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Trypanossoma cruzi Taxonomia Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora Ordem: Kinetoplastida Família: Trypanosomatidae Gênero: Trypanosoma Espécie: Trypanosoma cruzi DOENÇA DE CHAGAS ou TRIPANOSSOMÍASE DISTRIBUIÇÃO A doença de Chagas segue como problema de saúde pública por todos os países da América Latina, e sua distribuição cobre a América do Sul, incluindo Chile e Argentina, até o sul dos Estados Unidos por onde existam vetores adequados ao parasito; Brasil – Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. CICLO BIOLÓGICO – hospedeiros vertebrados e hospedeiros invertebrados; HOSPEDEIRO VERTEBRADO (Homem e mamíferos) mudanças morfológicas protozoário podem estar condicionadas ao: tipo de hospedeiro; tecido parasitado; Cinetoplasto Cinetoplasto mitocôndria única rica DNA mitocondrial HOSPEDEIRO INVERTEBRADO - Triatoma infestans forma epimastigota (tubo digestivo) e tripomastigota (ingestão e reto). MECANISMOS DE TRANSMISSÃO Pelo vetor; Transfusão de sangue; Transmissão congênita: ninhos de amastigotas na placenta, tripomastigotas podem atingir circulação fetal; Acidentes laboratórios; Transmissão oral – amamentação, ingestão de alimentos contaminados com fezes ou urina de triatomíneos; Transplante. CICLO BIOLÓGICO DO T. cruzi fase de multiplicação: intracelular no hospedeiro vertebrado; extracelular no inseto vetor (triatomíneos). Homem Barbeiro repasto sangüíneo Fezes tripomastigotas Penetram local picada - Pele Macrófagos – fagocitam Tripomastigota Transformam em amastigotas (cada 12h) - divisão binária Diferenciam-se tripomastigotas Rompem macrófago Sangue Células diversos tecidos Tripomastigotas novo ciclo ou destruídos Ingeridos por triatomíneos BARBEIRO Repasto sanguíneo - vertebrado Ingere forma tripomastigot as Intestino médio do inseto Tripomastigotas transformam-se epimastigotas Epimastigot as - divisão binária Migram para reto Epimastigotas tripomastigotas (infectantes para vertebrados) Eliminados nas fezes Fase aguda sintomática febre, linfadenopatia (aumento dos linfonodos - gânglios linfáticos) e hepatoesplenomegalia; Diagnóstico sugerido por manifestações locais como: Presença dos sinais de porta de entrada - penetração parasita na conjuntiva (olho) ocorre edema bipalpebral unilateral denominado sinal de Romaña, chagoma cutâneo (penetra qualquer parte da pele). Comprovado pelo encontro dos parasitos no sangue periférico (exame a fresco ou gota espessa). Sinal de Romaña Chagoma cutâneo Parasita penetra na pele ocorre: Lesão, inflamação aguda na derme e hipoderme forma furúnculo; Seguida de regressão lenta com descamação denominado chagoma de inoculação; Casos fatais exibem nas necrópsias - miocardite e\ou meningo-encefalite, por vezes com grave broncopneumonia bacteriana como complicação. Miocardite chagásica aguda fatal em criança. Intensa inflamação e presença de parasitos intracelulares - miocárdio. Ao mesmo tempo em que: A infecção abrange mais tecidos e a parasitemia aumenta; Aumenta resposta imune com a produção de anticorpos. Resposta imunológica mais intensa leva: A redução do número de parasitos circulantes até que sejam completamente eliminados da circulação, caracterizando o fim da fase aguda da doença. FIM DA FASE AGUDA: Protozoários que não foram eliminados pela resposta imunológica podem ainda permanecer viáveis no interior das células infectadas; A partir daí está caracterizada a Fase Crônica da Doença de Chagas, que pode evoluir para as manifestações características da Doença de Chagas (forma sintomática). FORMAS CRÔNICAS Forma crônica indeterminada Forma crônica cardíaca Forma crônica digestiva FORMA CRÔNICA INDETERMINADA Estado de infecção silenciosa - latente 10 a 30 anos; Maioria absoluta dos indivíduos infectados Tenha ou não apresentado uma forma aguda Geralmente evolui para um estado de aparente equilíbrio parasito-hospedeiro; Sem manifestações clínicas. •Seja identificada não só pelas evidências sorológicas e/ou parasitológicas da infecção; •Como pela demonstração radiológica e eletrocardiográfica dos aparelhos digestivo e circulatório. Para ser mais preciso o diagnóstico, exige-se que a forma indeterminada: Cerca de 30% dos casos pode ocorrer: transição para a forma cardíaca anos mais tarde, mas a maioria não mostra tendência evolutiva. Patologia da forma indeterminada tem sido investigada em indivíduos humanos assintomáticos, com sorologia positiva para o T. cruzi, através de: Biópsias miocárdicas ou em necrópsias após morte acidental ou suicídio. FASE CRÔNICA SINTOMÁTICA Sistema cardiocirculatório (FORMA CARDÍACA); Sistema digestório (FORMA DIGESTIVA); Ambos (FORMA CARDIODIGESTIVA ou MISTA) – observa-se reativação intensa do processo inflamatório; Forma cardíaca – Cardiopatia crônica Alterações eletrocardiográficas; Sintomas clínicos: palpitações e tonturas; Aumento do coração; Forma crônica cardíaca é representada por uma: - Miocardiopatia inflamatória fibrosante, arrítmica que leva a uma insuficiência cardíaca progressiva, de curso fatal. Muitas vezes ocorre uma lesão na ponta do ventrículo esquerdo, • designada como "lesão da ponta" ou "aneurisma (dilatação vascular)". FORMA DIGESTIVA Megaesôfago seguida o megacólon. Manifestações iniciam como: Incoordenação motora, devido ao comprometimento do sistema nervoso autônomo (plexos mioentéricos). Megaesofâgo Sintomas – dificuldade de deglutição, dor retroesternal, regurgitação, pirose (azia), soluço, tosse; Megacólon – diagnóstico mais tardio constipação (sintoma mais frequente); Complicações mais graves – obstrução intestinal e perfuração levando a peritonite. PROFILAXIA Ligada as condições de vida e modificação do ambiente; Promover educação ambiental e sanitária; Melhoria das habitações rurais; Combate ao barbeiro; Controle de doador de sangue; Controle de transmissão congênita – mãe sorologia positiva bebê examinado imediatamente; DIAGNÓSTICO Fase aguda Visualização do protozoário através de métodos diretos de esfregaços e gotas espessas de sangue e cultura; PCR; Biópsias de linfonodos; Fase Crônica Métodos de imunodiagnóstico, imunofluorescência, ELISA. TRATAMENTO: Nifurtimox e Benzonidazol - medicamentos oferecem pouca eficiência sobre as formas intracelulares (amastigotas) apresentando um melhor resultado sob as formas tripamastigotas (sangue); O tratamento aplicado e os resultados dependem também da fase em que o paciente encontra-se. PACIENTES - FASE AGUDA Transmissão da infecção dependendo da idade, os medicamentos reduzem a parasitemia e levam a diminuição da sintomatologia. PACIENTES – FASE CRÔNICA Quando as lesões cardíacas e digestivas ainda estão no início ou são ausentes, o emprego das drogas proporcionam redução ou retardamento do aparecimento das lesões; SITUAÇÕES DOS MEGAS (ESÔFAGO, CÓLON): Recomenda-se a correção cirúrgica. Apesar de ocorrer em pequeno número, a cura da infecção chagásica, necessita de um rigoroso critério. Atualmente só se consideram curados pacientes que após algum tempo de tratamento apresentam exames parasitológicos e sorológicos negativos.
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