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DISCIPLINA: PROTEÇÃO RADIOLÓGICA AULA 2 – INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA Profa. Danielle Filipov 2013 AULA PASSADA PACOTES DE ENERGIA: FÓTONS (SEM MASSA, NEM CARGA) PARTÍCULAS COM MASSA, COM OU SEM CARGA, EM MOVIMENTO SOMENTE PARTÍCULAS CARREGADAS (+ OU -) nêutrons AULA PASSADA RADIAÇÃO CORPUSCULAR E GAMA RAIOS X INSTABILIDADE NUCLEAR EXCESSO DE PARTÍCULAS EXCESSO DE ENERGIA ALFA BETA MAIS CAPTURA ELETRÔNICA BETA MENOS TRANSIÇÃO ISOMÉRICA (GAMA) INTERAÇÃO DOS ELÉTRONS COM ELÉTRONS ORBITAIS NÚCLEO ATÔMICO RX CARACTERÍSTICOS RX FREAMENTO ORGANIZAÇÃO DA AULA • IONIZAÇÃO E EXCITAÇÃO • EFEITOS DOS RAIOS X E GAMA COM A MATÉRIA: – ESPALHAMENTO COERENTE – FOTODESINTEGRAÇÃO – PRODUÇÃO DE PARES – EFEITO COMPTON – EFEITO FOTOELÉTRICO • ENERGIA TRANSFERIDA AO MEIO NAS INTERAÇÕES • APLICAÇÕES: USO DE FILTROS • Nesta aula, veremos, basicamente, como se dá a interação dos raios X e raios gama (fótons) com a matéria. • Um átomo é, basicamente, um espaço vazio, o que faz com que, quando um fóton (RX ou gama) passa por ele, podem ou não ocorrer interações. • Os fótons de RX têm comprimento de onda de aproximadamente 10-10 m, que é da mesma ordem de grandeza do diâmetro do átomo, o que favorece a interação entre os dois. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Quando fóton e átomo interagem, 3 processos podem ocorrer: • Excitação: interação onde elétrons são deslocados de seus orbitais de equilíbrio e, ao retornarem, emitem a energia excedente sob forma de luz ou RX característicos. • Ionização: interação onde elétrons são removidos dos orbitais pelas radiações, resultando em elétrons livres e íons positivos. Como resultado, pode haver emissão de luz, RX característicos ou a emissão de elétrons Auger. • Ativação Nuclear: a interação de radiações com energia superior à energia de ligação das partículas do núcleo pode provocar reações nucleares, resultando na emissão de uma radiação nuclear. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Quando um fóton incide sobre um meio, ele será atenuado, de acordo com a equação: 𝑰 = 𝑰𝟎 𝒆 − 𝝁 𝒙 𝒐𝒖 𝑵 = 𝑵𝟎 𝒆 − 𝝁 𝒙 • Onde, • I e N = intensidade final e quantidade de fótons que atravessam o meio, respectivamente. • Io e No = intensidade inicial dos fótons e quantidade de fótons que chega no meio, respectivamente. • x = espessura do meio (cm, mm ou m). • μ = coeficiente de atenuação linear (Ex: 0,55 / cm). • O coeficiente de atenuação linear (µ) é a fração real de fótons que interagem por unidade de espessura atravessada do material. • Por exemplo, a fração de fótons de RX que interage em um centímetro de largura no ar é 15 %, de modo que o valor da atenuação linear é 0,15 por cm (0,15 /cm). INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Exemplo: • Considere um feixe de raios X com uma quantidade inicial de fótons de 1018 que incide em um absorvedor de alumínio que tenha espessura de 60 mm. • Sendo o coeficiente de atenuação linear, para o alumínio, igual a 0,418 /mm, percebe-se que a quantidade de fótons que deixa o meio absorvedor é 1,28 x 107 átomos. • Ou seja, com 60 mm de espessura (6 cm), a atenuação foi muito acentuada. • Assim, se aumentarmos ainda mais a espessura do meio, a quantidade de fótons será muito baixa (aproximando-se de zero). INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA Espessura (cm) In te n si d ad e d o s R ai o s X • Ou seja, a quantidade de fótons de raios X ou gama que passam por um meio decresce exponencialmente, dependendo da espessura desse meio. • O coeficiente linear representa o comportamento da atenuação de acordo com a constituição do meio e com a energia do fóton. • Ele está relacionado com a seção de choque da interação do fóton com o meio. • Mas, o que é seção de choque? INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • A seção de choque, representada por σ, representa a probabilidade de uma determinada reação ou interação ocorrer. • Quando um feixe de partículas atinge um alvo (uma folha fina de material que contém átomos ou partículas com as quais o feixe interage), σ é interpretado como a área de interação que cada átomo do alvo apresenta ao feixe. • Se essa área for atingida, ocorre a reação. • Assim, a probabilidade total de interação por átomo do alvo é dada por: σ / área total do alvo atingida pelo feixe INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Na física médica, consideram-se 5 interações dos fótons com a matéria como as mais importantes: • Espalhamento Coerente • Fotodesintegração • Efeito Compton • Efeito Fotoelétrico • Produção de pares INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA Baixa probabilidade entre 10 keV e alguns MeV Baixa probabilidade no radiodiagnóstico Principais efeitos no radiodiagnóstico • FOTODESINTEGRAÇÃO • É um processo no qual raios gama de energia extremamente alta (acima de 10 MeV) interagem com um núcleo atômico e causam uma extrema excitação deste, o qual imediatamente decai em dois ou mais núcleos filhos. • Quando um único próton ou nêutron é efetivamente expulso do núcleo por um raio gama incidente sobre este. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • ESPALHAMENTO COERENTE OU EFEITO RAYLEIGH • É uma interação do fóton com o átomo como um todo. • Nesse processo, não ocorre transferência de energia para o meio. • O átomo absorve o fóton e o reemite em uma direção diferente (próxima da direção inicial), com, praticamente, a mesma energia da incidente. • Essa pequena diferença de energia se dá por um recuo do átomo. Como quando pegamos uma bola lançada e a lançamos novamente. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Experimentalmente, é um efeito difícil de ser observado, pois os ângulos de espalhamento são muito pequenos e a energia desse novo fóton reemitido é praticamente igual a do original. • A seção de choque desse efeito é dada por: σ ~ ( Z / energia do fóton )2 • O que podemos dizer sobre a probabilidade de ocorrência desse efeito? INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Efeito que ocorre, basicamente, para baixas energias. • Por quê? • Pois, para baixas energias o comprimento de onda é alto ( E = h c / λ ; E λ ) • Ou seja, como “o tamanho” do fóton é grande, ele só pode interagir com grandes moléculas. • Átomo! • Por isso, esse efeito ocorre com todo o átomo, que absorve a energia do fóton, reemitindo-a em outra direção. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • PRODUÇÃO DE PARES • É o efeito que predomina quando a energia do fóton é alta, pois é o único dos processos cuja seção de choque aumenta com o aumento da energia do fóton. • O fóton incidente passa próximo ao núcleo atômico interagindo com o forte campo elétrico nuclear. • O fóton é absorvido (ele desaparece). • O que sobra? INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Fóton = partícula sem carga, somenteenergia. • Para que o fóton desapareça é preciso que continue havendo uma carga total neutra. • Então, o fóton, fornecendo sua energia ao núcleo, “cria” duas partículas de cargas opostas (uma positiva e outra negativa). • A partícula de carga positiva é denominada de pósitron, e a negativa é o elétron. • A massa do pósitron e do elétron são iguais. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • O fóton fornece energia ao núcleo. O núcleo adquire uma baixa energia cinética (quase desprezível) e “libera” o restante da energia para a “criação” de duas partículas. • Essa energia é dividida entre pósitron e elétron. • Para “criar” duas partículas (pósitron e elétron), qual deve ser a energia mínima do fóton? • 1,02 MeV; pois, a energia de repouso de cada uma das partículas é de 0,511 MeV (0,511 MeV + 0,511 MeV = 1,02 MeV). • E se o fóton tiver uma energia maior que 1,02 MeV? INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Exemplo: fóton com energia de 6 MeV. • Interage com o núcleo, desaparece e no seu lugar são criados um elétron e um pósitron. • Energia de criação das 2 partículas = 1,02 MeV. • Mas, restam, ainda, 4,98 MeV. • Essa energia restante é dividida entre as duas partículas >> ENERGIA CINÉTICA (2,49 MeV). • Assim, cada partícula (pósitron e elétron) saem com energia cinética de 2,49 MeV. • Entretanto, a energia cinética do pósitron acaba sendo maior >> repulsão ao núcleo (que é positivo) INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Como é a seção de choque para a produção de pares? • A probabilidade aumenta com Z2. • A probabilidade aumenta lentamente com o aumento da energia, exceto quando essa energia chega e ultrapassa o valor de 1,02 MeV. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • EFEITO COMPTON • Quando um feixe de fótons, com determinada energia, incide em um meio, observam-se fótons de menor energia, emergindo desse meio, em diversas direções. • O estudo desses fótons espalhados foi feito por A. H. Compton, em 1922. • Ele verificou a mudança na energia (e, consequentemente, no comprimento de onda) do fóton dependia, unicamente, do ângulo de espalhamento. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • O modelo básico, proposto por Compton, consiste de uma colisão entre um fóton e um elétron livre (das últimas camada eletrônica). • O elétron rompe sua energia de ligação e ganha energia cinética, ou seja, é ejetado. • A velocidade recebida pelo elétron é próxima à velocidade da luz. • O restante da energia do fóton “gera” um fóton espalhado. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Assim, a energia do fóton espalhado é dada por: Ees = Ei – El – Ee • Onde, • Ees: energia do fóton espalhado • Ei: energia do fóton incidente • El: energia de ligação do elétron orbital • Ee: energia cinética do elétron ejetado INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • O fóton espalhado pode ter uma angulação entre 0 e 180º do fóton incidente. • Quando maior a angulação de espalhamento, maior a energia transferida ao elétrons na interação. • A 0o não há entrega de energia. • A 180º o fóton forma uma radiação retroespalhada (backscattered radiation). INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • O fóton espalhado e o elétron ejetado (elétron secundário) possuem energia para produzir mais interações até perderem toda a sua energia. • Em geral, a probabilidade de ocorrência do efeito ou espalhamento Compton é pequena para baixas energias, pois a energia dó fóton não é suficiente para ejetar um elétron. • Este efeito, geralmente, ocorre em uma faixa intermediária de energia (entre ~ 100 keV a alguns MeV), pois nesta faixa, o fóton ioniza o átomo e, ainda, resta energia para que exista um fóton espalhado. • Além disso, não há muita influência do número atômico do meio, para que este efeito aconteça, uma vez que ele predomina para as últimas camadas eletrônicas (onde, para todos os elementos, a energia de ligação é baixa). • A figura mostra que o efeito Compton predomina: – Para todos os elementos da tabela periódica, se as energias de fótons estão entre algumas centenas de keV e alguns MeV, – Para todas as energias se os números atômicos são baixos. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • EFEITO FOTOELÉTRICO • Interação que ocorre entre elétron e fóton. • O fóton é totalmente absorvido pelo meio. • Ele fornece parte da sua energia para romper a energia de ligação de um elétron da camada K, e o restante da energia do fóton aparece na forma de energia cinética ao elétron (fotoelétron). INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA E cinética = E fóton – E ligação INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • O elétron secundário é chamado de fotoelétron, que possui energia suficiente para produzir mais interações até perder toda sua energia. • Este fotoelétron pode sair na mesma direção e sentido que o fóton incidente, se a energia for alta (acima de 3 MeV) ou com uma angulação de, em torno de, 70º, se a energia do fóton incidente for menor que 20 keV. • Exemplo: bolhas de bilhar • Com a saída do elétron orbital, da camada K, fica uma vacância que é ocupada por um outro elétron orbital. • Como resultado, dois efeitos podem ocorrer: – Emissão de RX característicos – Emissão de elétrons Auger INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • RX característicos INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Elétrons Auger • Quando a vacância é formada, um outro elétron, de outro nível energético, pode cair nessa vacância, tendo como resultado a liberação de energia. • Embora esta energia seja liberada, às vezes, na forma de um fóton, ela pode ser transferida a um outro elétron, que pode então ser ejetado do átomo >> elétron Auger. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Qual a seção de choque para a ocorrência do efeito fotoelétrico? • Como este efeito é predominante na camada K, a energia do fóton incidente deve ser igual ou ligeiramente maior que a energia de ligação de um elétron nesta camada. • Entretanto, se a energia do fóton for inferior que a energia de ligação da camada K, ocorrerá este efeito, mas nas camadas mais externas. • Assim, a probabilidade do efeito cresce com a 4ª ou 5ª potência do número atômico do material e cai com o cubo da energia do fóton incidente. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Como no efeito fotoelétrico, o fóton desaparece e um elétron é ejetado do átomo, o fóton precisa ter uma energia específica. • Se a energia do fóton for igual ou ligeiramente maior que a energia de ligação do elétron (naquela camada), a probabilidade de ocorrência desse efeito, nesta camada específica) é máxima. • Por isso, a probabilidade é uma curva descontínua: os picos representam a probabilidade quando a energia do fóton for igual à energia de ligação do elétron em uma determinada camada. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • E o que acontece com os elétron secundários (fotoelétrons)? • Os elétrons secundários (sejam resultantes do efeito fotoelétrico ou do efeitoCompton) sofrem interações elétricas com os elétrons orbitais do meio. • Dessas interações resultam em futuras ionizações, em produção de radiação eletromagnética, excitação ou aumento de temperatura. • Mas, a distância que ele percorrerá no meio dependerá da energia cinética adquirida e da densidade do meio. • ENERGIA TRANSFERIDA AO MEIO NAS INTERAÇÕES • Para cada uma das interações, pode-se obter a energia transferida ao meio, a qual poderá ser convertida em dose absorvida: efeito biológico. • A transferência de energia do fóton ao meio se dá pela aquisição de energia cinética das partículas carregadas nos processos Compton, fotoelétrico e produção de pares. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Transferência linear de energia INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA Produzida pelo EF, EC ou PP • Assim, em média, a energia transferida, em cada um dos 3 casos é a energia cinética das partículas produzidas: • Efeito Compton: E tr = E in – E es • Efeito Fotoelétrico: E tr = E in – E lig + Σ E aug • Produção de Pares: E tr = E in – 2 (m c2) INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA Energia de repouso do elétron • Assim, a fração média da energia do fóton incidente que é transferida ao meio é obtida pela composição das 3 parcelas, ponderadas pelas probabilidades de cada interação: • E trmédia = (E tr Comp x Prob.) + (E tr Foto x Prob.) + (E tr Par x Prob) • A energia média transferida se relacionará com a dose que está sendo entregue ao paciente: Kerma • Entretanto, a energia entregue será absorvida pelo meio: Dose Absorvida >> efeitos biológicos. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • APLICAÇÕES: • Uso de filtros em feixes de RX • No radiodiagnóstico, os feixes de RX são gerados com potenciais entre 30 e 140 kV. • Mas, o espectro dos raios X pode ser modificado com a adição de filtros metálicos, que interceptam o feixe logo ao sair da ampola. • Quando isso ocorre, os fótons de menor energia são barrados >> efeito fotoelétrico. • Ou seja, a parte menos energética é retirada do espectro. • Por isso, o nome de filtro. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Vemos, na figura ao lado, que com a adição de filtros, o espectro dos raios X (produzidos sob uma mesma tensão – no caso, de 100 kV) varia consideravelmente. • Energia média: – 38,1 keV (sem filtro); – 51,4 keV (com 4 mm de Al); – 67,4 keV (com 1 mm de Cu). INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA • Outro tipo de filtro, são os filtros de borda K: emprega-se um material que atenue mais as regiões de alta energia do feixe que as de baixa. • Esse emprego é muito comum na densitometria óssea e na mamografia. • Os feixes gerados são filtrados por uma fina placa (do mesmo material do alvo), que faz com que somente a radiação de bremmstrahlung seja filtrada. Ficando, somente, a radiação característica. • Reduzindo a energia média do feixe: mais efeito fotoelétrico. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO INDIRETAMENTE IONIZANTE COM A MATÉRIA RESUMINDO • IONIZAÇÃO E EXCITAÇÃO • EFEITOS DOS RAIOS X E GAMA COM A MATÉRIA: – ESPALHAMENTO COERENTE – FOTODESINTEGRAÇÃO – PRODUÇÃO DE PARES – EFEITO COMPTON – EFEITO FOTOELÉTRICO • ENERGIA TRANSFERIDA AO MEIO NAS INTERAÇÕES • APLICAÇÕES: USO DE FILTROS
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