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cap30 - Produtos de cimento Portland

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Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
André Guimarães – FURG
Fernando Recena – CIENTEC/PUC
Fernanda Pereira – CIENTEC/ULBRA
Produtos de Cimento Portland
Capítulo 30
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Introdução
• As primeiras peças construídas com material que pode ser
considerado como o precursor do concreto armado
envolviam pequenos volumes de uma argamassa. Eram
pequenas e permitiam o manuseio por apenas uma
pessoa, constituindo-se, portanto, em artefatos de cimento
pré-moldados.
• Jean-Louis Lambot no ano de 1850 apresentou
oficialmente, na França, o primeiro artefato de cimento
armado: uma pequena embarcação construída com um
material identificado na época como “ferrocimento” ou
cimento armado.
• Em 1855 Lambot solicitou a patente e expôs seu barco de
“concreto” na Exposição Universal de Paris
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Introdução
• Em 1955, dois barcos com aproximadamente 3,60 m de
comprimento, 1,20 m de largura e espessura de
argamassa armada entre 25 e 38 mm foram retirados do
fundo do lago da fazenda de Lambot (HANAI, 1992, p. 19).
Figura 1 – Um dos barcos de Lambot no Museu de Brignoles (HANAI, 1992, p.20).
• Joseph Monier, após conhecer o barco de Lambot,
executou os primeiros artefatos de cimento armado e
patenteou tubos.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Introdução
• No Brasil, no início da década de 30: comercialização de
artefatos de cimento, conforme anúncio da revista A Casa.
• Em 1942, o IPT publicou a pesquisa de Molinari
“Informações sobre o cimento e o concreto de tubulões
expostos à água do mar”.
Figura 2 – (a) Tubo de Monier projetado em 1867 e (b) Anúncio de artefatos de cimento na Revista A 
Casa, em 1931 (Carvalho e Rocha, 2003, p. 66).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Artefatos de cimento
• “Artefatos de cimento”: materiais produzidos tanto com
concreto como com argamassa, em suas várias
apresentações, sempre empregando como aglomerante
principal o cimento Portland.
• É difícil estabelecer uma classificação dos artefatos de
cimento em função das características específicas de
cada situação ou de cada variação do material que, em
sua essência, é o mesmo.
• Todo aglomerado de cimento Portland deverá ser obtido a
partir do emprego de materiais que atendam às
especificações constantes nas normas vigentes.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Artefatos de cimento
• Blocos vazados de concreto
para alvenaria
• Ladrilhos hidráulicos
• Granilitas
• Blocos para pavimentação
• Meios-fios
• Telhas
• Equipamentos básicos de
saneamento
• Mourões
• Muros de placas
• Postes
• Dormentes de concreto
• Blocos de concreto celular
• Outros materiais
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos vazados de concreto para alvenaria
Os blocos vazados de concreto são classificados quanto ao
uso em:
• Blocos com função estrutural – classes A, B ou C
• Blocos sem função estrutural – classe D (alvenaria de
vedação)
• NBR 6136:2006  estabelece os parâmetros de aceitação
dos blocos vazados de concreto simples para execução
de alvenaria com ou sem função estrutural, a
normalização dos materiais a serem utilizados, as
condições de execução, as dimensões e suas tolerâncias
e os ensaios necessários para sua aprovação.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos vazados de concreto para alvenaria
• As primeiras edificações realizadas com blocos vazados
de concreto com função estrutural foram executadas em
1966, em São Paulo, com quatro pavimentos.
• Em 1972 foi erguido o Condomínio Central Parque Lapa,
constituído de quatro blocos com 12 pavimentos.
Posteriormente, o Edifício Muriti, em São José dos
Campos, foi erguido com 16 andares
• Possivelmente, o edifício mais alto atualmente construído
em alvenaria estrutural, com blocos vazados de concreto,
é o Hotel Excalibur, em Las Vegas: quatro torres principais
com 28 pavimentos executados com blocos de concreto
com resistência à compressão de 28 MPa
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos vazados de concreto para alvenaria
Vantagens:
• Possibilidade de modulação, evitando desperdícios e perdas
• Permitem a execução das instalações de dutos sem a
necessidade da realização de rasgos na alvenaria
Materiais:
• O concreto deve ser constituído de cimento Portland,
agregados e água, podendo ser utilizados aditivos, adições
ou pigmentos, desde que não comprometam a qualidade
dos blocos. Os materiais devem atender às especificações
brasileiras
• A dimensão máxima característica do agregado não deve
ultrapassar a metade da menor espessura da parede do
bloco
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos vazados de concreto para alvenaria
Execução:
• Os blocos devem ser produzidos e curados de forma a
obter-se um concreto homogêneo e compacto, atendendo
às características de norma. São moldados por compressão
e vibração (vibro-prensa)
Figura 3 – (a) Fabricação e (b) Cura de blocos vazados de concreto (gentileza de Artefatos 
de Cimento Pedro Osório - ACPO-RS).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos vazados de concreto para alvenaria
Qualidade:
• Os blocos devem atender aos requisitos especificados na
NBR 6136:2006:
• Resistência característica
• Blocos de concreto para alvenaria com função estrutural:  a
6,0 MPa, 4,0 MPa ou 3,0 MPa para as classes A, B ou C,
respectivamente;
• Blocos de concreto para alvenaria sem função estrutural:  a
2,0 MPa.
• Absorção de água e retração linear para ambos os tipos de
blocos deve  a 10% e 0,065%, respectivamente.
• Os blocos devem apresentar arestas vivas, sem trincas,
fraturas ou outros defeitos que prejudiquem a construção
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos vazados de concreto para alvenaria
Dimensões:
• Dimensões nominais: M20, M15, M10 e M7,5,
correspondente à largura de 190 mm, 140 mm, 90 mm e 65
mm, respectivamente
Ensaios – NBR 6136:2006
• Resistência à compressão, análise dimensional, absorção
de água, área líquida e retração linear por secagem
• Para blocos aparentes também deve ser realizado o ensaio
de permeabilidade, de acordo com a ASTM E 514
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Ladrilhos hidráulicos
Os ladrilhos hidráulicos são definidos como placas de
concreto de alta resistência ao desgaste, para acabamento
de parede e pisos internos e externos, com superfície de
textura lisa ou em relevo, colorido ou não, de formato
quadrado, retangular ou outra forma geométrica definida
Materiais:
• São produzidos com cimento Portland ou cimento branco e
agregados de granulometria compatível com a espessura da
peça
• A fabricação com cimento branco permite emprego de
pigmentos, possibilitando maior rendimento na obtenção de
diferentes colorações
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Ladrilhos hidráulicos
Execução:
• Normalmente a produção é um processo artesanal
• Podem ser produzidos em camada única com a cor natural
das argamassas de cimento Portland, ou em múltiplas
camadas
• O molde é composto por fundo, com o desenho em relevo
ou liso, lateral e tampa que irá comprimir o ladrilho
• Ladrilhos com mais de uma cor: molde com grelha formando
desenhos, ondesão colocadas pastas com as cores
desejadas
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Ladrilhos hidráulicos
Figura 4 – Fabricação de ladrilhos hidráulicos a) fundo do molde
sendo lubrificado, b) montagem da lateral, c) colocação de pasta
de cimento ou argamassa com areia muito fina, d) colocação da
argamassa secante, e) regularização da argamassa de substrato
após sua colocação, f) prensagem após colocação da tampa, g)
ladrilho desmoldado logo após a prensagem, h) molde com
maiores detalhes em relevo.
• Antes da argamassa de substrato, é
possível empregar uma argamassa
“secante”, muito seca, para fixar as
pastas de cores diferentes
• Prensagem manual, mecânica ou
automatizada de acionamento hidráulico
• Desmoldagem e cura eficiente
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Ladrilhos hidráulicos
Figura 5 – Lajota fabricada manualmente em fôrmas plásticas (gentileza de ACPO-RS)
• Lajota moldada manualmente em moldes plásticos
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Qualidade
• Os ladrilhos devem atender as especificações da NBR
9457:1986
• Absorção  8%;
• Resistência ao desgaste por abrasão  a 3 mm em 1000 m;
• Módulo de ruptura à flexão médio  5 MPa e valor individual 
4,6 MPa
• Tolerâncias quanto às dimensões:  10% na espessura e 
0,2% na largura e no comprimento
Ladrilhos hidráulicos
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Ladrilhos hidráulicos
Dimensões
• Apresentam forma quadrada com aproximadamente 20 cm,
25 cm ou 33 cm de lado, conforme a NBR 9459:1986
• Peças com diferentes formas e dimensões são avaliadas
conforme as mesmas exigências da NBR 9457:1986
Ensaios
• Os ensaios de controle dos ladrilhos hidráulicos (absorção
de água, desgaste por abrasão e flexão) devem ser
realizados com base nos métodos utilizados para pisos
cerâmicos, atualmente disponível a NBR 13817:1997
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Granilitas
• Granilita ou granitina é um tipo especial de microconcreto
empregado para revestimento de pisos, bancadas,
degraus de escadas, soleiras, parapeitos ou outras
utilizações
• Normalmente, é moldado no local e passa por um
processo de polimento, que torna a superfície brilhante
com a exposição do agregado
• Podendo também ser empregada na forma de placas
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Granilitas
Materiais
• Pode ser produzida com qualquer tipo de cimento Portland.
Via de regra, é obtida com emprego de cimento branco, com
ou sem pigmentos.
• O agregado determina o padrão final de acabamento do
material, sendo escolhido por sua coloração.
• Podem ser empregados agregados de qualquer natureza
mineralógica, desde que apresentem condições de serem
utilizados como agregados para concreto.
• Agregados de natureza granítica, dos quais decorre o nome
de “granitina”, mármore ou basalto. No revestimento de
pisos submetidos à abrasão é preferível o emprego de
agregados originários de rochas de boa resistência
mecânica.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Granilitas
Execução
• Pode ser produzida de forma convencional, em betoneiras
• É aplicada sobre uma peça previamente executada em
concreto ou pode ser moldada no local:
• O material é aplicado sobre a base e polido (manualmente ou
com máquinas politrizes) após a obtenção de uma resistência
suficiente ao esforço de polimento ou
• O material sem a granilha é aplicado sobre a superfície, numa
espessura de 10 mm a 20 mm, sendo em seguida aspergida a
granilha, a qual é alisada. A superfície do material é
uniformizada com desempenadeira de aço e assim que
apresentar a resistência é iniciado o processo de polimento.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Granilitas
Qualidade
• Os cuidados com a preparação, adensamento e cura devem
ser os mesmos despendidos a qualquer argamassa ou
concreto
Dimensões
• Não há especificação de dimensões
• Recomenda-se modular a área a ser revestida, formando
juntas de dilatação com distâncias inferiores a 1,5 m a 2,0
m, conforme o ambiente ao qual o piso será exposto e a
espessura do piso, para evitar a ocorrência de fissuras
• As peças pré-moldadas têm dimensões relacionadas às
condições de manuseio e ao transporte, bem como à
facilidade de aplicação
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Granilitas
Ensaios
• O controle de produção está condicionado ao
estabelecimento de parâmetros de referência quanto à
resistência mecânica
• Os mesmos critérios de durabilidade devem ser aplicados,
em semelhança ao que é considerado para o concreto
• As peças produzidas com granitina podem ser avaliadas em
analogia às normas referentes a materiais similares
produzidos em concreto ou argamassa
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos para pavimentação
• Elementos pré-moldados com forma geométrica regular,
destinados à pavimentação de vias urbanas, pátios de
estacionamento ou similares, com requisitos
preconizados na NBR 9787:1987
• Alternativa viável de pavimentação por suas vantagens:
• Baixo custo de manutenção
• Rápida liberação do tráfego
• Boa superfície de rolamento, permitindo a infiltração
• Variadas possibilidades de ordem estética
• Facilidade de colocação
• Não há necessidade do emprego de mão-de-obra
especializada
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos para pavimentação
• Adequadamente assentados, comportam-se como uma
camada flexível, em função da capacidade de transmissão
de cargas superficiais pelo atrito entre as faces laterais,
que determina o intertravamento entre os elementos e
confere estabilidade à camada de rolamento
• Podem apresentar diversos formatos. Dentre as mais
tradicionais podem ser citadas:
• “Unistein”
• “Duplo T”
• “Holandês”
• “Pavi-S”
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos para pavimentação
Figura 6 – Peças de pavimentação do tipo (a) “Unistein”; (b) “Duplo T” e (c) 
“Holandês” (gentileza de TECMOLD Ind. e Com. Ltda – RS).
(a) (b) (c)
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos para pavimentação
Materiais
• NBR 9781:1987 estabelece os materiais e recomendações
para a confecção de peças de pavimentação
• Mesmos materiais sugeridos para a confecção de blocos
vazados de concreto
Execução
• Utiliza-se vibro-prensas, as quais apresentam vantagens
sobre outros tipos de equipamentos, como as mesas
vibratórias
• As vibro-prensas apresentam compactação hidráulica, além
de vibração, possibilitando a obtenção de produtos finais
com melhor desempenho
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 7 – Fabricação de blocos para pavimentação tipo Unistein (gentileza de ACPO-RS).
Blocos para pavimentação
• Podem ser produzidos tanto com máquinas de pequeno
porte, como em grandes unidades automatizadas de
produção em massa
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos para pavimentação
Qualidade
• NBR 9781:1987 estabelece a especificação de resistência
característica à compressão:
• 35 MPa – peças destinadas à circulação de veículos
comerciais de linha
• 50 MPa – quando houver tráfego de veículos especiais, ou
grandes solicitações de abrasão,
• As peças não devem apresentar defeitos que prejudiquem o
assentamento, a durabilidadee a estética do pavimento
• A forma e o tamanho das peças devem ser o mais uniforme
possível, a fim de garantir um adequado intertravamento
entre as faces laterais e uma superfície de rolamento plana.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos para pavimentação
Dimensões
• Segundo a NBR 9781:1987:
• Comprimento máximo: 400 mm
• Largura mínima: 100 mm
• Altura mínima: 60 mm
• A altura das peças é função das solicitações do tráfego:
• 60 mm - no caso de tráfego leve (calçadas, pequenos
logradouros, entre outros)
• 80 mm - tráfego de veículos comerciais
• 100 mm - áreas submetidas a tráfego pesado, como zonas
portuárias, industriais ou urbanas
• Variações máximas permissíveis nas dimensões: 3 mm no
comprimento e largura e 5 mm na altura
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos para pavimentação
Ensaios
• A NBR 9781:1987 descreve a quantidade e obtenção de
amostras de um lote a serem submetidas a ensaios, bem
como os critérios para aceitação ou rejeição do lote
• O ensaio de resistência à compressão e a determinação das
dimensões das peças devem ser realizados de acordo com
a NBR 9780:1987
• Resistência à compressão: divide-se a carga de ruptura pela
área de carregamento da peça (referente à área da placa
auxiliar de ensaio, com 90 mm de diâmetro) e multiplica-se
pelo fator “p”, conforme a altura da peça ensaiada: 0,95,
1,00 e 1,05 para altura nominal da peça de 60 mm, 80 mm e
100 mm, respectivamente
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Meios-fios
• Os meios-fios podem ser executados manualmente,
preferencialmente em fôrmas metálicas, ou em máquinas
 
(a) (b) (c) 
Figura 9 – Fôrmas para meio fio: a) reta para desfôrma imediata, b) curva para desfôrma 
imediata, c) reta para desfôrma posterior (ABCP, 1983, p. 3).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Meios-fios
• Materiais empregados: cimento, agregados e água
• Fabricação por vibração e compressão:
Figura 10 – Fabricação de meio-fios (gentileza de ACPO-RS).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Telhas
• A NBR 13858-2:1997 estabelece os requisitos exigíveis
para o recebimento e aceitação de telhas de concreto
destinadas à execução de telhados
Materiais
• Telhas de concreto são produzidas com cimento Portland,
agregado e água, podendo conter ainda pigmentos, aditivos
ou adições.
• Normalmente, o material empregado para sua confecção é
uma argamassa produzida com agregados de baixo módulo
de finura, com reduzida quantidade de água. O emprego de
pigmentos permite a obtenção de telhas de cores variadas.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Telhas
Produção
• Conformação por compactação ou por extrusão
• Fabricadas em grande quantidade por equipamentos de alta
produtividade com processos de adensamento sempre
associados à prensagem de grande capacidade
• A argamassa é depositada sobre fôrmas metálicas e
prensadas a partir de um êmbolo capaz de transmitir o
esforço uniformemente em toda a superfície da peça, o qual
define a forma de uma das faces da telha
• A cura, como em qualquer aglomerado de cimento Portland,
deverá ser procedida da melhor maneira possível,
garantindo a obtenção plena das características exigidas do
material
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Telhas
Qualidade
• A qualidade do produto final está condicionada à dosagem
da argamassa e à eficiência do equipamento utilizado
• Os parâmetros de qualidade estão apresentados na NBR
13858-2:1997: requisitos quanto às características
dimensionais e geométricas e requisitos físicos.
• Além dos ensaios preconizados em norma, no recebimento,
é fundamental realizar inspeção visual criteriosa, em que
deverão ser refugadas todas as peças que destoarem do
padrão médio do lote, em cor, porosidade, definição de
formas e retilinidade de arestas, fissuras ou danos
decorrrentes de choques, bem como lascamentos,
desagregações, bolhas, rebarbas e quebras.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Telhas
Dimensões
• A NBR 13858-2:1997 estabelece valores para
características geométricas, além de recomendar os
detalhes construtivos para as telhas
• As formas podem ser bastante variadas, desde planas até
mais sofisticadas. Geralmente são retangulares com perfil
ondulado. 
(a) (b) 
Figura 11 – Telha em concreto (a) plana e (b) ondulada
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Telhas
Ensaios
• Os ensaios previstos na NBR 13858-2:1997 definem
parâmetros que caracterizam o desempenho da peça:
• Sonoridade
• Empenamento
• Absorção de água
• Permeabilidade
• Carga de ruptura à flexão
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Telhas
• A telha de concreto, ao ser percutida, deve apresentar som
semelhante ao metálico e, quando apoiada sobre plano
horizontal, não deve apresentar afastamento superior a 3 mm
• Não são permitidos vazamentos ou formação de gotas na
face inferior da telha
• É admitido o aparecimento de manchas de umidade quando
realizado o ensaio de permeabilidade
• A absorção de água da telha de concreto não deve ser
superior a 10%
• A carga de ruptura por flexão não deve ser inferior a 2500 N.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Equipamentos de saneamento
Materiais diversos
• Ainda são utilizados tanques, fossas, caixas de gordura,
filtros fabricados com cimento Portland, principalmente
em habitações populares
• Em geral, essas peças são produzidas com argamassa
em função de sua pequena espessura, embora agregados
graúdos de pequena dimensão possam ser empregados
• Esses materiais constituem uma alternativa de baixo custo
e grande impacto social
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Equipamentos de saneamento
Materiais diversos
 
 
a b c 
d e 
Figura 12 – Moldes em fibra de vidro para fabricação de equipamentos sanitários: (a) 
sifão para vaso, (b) vaso, (c) lavatório e tanque, (d) pia de cozinha, (e) tanque.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Equipamentos de saneamento
Materiais de saneamento
• Materiais de saneamento são os artefatos empregados na
composição de redes de esgotos sanitário e pluvial
• De maneira geral, os materiais de saneamento fabricados
com cimento Portland podem ser representados por:
• Peças especiais: poços de visita, caixas de calçada
• Tubos
• Aduelas
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Equipamentos de saneamento
Materiais de saneamento – Peças especiais
• Normalmente, a produção e recebimento de peças
especiais são condicionados por especificações próprias
de companhias de saneamento de cada Estado
• Poços de visita: formados por tubos de diferentes
comprimentos, com diâmetro normalmente de 1 m,
fechados com lajes de concreto armado e com tampas
que ficam expostas ao tráfego na via pública
• Caixas de calçada: dispositivos empregados para
promover a ligação residencial à rede coletora de esgoto e
permitir o acesso para manutenção da rede.
• Processo de fabricação: análogo ao empregado na
produção de tubos; com os mesmos materiais e traço
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
• Tubos de concreto são cascas cilíndricas que, unidos,
permitem a condução de fluidos, compondo redes de
transporte de águas pluviaise redes de transporte de
esgotos sanitários.
• Devem ser produzidos segundo a NBR 8890:2003
• Tubos para esgoto sanitário:
• Comprimento mínimo: 2 m
• Sistema de ligação: “ponta e bolsa” com junta elástica, o
qual garante a total estanqueidade do sistema e permite que
a tubulação possa sofrer pequenas deflexões sem
comprometimento da eficiência do sistema pela ocorrência
de vazamentos
Equipamentos básicos de saneamento
Materiais de saneamento - Tubos
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
• Tubos para esgoto pluvial:
• Comprimento mínimo: 1 m
• Sistema de ligação: “rígido”, através do encaixe do tipo
macho e fêmea, obtido pelo argamassamento da junta
• Um tubo fabricado para atender às especificações
estabelecidas para peças destinadas a esgoto sanitário
pode perfeitamente ser empregado na composição de
redes pluviais, mas o inverso não
• Para as duas utilizações, são previstos, por norma, tubos
de CONCRETO ARMADO e de CONCRETO SIMPLES
Equipamentos básicos de saneamento
Materiais de saneamento - Tubos
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Equipamentos básicos de saneamento
Materiais de saneamento - Tubos
• Tubo de concreto simples:
• Ruptura instantânea, sem aviso
• Tubo de concreto armado:
• Apresenta um intenso estado de fissuração, com grande
deformação, sem entrar em colapso
• Ensaio de compressão diametral: carga de trinca e carga de
ruptura
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Materiais
• Dimensão máxima do agregado graúdo: compatível com a
espessura da parede do tubo (19 mm)
• Cimento de alta resistência inicial: normalmente os tubos
são movimentados em menos de 24 horas
• Avaliar o tipo de cimento adequado quanto à durabilidade do
tubo, considerando o ambiente externo e o material a ser
transportado no seu interior
• A armadura normalmente é composta por telas soldadas,
simples ou dupla
Equipamentos básicos de saneamento
Materiais de saneamento - Tubos
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Equipamentos básicos de saneamento
Materiais de saneamento - Tubos
Execução
• Sistemas mais empregados de produção: vibração simples,
vibração com prensagem e centrifugação radial
• O concreto deve apresentar elevada consistência obtida
com o emprego de uma quantidade muito pequena de água,
visto que após o adensamento os tubos são desmoldados e
não devem apresentar deformações
• Cura eficiente
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Equipamentos básicos de saneamento
Materiais de saneamento - Tubos
Figura 13– Fabricação de tubo sem armadura até
600mm: (a) fôrma metálica externa, em que o
cabeçote do equipamento molda a parede do tubo
conforme lançado o concreto e funciona como
fôrma deslizante da superfície interna; (b)
saliências laterais do cabeçote que comprimem o
concreto (gentileza de ACPO-RS).
Figura 14 – Fabricação de tubos com ou sem
armadura com diâmetro até 600mm: (a)
equipamento com o motor de vibração localizado
fora do conjunto de fôrmas interna e externa (nesse
conjunto, a fôrma interna é retirada primeiro após a
concretagem); (b) fôrma externa, armadura e anéis
colocados nos topos, formando o macho e a fêmea
das conexões dos tubos (gentileza de ACPO-RS).
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Figura 15 – Fabricação de tubos com diâmetro superior a 600 mm: (a) equipamento 
com base giratória e (b) vibrador posicionado dentro da fôrma (gentileza de ACPO-RS).
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Qualidade
• A resistência à compressão diametral que o tubo deve
atender é relativa à sua classe, definida na NBR 8890:2203
• O teor de absorção de água do concreto deve ser no
máximo de 6% para esgoto e 8% para água pluvial
• Nos ensaios de permeabilidade e estanqueidade, os tubos
não devem apresentar vazamento quando submetidos a
uma pressão por um determinado tempo
• Os tubos não devem apresentar defeitos que prejudiquem a
sua qualidade quanto à resistência, permeabilidade e
durabilidade
• Os defeitos só podem ser reparados após vistoria pela
fiscalização
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• Bolhas ou furos superficiais só podem ser aceitos com
diâmetro  a 10 mm e profundidade < 5 mm
• Para verificar o alinhamento da superfície interna do tubo,
usa-se um gabarito. Os tubos cujas paredes não são
tocadas pela parte central do gabarito são aprovados.
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Figura 16 – Gabarito para verificação de alinhamento da superfície interna dos 
tubos (NBR 8890, ABNT, 2003).
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Dimensões
• As dimensões, tanto para tubos de águas pluviais como
esgoto sanitário, são especificadas na NBR 8890:2003 em
diâmetros de 200 mm a 2000 mm
• A espessura dos tubos varia com o diâmetro e com a
resistência a ser atingida pelo tubo
Ensaios
• Conforme NBR 8890:2003
• Compressão diametral
• Absorção de água
• Permeabilidade
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Figura 17 – Esquema do ensaio de compressão diametral 
(NBR 8890, ABNT, 2003).
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• Compressão diametral
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Figura 18 – Lâmina-padrão para medida de abertura de fissura 0,25 mm 
(NBR 8890, ABNT, 2003).
• Tubos de concreto armado: avaliação da carga de ruptura e
carga de trinca
• Carga de trinca: determinada com auxílio de uma
lâmina-padrão. Determina o aparecimento de uma fissura com
0,25 mm de abertura (limite do ensaio) quando a
lâmina-padrão penetrar com facilidade na fissura até a largura
de 1,6 mm em intervalos de 300 mm.
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Aduelas
• Conforme a NBR 15396:2006, aduelas são condutos
rígidos que permitirem a canalização de grandes volumes
de água
• As aduelas são freqüentemente utilizadas, por exemplo,
na canalização de rios que cortam grandes centros, sendo
sua superfície superior utilizada como base para pista de
rodagem
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Materiais
• Cimento Portland
• Adições minerais podem ser empregadas, desde que com
aprovação do comprador
• Aditivos: plastificantes, fluidificantes, retardadores ou
aceleradores de pega podem ser utilizados desde que
isentos de cloretos e outras substâncias deletérias ao
concreto
• Agregados: devem seguir as recomendações da NBR
7211:2003
• As armaduras podem ser barras ou telas soldadas, e as
emendas podem ser por transpasse ou solda, conforme a
NBR 6118:2003
Aduelas
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Aduelas
Execução
• O processo produtivo assemelha-se a uma concretagem
convencional
• Normalmente é empregado um concreto plástico com
abatimento pelo tronco de cone em torno de 50 mm,
adensado por vibradores de imersão
• Deve-se garantir o cobrimento mínimo das armaduras com a
utilização de espaçadores
• As fôrmas devem ser estanques e rígidas
• A cura deve ser executada de formaa obter um concreto
com as características previamente estabelecidas, tais como
permeabilidade e absorção.
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Aduelas
Qualidade
• Resistência à compressão  25 MPa (C25)
• Absorção de água  8%
• As superfícies internas e externas devem ser regulares e
homogêneas
• Fissuras com aberturas iguais ou menores que 0,20 mm e
profundidade até 10 mm podem ser reparadas com
aprovação do comprador, sempre com técnicas e materiais
adequados.
• Podem ser aceitas bolhas com diâmetro até 10 mm e
profundidade máxima de 5 mm. Bolhas com profundidade
entre 5 mm e 10 mm podem ser reparadas
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Aduelas
Dimensões
• A seção transversal pode ser retangular ou quadrada,
fechada ou aberta
• O encaixe é do tipo macho e fêmea
• A seção mínima é de 1 m de largura por 1 m de altura, e a
seção máxima é de 4 m de largura por 4 m de altura, sendo
o comprimento útil de 1 m. Outras formas de aduelas podem
ser executadas e dimensionadas para as cargas que devem
suportar
• Cobrimento mínimo das armaduras: 30 mm em qualquer
ponto da peça. Para ambientes de agressividade forte ou
muito forte, deve atender às exigências da NBR 6118:2003.
A espessura mínima de parede das aduelas deve ser 15 cm
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Figura 19 – Aduelas de
seção transversal (a) fechada
e (b) aberta (NBR 15396,
ABNT, 2006).
Figura 20 – Detalhe do encaixe 
(NBR 15396, ABNT, 2006). 
Aduelas
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Mourões
• Elementos utilizados para execução de cercas com arame
• São três os tipos de mourões:
• Mourões de suporte: destinados somente a suspender e
manter os fios indeslocáveis;
• Mourões esticadores: têm a função de manter os fios
esticados;
• Mourões escoras;
• A NBR 7176:1982 estabelece as especificações para
confecção de mourões de concreto armado
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Mourões
Materiais
• Cimento Portland, agregados e água, em proporção que
atenda às exigências da NBR 7176:1982
Execução
• Normalmente são moldados em fôrmas metálicas
• Os furos são executados com pinos, retirados logo após o
início de pega do concreto
• As fôrmas laterais podem ser retiradas em 1 dia e a de
fundo em 3 dias
• O adensamento é realizado por vibração e a cura não deve
deixar de ser realizada.
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Mourões
Figura 21 – Fabricação de mourões (gentileza de ACPO-RS).
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Mourões
Qualidade
• Não devem apresentar defeitos como trincas, arestas
esborcinadas, saliências ou ninhos devido a falhas de
concretagem. Não são permitidos reparos com o objetivo de
ocultar os defeitos.
Dimensões
• Normalmente são confeccionados com seção quadrada,
embora a NBR 7176:1982 descreva mourões com seção
triangular
Ensaios
• Flexão e absorção de água
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Muros de placas
• Muros de placas de concreto: constituídos por colunas em
forma de H, onde são encaixadas placas. Cada painel é
constituído de duas ou mais placas conforme a altura do
muro.
Materiais
• Cimento Portland, agregados e água
Execução
• Os elementos do muro de placa de concreto são moldados
em fôrmas metálicas ou de madeira.
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Muros de placas
Figura 22 – Fabricação de colunas para 
muros de placas (gentileza de ACPO-RS).
Figura 23 – Fabricação de placas para muro 
(gentileza de ACPO-RS).
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Muros de placas
• A placa pode ser armada com tela ou barras de aço
• Coluna: armadura longitudinal e estribos em forma de “Z”
alternados
• As laterais de fôrma dos montantes (colunas) podem ser
retiradas em 24 h. O fundo dos montantes e as placas podem
ser desformados em 48 h. Deve-se realizar cura úmida dos
elementos por 7 dias.
Figura 24 – Armadura da coluna do muro de placas de concreto (ABCP, 1978, p. 2).
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Muros de placas
Qualidade
• Atenção ao posicionamento das armaduras (coluna e placa
com pequenos cobrimentos)
• Em ambientes de agressividade forte ou muito forte executar
os elementos com concreto de baixa relação água/cimento e
cimento adequado
Dimensões da placa
• Variam conforme o fabricante
• Altura: aproximadamente 60 cm
• Comprimento: de 100 cm a 150 cm
• Espessura: normalmente igual a 3 cm
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Postes
• Primeiros postes em concreto armado: executados na
França, no final do século IX.
• No Brasil a produção em série teve início em 1940
• São produzidos postes para diversas finalidades:
• Rede de energia elétrica
• Rede de telecomunicação
• Especiais para iluminação, linha férrea e metrô
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Postes
Materiais
• A NBR 8451:1998 especifica a utilização de cimento
Portland comum ou cimento de alta resistência inicial
• Os agregados devem atender às exigências da NBR
7211:2003
Execução
• A execução de postes pode ser realizada por três principais
formas: centrifugação, vibração ou simples socamento
• Os furos destinados à fixação dos equipamentos devem
atender às exigências da NBR 8452:1998
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Postes
Qualidade
• Devem apresentar superfície lisa, sem fendas ou fraturas. É
permitida pintura de somente de identificação
• A vida útil prevista: no mínimo 35 anos. É admissível, nesta
idade falha máxima de 6%, assim distribuída: um percentual
de falha de 1% nos 10 primeiros anos e 1% a cada 5 anos.
Entende-se por falha do concreto armado o
desagregamento do concreto e/ou a deterioração do aço.
• A armadura deve apresentar um cobrimento mínimo de 15
mm. Para armaduras transversais dos postes duplo T
admite-se cobrimento mínimo de 10 mm
• A absorção de água máxima do concreto:  6% para a
média das amostras e  a 7,5% para cada corpo-de-prova
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Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Postes
Dimensões
• As dimensões e suas tolerâncias para postes de seção
circular e duplo T são apresentadas na NBR 8452:1998
• O comprimento dos postes de seção circular varia de 9 m a
20 m e dos postes de seção duplo T varia de 9 m a 18 m
Ensaios
• Ensaios de flexão e ruptura e ensaio de elasticidade (NBR
8451:1998 e NBR 6124:1980 )
• Verificação do cobrimento e absorção de água (NBR
6124:1980)
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Postes
Figura 25 – Poste de seção circular. Figura 26 – Poste de seção duplo T.
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Dormentes de concreto
• Os dormentes são elementos das vias férreas que
apresentam as seguintes funções:
• Suportar os trilhos
• Manter o eixo da via constante
• Transmitir ao lastro as ações verticais e horizontais dos
eixos dos veículos ferroviários
• Dormentes de concreto vêm sendo utilizados como
alternativa aos dormentes de madeira por apresentarem
maior vida útil e menor necessidade de manutenção
• As condições exigíveis para os dormentes de concreto são
apresentadas na NBR 11709:1991
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Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
• Tipos mais usuais de dormentes de concreto:
• Monobloco: constituído por uma peça única de concreto
protendido
• Bi-bloco: constituído por blocos rígidos de concreto armado
unidos por um elemento de aço
Dormentes de concreto
Figura 27 – Dormentes (a) bi-bloco e (b) monobloco.
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Dormentes de concreto
Materiais
• Mesmos materiais tradicionais com os quais usualmente é
produzido o concreto de cimento Portland, devendo atender
aos padrões de qualidade exigidos pela normalização
específica para cada material, conforme orientação da NBR
11709:1991
• Na armadura passiva: aço do tipo CA-50; para protensão:
fios ou cordoalhas CP-175 RB ou CP-190 RB; as barras de
interligação, no caso de dormentes bi-blocos: cantoneiras
classe MR 250 ou chapa dobrada.
• Como são estruturas submetidas a esforços dinâmicos
repetitivos, devem apresentar resiliência compatível. Por
isso, são, muitas vezes, empregadas fibras na composição
do concreto
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Dormentes de concreto
Execução
• Segue os mesmos princípios considerados na produção de
peças pré-moldadas em concreto, sendo função do
equipamento empregado. As peças em concreto protendido
utilizam o sistema de pré-tensionamento com ancoragem na
própria fôrma
Qualidade
• Devem ser isentos de irregularidades, trincas, lascas,
escamações, rebarbas, deformações ou outros defeitos que
prejudiquem o seu uso ou possam diminuir sua vida útil
• Devem apresentar faces com superfície regular e limpa,
apoio para trilhos plano e liso.
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Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
• Não é permitido nenhum tipo de acabamento para
dissimular defeitos
• A armadura deve possuir cobrimento mínimo de 30 mm na
base e 20 mm nas demais faces, e o concreto deve
apresentar resistência característica mínima de 45 MPa
Dimensões: preconizadas na NBR 11709:1991
• Deve possuir simetria em relação ao eixo longitudinal, salvo
dormentes com apoio para terceiro trilho
• O comprimento dos dormentes varia em função da bitola da
linha, sendo recomendados comprimentos de 2000 mm,
2300 mm a 2400 mm e 2400 mm a 2900 mm para as bitolas
métrica, normal e larga, respectivamente
Dormentes de concreto
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Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Dormentes de concreto
Ensaios
• NBR 11709:1991: estabelece as etapas para inspeção e os
critérios de aceitação e rejeição dos lotes
• Devem ser realizados obrigatoriamente:
• Resistência á compressão do concreto (NBR 5739)
• Resistência à tração na flexão
• Resistência ao momento positivo e resistência ao momento
negativo nos apoios do trilho (NBR 12822); resistência ao
momento positivo e resistência ao momento negativo no centro
do dormente (NBR 11953 e NBR 8936)
• Resistência à carga oscilante (NBR 11953); resistência dos
elementos de protensão e resistência à sobrecarga; resistência
de ancoragem da fixação (NBR 8361); entre outros
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Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Blocos de concreto celular
• Os blocos de concreto celular autoclavado apresentam
vantagens como:
• Redução do tempo na execução de paredes, em função da
baixa densidade
• Economia na estrutura da edificação, também em função da
baixa densidade, podendo compensar o maior custo dos
blocos de concreto celular em relação aos blocos de
cerâmica e de concreto.
• Isolamento termo-acústico
• Facilidade de corte
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Blocos de concreto celular
Materiais
• Concreto celular autoclavado é fabricado pela mistura de
cimento, cal, areia, podendo as células ser formadas pelo
emprego de aditivos expansores ou formadores de espuma
Qualidade
• A NBR 13438:1995 estabelece os critérios de qualidade:
resistência à compressão média mínima de 1,2 MPa, 1,5
MPa, 2,5 MPa ou 4,5 MPa, conforme a classe dos blocos
sejam C12, C15, C25 ou C45, respectivamente.
• A densidade máxima para os blocos de classe C12, C15,
C25 e C45 é de 450 kg/m3, 500 kg/m3, 550 kg/m3 e 600
kg/m3, respectivamente
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Blocos de concreto celular
Dimensões
• Os blocos para alvenaria podem ser encontrados com
dimensões de 400 mm x 600 mm e espessuras de 90 mm,
110 mm, 140 mm, 170 mm, 190 mm e 250 mm
Ensaios
• NBR 13439:1995: Ensaio de resistência à compressão:
realizado em corpos-de-prova cúbicos extraídos de blocos.
Em blocos com espessura inferior a 100 mm, os c.p.´s
devem ter arestas de 75 mm e em blocos com espessura
superior a 100 mm, os c.p.´s devem possuir arestas de 100
mm.
• Densidade de massa aparente seca é determinada segundo
a NBR 13440:1995, também utilizando corpos-de-prova
cúbicos
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Outros elementos
• Podem, ainda, ser produzidos elementos pré-moldados
diversos como:
• Elementos vazados; balaústres; estacas; terças e elementos
estruturais, anéis segmentados para revestimento de túneis,
peças para construção de obras costeiras, como tetrápodes;
entre outros
Figura 28 – Tetrápodes: (a) fôrma para moldagem e (b) sob ação de ondas.
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Dosagem de concreto para pré-moldados
• Dosar os agregados de maneira que o empacotamento
obtido com a mistura dos agregados permita diminuir o
volume de vazios da mistura, exigindo um menor volume
de pasta para preenchê-los
• Assim, não estará errado relacionar-se a resistência
mecânica de concretos obtidos com um mesmo volume de
pasta com sua densidade
• Deve ser perseguida uma mistura de agregados, com a
maior massa unitária possível; portanto, com uma
composição granulométrica contínua
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Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Dosagem de concreto para pré-moldados
• Método adotado pela CIENTEC:
• Determinação da massa unitária de misturas de agregados
em proporções diferentes, sempre tomando como ponto de
partida as curvas de Lobo Carneiro ou pelo Método Alemão
Simplificado, em que o volume de vazios da mistura é
medido diretamente com água
• Definida a melhor composição a partir dos agregados
graúdos disponíveis, são desenvolvidos concretos de
mesmo traço, mas com teores diferentes de argamassa,
com os quais são moldados corpos-de-prova para
determinação da resistência à compressão
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Dosagem de concreto para pré-moldados
• Como a única variável nesses concretos é o teor de
argamassa, já que se trata da reprodução de um mesmo
traço com mesma relação água/cimento e mesmos
materiais, a maior resistência mecânica determinará o
melhor teor de argamassa para a mistura
• São calculados diferentes traços com a mesma proporção
entre agregados graúdos e mesmo teor de argamassa a
serem experimentados em produção na própria fábrica
• Diferentes traços com diferentes consumos de cimento são
reproduzidos na fábrica para que, com esses concretos,
sejam fabricadas peças que serão ensaiadas segundo o
método específico
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Dosagem de concreto para pré-moldados
• A partir do relacionamento das resistências obtidas pelo
ensaio das peças experimentais com o traço em massa
utilizado em cada lote, é possível definir-se o traço mais
adequado por interpolação
• A quantidade de água deverá ser aproximadamente igual
emfunção da baixa trabalhabilidade exigida do concreto e
em função da normalmente elevada capacidade de vibração
dos equipamentos empregados na produção. Ainda,
determina-se a quantidade de água a ser empregada para o
grau de acabamento que se deseja obter nas peças e a
minimização das perdas por deformação das peças ou
falhas por falta de coesão do concreto
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Dosagem de concreto para pré-moldados
• Como estão envolvidos aspectos de acabamento e perdas
durante a produção, capacidade de adensamento prestada
por cada tipo particular de equipamento, e como o concreto
sempre será muito seco, comparável a uma farofa, jamais
será possível reproduzirem-se as condições de operação
em laboratório
• A definição do traço é obtida a partir do ensaio de
desempenho das peças moldadas em condições de fábrica,
sejam essas peças para pavimentação, tubos, blocos para
alvenaria ou qualquer outra que empregue na sua
fabricação concreto seco.
• Concretos trabalháveis convencionais serão dosados por
métodos convencionais em laboratório

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