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Português 2016 Estratégia Aula 2

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Aula 02
Português p/ Senado Federal - Todos os Cargos
Professor: Rafaela Freitas
Português p/ Senado Federal 
 Analista e Técnico Legislativo 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 
 
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Aula 02 
Processos de formação de palavras 
Estrutura dos vocábulos 
 
 
 
 
 
Olá, alunos!! 
 
 
 
É um prazer tê-los aqui comigo novamente. Nesta aula vamos iniciar o 
estudo da morfologia: processo de formação de palavras, estrutura dos 
vocábulos. A morfologia é a área da Língua Portuguesa que estuda as 
palavras que compõem a língua, não só com relação à estrutura delas, mas a 
maneira como são agrupadas em classes gramaticais. 
Vamos com tudo!! 
 
 
 
 
 
³3URFXUR�VHPHDU�RWLPLVPR�H�SODQWDU�VHPHQWHV�GH�SD]�H�MXVWLoD��'Lgo o que 
penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com 
amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se 
aprende. Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou 
chorar, ir ou ficar, desistLU�RX�OXWDU´� 
Cora Coralina 
 
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Português p/ Senado Federal 
 Analista e Técnico Legislativo 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 
 
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ESTRUTURA DOS VOCÁBULOS 
 
Trata-se do estudo dos elementos formadores das palavras. Assim, 
compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos 
abaixo: 
art-ista 
brinc-a-mos 
cha-l-eira 
cachorr-inh-a-s 
A análise das palavras destes exemplos mostra-nos que as palavras 
podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de 
elementos mórficos ou morfemas. 
 
Vamos analisar a palavra "cachorrinhas": 
Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. 
São eles: 
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém 
o significado. 
inh - indica que a palavra é um diminutivo 
a - indica que a palavra é feminina 
s - indica que a palavra se encontra no plural 
 
Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo. 
Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, 
tais como: mar, sol, lua, etc. 
 
São elementos mórficos: 
1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos 
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Teoria e Questões Comentadas 
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2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos 
modificadores da significação dos primeiros 
3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou 
eufônicos. 
 
9 Raiz 
 
É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação 
das palavras, consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido 
geral, comum às palavras da mesma família etimológica. 
 
Observe o exemplo: 
 
 A raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de 
causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, 
nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc. 
 
 
Uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo: 
at-o 
at-or 
at-ivo 
aç-ão 
ac-ionar 
 
 
 
 
 
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9 Radical 
 
Observe o seguinte grupo de palavras: 
 
livr- o 
livr- inho 
livr- eiro 
livr- eco 
 
 
Agora, duas perguntas: 
Você reparou que há um elemento comum nesse grupo? 
Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? 
 
Esse elemento (livr) é chamado de radical (ou semantema). 
 
Radical: elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o 
aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos 
secundários (quando houver) da palavra. 
 
Por Exemplo: 
cert-o 
cert-eza 
in-cert-eza 
 
 
 
 
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Teoria e Questões Comentadas 
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Radicais Gregos 
 
O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a 
exata compreensão e fácil memorização de inúmeras palavras. Apresentamos 
a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos 
formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a 
segunda agrupa aqueles que costumam surgir na parte final. 
 
Radicais que atuam como primeiro elemento 
 
Forma Sentido Exemplos 
Aéros- ar Aeronave 
Ánthropos- homem Antropófago 
Autós- de si mesmo Autobiografia 
Bíblion- livro Biblioteca 
Bíos- vida Biologia 
Chróma- cor Cromático 
Chrónos- tempo Cronômetro 
Dáktyilos- dedo Dactilografia 
Déka- dez Decassílabo 
Démos- povo Democracia 
Eléktron- (âmbar) Eletricidade Eletroímã 
Ethnos- raça Etnia 
Géo- terra Geografia 
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Héteros- outro Heterogêneo 
Hexa- seis Hexágono 
Híppos- cavalo Hipopótamo 
Ichthýs- peixe Ictiografia 
Ísos- igual Isósceles 
Makrós- grande, longo Macróbio 
Mégas- grande Megalomaníaco 
Mikrós- pequeno Micróbio 
Mónos- um só Monocultura 
Nekrós- morto Necrotério 
Néos- novo Neolatino 
Odóntos- dente Odontologia 
Ophthalmós- olho Oftalmologia 
Ónoma- nome Onomatopeia 
Orthós- reto, justo Ortografia 
Pan- todos, tudo Pan-americano 
Páthos- doença Patologia 
Penta- cinco Pentágono 
Polýs- muito Poliglota 
Pótamos- rio Potamologia 
Pséudos- falso Pseudônimo 
Psiché- mente Psicologia 
Riza- raiz Rizotônico 
Techné- arte Tecnografia 
Thermós- quente Térmico 
Tetra- quatro Tetraedro 
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Týpos- figura, marca Tipografia 
Tópos- lugar Topografia 
Zóon- Animal Zoologia 
 
 
 
Radicais que atuam como segundo elemento: 
 
Forma Sentido Exemplos 
-agogós Que conduz Pedagogo 
álgos Dor Analgésico 
-arché Comando, governo Monarquia 
-dóxa Que opina Ortodoxo 
-drómos Lugar para correr Hipódromo 
-gámos Casamento Poligamia 
-glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário 
-gonía Ângulo Pentágono 
-grápho Escrita Ortografia 
-grafo Que escreve Calígrafo 
-grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma 
-krátos Poder Democracia 
-lógos Palavra, estudo Diálogo 
-mancia Adivinhação Cartomancia 
-métron Que mede Quilômetro 
-nómos Que regula Autônomo 
-pólis; Cidade Petrópolis 
-pterón Asa Helicóptero 
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-skopéo Instrumento para ver Microscópio 
-sophós Sabedoria Filosofia 
-théke Lugar onde se guarda Biblioteca 
 
 
 
Radicais Latinos 
 
Radicais que atuam como primeiro elemento: 
 
Forma Sentido Exemplo 
Agri Campo Agricultura 
Ambi Ambos Ambidestro 
Arbori- Árvore Arborícola 
Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô 
Calori- Calor Calorífero 
Cruci- cruz Crucifixo 
Curvi- curvo Curvilíneo 
Equi- igual Equilátero, equidistante 
Ferri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia 
Loco- lugar Locomotiva 
Morti- morte Mortífero 
Multi- muito Multiforme 
Olei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleoduto 
Oni- todo Onipotente 
Pedi- pé Pedilúvio 
Pisci- peixe Piscicultor 
Pluri- Muitos, vários Pluriforme 
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Quadri-, quadru- quatro Quadrúpede 
Reti- reto Retilíneo 
Semi- metade Semimorto 
Tri- Três Tricolor 
 
 
Radicais que atuam como segundo elemento: 
 
Forma Sentido Exemplos 
-cida Que mata Suicida, homicida 
-cola Que cultiva, ou habita 
Arborícola, vinícola, 
silvícola 
-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura 
-fero Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero 
-fico Que faz, ou produz Benefício, frigorífico 
-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme 
-fugo Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo 
-gero Que contém, ou produz Belígero, armígero 
-paro Que produz Ovíparo, multíparo 
-pede Pé Velocípede, palmípede 
-sono Que soa Uníssono, horríssono 
-vomo Que expele Ignívomo, fumívomo 
-voro Que come Carnívoro, herbívoro 
 
 
 
 
 
 
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9 Afixos 
 
Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que 
se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos 
que o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a 
partir de "certo": certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o 
acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. 
Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe 
gramatical na palavra a que são anexados. Quando são colocados antes do 
radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. 
Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de 
sufixos. 
Exemplos: 
 
Prefixo Radical Sufixo 
in at ivo 
em pobr ecer 
inter nacion al 
 
 
 
9 Desinências 
 
Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das 
palavras. Existem dois tipos: 
 
Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e 
feminino) e de número (singular e plural) dos nomes. 
 
Exemplos: 
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alun-o aluno-s 
alun-a aluna-s 
 
o/a = desinências de gênero 
(masculino ou feminino) 
 
s = desinência de número. Marca o 
plural. A ausência dela marca o 
singular. 
 
 
 
 
só podemos falar em desinências nominais de 
gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões, como nos 
exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, 
não temos desinência nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não 
temos desinência nominal de número. 
 
Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de 
modo e tempo dos verbos. 
 
Exemplos: 
compr-o 
compra-s 
compra-mos 
compra-is 
compra-m 
compra-va 
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compra-va-s 
 
A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-
pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", 
de "ama-va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do 
pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação. 
 
9 Vogal Temática 
 
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para 
receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas: 
 
 
Vogal temática A - Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. 
Exemplos: buscar, buscavas, etc. 
 
Vogal temática E - Caracteriza os verbos da 2ª conjugação. 
Exemplos: romper, rompemos, etc. 
 
Vogal temática I - Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. 
Exemplos: proibir, proibirá, etc. 
 
9 Tema 
 
Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos 
citados acima, os temas são: busca-, rompe-, proibi- 
 
 
 
 
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9 Vogais e Consoantes de Ligação 
 
As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos 
eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma 
determinada palavra. 
 
Exemplo: Parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i) 
 
Outros exemplos: gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, 
cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc. 
 
FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
 
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a 
derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente 
em que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, 
enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical. 
 
Derivação 
 
É o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a 
partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo: 
 
Primitiva Derivada 
mar marítimo, marinheiro, marujo 
terra enterrar, terreiro, aterrar 
 
Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra 
palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do 
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acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, 
e as demais, derivadas. 
 
 
Radical: parte comum das palavras derivadas, carrega a base da 
significação: marítimo, marinheiro, marujo (rad. mar) / enterrar, terreiro, 
aterrar (rad. terr). 
Prefixo: afixo colocado antes do radical: a (prefixo) + terrar = aterrar. 
Sufixo: afixo colocado após o radical: mar + ítimo (sufixo) = marítimo 
 
Tipos de Derivação 
 
Derivação Prefixal ou Prefixação 
 
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu 
significado alterado. 
crer-descrer 
ler- reler 
capaz- incapaz 
 
Derivação Sufixal ou Sufixação 
 
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer 
alteração de significado ou mudança de classe gramatical. 
 
Risonho 
Papelaria 
Alfabetização 
 
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Na palavra alfabetização, o sufixo -ção transforma em substantivo o 
verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto 
pelo acréscimo do sufixo -izar. 
 
Derivação Parassintética ou Parassíntese 
 
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de 
prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se 
nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. 
 
Vejamos a palavra " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo 
entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". 
A presença de apenas um desses afixos não é 
suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as 
palavras "entriste", nem "tristecer". 
 
Exemplos: 
 
 
Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada 
mudo e mud ecer emudecer 
alma des alm ado desalmado 
 
 
 
 
 
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Não confunda derivação parassintética com derivação prefixal e 
sufixal (juntas), pois, no primeiro caso, o acréscimo de sufixo e de prefixo é 
obrigatoriamente simultâneo. Já nas palavras desvalorização e 
desigualdade, os afixos são acoplados em sequência: desvalorização 
provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez provém 
de valor (derivação prefixal e sufixal). 
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não 
se pode dizer que expropriar provém de "propriar" ou de "expróprio", pois 
tais palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, 
pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo. 
 
 
Derivação Regressiva 
 
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por 
acréscimo, mas por redução. 
 
Exemplos: 
comprar (verbo) beijar (verbo) 
compra 
(substantivo) 
beijo (substantivo) 
 
 
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Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o 
contrário, podemos seguir a seguinte orientação: 
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo 
palavra primitiva. 
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário. 
 
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, 
logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra 
âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá 
origem ao verbo ancorar. 
 
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de 
verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na 
linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por 
derivação regressiva. Veja: 
O portuga (de português) 
O boteco (de botequim) 
O comuna (de comunista) 
 
Ou ainda: 
Agito (de agitar) 
Amasso (de amassar) 
Chego (de chegar) 
 
Normalmente, um verbo é criado a partir de um substantivo. Na derivação 
regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir 
do verbo. 
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Derivação Imprópria 
 
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer 
qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. 
Neste processo: 
 
1) Os adjetivos passam a substantivos 
Os bons serão contemplados. 
Bons = é um adjetivo, mas está sendo usado como substantivo. 
 
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos 
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso. 
Feito = é a forma de particípio do verbo ³fazer´, mas está sendo usado 
como substantivo. 
 
3) Os infinitivos passam a substantivos 
O andar de Roberta era fascinante. 
O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 
Andar e badalar = são verbos no infinitivo usados como substantivo. 
 
4) Os substantivos passam a adjetivos 
O funcionário fantasma foi despedido. 
O menino prodígio resolveu o problema. 
Fantasma = é um substantivo sendo usado como adjetivo de funcionário. 
Prodígio = é um substantivo sendo usado como adjetivo de menino. 
 
5) Os adjetivos passam a advérbios 
Falei baixo para que ninguém escutasse. 
Baixo = é um adjetivo sendo usado para indicar o modo como alguém 
falou, ou seja, como advérbio. 
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6) Palavras invariáveis passam a substantivos 
Não entendo o porquê disso tudo. 
Porquê = palavra invariável usada como substantivo. 
 
7) Substantivos próprios tornam-se comuns. 
Aquele coordenador é um caxias! (Chefe severo e exigente) 
 
 
Os artigos definidos ou indefinidos são também substantivadores, ou 
seja, diante de palavras de qualquer classe gramatical, substantiva todas, 
como vimos na derivação imprópria. 
Exemplo: O não está sempre presente na sua fala. 
O artigo ³o´ substantivou o advérbio ³não´, ok? O ³não´ está sendo usado 
como substantivo, não como advérbio propriamente dito. 
 
COMPOSIÇÃO 
 
É processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou 
mais radicais. Existem dois tipos: 
 
Composição por Justaposição 
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração 
fonética. 
Passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor 
 
Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") 
justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra. 
 
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Composição por Aglutinação 
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um 
ou mais de seus elementos fonéticos. 
Embora (em boa hora) 
Fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre) 
Hidrelétrico (hidro + elétrico) 
Planalto (plano+ alto) 
 
Redução 
 
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma 
reduzida. Observe: 
Auto - por automóvel 
Cine - por cinema 
Micro - por microcomputador 
Zé - por José 
 
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser 
citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual. (Se 
desejar, veja mais sobre siglas na seção "Extras"-> Abreviaturas e Siglas) 
 
Hibridismo 
 
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de 
línguas diferentes. 
Ex. auto (grego) + móvel (latim) 
 
Onomatopeia 
É a tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos 
da natureza. 
Ex. miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc. 
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Neologismo e Estrangeirismo 
 
Estrangeirismo 
 
Estrangeirismo é o processo que introduz palavras vindas de outros 
idiomas na língua portuguesa. É mais comum do que se imagina, pois 
estamos o tempo inteiro ligados a outros idiomas, outras culturas. 
De acordo com o idioma de origem, as palavras ³HPSUHVWDGDV´ recebem 
nomes específicos, tais como anglicismo (do inglês), galicismo (do francês), 
etc. 
 
O estrangeirismo possui duas categorias: 
 
1) Com aportuguesamento: a grafia e a pronúncia da palavra são 
adaptadas para o português. Exemplo: abajur (do francês "abat-jour"). 
 
2) Sem aportuguesamento: conserva-se a forma original da palavra. 
Exemplo: mouse (do inglês "mouse"). 
 
A maioria das palavras da língua portuguesa tem origem latina, grega, 
árabe, espanhola, italiana, francesa ou inglesa. Essas palavras são introduzidas 
em nossa língua por diversos motivos, sejam eles fatores históricos, 
socioculturais e políticos, modismos ou avanços tecnológicos. As palavras 
estrangeiras geralmente passam por um processo de aportuguesamento 
fonológico e gráfico. A Academia Brasileira de Letras, órgão responsável pelo 
Vocabulário Ortográfico de Língua Portuguesa, tem função importante no 
aportuguesamento dessas palavras. 
As pessoas, em geral, estão tão acostumadas com a presença dos 
estrangeirismos na língua que, muitas vezes, desconhecem que uma série de 
palavras têm sua origem em outros idiomas. Veja a seguir uma lista com 
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exemplos de palavras que passaram pelo processo de aportuguesamento, bem 
como a origem e definição de cada uma delas: 
 
Palavra Origem Definição 
Abajur Do francês abat-jour Luminária de mesa 
Ateliê Do francês atelier Oficina de artesãos 
Baguete Do francês baguette Pão francês fino e longo 
Bangalô Do inglês bungalow 
Casa residencial com 
arquitetura de bangalô 
indiano 
Basquetebol Do inglês basket ball 
Esporte cujo objetivo é 
fazer com que uma bola 
de couro entre numa 
cesta. 
Batom Do francês bâton 
Bastão usado para pintar 
os lábios. 
Bege Do francês beige 
Cor amarelada, como a da 
lã em seu estado natural. 
Bife Do inglês beef Fatia de carne 
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Bijuteria Do francês bijouterie Adorno barato 
Bistrô Do francês bistrot 
Restaurante pequeno, 
típico da França. 
Blecaute Do inglês blackout 
Interrupção noturna no 
fornecimento de 
eletricidade. 
Boate Do francês boîte Casa noturna 
Bói Do inglês boy 
Garoto de recado, 
contínuo. 
Boxe Do inglês boxing Pugilismo 
Chique Do francês chic Elegante 
Chofer Do francês chauffeur Motorista 
Clipe Do inglês clip 
Grampo usado para 
prender papéis. 
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Comitê Do francês comité 
Local em que se reúne 
determinada comissão. 
Conhaque Do francês cognac 
Bebida alcoólica obtida 
pela destilação do vinho 
branco. 
Coquetel Do inglês cocktail 
Drinque preparado através 
da mistura de bebida 
alcoólica com frutas. 
Creme Do francês crème 
Substância espessa, 
gordurosa, branco-
amarelada. 
Croquete Do francês croquette Bolinho de carne 
Cupom Do francês coupon 
Pedaço de cartão ou de 
papel impresso que dá a 
seu possuidor certos 
direitos; tíquete. 
Debênture Do inglês debenture 
Título de crédito que 
representa uma dívida, 
obrigação. 
Debutar Do francês débuter 
Iniciar-se na vida social, 
ao completar 15 anos. 
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Decolagem Do francês décollage 
Ato ou efeito de decolar, 
levantar voo. 
Escore Do inglês score 
Resultado de uma partida 
esportiva expresso em 
números; placar. 
Esporte Do inglês sport 
Conjunto de exercícios 
físicos praticados com 
método; desporto. 
Esqui Do francês ski 
Longo patim de madeira, 
metal ou material 
sintético, para andar ou 
deslizar sobre a neve. 
Estresse Do inglês stress 
Estado gerado pela 
percepção de estímulos 
que provocam excitação 
emocional; perturbação. 
Folclore Do inglês folklore 
Costumes e artes 
conservadas por um povo, 
expressas nas suas lendas, 
crenças, canções, etc. 
Guichê Do francês guichet 
Pequena janela por onde 
se atende o público. 
Maiô Do francês maillot Traje de banho feminino. 
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Manicura Do francês manucure 
Profissional do tratamento 
de unhas. 
Maquiagem Do francês maquillage 
Conjunto de produtos 
cosméticos usados para 
maquilar-se. 
Menu Do francês menu Cardápio 
Metrô Do francês métro 
Sistema de transporte 
urbano de massa realizado 
por trens elétricos 
(abreviatura de 
metropolitano). 
Motobói Do inglês motoboy 
Contínuo que faz entregas 
de motocicleta. 
Náilon Do inglês nylon Fibra têxtil sintética 
Nocaute Do inglês knockout 
Em boxe, a derrota pela 
inconsciência durante 10 
segundos, no mínimo. 
 
Omelete Do francês omelette Fritada de ovos batidos. 
 
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Piquenique Do inglês picnic 
Refeição em grupo feita 
em meio à natureza. 
Purê Do francês purée 
 
Prato preparado com 
legumes amassados e 
servidos em consistência 
pastosa; pirê. 
 
 
Rali Do inglês rally 
Competição 
automobilística 
Repórter Do inglês reporter 
Jornalista, profissional da 
notícia. 
Suéter Do inglês sweater 
Agasalho fechado, feito de 
lã. 
 
 
Neologismo 
 
Neologismo é o processo de criação de uma nova palavra na língua 
devido à necessidade de designar novos objetos ou novos conceitos 
ligados às diversas áreas: tecnologia, arte, economia, esportes etc. 
 
Um neologismo pode ser criado a partir de processos diversos e já vistosnesta aula, como: justaposição, aglutinação, prefixação, sufixação, 
abreviação, importação de vocábulos (estrangeirismo) existentes em 
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uma outra língua (neologismo lexical ± novas palavras). Podemos fazer um 
neologismo semântico (novo sentido) também: quando damos um novo 
sentido a uma palavra já existente. 
O fato é que faz parte de toda língua viva a criação de novas 
palavras. Com o tempo, esses neologismos são adicionados ao dicionário e 
passam a fazer parte do léxico. Novas palavras estão surgindo o tempo todo 
em conversas espontâneas do dia-a-dia com o uso frequente de gírias, seja na 
internet, seja nas comunicações eletrônicas (chat). 
 
 
Quando a ciência é responsável pela atribuição de nomes aos novos 
aparelhos e máquinas inventados, e de introduzir novos termos técnicos na 
linguagem, dá-se o nome de "neologismo científico" ou "neologismo técnico". 
O "neologismo literário" é a criação de novas palavras por escritores, 
compositores de música e poetas. 
"Neologismo estrangeiro" ou "estrangeirismo" são as palavras de outro 
idioma incorporadas à língua. Algumas são "aportuguesadas", ou seja, muda-
se a maneira de escrever original para ser compreendida por todos. Exemplo: 
futebol (do inglês football), bebê (do inglês baby). 
 
Exemplos: 
NEOLOGISMO SEMÂNTICO: 
Estou a fim de Fulano. (Estou interessado). 
Beltrano, não vai dar, deu zebra. (Algo não deu certo). 
Vou fazer um bico. (Trabalho temporário). 
 
NEOLOGISMO LEXICAL: 
Deletar (eliminar), 
Abobado �DTXHOH�TXH�p�³ERER´��VRQVR��� 
Internetês (a língua da internet). 
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01. (TSE ± 2012 ± Analista Judiciário ± Consulplan) Assinale a 
alternativa em que o elemento destacado NÃO tenha o mesmo sentido que o 
de trans-, em transvalorada (L. 31) 
a) transbordar 
b) trasantontem 
c) tresnoitar 
d) trastejar 
 
Comentário: Transvalorada = a honestidade foi transvalorada. O prefixo 
latino tras- (e variações: tres-, trans-) possui como significado: movimento ou 
posição para além de, através de, ou mudança de estado. Desta forma, o 
YRFiEXOR� ³WUDQVYDORUDGD´�SRVVXL� QR� FRQWH[WR�R� VHQWLGR�GH�TXH�D�KRQHVWLGDGH�
teve uma extrapolação quanto ao seu valor, foi além daquele valor original. 
 Vejamos agora as alternativas: 
A) transbordar : o mesmo prefixo e significado estão em transbordar. 
B) trasantontem: dia que precedeu o de anteontem. tras + anteontem. 
(extrapolou ontem,) 
C) tresnoitar: passar a noite, ou grande parte dela, sem dormir, tirar o 
sono a, não deixar dormir. tres + noite + -DU� �� ³LU� DOpP´� GD� QRLWH�� ILFDU� HP�
claro) 
D) trastejar: ganhar a vida negociando trastes ou coisas pouco valiosas, 
cuidar de móveis e utensílios da casa, vigiar, controlar, verificar o andamento 
dos serviços do lar, vagar de um lado para outro, agir mal, sair da linha, 
colocar trastos em instrumento, esfregar as cordas do violão contra os trastos. 
Etimologia: traste ou trasto + -ejar. 3RUWDQWR��³WUDVWHMDU´�QmR�SRVVXL�R�SUHIL[R�
trans (ou variações). (Fonte: DICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA 
PORTUGUES. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. P. 1872, 1877. PASQUALE E 
ULISSES. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo, Scipione: 2008. p.84.) 
GABARITO: D 
 
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02. (Prefeitura de Congonhas ± MG ± 2010 ± Professor ± 
Consulplan) A alternativa em que todas as palavras são formadas pelo 
processo de derivação é: 
a) televisão, filme 
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b) emparelhado, debate 
c) reinventado, biografia 
d) naturalidade, ouro 
e) verdade, pós-amor 
 
Comentário: vejamos a formação das palavras em cada alternativa: 
a) televisão = hibridismo / filme = derivação regressiva 
b) emparelhado = derivação regressiva / debate = derivação regressiva 
c) reinventado = derivação regressiva / biografia = hibridismo 
d) naturalidade = derivação sufixal / ouro = palavra primitiva 
e) verdade = palavra primitiva / pós-amor = derivação prefixal 
Portanto, a alternativa B é a única que traz palavras formadas por 
derivação. 
GABARITO: B 
 
 
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03. (SDS-SC ± 2008 ± Analista de Informação ± Consulplan) A 
alternativa em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo de 
formação é: 
a) responsabilidade, musicalidade, defeituoso 
b) cativeiro, incorruptíveis, desfazer 
c) deslealdade, colunista, incrível 
d) anoitecer, festeiro, infeliz 
e) reeducação, dignidade, enriquecer 
 
Comentário: vamos analisar cada alternativa para encontrarmos aquela 
em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo. 
 
a) Responsabilidade: responsável + (i)dade. => Derivação Sufixal 
Musicalidade: musical + idade. => Derivação Sufixal 
Defeituoso: defeito > defeitu(oso) => Derivação Sufixal 
 
b) Cativeiro: cativo + eiro. (derivação sufixal) 
Incorruptíveis: in + corruptível (derivação prefixal) 
Desfazer: des + fazer (derivação prefixal) 
 
c) Deslealdade: des + lealdade (derivação prefixal) 
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Colunista: coluna (Jorn.) + ista. (derivação sufixal) 
Incrível: in + crível (derivação prefixal) 
 
d) Anoitecer: a + noite + ecer.] (Parassíntese) 
Festeiro: festa + eiro. (Derivação Sufixal) 
Infeliz: in+ feliz . (Derivação Prefixal) 
 
e) Reeducação: re- + educação. (Derivação Prefixal) 
Dignidade: dign + idade. (Derivação sufixal) 
Enriquecer: en+ ric(o) + ecer. (Parassíntese) 
GABARITO: A 
 
TEXTO PARA AS DUAS PRÓXIMAS QUESTÕES: 
 
 
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(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 4/12/2011, com adaptações) 
 
04. (TSE ± 2012 ± Técnico Judiciário ± Consulplan) Assinale a 
palavra em que o elemento con- (ou co-) NÃO tenha o mesmo valor que o de 
congêneres (L. 37). 
a) concentrar 
b) condomínio 
c) contabilidade 
d) confraria 
 
&RPHQWiULR�� $7(1d­2�� HP� ³FRQWDELOLGDGH´�� R� ³FR´� QmR� p� SUHIL[R�� QDV�
demais palavras sim!!! 
(P�³FRQJrQHUHV´��WHPRV�R�SUHIL[R�³FRQ-/co-³�HP�VHQWLGR�GH�LJXDOGDGH� 
semelhança, mesmo gênero ou espécie. 
(P� ³FRQFHQWUDU´�� RFRUUH� R� SUHIL[R� ³FRQ-³� QR� VHQWLGR� GH� VHU� FRPXP� R�
centro. 
(P� ³FRQGRPtQLR´�� RFRUUH� R� SUHIL[R� ³FRQ-³� QR� VHQWLGR� GH� VHU� FRPXP� R�
domínio, a posse do bem. 
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(P� ³FRQWDELOLGDGH´�� 1­2� RFRUUH� R� SUHIL[R� ³FRQ-³�� PDV� VLP� R� UDGLFDO� GR�
YHUER�³FRQWDU´� 
(P�³FRQIUDULD´��RFRUUH�R�SUHIL[R�³FRQ-³�QR�VHQWLGR�GH�VHPHOKDQoD�HQWUH 
³LUPmRV´��PHPEURV�GH�XPD�FRPXQLGDGH. 
GABARITO: C 
 
05. (TSE ± 2012 ± Técnico Judiciário ± Consulplan) Assinale a 
palavra que, no texto, exerça papel adjetivo. 
a) dois (L. 28) 
b) mais (L. 34) 
c) bem (L.16) 
d) regido (L. 25) 
 
Comentário: vamos analisar as alternativas: 
a) "dois registros", "dois" é um numeral, pois indica quantidade, mas é 
considerado um numeral adjetivo, pois acompanha o substantivo "registros", 
tendo, portanto, papel adjetivo. 
b) "mais caro", "mais" é um advérbio de intensidade, pois está 
modificando o ajetivo "caro" 
c) "você ficará bem", "bem" é um advérbio de modo, pois está 
modificando o verbo "ficar" 
d) " o primeiro é regido por valores" = locução verbal (verbo ser + 
particípio), logo "regido" é verbo 
GABARITO: A 
 
06. (Prefeitura de Uberlândia ± 2012 ± Fiscal ± Consulplan) Analise 
as seguintes palavras. 
 
escol-a escol-ar escol-arização escol-arizar 
sub-escol-arização 
 
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O elemento comum a todas elas é chamado 
a) prefixo. 
b) vogal temática. 
c) radical. 
d) sufixo. 
e) desinência. 
 
Comentário: o elemento comum a todas as palavras é o Radical ou 
0RUIHPD� /H[LFDO�� 2EVHUYH� TXH� R� PRUIHPD� ³-escol-³� DSDUHFHX� HP� WRGDV� DV�
palavras: escola, escolar, escolarização, escolarizar e subescolarização. Tais 
palavras fazem parte da mesma família, são cognatas, pois o Radical ou 
Morfema Lexical é a parte da palavra que possui o seu significado, é a raiz de 
significação de uma palavra, daí vem a suam grande importância. 
GABARITO: C 
 
Nesta trajetória, em parte minha, em parte de minhas ficções ± já escritas 
ou ainda nem definidas ± ficou-me a certeza de que o bem supremo não é a 
vida mas uma vida digna; o bem maior não é o amor mas um amor que dê 
alegria e paz ± e que, mesmo se terminar, continuará nos aquecendo na 
memória. 
E que há sempre, em algum lugar talvez inesperado, a possibilidade de 
música e voo. 
Não há fase da vida para ser paciente e virtuoso; não há idade para ser 
belo, amoroso e sensual. 
De todos os meus livros, este é especialmente uma série de reflexões, em 
prosa e em poesia, sobre os medos e alegrias, ganhos e perdas que nos traz o 
amor em suas várias formas. Ele nos faz melhores se tiver sido bom; nos 
ajuda a aceitar a transformação se tiver sido terno; nos ensina a respeitar a 
liberdade se tiver sido sagrado. E se for tudo isso, certamente será um amor 
demorado, um amor delicado, um digno amor; mesmo doente vestirá seu traje 
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de baile para não perturbar a calma de quem é amado; mesmo solitário porá a 
máscara da festa para não inquietar quem precisa partir. 
Não sei se fui capaz dele ou se o mereci, mas esse amor ± cuja duração 
nem sempre importa ± vale muitas vidas e não nos pertence. Foi colocado em 
nós como um aroma num frasco, guiado por outra mão que não a do mero 
acaso. Tem em si uma luz que a maturidade torna mais vibrante e espalhada ± 
e, apesar das dores, muito mais enternecida. 
(Lya Luft) 
 
07. (Prefeitura Municipal de Monte Belo ± 2011 ± Administração ± 
Consulplan) ³7HP� HP� VL� XPD� OX]� TXH� D� PDWXULGDGH� WRUQD� PDLV� YLEUDQWH� H�
espalhada ± e, apesar das dores, muito mais enternecida�´� $� palavra 
destacada apresenta como significado correto. 
a) Prender com laços. 
b) Tornar-se terna, branda, amorosa, sensibilizado. 
c) Qualidade de breve. 
d) Avarenta, mesquinha. 
e) Sentir com antecipação. 
 
&RPHQWiULR�� R� YRFiEXOR� ³HQWHUQHFLGD´� GHULYD� GR� DGMHWLYR� ³WHUQR´�� TXH�
significa amável, querido. No caso ocorreu o processo de formação de palavras 
chamado de Parassíntese: em (prefixo) + tern (radical) + ecida (sufixo). Os 
dois afixos, prefixo e sufixos, são usados de maneira simultânea para formar a 
nova palavra que mantem a raiz de significado da palavra primitiva. 
GABARITO: B 
 
O aluno depende demais do Google 
 
3DUD�R�KLVWRULDGRU��R�GHVDILR�p�HGXFDU�D�QRYD�JHUDomR�D�XVDU�D�³PiTXLQD´�
chamada livro. 
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Ele é um rato de biblioteca. Robert Darnton ama os livros. Especialmente 
se forem antigos, com mais de 200 anos. Darnton é um dos maiores 
historiadores americanos. Por quatro décadas, explorou os meandros das 
grandes bibliotecas da Europa à caça de volumes perdidos de romances 
amorais do Antigo Regime ou da única cópia de um folhetim subversivo da 
França pré-revolucionária. Darnton, de 69 anos, se aposentou da Universidade 
Princeton em 2007 e assumiu a direção da Biblioteca da Universidade Harvard. 
Tomou a missão de digitalizar e tornar acessível gratuitamente pela Internet o 
conjunto da produção intelectual de Harvard. Defensor da nova tecnologia, 
Darnton detecta nos alunos a perda de intimidade com uma tecnologia mais 
antiga ± o livro. 
ÉPOCA ± O livro tem futuro? 
Robert Darnton ± O livro é uma grande invenção. É agradável de 
manusear e ler. Não desaparecerá. Mas crianças e adolescentes têm hoje 
pouco contato com ele. Sua fonte de entretenimento é o computador. Os 
jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação a que têm acesso 
pelos diferentes tipos de máquina e não desenvolvem o hábito das longas 
horas de leitura. Para eles, o livro é menos convidativo, confortável e familiar 
que para nós. Isso me preocupa. Creio que veremos surgir diversas formas de 
leitura e toda uma variedade de meios de comunicação. Os livros acadêmicos 
serão híbridos, publicados em parte na forma convencional, em parte online, 
com dados, links e material suplementar em áudio, vídeo e imagem. No caso 
dos livros de não ficção, que escrevo para o público leigo, acho ótimo poder 
exibir aspectos do passado graças à nova tecnologia. 
ÉPOCA ± Seus alunos ainda leem livros? 
Robert Darnton ± Meus alunos em Harvard são ávidos pela leitura.Mas 
não conhecem suas convenções, não sabem usar uma biblioteca, não sabem 
fazer pesquisas nem acompanhar as notas de rodapé. Eles dependem demais 
do Google. Ele é uma ferramenta fantástica, mas não é adequada para 
oferecer ao leitor o tipo de experiência, de degustação, que só o livro 
possibilita, como quando usamos o sumário para nos orientar ou folheamos 
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capítulos aleatoriamente. O Google não permite isso. Haverá uma perda se 
dependermos demais desses mecanismos. Nesse sentido, sou pessimista. 
'HYHPRV� HGXFDU� D� QRYD� JHUDomR� D� XVDU� HVVD� ³PiTXLQD´�� R� OLYUR�� GR� PRGR�
como foi criada para ser usada. 
(Época, nº 537, São Paulo, 01/09/2008. Adaptado.) 
 
08. (Prefeitura Municipal de Cascavel ± 2014 ± Técnico em 
Edificações ± Consulplan) (P� ³>���@� romances amorais do Antigo Regime 
>���@´���ž†���R�WHUPR�VXEOLQKDGR�SRVVXL�R�PHVPR�VHQWLGR�GR�SUHIL[R�HP 
a) acéfalo. 
b) antepor. 
c) ambíguo. 
d) adjacência. 
e) apodrecer. 
 
&RPHQWiULR��R�SUHIL[R� ³D´�SUHVHQWH�QD�SDODYUD� ³DPRUDLV´�WHP�VHQWLGR�GH�
negação, privação, insuficiência, carência. Sabendo disso, vamos buscar a 
alternativa que o prefixo em análise possua o mesmo significado. 
D��DFpIDOR�� �VHP�FDEHoD��&255(7$��3UHIL[R�³D´�QR�VHQWLGR�GH�QHJDomR�� 
E��DQWHSRU�� �S{U�DQWHV��(55$'$��3UHIL[R�³D´�QR�VHQWLGR�GH�³DQWH´��DQWHV�� 
c) ambíguo. = aquilo que tem mais de um sentido. ERRADA. O prefixo em 
TXHVWmR�p�³DPEL´��TXH�VLJQLILFD�GXplicidade. 
d) adjacência. = qualidade daquilo que é próximo. ERRADA. O prefixo em 
TXHVWmR�p�³DG´��TXH�VLJQLILFD�DSUR[LPDomR�� 
H��DSRGUHFHU�� �WRUQDU�SRGUH��(55$'$��2�SUHIL[R�³D´�DTXL�VLJQLILFD�³WRUQDU�
D´��³WUDQVIRUPDU´�� 
GABARITO: A 
 
A fronteira da biodiversidade é azul. Atrás das ondas, mais do que em 
qualquer outro lugar do planeta, está o maior número de seres vivos a 
descobrir. Os mares parecem guardar as respostas sobre a origem da vida e 
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uma potencial revolução para o desenvolvimento de medicamentos, 
cosméticos e materiais para comunicações. Sabemos mais sobre a superfície 
da Lua e de Marte do que do fundo do mar. Os oceanos são hoje o grande 
desafio para a conservação e o conhecimento da biodiversidade, e os 
especialistas sabem que ela é muitas vezes maior do que hoje conhecemos. 
Das planícies abissais -- o verdadeiro fundo do mar, que ocupa a maior parte 
da superfície da Terra -- vimos menos de 1%. Hoje sabemos que essa planície, 
antes considerada estéril, está cheia de vida. Nos últimos anos, não só se 
fizeram novos registros, como também se descobriram novas espécies de 
peixes e invertebrados marinhos -- como estrelas-do-mar, corais, lulas e 
crustáceos. Em relação à pesca, porém, há más notícias. Pesquisadores 
alertam que diversidade não é sinônimo de abundância. Há muitas espécies, 
mas as populações, em geral, não são grandes. 
A mais ambiciosa empreitada para conhecer a biodiversidade dos oceanos 
é o Censo da Vida Marinha, que reúne 1.700 cientistas de 75 países e deverá 
estar pronto em 2010. Sua meta é inventariar toda a vida do mar, inclusive os 
microorganismos, grupo que representa a maior biomassa da Terra. Uma 
pequena arraia escura, em forma de coração, é a mais nova integrante da lista 
de peixes brasileiros. Ela foi coletada entre os Estados do Rio de Janeiro e do 
Espírito Santo, a cerca de 900 metros de profundidade. Como muitas espécies 
marinhas recém-identificadas, esta também é uma habitante das trevas. 
O mar oferece outros tipos de riqueza. Estudos feitos no exterior 
revelaram numerosas substâncias extraídas de animais marinhos e com 
aplicação comercial. Há substâncias de poderosa ação antiviral e até mesmo 
anticancerígena. Há também uma esponja cuja estrutura inspirou fibras óticas 
que transmitem informação com mais eficiência. Outros compostos recém-
descobertos de bactérias são transformados em cremes protetores contra raios 
ultravioleta. Vermes que devoram ossos de baleias produzem um composto 
com ação detergente. Já o coral-bambu é visto como um substituto potencial 
para próteses ósseas. 
(Adaptado de Ana Lucia Azevedo. Revista O Globo. 19 de março de 2006, p.18-21) 
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09. (TRF2 ± 2007 ± Judiciária ± FCC) A afirmativa INCORRETA em 
relação à formação de palavras empregadas no texto é: 
a) pesca é um substantivo formado a partir do verbo correspondente. 
b) estrelas-do-mar é palavra composta por justaposição. 
c) vivos e vida são palavras formadas por derivação sufixal. 
d) biodiversidade é palavra formada por radical de origem grega que 
significa vida. 
e) antiviral e anticancerígena são palavras formadas com prefixo de 
origem grega que significa ideia contrária. 
 
Comentário: vejamos cada alternativa: 
a) pesca é um substantivo formado a partir do verbo correspondente. ± 
CORRETA. Derivação regressiva: pescar ± pesca. 
b) estrelas-do-mar é palavra composta por justaposição. ± CORRETA. A 
junção das palavras estrela, do e mar aconteceu sem perda fonética. 
c) vivos e vida são palavras formadas por derivação sufixal. ± ERRADA. 
As duas palavras derivam do verbo viver, mas sem acréscimo de sufixo ao 
radical. 
d) biodiversidade é palavra formada por radical de origem grega que 
significa vida. ± CORRETA. Biodiversidade é uma palavra híbrida, formada por 
radicais de origem diferentes. 
e) antiviral e anticancerígena são palavras formadas com prefixo de 
origem grega que significa ideia contrária. ± CORRETA. O prefixo anti tem 
significado de contrário a alguma coisa. 
GABARITO: C 
 
10. (Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - 2011 ± Administrador ± 
FJG) ³(�� FRPR�QmR� WHPRV�R� FRQWUROH�VREUH�D�QDWXUH]D��SUHFLVDPRV� WUDEDOKDU 
com o imponderável e revesti-lo de cuidados compatíveis com as possibilidades 
GR�XQLYHUVR�HP�FRQYLYrQFLD�´� 
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(P�³WUDEDOKDU�FRP�R�LPSRQGHUiYHO´�YHULILFD-se derivação imprópria, isto é, 
o adjetivo imponderável SDVVD� D� GHVLJQDU�� FRPR� VXEVWDQWLYR�� ³R� HOHPHQWR�
LQGHILQtYHO� TXH� LQIOXL� HP� GHWHUPLQDGD� PDWpULD� RX� DVVXQWR´�� 7DPEpP� RFRUUH�
derivação imprópria em: 
a) O efeito da fé é duradouro 
b) Homens solidários sentem prazer em cooperar. 
c) Os fiéis realizaram belíssima procissão. 
d) Grandes catástrofes unem as comunidades. 
 
Comentário: ocorre derivação imprópria quando uma palavra muda de 
classe gramatical em determinado contexto. Vejamos cada alternativa. 
a) O efeito da fé é duradouro >> efeito = subst. / duradouro = 
adjetivo 
b) Homens solidários sentem prazer em cooperar. >> Homens = subst. 
/ solidários = adjetivo 
c) Os fiéis realizaram belíssima procissão. >> fiel = adjetivo, 
normalmente, mas transformou-se em uma palavra substantivada pela 
presença do artigo "Os", logo tem-se uma derivação imprópria. Belíssima= 
adjetivo / procissão = substantivo 
d) Grandes catástrofes unem as comunidades >> grandes = adjetivo 
/ catástrofes = subst. / comunidades = subst. 
GABARITO: C 
 
Atenção: Responda à questão com base no texto. 
 
TEXTO 
 
EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido 
 
:$6+,1*721� �5HXWHUV��í�8P�DWDTXH�PLOLWDU� FRQWUD� R� ,Um�XQLULD� R�SDtV��
que está dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar 
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armas nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert 
Gates, nesta terça-feira. 
Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates 
afirmou ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar 
ter armas nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares 
VRPHQWH�LULDP�UHWDUGDU�í�H�QmR�LPSHGLU�í�TXH�R�SDtV�REWHQKD�HVVD�FDSDFLGDGH� 
(http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010 /11/16/eua-dizem-que-um-
ataque-ao-ira-uniria-o-pais-hoje-dividido.jhtm?action=print, em 16/11/2010) 
 
11. (DP/RS - 2011 - Defensor Público ± FCC) Das palavras a seguir, a 
única formada por derivação prefixal e sufixal é 
a) destinação. 
b) desocupação. 
c) criminológico. 
d) carcereiro. 
e) preventivamente. 
 
Comentário: a derivação prefixal e sufixal ocorre quando um vocábulo é 
formado através do acréscimo de um prefixo e de um sufixo ao seu radical, 
sendo que um dos afixos podem ser retirados e a palavra não ficará sem 
VHQWLGR��e�R�TXH�RFRUUH�FRP�D�SDODYUD�³GHVRFXSDomR´��GD�DOWHUQDWLYD�%� 
Des (prefixo) + ocupa (radical) + ção = desocupação. 
Vejamos a formação das palavras das outras alternativas: 
Todas são formadas por derivação sufixal apenas. 
a) destinação 
c) criminológico. 
d) carcereiro. 
e) preventivamente. 
GABARITO: B 
 
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Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo, de Hélio 
Schwartsman. 
 
Fotos, macacos e deuses 
 
SÃO 3$8/2�í�6HJXQGR�D�:LNLSHGLD��R�GLUHLWR�DXWRUDO�GR�autorretrato(c), o 
"selfie" para usar o termo da moda, que uma macaca(e) fez com o equipamento 
que furtara de um fotógrafo pertence ao animal(e). A discussão surgiu porque 
David Slater, o dono da máquina, pedira aos editores da enciclopédia que 
retirassem a imagem por violação de direitos autorais. 
Como piada, a argumentação da Wikipedia funciona bem. Receio, porém, 
que essa linha de raciocínio deixe uma fronteira jurídica desguarnecida. Se os 
direitos pertencem à macaca, por que instrumento legal ela os cedeu à 
enciclopédia? 
Não são, entretanto, questiúnculas(d) jurídicas que eu gostaria de discutir 
aqui, mas sim a noção de autoria. Obviamente ela transcende à propriedade 
do equipamento. Se a foto não tivesse sido tirada por uma macaca, mas por 
um outro fotógrafo com a máquina de Slater, ninguém hesitaria em creditar a 
imagem a esse outro profissional. 
Só que não é tão simples. Imaginemos agora que Slater está andando 
pela trilha e, sem querer(b), deixa seu aparelho cair no chão, de modo que o 
disparador é acionado. Como que por milagre, a máquina registra uma 
imagem maravilhosa, que ganha inúmeros prêmios. Neste caso, atribuir a foto 
a Slater não viola nossa intuição de autoria, ainda que o episódio possa ser 
descrito como uma obra do acaso e não o resultado de uma ação voluntária. 
A questão prática aqui é saber se o "selfie" da macaca está mais para o 
caso do fotógrafo que usa a máquina de outro profissional ou para o golpe de 
sorte. E é aqui que as coisas vão ficando complicadas. Fazê-lo implica não só 
decidir quanta consciência devemos atribuir à símia mas também até que 
ponto estamos dispostos a admitir que nossas vidas são determinadas pelo 
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aleatório. E humanos, por razões evolutivas, temos verdadeira alergia ao 
fortuito. Não foi por outro motivo que inventamos tantos panteões de deuses. 
(Folha de S.Paulo, A2 opinião, 09/08/2014) 
 
12. (DP/RS - 2014 - Defensor Público ± FCC Considerada a norma 
padrão, é correto afirmar: 
a) A grafia de autorretrato respeita o Acordo Ortográfico aprovado em 
1990, que determina também, por exemplo, a eliminação do acento em "pôde" 
(3a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) e em "pôr" (verbo). 
b) O verbo querer, empregado no texto, também está adequadamente 
flexionado e grafado na frase "Sem que ele quizesse, acabou provocando 
acalorada discussão". 
c) O radical grego presente em autorretrato está presente também em 
"autógrafo" e "autonomia". 
d) O sufixo presente em questiúncula intensifica a natureza grandiosa e 
desafiadora das questões que o autor não deseja discutir. 
e) A palavra animal está em relação de hiponímia com a palavra 
"macaca". 
 
Comentário: Vejamos cada alternativa: 
A) ERRADA. De acordo com o novo acordo ortográfico, o acento diferencial 
de "pôde" (3a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) e de "pôr" 
(verbo) deve ser mantido. 
%��(55$'$�� ³TXL]HVVH´�� FRP� ³]´�� QmR�H[LVWH��2� FRUUHWR�QD�RUDomR� VHULD��
"Sem que ele quisesse, acabou provocando acalorada discussão". 
C) CORRETA. O radical grHJR� ³DXWR´� VLJQLILFD� a si mesmo e está usado 
FRUUHWDPHQWH�HP�³DXWRUUHWUDWR´��UHWUDWR�GH�VL�PHVPR��³DXWyJUDIR´��HVFULWR�RX�
JUDIDGR� SRU� VL� PHVPR�� SHOR� SUySULR� DXWRU�� H� ³DXWRQRPLD´�� FRQWUROH� GH� VL�
mesmo. 
'��(55$'$��³4XHVWL~QFXOD´�p�R�PHVPR�TXH�questão pequena e de pouco 
valor; questão sem importância. 
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E) ERRADA. Saiba que... as palavras que possuem um sentido mais 
restrito, relativamente a outra de sentido mais geral, chamam-se hipónimos. 
Exemplos: 
Rosa é HIPÓNIMO de flor. 
Andorinha é HIPÓNIMO de ave. 
Leão é HIPÓNIMO de felino. 
Polvo é HIPÓNIMO de molusco. 
,VVR� TXHU� GL]HU� TXH� ³PDFDFD´� p� TXH� WHP� UHODomR� GH� KLSRQtPLD� FRP�
³DQLPDO´��QmR�R�FRQWUiULR�� 
GABARITO: C 
 
Prazer sem humilhação 
 
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: 
³$� FUDVH� QmR� H[LVWH� SDUD� KXPLOKDU� QLQJXpP´�� (QWHQGD-se: há normas 
gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo 
como ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de 
alguém. 
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-VH��³$�DUWH�QmR�H[LVWH�SDUD�
KXPLOKDU� QLQJXpP´�� HQWHQGHQGR-se com isso que os artistas existem para 
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não 
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no 
terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que 
gostam, não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que 
vale a pena discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as 
músicas de que gostamos? Parahaver escolha real, é preciso haver opções 
reais. 
Cada vez que um carro passa com o som altíssimo de graves repetidos 
praticamente sem variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se 
perguntar: houve aí uma escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu 
som motorizado pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros 
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musicais? Conhece muitos outros ritmos, as canções de outros países, os 
compositores de outras épocas, as tendências da música brasileira, os 
incontáveis estilos musicais já inventados e frequentados? Ou se limita a 
comprar no mercado o que está vendendo na prateleira dos sucessos, 
DOLPHQWDQGR� R� FtUFXOR� YLFLRVR� H� HQJDQRVR� GR� ³YHQGH� SRUTXH� p� ERP�� p� ERP�
porque YHQGH´"� 
Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as letras do 
alfabeto; digo que é importante buscar conhecer todas as letras para escolher. 
Nada contra quem HVFROKH�XP�³EDWLGmR´�VH�Mi�RXYLX�P~VLFD�FOiVVLFD��GHVGH�TXH�
tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores clássicos 
que lhe digam algo. Não acho que é preciso escolher, por exemplo, entre os 
grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forró e a 
música eletrônica das baladas, entre a música dançante e a que convida a uma 
audição mais serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso antes 
de escolher. A boa música, a boa arte, esteja onde estiver, também não existe 
para humilhar ninguém. 
(João Cláudio Figueira, inédito) 
 
13. (TCM-GO ± 2015 - Auditor Controle Externo - Jurídica ± FCC) 
Em qualquer época, ...... que se ...... ao grande público o melhor que os 
artistas ...... 
Haverá plena correlação entre tempos e modos verbais na frase acima 
preenchendo-se as lacunas, respectivamente, com 
a) era preciso - oferecia - produzem 
b) será preciso - oferecesse ± produziriam 
c) é preciso - oferecesse - produzissem 
d) seria preciso - ofereça - têm produzido 
e) é preciso - ofereça - produzam 
 
Comentário: observa-se que a estrutura a frase pede verbos no presente 
como algo habitual. É preciso está no presente do indicativo, enquanto 
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ofereça e produzam estão no imperativo. Fique atento às desinências para 
identificar os tempos e modos verbais e identificar a correlação adequada. 
GABARITO: E 
 
Leia: 
 
 Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um 
artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A 
razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo 
idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os 
heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de 
mamulengos. 
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e 
definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por 
uma sucessão de tentativas erradas. 
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. 
 Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado 
casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de 
um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. 
O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, 
botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do 
público. 
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a 
clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin 
eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a 
unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. 
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, 
não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de 
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o 
dandismo do grotesco. 
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Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas 
de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece 
nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do 
ouro e O circo. 
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento 
psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, 
lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos 
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não 
só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de 
poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados 
pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos 
de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em 
evidência o fator comum de todas as expressões humanas. 
�$GDSWDGR�GH��0DQXHO�%DQGHLUD��³2�KHURtVPR�GH�&DUOLWR´�Crônicas da província do 
Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20) 
 
 
14. (SEFAZ-PE ± 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - 
Conhecimentos Gerais ± FCC) O verbo empregado nos mesmos tempo e 
modo que o verbo grifado acima está em: 
... ela destruía a unidade física do tipo. 
a) ... toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a 
realização da personagem de Carlito... 
b) Como se diz em linguagem matemática... 
c) Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento 
psicológico. 
d) ... um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles 
e) Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. 
 
Comentário: pela desinência verbal, percebe-VH� TXH� R� YHUER� ³GHVWUXía´�
está na terceira pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo, bem 
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FRPR� R� ³REVHUYava´�� (VWH� WHPSR� YHUEDO� LQGLFD� XPD� DomR� GXUDGRXUD� QR�
passado. 
GABARITO: E 
 
15. (TRF - 1ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Área de Apoio 
Especializado ± FCC) No período É possível que eu o diga de um modo que 
provavelmente pareça patético, o autor utiliza os verbos dizer e parecer no 
presente do subjuntivo. Encontram-se estes mesmos tempo e modo verbais 
em: 
a) é a criação poética, ou o que chamamos de criação. 
b) mistura de esquecimento e lembrança do que lemos. 
c) quero que seja uma confidência. 
d) com uma letra gótica que não posso ler. 
e) uma felicidade de que dispomos. 
 
Comentário: o modo subjuntivo indica uma hipótese, algo que poderá 
acontecer, mas que não é certo. Indica uma incerteza, como é o caso de 
³TXHUR�TXH�VHMD�XPD�FRQILGrQFLD´��QD�DOWHUQDWLYD�&��HVSHUD-se que seja uma 
confidência, mas isso é apenas uma hipótese. Os verbos das outras 
alternativas estão no modo subjuntivo. 
 
 
 
2EVHUYH�DV�GHVLQrQFLDV�GR�YHUER�³VHU´�QR�VXEMXQWLYR�Presente Pretérito imperfeito Futuro 
que eu seja se eu fosse quando eu for 
que tu sejas se tu fosses quando tu fores 
que ele/ela seja se ele/ela fosse quando ele/ela for 
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos 
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes 
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que eles/elas sejam se eles/elas fossem quando eles/elas forem 
 
Atenção: Sej-a-mos = radical SEJ + Desinência modo-temporal A + 
desinência número-pessoal MOS. = SEJAMOS. 
Sej-a = radical SEJ + Desinência modo-temporal A 
 
GABARITO: C 
 
 
 
 
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16. (TRT - 2ª REGIÃO (SP) ± 2014 - Analista Judiciário - Área 
Judiciária ± FCC) Observadas as orientações da gramática normativa, é 
pertinente o seguinte comentário: 
a) (linha 18) No segmento submetidos aos tiranos, tem-se exemplo de 
emprego de particípio atribuindo à frase valor temporal. 
b) (linhas 16 a 21) Tanto em ele comenta, quanto em Por aí se vê, 
observa-se o emprego do tempo presente pelo pretérito (presente histórico), 
para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado. 
c) (linhas 4 e 5) Outra redação para independentemente dos benefícios 
concretos que a sua fruição pode trazer aos homens estará clara e correta se 
tiver a formulação "em nada dependendo dos benefícios concretos que podem 
advirem da sua fruição aos homens". 
d) (linhas 7 a 9) Em E, efetivamente, que valor teriam a descoberta da 
verdade (...) ou a realização da justiça, o valor da sequência implica uma 
YtUJXOD�REULJDWyULD�GHSRLV�GD�FRQMXQomR�³RX´� 
e) (linha 8) Se as normas preveem a possibilidade de ocorrer o verbo no 
singular no caso de haver uma sucessão de substantivos que indicam gradação 
de um mesmo fato, seria correto empregar "teria", em vez de teriam. 
 
Comentário: a alternativa A é a correta. Vejamos os erros das outras: 
b) (linhas 16 a 21) Tanto em ele comenta, quanto em Por aí se vê, 
observa-se o emprego do tempo presente pelo pretérito (presente histórico), 
para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado. ± Apenas em ele comente 
temos o presente histórico. 
F���OLQKDV���H����2XWUD�UHGDomR�SDUD�³independentemente dos benefícios 
concretos TXH�D�VXD�IUXLomR�SRGH�WUD]HU�DRV�KRPHQV´�estará clara e correta 
se tiver a formulação "em nada dependendo dos benefícios concretos que 
podem advirem da sua fruição aos homens". ± o correto seria podem advir, 
pois o verbo auxilia é que recebe flexão em uma locução verbal. 
d) (linhas 7 a 9) Em E, efetivamente, que valor teriam a descoberta da 
verdade (...) ou a realização da justiça, o valor da sequência implica uma 
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YtUJXOD� REULJDWyULD� GHSRLV� GD� FRQMXQomR� ³RX´��± Não justifica-se a vírgula 
GHSRLV�GH�³RX´�� 
e) (linha 8) Se as normas preveem a possibilidade de ocorrer o verbo no 
singular no caso de haver uma sucessão de substantivos que indicam gradação 
de um mesmo fato, seria correto empregar "teria", em vez de teriam. ± O 
verbo ter poderia sim estar no singular, mas pra concordar apenas 
com o elemento mais próximo: que valor teria a descoberta da 
verdade. 
GABARITO: A 
 
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17. (PGE-BA ± 2013 - Analista de Procuradoria - Área de Apoio 
Jurídico ± FCC) Levando em conta o valor expressivo do segmento 
destacado, afirma-se com correção: 
a) (linhas 11 e 12) tampouco a regimes populistas ou "movimentistas" 
que se apresentem como democráticos - exprime noção de desejo. 
b) (linhas 25 e 26) para usar outra expressão norte-americana / exprime 
noção de finalidade. c) (linhas 26 e 27) Arquitetados para moderar conflitos 
entre partidos / exprime o estado resultante de uma ação acabada. 
d) (linhas 28 a 31) tais freios devem ser também entendidos como parte 
de uma concepção mais ampla das relações entre Estado e sociedade / 
exprime probabilidade, como em "Depois desse treino, ele deve estar 
cansado". 
e) (linhas 38 e 39) O rousseauísmo, como diversos intérpretes têm 
assinalado, é um plebiscitarismo / exprime ação totalmente circunscrita a um 
certo momento do passado. 
 
Comentário: 
a) (linhas 11 e 12) tampouco a regimes populistas ou "movimentistas" 
que se apresentem como democráticos - exprime noção de desejo. ± NÃO, o 
verbo no subjuntivo exprime ideia de hipótese, algo incerto. 
b) (linhas 25 e 26) para usar outra expressão norte-americana / exprime 
noção de finalidade. ± NÃO, a ideia dizer algo de outra maneira. 
c) (linhas 26 e 27) Arquitetados para moderar conflitos entre partidos / 
exprime o estado resultante de uma ação acabada. - CORRETO 
d) (linhas 28 a 31) tais freios devem ser também entendidos como parte 
de uma concepção mais ampla das relações entre Estado e sociedade / 
exprime probabilidade, como em "Depois desse treino, ele deve estar 
cansado". ± NÃO, para indicar probabilidade o verbo deve estar no 
modo subjuntivo, o que não é o caso. 
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e) (linhas 38 e 39) O rousseauísmo, como diversos intérpretes têm 
assinalado, é um plebiscitarismo / exprime ação totalmente circunscrita a um 
certo momento do passado. ± NÃO, a forma verbal têm assinalado 
demonstra algo que está acontecendo em tempo presente. 
GABARITO: C 
 
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01. (TSE ± 2012 ± Analista Judiciário ± Consulplan) Assinale a 
alternativa em que o elemento destacado NÃO tenha o mesmo sentido que o 
de trans-, em transvalorada (L. 31) 
a) transbordar 
b) trasantontem 
c) tresnoitar 
d) trastejar 
 
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02. (Prefeitura de Congonhas ± MG ± 2010 ± Professor ± 
Consulplan) A alternativa em que todas as palavras são formadas pelo 
processo de derivação é: 
a) televisão, filme 
b) emparelhado, debate 
c) reinventado, biografia 
d) naturalidade, ouro 
e) verdade,

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