contribuinte, ainda que por outro motivo não suscitado. 
Outro aspecto que merece menção diz respeito às provas que devem ser produzidas. A prova documental 
deve ser apresentada com a impugnação, sob pena de preclusão, salvo se presente alguma das situações 
elencadas pelo §4º do artigo 16. Apesar do rigor legal, nada impede que a administração pública supere esse 
óbice e autorize a prova documental, caso a questão seja importante para elucidação dos fatos, porque é do 
interesse de ambas as partes que o lançamento tributário espelhe a realidade. 
Caso o sujeito passivo deseje a realização de outras diligências ou mesmo a realização de exame pericial, 
deve dizer isso na impugnação, justificando a sua necessidade e apresentando desde logo os quesitos e a 
qualificação profissional do seu assistente técnico. A não observância desses requisitos autoriza que o fisco 
considere o pedido como não formulado, conforme enuncia o §1º do artigo 16. 
O julgamento de primeira instância compete às Delegacias da Receita Federal de Julgamento, conforme se 
observa do artigo 25 do Decreto nº 70.235/72: 
Art. 25. O julgamento do processo de exigência de tributos ou contribuições administrados pela 
Secretaria da Receita Federal compete: 
I - em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal de Julgamento, órgãos de deliberação 
interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal; 
a) aos Delegados da Receita Federal, titulares de Delegacias especializadas nas atividades 
concernentes a julgamento de processos, quanto aos tributos e contribuições administrados pela 
Secretaria da Receita Federal. 
b) às autoridades mencionadas na legislação de cada um dos demais tributos ou, na falta dessa 
indicação, aos chefes da projeção regional ou local da entidade que administra o tributo, 
conforme for por ela estabelecido. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
9 
 
Julgada a impugnação em primeira instância, deve-se observar o disposto nos artigos 33 a 36 do Decreto nº 
70.235/19721. 
Portanto, podem ocorrer as seguintes situações: i) se o julgamento for contrário ao sujeito passivo, este pode 
interpor recurso voluntário, que possui efeito suspensivo, no prazo de 30 dias seguintes à ciência da decisão; 
ii) se a decisão, favorável ao sujeito passivo, implicar na dispensa do pagamento de tributo e encargos de 
valor total que não supere o montante fixado pelo Ministro da Fazenda, ocorre o trânsito em julgado 
administrativo da decisão; iii) se a decisão, favorável ao contribuinte, implicar na dispensa do pagamento de 
tributos e encargos em valor superior ao fixado pelo Ministro da Fazenda, deve a autoridade administrativa 
recorrer de ofício da decisão2. 
O órgão de segunda instância encarregado de julgar o recurso voluntário e o recurso de ofício é o Conselho 
Administrativo de Recursos Fiscais, conforme se observa do artigo 25, inciso II e seguintes do Decreto nº 
70.235/1972. 
Merece destaque que o parágrafo nono desse dispositivo atribui maior peso ao voto do presidente, 
representante da Fazenda Nacional, em caso de empate, dando a ele o voto de qualidade. 
Esse dispositivo foi impugnado na ADI 5731, que ainda não foi julgada pelo Supremo Tribunal Federal. 
Julgado o recurso, podem ocorrer as seguintes situações: i) se a decisão não tiver dado à lei tributária 
interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara, turma de Câmara, turma especial ou a própria 
Câmara Superior de Recursos Fiscais, ocorre o trânsito em julgado do processo administrativo; ii) caso, por 
outro lado, constate-se a ocorrência dessa divergência, abre-se a possibilidade de o interessado ingressar 
com recurso especial à Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de 15 dias da ciência do acordão. É o 
que dispõe o artigo 37 do Decreto nº 70.235/1972: 
 
 
1 Decreto Nº 70.235/72. 
Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes 
à ciência da decisão. [...] 
Art. 34. A autoridade de primeira instância recorrerá de ofício sempre que a decisão: 
I - exonerar o sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa de valor total (lançamento principal e 
decorrentes) a ser fixado em ato do Ministro de Estado da Fazenda. (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) 
(Produção de efeito) 
II - deixar de aplicar pena de perda de mercadorias ou outros bens cominada à infração denunciada na formalização 
da exigência. 
§ 1º O recurso será interposto mediante declaração na própria decisão. 
§ 2° Não sendo interposto o recurso, o servidor que verificar o fato representará à autoridade julgadora, por 
intermédio de seu chefe imediato, no sentido de que seja observada aquela formalidade. 
Art. 35. O recurso, mesmo perempto, será encaminhado ao órgão de segunda instância, que julgará a perempção. 
Art. 36. Da decisão de primeira instância não cabe pedido de reconsideração. 
2 A Portaria MF nº 63/2017 estabeleceu que o recurso de ofício é obrigatório quando o valor total for superiora R$ 
2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais) 
 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
10 
 
Art. 37. O julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais far-se-á conforme dispuser 
o regimento interno. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 2o Caberá recurso especial à Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de 15 (quinze) dias 
da ciência do acórdão ao interessado: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – de decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra 
Câmara, turma de Câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais. 
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
1.4 OUTROS ASPECTOS DO DECRETO Nº 70.235/72 
1.4.1 Intimações 
Os incisos I a III e parágrafo primeiro do artigo 23 dispõem sobre as formas de intimação no processo 
administrativo fiscal: 
Art. 23. Far-se-á a intimação: 
I - pessoal, pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador, na repartição ou fora 
dela, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de 
recusa, com declaração escrita de quem o intimar; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) 
(Produção de efeito) 
II - por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no 
domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) 
(Produção de efeito) 
III - por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.196, 
de 2005) 
a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou (Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005) 
b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo. (Incluída pela Lei nº 
11.196, de 2005) 
§ 1o Quando resultar improfícuo um dos meios previstos no caput deste artigo ou quando o 
sujeito passivo tiver sua inscrição declarada inapta perante o cadastro fiscal, a intimação poderá 
ser feita por edital publicado: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
I - no endereço da administração tributária na internet; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
II - em dependência, franqueada ao público, do órgão encarregado da intimação; ou (Incluído 
pela Lei nº 11.196, de 2005) 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
11 
 
III - uma única vez, em órgão da imprensa oficial local. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
Como se pode observar, a intimação pode ser realizada inicialmente de três maneiras distintas: i) 
pessoalmente, quando o sujeito passivo se dirige à repartição do fisco ou, ao contrário, quando o fisco se 
dirige ao endereço do contribuinte; ii) por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio, com prova de 
recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo; iii) por meio eletrônico, desde que o sujeito 
passivo tenha concordado em receber as intimações dessa forma, conforme enuncia o parágrafo quinto do 
artigo 23. 
Quanto ao segundo modo de intimação, por Correios, é importante frisar que a jurisprudência se pacificou 
no sentido de ser desnecessário que o próprio sujeito passivo tenha assinado o AR, bastando que alguém 
tenha recebido a carta no endereço informado pelo sujeito passivo ao fisco3. 
Apenas quando restar frustrada a intimação por algum dos meios acima indicados é que se pode realizar a 
intimação por edital. Assim, por exemplo, se o fisco enviar a carta AR para o endereço errado, que não aquele 
indicado pelo sujeito passivo, e posteriormente intimá-lo por edital, deve este último ato ser considerado 
nulo, o que macula todos os atos subsequentes que dele dependam4. 
O parágrafo segundo estabelece a data a partir da qual se considera que o sujeito passivo foi efetivamente 
intimado: 
Art. 23 [...] 
§ 2° Considera-se feita a intimação: 
I - na data da ciência do intimado ou da declaração de quem fizer a intimação, se pessoal; 
II - no caso do inciso II do caput deste artigo, na data do recebimento ou, se omitida, quinze dias 
após a data da expedição da intimação; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção 
de efeito) 
III - se por meio eletrônico: (Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013) 
a) 15 (quinze) dias contados da data registrada no comprovante de entrega no domicílio 
tributário do sujeito passivo; (Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013) 
 
 
3 AgInt no AREsp 932.816/DF, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/06/2018, DJe 
19/06/2018 
4 TRF-1 - AC: 00001840920064013806 0000184-09.2006.4.01.3806, Relator: JUIZ FEDERAL MIGUEL ÂNGELO DE 
ALVARENGA LOPES, Data de Julgamento: 05/02/2018, OITAVA TURMA, Data de Publicação: 23/02/2018 e-DJF1 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
12 
 
b) na data em que o sujeito passivo efetuar consulta no endereço eletrônico a ele atribuído pela 
administração tributária, se ocorrida antes do prazo previsto na alínea a; ou (Redação dada pela 
Lei nº 12.844, de 2013) 
c) na data registrada no meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo; (Incluída 
pela Lei nº 12.844, de 2013) 
IV - 15 (quinze) dias após a publicação do edital, se este for o meio utilizado. (Incluído pela Lei nº 
11.196, de 2005) 
Os Procuradores da Fazenda Nacional devem ser intimados pessoalmente, conforme regulamenta os §7º a 
9º do dispositivo. 
1.4.2 Nulidades 
O artigo 59 do Decreto nº 70.235/1972 dispõe sobre a nulidade no processo administrativo fiscal: 
Art. 59. São nulos: 
I - os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; 
II - os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito 
de defesa. 
§ 1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou 
sejam conseqüência. 
§ 2º Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados, e determinará as 
providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo. 
§ 3º Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração 
de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe 
a falta. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993) 
Art. 60. As irregularidades, incorreções e omissões diferentes das referidas no artigo anterior não 
importarão em nulidade e serão sanadas quando resultarem em prejuízo para o sujeito passivo, 
salvo se este lhes houver dado causa, ou quando não influírem na solução do litígio. 
Art. 61. A nulidade será declarada pela autoridade competente para praticar o ato ou julgar a 
sua legitimidade. 
Como se observa do artigo 59, há nulidade quando um ato for praticado por pessoa incompetente ou com 
preterição do direito de defesa. Nessa hipótese, a nulidade prejudica os atos posteriores que dele 
diretamente dependam ou sejam consequência. O parágrafo terceiro, por sua vez, determina que se for 
possível decidir o mérito em favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a 
autoridade administrativa deve fazê-lo. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
13 
 
O artigo 60 determina que irregularidades irrelevantes, como a juntada de documentos estranhos à causa, 
por exemplo, não acarretam a nulidade do procedimento, por não influírem na solução do litígio. Vícios mais 
graves que impliquem prejuízo ao sujeito passivo e que sejam diferentes daqueles enunciados no artigo 59 
podem ser sanados, salvo se o própriosujeito passivo tenha lhe dado causa. 
1.4.3 Inconstitucionalidade da exigência de depósito recursal e do 
arrolamento administrativo para conhecimento do recurso 
O parágrafo segundo do artigo 33 do Decreto 70.235/1972, na redação que lhe foi dada pela Medida 
Provisória nº 2.176-79/2001, dispunha no seguinte sentido: 
Art. 33 [...] 
§ 2o Em qualquer caso, o recurso voluntário somente terá seguimento se o recorrente o instruir 
com prova do depósito de valor correspondente a, no mínimo, trinta por cento da exigência fiscal 
definida na decisão. 
Assim, a lei condicionava o conhecimento do recurso ao prévio depósito de 30% da exigência fiscal. 
Posteriormente, a Lei 10.522/2002 alterou a redação do dispositivo, para permitir que o contribuinte, ao 
invés do depósito, pudesse garantir o valor equivalente a 30% da exigência fiscal mediante bens e direitos. 
No entanto, em 2007, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade do dispositivo, por 
entender que ele impunha uma restrição desproporcional ao exercício do direito de petição (art. 5º, XXXIV, 
da CF), bem como por vislumbrar que a regra ofendia o princípio do contraditório. 
Em 2009, com o objetivo de pacificar a questão nos âmbitos dos estados e dos municípios, o Supremo 
Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante nº 21, que possui a seguinte redação: 
Súmula Vinculante nº 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de 
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
1.4.4 – Não ocorrência da prescrição na pendência de recurso 
administrativo 
Embora haja diversas teorias que se propõem a diferenciar a decadência da prescrição, parece-nos que a 
que melhor explica os fenômenos, inclusive no âmbito do Direito Tributário, é a teoria científica, 
desenvolvida por Agnelo Amorim Filho. 
De uma maneira bastante geral, podemos dizer que esse jurista atrelou a prescrição aos direitos 
prestacionais, e a decadência aos direitos potestativos, ambas espécies de direitos subjetivos. 
Os direitos prestacionais compreendem aqueles direitos que têm como objeto uma prestação, positiva ou 
negativa, do sujeito passivo. Pode ser uma obrigação de dar, de fazer ou não fazer, e a fruição desses direitos 
depende da adoção de determinada conduta por parte do sujeito passivo. É o caso do credor que exige que 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
14 
 
o devedor pague a quantia de R$ 5.000,00 constante da nota promissória. A satisfação desse direito depende 
da conduta do devedor em entregar esse valor ao credor. 
Os direitos potestativos, por outro lado, são aqueles direitos que podem ser exercidos independentemente 
do concurso de vontade do sujeito passivo, bastando a manifestação de vontade do sujeito ativo - ainda que 
com a intervenção do juiz em alguns casos. Exemplo é o poder que o empregador possui de demitir seu 
funcionário. O exercício desse direito pode ser realizado independentemente da adoção de qualquer 
comportamento por parte do empregado, sendo suficiente a manifestação de vontade do empregador. 
Agnelo Amorim Filho5 traz outros exemplos de direitos potestativos, como o poder que tem o herdeiro de 
aceitar ou renunciar a herança, o poder que tem o sócio de promover a dissolução da sociedade civil, o poder 
de escolha nas obrigações alternativas, o poder que tem o mandante de revogar o mandato, etc. 
Para a teoria científica, os direitos prestacionais, dos quais decorrem as ações condenatórias e executivas6, 
sujeitam-se à prescrição. Os direitos potestativos, geradores das ações constitutivas, sujeitam-se ao prazo 
decadencial, quando existe prazo para o seu exercício em lei7. 
 
Se trouxermos essa teoria para o Direito Tributário, chegaremos às seguintes conclusões: 
1ª: O prazo para que o fisco constitua o crédito tributário é decadencial, porque o lançamento é um direito 
potestativo, que pode ser exercido independentemente de qualquer comportamento do sujeito passivo. 
Portanto, entre a obrigação tributária e o lançamento, corre prazo decadencial. 
2ª Entre o lançamento provisório e o lançamento definitivo – que pressupõe o trânsito em julgado 
administrativo da decisão – não incide a decadência ou a prescrição. A decadência não incide porque o 
direito potestativo de lançar já foi exercido. A prescrição não corre porque o crédito tributário se encontra 
 
 
5 FILHO, Agnelo Amorim. CRITÉRIO CIENTIFICO PARA DISTINGUIR A PRESCRIÇÃO DA DECADÊNCIA E PARA IDENTIFICAR 
AS AÇÕES IMPRESCRlTÍVEIS. Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, [s. l.], v. 14, 1960. 
Disponível em: 
6 O autor apenas menciona as ações condenatórias, porque adotara a teoria ternária das ações. 
7 As ações declaratórias e os direitos potestativos sem prazo previsto em lei são perpétuas. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
15 
 
suspenso, não podendo a Fazenda Pública exigir o cumprimento da obrigação. Não há, assim, pretensão a 
ser exercida. 
3º: Constituído o crédito, a prescrição passa a correr após a data de vencimento da obrigação, quando a 
pretensão passa a existir. O prazo é prescricional porque o pagamento do tributo pressupõe um 
comportamento do sujeito passivo, consistente na entrega da quantia ao credor. 
O gráfico abaixo sintetiza o que acabamos de afirmar: 
 
1.4.5 – Concomitância da ação judicial e do processo administrativo fiscal 
O parágrafo único do artigo 38 da Lei 6.830/80 dispõe no seguinte sentido: 
Art. 38 [...] 
Parágrafo Único - A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa em 
renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto. 
Por força desse dispositivo, o ingresso de ação judicial pelo sujeito passivo questionando o auto de infração 
acarreta a renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e a desistência do recurso eventualmente 
interposto. 
O CARF tem súmula acerca do tema: 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
16 
 
Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito 
passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de 
ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo 
órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. 
O Supremo Tribunal Federal tem considerado constitucional o parágrafo único do artigo 38.8 
1.4.6 Impossibilidade de a administração pública reconhecer a 
inconstitucionalidade de dispositivo legal. 
Embora parcela da doutrina entenda de maneira diversa, prevalece o entendimento de que o fisco não pode 
declarar a inconstitucionalidade de tratado, acordo, lei ou decreto. É o que diz expressamente o artigo 26-A 
do Decreto 70.235/72: 
Art. 26-A. No âmbito do processo administrativo fiscal, fica vedado aos órgãos de julgamento 
afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob 
fundamento de inconstitucionalidade. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 6o O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, 
lei ou ato normativo: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
I – que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva plenária do Supremo 
Tribunal Federal; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – que fundamente crédito tributário objeto de: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do Procurador-Geral da Fazenda 
Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002; (Incluído pela Lei 
nº 11.941, de 2009) 
b) súmula da Advocacia-Geral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar no 73, de 10 
de fevereiro de 1993; ou (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
c) pareceres do Advogado-Geral da União aprovados pelo Presidente da República, na forma do 
art. 40 da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 
2009) 
Essa regra apenas pode ser excepcionada nos casos dos incisos I e II desse dispositivo legal. 
 
 
8 RE 233582, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, 
julgado em 16/08/2007, DJe-088 DIVULG 15-05-2008 PUBLIC 16-05-2008 EMENT VOL-02319-05 PP-01031 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
17 
 
Quanto ao tema, existe Súmula do CARF: 
Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade 
de lei tributária 
 
2. SIMPLES NACIONAL 
2.1 INSTITUIÇÃO E ABRANGÊNCIA 
O Simples Nacional é um regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos pelas 
microempresas e empresas de pequeno porte. A adesão a esse regime é voluntária, conforme se observa do 
artigo 16 da Lei Complementar nº 123/2006: 
Art. 16. A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de 
microempresa e empresa de pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato do 
Comitê Gestor, sendo irretratável para todo o ano-calendário. 
§ 1o Para efeito de enquadramento no Simples Nacional, considerar-se-á microempresa ou 
empresa de pequeno porte aquela cuja receita bruta no ano-calendário anterior ao da opção 
esteja compreendida dentro dos limites previstos no art. 3o desta Lei Complementar. 
§ 1º-A. A opção pelo Simples Nacional implica aceitação de sistema de comunicação eletrônica, 
destinado, dentre outras finalidades, a: 
I - cientificar o sujeito passivo de quaisquer tipos de atos administrativos, incluídos os relativos ao 
indeferimento de opção, à exclusão do regime e a ações fiscais; 
II - encaminhar notificações e intimações; e 
III - expedir avisos em geral. [...] 
Portanto, nada impede que uma pessoa jurídica que se enquadre nos requisitos de pequena empresa ou de 
microempresa opte por recolher sua tributação de acordo com o regime ordinário. 
A abrangência do Simples Nacional é regulada de maneira exaustiva pelos artigos 12 e 13 da Lei 
Complementar 123/2006: O gráfico abaixo sintetiza os pontos mais importantes desse dispositivo legal: 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
18 
 
 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
1
 
 
 
19 
 
 
 
Com relação à isenção conferida pelo parágrafo terceiro do dispositivo9, merece destaque o fato de que o 
Supremo Tribunal Federal reconheceu a sua constitucionalidade nos autos da ADI 403310. 
2.2 VEDAÇÕES AO INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL 
O artigo 17 da Lei Complementar 123/2006 indica casos em que as pessoas jurídicas, embora enquadradas 
como microempresas ou empresas de pequeno porte, não podem aderir ao Simples Nacional: 
Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a 
microempresa ou a empresa de pequeno porte: 
I - I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão 
de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset 
management) ou compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação 
de serviços (factoring) ou que execute operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de 
títulos de crédito, exclusivamente com recursos próprios, tendo como contrapartes microempreendedores 
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive sob a forma de empresa simples de 
crédito; (Redação dada pela Lei Complementar nº 167, de 2019) 
II - que tenha sócio domiciliado no exterior; 
III - de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, 
estadual ou municipal; 
V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas 
Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; 
VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto quando 
na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano 
ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes 
 
 
9 Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos 
seguintes impostos e contribuições: 
§ 3o As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do 
pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de 
serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, 
e demais entidades de serviço social autônomo. 
10 ADI 4033, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 15/09/2010, DJe-024 DIVULG 04-02-
2011 PUBLIC 07-02-2011 EMENT VOL-02458-01 PP-00001 RTJ VOL-00219-01 PP-00195 RSJADV mar., 2011, p. 28-37 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
3
 
 
 
20 
 
ou trabalhadores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
(Produção de efeito) 
VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; 
VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; 
IX - que exerça atividade de importação de combustíveis; 
X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: 
a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, 
explosivos e detonantes; 
b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas:[...] 
c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por: (Incluído 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
1. micro e pequenas cervejarias; 
2. micro e pequenas vinícolas; 
3. produtores de licores; 
4. micro e pequenas destilarias; 
XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra; 
XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. 
XV - que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de 
serviços tributados pelo ISS. 
XVI - com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou 
estadual, quando exigível. 
§ 1º As vedações relativas a exercício de atividades previstas no caput deste artigo não se aplicam 
às pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades referidas nos §§ 5o-B a 5o-E 
do art. 18 desta Lei Complementar, ou as exerçam em conjunto com outras atividades que não 
tenham sido objeto de vedação no caput deste artigo. 
§ 2o Também poderá optar pelo Simples Nacional a microempresa ou empresa de pequeno porte 
que se dedique à prestação de outros serviços que não tenham sido objeto devedação expressa 
neste artigo, desde que não incorra em nenhuma das hipóteses de vedação previstas nesta Lei 
Complementar. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
2
 
 
 
21 
 
§ 4º Na hipótese do inciso XVI do caput, deverá ser observado, para o MEI, o disposto no art. 4o 
desta Lei Complementar. 
2.3 ALÍQUOTAS E BASES DE CÁLCULO 
As alíquotas e bases de cálculos se encontram definidas, de modo bastante detalhado, nos artigos 18 a 27 
da Lei Complementar nº 123/2006. De um modo geral, podemos afirmar que o valor devido é calculado 
mediante a aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas 
dos Anexos I a V da Lei Complementar, sobre a receita bruta auferida pela pessoa jurídica. 
A definição sobre qual das tabelas deve ser utilizada – Anexos I a V – da Lei Complementar, depende da 
atividade exercida pela pessoa jurídica. 
2.4 REPASSE DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO 
O repasse do produto da arrecadação é regulado pelo artigo 22 do diploma legislativo: 
Art. 22. O Comitê Gestor definirá o sistema de repasses do total arrecadado, inclusive encargos 
legais, para o: 
I - Município ou Distrito Federal, do valor correspondente ao ISS; 
II - Estado ou Distrito Federal, do valor correspondente ao ICMS; 
III - Instituto Nacional do Seguro Social, do valor correspondente à Contribuição para manutenção 
da Seguridade Social. 
Parágrafo único. Enquanto o Comitê Gestor não regulamentar o prazo para o repasse previsto 
no inciso II do caput deste artigo, esse será efetuado nos prazos estabelecidos nos convênios 
celebrados no âmbito do colegiado a que se refere a alínea g do inciso XII do § 2o do art. 155 da 
Constituição Federal. 
2.5 DA EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL 
A pessoa jurídica pode ser excluída de ofício ou mediante comunicação. A exclusão de ofício ocorre nas 
hipóteses do artigo 29 da Lei Complementar nº 123/2006: 
Art. 29. A exclusão de ofício das empresas optantes pelo Simples Nacional dar-se-á quando: 
I - verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; 
II - for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição 
de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
7
 
 
 
22 
 
informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas 
a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública; 
III - for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao 
estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades 
ou se encontrem bens de sua propriedade; 
IV - a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; 
V - tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei Complementar; 
VI - a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro 
de 1996, e alterações posteriores; 
VII - comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; 
VIII - houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação 
financeira, inclusive bancária; 
IX - for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% 
(vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de 
atividade; 
X - for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para 
comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, 
for superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o 
ano de início de atividade; 
XI - houver descumprimento reiterado da obrigação contida no inciso I do caput do art. 26; 
XII - omitir de forma reiterada da folha de pagamento da empresa ou de documento de 
informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado 
empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço. 
A exclusão mediante comunicação se encontra regulada pelo artigo 30 do diploma legal: 
Art. 30. A exclusão do Simples Nacional, mediante comunicação das microempresas ou das 
empresas de pequeno porte, dar-se-á: 
I - por opção; 
II - obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer das situações de vedação previstas 
nesta Lei Complementar; ou 
III - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário de início de atividade, o limite 
proporcional de receita bruta de que trata o § 2o do art. 3o; 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
2
 
 
 
23 
 
IV - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário, o limite de receita bruta previsto 
no inciso II do caput do art. 3o, quando não estiver no ano-calendário de início de atividade. 
2.6 DA FISCALIZAÇÃO 
A competência para fiscalização do cumprimento das obrigações principais e acessórias se encontra regulada 
pelo artigo 33 da Lei Complementar nº 123/200611: 
O mapa abaixo ajuda na compreensão da matéria: 
 
 
11 Art. 33. A competência para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples 
Nacional e para verificar a ocorrência das hipóteses previstas no art. 29 desta Lei Complementar é da Secretaria da 
Receita Federal e das Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização 
do estabelecimento, e, tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tributária municipal, a 
competência será também do respectivo Município. 
§ 1o As Secretarias de Fazenda ou Finanças dos Estados poderão celebrar convênio com os Municípios de sua jurisdição 
para atribuir a estes a fiscalização a que se refere o caput deste artigo. 
§ 1o-A. Dispensa-se o convênio de que trata o § 1o na hipótese de ocorrência de prestação de serviços sujeita ao ISS 
por estabelecimento localizado no Município. 
§ 1o-B. A fiscalização de que trata o caput, após iniciada, poderá abranger todos os demais estabelecimentos da 
microempresa ou da empresa de pequeno porte, independentemente da atividade por eles exercida ou de sua 
localização, na forma e condições estabelecidas pelo CGSN. 
§ 1o-C. As autoridades fiscais de que trata o caput têm competência para efetuar o lançamento de todos os tributos 
previstos nos incisos I a VIII do art. 13, apurados na forma do Simples Nacional, relativamente a todos os 
estabelecimentos da empresa, independentemente do ente federado instituidor. 
§ 1o-D. A competência para autuação por descumprimento de obrigação acessória é privativa da administração 
tributária perante a qual a obrigação deveria ter sido cumprida. 
§ 2o Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte exercer alguma das atividades de prestação de 
serviços previstas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar, caberá à Secretaria da Receita Federal do Brasil a 
fiscalização da Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da empresa, de que trata o art. 22 da Lei no 8.212, de 24 
de julho de 1991. 
§ 3o O valor não pago, apurado em procedimento de fiscalização, será exigido em lançamento de ofício pela 
autoridade competente que realizou a fiscalização. 
§ 4o O Comitê Gestor disciplinará o disposto neste artigo. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
f
 
 
 
24 
 
 
2.7 DO PROCESSO ADMINISTRATIVOFISCAL 
Os artigos 39 a 40 da Lei Complementar nº 123/2006 dispõem sobre o processo administrativo fiscal: 
Art. 39. O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de competência do órgão 
julgador integrante da estrutura administrativa do ente federativo que efetuar o lançamento, o 
indeferimento da opção ou a exclusão de ofício, observados os dispositivos legais atinentes aos 
processos administrativos fiscais desse ente. 
§ 1o O Município poderá, mediante convênio, transferir a atribuição de julgamento 
exclusivamente ao respectivo Estado em que se localiza. 
§ 2o No caso em que o contribuinte do Simples Nacional exerça atividades incluídas no campo de 
incidência do ICMS e do ISS e seja apurada omissão de receita de que não se consiga identificar a 
origem, a autuação será feita utilizando a maior alíquota prevista nesta Lei Complementar, e a 
parcela autuada que não seja correspondente aos tributos e contribuições federais será rateada 
entre Estados e Municípios ou Distrito Federal. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
25 
 
§ 3o Na hipótese referida no § 2o deste artigo, o julgamento caberá ao Estado ou ao Distrito 
Federal. 
§ 4º A intimação eletrônica dos atos do contencioso administrativo observará o disposto nos §§ 
1o-A a 1o-D do art. 16. 
§ 5º A impugnação relativa ao indeferimento da opção ou à exclusão poderá ser decidida em 
órgão diverso do previsto no caput, na forma estabelecida pela respectiva administração 
tributária. 
§ 6º Na hipótese prevista no § 5o, o CGSN poderá disciplinar procedimentos e prazos, bem como, 
no processo de exclusão, prever efeito suspensivo na hipótese de apresentação de impugnação, 
defesa ou recurso. 
Art. 40. As consultas relativas ao Simples Nacional serão solucionadas pela Secretaria da Receita 
Federal, salvo quando se referirem a tributos e contribuições de competência estadual ou 
municipal, que serão solucionadas conforme a respectiva competência tributária, na forma 
disciplinada pelo Comitê Gestor. 
Como se pode observar do caput do artigo 39, o processo administrativo fiscal deve ser conduzido pela 
entidade federativa que efetuar o lançamento, indeferir a opção ou realizar a exclusão de ofício do 
contribuinte. 
O artigo 40, por sua vez, atribui à Receita Federal a competência para solucionar as consultas que tenham 
por objeto regras relativas ao Simples Nacional, salvo no que tange aos tributos e às contribuições de 
competência dos estados e dos municípios. 
2.8 DO PROCESSO JUDICIAL 
O artigo 41 da Lei Complementar nº 123/2006 traz a seguinte regulamentação acerca da legitimidade passiva 
e da legitimidade ativa nas ações judiciais envolvendo tributos abrangidos pelo Simples Nacional: 
Art. 41. Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão 
ajuizados em face da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional, observado o disposto no § 5º deste artigo. 
§ 1o Os Estados, Distrito Federal e Municípios prestarão auxílio à Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional, em relação aos tributos de sua competência, na forma a ser disciplinada por ato do 
Comitê Gestor. 
§ 2º Os créditos tributários oriundos da aplicação desta Lei Complementar serão apurados, 
inscritos em Dívida Ativa da União e cobrados judicialmente pela Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional, observado o disposto no inciso V do § 5º deste artigo. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
26 
 
§ 3o Mediante convênio, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional poderá delegar aos Estados 
e Municípios a inscrição em dívida ativa estadual e municipal e a cobrança judicial dos tributos 
estaduais e municipais a que se refere esta Lei Complementar.[...] 
Portanto, como regra geral, a legitimidade passiva e ativa é da União Federal, que é representada em juízo 
por meio da Procuradoria da Fazenda Nacional. 
Exemplo 
A pessoa jurídica X, integrante do Simples Nacional, foi autuada por omitir receita bruta. No entanto, a 
empresa discorda dos critérios utilizados, porque a base de cálculo foi composta por vendas que foram 
canceladas. Nesse caso, eventual ação anulatória a ser interposta pela pessoa jurídica deve ter como ré a 
União Federal. Da mesma forma, a União Federal é parte legítima para ingressar com a ação de execução 
fiscal contra o contribuinte. 
O parágrafo terceiro, por sua vez, possibilita que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional delegue aos 
estados e municípios, mediante convênio, a inscrição em dívida ativa estadual e municipal e a cobrança 
judicial dos tributos estaduais e municipais a que se refere a lei complementar. 
Além dessa hipótese, da realização de convênio, há outras situações nas quais a União Federal não 
representa as demais entidades federativas na defesa do crédito tributário abrangido pelo Simples. 
Referimo-nos às situações elencadas pelo parágrafo quinto do artigo 41 da Lei Complementar nº 123/2006: 
Art. 41[...] 
§ 5º Excetuam-se do disposto no caput deste artigo: 
I - os mandados de segurança nos quais se impugnem atos de autoridade coatora pertencente a 
Estado, Distrito Federal ou Município; 
II - as ações que tratem exclusivamente de tributos de competência dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios, as quais serão propostas em face desses entes federativos, 
representados em juízo por suas respectivas procuradorias; 
III - as ações promovidas na hipótese de celebração do convênio de que trata o § 3º deste artigo; 
IV - o crédito tributário decorrente de auto de infração lavrado exclusivamente em face de 
descumprimento de obrigação acessória, observado o disposto no § 1o-D do art. 33; 
V - o crédito tributário relativo ao ICMS e ao ISS de que tratam as alíneas b e c do inciso V do § 3o 
do art. 18-A desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
RESUMO 
Processo Administrativo Fiscal 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
27 
 
1. Por processo administrativo fiscal se entende o conjunto de normas jurídicas que disciplinam o rito que 
deve ser adotado na solução administrativa de controvérsias entre o sujeito passivo e o fisco (processo 
administrativo contencioso), ou que disciplinam situações nas quais, embora não haja um litígio entre o 
contribuinte e o fisco, pende alguma solução para determinada questão que seja do interesse de ambos 
(processo administrativo não contencioso). 
2. A competência para editar leis sobre o processo administrativo fiscal é concorrente, conforme enuncia o 
artigo 24, inciso XI, da Constituição Federal. Portanto, respeitadas as normas constitucionais, cada entidade 
federativa pode adotar uma lei própria que discipline a matéria. 
3. No âmbito da União Federal, o processo administrativo fiscal é regulado pelos seguintes diplomas legais: 
i) Decreto nº 70.235/72, que foi recepcionado como lei ordinária pela Constituição Federal; ii) Decreto nº 
7.574/2011, de natureza infralegal, que regulamenta, dentre outros aspectos, o processo de determinação 
e de exigência de créditos tributários da União e o processo de consulta relativo à interpretação da legislação 
tributária e aduaneira. 
4. Os incisos I a III e parágrafo primeiro do artigo 23 do Decreto 70.235/72 dispõem sobre as formas de 
intimação no processo administrativo fiscal. a intimação pode ser realizada inicialmente de três maneiras 
distintas: i) pessoalmente, quando o sujeito passivo se dirige à repartição do fisco ou, ao contrário, quando 
o fisco se dirige ao endereçodo contribuinte; ii) por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio, com 
prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo; iii) por meio eletrônico, desde que 
o sujeito passivo tenha concordado em receber as intimações dessa forma, conforme enuncia o parágrafo 
quinto do artigo 23. Quanto ao segundo modo de intimação, por Correios, é importante frisar que a 
jurisprudência se pacificou no sentido de ser desnecessário que o próprio sujeito passivo tenha assinado o 
AR, bastando que alguém tenha recebido a carta no endereço informado pelo sujeito passivo ao fisco. 
5. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo. 
Simples Nacional 
6. O Simples Nacional é um regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos 
pelas microempresas e empresas de pequeno porte. A adesão a esse regime é voluntária. 
7. As alíquotas e bases de cálculos se encontram definidas, de modo bastante detalhado, nos artigos 18 a 27 
da Lei Complementar nº 123/2006. De um modo geral, podemos afirmar que o valor devido é calculado 
mediante a aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas 
dos Anexos I a V da Lei Complementar, sobre a receita bruta auferida pela pessoa jurídica. A definição sobre 
qual das tabelas deve ser utilizada – Anexos I a V – da Lei Complementar, depende da atividade exercida pela 
pessoa jurídica. 
8. A pessoa jurídica pode ser excluída de ofício ou mediante comunicação. A exclusão de ofício ocorre nas 
hipóteses do artigo 29 da Lei Complementar nº 123/2006. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
28 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
1. (FCC/Auditor Fiscal de Tributos/2018) De acordo com a disciplina estabelecida pela Lei Complementar 
federal no 123/2006, acerca do SIMPLES NACIONAL, os Municípios têm competência 
 a) para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, desde 
que o estabelecimento fiscalizado seja prestador de serviços e se localize no Município que tem competência 
para proceder à sua fiscalização. 
 b) para fiscalizar uma empresa de transporte intramunicipal localizada em seu território, relativamente ao 
cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, mas não têm competência 
para verificar a ocorrência das hipóteses de exclusão de ofício desta empresa deste regime de tributação. 
 c) para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento do IRPJ, do IPI, do ITCMD e do ITBI, 
dentre outros, apurados na forma do Simples Nacional, relativamente a todos os estabelecimentos da 
empresa, independentemente do ente federado instituidor. 
 d) concorrente para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento do PIS, do CONFINS, do 
ICMS e do ISS, apurados na forma do Simples Nacional, e de promover a autuação por descumprimento de 
obrigação acessória relacionada com esses impostos e contribuições, relativamente a todos os 
estabelecimentos da empresa, independentemente do ente federado instituidor da obrigação tributária. 
 e) para fiscalizar um hotel localizado em seu território, relativamente ao cumprimento das obrigações 
principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, e para verificar a ocorrência das hipóteses de sua 
exclusão, de ofício, deste regime de tributação, mas não têm competência para promover a autuação deste 
estabelecimento por descumprimento de obrigação acessória relativa ao IRPJ. 
Comentários: 
a) Afirmativa incorreta. Não há a necessidade de que o estabelecimento se localize no município, porque o 
requisito exigido é o de que o ente local seja o competente para arrecadar o ISSQN (caput do artigo 33 da LC 
123/2016). 
b) Afirmativa incorreta. A competência também abarca a possibilidade de exclusão da pessoa jurídica do 
regime (caput do artigo 33 da LC 123/2016). 
c) Afirmativa incorreta. O ITCMD e o ITBI não são apurados pelo regime do Simples Nacional (Artigo 13 da LC 
123/2016). 
d) Afirmativa incorreta. A autuação pelo descumprimento de obrigações acessórias é privativa do ente 
interessado (§1º-D do artigo 33 da LC 123/2016). 
e) Afirmativa correta, porque em consonância com o disposto no artigo 33 da Lei Complementar nº 123/2006 
(artigo 33 da LC 123/2016) 
 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
29 
 
2. (FAUEL/Procurador do Município/2018) Sobre o tratamento diferenciado e favorecido a ser 
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, é INCORRETO afirmar que: 
 a) Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em 
face da União. Mediante convênio a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional poderá delegar aos Estados e 
Municípios a inscrição em dívida ativa estadual e municipal e a cobrança judicial dos tributos estaduais e 
municipais relativos ao Simples Nacional. 
 b) Os mandados de segurança nos quais se impugnem atos de autoridade coatora pertencente a Estado, 
Distrito Federal ou Município deverão, ainda assim, ser ajuizados contra a União, uma vez que o Comitê 
Gestor do Simples Nacional vincula-se ao Ministério da Fazenda do Governo Federal. 
 c) O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dentre 
outros tributos, do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido - CSLL. 
 d) Não são recolhidos por meio do Simples Nacional, devendo ser observada a legislação aplicável às demais 
pessoas jurídicas, a Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e o Imposto de Renda 
relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente. 
 e) A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e empresa 
de pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, sendo irretratável para 
todo o ano-calendário. 
Comentários: 
a) Afirmativa correta, conforme enuncia o §3º do artigo 41 da LC 123/2016. 
b) Afirmativa incorreta. Nesse caso, não se aplica a regra do artigo 41, conforme dispõe expressamente o 
§5º do artigo 41 da LC 123/2016. 
c) Afirmativa correta, conforme dispõe o artigo 13 da LC 123/2016. 
d) Afirmativa correta, conforme §1º do artigo 13 da LC 123/2016. 
e) Afirmativa correta, conforme artigo 16 da LC 123/2016. 
 
3. (CESPE/PGE-SE/2017) Considerando as normas do regime tributário do SIMPLES Nacional e o disposto 
no Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte — Lei Complementar n.º 123/2006 —, 
julgue os itens a seguir. 
I A empresa individual de responsabilidade limitada não pode ser enquadrada como microempresa para 
efeito de adesão ao SIMPLES Nacional. 
II Para o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, a sociedade empresária deve, 
em cada ano-calendário, ter receita bruta inferior a determinado montante legal, excluídas as vendas 
canceladas e os descontos incondicionais eventualmente concedidos. 
Mateus Pontalti, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
Aula 09
 (Curso Regular) Direito Tributário - Prof. Mateus Pontalti
www.estrategiaconcursos.com.br
1255215Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
30 
 
III O recolhimento de tributo pelo regime especial unificado de arrecadação do SIMPLES Nacional não exclui 
a incidência do ICMS devido nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária. 
Assinale a opção correta. 
 a) Apenas o item I está certo. 
 b) Estão certos apenas os itens I e II. 
 c) Estão certos apenas os itens I e III. 
 d) Estão certos apenas os itens II e III.

Mais conteúdos dessa disciplina