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2011 Fortaleza - Ceará Coordenadoria de Proteção Social Básica e Segurança Alimentar e Nutricional Célula de Diversidade e Acessibilidade Elaboração Franciete de Gois Marques Verônica Maciel Medeiros de Brito Revisão Evaldo Cavalcante Monteiro Francisco Gilberto Rodrigues da Silva Verônica Maciel Medeiros de Brito Apoio Crispim Henrique de Azevedo Neto Nataly Teixeira Coelho Ilustrações e formatação Francisco Lúcio Cabral Pinheiro Filho Revisora Raymundinha Medeiros Cavalcante Impressão GMB Gráfica e Editora LTDA. Antônia Ilma Cidrão Rocha Cid Ferreira Gomes Governador do Estado do Ceará Evandro Sá Barreto Leitão Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social Mary Anne Libório de Patrício Ribeiro Coordenadora de Proteção Social Básica e Segurança Alimentar e Nutricional Verônica Maciel Medeiros de Brito Orientadora da Célula de Diversidade e Acessibilidade uase acreditei que não era nada, ao me tratarem como nada. Quase acreditei que não seria capaz, quando não me chamavam por acharem que eu não era capaz. Quase acreditei que não sabia, quando não me perguntavam por acharem que eu não sabia. Quase acreditei ser diferente, entre tantos iguais, entre tantos capazes e sabidos, entre tantos que eram chamados e escolhidos. Quase acreditei estar de fora, quando me deixavam de fora porque... que falta fazia? E de quase acreditar adoeci; busquei ajuda com doutores, mestres, magos e querubins. Procurei a cura em toda parte e ela estava tão perto de mim. E ensinaram-me a olhar para dentro de mim mesmo e perceber que sou exatamente como os iguais que me faziam diferente. E acreditei profundamente em mim. Q E tenho como dívida com a vida fazer com que cada ser humano se perceba, se ame, se admire de si mesmo, como verdadeira fonte de riqueza. Foi assim que cresci: acreditando. Sou exatamente do tamanho de todo ser humano. E por acreditar perdi o medo de dizer, de falar, participar e até de cometer enganos. E se errar? Paciência, continuo vivendo por isso aprendendo. E errar é humano! Autor desconhecido SUMÁRIO Apresentação.........................................................................11 Falando Sobre as Deficiências Capítulo I - Deficiência Auditiva...........................................13 Definição..........................................................................15 Curiosidades e Dicas.......................................................16 Relato Pessoal.................................................................20 Capítulo II - Deficiência Visual.............................................23 Definição..........................................................................25 Curiosidades e Dicas.......................................................26 Relato Pessoal.................................................................31 Capítulo III - Deficiência Intelectual.....................................33 Definição..........................................................................35 Curiosidades e Dicas.......................................................36 Relato Pessoal.................................................................38 Capítulo IV - Deficiência Motora..........................................41 Definição..........................................................................43 Curiosidades e Dicas.......................................................45 Relato Pessoal.................................................................47 Você Sabia?........................................................................67 Capítulo V - Outras Ações...................................................51 É natural que uma pessoa dita “normal” quando encontra uma pessoa com deficiência fique confusa, sem saber como abordá-la ou como se relacionar com ela, demonstrando insegurança e, muitas vezes, sentindo desconforto e constrangimento. Esse desconforto diminui, e pode até mesmo desaparecer, quando essas pessoas passam a conviver umas com as outras sem precisarem esconder suas limitações. Ignorar o problema é algo prejudicial àqueles que já vivem com inúmeras dificuldades. Torna-se imprescindível encarar a deficiência com naturalidade e simplicidade. Devemos nos relacionar normalmente com as pessoas com deficiência. São fundamentais para uma boa convivência: jamais fazer de conta que a deficiência não existe e nunca ignorar as limitações. Não devemos criar uma pessoa que não existe por pena, falta de coragem ou acanhamento. As características próprias da pessoa com deficiência com quem convivemos devem ser consideradas, no dia a dia, seja um pai, uma mãe, um filho, um irmão, um amigo, um colega de trabalho. A naturalidade deve ser perceptível no nosso relacionamento com as pessoas com deficiência. Não devemos ter medo de cometer erros, afinal de contas todos nós temos limites. A convivência harmônica é resultante da compreensão e do respeito mútuo. As situações embaraçosas sempre existirão. Nesses momentos, uma boa dose de delicadeza, sinceridade e bom humor ajudam a superá-los e aproximar as pessoas. Outro ponto importante é não subestimar as possibilidades nem superestimar as dificuldades. Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que as demais. A deficiência É APRESENTAÇÃO causa limitações que impossibilitam a pessoa de realizar algumas atividades, porém essas limitações são compensadas com habilidades para outras ações. Existe ainda uma grande resistência à aceitação do outro quando esse outro não faz parte do padrão de perfeição estipulado pela sociedade. Tal resistência, muitas vezes, gera um sentimento de rejeição e exclusão, nas pessoas com deficiência, que precisam ter garantidos os seus direitos sociais. Apesar dos avanços, ainda há muito a ser conquistado. Diante da realidade atual em que as relações ainda são baseadas no ter e não no ser, a leitura desta Cartilha possibilitará profundas reflexões sobre o que se pode fazer pelo outro e ainda não é feito devido ao ativismo do cotidiano e, muitas vezes, devido à insensibilidade que está se tornando normal. Esta Cartilha traz informações sobre as tipologias das deficiências, suas definições e características, assim como sobre as diversas formas de tratamento, adequadas e inadequadas. Traz também a legislação que regulamenta a garantia dos direitos das pessoas com deficiência e as ações do Governo voltadas para a assistência a essas pessoas. As deficiências são apresentadas de forma lúdica, com ilustrações que retratam situações do dia a dia dessa parcela da sociedade. Os relatos de superação pessoal apresentados, muito mais que a teoria, enriquecerão a leitura, bem como contribuirão para um melhor entendimento acerca das deficiências em seus múltiplos aspectos. Verônica Maciel Medeiros de Brito Orientadora da Célula de Diversidade e Acessibilidade Falando Sobre as Defic iências - Capítulo I - Falando Sobre as Defic iências - Capítulo I - Deficiência AuditivaDefic iência Auditiva Oi, eu sou Isabelle, na minha infância tive sarampo e fiquei surda. Mas tenho uma vida de sucesso. Então, vamos conversar sobre essa deficiência?! eficiência auditiva (também conhecida como hipoacusia) é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doença. No passado,costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o trabalho de ensino da linguagem oral permitiram aos surdos os meios de desenvolvimento de sua inteligência. Essa classificação é feita através de um exame, chamado AUDIOMETRIA. Após o resultado será verificado se existe a possibilidade do uso de Prótese. É importante lembrar que essas pessoas muitas vezes não falam porque não ouvem, mas elas podem emitir som. Muitos aprendem a se comunicar através da leitura labial, para compreender o que é dito. A expressão SURDO-MUDO que é muito empregada não é correta, porque geralmente as pessoas não são MUDAS, mas SURDAS, elas leem os lábios e falam. Quando não falam não quer dizer que não tenham a capacidade para falar, pois na maioria das vezes não aprenderam a articular som. Com o acompanhamento especializado de um profissional fonoaudiólogo, a fala poderá se desenvolver. D CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE SURDEZ 25db a 40db..................Surdez leve 41db a 55db..................Surdez moderada 56db a 70db..................Surdez acentuada 71db a 90db..................Surdez severa Acima de 91 db.............Surdez profunda DEFINIÇÃO 15 Fale de frente para a pessoa. Fale devagar e baixo, assim reduzirá o tom da voz naturalmente. A linguagem gestual é universal, no Brasil habitualmente se usa a Linguagem de sinais-LIBRAS. Fale pausadamente todas as palavras, sempre olhando diretamente para ela a fim de que ela possa ver o movimento dos lábios. Mantenha sua boca sempre de frente para ela. Numa reunião, ou festa onde há uma concentração grande de pessoas falando ao mesmo tempo, lembre-se de lhe dizer o que está acontecendo, ou pelo menos posicione de frente ao interlocutor principal. Assim ela poderá participar ativamente do evento. ADEQUADO INADEQUADO VOCÊ TÁ INDO PRA ONDE? Ei! Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com deficiência auditiva 16 Não grite, ela não escuta e se estiver com aparelho vai incomodar bastante. Não cutuque para chamá-los, eles se irritam com isso. INADEQUADO Detesto cigarro!! Vou fazer um charme pra ela... 1º encontro... Você sabe algo sobre esse filme?! Dá um beijinho?! ?!Está gostando da viagem?! Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com deficiência auditiva 17 A leitura dos lábios fica impossível se você gesticular, fechar a visão dos seus lábios, ou ficar contra luz. Evite usar palavras no diminutivo, isto pode atrapalhar o entendimento deles. Nunca fale com uma pessoa surda no escuro. Sempre valorize as informações vindas de uma pessoa com surdez, pois ninguém sabe mais a respeito da deficiência do que ela. Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS Língua Brasileira de Sinais foi desenvolvida a partir da língua de sinais francesa. As línguas de sinais não são universais, cada país possui a sua. A LIBRAS possui estrutura gramatical própria. Os sinais são formados por meio da combinação de formas e de movimentos das mãos e de pontos de referência no corpo ou no espaço. Segundo a legislação vigente, Libras constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundo de comunidades de pessoas com deficiência auditiva no Brasil, no qual há uma forma de comunicação e expressão, de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria. É importante ressaltar que a Lei N° 10.436, decretada e sancionada em 24 de abril de 2002, no seu artigo 4º, dispõe o seguinte: "O sistema educacional federal e sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, o ensino da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente". Apesar dessa implantação existia naquele ano uma grande resistência por parte das Instituições, pois o número de pessoas qualificadas para atuarem como intérpretes era restrito. Opiniões, levantamentos, surgiram, tais como: “A pessoa podia e devia aprender a leitura labial, pois onde chegasse existia a possibilidade de se comunicar”. A 18 LIBRAS - Alfabeto 19 história de vida dessa professora de LIBRAS demonstra a imensa capacidade de superação das pessoas com deficiência. Exatamente aos 6 meses de vida contraiu sarampo, houve todo um cuidado em tratá-la, levando-a ao médico, ministrando a medicação adequada, até que finalmente ficou curada, retornando a sua casa. Com um ano sua mãe foi percebendo que Márcia não respondia aos seus chamados, foi então que descobriu que por causa do sarampo sua filha havia ficado surda. Com o tempo, Márcia foi aprendendo a se comunicar, usar a linguagem de sinais. Aos 3 anos de idade foi para o Instituto de Surdos onde foi alfabetizada. Aos 14 anos ocorreu uma grande mudança na sua vida: ingressou na escola regular, o que no A Nome: Maria Márcia Fernandes de Azevedo Data do Nascimento: 10/06/1978- 31 anos Escolaridade: 7º semestre de Letras/LIBRAS/UFC/UFSC Profissão: Professora de LIBRAS do Instituto Cearense de Educação de Surdos e Diretora de turmas 20 momento não foi uma experiência positiva. O grande empecilho: a COMUNICAÇÃO, pois ela era a única usuária de LIBRAS, e muitos preferiam a distância. A metodologia da professora era no mínimo preconceituosa, sempre deixava Márcia de fora das atividades por causa da sua deficiência. Foi difícil sua socialização, porém sempre teve apoio da família, que apesar da preocupação soube cuidar sem superproteger, contribuindo para a formação de uma personalidade forte, corajosa e determinada. Hoje Márcia é estudante universitária, faz o curso de LIBRAS da Universidade Federal do Ceará – UFC, em parceria com Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, e também é professora de LIBRAS no Instituto Cearense de Educação de Surdos. Márcia em sala de aula do Instituto Cearense de Educação de Surdos 21 Deficiência VisualDefic iência Visual Falando Sobre as Defic iências - Capítulo I I - Falando Sobre as Defic iências - Capítulo I I - Olá, eu sou Jorge! Sou cego de nascença, pois minha mãe teve rubéola na gravidez. Mas isso não me impediu de chegar à Universidade! DEFINIÇÃO O O termo deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (visão subnormal ou baixa visão) e ausência total da resposta visual (cegueira). Segundo a OMS, o indivíduo com baixa visão ou visão subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas respostas visuais, mesmo após tratamento e/ ou correção óptica convencional, e uma acuidade visual menor que 6/18 à percepção de luz, ou um campo visual menor que 10 graus do seu ponto de fixação, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e/ ou execução de uma tarefa. Os estudos desenvolvidosdistinguem 3 tipos de pessoas com deficiência visual: • CEGOS: Têm somente a percepção da luz ou não têm nenhuma visão e precisam aprender através do método Braille e de meios de comunicação que não estejam relacionados com o uso da visão. • COM VISÃO PARCIAL: Têm limitações da visão a distância, mas são capazes de ver objetos e materiais quando estão a poucos centímetros ou no máximo a meio metro de distância. • COM VISÃO REDUZIDA: Podem ter seu problema cor r ig ido por cirurgias ou pela utilização de lentes. CAUSAS As principais causas da cegueira e das outras deficiências visuais têm se relacionado a amplas categorias: Doenças infecciosas - Acidentes - Ferimentos Envenenamentos - Tumores Influências pré-natais e hereditariedade - Doenças gerais 25 Nem sempre as pessoas cegas ou com deficiência visual precisam de ajuda, mas se você encontrar alguma que pareça estar em dificuldades, identifique-se, faça-a perceber que você está falando com ela e ofereça seu auxílio. Caso sua ajuda seja aceita,coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado ou em seu ombro, conforme a preferência da pessoa a ser guiada. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando. É sempre bom você avisar antecipadamente a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e obstáculos em geral durante o trajeto. Num corredor estreito, por onde só é possível passar uma pessoa, coloque o braço ou o ombro para trás, de modo que a pessoa cega possa continuar seguindo você. Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, você deve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto, informando se esta tem braço ou não. ADEQUADO Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com deficiência visual Boa tarde, por favor, como encontro o link do cadastro? Boa tarde, é só o senhor clicar no círculo verde no canto superior direito... Não tem outra forma, eu não posso ver esse círculo... Como não pode ver?! Só falta falar que é cego, rsrs.... 26 INADEQUADO Eu tô esperando o ônibus!!!! ÔNIBUS Fica pra lá...!? Dá pra atravessar?! POSSO AJUDAR??? Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com deficiência visual 27 Nunca ajude sem perguntar antes como deve fazê-lo. Ao responder uma pergunta de uma pessoa cega, evite fazê-lo com gestos, mexendo a cabeça para dizer sim ou não. Não aponte algum lugar com o seu dedo indicador, lembre-se de que a pessoa cega não está vendo seus gestos. Não grite quando falar com uma pessoa com deficiência visual, pois ela escuta muito bem. Alfabeto - Braille raille é um sistema de leitura com o tato para cegos, inventado pelo francês Louis Braille, que perdeu a visão aos três anos. Quatro anos depois, ele ingressou no Instituto de Cegos de Paris. Em 1827, então com dezoito anos, tornou-se professor desse instituto. Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz, Louis Braille fez algumas adaptações no sistema de pontos em relevo. Em 1829, publicou o seu método. O sistema Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em relevo, que o deficiente visual distingue por meio do tato. A partir dos seis pontos salientes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais. Braille morreu de tuberculose, em 1852, ano em que seu método foi oficialmente adotado na Europa e na América. Um cego experiente pode ler duzentas palavras por minuto. B 28 Cão Guia - Os olhos de quem o conduz O Cão é um animal m u i t o e s p e c i a l . P o s s u i temperamento dócil e, sendo dotado de grande inteligência, ama profundamente o dono, e por isso sente prazer no seu trabalho, e funciona como os olhos do cego. Ele não cansa jamais, e é treinado para acompanhar seu dono 24 horas por dia. Atualmente as raças utilizadas no mundo inteiro são: Retrevier do Labrador, Golden Retrevier, Collie (pelo longo ou curto) Boxer, Pastor Alemão, raças que possuem temperamento, tamanho e características adequadas para a função. Entretanto o que importa não é a raça, mas sim o cão. Nem todas as pessoas com dificuldade visual se adaptam ao cão guia, por isso as necessidades do deficiente visual são cuidadosamente analisadas e um cão conveniente é selecionado, pois a adaptação do cego ao cão é fundamental. O Projeto Cão-Guia do Distrito Federal é a única escola do País que prepara o animal desde o nascimento até a entrega aos cegos. É importante ressaltar que não é apenas o cão que deve estar adestrado, mas a pessoa com deficiência visual também. 29 Cão Guia - Os olhos de quem o conduz Qual o trabalho do cão-guia? A utilização do cão-guia tem como objetivo principal proporcionar aos deficientes visuais um grau máximo de independência, que tanto buscam e necessitam, proporcionando-lhes mais mobilidade, segurança e elevando sua autoestima. Posso falar ou tocar em um cão-guia? Infelizmente, não. O cão-guia, durante o trabalho, está bastante concentrado, portanto falar ou tocá-lo pode distraí-lo. Procure conversar ou ajudar o usuário somente quando for solicitado. 30 artonio relata que já nasceu com uma dificuldade visual, tinha uma visão embaçada, vendo apenas vultos, o que o deixava muito angustiado. Quando perdeu a visão por completo, por incrível que possa parecer, ficou mais aliviado, pois começou a frequentar a escola para cegos (Instituto dos Cegos). E foi a partir desse momento que começou a nascer em seu interior uma imensa vontade de superação. Com essa nova realidade, a família ficou um pouco aflita, aceitou bem porém tratou de superprotegê-lo. Segundo ele, a maior dificuldade encontrada foi na qualificação profissional, pois as barreiras são muitas e somente quem tem certeza do que realmente quer é capaz de superá-las. Sua vontade de aprender ajudou muito e o preconceito foi superado. Hoje se sente capaz para enfrentar qualquer obstáculo. Atualmente trabalho na Gráfica Braille da STDS e se sente M Nome: Martonio Torres Carneiro Data do Nascimento: 09/01/1966- 44 anos Escolaridade: Ensino Médio Profissão Revisor Braille e Auxiliar de Radiologia 31 plenamente realizado profissionalmente, pois o conhecimento e o empenho estão tornando-o cada vez mais ágil no que faz, está fazendo o que mais gosta e faz com muita dedicação, cada trabalho é uma descoberta. Além do trabalho na Gráfica, trabalha à noite no Hospital da UNIMED (Setor de Radiologia). Revelou que ás vezes vai trabalhar muito cansado devido ao plantão da noite, mas como sente tão gratificante o seu trabalho diurno supera qualquer dificuldade. Martonio já trabalhou durante 9 meses num Hospital, em São Paulo. Trabalhou 18 anos na Clínica Berualdo Jurema como Auxiliar de Radiologia. Na Biblioteca Pública trabalhou 7 meses como atendente Braille. É importante ressaltar que seu primeiro emprego foi de office boy, um emprego desafiador para um deficiente visual, porém também teve êxito nessa função. Conforme relato, é extremamente feliz e realizado na vida. Casado com uma mulher dedicada e muito atenciosa, também com deficiência visual, têm um filho, hoje com dez anos, e são muito felizes. Martonio na Gráfica Braille 32 Falando Sobre as Defic iências - Capítulo I I I - Falando Sobre as Defic iências - Capítulo I I I - DeficiênciaIntelectualDefic iência Intelectual Sou Bárbara! Gosto de ajudar as pessoas, dizem que sou prestativa e sou muito feliz! egundo a Associação Americana de Deficiência Mental (AAMR) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), Deficiência Intelectual ou Deficiência Mental é o estado de redução notável do funcionamento intelectual, significativamente abaixo da média, oriundo no período de desenvolvimento e associado a limitações de pelo menos dois aspectos do funcionamento adaptativo ou da capacidade do indivíduo de responder adequadamente as demandas da sociedade em comunicação, cuidados pessoais, competências domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho. Diante de tais características, ressaltaremos a seguir algumas informações de como podemos conviver de forma harmoniosa, com pessoas acometidas desta deficiência. S DEFINIÇÃO 35 Cumprimente a pessoa com deficiência intelectual de maneira normal e respeitosa, não se esquecendo de fazer o mesmo ao se despedir. Dê-lhe atenção, dirigindo-lhe palavras como: • que bom que você veio • gostamos quando você vem nos visitar, tentando manter a conversa no nível de entendimento dela. Seja natural. Evite a superproteção. As pessoas com esta deficiência são extremamente perceptivas e espontâneas. ADEQUADO INADEQUADO Olha lá! Ela é doentinha mas sabe fazer as coisas! Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com deficiência intelectual 36 Nunca use expressões como “doentinho”, “bobinho”, “mongoloide”, “mongol”, “débil mental” e outras igualmente pejorativas. INADEQUADO Tô pronta pra ir pro jogo!!! Ah! o jogo... Pra mim?!?! Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com deficiência intelectual 37 Não se assuste se repentinamente, ela se dirigir a você com uma flor, ou para lhe dar um forte e carinhoso abraço. A memória para promessas é . Portanto, não se comprometa com o que não pretende cumprir. excelente “ osto muito dos meus ídolos Zezé de Camargo e Luciano. Sou torcedor do Ceará e gosto muito de discutir os detalhes pelas rádios Verdes Mares e Cidade. Minha maior dificuldade enfrentada foi quando perdi minha mãe. Tinha 6 anos de idade, em plena noite de Natal, 25 de dezembro e 1995. Depois, no outro ano, foi meu pai que morreu. Eu tinha uma grande mania de ir para os terminais de ônibus pedir esmolas, e como não sabia ler decorava os números dos ônibus. Fui morar com mais dois irmãos, um deficiente. As dificuldades aumentaram, de repente surgiu “uma filha de Deus” - Luiza Tereza Santana, que ficou cuidando de mim e eu cuidava do meu irmão, levando comida, roupas e compartilhando tudo. Foi ela que me internou no Hospital Suliano, onde passei nove G Nome: Darlan Lopes de Brito Data do Nascimento: Escolaridade: 22/08/1989- 21 anos Ensino Fundamental(cursando) 38 Profissão Auxiliar Administrativo Darlan trabalhando no Núcleo de Ações Socioassistenciais - NASA/CPSB/STDS - 39 meses. Quando saí de lá, fui para o ADOC onde desenvolvi minhas habilidades. Como me saí muito bem, como me esforcei, fui engajado no Projeto Somar como bolsista e depois teve aquela bela festa para minha contratação na STDS como Auxiliar Administrativo. Agora, eu queria falar um pouco: agradecer aos meus colegas pelo apoio que tenho recebido por parte dos funcionários da STDS, mas especificamente do NASA, pois hoje tenho uma vida digna com um emprego e um futuro brilhante. De tanto insistir e persistir, de estudar e trabalhar, Deus fez um milagre em mim. Afirmo que ao caminhar não perdi as forças, enfrentei barreiras e as barreiras foram quebradas. Os meus companheiros de trabalho são gentis, bacanas e muito atenciosos. Pois tudo iniciou a minha contratação com a ajuda deles, agora deixo meu abraço a todos eles.” Falando Sobre as Defic iências - Capítulo IV - Falando Sobre as Defic iências - Capítulo IV - Deficiência MotoraDefic iência Motora Eu me chamo Salomão. Fui vítima da violência urbana, de uma bala perdida. Superação é a minha marca! eficiência motora é a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos e conforme o grau do comprometimento ou o tipo de acometimento fala-se em paralisia ou paresia. O termo paralisia se refere à perda da capacidade de contração muscular voluntária, por interrupção funcional ou orgânica em um ponto qualquer da via motora, que pode ir do córtex cerebral até o próprio músculo; fala-se em paralisia quando todo movimento nesta situação é impossível. O termo paresia refere-se ao movimento apenas limitado ou fraco. Vem do grego PARESIS e significa relaxação, debilidade. Nos casos de paresias, a mobilidade se apresenta apenas num padrão abaixo do normal, no que se refere à força muscular, precisão do movimento, amplitude do movimento e resistência muscular localizada, ou seja, refere-se a um comprometimento parcial, a uma semiparalisia. D DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO DAS PARALISIAS Dependendo do número e da forma como os membros são afetados, a paralisia, recebe a seguinte classificação: Monoplegia – condição rara em que apenas um membro é afetado. Diplegia – quando são afetados os membros superiores. Hemiplegia – quando são afetados os membros do mesmo lado. Triplegia – condição rara em que três membros são afetados. Tetraplegia/ Quadriplegia – quando a paralisia atinge todos os membros, sendo que a maioria dos pacientes com este quadro apresentam lesões na sexta ou na sétima vértebra. Paraplegia – quando a paralisia afeta apenas os membros inferiores, podendo ter como causa uma lesão medular torácica ou lombar. Este trauma ou doença altera a função medular, produz como consequências, além de déficits sensitivos e motores, alterações viscerais e sexuais. 43 CAUSAS DIVERSAS OU DESCONHECIDAS Paralisia cerebral por prematuridade; anoxia perinatal; desnutrição materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras. Hemiplegias – por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras. Lesão medular – por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas, traumatismos diretos; quedas; processos infecciosos; processos degenerativos e outros. Amputações – causas vasculares; traumas; malformações congênitas; causas metabólicas e outras. Febre reumática – doença grave que pode afetar o coração. Miastenias graves – consistem num grave enfraquecimento muscular sem atrofia. – O que ele achou da competição? Acho que ela deveria perguntar isso para mim?!?! TREINADOR 44 Não se preocupe se uma pessoa com muletas for descer ou subir uma escada. Ao conduzir uma cadeira de rodas, numa ladeira ou em escada faça-o de ré, pois assim o cadeirante terá a segurança do encosto da cadeira e de você, atrás dele. Quando estiver empurrando uma pessoa sentada numa cadeira de rodas e parar para conversar com alguém, lembre-se de virar a cadeira de frente para que a pessoa também possa participar da conversa. Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quando for escolher uma casa, restaurante, teatro ou outro local que queira visitar com uma pessoa com deficiência. ADEQUADO INADEQUADO Vamos chegar ligeirinho!!! Eu não estou com pressa... Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa comdeficiência motora 45 Jamais empurre uma cadeira de rodas sem ser solicitado ou ter a permissão para isso. Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com deficiência motora INADEQUADO ...e eu que ainda vinha com sacola! ÔNIBUS Minha bolsa está muito pesada... Vamos ver se essa cadeira corre?! fiu... CUIDADO PRA TRÁS!!!!! 46 Não pendure nada nas alças da cadeira. Não brinque de soltá-los numa ladeira, eles têm verdadeiro pavor de acidentes e quedas. Nunca ignore as orientações da pessoa que está na cadeira de rodas. m 1998 a vida de Fernando mudou radicalmente, uma mudança um tanto sofrida para ele e para toda a família. Quando tinha 26 anos, um de seus “amigos” na época, por causa de uma reclamação acerca da altura do som, o acertou com quatro tiros que lhe atingiram a medula, deixando os membros inferiores paralisados. Ele iniciou a entrevista afirmando: “A minha recuperação se deu porque eu sempre tive um alicerce chamado sagrada família”, e continuou dizendo que seus pais e seus irmãos tiveram um papel fundamental em todo o processo de superação. É importante ressaltar que a forma como o médico lhe deu a notícia da lesão e das consequências, e também da necessidade de E Nome: Fernando Gomes Data do Nascimento: 19.12.1972- 38 anos Escolaridade: Formação Acadêmica - NBA Gestão de Pessoas Profissão: Professor 47 fazer o trabalho de reabilitação, foi de grande importância, pois as palavras não soaram como uma sentença de incapacidade, mas sim como um recomeço. Quatro meses depois do diagnóstico, Fernando estava indo com a família para o Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Foi lá que ele soube o verdadeiro significado da palavra reabilitação, pois sempre a associou com recuperação, e com o tratamento descobriu que não era bem assim. Somente seis meses depois do tiro, ele teve o choque de estar paraplégico, quando teve uma pequena discussão com sua irmã e no momento de raiva quis levantar-se e caiu. Além da queda física houve também a queda psicológica, vieram à tona todos os medos e angústias que são naturais na vida da pessoa com alguma deficiência, principalmente se essa deficiência é adquirida já na fase adulta. Voltou a Brasília não só para a reabilitação física, mas também para o acompanhamento psicológico, fez novas amizades, conheceu pessoas com dificuldades ainda maiores que as suas e foi vendo que muito mais tinha para agradecer do que para lamentar. Sua namorada na ocasião ficou um tempo ao seu lado, mas não suportou a pressão da família e acabou indo embora, um outro choque não só pela pessoa que partia, mas pela incerteza de encontrar alguém que o aceitasse. Uma outra surpresa: os antigos “amigos” foram pouco a pouco se afastando, como ele diz: ” Comecei a perceber que aqueles que tinham admiração por mim, mas não faziam parte do meu grupo de amigos, acabaram se tornando meus novos companheiros”. No início do tratamento, sua família, 48 VAGAS PARA DEFICIENTE S 3º AND AR pensando sempre no melhor para ele, conseguiu sua aposentadoria o que foi muito, aparentemente. Em 2000 encontrou uma garota que foi o divisor de águas na sua vida, foi ela quem o incentivou a estudar, fazer uma faculdade, voltar a trabalhar, ou seja, retomar sua vida, seus sonhos. Cheio de esperança e coragem começou o Curso Superior de Gestão de Pessoas e nesse momento percebeu as consequências daquela aposentadoria, viu que tinha mais um obstáculo para superar . 49 Em 2004 conheceu o Laboratório de Inclusão/STDS, por intermédio de pessoa do João Monteiro, o qual chama “meu anjo”. Foi no laboratório que teve sua primeira oportunidade na área acadêmica em que se formou. Por causa da aposentadoria não pôde ser contratado, pois perderia o benefício. Então começou como estagiário no Centro Comunitário Tancredo Neves, onde passou um ano e sete meses. Ao sair de lá, foi para o SINE onde também trabalha como estagiário, porém está à espera de uma oportunidade de emprego e quando aparecer dispensará sua aposentadoria para ser contratado com Carteira de Trabalho assinada. Quando isso acontecer, deixará de ser “aposentado por invalidez” para ser um trabalhador produtivo e capaz. Fernando finaliza a entrevista homenageando seu pai, que faleceu em dezembro de 2009. Ele diz: “Tudo que eu conquistei é para que ele e toda a minha família veja que valeu a pena o esforço que fizeram por mim. Meu pai, minha mãe, meu irmão e minha irmã são meus tesouros”. 50 - Capítulo V -- Capítulo V - Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! Instâncias Inst itucionaisInstâncias Inst itucionais Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ CEARÁ ACESSÍVEL Concepções e Práticas O debate mais recente sobre o conceito de acessibilidade não se limita as barreiras e questões inerentes ao ambiente físico, mas alarga-se e converge para uma pluralidade de condicionantes essenciais ao enfrentamento das barreiras atitudinais, compreendendo, portanto a perspectiva do olhar multifocal com vistas a equidade em múltiplas dimensões. Nessa lógica, as ações do Ceará Acessível consistem em experiência concreta e inovadora, reunindo uma diversidade de projetos e ações convergentes para a garantia de direitos dos idosos e pessoas com deficiência numa representatividade gráfica que se delineia numa forma espiral sistêmica que viabiliza a transversalidade de suas ações. Portal Inclusivo: http://www.portalinclusivo.ce.gov.br/ 53 Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! 54 Portal Inclusivo é uma iniciativa da Primeira Dama do Estado, Maria Célia Habib Moura Ferreira Gomes, em parceria com a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) e apoio técnico da Empresa de Tecnologia da Informação do Estado do Ceará (ETICE). A estrutura do Portal Inclusivo está dividida em quatro categorias: 1- Pessoa Idosa (com informações e serviços para esse segmento, apresentando opções de trabalho, educação, saúde, lazer, cultura, esporte e acessibilidade). 2- Pessoa com Deficiência (com informações e serviços para esse segmento, apresentando opções de trabalho, educação, saúde, lazer, cultura, esporte e acessibilidade. Nela pode-se ter acesso aos diversos sistemas informatizados de acessibilidade e material de interesse específico). 3. Onde Denunciar (Com relação de órgãos onde é possível fazer denúncias de abusos, desrespeito e violência contra as pessoas com deficiência e também contra as pessoas idosas). 4- Experiências (espaço onde é possível apreciar algumas histórias exitosas tanto de pessoas idosas como de pessoas com deficiência). Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! SECRETARIA DE TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL – STDS 55 Rua Soriano Albuquerque, 230 - Joaquim Távora CEP: 60.130-160 Fortaleza – Ce MISSÃO Coordenar e executar as Políticas do Trabalho, Assistência Social e Segurança Alimentar e Nutricional, voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população cearense, sobretudo dos grupos socialmente vulnerabilizados. VISÃO DE FUTURO Organização reconhecida publicamente por seu desempenho na coordenação das Políticas do Trabalho, Assistência Social e Segurança Alimentar e Nutricional universalizadas, descentralizadas e intersetoriais, fundamentada numa gestão participativa e transparente, com excelência na qualidade do atendimento, viabilizada por uma política de valorização dos recursoshumanos e por uma infra-estrutura adequada, garante à população direitos e melhoria da qualidade de vida. VALORES -Parceria no desenvolvimento das ações. -Participação social. -Transparência das ações. -Qualidade do serviço prestado ao cidadão, evidenciando a humanização do atendimento. Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! 56 -Integração das ações. -Valorização do servidor. -Melhoria contínua do processo de gestão. Objetiva prevenir situações de risco, por meio do desenvolvimento de potencialidades, de aquisições e do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social, decorrente de pobreza, privação e/ou fragilização de vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento social. Coordena um conjunto de ações que possibilitam articular a implementação de políticas públicas integradas para inclusão social de pessoas com deficiência, idosos, quilombolas, afrodescendentes, indígenas e ciganos. Dentre os projetos executados pela Célula direcionados a pessoas com deficiência destacam-se os seguintes: Projeto Acesso de Pessoas com Deficiência à Inclusão Social A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, desde julho de 1986, promove a distribuição de vale-transporte, exercendo a competência estabelecida pela Lei estadual nº. 11.194, de COORDENADORIA DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - CPSB/SAN CÉLULA DE DIVERSIDADE E ACESSIBILIDADE Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! 57 08/06/1986, que tem como objetivo assegurar a proteção social básica através da concessão de vales-transportes, garantindo o deslocamento das pessoas com deficiência para escolas e locais de tratamento especializado, na perspectiva da habilitação e reabilitação da vida pessoal e social dos beneficiários residentes na Região Metropolitana de Fortaleza e em outros municípios. O projeto tem público-alvo o deficiente visual, auditivo, mental e físico, desde que possua uma lesão permanente e irreversível, e também a sua família, que o acompanha quando necessário. Projeto Investimento Cidadão O projeto propõe-se a fortalecer a Proteção Social Básica junto a pessoas com deficiência, nos serviços mantidos pelas prefeituras, garantindo ainda capacitação aos profissionais e aos conselheiros. Além disso, financia as ações municipais, ampliando o leque de atividades ofertadas, incluindo as de caráter socioeducativo, informativo, socializante e as que promovem a elevação da autoestima. Dessa forma, as gestões municipais promoverão a melhoria da qualidade de vida desse segmento populacional. O acesso aos recursos do Projeto Investimento Cidadão está aberto a todos os municípios do Ceará através do Edital de Seleção Pública de Projetos Voltados à Proteção Social Básica da Pessoa com Deficiência. Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! 58 Gráfica Braille Anexo da Célula de Diversidade e Acessibilidade A criação da Gráfica Braille é um projeto em favor da inclusão social e do respeito à acessibilidade. Ter acesso à informação e ao conhecimento é um direito de todos, e isso não pode ser negado a quem nasceu com uma deficiência visual ou a adquiriu. A Gráfica Braille está situada na Praça Luíza Távora (CEART), funcionando de segunda a sexta- feira, no horário de 8h às 17h, e conta hoje com uma equipe de trabalho composta por quatro pessoas: um coordenador, um assistente e dois deficientes visuais, que são responsáveis pela transcrição, impressão e revisão do material em Braille. Atividades desenvolvidas Transcrição para o sistema Braille de: Ÿ documentos Institucionais; Ÿ boletins informativos; Ÿ convites; Ÿ livros; Ÿ apostilas. Público-alvo Setoriais / Municípios / Universidades / Escolas / Conselhos / Sociedade em geral CONTATOS E-MAIL: diversidade@stds.ce.gov.br Fone/Fax: (85) 3101.4554 E-MAIL: gráfica.braille@stds.ce.gov.br Fone/Fax: (85) 3101.1652 59 Coordena um conjunto de ações planejadas para garantir Segurança Alimentar e Nutricional à população. Projeto SAN em BRAILLE O projeto tem como objetivo favorecer o apoderamento em Segurança Alimentar e Nutricional aos deficientes visuais, visando a garantia de sua autonomia nas escolhas alimentares com hábitos saudáveis de consumo, e elaboração de material didático em BRAILLE (cartilha) “SAN – Consumo Sensorial”. Projeto Visão Alimentar e Nutricional - O Toque da Diferença O projeto tem como objetivo incentivar um processo de diálogo contínuo entre poder público e sociedade civil organizada, sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência visual e auditiva para identificação e consumo de alimentos saudáveis, em seu cotidiano. Produção de material didático transcrito em BRAILLE: 3 cartilhas ( Nº 1 - O Direito Humano à Alimentação Adequada, Nº 2 - Práticas Alimentares e Estilos de Vida Saudáveis e Nº 3 – Hábitos Saudáveis de Consumo). CONTATO E-MAIL: fomezeroceara@stds.ce.gov.br Fone/Fax: (85) 3101.2131 / 3101.4558/3101.4556 CÉLULA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! 60 Objetiva assessorar, acompanhar e monitorar, no âmbito dos municípios, a rede socioassistencial e os Centros de Referência da Assistência Social – CRAS, no tocante aos serviços e programas de proteção social básica. Programa BPC na Escola O programa é uma ação interministerial que envolve os ministérios da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, em parceria com municípios, estados e com o Distrito Federal, e tem por objetivo realizar o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência na escola das pessoas com deficiência, beneficiárias do BPC, até 18 anos, por meio da articulação das políticas de educação, saúde, assistência social e direitos humanos. A intenção é criar condições para o desenvolvimento da autonomia, participação social e emancipação da pessoa com deficiência. O beneficiário deve ter garantida a sua matrícula na escola da sua comunidade. É importante que os pais saibam que a matrícula é um direito do seu filho e uma obrigação do sistema de ensino. Em março de 2008, o governo do Ceará aderiu ao programa. O BPC na Escola realiza anualmente o pareamento de dados entre o Censo Escolar Inep/MEC e o Banco do BPC/MDS, a fim de identificar os índices de inclusão e exclusão escolar dos beneficiários do BPC. Além do pareamento de dados, o BPC na Escola realiza a formação de grupos gestores estaduais para que sejam multiplicadores e estejam aptos a formar outros gestores nos municípios que aderiram ao programa. CÉLULA DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA – CPSB Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! Projeto Fortalecimento da Rede Sócioassistencial - Subvenção Social Apoia com recursos financeiros projetos de entidades de natureza privada, sem fins lucrativos, aptas à prestação de serviços essenciais de assistencial social, contribuindo dessa forma para o fortalecimento da rede socioassistencial e da proteção social. CONTATO E-MAIL: celulaproteçaobasica@stds.ce.gov.br Fone/Fax: (85) 3101.4610 Objetiva atender famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, com direitos violados, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, em cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras. Oferece serviços que garantem ProteçãoIntegral a Famílias (PAIF) e indivíduos em situação de ameaça, violação de direitos e /ou sem referências e ainda a adolescentes cumprindo medidas socioeducativas. Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! 61 COORDENADORIA DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL - CPSE - CÉLULA DE ALTA COMPLEXIDADE Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! 62 Unidade pioneira no estado, que recebe crianças e adolescentes, além de Fortaleza, da Região Metropolitana e demais municípios do Ceará. A clientela abrigada é mista e apresenta deficiência mental leve, moderada, grave (severa) e/ou profunda e deficiências múltiplas associadas ou não, tais como: visual, auditiva, motora, distúrbios de comunicação (fala e linguagem), síndromes, TDAH (transtornos de déficit de atenção e hiperatividade), transtornos mentais, autismo e outros. O Abrigo tem capacidade para atender 53 adultos e 28 crianças/adolescentes com deficiência mental que se encontram em situação de ameaça ou violação de direitos. São encaminhados pelo Juizado da Infância e da Juventude de Fortaleza e/ou pelos Conselhos Tutelares. O ADOC caracteriza-se pelo atendimento personalizado, constituindo-se uma ampliação de suas potencialidades, procurando ainda oferecer um ambiente favorável ao fortalecimento da afetividade. O atendimento é complementado com os serviços oferecidos pela rede pública e privada, no tocante à saúde e educação (clínicas especializadas/Sistema Único de Saúde, escolas e ONG). O ADOC desenvolve, ainda, o Programa de Atendimento ao Excepcional – PRAE, que assiste pessoas com deficiência intelectual em seu domicilio, preferencialmente egressas do Abrigo, com o objetivo de prevenir a institucionalização. O PRAE oferece também, nas dependências do ADOC, atendimento social, psiquiátrico, odontológico, bem como de enfermagem, sendo fornecida mensalmente alimentação e medicação psicotrópica. ABRIGO DESEMBARGADOR OLÍVIO CÂMARA – ADOC Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! 63 O Abrigo é retaguarda institucional, que tem como fundamentação básica e legal o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Nº 8069/90, que estabelece no Art. 4º o dever do Poder Público de assegurar a efetivação dos direitos básicos da população infanto-juvenil, e nos artigos 90 (inciso IV) e 92 e incisos. Convém salientar que as peculiaridades da população-alvo, associadas às precárias condições socioeconômicas das famílias são determinantes para a existência e manutenção da unidade. CONTATO Endereço: Travessa Costa Rica, s/n – Antônio Bezerra Fone/Fax: (85) 3101.1652 Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! 64 MISSÃO: Provocar o surgimento de uma nova sociedade, livre, solidária e inclusiva, através do convívio harmonioso entre as diferenças. O Laboratório é composto do Núcleo de Estágio Universitário e do Núcleo de Acessibilidade Dificultada, promovendo a inclusão pelo trabalho de estudantes de nível médio, universitários e trabalhadores com deficiência, por meio de seleção e acompanhamento, facilitando o convívio e o rompimento das barreiras do preconceito e a inclusão pela participação na arte, na cultura e no esporte, pela inovação das políticas públicas de inclusão social. O referido espaço é constituído por assistente social, psicólogo, pedagogo, estagiários universitários e pessoas com deficiência, que formam um grupo que tem como finalidades: ser um grupo de pressão e conscientização, pela presença, pelas necessidades de acessibilidade visíveis, transformadas em exigências legais; ser um grupo de estudos da acessibilidade humana, quando das pesquisas e encontros mensais, de elaboração de projetos, visitas a entidades parceiras e semelhantes; ser um grupo de autoajuda, pela necessidade de compreender as sequelas deixadas pelas deficiências e as características de cada tipo de deficiência, conhecendo biografias atualizadas e a formulação de conceitos novos; ser um grupo de inclusão, no desenvolvimento de projetos de inclusão pelo trabalho e pela participação. COORDENADORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA - CAFIN - CÉLULA DE GESTÃO DE PESSOAS LABORATÓRIO DE INCLUSÃO Outra s Ações! !! Outra s Ações! !! 65 Inclusão Qualitativa O Laboratório preencheu 40 vagas de colaboradores, mediante processo seletivo, com avaliação de currículo, entrevistas individuais e estágio probatório, avaliando os níveis técnico e emocional, pontualidade e assiduidade, relacionamento interpessoal, nível de interesse e disponibilidade. O acompanhamento das inclusões é feito pela equipe técnica do Laboratório de Inclusão, visando o desenvolvimento pessoal de cada incluso, com a implantação do Plano de Crescimento Individual (PCI) e a participação em projetos e oficinas: Psicologia da Diversidade, AVA-Aprendendo a Viver com Acessibilidade, Teatro, Música Inclusiva, Estudos da Cultura Surda, Geração de Emprego e Renda para a paraplegia e tetraplegia, bem como de atendimentos externos no resgate de pessoas com AD dispostas a assumir o mercado de trabalho. O grupo é composto por 250 pessoas que visam quebrar barreiras pelo combate ao preconceito e pela prática de um novo modelo de sociedade, entre eles, estudantes universitários, funcionários e colaboradores da STDS, voluntários e parceiros com afinidades técnicas e ideológicas. No dia 14 de abril de 2010, a Câmara dos Deputados aprova aposentadoria especial de pessoas com deficiência. O Projeto de Lei Complementar 277/05 permite às pessoas com deficiência se aposentarem com menos tempo de contribuição à Previdência Social. No caso de deficiência moderada, os homens poderão se aposentar com 27 anos de contribuição e as mulheres com 22 anos. São três a menos que a regra atual. Se a deficiência for grave, a redução será de cinco anos: 25 anos para o homem e 20 para a mulher. O texto foi aprovado por 324 deputados, tendo como redator o deputado Ribamar Alves (PSB- MA). Para contarem com o benefício previsto, os segurados terão de comprovar que possuíam a deficiência durante todo o período de contribuição. Para quem adquirir a deficiência após a filiação ao regime geral da Previdência, os tempos diminuídos serão proporcionais ao número de anos em que o trabalhador exerceu atividade com deficiência. PORTARIA Nº 2.344, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2010 ATUALIZA NOME DO CONADE PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS PORTARIA Nº 2.344, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2010 DOU de 05/11/2010 (nº 212, Seção 1, pág. 4) O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições legais, faz publicar a Resolução nº 1, de 15 de outubro de 2010, do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência - CONADE, que altera dispositivos da Resolução nº 35, de 6 de julho de 2005, que 69 dispõe sobre seu Regimento Interno: Art. 1º - Esta portaria dá publicidade às alterações promovidas pela Resolução nº 1, de 15 de outubro de 2010, do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência - CONADE em seu Regimento Interno. Art. 2º - Atualiza a nomenclatura do Regimento Interno do CONADE, aprovado pela Resolução nº 35, de 6 de julho de 2005, nas seguintes hipóteses: I - Onde se lê "Pessoas Portadoras de Deficiência", leia-se "Pessoas com Deficiência"; II - Onde se lê "Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República", leia-se "Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República"; III - Onde se lê "Secretário de Direitos Humanos",leia-se "Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República"; IV - Onde se lê "Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência", leia-se "Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência"; V - Onde se lê "Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência", leia-se "Política Nacional para Inclusão da Pessoa com Deficiência"; Art. 3º - Os artigos 1º, 3º, 5º, 9º e 11, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1º - .................................................................................... XI - atuar como instância de apoio, em todo território nacional, nos casos de requerimentos, denúncias e reclamações formuladas por qualquer pessoa ou entidade, quando ocorrer ameaça ou violação de direitos da pessoa com deficiência, assegurados na Constituição Federal, na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências e demais legislações aplicáveis; XII - participar do monitoramento e implementação da Convenção 70 sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, para que os direitos e garantias que esta estabelece sejam respeitados, protegidos e promovidos; e ..........................................................................................." (NR). Art. 3º - Os representantes das organizações nacionais, de e para pessoa com deficiência na forma do inciso II, alínea a, do art. 2º, serão escolhidos dentre os que atuam nas seguintes áreas: ...................................................................................................... II - um na área da deficiência auditiva e/ou surdez; ...................................................................................................... IV - dois na área da deficiência mental e/ou intelectual; ............................................................................................ (NR). Art. 5º - As organizações nacionais de e para pessoas com deficiência serão representadas por entidades eleitas em Assembleia Geral convocada para esta finalidade e indicarão os membros titulares e suplentes. § 1º - As entidades eleitas e os representantes indicados terão mandato de dois anos, a contar da data de posse, podendo ser reconduzidos. § 2º - A eleição será convocada pelo CONADE, por meio de edital publicado no Diário Oficial da União, no mínimo 90 (noventa) dias antes do término do mandato. § 4º - O edital de convocação das entidades privadas sem fins lucrativos e de âmbito nacional exigirá para a habilitação de candidatos e eleitores, que tenham filiadas organizadas em pelo menos cinco estados da federação, distribuídas, no mínimo, por três regiões do País. ...................................................................................................... § 6º - O processo eleitoral será conduzido por Comissão Eleitoral formada por um representante do CONADE eleito para esse fim, um representante do Ministério Público Federal e outro da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência - SNPD, especialmente convidados para esse fim. ............................................................................................ (NR). 71 Art. 9º - Os Conselhos Estaduais e Municipais de Direitos da Pessoa com Deficiência serão representados por conselheiros eleitos nas respectivas Assembléias Gerais estaduais ou municipais, convocadas para esta finalidade. Parágrafo único - O Edital de Convocação para a habilitação dos Conselhos Estaduais e Municipais será publicado em Diário Oficial pelo menos 90 (noventa) dias antes do início dos novos mandatos e definirá as regras da eleição, exigindo que os candidatos comprovem estar em pleno funcionamento, ter composição paritária e caráter deliberativo. Art. 11 - ..................................................................................... § 1º - A eleição do Presidente e do Vice-Presidente dar-se-á mediante escolha, dentre seus membros, por voto de maioria simples, para cumprirem mandato de dois anos. ...................................................................................................... § 4º - Fica assegurada a representação do Governo e da Sociedade Civil na Presidência e na Vice-Presidência do CONADE e a alternância dessas representações em cada mandato, respeitada a paridade. ...................................................................................................... § 6º - Caso haja vacância do cargo de Presidente, o Vice- Presidente assumirá e convocará eleição para escolha do novo Presidente, a fim de complementar o respectivo mandato, observado o disposto no § 4º deste artigo. § 7º - No caso de vacância da Vice-Presidência, o Plenário elegerá um de seus membros para exercer o cargo, a fim de concluir o mandato, respeitada a representação alternada de Governo e Sociedade Civil. ............................................................................................ (NR). Art. 4º - Revogam-se os §§ 1º, 2º e 3º do art. 9º da Resolução nº 35/2005. Art. 5º - As alterações no Regimento Interno do CONADE entram em vigor na data de publicação desta Portaria. PAULO DE TARSO VANNUCCHI 72 Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC-LOAS ao idoso e à pessoa com deficiência O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC-LOAS, é um benefício da assistência social, integrante do Sistema Único da Assistência Social – SUAS, pago pelo Governo Federal, cuja operacionaliização do reconhecimento do direito é do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e assegurado por lei, que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às condições mínimas de uma vida digna. QUEM TEM DIREITO AO BPC-LOAS - Pessoa Idosa: deverá comprovar que possui 65 anos de idade ou mais, que não recebe nenhum benefício previdenciário, ou de outro regime de previdência, e que tem renda mensal familiar per capita inferior a ¼ do salário-mínimo vigente. - Pessoa com Deficiência (PcD): deverá comprovar que a renda mensal do grupo familiar per capita seja inferior a ¼ do salário- mínimo, deverá também ser avaliado se a sua deficiência o incapacita para a vida independente e para o trabalho, e esta avaliação é realizada pelo Serviço Social e pela Perícia Médica do INSS. Para cálculo da renda familiar é considerado o número de pessoas que vivem na mesma casa, assim entendido: o requerente, cônjuge, companheiro(a), o filho não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido, pais, e irmãos não emancipados, menores de 21 anos e inválidos. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante a comprovação de dependência econômica e desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento e educação. 73 O benefício assistencial pode ser pago a mais de um membro da família desde que comprovadas todas as condições exigidas. Nesse caso, o valor do benefício concedido anteriormente será incluído no cálculo da renda familiar. O benefício deixará de ser pago quando houver superação das condições que deram origem à concessão do benefício ou quando o beneficiário falecer. O benefício assistencial é intransferível e, portanto, não gera pensão aos dependentes. 74 Por favor, você pode... ÔNIBUS ...me informar se o ônibus 201 passa aqui...?!?! Franciete de Gois Marques Pinto Barreiras arquitetônicas significam um grande “Não” diante das tentativas de superação. Escadas, portas estreitas, rampas muito íngremes, são na verdade obstáculos que destroem o direito de ser cidadão das pessoas com deficiência. Referênciasbibliográficas Constituição Federal 1988. Livros: Do Sentidos... pelos Sentidos...para os sentidos autor: Elcie F. Salzano Masini edição 01 ano 2005 editora: Vetor Conversando sobre deficiência autor: Jenny Bryan edição 01 ano 1998 editora: Moderna Internet (Sites) www.bengalalegal.com.br Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 24 Página 25 Página 26 Página 27 Página 28 Página 29 Página 30 Página 31 Página 32 Página 33 Página 34 Página 35 Página 36 Página 37 Página 38 Página 39 Página 40 Página 41 Página 42 Página 43 Página 44 Página 45 Página 46 Página 47 Página 48 Página 49 Página 50 Página 51 Página 52 Página 53 Página 54 Página 55 Página 56 Página 57 Página 58 Página 59 Página 60 Página 61 Página 62 Página 63 Página 64 Página 65 Página 66 Página 67 Página 68 Página 69 Página 70 Página 71 Página 72 Página 73 Página 74 Página 75 Página 76
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