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Capítulo 38 Concreto Projetado Luiz Roberto Prudêncio Jr. - UFSC •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia D fi i õ B Hi tó i • Concreto com dimensão máxima de agregado superior a Definições e Breve Histórico g g p 4,8 mm, geralmente limitada a 19 mm, transportado por uma tubulação e projetado, sob pressão, a elevada l id d b fí i dvelocidade, sobre uma superfície, sendo autocompactado simultaneamente. A i ã d d j ã é dit d K l• A invenção do processo de projeção é creditada a Karl Akeley, que patenteou o primeiro equipamento em 1911. S i i l é ti t d b• Seu uso principal é no revestimento de obras subterrâneas e taludes, além de reparo de estruturas, por dispensar o uso de fôrma e proporcionar grandedispensar o uso de fôrma e proporcionar grande velocidade nas operações de lançamento e adensamento do concreto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P d P j ã • Via Seca: Processos de Projeção • Aglomerante e agregados são misturados e lançados na máquina de projeção. A introdução de água se dá junto bi d jao bico de projeção. • Utilização de máquinas a rotor. • Mistura de cimento e agregados com umidade natural é introduzida na cuba de alimentação. I t d ã d á d i t t d ã• Introdução da água da mistura, contendo ou não o aditivo acelerador, é feita no bico de projeção. • Cabe ao operário responsável pela projeção conhecido• Cabe ao operário responsável pela projeção, conhecido como mangoteiro, ajustar a vazão de ar, água e aditivo do concreto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P d P j ã • Via Seca: Processos de Projeção CUBA Ã DISCO DE BORRACHA ENTRADA DE AR PARAFUSO DE AJUSTE PARAFUSO DE AJUSTE DE ALIMENTAÇÃO ʺARANHAʺ BORRACHA DISCO DE BORRACHA ENTRADA ROTOR SAIDA DO MANGOTE ENTRADA DE AR Figura 1 – Máquina de projeção de concreto via seca a rotor. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P d P j ã • Via Seca: Processos de Projeção • O mangoteiro deve ser um operário especializado e treinado para executar sua tarefa.treinado para executar sua tarefa. • O ajuste do ar e da água é feito empiricamente. Sabe- se que a pressão de ar está adequada quando ose que a pressão de ar está adequada quando o mangoteiro consegue realizar confortavelmente a projeção posicionando o bico a 1,5 m do alvo de projeção. • O mangoteiro deverá empregar a maior vazão de água possível, desde que não ocorram escorrimentos ou desplacamentos do concreto recém-lançado. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P d P j ã • Via Seca: Processos de Projeção • Principais características do processo: • Pode se projetar a longas distâncias em relação à• Pode-se projetar a longas distâncias em relação à máquina de projeção • Possibilidade de produzir um material mais resistente ePossibilidade de produzir um material mais resistente e compacto, devido à possibilidade de poder-se controlar a quantidade de água da mistura durante o processo de li ã (i t t b t t ú id )aplicação (importante em substratos úmidos). • Alto nível de reflexão (10% a 35% para paredes verticais e 20% a 50% em projeções de teto) e formação de poeira20% a 50% em projeções de teto) e formação de poeira, além do fato de sua qualidade estar fortemente ligada à qualidade e experiência da mão-de-obra. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P d P j ã • Via Seca: Processos de Projeção • Principais características do processo: • Baixa resistência obtida em concretos em que a mistura• Baixa resistência obtida em concretos em que a mistura seca fica armazenada por um longo período de tempo comparativo de resistência - 28 diascomparativo de resistência 28 dias 44,8 46 36,65 34,2 28,05 30 0 40,0 50,0 a 0 min 60 min 0 0 10,0 20,0 30,0 M p a 60 min 120 min 180 min 240 min Figura 2 – Variação da resistência do concreto com 28 dias em função do tempo de espera. 0,0 traços •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P d P j ã • Via Úmida: Processos de Projeção • Aglomerante, agregados e água são misturados previamente ao abastecimento da máquina de projeção.previamente ao abastecimento da máquina de projeção. Aditivo acelerador injetado no bico. • Uso crescente devido ao uso dos aditivosUso crescente devido ao uso dos aditivos superplastificantes que têm permitido a obtenção de concretos de grande compacidade e resistência à compressão (acima de 50 MPa). • Seu emprego em revestimentos secundários de túneis é preponderante devido às baixas reflexões (inferiores a 10%) e à alta produtividade, principalmente quando são utilizados robôs na projeção •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia utilizados robôs na projeção. P d P j ã • Via Úmida: Processos de Projeção • Engloba dois sistemas de projeção: fluxo aerado e fluxo denso.denso. • Fluxo aerado: máquinas a rotor (Figura 1). Flexibilidade maior, menores volumes e maior reflexãomaior, menores volumes e maior reflexão • Fluxo denso: Empregadas as bombas a pistão ou dotadas de parafuso com rosca sem fim, e o concretodotadas de parafuso com rosca sem fim, e o concreto lançado na cuba do equipamento é transportado dentro do mangote pela força da bomba. O ar comprimido e o aditivo são injetados no bico de projeção (Figura 3) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P d P j ã • Via Úmida: Processos de Projeção • Fluxo denso: Bomba a pistão. ADITIVO AR COMPRIMIDO CONCRETO Figura 3 – Equipamento de projeção via úmida fluxo denso- bomba a pistão e detalhe do bico de •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia g q p p j ç p projeção. M t i i C tit i t • Cimento: Materiais Constituintes • Qualquer tipo de cimento portland é adequado para uso como aglomerante em concreto projetado.como aglomerante em concreto projetado. • Cimentos Portland comuns (equivalentes ao ASTM tipo I ou NBR CP I ou CP I-S) são os mais recomendadosou NBR CP I ou CP I S) são os mais recomendados pela literatura. • No Brasil, os cimentos de alta resistência inicial (ARI ouNo Brasil, os cimentos de alta resistência inicial (ARI ou ARI-RS) são os mais empregados, principalmente em obras subterrâneas. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia M t i i C tit i t • Agregados: Materiais Constituintes g g • Devem atender às mesmas exigências que as relacionadas para o concreto convencional moldado,relacionadas para o concreto convencional moldado, especificadas na ABNT NBR 7211:2009. • Devem ser compostos de grãos resistentes e limpos eDevem ser compostos de grãos resistentes e limpos e ter uma granulometria apropriada. • Agregados graúdos de maior dimensão aumentam aAgregados graúdos de maior dimensão aumentam a reflexão. • No processo via seca, agregados totais devem terNo processo via seca, agregados totais devem ter umidade entre 2 e 4% para evitar desgastes e entupimentos. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia M t i i C tit i t • Agregados: Materiais Constituintes g g • ACI 506-R-05 apresenta três faixas granulométricas recomendadas para agregados destinados a concreto projetado (Quadro 1). – Graduação 2 é a mais utilizada. Quadro 1 – Valores limites para curvas granulométricas (agregado total) utilizadas em concretoQuadro 1 Valores limites para curvas granulométricas (agregado total) utilizadas em concreto projetado. Abertura da Percentagem Acumulada de Material Passante Peneira (mm) Graduação No 1 Graduação No 2 Graduação No 31 2 3 19 ------------ 100 12 ------ 100 80 - 95 10 100 90 - 100 70 - 90 4,75 95 - 100 70 - 85 50 - 70 2,4 80 - 100 50 - 70 35 - 55 1,2 50 - 85 35 - 55 20 - 40 0,6 25 - 60 20 - 35 10 - 30 0,3 10 - 30 8 - 20 5 - 17 0 15 2 - 10 2 - 10 2 - 10 •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia 0,15 2 10 2 10 2 10 M t i i C tit i t • Aditivos: Materiais Constituintes • Redutores de água: no processo via úmida são usados para obter-se abatimentos adequados com menor d á Pl ifi lif i iconsumo de água. Plastificantes ou polifuncionais – Base de lignossulfonato – reduzem de 6 a 12% e superplastificantes – base de policarboxilatos - de 12 asuperplastificantes base de policarboxilatos de 12 a 20%. A introdução do superplastificante na mistura deve ser feita momentos antes de seu lançamento para evitar- se sempre que possível o processo de redosagemse, sempre que possível, o processo de redosagem, que, além de oneroso, é demorado e impreciso. • Estabilizadores de hidratação: usados também noEstabilizadores de hidratação: usados também no processo via úmida para permitir maiores tempos entre mistura e projeção com menor perda de abatimento. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia M t i i C tit i t • Aditivos: Materiais Constituintes • Aceleradores: Permitem a aplicação do concreto projetado em camadas de espessura apreciável mesmoprojetado em camadas de espessura apreciável mesmo em posições bastante desfavoráveis (tetos de túneis, por exemplo) e promovem resistências a baixas idades compatíveis com requisitos específicos de projeto. Podem alterar indiretamente outras propriedades do material tais como nível de reflexão teor de poeiramaterial, tais como nível de reflexão, teor de poeira (projeção por via seca) e resistência final do concreto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia M t i i C tit i t • Aditivos: Materiais Constituintes • Aceleradores: • Carbonatos e hidróxidos alcalinos:• Carbonatos e hidróxidos alcalinos: • Aditivos em pó à base de carbonatos e hidróxido de sódio e potássiop • Utilização exclusiva para concretos projetados por via seca • As dosagens empregadas são geralmente de 2,5% a 6%. • Significativa perda de resistência à compressão observada nos concretos projetados (30 a 40%), principalmente quando os teores utilizados são elevadosos teores utilizados são elevados •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia M t i i C tit i t • Aditivos: Materiais Constituintes • Aceleradores: • Silicatos Alcalinos (water glass) :• Silicatos Alcalinos (water glass) : • Forma líquida, constituidos à base de silicatos de sódio e potássio.p • Utilização principal para concretos projetados por via úmida. • As dosagens empregadas são geralmente acima de 10%. • Podem gerar perdas altas de resistência (30%), mas são menos agressivos à saúde do que outros aditivos alcalinos. • Em teores de 4 a 6% funcionam como redutores de abatimento, permitindo projeção de camadas de 8 a 15cm, mas não promovem melhora na resistência a baixas idades. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia M t i i C tit i t • Aditivos: Materiais Constituintes • Aceleradores: • Aluminatos de sódio e potássio :• Aluminatos de sódio e potássio : • Forma líquida, usados tanto para via seca quanto via úmida. • As dosagens empregadas são geralmente entre 2 5 e 4 5%As dosagens empregadas são geralmente entre 2,5 e 4,5%. • Promovem pega instantânea e aumentam significativamente a resistência a baixas idades. São considerados os de melhor desempenho. • Perdas de resistência entre 20 e 25%, mas são agressivos à saúde pelo elevado PH (tornam o ambiente insalubre)saúde pelo elevado PH (tornam o ambiente insalubre). • Seu uso tem sido questionado em maciços contendo sulfatos e com agregados realtivo a álcalis. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia g g M t i i C tit i t • Aditivos: Materiais Constituintes • Aceleradores: • Não alcalinos em pó :• Não alcalinos em pó : • Base química de aluminado de cálcio, são usados para via seca. • As dosagens empregadas são geralmente entre 6 e 12%. Dosagens baixas não ajudam na resistência inicial. • Reagem diretamente com água e pouco interferem na hidratação do cimento. • Dificuldades operacionais de uso por serem em pó• Dificuldades operacionais de uso por serem em pó. • Produzem maiores reflexões do que os não alcalinos líquidos. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia M t i i C tit i t • Aditivos: Materiais Constituintes • Aceleradores: • Não alcalinos líquidos :• Não alcalinos líquidos : • Base química de sulfato de aluminio hidratado, são usados tanto para via seca quanto via úmida.p q • As dosagens empregadas são geralmente entre 3 e 10%. Dosagens baixas não ajudam na resistência inicial. • Muito usados atualmente por serem os menos agressivos à saúde e por não reduzirem apreciavelmente a resistência final dos concretos. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia M t i i C tit i t • Aditivos: Materiais Constituintes • Aceleradores: Figura 4 – Comparação entre os efeitos dos aditivos livre de álcalis e dos aluminatos de sódio •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia g p ç na resistência dos concretos projetados a 7 e 28 dias. E i R li d C t P j t d • Resistência à compressão em elevadas idades: Ensaios Realizados em Concreto Projetado p • Como o material é adensado pelo próprio jato de concreto e o fenômeno da reflexão altera inclusive o i i i l d i l liproporcionamento original do material que alimenta o equipamento de projeção, é necessário que sejam confeccionadas placas-teste de grandes dimensõesconfeccionadas placas teste de grandes dimensões (geralmente 60 cm x 60 cm x 16cm). • Utilizar mão-de-obra, procedimentos e equipamentosp q p similares aos utilizados em obra, para que se obtenha uma amostra representativa desse concreto. D l t i t ã t íd• Dessas placas, posteriormente são extraídos corpos- de-prova testemunhos para a realização dos ensaios a compressão. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia compressão. E i R li d C t P j t d • Consistência pela agulha de proctor: Ensaios Realizados em Concreto Projetado • Serve para controlar a consistência do concreto projetado e detectar erros no proporcionamento de água nos casos do não uso de aceleradoresnos casos do não uso de aceleradores. • Em concretos projetados aditivados com aceleradores, proporciona uma resposta da ação imediata do aditivo d ina pega do cimento. • O equipamento é composto por um êmbolo posicionado dentro de um tubo cilíndrico dotado de mola capaz dedentro de um tubo cilíndrico dotado de mola capaz de transferir a carga aplicada, necessária para penetrar uma agulha cilíndrica de 9,05 mm de diâmetro a um dispositivo registrador com sensibilidade mínima de 50dispositivo registrador com sensibilidade mínima de 50 N (a agulha de Proctor especificada pela ASTM C 403- 08 atende a essas características). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em baixas idades: Ensaios Realizados em Concreto Projetado ç • Penetrômetro de profundidade constante: • O equipamento registra a carga necessária para introduzir• O equipamento registra a carga necessária para introduzir uma agulha de dimensões padronizadas a certa profundidade em relação à superfície do concreto (15 mm). A Figura 5 mostra uma representação esquemática do equipamento. D li d l t t ó i t t• Deve ser realizado em placas teste ou na própria estrutura com um mínimo de 10 pontos distanciados de pelo menos4 cm para cada idade de ensaio. O tempo decorrido entrep p determinações deve ser de 20 a 30 minutos. As penetrações de 1,5 cm devem ser realizadas em um tempo de aproximadamente 1 segundo •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia tempo de aproximadamente 1 segundo. E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em baixas idades: Ensaios Realizados em Concreto Projetado ç • Penetrômetro de profundidade constante: •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 5 – Penetrômetro de profundidade constante (PPC). E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em baixas idades: Ensaios Realizados em Concreto Projetado ç • Penetrômetro de profundidade constante: • fc = (F - 67,52)/ 493,73 F = Força de cravação em N( ) fc = Resist.à compr. (MPa). 500 600 ( N ) Mistura A Mistura B 300 400 d e c r a v a ç ã o Mistura C Valor Estimado Intervalo confiança 0 100 200 F o r ç a d Intervalo confiança valor ind. Sup. Intervalo confiança valor ind. Inf. Intervalo confiança valor médio Sup Figura 6 – Correlação entre resistência à compressão e força de cravação (PPC). 0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 Resistência à compressão (MPa) valor médio. Sup. Intervalo confiança valor médio. Inf. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em baixas idades: Ensaios Realizados em Concreto Projetado ç • Penetrômetro Hilty: • Consiste na cravação de um pino por meio de uma pistolaç p p p especial (Figura 7). Na sequência, é medida a profundidade de penetração do pino que, posteriormente, é extraído do concreto e é determinada a força deé extraído do concreto, e é determinada a força de arrancamento por meio de um manômetro acoplado ao equipamento. O valor da resistência do concreto é estimado por meio de uma equação que leva em conta osestimado por meio de uma equação que leva em conta os parâmetros medidos no ensaio. A faixa recomendada de resistência a ser estimada por esse ensaio é de 1 a 16 MPaMPa. • A desvantagem do ensaio é o alto custo dos pinos e espoletas utilizadas, que são importados. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia p , q p E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em baixas idades: Ensaios Realizados em Concreto Projetado ç • Penetrômetro Hilty: Figura 7 – Penetrômetro Hilty utilizado para estimar as resistências iniciais do concreto •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia projetado. E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em baixas idades: Ensaios Realizados em Concreto Projetado ç • Penetrômetro de energia constante: • Avalia a resistência à compressão do concreto projetado a• Avalia a resistência à compressão do concreto projetado a partir da medida de penetração de uma agulha padronizada no concreto, cravada sob uma energia constante (10J). O ensaio foi desenvolvido para a estimativa de resistências à compressão na faixa de 1 a 10 MPa10 MPa. • Deve ser realizado em placas teste com um mínimo de 10 pontos distanciados de pelo menos 4 cm para cada idadep p p de ensaio. O tempo decorrido entre determinações deve ser de 1 a 2 horas. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em baixas idades: Ensaios Realizados em Concreto Projetado • Penetrômetro de energia constante: Figura 8 – Penetrômetro de energia constante (PEC). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em baixas idades: Ensaios Realizados em Concreto Projetado ç • Penetrômetro de energia constante: • fc = (13 20 / P)2 69 P = prof de cravação (mm)fc = (13,20 / P)2,69 P = prof. de cravação (mm) fc = Resist.à compr. (MPa). 16 18 Mistura A Mistura B 10 12 14 t r a ç ã o ( m m ) Mistura C Valor Estimado Intervalo 4 6 8 10 P e n e t Intervalo confiança valor ind. Sup. Intervalo confiança valor ind. Inf. Intervalo confiança valor4 0 2 4 6 8 10 12 Resistência à compressão (MPa) confiança valor médio. Sup. Intervalo confiança valor médio. Inf. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 9 – Correlação entre resistência à compressão e profundidade de penetração (PEC). E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em idades elevadas: Ensaios Realizados em Concreto Projetado ç • Cravação de pinos: • Pinos metálicos são cravados no concreto com pistolas A• Pinos metálicos são cravados no concreto com pistolas. A energia de cravação pode ser variada pela regulagem do tamanho da câmara de explosão. • Consegue-se monitorar resistências acima de 10 MPa. É necessário que se construa previamente uma curva de l ã t i tê i à ã f did dcorrelação entre resistência à compressão e profundidade de cravação dos pinos, para uma dada energia. • A Figura 10 mostra uma das curvas obtida em um estudo• A Figura 10 mostra uma das curvas obtida em um estudo realizado para um túnel de adução de uma PCH situada em Santa Rosa de Lima, SC. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em idades elevadas: Ensaios Realizados em Concreto Projetado ç • Cravação de pinos : y = -1,1552x + 76,822 R2 = 0,9216 y = -0,8847x + 38,175 50,00 60,00 70,00 a d o ( m m ) Equações: y 0,8847x 38,175 R² = 0,7576 20,00 30,00 40,00 p r i m e n t o C r a v a Arma 1 - Total Arma 1 - Ajustada 0,00 10,00 , 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 C o m p Linear (Arma 1 - Total) Linear (Arma 1 - Ajustada) Figura 10 – Correlação entre profundidade de penetração dos pinos e resistência à compressão do concreto projetado. Resistência (MPa) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia p j E i R li d C t P j t d • Avaliação da resistência em idades elevadas: Ensaios Realizados em Concreto Projetado ç • Cravação de pinos : Testes em tunel PCH - SC 50 35 40 45 M é d i o ( m m ) 15 20 25 30 i m e n t o E x p o s t o 0 5 10 15 C o m p r fcjest = 25MPa fcjest = 15MPa Central na obra Figura 11 – Valores de comprimento exposto dos pinos cravados ao longo do túnel (valores médios por seção) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 Distância em relação ao emboque (m) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia médios por seção). Mét d d D d C t P j t d • Via Seca: Métodos de Dosagem do Concreto Projetado • Composição dos agregados e definição do teor de argamassa ideal : proporcionar agregados para adequarargamassa ideal : proporcionar agregados para adequar à faixa granulométrica (geralmente a 2 do Quadro 1). • Construção do diagrama de dosagem e determinaçãoConstrução do diagrama de dosagem e determinação de traço preliminar (Figura 12). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d d D d C t P j t d • Via Seca: Determinação do traço preliminar Métodos de Dosagem do Concreto Projetado ç ç p fcj = fck + 1,65 Sd70 s ã o - Sd= 0,15fck -fcj’= fcj/[(100 - q)/100]50 60 a à c o m p r e s s P a fcj' q (f tipo de aditivo): -aluminatos: 25% 30 40 R e s i s t ê n c i a Mfcj -aluminatos: 25% -Carbonatos:40% -Livre de álcalis:10% 20 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 m traço em massa (kg/kg) f c j ' - m Figura 12 – Diagrama de dosagem do concreto projetado por via seca. m - traço em massa (kg/kg) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d d D d C t P j t d • Via Seca: Estudo do efeito do acelerador Métodos de Dosagem do Concreto Projetado -Usando m da etapa anterior7 p Preparar 3 placas com teores distintos de aditivos; 4 5 6 7 o m p r e s s ã o ) Teor 1 Determinar resistências iniciais e a 28 dias; 1 2 3 4 s t ê n c i a à c o ( M P a ) Teor 2 Teor 3 Determinar q efetivo.0 1 1 2 4 8 R e s i s 3 7 - Requisito 7 horas Figura 13 – Influência dos aditivos na evolução das resistências iniciais do concreto projetado. Tempo (horas) - Requisito 3 horas •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d d D d C t P j t d • Via Seca: Determinação do traço final Métodos de Dosagem do Concreto Projetado ç ç • Do gráfico da Figura 12 determinar o teor mínimo de• Do gráfico da Figura 12, determinar o teor mínimo de aditivo que atenda às resistências a baixas idades; • Recalcular o traço final (m) a partir do q efetivo e fck de projetoprojeto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d d D d C t P j t d • Via Úmida: Métodos de Dosagem do Concreto Projetado • O equipamento empregado influencia decisivamente nas características da mistura no estado fresco. • Fluxo aerado: abatimento de 14 a 22cm (enchimento das câmaras do rotor). • Fluxo denso: abatimento de 8 a 12cm. • Proporção entre os agregados: teores de argamassa da d d 60 64% d f i 2 dordem de 60 a 64% ou que se enquadre na faixa 2 do quadro 1. • Estabelecimento de um traço piloto (1: 3 5: 0 5) que• Estabelecimento de um traço piloto (1: 3,5: 0,5) que conduza a um consumo de cimento de 400 a 500kg/m3. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d d D d C t P j t d • Via Úmida: Métodos de Dosagem do Concreto Projetado • Produção de misturas adicionais para construção do diagrama de dosagem: manter o traço e teor dediagrama de dosagem: manter o traço e teor de argamassa do traço piloto e alterar a relação a/c (0,4 e 0,6) por meio da variação do teor de aditivos redutores de água. • Moldar corpos-de-prova 10x20cm para a determinação da resistência de cada mistura e construção do diagrama de dosagem. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d d D d C t P j t d • Via Úmida: Métodos de Dosagem do Concreto Projetado 70 s s ã o - 50 60 i a à c o m p r e s M P a fcj' 30 40 - R e s i s t ê n c i M j 20 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 Relação água/cimento (kg/kg) f c j ' a/c Figura 14 – Diagrama de dosagem do concreto projetado por via úmida. Relação água/cimento (kg/kg) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d d D d C t P j t d • Via Úmida: Estudo do efeito do aditivo acelerador e Métodos de Dosagem do Concreto Projetado projeção • Com o traço preliminar devem ser moldadas três placasCom o traço preliminar, devem ser moldadas três placas com diferentes teores de aditivo. • Construir um gráfico para determinação das baixasConstruir um gráfico para determinação das baixas idades (usar PPC e PEC). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d d D d C t P j t d • Via Úmida: Estudo do efeito do acelerador Métodos de Dosagem do Concreto Projetado -Usando m piloto:7 p Preparar 3 placas com teores distintos de aditivos; 4 5 6 7 o m p r e s s ã o ) Teor 1 Determinar resistências iniciais e a 28 dias; 1 2 3 4 s t ê n c i a à c o ( M P a ) Teor 2 Teor 3 Determinar q efetivo.0 1 1 2 4 8 R e s i s 3 7 - Requisito 7 horas Figura 13 – Influência dos aditivos na evolução das resistências iniciais do concreto projetado. Tempo (horas) - Requisito 3 horas •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d d D d C t P j t d • Via Úmida: Determinação do traço final Métodos de Dosagem do Concreto Projetado ç ç • Determinar, com base nas Figuras 13 e 14, qual o traço (m) e teor de aditivo que atendam simultaneamente às i ê i b i l d id dresistências a baixas e elevadas idades; • Proceder correções em obra do teor de aditivos redutores de água em função da logística de produçãoredutores de água em função da logística de produção (tempo de descarga) e condições climáticas; • Proceder ajustes no traço final durante a produção emProceder ajustes no traço final durante a produção em função dos valores de resistência obtidos, levando-se em conta o desvio-padrão observado. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Ob P i • Obras: Obras e Pesquisas • Três túneis da 2ª pista da rodovia dos Imigrantes, que somam 8,2 km de extensão total e estão no interior dos maciços da Serra do Marmaciços da Serra do Mar . • Túnel construído sob a Avenida Faria Lima, que desemboca na Avenida Cidade Jardim, em São Paulo: F i ili d i ú id iFoi utilizado o processo via úmida, tanto no revestimento primário quanto no definitivo, totalizando aproximadamente 40.000 m3. O projeto especificava quep p j p q o concreto projetado do revestimento primário deveria possuir uma resistência de 6 MPa com 10 horas e um fck aos 28 dias de 30 MPa . •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Ob P i • Pesquisas: Obras e Pesquisas • Maiores centros de pesquisa são a Escola Politécnica da USP e Universidade Federal de Santa Catarina (GTec) . M i j t d i ê i fi d t• Maior projeto de pesquisa: convênio firmado entre a CBPO (Companhia Brasileira de Projetos e Obras), a Escola Politécnica da USP e o Instituto de Pesquisas T ló i d E d d S P l bTecnológicas do Estado de São Paulo, sob a coordenação do Prof. Paulo Helene, que gerou 1 tese de doutorado e 3 dissertações de mestrado envolvendo oç desenvolvimento de métodos de dosagem, processos de projeção, uso de fibras de aço e sílica ativa. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia
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