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Cap48 - Concreto Auto-adensável

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Capítulo 48
Concreto Autoadensável
Wellington Longuini RepetteWellington Longuini Repette
Universidade Federal de Santa 
C t i UFSCCatarina - UFSC
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
I t d ã
Definição
Introdução
ç
O concreto autoadensável, uma vez lançado, se move por
conta própria e preenche, sem necessitar de nenhumap p p ,
intervenção, os espaços destinados a ele na fôrma. Além
disso, não necessitar ser adensado com vibrador, não
ã i isegrega e não aprisiona ar em excesso.
Vantagens
Como resultado, sua aplicação é mais fácil, rápida, requer, p ç , p , q
menos mão-de-obra e representa o fim dos ninhos de
concretagem e dos ruídos dos vibradores nas obras!
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
I t d ãIntrodução
Figura 1 – Ninhos de concretagem (“bicheiras”) frequentes em concretagens com concreto 
convencional e aplicação do CAA em obra de edifício, sem possibilidade para a ocorrência de 
bicheiras e com redução da equipe de concretagem para apenas dois operários
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
bicheiras e com redução da equipe de concretagem para apenas dois operários
R i it t í ti i i i
As características do concreto fresco mais claramente
Requisitos e características principais
diferenciam o CAA do concreto convencional. O CAA tem
que apresentar elevada fluidez e estabilidade da mistura,
ã á i i d t ê i d dque são mensuráveis por meio de três propriedades
básicas:
h bilid d d hi t d• habilidade de preenchimento dos espaços
• habilidade de passar por restrições
• capacidade de resistir à segregação
Outros requisitos comuns ao concreto convencional tambémq
são aplicáveis ao CAA, como o tempo em aberto,
bombeabilidade, acabamento superficial e resistência
â i d bilid d
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
mecânica e durabilidade.
M t i i tit i t
O CAA é produzido, fundamentalmente, com os mesmos
Materiais constituintes
p , ,
materiais empregados nos concretos convencionais. Para
se apontarem as possíveis maiores diferenças, na
i ã d CAAcomposição do CAA empregam-se:
• mais “finos” (mas não necessariamente mais cimento)
• aditivos dispersantes de grande eficiência, conhecidosp g ,
como superplastificantes de “terceira geração” e
• por vezes, aditivo promotor de viscosidade.p , p
.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
M t i i tit i t
Cimento
Materiais constituintes
• todos os tipos de cimento portland empregados na
produção do concreto convencional podem serp ç p
empregados na produção do CAA
• Cimentos com elevada finura, com elevados teores de,
álcalis, e com maiores teores de C3A demandam maior
quantidade de aditivo superplastificante e podem
ã d fl id d CAAapresentar pequena manutenção de fluidez do CAA.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
M t i i tit i t
Adições minerais
Materiais constituintes
ç
• Adições são frequentemente utilizadas com o objetivo
de se aumentar a quantidade de nas misturas.q
• De forma geral, consideram-se adições ou finos os
materiais com dimensões de partículas menores dop
que 0,150 mm, sendo indicado que mais que 75%
tenham dimensões menores do que 0,075 mm.
• Algumas adições mais utilizadas:
• Fíler calcário
• Cinza volante
• Sílica ativa e metacaulim
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
M t i i tit i t
Aditivos químicos
Materiais constituintes
q
• Superplastificantes
• São mais empregados os superplastificantesSão mais empregados os superplastificantes
(dispersantes) de grande eficiência, dentre os quais se
destacam os de base policarboxilato. Como regra geral,
pode-se dizer que os aditivos indicados para o CAA
necessitam promover redução de água de no mínimo
20%.20%.
• Promotores de viscosidade
• são empregados para melhorar a resistência à• são empregados para melhorar a resistência à
segregação do CAA. Em sua maioria, são produtos à
base de polissacarídeos, dentre os quais se destacam os
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
de éter-celulose
M t i i tit i t
Agregado miúdo
Materiais constituintes
g g
• Todo tipo de agregado miúdo utilizado no concreto
convencional pode ser empregado no CAA.
• Areias naturais são preferíveis por apresentarem grãos
com forma mais uniforme e arredondada.
• Areias artificiais, obtidas pela britagem da pedra, são
geralmente menos indicadas por apresentarem grãos
com elevada angulosidade e aspereza superficial o quecom elevada angulosidade e aspereza superficial, o que
causa maior intertravamento das partículas e maior
adsorção de água, aumentando a demanda por pasta e
aditivos superplastificantes na composição do CAA.
• Volumes entre 40% e 50% são típicos para o agregado
iúd d CAA
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
miúdo nas argamassas do CAA.
M t i i tit i t
Agregado graúdo
Materiais constituintes
g g g
• Para a produção de CAA é preferível o emprego de
agregados graúdos de forma regular, de qualquer
natureza (litologia) utilizado para concreto convencional
• Agregados graúdos com forma irregular, como partículas
l l l t t á dangulosas e lamelares, e com textura áspera, devem ser
empregados em uma granulometria mais fina para que
seja menor o efeito na fluidez do concreto.j
• A dimensão máxima característica do agregado graúdo
para o CAA é, em geral, de 19 mm.
• O emprego de agregado graúdo com dimensão máxima
característica de 9,5 mm é bastante difundido por tender
ã bl i
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
a menor segregação e causar menos bloqueio.
M t i i tit i t
Outros possíveis constituintes:
Materiais constituintes
p
• Agregados leves: pode utilizar agregados leves naturais
ou artificiais; a absorção de água deve ser evitada por
comprometer a fluidez do CAA.
• Fibras: o emprego de fibras metálicas de aço carbono é o
i fib li é i d id t bémais comum, mas fibras poliméricas ou de vidro também
são empregadas; teores elevados de fibra causam o
aumento do bloqueio na passagem do CAA porq p g p
restrições
• Pigmentos: os mesmos pigmentos indicados para
concreto convencional podem ser empregados na
produção da CAA pigmentado, colorido.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Mét d d iMétodos de ensaio
Os métodos de ensaio do CAA diferem dos empregados naOs métodos de ensaio do CAA diferem dos empregados na
avaliação do concreto convencional somente para as
determinações das propriedades no estado fresco.
Os métodos de uso mais difundido são: espalhamento no
tronco de cone; escoamento no funil V; anel-J; caixa L; e
coluna de segregação.
As dimensões dos equipamentos de ensaio e os
procedimentos normalizados de ensaio estão
apresentados na ABNT NBR15823:2010 – Concretos
a toadensá el nas s as partes 2 a 6autoadensável – nas suas partes 2 a 6.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Mét d d i
Espalhamento
Métodos de ensaio
p
• Emprega-se o cone de Abrams
• Preenche-se o molda sem adensar o concreto com haste
• Suspende-se o molde
• Após o concreto parar de se mover, mede-se o seu espalhamento,
que corresponde à média aritmética de duas determinações dos
diâmetros aproximados do concreto espalhado, tomadas em
direções ortogonais.ç g
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Mét d d i
Espalhamento
Métodos de ensaio
p
 
Figura 2 – Ensaio de espalhamento
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Mét d d i
Funil V (tempo de escoamento)
Métodos de ensaio
( p )
• Preenche-se completamente o interior dofunil padrão, sem
adensamento
• Abre-se a extremidade inferior do funil
• Registra-se o tempo necessário para que escoe pelo funil,
determinando se com cronômetro o tempo desde a abertura dadeterminando-se, com cronômetro, o tempo desde a abertura da
extremidade inferior, até que a luz seja visível através da parte
superior do equipamento.
• Para se evitar o efeito de uma eventual segregação do concreto, a
determinação do tempo deve ser feita imediatamente após o
preenchimento do funilpreenchimento do funil
• O tempo é normalmente expresso em segundos e relaciona-se às
habilidades de preencher e de passar por restrição (estreitamento)
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
do CAA.
Mét d d i
Funil - V (tempo de escoamento)
Métodos de ensaio
( p )
 
Figura 3 – Ensaio de tempo de escoamento no funil-V
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Mét d d i
Caixa L
Métodos de ensaio
• Avalia-se a capacidade do CAA de escoar e de resistir ao bloqueio
ao passar entre as armaduras e nos espaços entre as armaduras e
as paredes das fôrmasas paredes das fôrmas
• O concreto é vertido, sem adensamento, no compartimento vertical
da caixa
• Quando se abre a “porta” de contenção entre os compartimentos
vertical e horizontal, o concreto, pela ação do seu peso próprio,
escoa através das barras de aço para dentro do compartimentoescoa através das barras de aço para dentro do compartimento
horizontal, até parar de se mover
• A altura do concreto H1 é medida junto à porta de contenção, e aj p ç
H2 na extremidade final do compartimento horizontal
• A relação H2/H1, chamada de razão de bloqueio, indica a
facilidade do concreto em escoar e passar pelas restrições
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
facilidade do concreto em escoar e passar pelas restrições
impostas pelas barras de aço.
Mét d d i
Caixa L
Métodos de ensaio
• Como informação adicional para a análise da facilidade de
escoamento do CAA, pode-se medir o tempo gasto pelo concreto
para escoar pelo compartimento horizontal Normalmente medem-para escoar pelo compartimento horizontal. Normalmente, medem-
se os tempos para que o concreto escoe a distâncias de 200 e
400mm da face da porta de contenção
• A avaliação visual do concreto traz informações importantes sobre
o seu comportamento. O acúmulo de agregado graúdo junto às
barras de restrição indica que o concreto tem baixa resistência aç q
bloqueio e coesão insuficiente para mover-se homogeneamente
ao redor dos obstáculos
• P it i fl ê i d ã t t t l d i• Para evitar a influência da segregação, o tempo total de ensaio
não deve ser maior do que 5 minutos.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Mét d d i
Caixa L
Métodos de ensaio
Unidades: mm
Barras: 3 x O12mm
Distância: 35mm
•
6
0
0
Fi 4 E i d i L
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 4 – Ensaio da caixa-L
Mét d d i
Anel-J (Anel Japonês)
Métodos de ensaio
• Consiste em um anel metálico, com 300 mm de diâmetro e 120
mm de altura, com dezesseis barras de aço de 10 mm de diâmetro
igualmente distribuídas ao longo do seu perímetroigualmente distribuídas ao longo do seu perímetro
• O ensaio consiste em realizar a determinação do ensaio de
escoamento no tronco de cone (item 48.3.1), posicionando o anel-
J equidistante das bordas do tronco de cone
• Após o concreto ter cessado de escoar, medem-se a abertura no
espalhamento e por vezes também a altura do concreto no centroespalhamento e, por vezes, também a altura do concreto no centro
do anel
• A diferença de abertura no espalhamento obtido nos ensaios deç p
anel-J e no espalhamento sem restrição (sem o anel-J) indica a
resistência do concreto ao bloqueio e é o principal resultado obtido
no ensaio com anel-J.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
no ensaio com anel J.
Mét d d i
Anel-J (Anel Japonês)
Métodos de ensaio
 
Fi 5 E i d l J
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 5 – Ensaio do anel-J
Mét d d i
Avaliação da segregação
Métodos de ensaio
• A segregação é a “separação” dos constituintes do concreto
• A segregação compromete o desempenho mecânico e a
d bilid d d CAAdurabilidade do CAA
• Algumas formas de avaliar a segregação:
Di t ib i ã d d i tê i d á li• Distribuição dos agregados e existência de água livre no
ensaio de espalhamento (observação visual)
• Distribuição dos agregados nos corpos de prova de CAA• Distribuição dos agregados nos corpos de prova de CAA
endurecido
• Ensaio de coluna de segregaçãoEnsaio de coluna de segregação
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Mét d d i
Avaliação da segregação
Métodos de ensaio
Figura 6 – Segregação avaliada no ensaio de espalhamento, com exsudação da água e 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
afundamento dos agregados
Mét d d i
Avaliação da segregação
Métodos de ensaio
Figura 7 – Detecção da segregação em no concreto endurecido – concreto sem segregação 
(direita) e com afundamento dos agregados (à esquerda).
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Mét d d i
Avaliação da segregação
Métodos de ensaio
•Preenchimento •Repouso 
(20 minutos)
•Separação •Peneiramento 
(abertura 5 mm) 
e lavagem
•Secagem 
superficial e 
pesagem
Figura 8 – Aparato e execução do ensaio da coluna de segregação
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Mét d d i
Avaliação da segregação
Métodos de ensaio
m 100
)mm(2SR TB •mT 100mmSR TB 

•Onde:
•mB
Onde:
•- SR é índice de resistência à segregação
•- mB é a massa dos agregados da base
•- mT é a massa dos agregados do topo
Figura 9 – Determinação do índice de segregação (SR)
B mT é a massa dos agregados do topo
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 9 Determinação do índice de segregação (SR)
Cl ifi ã b t d fClassificação com base no estado fresco
De forma geral concretos autoadensáveis devemDe forma geral, concretos autoadensáveis devem
necessariamente ter desempenho satisfatório frente aos
ensaios de espalhamento, funil-V e caixa-L, além da baixa
segregação.
A classificação dos CAA de acordo com os critérios
apresentados no Quadro 1 define os requisitos mínimos e
a indicação dos parâmetros para adequação do CAA às
diferentes aplicaçõesdiferentes aplicações.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Cl ifi ã b t d fClassificação com base no estado fresco
•Quadro 1 Ensaios e classificação para CAA (parte 1)
Propriedade avaliada Parâmetro avaliado e 
Classes e valores limites 
de acordo com as normas
•Quadro 1 – Ensaios e classificação para CAA (parte 1)
Propriedade avaliada método de ensaio de acordo com as normas NBR15823 e EN12530
Habilidade de Fluidez pelo método do espalhamento (Cone de
(valores em mm)
SF1 – 550 a 650
preenchimento espalhamento (Cone de Abrams) SF2 – 660 a 750SF3 - 850
Habilidade de Viscosidade plástica t t500 (C d
(valores em segundos)
VS1 ≤ 2Habilidade de preenchimento aparente t500 (Cone de Abrams)
VS1 - ≤ 2
VS2 - > 2
Habilidades de
preenchimento e de Habilidade passante pelo 
(valores em mm)
PJ1 25preenchimento e de
passagem por restrições
p p
anel J PJ1 - 25PJ2 - 50
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Cl ifi ã b t d fClassificação com base no estado fresco
•Quadro 1 Ensaios e classificação para CAA (parte 2)
Propriedade avaliada Parâmetro avaliado e ét d d i
Classes e valores limites 
de acordo com as normas
•Quadro 1 – Ensaios e classificação para CAA (parte 2)
Propriedadeavaliada método de ensaio de acordo com as normas NBR15823 e EN12530
Habilidades de 
hi t d Habilidade passante pela
(H2/H1)
PL1- ≥ 0,80, com 2 barras 
dpreenchimento e de 
passagem por restrições
Habilidade passante pela 
caixa L (sob fluxo confinado) de açoPL2 - ≥ 0,80, com 3 barras 
de aço
Habilidades de (valores em segundos)Habilidades de 
preenchimento e de 
passagem por restrições
Viscosidade plástica 
aparente pelo funil V
(valores em segundos)
VF1 - < 9 
VF2 - 9 a 25
R i tê i à ã Resistência à segregação (valores em %)Resistência à segregação 
estática
Resistência à segregação 
pela coluna de segregação 
ou pelo ensaio da peneira*
(valores em %)
SR1 - ≤ 20
SR2 - ≤ 15
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
* Mesmas classes e valores para a NBR 15823-1:2010 e para a EN12350. No entanto, o ensaio preconizado
pela NBR é o da coluna de segregação, e o da EN12350-11 é o do ensaio da peneira.
Referências de uso em função da 
l ifi ã d CAAclassificação do CAA
Figura 10 – Indicação das classes de CAA para cada uso (adaptado de
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 10 Indicação das classes de CAA para cada uso (adaptado de 
WALRAVEN, 2005)
DDosagem
Alguns princípios básicos (estado fresco):Alguns princípios básicos (estado fresco):
• Para se conseguir elevada fluidez, a pasta do concreto deve lubrificar e 
espaçar adequadamente os agregados, de forma que o atrito interno entre p ç q g g q
os mesmos não comprometa a capacidade do concreto de escoar
• Tão importante quanto a fluidez, é a sua manutenção durante o tempo 
necessário para a aplicação do CAAnecessário para a aplicação do CAA
• Para que o CAA apresente resistência à segregação dinâmica, a pasta 
deve ter viscosidade suficientemente elevada, a fim de manter os agregados 
em suspensãoem suspensão
• Para aumentar a retenção de água e a viscosidade da mistura, 
empregam-se mais finos no CAA do que no concreto convencional
•as viscosidades da pasta e da argamassa devem ser suficientes para que o 
concreto escoe homogeneamente através das restrições, com coesão.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
DDosagem
Alguns princípios básicos (estado fresco):Alguns princípios básicos (estado fresco):
Figura 11 – Ilustração dos principais fatores que governam o bloqueio do CAA
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 11 Ilustração dos principais fatores que governam o bloqueio do CAA 
pelos agregados graúdos
DDosagem
Métodos utilizam as seguintes estratégias:
• Preenchimento dos espaços entre os agregadosp ç g g
• Controle da segregação – empuxo
• Incorporação de agregados nas fases menores
•Exemplos: 
• Incorporação de agregados nas fases menores
•Método de Okamura (Japão)
• Método Repette-Melo (UFSC-Brasil)• Método Repette-Melo (UFSC-Brasil)
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
DDosagem
Mét d R tt M l (UFSC B il)• Método Repette-Melo (UFSC-Brasil)
• Desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC;
• Etapas básicas:
• Pasta: incorporam-se partículas finas à mistura cimento-água (relação 
água/cimento para a resistência desejada) no teor necessário para queágua/cimento para a resistência desejada) no teor necessário para que 
não haja exsudação e segregação
• Argamassa: na pasta, incorporam-se os agregados miúdos obtendo-se 
a relação agregado miúdo/argamassa e o teor de aditivoa relação agregado miúdo/argamassa e o teor de aditivo 
superplastificante, definidos para que a argamassa atenda aos 
requisitos de espalhamento e escoamento no funil V (de argamassa).
C t d fi i ã d l ã d úd / t t d• Concreto: o definição do relação agregado graúdo/concreto e o teor de 
superplastificante são obtidos por ensaios no concreto, nos ensaios de 
espalhamento, funil V e caixa L. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
DDosagem
Valores típicos:Valores típicos:
• Não há restrições para os teores dos materiais componentes do 
CAACAA. 
• Para CAA produzidos com a incorporação de finos e de materiais 
comumente empregados no concreto convencional, tem-se, em 
geral:
• teor de cimento entre 350 a 450 kg/m3;
3• incorporação de partículas finas entre 150 e 250kg/m3;
• relação água/finos (em volume) entre 0,8 e 1,10;
l d d iúd f ã d t 35%• volume de agregado miúdo na fração de argamassa entre 35% 
e 50%; e
• volume de agregado graúdo no concreto entre 25 e 35%.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
volume de agregado graúdo no concreto entre 25 e 35%.
C t í ti t d d idCaracterísticas no estado endurecido
Resistências à compressão e à traçãoResistências à compressão e à tração
• O comportamento do CAA à compressão e à tração é bastante similar ao 
dos concretos convencionais A resistência à tração do CAA pode serdos concretos convencionais. A resistência à tração do CAA pode ser 
ligeiramente maior do que do concreto convencional
Figura 12 – Relação entre a 
resistência à compressão e a 
resistência à tração (ensaio de 
compressão diametral) de 
diferentes CAA em comparação 
com a faixa de previsão referente 
ao Model Code 90 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
(HOLSCHEMACHER, 2004)
C t í ti t d d idCaracterísticas no estado endurecido
Módulo de elasticidadeMódulo de elasticidade
• CAA com menor teor de agregado graúdo podem apresentar redução de 
módulo de elasticidade em até 10% do valor obtido para o concretomódulo de elasticidade em até 10% do valor obtido para o concreto 
convencional de mesma resistência à compressão
G
P
a
)
Faixa de módulo de elasticidade 
de acordo com o CEB-FIB 
Model Code 90
d
e
 
e
l
a
s
t
i
c
i
d
a
d
e
 
(
G
Figura 13 – Relação entre a 
resistência à compressão e o 
módulo de elasticidade (ensaio em 
M
ó
d
u
l
o
 
d
cubo) de diferentes CAA em 
comparação com a faixa de 
previsão referente ao Model Code
90 (HOLSCHEMACHER, 2004)
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Resistência à compressão média (MPa)
C t í ti t d d idCaracterísticas no estado endurecido
Retração e fluênciaRetração e fluência
• A retração do CAA, no geral, pode ser de 5% a 15% maior do que a do 
concreto convencional de mesma resistência à compressão;
• Não há resultados conclusivos que atestem a maior fluência do CAA em 
relação ao concreto convencional. Contudo, a maior retração e a possível 
maior fluência do CAA devem ser fatores de análise, particularmente para as , p p
estruturas em concreto protendido.
Resistência à aderência da armadura
• A resistência de aderência da armadura ao CAA é maior ou no mínimo da 
mesma ordem que a observada para o concreto convencional Quandomesma ordem que a observada para o concreto convencional. Quando 
verificado, o aumento da aderência é explicado pelo fato de o CAA 
apresentar menos água livre para se acumular na interface com o aço em 
decorrência do efeito parede e há maior homogeneidade do concreto na
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
decorrência do efeito parede e há maior homogeneidade do concreto na 
interface com a armadura (SKARENDAHL, 2003; BOEL et al., 2010)
P d ã li ãProdução e aplicação
ProduçãoProdução
• O controle da produção do CAA deve ser mais rigoroso do que o 
empregado na produção de concreto convencional;
• O que seriam pequenas alterações nos materiais e na forma de produção 
do concreto convencional pode causar alterações substanciais no 
comportamento do CAA, principalmente no estado fresco;p , p p ;
• O teor de água dos agregados é um dos aspectos menos controlados nas 
usinase que mais afetam a qualidade do CAA;
• Alt õ i t j d f b i t d ti f t• Alterações no cimento, seja de fabricante ou de tipo, afetam 
significativamente o desempenho do CAA;
• O mesmo ocorre com trocas de fornecedores de agregados, de adições 
minerais e de aditivos;
• O tempo de mistura necessário para a estabilização do CAA pode ser 
superior a três vezes o necessário para a produção do concreto 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
p p p ç
convencional
P d ã li ãProdução e aplicação
ProduçãoProdução
• O controle da produção do CAA deve ser mais rigoroso do que o 
empregado na produção de concreto convencional;
• No caminhão betoneira, a carga de CAA é geralmente menor do que a de 
concreto convencional. Um balão com capacidade de 8 m3 é usualmente 
carregado com até 6 m3 de concreto, de forma a evitar perdas durante o g , p
transporte por vias em aclive;
• A incorporação dos aditivos pode ocorrer integral ou parcialmente na usina, 
ou imediatamente antes do lançamento do concreto;ou imediatamente antes do lançamento do concreto;
• Como o atrito do CAA com a parede e as facas misturadoras do balão é 
muito menor do que o verificado para o concreto convencional, a vida útil 
desses equipamentos é aumentada e é menor o custo de manutenção dedesses equipamentos é aumentada e é menor o custo de manutenção de 
caminhões e bombas
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
P d ã li ãProdução e aplicação
AplicaçãoAplicação
• Transporte: O bombeamento é uma das formas mais eficazes de transporte 
do CAA;
• Fôrmas:
• Para obras convencionais de edifícios residenciais, a concretagem de 
lajes e vigas (com até 60 cm de altura) pode ser realizada sem alajes e vigas (com até 60 cm de altura) pode ser realizada sem a 
necessidade de alteração das fôrmas dimensionadas para o concreto 
convencional;
• O CAA d tili d l j i l j i t d ti• O CAA pode ser utilizado em lajes maciças e lajes mistas do tipo 
vigota/tavela;
• Além das características do CAA, a velocidade de preenchimento das 
fôrmas governa a magnitude das pressões em suas faces laterais
• Na concretagem com bomba, deve-se evitar “projetar” o concreto para 
dentro das fôrmas, pois a pressões resultantes podem ser elevadas e 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
, p p p
causar danos.
P d ã li ãProdução e aplicação
AplicaçãoAplicação
• Lançamento:
• Como o CAA apresenta maior volume de argamassa e maiorComo o CAA apresenta maior volume de argamassa e maior 
resistência à segregação do que o concreto convencional, pode sofrer 
queda livre de até 5 m sem que haja falhas no concreto;
• Recomenda se que a movimentação horizontal do CAA não seja• Recomenda-se que a movimentação horizontal do CAA não seja 
superior a 7 m para evitar sua segregação;
• Apesar da maior capacidade de reter água, é prudente que, antes do 
l t d CAA j f it lh d fí ilançamento do CAA, seja feita a molhagem das superfícies que o 
receberão;
• Mesmo com o concreto no estado fresco, interrupções de concretagem 
podem gerar juntas de baixa qualidade, já que não há vibração para 
“costurar” o concreto nas interfaces das várias camadas de 
concretagem.
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P d ã li ãProdução e aplicação
AplicaçãoAplicação
• Nivelamento e cura:
• O CAA não precisa ser sempre autonivelante, e a operação deO CAA não precisa ser sempre autonivelante, e a operação de 
espalhamento e nivelamento pode ser importante para proporcionar o 
acabamento desejado, particularmente nas lajes;
• Como não há água exsudada o concreto fica muito suscetível a• Como não há água exsudada, o concreto fica muito suscetível a 
fissurar por retração plástica;
• A cura deve ser iniciada o mais cedo possível e mantida pelo prazo de 
t di O di t tili d tsete dias. Os mesmos procedimentos utilizados para o concreto 
convencional podem ser empregados para a cura do CAA;
• Desforma e retirada do escoramento:
• A desforma do CAA deve ser feita com os mesmos cuidados 
dispensados ao concreto convencional;
• O número de reutilizações das fôrmas pode ser aumentado pelo
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•Editor: Geraldo C. Isaia
• O número de reutilizações das fôrmas pode ser aumentado pelo 
emprego do CAA.
Utili ãUtilização
Com relação ao concreto convencional o CAA possibilita:Com relação ao concreto convencional, o CAA possibilita:
• grande redução da mão-de-obra e do tempo de concretagem;
• melhor acabamento da superfície;
• facilidade de aplicação;
• redução de ruído
• grande capacidade de preenchimento de peças estreitas, de difícil 
acesso e com elevada densidade de armadura, dentre outras vantagens
Exemplos de aplicação são a execução de pisos e pavimentos,
reservatórios com ausência de juntas frias, revestimento de túneis,
t ã i d t i li d d t ú i d tconstrução industrializada de casas com concretagem única, dentre
inúmeras outras.
Usado tanto para concretagens in loco como em indústrias de pré-
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Usado tanto para concretagens in loco como em indústrias de pré
fabricados.
Utili ãUtilização
Figura 14 – Elementos de concreto densamente armados, onde o CAA é o material a 
ser empregado para facilitar a concretagem e eliminar a ocorrência de falhas.
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Utili ãUtilização
 
Figura 15 – Utilização de CAA em obra convencional, eliminando falhas de 
concretagem e promovendo redução significativa da mão-de-obra (REPETTE, 2005)
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Utili ãUtilização
Figura 16 – Aplicação de concreto autoadensável na concretagem de laje e viga em 
Florianópolis, sendo a concretagem realizada por apenas dois operários (REPETTE, 2005).
 
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Utili ã b bl átiUtilização – obras emblemáticas
Torre Burj Dubai: CAA com espalhamento de 550 mm; elevada resistência, à
compressão (classe C80); relação água/aglomerante de 0,30; bombeado a
aproximadamente 600 m de altura sem estações intermediárias.
Figura 17 – Torre Burj Dubai,
executada com CAA bombeado a
aproximadamente 600 m de altura
sem estações de interrupção. No
detalhe, o conjunto de bombas
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utilizado na construção do edifício.
Utili ã b bl átiUtilização – obras emblemáticas
Ponte Akashi Kaikyo (Japão): maior ponte suspensa do mundo, com vão
principal de 1991m; CAA permitiu a concretagem ininterrupta dos túneis de
ancoragem; espalhamento no local de aplicação foi de 550-650 mm;
240.000m3 de concreto; redução de prazo de construção de 2,5 para 2 anos;
b b d 200 l d lt d 3 ãbombeado por 200 m e lançado a uma altura de 3 m sem segregação.
 
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Figura 18 – Ponte Akashi Kaikyo, no Japão, com visualização do bloco de
ancoragem cujos túneis forma produzidos com CAA, totalizando 240.000 m3.
Utili ã b bl átiUtilização – obras emblemáticas
Edifício Trump Tower (Chicago, USA): concretagem, sem interrupções, da laje
de embasamento com dimensões em planta de 61m por 20 1m e 3m dede embasamento, com dimensões em planta de 61m por 20,1m e 3m de
altura; 69 MPa de resistência à compressão aos 28 dias; um total de 3800 m3
de CAA em 24 horas - recorde de concretagem única naquele país.
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Figura 19 – Execução da laje de embasamento em CAA do edifício Trump Tower,
nos Estados Unidos.
 
Utili ã é ld dUtilização – pré-moldados
Pré-moldados: o uso de CAA nas empresas de pré-moldados é crescente,
inclusive no Brasil Na Holanda e na Françaestima se que mais de 50% doinclusive no Brasil. Na Holanda e na França, estima-se que mais de 50% do
concreto empregado nessas empresas já sejam autoadensáveis.
 
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Figura 20 – Aplicação de CAA na indústria de pré-moldados.
Tó i d i t i lTópicos de interesse especial
Robustez das misturasRobustez das misturas
• O concreto autoadensável é mais “sensível”, menos “robusto”, do que o 
concreto convencional;
• Dentre as principais fontes de variabilidade do CAA, destacam-se as 
características do agregado miúdo, como teor de pulverulentos e teor 
umidade, e as alterações das propriedades e dos teores do cimento e dos , ç p p
aditivos;
• A variação na quantidade de água é o fator que mais afeta o CAA na linha 
de produção;de produção;
• Em grande parcela, a robustez do concreto corresponde à sua maior ou 
menor sensibilidade frente às alterações na quantidade de água;
• Na prática, as ações mais convencionais e efetivas para conferir robustez 
ao CAA são o aumento do teor de finos e o uso de aditivo promotor de 
viscosidade.
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Tó i d i t i lTópicos de interesse especial
Pressão nas fôrmasPressão nas fôrmas
• A pressão que o concreto exerce nas fôrmas depende dos fatores 
usualmente considerados, como, por exemplo, a densidade do concreto, as 
dimensões das peças e a altura de lançamento;
• Quanto maior o espalhamento, maior a pressão exercida nas fôrmas pelo 
CAA;;
• Quanto mais rapidamente o concreto se estruturar, ganhar consistência, 
mais rapidamente ocorre a diminuição da pressão imposta nas fôrmas;
• A ã fô t d i l à ã hid táti à did• A pressão nas fôrmas tende a ser igual à pressão hidrostática, à medida 
que se aumenta a velocidade de concretagem até um patamar de 
aproximadamente 2 m/h;
• Nos casos de concretagens com velocidades acima de 2 m/h, para efeitos 
práticos e por segurança, deve-se adotar a pressão nas fôrmas como sendo 
hidrostática.
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Tó i d i t i lTópicos de interesse especial
Pressão nas fôrmasPressão nas fôrmas
Figura 21 – Relação entre a pressão efetiva e a pressão hidrostática exercida nas fôrmas
por CAA de diferentes espalhamentos – coluna com diâmetro de 0 25 m altura de
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por CAA de diferentes espalhamentos coluna com diâmetro de 0,25 m, altura de
concretagem de 3 m e velocidade de 27 m/h (TEJEDA-DOMINGUEZ, LANGE &
D’AMBROSIA, 2005).
Tó i d i t i lTópicos de interesse especial
Acabamento superficialAcabamento superficial
• Aplicando-se conhecimento técnico e valendo-se de experimentação, é 
possível obterem-se superfícies com grande qualidade, incluindo as que 
apresentam relevo de grande complexidade;
 
Fi 22 S fí i l btid CAA
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Figura 22 – Superfícies em relevo obtidas com CAA.
Tó i d i t i lTópicos de interesse especial
Acabamento superficialAcabamento superficial
• Para a obtenção de superfícies mais bem acabadas, indica-se:
• preparar o concreto em misturados que minimizem a inclusão de ar;preparar o concreto em misturados que minimizem a inclusão de ar;
• produzir concretos com menor tensão de escoamento, pois há maior 
facilidade de as bolhas de ar ascenderem à superfície do concreto;
• promover o lançamento de menores alturas, evitando-se a 
incorporação de ar;
• possibilitar que o concreto escoe horizontalmente na peça, permitindo p q p ç p
que durante esse movimento haja a liberação das bolhas de ar 
aprisionadas na mistura e no lançamento;
• selecionar agentes desmoldantes que possibilitem a mobilidade dasselecionar agentes desmoldantes que possibilitem a mobilidade das 
bolhas de ar, evitem manchas e não causem heterogeneidade quanto à 
retenção de água na superfície das fôrmas.
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Tó i d i t i lTópicos de interesse especial
Variabilidade das propriedades mecânicas nasp p
estruturas
• Os aspectos que mais afetam a variabilidade nas peças confeccionadas 
CAA ãcom CAA são:
• A forma de lançamento do concreto – deve-se evitar incorporar ar e 
permitir que o ar saia enquanto o concreto estiver em movimento;
• A tensão de escoamento – deve ser reduzida para permitir a 
movimentação das bolhas de ar;
• A geometria das peças maior variabilidade para peças esbeltas• A geometria das peças – maior variabilidade para peças esbeltas.
• Resultados experimentais reportados por Hastenpflug & Repette (2008), p p p p g p ( ),
permitiram concluir que, em vigas, a variabilidade do CAA pode ser maior do 
que a do concreto convencional vibrado, mas, em pilares, a tendência é que 
seja menor.
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Tó i d i t i lTópicos de interesse especial
Variabilidade das propriedades mecânicas nasp p
estruturas
Figura 23 – Variabilidade da resistência à compressão
em pilares (à esquerda) e vigas (à direita) concretadosem pilares (à esquerda) e vigas (à direita) concretados
com CAA de espalhamento 60 cm (T1C e T1B), 80 cm
(T2C e T2B) e concreto convencional de com abatimento
de 100 mm. Todos concretos C60 (HASTENPFLUG &
REPETTE 2008)
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REPETTE, 2008)
C id õ fi iConsiderações finais
• O CAA t d h d t t i l d• O CAA tem grandes chances de se tornar o concreto convencional do 
futuro; seu uso se difundirá para a construção de estruturas corriqueiras 
de edificações;
• Para que o uso do CAA seja mais difundido, alguns avanços devem 
ocorrer, com destaque para o aprimoramento na produção e a redução 
dos preços de comercialização;dos preços de comercialização;
• O CAA é apontado como a maior inovação na área de materiais de 
construção das últimas duas décadas, além de ser considerado o 
catalisador de maior potencial para promover a alteração tecnológica do 
setor da construção em direção à sua maior industrialização. Acima de 
tudo, o concreto autoadensável é concreto.,
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