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Granulometria dos Ingredientes da Ração para Suínos e Frangos de Corte Prof. Charles Bernardo Buteri I - Granulometria dos Ingredientes da Ração para Suínos Introdução O Brasil é o quarto maior produtor mundial de suínos, com um rebanho estimado de 32,362 milhões de cabeças (www.suino.com.br). A suinocultura brasileira tem trabalhado incessantemente na redução dos custos de produção, buscando tornar a carne suína mais acessível aos consumidores e abocanhar uma maior fatia do mercado internacional. A ração corresponde a 70% do custo de produção dos suínos, logo a adequada granulometria dos ingredientes é fundamental para garantir que os nutrientes sejam eficientemente absorvidos. A modificação na granulometria dos ingredientes da dieta afeta a digestibilidade dos nutrientes e por conseqüência o desempenho dos animais. Entretanto a redução do diâmetro geométrico médio (DGM) dos ingredientes das rações de suínos tem contribuído para aumentar a incidência de úlcera gástrica e reduzir a eficiência da moagem (maior gasto de energia elétrica por tonelada produzida). Definir o DGM que integre o máximo desempenho com o menor custo e reduzida incidência de distúrbios gástricos é o grande desafio dos pesquisadores. A Granulometria e a Digestibilidade dos Nutrientes A eficiência da digestão dos alimentos pode ser influenciada por vários fatores, dentre eles a granulometria, por permitir uma maior ou menor exposição às enzimas digestivas o que determina a digestibilidade dos nutrientes. Diversos trabalhos de pesquisa têm demonstrado que o uso de partículas mais finas para suínos nas diversas fases contribui para o aumento da digestibilidade da matéria seca, energia bruta, proteína, aminoácidos e minerais. Alguns pesquisadores acreditam que a redução de digestibilidade observada quando do uso de maiores DGM seja causada não apenas pela menor exposição às enzimas mas também por provocar uma maior taxa de passagem. Discordante destes 2 trabalhos, ZANOTTO et al. (1998) não observaram diferenças na taxa de passagem de suínos nas fases de crescimento e terminação alimentados com rações confeccionadas com milho de diferentes granulometrias (DGM = 509, 645, 799, 1026 µm e grão sem moer). O uso de partículas menores (434 µm) de alfafa em dietas para matrizes suínas em gestação melhorou a digestibilidade da matéria seca, energia digestível, celulose e fibras detergente ácido e neutro, quando comparada com uma granulometria de 646 µm (NUZBACK et al., 1984). LIMA et al. (1990) concluíram que a moagem mais fina do farelo de girassol para suínos propicia uma melhoria no coeficiente de digestibilidade da matéria seca em 22%, da energia digestível em 16% e da energia metabolizável em 18%, quando comparada a moagem mais grossa. ZANOTTO et al. (1995) estudaram os efeitos da granulometria do milho (DGM = 509, 645, 799, 1026 µm e grão sem moer) sobre a digestibilidade da matéria seca, proteína bruta, energia digestível e energia metabolizável para suínos em crescimento e terminação. Os autores concluíram que os valores de digestibilidade diminuem linearmente com o aumento do diâmetro geométrico médio do milho. Os melhores resultados foram obtidos com o DGM situado entre 509 e 645 µm (Tabela 1). Tabela 1 – Coeficiente de digestibilidade da matéria seca (CDMS), proteína bruta (CDPB), energia digestível (CDED) e metabolizável (CDEM) das dietas de suínos nas fases de crescimento e terminação, em função da granulometria do milho (valores expressos na matéria seca) DGM (µm) Variáveis 509 645 799 1026 Grão sem moer Módulo de finura1 2,29 2,63 2,94 3,30 - Peneiras (mm) 2,5 4,0 8,0 16,0 - CDMS (%) 88,70 87,76 85,96 86,00 84,69 CDPB (%) 88,93 88,24 85,41 85,70 84,29 CDED (%) 3912 3846 3717 3697 3674 CDEM (%) 3797 3742 3604 3575 3563 1 Módulo de finura – varia de 0 a 6; na medida que o valor aumenta, maior é a proporção de partículas maiores; Fonte: ZANOTTO et al. (1995). 3 OWSLEY et al. (1981) estudaram os efeitos da granulometria do sorgo na digestibilidade dos nutrientes para suínos na fase de crescimento-terminação. Concluíram que o uso de partículas menores melhorou a digestibilidade da matéria seca, do nitrogênio, amido, energia bruta e aminoácidos do sorgo (Tabelas 2 e 3). Tabela 2 – Coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca (DAMS), nitrogênio (DAN), amido (DAA) e energia bruta (DAEB) do sorgo, determinados em suínos na fase de crescimento-terminação Granulometria Parâmetros Fina Média Grossa Módulo de finura 2,36 2,85 3,57 DAMS (%) 91,37a 88,27b 87,62b DAN (%) 85,26a 79,56b 77,13b DAA (%) 98,49a 95,25b 95,86b DAEB (%) 90,52a 86,84b 85,58b Fonte: OWSLEY et al. (1981). Tabela 3 – Coeficiente de digestibilidade ileal aparente dos aminoácidos essenciais em função da granulometria do sorgo, determinados em suínos na fase de crescimento-terminação Granulometria Parâmetros Fina Média Grossa Módulo de finura 2,36 2,85 3,57 Arginina 81,65a 79,41a 75,51b Histidina 81,02a 79,18a 75,89b Isoleucina 81,61a 77,66b 74,16c Leucina 82,23a 77,08b 72,11c Lisina 83,45 82,80 81,41 Fenilalanina 85,49a 81,57b 79,97c Treonina 73,74a 70,71b 67,03c Valina 81,33a 78,08b 75,44b Fonte: OWSLEY et al. (1981). 4 LAURINEN et al. (2000) não observaram diferenças no coeficiente de digestibilidade da matéria seca, energia bruta, extrato etéreo, fibra, carboidratos e retenção de nitrogênio da cevada e do trigo com granulometria fina e grossa, obtidas com o uso de moinho martelo, quando utilizadas em rações para suínos em crescimento (Tabela 4). Tabela 4 – Coeficiente de digestibilidade da matéria seca (CDMS), da energia bruta (CDEB), da proteína bruta (CDPB) e retenção de nitrogênio (RETN) da cevada e do trigo com diferentes granulometrias usados em rações de suínos em crescimento Cevada Trigo Granulometria Fina Grossa Fina Grossa Módulo de finura 2,1 2,6 2,1 2,5 CDMS (%) 82,2 81,8 88,7 88,5 CDEB (%) 79,6 80,3 87,4 87,3 CDPB (%) 78,7 78,3 87,8 87,3 RETN (g/dia) 21,4 21,8 19,6 18,7 Fonte: LAURINEN et al. (2000). A Granulometria e o Desempenho dos Suínos A granulometria afeta a digestibilidade dos nutrientes, o que tem sido comprovado por um grande número de trabalhos. Entretanto o aumento do coeficiente de digestibilidade obtido com o uso de partículas menores deve ser acompanhado por uma significativa melhoria no desempenho dos animais, pois a obtenção destas representa um maior gasto de energia por reduzir a eficiência de moagem, ainda deve ser considerada a relação existente entre granulometria mais fina e a ocorrência de úlceras gástricas. GOODBAND & HINES (1988), utilizando leitões na fase inicial que receberam dietas com cevada de duas granulometrias, concluíram que o uso de uma granulometria mais fina melhora significativamente o ganho de peso e a conversão alimentar dos leitões, mas não altera o consumo de alimentos. 5 WONDRA et al. (1995d) observaram que a redução da granulometria do milho de 800 µm para 400 µm, em rações de suínos na fase de terminação, melhorou o consumo de ração, a conversão alimentar, a digestibilidade da matéria seca, do nitrogênio e da energia bruta e ainda reduziu a excreção de nitrogênio. A redução da granulometria do milho de 1000 para 400 µm para suínos na fase de terminação melhorou a conversão alimentar em 8%, a digestibilidade da energia bruta em 7% e reduziu a excreção diária de nitrogênio em 27% (WONDRA et al., 19955a). ZANOTTO et al. (1999) estudaram os efeitos de diferentes granulometriasdo milho (1026, 799, 645 e 509 µm) sobre o desempenho de suínos nas fases de crescimento e crescimento-terminação. Em ambas as fases estudadas, a redução no diâmetro geométrico médio (DGM) das partículas do milho não modificou o ganho de peso, mas reduziu o consumo de ração e melhorou a conversão alimentar. Os autores concluem que o DGM ideal para o milho em rações de suínos nas fases estudadas situa- se entre 500 a 650 µm (Tabela 5). Tabela 5 – Efeitos da granulometria do milho sobre o desempenho de suínos durante as fases de crescimento e crescimento-terminação DGM (µm) 1026 799 645 509 Fase: 28 - 60 kg Grupo 1 Grupo 2 Ganho peso (g/dia) 793 783 780 756 Cons. ração (g/dia) 2286 2285 2135 2067 Conv. alimentar 2,88 2,92 2,74 2,74 Fase: 28 - 100 kg Ganho peso (g/dia) 865 859 841 855 Cons. ração (g/dia) 2898 2820 2568 2563 Conv. alimentar 3,35 3,28 3,05 3,02 Fonte: ZANOTTO et al. (1999). LAWRENCE et al. (1996) utilizaram dietas com granulometrias de 750 e 500 µm para suínos em terminação e não verificaram efeito destas sobre o ganho de peso e conversão alimentar dos animais. LAURINEN et al. (2000) não observaram diferenças no desempenho e qualidade de carcaça de suínos na fase de crescimento-terminação alimentados com 6 rações formuladas a base de cevada ou trigo com diferentes granulometrias (fina e grossa) obtidas com o uso do moinho martelo (Tabela 6). Tabela 6 – Efeitos da granulometria da cevada e do trigo nas rações, sobre o desempenho e rendimento de carne magra de suínos (25 a 100 kg) Cevada Trigo Granulometria Fina Grossa Fina Grossa Módulo de finura 2,1 2,6 2,1 2,5 Consumo de MS (kg) 178,5 182 165,5 164,5 Ganho peso (g/dia) 911 895 908 930 Conv. alim. (kg MS/kg) 2,34 2,37 2,22 2,17 Rend. carne magra (%) 62,2 61,5 61,0 61,0 Fonte: LAURINEN et al. (2000). MAVROMICHALIS et al. (2000) trabalhando com trigo com DGM de 1300, 600 e 400 µm, em rações de suínos nas fases de creche e terminação, observaram que a melhor conversão alimentar dos leitões na creche (0 a 35 dias) foi obtido com o uso do DGM de 600 µm. Na fase de terminação (63 a 115 kg) concluíram que a redução no tamanho das partículas do trigo para 400 µm, melhorou a conversão alimentar, o rendimento de carne magra, a digestibilidade da matéria seca e do nitrogênio, mas aumentou a ocorrência de lesões estomacais, entretanto não foram observados efeitos negativos destas sobre o desempenho dos animais. MEDEL et al. (2000) utilizaram cevada moída em duas peneiras (4,0 e 2,5 mm) na formulação de rações para leitões de desmame precoce e não encontraram diferença na digestibilidade dos nutrientes e nem no desempenho dos leitões, quando o tamanho da partícula da cevada foi reduzida. WONDRA et al. (1995b) estudaram os efeitos do DGM do milho (1200, 900, 600 e 400 µm) em rações de porcas primíparas em lactação e no desempenho das leitegadas. A redução do tamanho das partículas não exerceram efeito sobre o peso das matrizes, espessura de toucinho, intervalo desmama-estro e número de fêmeas que repetiram o cio. Entretanto a redução da granulometria para 400µm, aumentou o consumo diário de ração pelas porcas e o ganho de peso das leitegadas em 11%, ocorreu 7 também um aumento na digestibilidade da matéria seca, do nitrogênio e da energia bruta e uma redução de 31% na excreção de nitrogênio (Tabela 7). Tabela 7 – Efeitos do DGM das partículas do milho sobre o desempenho de porcas primíparas e da leitagada DGM (µm) Probabilidade Parâmetros 1200 900 600 400 (Reg. linear) Perda peso na lactação (kg) 10,5 10,5 7,2 8,2 ns Redução espessura de toucinho (mm) 3,1 3,3 3,0 2,9 ns Intervalo desmama estro (dias) 5,8 5,0 5,2 5,8 ns Ganho de peso da leitegada (kg) 34,9 36,7 38,2 38,6 0,05 Digest. MS (%) 84,2 85,1 86,4 88,3 0,001 Digest. N (%) 83,2 85,3 86,9 89,1 0,001 Digest. EB (%) 83,8 85,3 87,1 90,0 0,001 Excreção de N (g/dia) 19,1 16,9 15,6 13,1 0,001 Fonte: WONDRA et al. (1995b). Em um outro trabalho, WONDRA et al. (1995c) estudaram os efeitos da granulometria do milho (DGM = 1200, 900, 600 e 400 µm) em rações de porcas durante a segunda lactação. Não houve diferença no desempenho das leitegadas, mas neste também ocorreu um aumento na digestibilidade da matéria seca e do nitrogênio em 7 e 10%, respectivamente e uma redução na excreção de nitrogênio de 42%. Os autores recomendam que o DGM do milho durante a segunda lactação esteja entre 600 e 400 µm. A Granulometria e a Incidência de Úlcera Gástrica em Suínos A úlcera gástrica é uma doença relativamente comum em suínos criados de maneira intensiva, sendo sua localização mais comum na região esofágica (aglandular). Acredita-se que esta seja causada por vários fatores, tais como: condições de estresse (mistura de lotes, superlotação de baias, transporte inadequado e outros), desconforto 8 térmico, altas concentrações de amônia nos galpões de criação, restrição alimentar severa e/ou jejum, peletização e o uso de granulometria fina (MARQUES et al., 1989; WONDRA et al., 1995d LAWRENCE et al., 1996). Não se sabe exatamente a contribuição de cada um destes fatores no desenvolvimento da úlcera gástrica, mas como as condições de estresse são freqüentes em criações intensivas, muita atenção deve ser dada a granulometria dos ingredientes da ração para suínos. De acordo com alguns pesquisadores, as condições de estresse provocariam uma maior secreção de pepsina e ácido clorídrico pelo estômago, que com o tempo provovaria uma irritação inicial da mucosa gástrica denominada hiperqueratose. Persistindo estas condições desfavoráveis há a evolução do quadro para úlcera gástrica. O uso de rações com granulometria muito fina aumenta também a secreção da pepsina e acidez estomacal agravando o quadro. Quando acometidos por esta patologia os animais apresentam perda de apetite, perda de peso, raramente vômitos e em casos muito graves apresentam fezes escuras (indicativo de hemorragia no trato gastrointestinal superior) e morte (muitas vezes sem sintomas aparentes), sendo o diagnóstico ao nível de granja muito difícil. Segundo MARQUES et al (1989) verifica-se uma ocorrência de 2 a 50% em animais terminados ao nível de frigoríficos. Estes autores ainda atribuem a esta patologia 5% de mortalidade entre animais de terminação e reprodutores. LAWRENCE et al. (1996) afirmam que os problemas gástricos reduzem o ganho de peso dos animais, predispõe ao aparecimento de outras doenças e causam uma mortalidade de 3 a 4% em suínos na fase de terminação, o que representa um grande prejuízo para os suinocultores. MARCO (1995) relata uma ocorrência de 69,03% de úlcera gástrica em suínos terminados ao abate na Espanha. HEALY et al. (1994) compararam 4 tamanhos de partículas (DGM = 900, 700, 500 e 300 µm) para o milho, sorgo duro e sorgo macio utilizado na alimentação de leitões na fase de creche. Concluíram que o uso de do DGM de 300 µm compromete a integridade da mucosa gástrica dos leitões e que a melhor performance destes foi obtida com o uso do DGM de 500 µm. ZANOTTO et al. (1999) observaram que a incidência de hiperqueratose na região esôfago-gástica dos suínos nas fases de crescimento e crescimento-terminação aumentou com a redução do DGM das partículas do milho (1026, 799, 645 e 509 µm), 9 porém não foram observadas lesões ulcerativas. A presença destas alterações na mucosa gástrica no entanto não prejudicaram o desempenho dos animais (Figura 1). WONDRA et al. (1995a) demonstraram que a redução da granulometriado milho (DGM = 1000, 800, 600 e 400 µm) melhora o desempenho de suínos na fase de terminação, mas provoca uma maior incidência de hiperqueratose e úlcera gástrica (Tabela 8). Concluem que o diâmetro geométrico ideal do milho para os suínos nesta fase é de 600 µm. Tabela 8 – Efeito da granulometria do milho sobre a morfologia do estômago de suínos na fase de terminação DGM do milho (µm) Parâmetros 1000 800 600 400 Ulcerações Nº observações 20 20 20 20 Normal 19 17 15 10 Erosão 0 3 2 4 Úlcera 1 0 2 6 Úlcera severa 0 0 1 0 Hiperqueratose Nº observações 20 20 20 20 Normal 13 4 5 0 Leve 6 7 3 2 Moderada 1 7 9 12 Severa 0 2 3 6 Fonte: WONDRA et al. (1995a). Figura 1 – Incidência de hiperqueratose em suínos nas fases de crescimento e crescimento- terminação submetidos à dietas com milho de diferentes granulometrias (ZANOTTO et al., 1999). 10 WONDRA et al. (1995bc) estudaram os efeitos do DGM do milho (1200, 900, 600 e 400 µm) em rações de porcas de primeira e segunda lactação. A redução da granulometria foi acompanhada por um aumento da incidência e severidade das ulcerações e hiperqueratose estomacal, porém estas não afetaram o desempenho das fêmeas. HEDDE et al. (1985) demonstraram que as lesões gástricas provocadas pelo uso de uma granulometria mais fina prejudicam o desempenho dos suínos na fase de crescimento-terminação (Tabela 9). Tabela 9 – Desempenho e avaliação da mucosa gástrica de suínos na fase de crescimento-terminação submetidos a diferentes granulometrias Granulometria Parâmetros Grossa Fina Probalidade Peso inicial (kg) 35,2 35,0 - Peso final (kg) 96,6 97,8 - Dias para atingir o peso de abate 90,6 86,6 0,01 Ganho peso (g/dia) 680 730 0,01 Escore de lesão gástrica1 1,6 3,4 0,01 Mortalidade (%) 1,2 3,8 ns 1 Escore de lesão variando de 0 a 6, onde 0 indica epitélio intacto e 6 lesão gástrica severa; Fonte: HEDDE et al. (1985). Entretanto, DIRKZWAGER et al. (1998) concluiram que apesar da redução da granulometria aumentar a incidência e severidade de lesões gástricas, o ganho de peso de suínos na fase de crescimento-terminação não é afetado (Tabela 10). 11 Tabela 10 – Efeito da granulometria na incidência e severidade de lesões gástricas e sua relação com o ganho de peso de suínos na fase de crescimento-terminação Escore de lesão1 Ganulometria Nº animais 0+1 2 3 4 5 Fina 72 11 24 23 7 7 Média 68 13 25 18 9 3 Grossa 70 9 38 15 5 3 Ganho peso (g/dia) - 906 891 891 879 878 1 Escore de lesão variando de 0 a 6, onde 0 indica epitélio intacto e 6 lesão gástrica severa; Fonte: DIRKZWAGER et al. (1998). A Granulometria e a Eficiência da Moagem A eficiência da moagem (gasto de energia elétrica (kwh) por tonelada de produto moído) está relacionada com o tipo de grão e tamanho de partícula desejada. Isto quer dizer que quanto menor o tamanho desejado da partícula do ingrediente, menor será a eficiência da moagem. A relação custo/benefício do uso da menor granulometria dos ingredientes, deve ser analisada considerando a menor eficiência da moagem e maior incidência de distúrbios gástricos. WONDRA et al. (1995a) trabalhando com 4 tamanhos de partículas do milho (DGM = 1000, 800, 600 e 400 µm), concluíram que quanto menor a granulometria menor é a eficiência da moagem (Tabela 11). Tabela 11 – Gasto de energia elétrica e eficiência de moagem do milho com 4 diferentes granulometrias Tamanho das partículas do milho (µm) Item 1000 800 600 400 kwh/ton 2,7 3,1 3,8 8,1 Ton/h1 2,7 2,7 2,6 1,3 1 Capacidade máxima do moinho de 2,7 ton/h; Fonte: WONDRA et al. (1995a). HEALY et al. (1994) compararam a eficiência da moagem do milho, sorgo duro e sorgo macio em 4 granulometrias diferentes (DGM = 900, 700, 500 e 300 µm). 12 Observaram que o milho apresenta menor eficiência de moagem quando comparado com os dois tipos de sorgo e independente do cereal, quanto menor o DGM menor a eficiência da moagem (Tabela 12). Os autores ainda fazem uma avaliação econômica para determinar qual o DGM que permitiria o maior retorno econômico. Constataram que para a fase de 0 a 14 dias após o desmame, o DGM mais econômico para o sorgo macio e o milho foi de 500 µm e para o sorgo duro de 300 µm. No período de 15 aos 35 dias após o desmame, o DGM mais econômico para o milho foi 700 µm e para os dois sorgos 500 µm. Tabela 12 – Gasto de energia elétrica e eficiência da moagem do milho, sorgo duro e sorgo macio DGM Milho Sorgo duro Sorgo macio (µm) kwh/ton ton/h kwh/ton ton/h kwh/ton ton/h 900 5,3 1,76 1,7 5,95 1,90 4,48 700 9,2 0,97 2,4 4,12 2,5 3,43 500 15,7 0,63 3,8 2,37 4,3 1,89 300 24,5 0,65 20,1 0,74 15,3 1,17 Fonte: HEALY et al. (1994). 13 II - Granulometria dos Ingredientes da Ração para Frangos de Corte Introdução A granulometria dos ingredientes da ração influencia alguns aspectos de grande importância na produção econômica de frangos de corte, como: a digestibilidade dos nutrientes, uniformidade da ração, desempenho e custo de moagem. Os sentidos de gustação e olfato são pouco desenvolvidos nas aves quando comparado aos mamíferos, mas em compensação possuem mecanorreceptores no bico que regulam o seu comportamento alimentar. A ração preparada para as aves busca apresentar todos os ingredientes com aproximadamente a mesma granulometria. Esta preocupação se deve pelo comportamento das aves em ingerir seletivamente partículas maiores, o que provoca o desbalanceamento da ração e compromete o desempenho das aves. PORTELLA et al. (1988) identificaram que devido a preferência das aves por determinadas granulometrias a concentração de cálcio foi maior na sobra de ração do que na ração fornecida. Outro ponto a ser considerado é que ingredientes de diferentes granulometrias apresentam uma tendência a segregar partículas menores durante o transporte das rações para as granjas tornando a mistura desbalanceada. NIR et al. (1994b) chamam a atenção que o diâmetro geométrico médio (DGM) de duas rações podem apresentar valores semelhantes, mas serem compostas de partículas muito diferentes, como por exemplo uma com partículas “médias uniformes” a outra por uma mistura de partículas com granulometria grossa e fina. Então para caracterizar bem a granulometria é necessária além do DGM estabelecer o desvio padrão geométrico (DPG) das partículas, onde o menor DPG indica uma maior uniformidade e vice-versa. Por estas razões o uso de adequada granulometrias é fundamental para permitir uma boa aceitação pelas aves, uma alta digestibilidade e um menor custo de produção 14 A Granulometria e a Digestibilidade dos Nutrientes Muitos pesquisadores acreditam que o grau de moagem têm influência direta sobre a digestão dos alimentos pois a redução do tamanho das partículas aumenta a superfície de contato com as enzimas digestivas. Garantir o máximo desempenho dos frangos de corte depende da qualidade dos ingredientes adicionadas à ração e de uma adequada granulometria, que permita o melhor aproveitamento dos nutrientes. BRUGALLI (1996) trabalhando com pintos de corte de 15 dias, observou que a granulometria da farinha de carne e ossos (FCO) exerce influência significativa sobre os valores de energia metabolizável aparente e metabolizável aparente corrigida. A FCO com o diâmetro geométrico médio de 590 µm apresentou os menores valores de energia metabolizável. O autor ainda estabeleceu a disponibilidade relativa do fósforo,verificando que a maior disponibiliade foi dada pela menor granulometria (Tabela 1). Tabela 1 – Valores de energia metabolizável aparente (EMA) e aparente corrigida (EMAn) e disponibilidade relativa do fósforo da FCO com diferentes granulometrias Granulometria (DGM; µm) EMA (kcal/g de mat. seca) EMAn (kcal/g de mat. seca) Disponibilidade relativa do fósforo (%) Grossa (590) 2,13 b 2,03 b 106,50 Média (510) 2,65 a 2,56 a 103,56 Fina (420) 2,53 a 2,37 a 121,94 Fonte: BRUGALLI (1996). O coeficiente de digestibilidade ileal aparente da proteína da ervilha foi menor para a granulometria grossa (70,2%) que para a fina (89,5%), determinada em pintos de corte aos 21 dias por CRÉVIEU et al. (1997). KASIM & EDWARDS Jr. (2000) avaliando o uso de 3 granulometrias do milho (DGM = 894, 573 e 484 µm) em rações de pintos de corte no período de 1 a 16 dias, observaram que o tamanho das partículas não tem efeito sobre o peso vivo e conversão alimentar das aves, mas o DGM de 894 µm proporcionou uma maior retenção de fósforo e cálcio em relação aos outros dois DGMs (Tabela 2). 15 Tabela 2 – Efeito do tamanho das partículas do milho sobre o desempenho e retenção de cálcio e fósforo em pintos de corte no período de 1-16 dias Granulometria (µm) Peso vivo (g) Eficiência alimentar Coeficiente de retenção de Ca Coeficiente de retenção de P 894 382,5 0,715 0,387 0,557 573 385,5 0,716 0,287 0,513 484 392,0 0,726 0,240 0,505 Probabilidade ns ns 0,01 0,01 Fonte: KASIM & EDWARDS Jr. (2000). A Granulometria e o Desempenho de Frangos de Corte Não existe uma unanimidade entre os pesquisadores quanto à granulometria ideal que permita um maior desempenho dos frangos de corte. Alguns autores afirmam que o uso de granulometria muito fina, faz com que o alimento venha a aderir no bico das aves prejudicando o desempenho das mesmas, além de ocasionar problemas no papo e levar a um maior desperdício de ração. Diferente dos suínos, as aves possuem em seu bico receptores que as permitem selecionar o alimento pelo tamanho das partículas. De modo geral elas têm preferência por partículas maiores, logo para evitar que as aves selecionem as partículas ingeridas desbalanceando a ração é desejável que esta possua uma boa uniformidade entre seus ingredientes. PORTELLA et al. (1988) observaram que as aves jovens tem preferência por tamanho de partículas entre 1,18 e 2,36 mm. entretanto quando estas vão se tornando mais velhas sua preferência passa a ser por partículas maiores que 2,36 mm demonstrando que a preferência das aves tem relação com a dimensão do bico das mesmas. YO et al. (1997) verificaram que as aves gastavam muito mais tempo para se alimentarem de milho moído (98 segundos) que do de milho inteiro (48 s). O nível de ingestão varia com a aceitabilidade da forma física das partículas. ANDERSON et al. (1984) testaram os efeitos de duas granulometrias do calcário (grossa e fina) sobre o desempenho e porcentagem de cinza na tíbia de pintos de corte 16 no período de 1 a 21 dias. O uso do calcário mais grosso propiciou um maior ganho de peso e porcentagem de cinza óssea (Tabela 3). Tabela 3 – Efeito da granulometria do calcário sobre o desempenho e cinza óssea em pintos de corte no período de 1 a 21 dias Granulometria Ganho peso (g) Eficiência alimentar Cinza óssea (%) Fina 415 0,612 50,9 Grossa 448 0,621 53,2 Probabilidade 0,01 ns 0,05 Fonte: ANDERSON et al. (1984). Em outro experimento, ANDERSON et al. (1984) utilizando 5 granulometria do calcário (600, 300, 200, 100 e 50 µm) para pintos de corte no período de 1 a 21 dias, estabeleceram uma equação quadrática relacionando a granulometria com o ganho de peso, G = 429 + 210X – 253X2 onde G = ganho de peso e X = a granulometria do calcário (mm). O máximo ganho de peso é dado com a granulometria de 415 µm. Discordante dos trabalhos de ANDERSON et al. (1984), GUINOTTE et al. (1991) utilizando várias fontes de cálcio com granulometria fina, média e grossa, concluíram que pintos de corte no período de 5 a 28 dias apresentam melhor desempenho, maior retenção de cálcio e maior porcentagem de cinza na tíbia quando usada a granulometria mais fina. Butolo et al. (1987), citados por KLINGER-CARDOSO (1990), demonstraram não haver diferenças significativas no ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar de frangos de corte no período de 1 a 14 dias submetidos a dietas contendo milho moído por diferentes aberturas de peneira (2,0; 3,0; 4,0; 6,0 e 8,0 mm). KLINGER-CARDOSO (1990) testou os efeitos do milho moído com peneiras de crivos 4,0; 8,0 e 12,0 mm sobre o desempenho de frangos de corte no período de 1 a 42 dias. Detectou que a maior granulometria afeta o desempenho das aves na fase inicial, mas que ao final do experimento as aves recuperaram o seu desempenho não apresentando diferença em relação a granulometria média e fina (Tabela 4). 17 Tabela 4 – Desempenho de frangos de corte segundo a granulometria do milho nos períodos de 1-7, 1-21 e 1-42 dias Peneira 1-7 dias 1-21 dias 1-42 dias (mm) PV (g) CA PV (g) CA PV (g) CA 4 133,99 a 1,290 a 644,75 a 1,674 a 2007,51 a 2,084 a 8 133,33 a 1,243 b 640,71 a 1,646 a 1996,17 a 2,041 b 12 128,50 b 1,262 ab 616,39 b 1,666 a 1992,04 a 2,064 ab Fonte: KLINGER-CARDOSO (1990). Douglas et al. (1990), citados por BRUGALLI (1996), verificaram maior ganho de peso e melhor conversão alimentar, quando usaram rações contendo milho ou sorgo com partículas mais finas (850 µm) em relação às partículas de1600 µm (grossa). LOTT et al. (1992) observaram uma redução no ganho de peso e piora na conversão alimentar de frangos de corte que receberam milho com o DGM de 1196 µm em comparação com um DGM de 716 µm, na fase inicial de criação (1 a 21 dias). Os autores concluem que as partículas de 1196 µm de milho aparentemente são muito grandes para que os pintinhos as utilizem com eficiência. Em outro experimento buscando estabelecer a granulometria ideal para o milho (690, 824, 876 e 974 µm) para os pintos nesta mesma fase, os autores não observaram diferenças no desempenho das aves submetidas a estas granulometrias. NIR et al. (1994a) trabalharam com pintos de corte nos períodos de 1 a 7 e 7 a 21 dias, alimentados com rações com granulometrias grossa, média e fina. Nos primeiros 7 dias não foram observadas diferenças significativas entre as granulometrias testadas. No período de 7 a 21 dias, o consumo, o ganho de peso e eficiência alimentar foram significativamente maiores (P<0,05) com o uso das granulometrias média e grossa (Tabela 5). Tabela 5 – Efeito da granulometria da ração sobre o desempenho de pintos de corte no período de 7 a 21 dias. Granulometria Variáveis Fina Média Grossa Ganho peso (g) 357 b 427 a 401 a Consumo ração (g) 591 b 662 a 645 a Efic. alimentar 0,604 b 0,642 a 0,622 a Fonte: NIR et al. (1994a). 18 NIR et al. (1994b) estudando os efeitos da granulometria da ração sobre o desempenho de pintos de corte no período de 1 a 7 dias e 7 a 21 dias, encontraram que o uso do DGM de 769 µm com o menor desvio padrão geométrico, proporcionou o maior ganho de peso e a melhor conversão alimentar nos dois períodos analisados. HAMILTON & PROUDFOOT (1995) trabalhando com frangos de corte machos e fêmeas no período de 1 a 42 dias, verificaram que o uso da granulometria muito grossa proporcionou o maior peso vivo (2004 g), seguido da grossa (1982 g) e finalmente da fina (1942 g). NIR et al. (1995) procederam a moagem do sorgo como moinho marteloe de cilindro obtendo 2 granulometrias distintas, 628 e 1413 µm, respectivamente. Os frangos de corte machos criados do 1º ao 49º dia de vida, submetidos a granulometria de 1413 µm apresentaram ao final do período de criação um maior peso vivo em relação ao DGM de 628 µm (2347 x 2187 g). No segundo experimento usando o sorgo com as mesmas granulometrias e trigo com 681 e 2174 µm na fabricação das rações, observaram que a ração com as maior granulometria não teve efeito sobre o peso vivo final, mas proporcionou um maior consumo da ração e melhorou a conversão alimentar. Granulometria e a Eficiência da Moagem A eficiência da moagem, ou seja o gasto de energia elétrica por tonelada de grão moído, é tanto maior quanto menor for o tamanho da partícula desejada. REECE et al. (1986b) demonstraram que o gasto de energia elétrica na moagem do milho pode ser reduzida em 27% se a peneira tradicionalmente usada de 4,76 mm for substituída por uma de 6,35 mm. Esta alteração não afeta o desempenho das aves. KLINGER-CARDOSO (1990) afirma que a economia de energia elétrica resultante da substituição de uma granulometria fina para uma média é da ordem de 35%, sem prejuízo ao desempenho as aves. 19 Granulometria e o Trato Gastrointestinal Tentando justificar porque as menores granulometrias não melhoram o desempenho das aves, muitas pesquisas tem sido feitas no sentido de relacionar a granulometria com alterações do trato gastrointestinal das aves. NIR et al. (1994a) fizeram uma avaliação da influência da granulometria sobre o trato gastrointestinal de pintos de corte no período 7 a 21 dias, alimentados com rações com granulometrias grossa, média e fina. Foram observadas alterações no peso da moela, do duodeno, da gordura abdominal e do pH da digesta na moela e intestino (Tabela 6). As alterações observadas no trato gastrointestinal sugerem, que a granulometria pode ter influência sobre a taxa de passagem. As partículas maiores reduzem a taxa de passagem melhorando a digestão da ração, enquanto as partículas finas, pelo seu trânsito rápido do papo para o intestino, levariam a uma atrofia da moela e ligeira hipertrofia e baixo pH do intestino, o que em última análise afetaria o apetite das aves e por conseqüência o seu desempenho. A presença de partículas muito finas (“finos”) nas dietas causam formação de uma pasta e aglomeração no bico, aumentando o consumo de água e o desperdício de ração no bebedouro. Tabela 6 – Efeito da granulometria da ração sobre o trato gastrointestinal de pintos de corte no período de 7 a 21 dias. Granulometria Variáveis Fina Média Grossa Peso relativo (g/100 g de peso vivo) Moela 2,22 c 2,80 b 3,13 a Duodeno 1,25 a 0,89 b 1,07 b Gordura abdominal 0,71 b 0,78 b 0,99 a pH moela 3,57 a 2,77 b 2,91 b pH intestino 5,97 b 6,23 a 6,35 a Fonte: NIR et al. (1994a). NIR et al. (1995) determinaram a influência da granulometria no trato gastrointestinal das aves aos 40 dias. A maior granulometria aumentou o peso do proventrículo, da moela e do intestino e reduziu o pH da digesta no proventrículo. 20 O uso do grão de cevada integral em rações de pintos de corte, machos e fêmeas, no período de 14 a 35 dias melhorou a conversão alimentar e apresentou um maior peso relativo de moela (% do peso vivo) quando comparada a cevada triturada, provavelmente pela maior atividade na trituração do alimentos (SVIHUS et al., 1997). Comparando a cevada integral com a moída, estes autores verificaram que esta última proporcionou um menor ganho de peso, menor consumo de ração e menor peso relativo da moela, mas não foi observado efeito sobre a conversão alimentar. Na análise realizada do tamanho das partículas presentes no interior dos intestinos, observou-se que não havia diferença entre os tratamentos, demonstrando que a moela é muito eficiente em moer os alimentos independente da granulometria que eles foram fornecidos. Tem sido postulado que o aumento do DGM associado ao menor desvio padrão geométrico dos ingredientes permite um melhor desenvolvimento do trato gastrointestinal, aumento da motilidade intestinal inclusive do peristaltismo reverso e modificação na flora intestinal (WILLIAMS et al., 1997). LÓPES & BAIÃO (2000) concluíram que para rações fareladas a granulometria mais grosseira dos ingredientes é a mais indicada, pois a medida que aumenta a granulometria, aumenta também o peso da moela. Este efeito é devido à maior atividade dos músculos e ao maior volume de ração presente neste órgão, que está de acordo com observações feitas por KASIM & EDWARDS Jr. (2000). 21 Referências Bibliográficas ANDERSON, J.O.; DOBSON, D.C.; JACK, O.K. Effect of particle size of the calcium source on performance of broiler chicks feed diets with differrent calcium and phosphorus levels. Poultry Science, v.63, p.311-316, 1984. BRUGALLI, I. Efeito da granulometria na biodisponibilidade de fósforo e nos valores energéticos da farinha de carne e ossos e exigência nutricional de fósforo para pintos de corte. Viçosa : Universidade Federal de Viçosa, 1996. 83p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal de Viçosa, 1996. CRÉVIEU, I.; CARRÉ, B.; CHAGNEAU, A. et al. Effect of particle size of pea (Pisum sativum L) flours on the digestion of their proteins in the digestive tract of broilers. Journal of the Science of Food and Agriculture, v.75, p.217-226, 1997. DIRKZWAGER, A.; ELBERS. 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