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TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOSTRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS TEMPERABILIDADETEMPERABILIDADETEMPERABILIDADETEMPERABILIDADE TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS • O desenvolvimento de características mecânicas desejáveis para um material resulta, muitas vezes, de uma transformação de fase (alteração no número e/ou na natureza das fases que constituem a microestrutura de uma liga) proveniente de um tratamento térmico (faz parte do processo de fabricação) que, geralmente, envolve alguma alteração Conceitos BásicosConceitos Básicos de um tratamento térmico (faz parte do processo de fabricação) que, geralmente, envolve alguma alteração microestrutural. • É importante saber como usar os diagramas TTT (Tempo – Temperatura – Transformação) para projetar um tratamento térmico para uma dada liga que produza as propriedades mecânicas desejadas a temperatura ambiente. • Há diagramas TTT específicos para cada liga. COM DIFUSÃO o Sem variação no número e composição de fases Ex: solidificação metal puro o Com variação no número e composição de fases Ex: transformação eutética, eutetóide... TRANSFORMAÇÕES DE FASESTRANSFORMAÇÕES DE FASES Conceitos BásicosConceitos Básicos SEM DIFUSÃO o Ocorre com formação de fase metaestável (estado fora do equilíbrio podendo durar por tempo indeterminado) Ex: transformação martensítica A maioria das transformações de fase no estado sólido não ocorre instantaneamente, ou seja, são dependentes do tempo Fonte:www.em.pucrs.br/~eleani • Austenita: ferro gama, estável acima de 727°C. Possui estrutura cristalina CFC, boa resistência mecânica e apreciável tenacidade. Micro-constituintes dos aços e fofo TRANSFORMAÇÕES DE FASESTRANSFORMAÇÕES DE FASES Conceitos BásicosConceitos Básicos mecânica e apreciável tenacidade. • Ferrita: ferro alfa, CCC, possui baixa dureza e baixa resistência à tração, mas excelente resistência ao impacto e elevado alongamento. • Cementita: carboneto de ferro (Fe3C), apresenta estrutura cristalina ortorrômbica. É um constituinte muito duro e frágil. Micro-constituintes dos aços e fofo TRANSFORMAÇÕES DE FASESTRANSFORMAÇÕES DE FASES Conceitos BásicosConceitos Básicos • Perlita: agregado lamelar de ferrita e cementita. Constituinte eutetóide dos aços. Possui propriedades intermediárias entre a ferrita e a cementita. • Ledeburita: constituinte eutético dos fofo brancos. Glóbulos de perlita + matriz de cementita. Bastante duro e frágil. • Martensita: Obtida por TT. Estrutura cristalina tetragonal de CC. Formada por mecanismo cisalhamento. Elevada Dureza Micro-constituintes dos aços e fofo TRANSFORMAÇÕES DE FASESTRANSFORMAÇÕES DE FASES Conceitos BásicosConceitos Básicos • Bainita: Obtida por TT. - Superior: Abaixo da temperatura de formação da perlita. Dureza relativamente baixa (40-45 HRC) - Inferior: Próximo a temperatura de formação da martensita. Dureza elevada (aprox. dureza da martensita 50-60 HRC) Efeito da Velocidade de Resfriamento em Ligas FeEfeito da Velocidade de Resfriamento em Ligas Fe--CC A curva TTT considera o fator tempo. Isso significa que o aço passará por transformações de acordo com o tempo em que permanecer em determinada temperatura. O diagrama é composto por duas linhas. A primeira representa o início da transformação e a segunda, o fim. DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS Linha vermelha – início da transformação Linha azul – final da Fonte: http://myspace.eng.br/eng/mat/aco1.asp www.inda.org.br/por_dentro_curvattt.php Linha azul – final da tranformação Mi Mf Esta região é chamada de joelho ou nariz da curva TTT Mi – início da transf. martensítica Mf – final da transf. martensítica Martensita • Também chamados de gráficos transformação tempo- temperatura (TTT). • Apresentam as curvas de início e término da transformação para uma determinada temperatura e tempo. • No sistema Fe-C o diagrama descreve o que acontece DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS PARA LIGAS FePARA LIGAS Fe--CC • No sistema Fe-C o diagrama descreve o que acontece com o aço, por meio de um resfriamento a diferentes velocidades, em diversas temperaturas abaixo de 727°C, observando a transformação isotérmica da austenita em perlita, bainita ou martensita. • Estes diagramas são precisos apenas para transformações nas quais a temperatura da liga é mantida constante ao longo de toda a duração da reação. Fonte: www.inda.org.br/por_dentro_curvattt.php Fatores de influência direta na posição das linhas de início e fim de transformação das curvas TTT. 1. Teor de carbono 2. Tamanho dos grãos 3. Homogeneidade da austenita DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS PARA LIGAS FePARA LIGAS Fe--CC 3. Homogeneidade da austenita 4. Elementos de liga (com exceção do cobalto), que são adicionados nos aços, deslocam as curvas de início e fim da transformação para a direita, o que significa que o processo será mais demorado. Fonte: www.inda.org.br/por_dentro_curvattt.php Homogeneidade da AustenitaHomogeneidade da Austenita Quanto mais homogênea a austenita mais para a direita deslocam-se as curvas TTT � Os carbonetos residuais ou regiões ricas DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS Os carbonetos residuais ou regiões ricas em C atuam como núcleos para a formação da perlita � Então, uma maior homogeneidade favorece a formação da martensita Fonte:www.em.pucrs.br/~eleani Tamanho de Grão AusteníticoTamanho de Grão Austenítico Quanto maior o tamanho de grão mais para a direita deslocam-se as curvas TTT � Tamanho de grão grande dificulta a formação DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS Tamanho de grão grande dificulta a formação da perlita, já que a mesma inicia-se no contorno de grão � Então, tamanho de grão grande favorece a formação da martensita Fonte:www.em.pucrs.br/~eleani Efeito da Velocidade de Resfriamento em Ligas FeEfeito da Velocidade de Resfriamento em Ligas Fe--CC De 700°C até cerca de 560°C há formação de perlita, tanto mais fina (e dura) quanto menor a temperatura. Estruturas envolvidas na transformação: austenita em cementita coalescida, austenita em perlita, austenita em bainita, austenita em martensita e demais transformações isotérmicas mistas. DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS temperatura. De 560°C até cerca de 200°C há formação de bainita (ferrita mais carbeto de ferro fino), de dureza maior que a perlita anterior e, de forma similar, mais dura em temperaturas mais baixas. Fonte: http://myspace.eng.br/eng/mat/aco1.asp www.inda.org.br/por_dentro_curvattt.php Martensita Efeito da Velocidade de Resfriamento em Ligas FeEfeito da Velocidade de Resfriamento em Ligas Fe--CC DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS Microestructura de bainita superior em aço rico em Si (temp. formação entre 300°C e 560°C). A bainita superior tem aspecto de “pena de ave”. Se forma na parte superior da faixa de temperatura (formada por grupos de ripas muito finas ou agulhas de ferrita separadas, em parte, por partículas alongadas de cementita). O TG "submicrométrico" das ripas de DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS Exemplo de Micrografia Exemplo de Micrografia -- Microestrutura BainíticaMicroestrutura Bainítica cementita). O TG "submicrométrico" das ripas de bainita contribuem para o aumento da tenacidade do material. Dureza: 40 – 45 HRC A bainita inferiorou acicular (temp. formação entre 200°C e 300°C), lembrando a martesita revenida. Nela a fase ferrita existe na forma de placas finas e as partículas estreitas de cementita na forma de bastões ou lâminas fina se formam no interior das placas de ferrita. Dureza: 50 – 60 HRc Fonte: Bhadeshia y Edmonds, Metallurgical Transactions A, vol. 10A (1979). Entretanto, na faixa de 200°C, há formação de uma nova estrutura, a martensita, em forma de agulhas e bastante dura DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS Efeito da Velocidade de Resfriamento em Ligas FeEfeito da Velocidade de Resfriamento em Ligas Fe--CC agulhas e bastante dura (superior às anteriores). A formação da martensita é o princípio básico da têmpera dos aços, isto é, o tratamento térmico para aumentar a dureza. Fonte: http://myspace.eng.br/eng/mat/aco1.asp Martensita ⇒ Fase formada como resultado da transformação de uma baixa difusão no estado sólido, através de um tratamento térmico (têmpera). Ou seja, fase resultante do resfriamento rápido desde a temp. eutetóide (727°C) até a temp. ambiente. ⇒ Fase metaestável TCC (tetragonal de corpo centrado) formada por Fe supersaturado com C. ⇒ Todo C permanece em SS, a estrutura TCC dificulta o escorregamento dos planos com orientação cúbica o que endurece consideravelmente a martensita. ⇒ Qualquer difusão seja qual for resultará na formação das fases ferrita e cementita. Formação da MartensitaFormação da Martensita DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS (a) Célula unitária da martensita comparada com a austenita. (b) Aumento do percentual de C, mais sítios intersticiais, mais pronunciada na TCC. NA TRANSFORMAÇÃO ALOTRÓPICA DA AUSTENITA EM MARTENSITA HÁ AUMENTO DE VOLUME leva à concentração de tensões TEOR DE CARBONOTEOR DE CARBONO Quanto menor o teor de carbono (abaixo do eutetóide) mais difícil de se obter estrutura martensítica. Formação da MartensitaFormação da Martensita DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS se obter estrutura martensítica. Nem todos os aços admitem têmpera. Em geral, somente com teor de carbono acima de 0,3% e velocidade de resfriamento alta. Fonte:www.em.pucrs.br/~eleani Formação da MartensitaFormação da Martensita DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS No estado como temperado a martensita, além de ser muito dura, é tão frágil que ela não pode ser usada para a maioria das aplicações; também, quaisquer tensões internas que possam ter sido introduzidas durante a têmpera tem um efeito enfraquecedor. A ductilidade e a tenacidade da martensita podem ser melhoradas e estas tensões internas aliviadas por um tratamento melhoradas e estas tensões internas aliviadas por um tratamento térmico conhecido como revenimento. O revenimento é realizado por aquecimento de um aço martensítico até a uma temperatura abaixo da temperatura eutetóide por um período de tempo especificado . Normalmente, o revenimento é realizado a temperaturas entre 250 e 650°C. Tensões internas, entretanto, podem ser aliviadas em temperaturas tão baixas quanto 200°C. Este tratamento térmico de revenimento permite, por processos difusionais, a formação de martensita revenida. Formação da MartensitaFormação da Martensita DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS Martensita não revenida - tem aparência de agulha ou ripa (< 0,6 %C) ou, ainda, forma de placa ou chapa (>0,6 %C). A fase branca na micrografia é muito provavelmente austenita retida que não se transformou durante o rápido resfriamento. Martensita revenida – é uma estrutura composta de partículas de cementita muito pequenas e uniformemente dispersas embutidas dentro de uma matriz contínua de ferrita. As propriedades mecânicas dependem do tamanho das partículas de Fe3C. resfriamento. ALGUMAS CURVAS DE RESFRIAMENTO A TEMPERATURA CONSTANTE, PARA ALGUMAS CURVAS DE RESFRIAMENTO A TEMPERATURA CONSTANTE, PARA UM AÇO EUTETÓIDE, E AS RESPECTIVAS MICROESTRUTURAS FORMADAS UM AÇO EUTETÓIDE, E AS RESPECTIVAS MICROESTRUTURAS FORMADAS PARA CADA UM DOS CASOSPARA CADA UM DOS CASOS DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS Fonte:www.em.pucrs.br/~eleani C: Martensite ALGUMAS CURVAS DE RESFRIAMENTO CONTÍNUO, PARA UM AÇO ALGUMAS CURVAS DE RESFRIAMENTO CONTÍNUO, PARA UM AÇO EUTETÓIDE, E AS RESPECTIVAS MICROESTRUTURAS FORMADAS PARA EUTETÓIDE, E AS RESPECTIVAS MICROESTRUTURAS FORMADAS PARA CADA UM DOS CASOSCADA UM DOS CASOS A (FORNO) = Perlita grossa B (AR) = Perlita + fina (+ dura que a anterior) C(AR SOPRADO) = Perlita + fina DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICASDIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS C(AR SOPRADO) = Perlita + fina que a anterior D (ÓLEO) = Perlita + martensita E (ÁGUA) = Martensita No resfriamento contínuo, as curvas TTT deslocam-se um pouco para a direita e para baixo Mf Mi DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES POR DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES POR RESFRIAMENTO CONTÍNUO (TRC) PARA LIGAS FeRESFRIAMENTO CONTÍNUO (TRC) PARA LIGAS Fe--CC • Para o resfriamento contínuo, o tempo requerido para uma reação se iniciar e terminar é retardado. Assim as curvas isotérmicas são deslocadas para tempos maiores e temperaturas menores. • A bainita não se formará quando uma liga de composição eutetóide ou, quando qualquer aço carbono comum é quando qualquer aço carbono comum é continuamente resfriado até à temperatura ambiente. Isto é porque toda a austenita ter-se-a transformado em perlita quando a transformação para bainita tiver se tornado possível. Assim a região representativa da transformação austenita-perlita termina justo abaixo do nariz. • Na transformação martensítica, as linhas M(start, ou início), M(50%) e M(90%) ocorrem em temperaturas idênticas para ambos os diagramas TTT e TRC. M(início) M(50%) M(90%) RESUMO DAS TRANSFORMAÇÕESRESUMO DAS TRANSFORMAÇÕES AUSTENITA Perlita Martensita Resf. moderado Resf. lento Resf. Rápido (Têmpera) Perlita (α+ Fe3C) + a fase próeutetóide Bainita (α + Fe3C) Martensita (fase tetragonal) Martensita Revenida (α + Fe3C)Ferrita e Cementita reaquecimento DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS PARA LIGAS FePARA LIGAS Fe--CC Aço AISI 4340 0,42% C 0,78% Mn 1,79 Ni 0,80% Cr 0,33% Mo Exemplos de Curva TTT Fonte: www.inda.org.br/por_dentro_curvattt.php Elementos de liga (com exceção do cobalto), que são adicionados nos aços, deslocam as curvas de início e fim da transformação para a direita, o que significa que o processo será mais demorado. Exemplos de Curva TTT Aço AISI 5140 0,43% C DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS PARA LIGAS FePARA LIGAS Fe--CC 0,43% C 0,68% Mn 0,93% Cr Fonte: www.inda.org.br/por_dentro_curvattt.php INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS TratamentosTratamentos TérmicosTérmicos são um conjunto de operações que têm por objetivo modificar as propriedades dos aços e de outros materiais metálicos através de certas etapas que incluem o aquecimento e resfriamento dos componentes metálicos em condições controladas. Objetivo dos Tratamentos Objetivo dos Tratamentos TérmicosTérmicosObjetivo dos Tratamentos Objetivo dos Tratamentos TérmicosTérmicos 1. Remoção de tensões (oriundas de esfriamento ou trabalho mecânico) 2. Aumento ou diminuição da dureza 3. Aumento da resistência mecânica 4. Melhora da ductilidade 5. Melhora da usinabilidade 6. Melhora da resistência ao desgaste 7. Melhora da resistência a corrosão8. Modificação nas propriedades elétricas e magnéticas INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS Fatores que Fatores que Influem Influem nos Tratamentos Térmicosnos Tratamentos Térmicos 1. Composição química - % de elementos de liga, como %C, %Si, %Cr e outros dependendo da liga que estiver sofrendo tratamento térmico. 2. Temperatura final de aquecimento – função da composição química.2. Temperatura final de aquecimento – função da composição química. 3. Tempo de permanência à temperatura. 4. Meio de resfriamento da peça – Ex: resfriamento ao forno, ao ar, em água, óleo e outros. 5. Forma e tamanho das peças – influi nos itens 3 e 4. 6. Atmosfera do forno de tratamento térmico 1. Recozimento 2. Normalização 3. Têmpera 4. Revenido TIPOSTIPOS TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS 4. Revenido 5. Coalescimento 6. Tratamentos Isotérmicos (Austêmpera e Martêmpera) 1 . RECOZIMENTO1 . RECOZIMENTO TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS Material é exposto a uma temperatura elevada por um período de tempo longo e a seguir é lentamente resfriado (linha verde). Ordinariamente, o recozimento é realizado para: (1) aliviar tensões; (2) diminuir dureza (3) alterar ductilidade (4) ajustar o tamanho de grão (5) Temperatura A3 (4) ajustar o tamanho de grão (5) melhorar a usinabilidade **Serve para eliminar qualquer tratamento térmico ou mecânico que o material sofreu anteriormente **Peça é resfriada no interior do forno É dividido em: - Recozimento total ou pleno - Recozimento isotérmico ou cíclico - Recozimento para alívio de tensões ou subcrítico - Esferoidização - Recozimento em caixa Diagrama esquemático de transformação para recozimento. Mi Mf 2. NORMALIZAÇÃO2. NORMALIZAÇÃO TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS O tratamento térmico de NormalizaçãoNormalização é usado para refinar os grãos (para diminuir o tamanho médio de grão). Aplicada a peças laminadas e forjadas antes do TT para obtenção de uma microestrutura uniforme. **Peça é resfriada ao ar. **Objetivo é refinar a microestrutura Temperatura A3 **Objetivo é refinar a microestrutura Procedimento: (1) Aquecimento até aproximadamente 55 a 85°C acima da temperatura de austenitização. (2) Tempo de manutenção suficiente na temperatura para a peça homogeneizar a temperatura completamente. (3) Resfriamento ao ar. Diagrama esquemático de transformação para normalização Mi Mf TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS MICROESTRUTURAS RESULTANTESMICROESTRUTURAS RESULTANTES TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS Detalhe 4500x Cementita esferoidizada Perlita Grosseira Perlita Fina 3. TÊMPERA3. TÊMPERA TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS A principal finalidade da Têmpera Têmpera é o aumento da dureza e da resistência à tração do aço através da formação da martensita. A curva de resfriamento apresentada é apenas uma aproximação para um volume pequeno de aço. Numa peça real, o resfriamento das partes internas será mais lento que o da superfície. Assim, a linha para as primeiras estará mais deslocada para a direita e as estruturas formadas serão ligeiramente diferentes. O resfriamento desigual também provoca Superfície A3 Procedimento: (1) Aquecimento a uma temperatura de ± 30°C acima da temperatura de transformação (linha tracejada preta no gráfico ao lado); (2) Manutenção na temperatura; (3) Resfriamento rápido em fluidos como óleo ou água, conforme a área circundada, obtendo-se uma estrutura basicamente martensítica pois a linha de resfriamento não intercepta a linha vermelha indicativa do início da transformação da austenita. O resfriamento desigual também provoca tensões internas pois a região superficial se contrai mais rapidamente que o interior. Centro da peça Mi Mf Mi Mf 3. TÊMPERA3. TÊMPERA TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS O sucesso de um tratamento térmico para produzir martensita depende: 1. Da composição da liga – presença de C suficiente e outros elementos de liga que facilitem a têmpera; 2. Tipo e natureza do meio de resfriamento – banho de sal, óleo ou água (meio bastante severo que pode causar empenamentos ou trincamentos); 3. Do tamanho e geometria da peça. 4. REVENIMENTO4. REVENIMENTO TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS O Revenimento Revenimento (área circulada) é o tratamento térmico usado para remover os problemas deixados pela têmpera, como as tensões residuais inerentes do todo material. Também visa ajustar a dureza, a resistência mecânica, a resistência ao impacto e o alongamento. Ae3 alongamento. Depois de temperada, a peça é aquecida e mantida por algum tempo a uma temperatura, em geral entre 250 e 650°C. Ocorre assim, um alívio das tensões internas e mudanças na estrutura da martensita e outras transformações. O resultado é uma redução da dureza (normalmente excessiva após a têmpera) e da fragilidade do aço. Após a TÊMPERA sempre deve haver um REVENIDO. Mi Mf 55. COALESCIMENTO. COALESCIMENTO TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS Curva de transformação Qualquer tratamento térmico capaz Qualquer tratamento térmico capaz de produzir de produzir esferoiditaesferoidita: : consiste em um tratamento térmico que visa globulizar a cementita fazendo com que a microestrutura formada seja de Fe3C, como partículas esferóides, embutidas numa matriz contínua de fase αααα. * Os exemplos de tratamentos térmicos são referentes ao sistema Fe-C. Ae3 transformação Procedimento: (1) Solubilização dos carbonetos acima da temperatura de austenitização; (2) Aquecimento até uma temperatura abaixo da temperatura eutetóide e aí mantido durante um tempo relativamente longo – por exemplo, cerca de 700°C durante 18 a 24 horas; (3) Resfriamento ao ar. Mi Mf Temperatura para sistema FeTemperatura para sistema Fe--CC TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS Consiste em: - Aquecimento dentro da faixa de austenitização (entre 790 e 915ºC) - Resfriamento e manutenção da temperatura entre 260 e 400ºC - Resfriamento até a temperatura ambiente em 6. TRATAMENTOS ISOTÉRMICOS6. TRATAMENTOS ISOTÉRMICOS AUSTÊMPERAAUSTÊMPERA TRATAMENTOS ISOTÉRMICOSTRATAMENTOS ISOTÉRMICOS Ae3 - Resfriamento até a temperatura ambiente em ar ou banho de sal. Vantagens em relação a têmpera: - Melhor ductilidade, tenacidade e resistência - Menor empenamento no TT A microestura resultante é chamada de bainita. Mi Mf Neste processo, o aço é autenitizado Resfriado em um meio sob temperatura um pouco acima do início da formação da martensita, mantido neste meio e resfriado lentamente até completar a formação da TRATAMENTOS ISOTÉRMICOSTRATAMENTOS ISOTÉRMICOS Superfície 6. TRATAMENTOS ISOTÉRMICOS6. TRATAMENTOS ISOTÉRMICOS MARTÊMPERAMARTÊMPERA Ae3 completar a formação da martensita, resfriamento ao ar para posterior tratamento térmico de revenimento (linha verde). Neste, o resfriamento ocorre de forma mais lenta e, por conseqüência, o empenamento e as tensões residuais são significativamente menores. transformação Centro da peça Martensita revenida TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS Autenita Final da transformaçãoInício da transformação Resfriamento no forno – TT 1 Resfriamento ao ar – TT 2 Perlita T e m p e r a t u r a TT 3 TT 4TT 5TT 6 Bainita T e m p e r a t u r a Tempo ENDURECIMENTO SUPERFICIALENDURECIMENTO SUPERFICIAL TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS O endurecimento do aço via tratamento térmico outermoquímico tem como contrapartida prejuízos em outras propriedades como maior fragilidade, menor resistência à fadiga e outras. Porém, em alguns casos, é bastante desejável que apenas a superfície seja endurecida. Ex. Engrenagens - apenas a superfície deve ser dura o bastante para ser resistente ao desgaste (boas características tribológicas) para ser resistente ao desgaste (boas características tribológicas) provocado pelo contato entre os dentes de diferentes engrenagens. Por outro lado, o corpo da engrenagem deve apresentar propriedades (como maior tenacidade e ductilidade) de um aço não endurecido. A seguir, alguns métodos empregados no endurecimento superficial: � Têmpera superficial � Cementação � Nitretação e Deposição de Filmes Finos TÊMPERA SUPERFICIALTÊMPERA SUPERFICIAL TRATAMENTOS TÉRMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS A superfície da peça é aquecida por chama ou por indução e, logo em seguida, exposta ao meio de resfriamento que pode ser água, óleo, jatos de ar e outros. O endurecimento, dá-se pela formação da martensita. O arranjo físico do processo depende da forma geométrica da peça a tratar. Normalmente há necessidade de revenido que, em geral, é feito sob temperaturas mais baixas que as da têmpera convencional. Este tratamento não é indicado para aços com teores de C abaixo de 0,3% devido a eventual falta de C para formar a estrutura martensítica. estrutura martensítica. Ex. Têmpera por indução para uma barra de aço SAE 1045 - tempo de 8 a 12seg. de corrente contínua (800 a 1000°C) para a têmpera e 15 a 25 seg. de corrente pulsada (400 a 550 °C) para o revenido. Resulta dureza superficial de 40HRc. TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOSTRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS É o endurecimento superficial se dá pela difusão de C na peça imersa no meio de cementação aquecido sob temperatura, em geral, acima de 800°C. Os meios de cementação, evidentemente, devem ter C na composição e podem ser sólidos (carvão vegetal, por exemplo), líquidos (mistura de sais fundidos como cianetos, carbonatos e outros) ou gasosos (hidrocarbonetos como propano e outros). CEMENTAÇÃOCEMENTAÇÃO núcleo camada Camada de carbono difundida Matriz de Aço Inox camada cementada TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOSTRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS O NO N é difundido superficialmente, formando nitretos, que são substâncias bastante duras (ex. FeN e Fe4N ). A peça é imersa no meio de nitretação, em temperaturas na faixa entre 470 e 750°C. Devido à menor temperatura, há menor tendência de deformação. Os meios podem ser líquidos (mistura de sais fundidos como cianetos), gasosos (amônia, por exemplo) ou plasma. A dureza superficial obtida é da ordem de 1000 HV (~ 80 HRc) com uma profundidade de camada máxima ao redor de 0,08mm. NITRETAÇÃONITRETAÇÃO Nitretação a gás Nitretação com banho de sal a base de cianeto { { TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOSTRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS É um gás de baixa densidade em que os átomos individuais estão carregados eletricamente, mesmo que o total de cargas positivas e negativas seja igual, mantendo uma carga elétrica global neutra. NITRETAÇÃO A PLASMANITRETAÇÃO A PLASMA Na nitretação, o plasma é gerado pela formação de um arco elétrico, através da passagem de corrente entre o cátodo (peças) e o ânodo (carcaça do forno), na presença de uma mistura gasosa, composta basicamente de N e H ou Ar, em condições basicamente de N2 e H2 ou Ar, em condições de temperatura e pressão específicas, ocorre a geração de uma descarga brilhante que determina a ocorrência do plasma. Nesse processo, as moléculas gasosas são dissociadas, os íons carregados positivamente são acelerados para a superfície do anodo (peça) e os elétrons são direcionados para o cátodo (carcaça). A energia proveniente desse bombardeamento iônico é suficiente para promover o aquecimento das peças e intensifica o processo de difusão. Nitretação a plasma TRATAMENTOS TÉRMICOS E TERMOQUÍMICOSTRATAMENTOS TÉRMICOS E TERMOQUÍMICOS EXEMPLOSEXEMPLOS Zona de Camada de óxido Aço temperado e revenido (estrutura martensítica) seguido de nitretação iônica (plasma) a 580°C. Aumento 2000X. Fonte: www.pattcoating.com/testing.htm Zona de difusão contendo nitreto de ferro TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOSTRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS A deposição física a vapor (PVD) e a deposição química a vapor (CVD) são dois processos utilizados para aplicar recobrimentos duros para melhorar o desgaste. DEPOSIÇÃO DE FILMES FINOS DEPOSIÇÃO DE FILMES FINOS –– PVD E CVDPVD E CVD CVD PVD PVD: o material a ser depositado (fonte sólida) é convertido a fase vapor por processo físico; depois o vapor é transportado da fonte até o substrato através de uma região de baixa pressão e condensado sobre o substrato para formar o filme fino. A espessura de camada atinge entre 3 e 8µµµµm. Aplicam-se revestimentos de TiCN (carbonitreto de titânio), TiN (nitreto de titânio), TiAlN (nitreto de titânio alumínio). CVD: a deposição ocorre por meio de uma reação química entre gases. Ex: hidrogênio, cloreto de titânio e metano, em atmosfera de N, para criar um recobrimento de TiCN, ou TiN geralmente em temperaturas bem mais elevadas (900oC a 1.000oC). A espessura de camada pode atingir 180µµµµm.