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AULA 12 - REVISÃO 2

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DISCIPLINA: PROTEÇÃO 
RADIOLÓGICA 
AULA 12 – REVISÃO 2 
Profa. Danielle Filipov 
2013 
ORGANIZAÇÃO DA AULA 
• GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
 
• DETECTORES DE RADIAÇÃO IONIZANTE 
 
• RADIOPROTEÇÃO AO PROFISSIONAL 
 
• RADIOPROTEÇÃO AOS PACIENTES E PÚBLICO 
 
• GRANDEZAS FÍSICAS: 
• EXPOSIÇÃO (X): primeira grande grandeza relacionada à radiação, foi 
introduzida em 1928 no Segundo Congresso Internacional de 
Radiologia. 
– Ela é definida pela letra “X”, pois está relacionada somente para 
fótons (RX ou gama) interagindo com o ar. 
– É uma medida da capacidade de um fóton ionizar o ar, uma vez que 
ela verifica a quantidade de carga elétrica (de mesmo sinal) 
produzida em uma determinada massa de ar percorrida pela 
radiação. 
– Essa carga elétrica verificada é resultados das partículas carregadas 
emitidas pelos processo de interação dos fótons com a matéria (EC, 
EF, e PP). 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– A definição de exposição é dada por: 
 
X = Q / m 
 
– Onde, Q é o valor absoluto da carga total de íons de 
mesmo sinal, produzidos no ar, quando todos os elétrons 
e pósitrons liberados ou criados por fótons, num 
elemento de volume de ar com massa m, forem freados 
no ar. 
– Pósitrons e elétrons liberados no volume de interesse 
podem sair dele e depositar energia fora do volume; mas, 
ainda assim devem ser contabilizados em Q. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Na época em que foi estudada a exposição, a unidade 
aplicada era o Roentgen (R), mas no SI a unidade é 
C/kg (de ar), de modo que: 
1 R = 2,58 x 10-4 C/kgar 
– Podemos, também, calcular a quantidade de íons 
formados em um volume de ar; basta usarmos a 
fórmula: 
 
N = carga de íons / carga do elétron 
 
– Onde, a carga do elétron é, sempre, igual a 1,6 x 10-19 C 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– ATIVIDADE (A): referência a um elemento radioativo. 
– Se refere ao número de desintegrações (decaimentos 
radioativos) por unidade de tempo. 
 
A = N / t 
 
– Onde, N é a quantidade de desintegrações de um radionuclídeo. 
– A unidade de atividade, no SI, é o Becquerel (Bq), que equivale a 
1 desintegração/segundo. 
– Mas, a unidade comumente utilizada é o Curie (Ci). 
– Relação entre as duas unidades: 
1 Ci = 3,7 x 1010 Bq 
– RELAÇÃO ENTRE “A” E “X”: a exposição devida a raios 
gama emitidos por uma fonte radioativa de atividade 
conhecida, pode ser dada por: 
 
X = Γ . A . t / d2 
 
– Onde, X é a exposição (em R), A é a atividade de um 
radionuclídeo (em Ci), t é o tempo de exposição (em h), 
d é a distância entre o radionuclídeo (em m) e o 
medidor (em m) e Γ é a constante de taxa de exposição, 
característico de cada radionuclídeo (em R.m2/h.Ci). 
 
 
 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– DOSE ABSORVIDA (D): a grandeza física mais importante na 
radiobiologia, radiologia e proteção radiológica é a dose absorvida 
(D), a qual se relaciona com a energia da radiação absorvida. 
– Ela é definida como: 
 
D = Eab / m 
 
– Onde, Eab é a energia média depositada pela radiação em um 
volume elementar de massa m. 
– Ela foi introduzida em 1950 para ser usada, principalmente, em 
radioterapia para o tratamento de tumores. 
– Precisava-se saber a quantidade de energia a ser fornecida ao 
tumor para matar as células malignas. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Originalmente, sua unidade era o rad, mas a unidade no SI é o 
J/kg, sendo que a relação entre elas é dada por: 
1 J/kg = 100 rad 
– Essa grandeza, ao contrário da exposição: 
• Vale para qualquer meio. 
• Vale para qualquer tipo de radiação. 
• Vale para qualquer geometria de irradiação. 
– A partir de 1975, foi recomendada a substituição dessa unidade 
pelo gray (Gy), no sistema internacional (SI), onde: 
1 Gy = 1 J/kg = 100 rad 
 
– Relação entre dose absorvida e exposição: 
D ar (mGy) = 8,764 . X (R) 
 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Podemos, também, determinar a dose absorvida em um 
meio material a partir da dose absorvida no ar. 
– Basta empregar um fator de conversão, chamado de fator 
“fm”: 
D meio = D ar x fm 
 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
Energia do Fóton f (água) f (músculo) f (gordura) f (osso) 
10 keV ou 0,01 MeV 1,04 1,05 0,62 5,65 
30 keV ou 0,03 MeV 1,01 1,05 0,62 6,96 
50 keV ou 0,05 MeV 1,03 1,06 0,75 5,70 
100 keV ou 0,1 MeV 1,10 1,09 1,05 1,97 
200 keV ou 0,2 MeV 1,11 1,10 1,11 1,12 
600 keV ou 0,6 MeV 1,11 1,10 1,11 1,03 
1250 keV ou 1,25 MeV 1,11 1,10 1,11 1,03 
– KERMA (K): é uma grandeza com a mesma unidade que a dose absorvida 
(Gy). Kerma significa Kinetic Energy Released per Unit of Mass (Energia 
Cinética Transferida a uma Certa Massa). 
– Onde, Etr é a energia transferida ao meio (soma das energias cinéticas de 
todas as partículas carregadas liberadas a partir das interações dos fótons 
com o meio – Compton, Fotoelétrico ou Produção de Pares). 
– Essas partículas carregadas, liberadas por uma dessas formas de interação, 
vão transferir energia ao meio através de colisões, ionizações ou 
excitações. 
– O kerma refere-se à energia que é transferida ao meio no ponto de 
interação (ou seja, quando o fóton incidir na matéria). 
– Muitas vezes, ele é confundido com dose absorvida, devido ao fato das 
duas grandezas terem a mesma unidade. 
– Mas, o kerma se refere à energia do fóton que foi transferida ao meio no 
momento da interação, enquanto que a dose se refere à energia que foi 
absorvida pelo meio, a partir da liberação de partículas carregadas. 
– O kerma é válido para fótons e para qualquer meio, e podemos relacioná-lo 
com a exposição da mesma forma que a dose absorvida: 
K ar (mGy) = 8,764 . X (R) 
 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• GRANDEZAS DE PROTEÇÃO: 
 
– DOSE EQUIVALENTE NO TECIDO OU ÓRGÃO (Ht): ela é definida para 
qualquer tipo de radiação e o meio é o tecido ou o órgão em questão. 
– A unidade original de dose equivalente era o rem, mas no SI a unidade é 
o Sv ou J/kg, de modo que: 
1 Sv = 1 J/kg = 100 rem 
– Ela é obtida a partir da dose absorvida média D no tecido ou órgão 
exposto a alguma forma de radiação. 
– É definida como: 
 
Ht = wr . D 
 
– Onde, wr é o fator de ponderação da radiação, listado na tabela a seguir. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Os valores de wr são referentes a cada tipo de 
radiação e energia representando a efetividade 
biológica efetiva (RBE) da radiação em induzir efeitos 
estocásticos (câncer ou hereditários). 
– Essa grandeza é válida para limitar a exposição do 
cristalino, da pele, das mãos e dos pés, e também 
serve para o cálculo da dose efetiva. 
 
 
TIPOS DE RADIAÇÃO wr (ICRP-2007) 
Fótons de todas as energias 1 
Elétrons de todas as energias 1 
Prótons 2 
Partículas Alfa 20 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– DOSE EFETIVA (E): serve para estabelecer limites de exposição do 
corpo todo à radiação, a fim de limitar a ocorrência de efeitos 
cancerígenos e hereditários. 
– É a soma das doses equivalentes nos tecidos ou órgãos (H) 
multiplicada pelo fator de ponderação de um tecido ou órgão wt, 
e a sua unidade, também, é o Sievert (Sv). 
– É definida como: 
 
E = Σ wt . Ht 
 
– Os fatores de ponderação wt de um tecido ou órgão estão listados 
na tabela a seguir e estão relacionados com a sensibilidade um 
dado tecido ou órgão à radiação, no que se refere à indução de 
câncer e efeitos hereditários. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
TECIDO OU ÓRGÃO Wt (ICRP-103 DE 2007) 
Gônadas 0,08 
Medula Óssea 0,12 
Cólon 0,12 
Pulmão 0,12 
Estômago 0,12 
Mama 0,12 
Bexiga 0,04 
Esôfago 0,04 
Fígado 0,04 
Tireoide 0,04 
Superfície do Osso 0,01 
Cérebro 0,01Glândulas Salivares 0,01 
Pele 0,01 
Restante (Suprarrenais, Intestinos G e D, rins, músculo, pâncreas, baço, timo e útero) 0,12 
Soma Total 1,00 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• GRANDEZA OPERACIONAL: 
 
– EQUIVALENTE DE DOSE PESSOAL (Hp): é uma grandeza operacional 
para monitoração individual externa (radiação que incide num 
indivíduo de fora para dentro). 
– A grandeza Hp é obtida pelo produto da dose absorvida (em um 
determinado ponto), em uma certa profundidade, pelo fator de 
qualidade Q da radiação (Hp = Q . D). 
– O valor de Hp é obtido por meio do monitor individual que o 
indivíduo ocupacionalmente exposto (trabalhador) utiliza no local 
do corpo, geralmente o tórax. 
– Na rotina, a dose é acumulada durante um mês para, em seguida, 
haver o processamento do dosímetro. 
– O valor obtido deve fornecer uma estimativa conservadora da dose 
efetiva. 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
TIPOS DE RADIAÇÃO Q = wr (ICRP-2007) 
Fótons de todas as energias 1 
Elétrons de todas as energias 1 
Prótons 2 
Partículas Alfa 20 
• Exemplo 1: Uma fonte radioativa de Tc-99m realiza 74 x 108 desintegrações em 
10 segundos. Como resultado dessas desintegrações, são emitidos fótons gama 
com uma energia próxima de 100 keV. Uma pessoa esteve exposta à essa fonte 
por 15 segundos, a uma distância de 95 cm. 
 
• A) Qual a exposição (em R) devido à essa fonte? 
• B) Qual o valor do kerma no ar (em mGy), devido à essa exposição? 
• C) Supondo que um paciente com um tumor, de tecido ósseo, foi irradiado com 
a exposição, qual a dose entregue ao tumor (em mGy)? 
• D) Qual a dose equivalente entregue à pele de um profissional exposto à essa 
fonte (nas mesmas condições mencionadas)? Considere a pele do profissional 
um tecido equivalente à água. Está dentro dos limites recomendados? 
• E) Caso um profissional tivesse os seguintes órgãos irradiados: tireoide, esôfago 
e glândulas salivares; qual seria a dose efetiva? Considere todos esses órgãos 
equivalentes à água. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• DETECTORES A GÁS 
• São basicamente constituídos de um capacitor preenchido 
com um gás isolante elétrico (ou uma mistura de gases). 
• O capacitor é constituído de dois eletrodos separados, 
entre os quais é aplicada uma diferença de potencial 
(tensão) pra fazer com que os pares elétron-íon, produzidos 
no gás pela passagem da radiação ionizante, sejam 
acelerados e coletados pelos eletrodos. 
• As paredes externas desses detectores podem ser seletivas 
para algum tipo de radiação. 
• Por exemplo: para detectar partículas alfa, é preciso que 
haja uma janela muito fina no detector, que permita a 
passagem dessa partícula. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• A escolha da tensão, aplicada entre os 
eletrodos, é muito importante: deve 
ser suficiente para coletar todas as 
cargas produzidas antes de haver 
recombinação, mas não tão alta a 
ponto de rompera rigidez dielétrica do 
gás (tornando-o condutor). 
• Na figura, a região I é a região que 
representa a aplicação de uma baixa 
tensão (ocorrendo recombinação) e a 
V mostra uma região onde há o 
rompimento da barreira dielétrica. 
• As regiões II, III e IV definem as 
regiões trabalhadas na Física Médica. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
I 
II 
III 
IV 
V 
– CÂMARA DE IONIZAÇÃO: 
– Tipo de detector que funciona na faixa II, conhecida como região de 
ionização. 
– Nessa região, a tensão aplicada faz com que os eletrodos coletem todas as 
cargas produzidas. 
– A resposta depende do tipo de radiação: fótons são indiretamente 
ionizantes e partículas carregadas são diretamente ionizantes >> diferença 
na densidade de ionização. 
– Em radioterapia: volume sensível pequeno (0,6 cm3), com parede de baixo 
Z e preenchida com ar. 
– No radiodiagnóstico: volume sensível maior (alguns cm3). 
– Diferença no volume sensível: diferença na energia da radiação: 
radioterapia >> energia maior >> mais ionizações >> menor o volume 
sensível. 
– Que tipo de grandeza é dada como resposta? 
– Exposição 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• CONTADOR GEIGER-MULLER 
• Opera na região IV do gráfico. 
• Há um filamento central (anodo), 
mantido a uma alta tensão positiva, em 
relação ao cátodo. 
• Selado com um gás específico no interior 
(argônio). 
• Quando a radiação incide nesse gás, por 
efeito fotoelétrico, ocorrem ionizações 
nos átomos do gás. 
• Pares elétron-íon são formados, e os 
elétrons (atraídos eletricamente pelo 
anodo) são acelerados em direção ao 
centro. 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Dado que os elétrons possuem uma 
massa muito inferior a dos íons, a 
velocidade que podem atingir ao serem 
acelerados pelo campo elétrico é 
também maior, atingindo rapidamente 
o ânodo. 
• Neste processo, os elétrons podem 
ganhar energia cinética suficiente para 
provocarem ionizações secundárias 
durante o seu trajeto até ao ânodo, e 
mais pares elétron-íon serão formados. 
• Será iniciada uma avalanche eletrônica 
em direção ao anodo. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• No entanto existe uma certa 
probabilidade dos íons positivos 
ganharem energia cinética suficiente 
para ionizar outros átomos deste gás. 
• Assim, elétrons podem ser ejetados e 
ocorre um outro processo de 
avalanche. 
• Para evitar que isto aconteça, ao gás é 
adicionado uma pequena quantidade 
de um segundo gás, chamado "gás de 
quenching“ (vapores orgânicos pesados 
ou gases halogênios). 
• A missão do "gás de quenching" é a de 
neutralizar os íons do gás primário no 
seu trajeto para o cátodo. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• DOSÍMETROS TERMOLUMINESCENTES 
 
• A termoluminescência é uma propriedade que alguns 
materiais têm de emitir luz visível quando são aquecidos, 
caso tenham sido irradiados. 
 
• A quantidade dessa luz é proporcional à dose absorvida 
pelo material termoluminescente, o que torna possível o 
seu uso como dosímetro. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• A termoluminescência é um processo composto 
por dois estágios. 
 
– No primeiro estágio, o material é exposto a uma fonte 
externa de energia (radiação ionizante), passando de 
um estado de equilíbrio termodinâmico para um 
estado metaestável (armazenamento da energia). 
 
– No segundo estágio, o material é aquecido e sofre 
uma relaxação termoestimulada (retorna ao 
equilíbrio, liberando energia >> luz visível). 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• A termoluminescência é um fenômeno luminescente. 
• Na luminescência, quando se fornece energia a um material, uma 
parte desta pode ser absorvida ou reemitida em forma de 
luminescência. Esta energia emitida em forma de luz é a 
luminescência. 
• Dependendo do tempo entre a excitação e a emissão de luz, o 
fenômeno é classificado como fluorescência ou fosforescência. 
– Quando a emissão é quase simultânea com a excitação, a 
luminescência é denominada fluorescência. 
– A luminescência é denominada fosforescência quando é 
necessária a passagem por um estado de energia intermediária 
(estado metaestável) e depende da temperatura. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Há vários materiais empregados como 
dosímetros termoluminescentes: fluoreto de 
lítio, com várias impurezas (LiF:Mg,Ti ; 
LiF:Mg,Cu,P), o fluoreto de cálcio e o sulfato 
de cálcio com impureza de disprósio. 
 
• Essas impurezas estão relacionadas aos níveis 
de energia que correspondem aos estados 
excitados de longa meia-vida. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Nos cristais luminescentes, há a banda de valência, repleta de 
elétrons, e a de condução, vazia (onde há as impurezas, 
formando armadilhas de elétrons). 
• Entreelas, há uma faixa constituída de estados energéticos não 
permitidos a elétrons e por isso denominada banda proibida. 
• A radiação ionizante faz com que os elétrons da banda de 
valência passem para a banda de condução, onde estão livres 
para se movimentar e acabar caindo em uma das armadilhas. 
• Quando o material é posteriormente aquecido, os elétrons que 
estão nas “armadilhas” adquirem energia térmica suficiente para 
escapar e retornar à banda de valência. 
• Como resultado dessa “arrumação”, há emissão de luz. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Curva de Emissão Termoluminescente 
• A principal característica identificadora de um 
material termoluminescente é a sua curva de 
emissão. 
• A curva característica da emissão 
termoluminescente representa a intensidade da luz 
emitida pelo material durante o aquecimento do 
mesmo, portanto é uma curva em função da 
temperatura. 
• A figura mostra a curva característica do LiF:Mg,Ti 
irradiado à temperatura ambiente e seu 
comportamento durante o procedimento de 
leitura. 
• Esta curva apresenta vários picos de emissão, cada 
qual associado a uma determinada armadilha 
presente no material. 
• Ou seja, cada pico desta curva corresponde à 
desexcitação de um estado excitado no material 
termoluminescente. 
 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• A área sob a curva de 
emissão correspondente 
aos picos 4 e 5, é a 
considerada, normalmente, 
como a resposta do 
dosímetro. 
 
• A área sob a curva de 
emissão ou a altura de um 
dos picos da curva pode ser 
relacionada diretamente 
com a dose absorvida. 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Como a curva de emissão é formada? 
 
 
 
 
 
 
• O dosímetro é colocado em um sistema que será aquecido. 
• Desse aquecimento, os fótons de luz serão emitidos pelo 
dosímetro. 
• Esses fótons serão coletados por um tubo fotomultiplicador. 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Dentro dos tubos fotomultiplicadores, estão materiais metálicos 
chamados de dinodos (em torno de 10 no tubo fotomultiplicador). 
• Os dinodos são eletrodos com tensão positiva atraindo os fotoelétrons 
emitidos pelo fotocátodo. 
• Os elétrons, com alta velocidade (devido à tensão aplicada entre o 
fotocátodo e o dinodo), provenientes do fotocátodo, atingem o 1º dinodo 
e ejetam de 2 a 3 elétrons. 
• Em seguida, esses elétrons são atraídos pela tensão aplicada entre o 1º e 
o 2º dinodo. 
• Ao chegar no 2º dinodo, ocorre a ejeção de mais elétrons secundários 
que são atraídos pelo 3º dinodo e o processo se repete. 
 
• APLICAÇÃO DOS DETECTORES NA PRÁTICA 
 
– UTILIZAÇÃO DA CÂMARA DE IONIZAÇÃO: DOSIMETRIA 
ATRAVÉS DA DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO DE UM 
APARELHO DE RAIOS X 
– O que é o rendimento de um aparelho de raios X? 
– É a dose (em Gy), a 100 cm do foco do tubo de raios X, 
dividida pelo mAs: Gy/mAs. 
– Como calcular o rendimento? 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Exemplo 2: Foi determinado o rendimento (em 
mGy/mAs) de um aparelho de RX. Para isso, 
realizaram-se 4 exposições, aplicando-se 60, 70, 80 e 
90 kV e 20 mAs em todas elas. Plotou-se um gráfico do 
Rendimento, em mGy, a 1 m, em função da tensão, o 
qual gerou a seguinte equação: 
R (mGy/mAs) = 6 x 10-5 x (kV)2,456. 
 
• Se um exame de tórax foi feito aplicando-se 105 kV e 
15 mAs, em um paciente a 120 cm do foco, qual a dose 
de entrada na pele do paciente? 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
– UTILIZAÇÃO DE CÂMARAS DE IONIZAÇÃO PARA A MEDIDA DA CSR (CAMADA 
SEMIRREDUTORA) 
 
– CSR é o valor da espessura de um material capaz de atenuar, pela metade, fótons 
de RX ou gama, provenientes de uma determinada fonte. 
– Forma de se obter o valor de CSR: através de uma câmara de ionização e da 
equação: 
 
𝐼 = 𝐼0𝑒
−μ𝑥 
 
– Onde: 
– Io = intensidade do feixe ou exposição inicial. 
– I = intensidade do feixe ou exposição após a colocação de algum material 
atenuador. 
– μ = coeficiente de atenuação linear do material atenuador. Unidade de µ = cm-1. 
– x = espessura desse material. 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Entretanto, para o cálculo da CSR, devemos achar a espessura do material atenuador (x) 
que atenue metade da intensidade inicial (Io). 
• Ou seja, I = Io / 2. 
• Desse modo: 
𝟎, 𝟔𝟗𝟑
𝝁
= 𝒙 
 
• Como saber o valor de μ? É um valor tabelado pra cada material e para cada energia: 
 
 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
Energia do Fóton μá𝒈𝒖𝒂 (cm-1) μ𝒂𝒓 (cm
-1) μ𝒄𝒐𝒏𝒄𝒓𝒆𝒕𝒐 (cm-1) μ𝒂𝒍𝒖𝒎í𝒏𝒊𝒐 (cm-1) μ𝒄𝒉𝒖𝒎𝒃𝒐 (cm-1) 
100 keV 0,170 0,00019 0,412 0,459 62,98 
500 keV 0,097 0,00011 0,211 0,228 1,83 
1000 keV 0,071 0,000077 0,154 0,166 0,81 
Radionuclídeo Energia do Fóton Material µ (cm-1) 
Co-60 1,25 MeV Pb 
Al 
0,66 
0,15 
Cs-137 0,66 MeV Pb 
Al 
1,23 
0,20 
• Exemplo 3: Aplicando-se a espessura de 1,25 cm 
de um material, a exposição verificada pela 
câmara de ionização era de 30 mR. Ao se 
aumentar a espessura, desse material, para 1,75 
cm, a exposição verificada foi de 27,15 mR. Se a 
câmara foi irradiada com uma fonte de Cs-137, 
qual o material empregado? Qual a CSR desse 
material, para essa fonte? 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• REQUISITOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
 
• JUSTIFICAÇÃO 
• A prática deve produzir benefícios, para os indivíduos expostos ou 
para a sociedade, suficientes para compensar o detrimento 
correspondente, tendo-se em conta fatores sociais e econômicos ou 
outros. 
 
• As exposições médicas de pacientes devem ser justificadas, 
ponderando-se os benefícios diagnósticos ou terapêuticos que elas 
venham a produzir em relação ao detrimento correspondente, 
levando-se em conta os riscos e benefícios de técnicas alternativas 
disponíveis, que não envolvam exposição. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• LIMITAÇÃO DE DOSE INDIVIDUAL 
 
• A exposição dos indivíduos ocupacionalmente 
expostos (IOEs – trabalhadores) deve ser restringida 
de tal modo que nem a dose efetiva nem a dose 
equivalente nos órgãos ou tecidos, excedam o limite 
de dose especificado na tabela a seguir, salvo em 
circunstâncias especiais, autorizadas pela CNEN. 
• Esses limites de dose não se aplicam às exposições 
médicas (exposições aos pacientes). 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• [a] O termo dose anual deve ser considerado como dose no ano calendário, 
isto é, no período decorrente de janeiro a dezembro de cada ano. 
• [b] Média aritmética em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50 mSv 
em qualquer ano. 
• [c] Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose 
efetiva de até 5 mSv em um ano, desde que a dose efetiva média em um 
período de 5 anos consecutivos, não exceda a 1 mSv por ano. 
• [d] Valor médio em 1 cm2 de área, na região mais irradiada. 
• Os limites de dose estabelecidos não se aplicam a exposições médicas de 
acompanhantes e voluntários que eventualmente assistem pacientes. As 
doses devem ser restritas de forma que algum desses acompanhantes ou 
voluntários não receba mais de 5 mSv durante o período de exame 
diagnóstico ou tratamento do paciente. 
• A dose para crianças em visita a pacientes em que foram administrados 
materiais radioativos deve ser restrita de forma que ela não exceda a 1 
mSv. 
 
• OTIMIZAÇÃO 
• Em relação às exposições causadas por uma determinada fonte associada a 
uma prática, salvo no caso das exposições médicas, a proteção radiológica 
deve ser otimizada de forma que a magnitude das doses individuais, o 
número de pessoas expostas e a probabilidade de ocorrência de exposições 
mantenham-se tão baixas quanto possa ser razoavelmente exeqüível, 
tendo em contaos fatores econômicos e sociais. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• O princípio da otimização corresponde ao ALARA (As Low As Reasonably 
Achievable – tão baixo quanto razoavelmente exequível) >> Objetivo de 
minimizar as doses a pacientes e trabalhadores. 
• A filosofia atual de segurança da radiação é baseada no pressuposto 
conservador de que a dose de radiação e seus efeitos biológicos sobre os 
tecidos vivos são modelados por uma relação conhecida como “hipótese 
linear”. Assim, cada dose de radiação de qualquer magnitude pode produzir 
algum nível de efeito prejudicial que pode se manifestar como um risco 
aumentado de mutações genéticas e câncer. 
• Os três princípios fundamentais para auxiliar na manutenção de doses ALARA 
são: 
– Tempo – minimizando o tempo de exposição direta, reduz-se a dose de 
radiação; 
– Distância – dobrando a distância entre o corpo e a fonte de radiação, a 
exposição à radiação será dividida por um fator quatro; 
– Blindagem – utilização de chumbo para raios X e raios gama são uma forma 
eficaz de reduzir a exposição à radiação. 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS 
 
• Para fins de gerenciamento da proteção radiológica, os 
titulares devem classificar as áreas de trabalho com radiação 
ou material radioativo em áreas controladas, áreas 
supervisionadas ou áreas livres, conforme apropriado. 
• Uma área deve ser classificada como área controlada quando 
for necessária a adoção de medidas específicas de proteção e 
segurança para garantir que as exposições ocupacionais 
normais estejam em conformidade com os requisitos de 
otimização e limitação de dose, bem como prevenir ou reduzir 
a magnitude das exposições potenciais. 
• Exemplo: sala de exames de uma clínica. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Uma área deve ser classificada como área supervisionada 
quando, embora não requeira a adoção de medidas 
específicas de proteção e segurança, devem ser feitas 
reavaliações regulares das condições de exposições 
ocupacionais, com o objetivo de determinar se a classificação 
continua adequada. 
• As áreas controladas devem estar sinalizadas com o símbolo 
internacional de radiação ionizante, acompanhando um texto 
descrevendo o tipo de material, equipamento ou uso 
relacionado à radiação ionizante. 
• As áreas supervisionadas devem ser indicadas como tal, em 
seus acessos. 
• Exemplo: sala de comando para os exames. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Deve ser classificada como área livre qualquer área da 
instalação que não seja classificada como área controlada ou 
área supervisionada. 
• Em condições normais de operação, a dose para indivíduos 
nas áreas livres não deve ultrapassar o limite previsto para 
indivíduos do público, isto é, 1 mSv/ano. 
• O titular e eventuais empregadores são responsáveis pelo 
controle dessas áreas, de modo a garantir sua classificação 
como área livre. 
• Para tal, deve ser estabelecido um programa de monitoração 
adequado, abrangendo todas as possíveis vias de exposição. 
• Exemplo: corredor da clínica até o local do exame. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• SISTEMA DE MONITORAÇÃO INDIVIDUAL: 
• Devem ser observados os seguintes pontos, acerca da monitoração 
individual: 
– O dosímetro (monitor) deve ser usado única e exclusivamente na 
instituição onde o funcionário trabalha. Ele não pode usá-lo em outro 
serviço, nem levá-lo para outro local. 
– O usuário deve pegar o dosímetro no início de suas atividades e guardá-
lo no final do expediente. 
– No local de trabalho, os dosímetros devem ser guardados em local 
específico (juntos ao dosímetro padrão – não exposto), distante do 
calor, da baixa umidade e afastados das fontes de radiações ionizantes. 
– O dosímetro deverá ser portado na parte superior do tórax, com a 
identificação para frente, sem que haja quaisquer objetos à frente dele. 
– Se o usuário estiver usando um avental de Pb, o dosímetro deve estar 
por fora do avental e portado da mesma forma. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• A monitoração é feita mensalmente. Decorrido o período de uso, a 
instituição receberá uma nova remessa de dosímetros; então, os 
dosímetros do período anterior serão substituídos e enviados ao 
laboratório para a leitura e emissão do relatório de doses individuais. 
• Os relatórios devem ser avaliados pelo supervisor de proteção 
radiológica e os trabalhadores serão informados da sua dose no 
período. 
• Muitas vezes, os valores medidos na monitoração individual são tão 
pequenos que não são de interesse. 
• Para isso, define-se um valor chamado de nível de registro: acima 
desse nível, os valores são registrados; abaixo, são considerados 
como zero. 
• Dependendo do valor, algumas providências podem ser tomadas: 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
Níveis de referência de dose aplicados na monitoração individual Nível de Referência Característica Valor (mSv/mês) 
Nível de Registro Valor acima do qual os valores serão registrados e 
abaixo do qual as medidas serão consideradas 
iguais a zero 
 
0,2 
 
Níveis de 
Investigação 
Quando se excede esse valor, deve-se investigar e 
os resultados serão guardados na instituição 
 
Quando se excede esse valor, deve-se investigar e 
elaborar um relatório de providências 
 
1,5 
 
 
6,0 
 
 
Investigação Especial 
Quando se excede esse valor, deve-se 
providenciar uma investigação especial e, 
havendo confirmação da exposição do usuário, 
este deve ser submetido a uma avaliação de 
dosimetria citogenética 
 
 
100 
• IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE PROFISSIONAIS 
• Um nível adequado de proteção é alcançado quando a infraestrutura física e a 
sua operação são adequadamente planejadas e instaladas. 
– Equipamentos e acessórios aceitos formalmente de acordo com as 
legislações. 
 
– Conhecimento da rotina de trabalho pelos profissionais e manutenção 
preventiva e corretiva nos mesmos. 
 
– Planejamento da sala de exames: tipos de procedimentos e sua quantidade, 
disposição dos equipamentos de RX e acessórios na sala. 
 
– Utilização de uma sala que tenha dimensões adequadas: equipamentos, 
acessórios e mobiliários devem ser compatíveis. Além disso, a sala deve 
possibilitar o fluxo de profissionais e permitir o acesso fácil de macas e 
cadeiras de roda à mesa. 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
– Utilização da distância como meio de proteção: se as dimensões da sala 
permitirem uma distância maior que 1,5 m entre as bordas da mesa de exame 
e as barreiras mais próximas, a necessidade de blindagem sobre as paredes 
será menor. 
 
– Planejamento de todas as tarefas de um procedimento complexo que exijam a 
presença de um profissional dentro da sala: nesse sentido, os materiais e 
acessórios devem estar em quantidade adequada e na sequência certa de 
utilização. 
 
– Conhecimento da carga de trabalho: esta carga representa a soma do mAs de 
todos os exames realizados por semana. Esse valor é usado para o cálculo de 
blindagens de uma instalação (quanto maior a carga de trabalho, maior a 
necessidade de proteção). 
– Entretanto, a carga de trabalho pode aumentar ou diminuir depois que a sala 
entra em funcionamento; por isso, as blindagens devem ser verificadas 
periodicamente para sua adequação. 
 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
– Conhecimento das especificações dos aparelhos de RX utilizados: 
são as necessidades clínicas que definem as características do 
aparelho de raios X. 
– Por exemplo, se for prevista uma grande quantidade de exames de 
tórax, o aparelho deve ser capaz de operar com alto kV e pequeno 
mAs e supor de um suporte vertical para os chassis. Do mesmo 
jeito que um mamógrafo opera, necessariamente, a baixo kV e alto 
mAs.– Manutenção dos receptores de imagem em boas condições: no 
caso dos écrans, os materiais se desgastam com o tempo e devem 
ser trocados periodicamente. 
– Chassis com écrans desgastados, misturados com outros de écrans 
novos, sem a devida identificação, podem acarretar retomadas 
devidas a diferenças nas respostas e devem ser evitados 
 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
– Utilização de vestimentas plumbíferas de proteção: aventais, luvas, 
óculos e outras blindagens de contato utilizadas para a proteção dos 
pacientes, de acompanhantes ou de profissionais durante às 
exposições. 
– Em todas as salas devem estar disponíveis vestimentas em quantidade 
e em condições adequadas. Em geral, a camada protetora é feita de 
borracha plumbífera e a camada externa é de revestimento sintético. 
– Quanto à proteção, são fabricados aventais com equivalência de 0,25 
ou 0,5 mm de chumbo, enquanto os aventais fabricados no exterior 
são de 0,35 mm, em vez de 0,25 mm. 
– A maneira como são guardados influi diretamente na sua durabilidade. 
O ideal é que sejam mantidas em um suporte apropriado, do tipo 
toalheiro. 
– O critério é para que a camada protetora seja íntegra, não 
apresentando quebras ou fissuras. 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
– Em uma sala de exames gerais, devem estar disponíveis, pelo menos, 
um avental e um protetor de tireoide; já nos locais em que há ênfase 
em exames pediátricos, deve haver, pelo menos, duas unidades de 
cada e, pelo menos, um par de luvas. 
 
– Se, por motivo justificável, for necessário ficar fora da cabine de 
comando ou do biombo, o profissional deve usar avental plumbífero e 
protetor de tireoide. 
 
– Quando for necessário conter ou amparar o paciente durante o 
exame, esta tarefa deve ser confiada, preferencialmente, ao parente 
ou responsável que o acompanha, o qual deverá usar avental, protetor 
de tireoide e luvas (casos as mãos estejam próximas ao feixe 
primário). 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
–Comportamento pessoal de cada profissional 
com relação aos cuidados com a proteção: a 
educação contínua tem a função de trazer 
novas informações e enfatizar como as tarefas, 
mesmo as mais cotidianas devem ser 
realizadas. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• ROTINA OPERACIONAL DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
1. Usar o dosímetro do início ao fim das atividades diárias; 
2. O dosímetro deve ser fixado no jaleco, de modo que 
não haja qualquer objeto à frente do dosímetro; 
3. Quando se usa um avental plumbífero, o dosímetro 
deve estar sobre o avental; 
4. Durante a ausência do usuário, o dosímetro deve ser 
mantido junto ao dosímetro padrão, no local designado; 
5. Em caso de exposição acidental pessoal ou do 
dosímetro, o supervisor deve ser comunicado 
imediatamente; 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
6. Todos os profissionais devem manter-se dentro da cabine 
de comando ou protegidos por biombo plumbífero, durante 
a realização de exames e observar o paciente durante o 
procedimento; 
7. As portas de acesso à sala de raios X devem permanecer 
fechadas durante as exposições; 
8. Durante a realização de procedimentos, só poderão 
permanecer na sala o paciente, o técnico/tecnólogo e o 
médico. Excepcionalmente, pode ser requerida a presença 
de outra pessoa, para conter o paciente, e essa pessoa deve 
estar devidamente protegida com vestimentas plumbíferas; 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
9. Identificar o paciente, se possível pedindo que 
ele fale seu nome completo; 
10. Ler atentamente a prescrição do exame; em 
caso de dúvidas ou incorreções, consultar o 
solicitante; 
11. Efetuar o preparo e o posicionamento do 
paciente, objetivando sempre evitar exposições 
desnecessárias. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• CONTROLE DE QUALIDADE 
 
• Os aparelhos de raios X são complexos e pode haver 
falhas durante a realização de um exame, devido a 
falhas no funcionamento do aparelho. 
• Assim, é importante conhecer os parâmetros físicos 
dos equipamentos, para que se faça o controle das 
exposições aos pacientes. 
• Os serviços devem possuir uma manutenção 
preventiva (programa de controle de qualidade) e 
corretiva aos equipamentos de RX e processadoras. 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
• De acordo com a complexidade e necessidade de cada 
serviço, o programa de controle de qualidade pode variar 
de uma instituição para outra. 
• Por exemplo: instituições com um equipamento de RX e 
uma processadora >> necessidades mínimas >> atendidas 
por um profissional de radiologia encarregado ou um 
especialista externo. Serviços com vários equipamentos >> 
programa formal de controle de qualidade com um 
profissional especializado em física do radiodiagnóstico. 
• O profissional que realiza o controle dos equipamentos não 
deve contornar um problema encontrado (alterando o 
procedimento de trabalho), mas resolvê-lo. 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
• Para ilustrar a utilizada das informações geradas pelo controle de 
qualidade, será discutido o teste da exatidão do colimador. 
• O colimador deve estar bem instalado e funcionando 
corretamente, de forma que os campos luminoso e de radiação 
sejam coincidentes. 
• Sua exatidão deve ser comprovada periodicamente, verificando-
se a coincidência entre o feixe de raios X e o campo luminoso 
gerado pelo colimador. 
• Para efetuar o teste, um objeto é colocado sobre um chassi 
carregado (o qual está a 1 m do foco do aparelho). 
• Ajusta-se o campo luminoso sobre as marcações no objeto e 
efetua-se um disparo. Em seguida, abre-se o colimador e faz-se 
outro disparo. 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
• A imagem mostrada anteriormente indica um 
desvio; o campo de radiação está deslocado para 
baixo e para a direita e uma ação corretiva é 
necessária. 
• Consequência desse desajuste: em um exame real, 
uma região anatômica, presente no lado do desvio 
negativo, pode não aparecer na imagem. 
• Caso esse desajuste não seja corrigido, o operador 
pode utilizar um campo maior, para compensar 
esse erro, aumentando a área irradiada do 
paciente. 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
• OTIMIZAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES MÉDICAS 
 
• Existem diversas ações que minimizam os riscos sem comprometer 
a informação diagnóstica. 
• Entre elas está a justificação do exame antes do encaminhamento 
ao serviço de radiologia. 
• A solicitação deve ser clara e perfeitamente compreendida por 
quem o realizará. Assim, evita-se que seja realizado um exame 
improdutivo, que, unicamente, servirá para expor o paciente. 
• As repetições de exames feitos, recentemente, em outras clínicas e 
hospitais devem ser evitadas. 
• Os exames devem ser registrados na documentação do paciente 
para que seja entregue à outra unidade. 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
• Para que a exposição do paciente seja consistente com uma imagem 
de qualidade aceitável, a combinação dos seguintes parâmetros deve 
ser controlada pelo operador: 
 
– Colimação: não deve ultrapassar a área a ser examinada ou não deve 
ultrapassar o limite do receptor de imagem. Melhora na qualidade da 
imagem e reduz a dose ao paciente pela redução da radiação 
espalhada. 
 
– Ajuste na tensão (kVp): o espectro de RX contém uma grande 
quantidade de radiação de baixa energia (que apenas aumenta a dose 
ao paciente). Aumento do kV e redução do mAs. 
 
– Filtração: fótons de baixa energia devem ser eliminados (reduzem a 
dose ao paciente e melhoram a qualidade da imagem). 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
– Uso ou não da grade antidifusora: uso de grade ao se estudar grandes 
espessuras (atenuação da radiação espalhada pelo paciente). 
 
– Combinação Filme e Écran: écrans e filmes de mesma marca e modelo. 
 
– Fatoresde processamento da imagem (procedimento de revelação): 
manutenção da processadora ajuda a evitar exposições desnecessárias. 
 
– Proteção a outras regiões do paciente através de aventais de Pb, 
protetores de tireoide ou gonadais. 
 
– Repetição de exames: deve-se manter o nível de repetição de exames 
aceitável. 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
• Otimização das Exposições em Fluoroscopia 
 
• A fluoroscopia é um dos métodos diagnósticos e terapêuticos que 
fornecem doses médias e altas aos profissionais e aos pacientes 
(dependendo do procedimento – exame ou cirurgia). 
• Para fins de orientação, estão listados abaixo alguns cuidados de 
proteção radiológica de quando se trabalha com fluoroscopia: 
– Somente realizar um disparo quando houver estrita necessidade e 
certeza de que a informação desejada será obtida; 
– Antes de realizar o disparo, as pessoas presentes devem ser 
avisadas e devem retirar-se da sala ou posicionar-se o mais 
afastado possível do equipamento; 
– O pessoal presente na sala, necessariamente, deve fazer uso de 
vestimentas de proteção (avental e protetor de tireoide); 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
– Usar, sempre que possível, o tubo de raios X sob a 
mesa; 
– Manter, sempre que possível, o intensificador de 
imagem o mais próximo do paciente; 
– Colimar a região de interesse; 
– Realizar o disparo com o tempo mínimo 
necessário; 
– Quando realizar uma radiografia, afastar-se ao 
máximo da mesa. 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
• EXPOSIÇÃO DO PÚBLICO EM RADIODIAGNÓSTICO 
 
• A exposição não esperada do público fora da sala de exames é 
evitada através do planejamento adequado da sala e do uso de 
barreiras de proteção. 
• É importante adotar procedimentos de segurança a serem 
observados, tais como só realizar exames com a porta da sala 
de exames fechada e não permitir a aglomeração de pessoas na 
sala. 
• O acesso de pessoas do público às salas de exames deve ser 
muito restrito. Esse acesso deve ser limitado aos profissionais 
envolvidos na realização dos exames e a acompanhantes dos 
pacientes. 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
• EXPOSIÇÃO DE VOLUNTÁRIOS E DE 
ACOMPANHANTES EM RADIODIAGNÓSTICO 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE 
• Para que haja o uso de voluntários em pesquisas médicas, os 
mesmos devem ter a opção de participar ou não e o 
trabalho deve ser submetido a um comitê de ética da 
instituição onde será realizada a pesquisa. 
 
• Amigos e parentes que ajudem na contenção e conforto do 
paciente também são voluntários, mas há um benefício aos 
pacientes. Assim, as exposições desses voluntários são 
definidas como exposições médicas.

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