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A interação na vida da pessoa com deficiência

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2011
Fortaleza - Ceará
Coordenadoria de Proteção Social Básica
e Segurança Alimentar e Nutricional
Célula de Diversidade e Acessibilidade
Elaboração
Franciete de Gois Marques
Verônica Maciel Medeiros de Brito
Revisão
Evaldo Cavalcante Monteiro
Francisco Gilberto Rodrigues da Silva
Verônica Maciel Medeiros de Brito
Apoio
Crispim Henrique de Azevedo Neto
Nataly Teixeira Coelho
Ilustrações e formatação
Francisco Lúcio Cabral Pinheiro Filho
Revisora
Raymundinha Medeiros Cavalcante
Impressão
GMB Gráfica e Editora LTDA.
Antônia Ilma Cidrão Rocha
Cid Ferreira Gomes
Governador do Estado do Ceará
Evandro Sá Barreto Leitão
Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social
Mary Anne Libório de Patrício Ribeiro
Coordenadora de Proteção Social Básica
e Segurança Alimentar e Nutricional
Verônica Maciel Medeiros de Brito
Orientadora da Célula de Diversidade e Acessibilidade
 uase acreditei que não era nada, 
ao me tratarem como nada.
Quase acreditei que não seria capaz, 
quando não me chamavam por acharem que eu 
não era capaz.
Quase acreditei que não sabia, 
quando não me perguntavam por acharem que eu 
não sabia.
Quase acreditei ser diferente, 
entre tantos iguais, entre tantos capazes e sabidos, 
entre tantos que eram chamados e escolhidos.
Quase acreditei estar de fora, 
quando me deixavam de fora porque... que falta 
fazia?
E de quase acreditar adoeci;
busquei ajuda com doutores, mestres, magos e 
querubins.
Procurei a cura em toda parte e ela estava tão perto 
de mim.
E ensinaram-me a olhar para dentro de mim mesmo 
e perceber que sou exatamente como os iguais que 
me faziam diferente.
E acreditei profundamente em mim.
Q
E tenho como dívida com a vida 
fazer com que cada ser humano 
se perceba, se ame, se admire de si mesmo, 
como verdadeira fonte de riqueza.
Foi assim que cresci:
acreditando.
Sou exatamente do tamanho
de todo ser humano.
E por acreditar perdi o medo de dizer, de falar, 
participar e até de cometer enganos.
E se errar?
Paciência, continuo vivendo por isso 
aprendendo.
E errar é humano!
Autor desconhecido
SUMÁRIO
Apresentação.........................................................................11
Falando Sobre as Deficiências 
 Capítulo I - Deficiência Auditiva...........................................13
 Definição..........................................................................15
 Curiosidades e Dicas.......................................................16
 Relato Pessoal.................................................................20
 Capítulo II - Deficiência Visual.............................................23
 Definição..........................................................................25
 Curiosidades e Dicas.......................................................26
 Relato Pessoal.................................................................31
 Capítulo III - Deficiência Intelectual.....................................33
 Definição..........................................................................35
 Curiosidades e Dicas.......................................................36
 Relato Pessoal.................................................................38
 Capítulo IV - Deficiência Motora..........................................41
 Definição..........................................................................43
 Curiosidades e Dicas.......................................................45
 Relato Pessoal.................................................................47
 Você Sabia?........................................................................67
 Capítulo V - Outras Ações...................................................51
 É natural que uma pessoa dita “normal” quando 
encontra uma pessoa com deficiência fique confusa, sem 
saber como abordá-la ou como se relacionar com ela, 
demonstrando insegurança e, muitas vezes, sentindo 
desconforto e constrangimento. Esse desconforto diminui, e 
pode até mesmo desaparecer, quando essas pessoas 
passam a conviver umas com as outras sem precisarem 
esconder suas limitações. Ignorar o problema é algo 
prejudicial àqueles que já vivem com inúmeras 
dificuldades. 
Torna-se imprescindível encarar a deficiência com 
naturalidade e simplicidade. Devemos nos relacionar 
normalmente com as pessoas com deficiência. São 
fundamentais para uma boa convivência: jamais fazer de 
conta que a deficiência não existe e nunca ignorar as 
limitações. Não devemos criar uma pessoa que não existe 
por pena, falta de coragem ou acanhamento. As 
características próprias da pessoa com deficiência com 
quem convivemos devem ser consideradas, no dia a dia, 
seja um pai, uma mãe, um filho, um irmão, um amigo, um 
colega de trabalho. 
A naturalidade deve ser perceptível no nosso 
relacionamento com as pessoas com deficiência. Não 
devemos ter medo de cometer erros, afinal de contas todos 
nós temos limites. A convivência harmônica é resultante da 
compreensão e do respeito mútuo. As situações 
embaraçosas sempre existirão. Nesses momentos, uma 
boa dose de delicadeza, sinceridade e bom humor ajudam a 
superá-los e aproximar as pessoas. Outro ponto importante 
é não subestimar as possibilidades nem superestimar as 
dificuldades. Ter uma deficiência não faz com que uma 
pessoa seja melhor ou pior do que as demais. A deficiência 
É
APRESENTAÇÃO
causa limitações que impossibilitam a pessoa de realizar 
algumas atividades, porém essas limitações são 
compensadas com habilidades para outras ações.
Existe ainda uma grande resistência à aceitação do 
outro quando esse outro não faz parte do padrão de 
perfeição estipulado pela sociedade. Tal resistência, muitas 
vezes, gera um sentimento de rejeição e exclusão, nas 
pessoas com deficiência, que precisam ter garantidos os 
seus direitos sociais. 
Apesar dos avanços, ainda há muito a ser 
conquistado. Diante da realidade atual em que as relações 
ainda são baseadas no ter e não no ser, a leitura desta 
Cartilha possibilitará profundas reflexões sobre o que se 
pode fazer pelo outro e ainda não é feito devido ao ativismo 
do cotidiano e, muitas vezes, devido à insensibilidade que 
está se tornando normal. 
Esta Cartilha traz informações sobre as tipologias das 
deficiências, suas definições e características, assim como 
sobre as diversas formas de tratamento, adequadas e 
inadequadas. Traz também a legislação que regulamenta a 
garantia dos direitos das pessoas com deficiência e as 
ações do Governo voltadas para a assistência a essas 
pessoas.
As deficiências são apresentadas de forma lúdica, 
com ilustrações que retratam situações do dia a dia dessa 
parcela da sociedade.
Os relatos de superação pessoal apresentados, muito 
mais que a teoria, enriquecerão a leitura, bem como 
contribuirão para um melhor entendimento acerca das 
deficiências em seus múltiplos aspectos.
Verônica Maciel Medeiros de Brito
Orientadora da Célula de Diversidade e Acessibilidade
Falando Sobre as Defic iências 
- Capítulo I -
Falando Sobre as Defic iências 
- Capítulo I -
Deficiência AuditivaDefic iência Auditiva
Oi, eu sou Isabelle,
na minha infância tive 
sarampo e fiquei surda. 
Mas tenho uma
vida de sucesso.
Então, vamos conversar
sobre essa 
deficiência?!
 eficiência auditiva (também conhecida como hipoacusia) 
é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de 
nascença ou causada posteriormente por doença. No passado,costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum 
tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos 
surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em 
sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a 
inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que 
isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e 
ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de 
sinais e o trabalho de ensino da linguagem oral permitiram aos 
surdos os meios de desenvolvimento de sua inteligência.
Essa classificação é feita através de um exame, chamado 
AUDIOMETRIA. Após o resultado será verificado se existe a 
possibilidade do uso de Prótese.
É importante lembrar que essas pessoas muitas vezes não 
falam porque não ouvem, mas elas podem emitir som. Muitos 
aprendem a se comunicar através da leitura labial, para 
compreender o que é dito. A expressão SURDO-MUDO que é 
muito empregada não é correta, porque geralmente as pessoas 
não são MUDAS, mas SURDAS, elas leem os lábios e falam. 
Quando não falam não quer dizer que não tenham a capacidade 
para falar, pois na maioria das vezes não aprenderam a articular 
som. Com o acompanhamento especializado de um profissional 
fonoaudiólogo, a fala poderá se desenvolver.
D
CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE SURDEZ
25db a 40db..................Surdez leve
41db a 55db..................Surdez moderada
56db a 70db..................Surdez acentuada
71db a 90db..................Surdez severa
Acima de 91 db.............Surdez profunda
DEFINIÇÃO
15
Fale de frente para a pessoa.
Fale devagar e baixo, assim reduzirá o tom da voz naturalmente.
A linguagem gestual é universal, no Brasil habitualmente se usa a 
Linguagem de sinais-LIBRAS.
Fale pausadamente todas as palavras, 
sempre olhando diretamente para ela a fim de que ela possa ver o 
movimento dos lábios.
Mantenha sua boca sempre de frente para ela.
Numa reunião, ou festa onde há uma concentração grande de 
pessoas falando ao mesmo tempo, lembre-se de lhe dizer o que está 
acontecendo, ou pelo menos posicione de frente ao interlocutor 
principal. Assim ela poderá participar ativamente do evento.
ADEQUADO
INADEQUADO
VOCÊ TÁ INDO
PRA ONDE?
Ei!
Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com 
deficiência auditiva
16
Não grite, ela não escuta
e se estiver com aparelho
vai incomodar bastante.
Não cutuque para
chamá-los, eles se irritam
com isso.
INADEQUADO
Detesto
cigarro!!
Vou fazer
um charme
pra ela...
1º encontro...
Você sabe algo
sobre esse filme?!
Dá um
beijinho?!
?!Está gostando 
 da viagem?!
Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com 
deficiência auditiva
17
A leitura dos lábios fica 
impossível se você gesticular,
 fechar a visão dos seus lábios,
 ou ficar contra luz.
Evite usar palavras 
no diminutivo, 
isto pode atrapalhar 
o entendimento deles.
Nunca fale com uma 
pessoa surda no escuro.
Sempre valorize as informações
vindas de uma pessoa com 
surdez, pois ninguém 
sabe mais a respeito 
da deficiência do que ela.
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
 Língua Brasileira de Sinais foi desenvolvida a partir da 
língua de sinais francesa. As línguas de sinais não são universais, 
cada país possui a sua.
A LIBRAS possui estrutura gramatical própria. Os sinais são 
formados por meio da combinação de formas e de movimentos 
das mãos e de pontos de referência no corpo ou no espaço. 
Segundo a legislação vigente, Libras constitui um sistema 
linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundo de 
comunidades de pessoas com deficiência auditiva no Brasil, no 
qual há uma forma de comunicação e expressão, de natureza 
visual-motora, com estrutura gramatical própria.
É importante ressaltar que a Lei N° 10.436, decretada e 
sancionada em 24 de abril de 2002, no seu artigo 4º, dispõe o 
seguinte:
"O sistema educacional federal e sistemas educacionais 
estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a 
inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de 
Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, 
o ensino da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS como parte 
integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, 
conforme legislação vigente".
Apesar dessa implantação existia naquele ano uma grande 
resistência por parte das Instituições, pois o número de pessoas 
qualificadas para atuarem como intérpretes era restrito. Opiniões, 
levantamentos, surgiram, tais como: “A pessoa podia e devia 
aprender a leitura labial, pois onde chegasse existia a 
possibilidade de se comunicar”.
A
18
LIBRAS - Alfabeto
19
 história de vida dessa professora de LIBRAS demonstra 
a imensa capacidade de superação das pessoas com deficiência. 
Exatamente aos 6 meses de vida contraiu sarampo, houve todo 
um cuidado em tratá-la, levando-a ao médico, ministrando a 
medicação adequada, até que finalmente ficou curada, 
retornando a sua casa. Com um ano sua mãe foi percebendo que 
Márcia não respondia aos seus chamados, foi então que 
descobriu que por causa do sarampo sua filha havia ficado surda.
Com o tempo, Márcia foi aprendendo a se comunicar, usar 
a linguagem de sinais. Aos 3 anos de idade foi para o Instituto de 
Surdos onde foi alfabetizada. Aos 14 anos ocorreu uma grande 
mudança na sua vida: ingressou na escola regular, o que no 
A
Nome: 
Maria Márcia Fernandes de Azevedo
Data do Nascimento:
10/06/1978- 31 anos
Escolaridade: 
7º semestre de Letras/LIBRAS/UFC/UFSC
Profissão:
Professora de LIBRAS do Instituto Cearense de 
Educação de Surdos e Diretora de turmas
20
momento não foi uma experiência positiva. O grande empecilho: 
a COMUNICAÇÃO, pois ela era a única usuária de LIBRAS, e 
muitos preferiam a distância. 
A metodologia da professora era no mínimo 
preconceituosa, sempre deixava Márcia de fora das atividades 
por causa da sua deficiência. Foi difícil sua socialização, porém 
sempre teve apoio da família, que apesar da preocupação soube 
cuidar sem superproteger, contribuindo para a formação de uma 
personalidade forte, corajosa e determinada. Hoje Márcia é 
estudante universitária, faz o curso de LIBRAS da Universidade 
Federal do Ceará – UFC, em parceria com Universidade Federal 
de Santa Catarina – UFSC, e também é professora de LIBRAS 
no Instituto Cearense de Educação de Surdos.
Márcia em sala de aula do Instituto Cearense de Educação de Surdos
21
Deficiência VisualDefic iência Visual
Falando Sobre as Defic iências 
- Capítulo I I -
Falando Sobre as Defic iências 
- Capítulo I I -
Olá, eu sou Jorge!
Sou cego de nascença,
pois minha mãe teve
rubéola na gravidez.
Mas isso não
me impediu de chegar
à Universidade!
DEFINIÇÃO
O O termo deficiência visual refere-se a uma situação 
irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de 
causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento 
clínico e/ ou cirúrgico e uso de óculos convencionais.
A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, 
severa, profunda (visão subnormal ou baixa visão) e ausência 
total da resposta visual (cegueira).
Segundo a OMS, o indivíduo com baixa visão ou visão 
subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas 
respostas visuais, mesmo após tratamento e/ ou correção óptica 
convencional, e uma acuidade visual menor que 6/18 à percepção 
de luz, ou um campo visual menor que 10 graus do seu ponto de 
fixação, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão 
para o planejamento e/ ou execução de uma tarefa.
Os estudos desenvolvidosdistinguem 3 tipos de pessoas 
com deficiência visual:
• CEGOS: Têm somente a percepção da luz ou não têm 
nenhuma visão e precisam aprender através do método Braille 
e de meios de comunicação que não estejam relacionados com 
o uso da visão.
• COM VISÃO PARCIAL: Têm limitações da visão a distância, 
mas são capazes de ver objetos e materiais quando estão a 
poucos centímetros ou no máximo a meio metro de distância.
• COM VISÃO REDUZIDA: Podem ter seu problema cor r ig ido 
por cirurgias ou pela utilização de lentes.
CAUSAS
As principais causas da cegueira e das outras 
deficiências visuais têm se relacionado a amplas categorias:
Doenças infecciosas - Acidentes - Ferimentos
Envenenamentos - Tumores
Influências pré-natais e hereditariedade - Doenças gerais
25
Nem sempre as pessoas cegas ou com deficiência visual precisam de 
ajuda, mas se você encontrar alguma que pareça estar em 
dificuldades, identifique-se, faça-a perceber que você está falando 
com ela e ofereça seu auxílio.
Caso sua ajuda seja aceita,coloque a mão da pessoa no seu cotovelo
dobrado ou em seu ombro, conforme a preferência da pessoa a ser 
guiada. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto 
você vai andando.
É sempre bom você avisar antecipadamente a existência de degraus, 
pisos escorregadios, buracos e obstáculos em geral durante o trajeto.
Num corredor estreito, por onde só é possível passar uma pessoa, 
coloque o braço ou o ombro para trás, de modo que a pessoa cega 
possa continuar seguindo você.
Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, você deve guiá-la até a 
cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto, informando se esta 
tem braço ou não.
ADEQUADO
Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com 
deficiência visual
Boa tarde,
por favor, como
encontro o link
do cadastro?
Boa tarde,
é só o senhor
clicar no círculo verde
no canto superior
direito...
Não tem
outra forma, eu não
posso ver esse
círculo...
Como não pode
ver?!
Só falta falar que
é cego, rsrs....
26
INADEQUADO
Eu tô
esperando o 
ônibus!!!!
ÔNIBUS
Fica
pra lá...!?
Dá pra
atravessar?!
POSSO
AJUDAR???
Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com 
deficiência visual
27
Nunca ajude sem perguntar 
antes como deve fazê-lo.
Ao responder uma pergunta 
de uma pessoa cega, evite 
fazê-lo com gestos, mexendo 
a cabeça para dizer sim ou não.
Não aponte algum lugar com 
o seu dedo indicador, lembre-se 
de que a pessoa cega 
não está vendo seus gestos.
Não grite quando falar com 
uma pessoa com deficiência 
visual, pois ela escuta 
muito bem.
Alfabeto - Braille
 raille é um sistema de leitura com o tato para cegos, 
inventado pelo francês Louis Braille, que perdeu a visão aos três 
anos. Quatro anos depois, ele ingressou no Instituto de Cegos de 
Paris. Em 1827, então com dezoito anos, tornou-se professor 
desse instituto. Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos 
inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite em 
lugares onde seria perigoso acender a luz, Louis Braille fez 
algumas adaptações no sistema de pontos em relevo. Em 1829, 
publicou o seu método. O sistema Braille é um alfabeto 
convencional cujos caracteres se indicam por pontos em relevo, 
que o deficiente visual distingue por meio do tato. A partir dos seis 
pontos salientes, é possível fazer 63 combinações que podem 
representar letras simples e acentuadas, pontuações, 
algarismos, sinais algébricos e notas musicais.
Braille morreu de tuberculose, em 1852, ano em que seu 
método foi oficialmente adotado na Europa e na América.
Um cego experiente pode ler duzentas palavras por minuto.
B
28
Cão Guia - Os olhos de quem o conduz
O Cão é um animal 
m u i t o e s p e c i a l . P o s s u i 
temperamento dócil e, sendo 
dotado de grande inteligência, 
ama profundamente o dono, e 
por isso sente prazer no seu 
trabalho, e funciona como os 
olhos do cego. Ele não cansa 
jamais, e é treinado para 
acompanhar seu dono 24 horas 
por dia. Atualmente as raças 
utilizadas no mundo inteiro são: 
Retrevier do Labrador, Golden 
Retrevier, Collie (pelo longo ou curto) Boxer, Pastor Alemão, 
raças que possuem temperamento, tamanho e características 
adequadas para a função. Entretanto o que importa não é a 
raça, mas sim o cão. Nem todas as pessoas com dificuldade 
visual se adaptam ao cão guia, por isso as necessidades do 
deficiente visual são cuidadosamente analisadas e um cão 
conveniente é selecionado, pois a adaptação do cego ao cão é 
fundamental.
O Projeto Cão-Guia do Distrito Federal é a única escola do 
País que prepara o animal desde o nascimento até a entrega aos 
cegos. É importante ressaltar que não é apenas o cão que deve 
estar adestrado, mas a pessoa com deficiência visual também.
29
Cão Guia - Os olhos de quem o conduz
Qual o trabalho do cão-guia?
A utilização do cão-guia tem como objetivo 
principal proporcionar aos deficientes visuais
um grau máximo de independência, 
que tanto buscam e necessitam, 
proporcionando-lhes mais mobilidade, 
segurança e elevando sua autoestima.
Posso falar ou tocar em um cão-guia?
Infelizmente, não. 
O cão-guia, durante o trabalho, está 
bastante concentrado, portanto falar 
ou tocá-lo pode distraí-lo. 
Procure conversar ou ajudar o 
usuário somente quando for 
solicitado.
30
 artonio relata que já nasceu com uma dificuldade visual, 
tinha uma visão embaçada, vendo apenas vultos, o que o deixava 
muito angustiado. Quando perdeu a visão por completo, por 
incrível que possa parecer, ficou mais aliviado, pois começou a 
frequentar a escola para cegos (Instituto dos Cegos). E foi a partir 
desse momento que começou a nascer em seu interior uma 
imensa vontade de superação.
 Com essa nova realidade, a família ficou um pouco aflita, 
aceitou bem porém tratou de superprotegê-lo. Segundo ele, a 
maior dificuldade encontrada foi na qualificação profissional, pois 
as barreiras são muitas e somente quem tem certeza do que 
realmente quer é capaz de superá-las. Sua vontade de aprender 
ajudou muito e o preconceito foi superado. 
Hoje se sente capaz para enfrentar qualquer obstáculo. 
Atualmente trabalho na Gráfica Braille da STDS e se sente 
M
Nome: 
Martonio Torres Carneiro
Data do Nascimento:
09/01/1966- 44 anos
Escolaridade: 
Ensino Médio
Profissão
Revisor Braille e Auxiliar de Radiologia
31
plenamente realizado profissionalmente, pois o conhecimento e o 
empenho estão tornando-o cada vez mais ágil no que faz, está 
fazendo o que mais gosta e faz com muita dedicação, cada 
trabalho é uma descoberta. Além do trabalho na Gráfica, trabalha 
à noite no Hospital da UNIMED (Setor de Radiologia). Revelou 
que ás vezes vai trabalhar muito cansado devido ao plantão da 
noite, mas como sente tão gratificante o seu trabalho diurno 
supera qualquer dificuldade.
Martonio já trabalhou durante 9 meses num Hospital, em 
São Paulo. Trabalhou 18 anos na Clínica Berualdo Jurema como 
Auxiliar de Radiologia. Na Biblioteca Pública trabalhou 7 meses 
como atendente Braille. É importante ressaltar que seu primeiro 
emprego foi de office boy, um emprego desafiador para um 
deficiente visual, porém também teve êxito nessa função. 
Conforme relato, é extremamente feliz e realizado na vida. 
Casado com uma mulher dedicada e muito atenciosa, também 
com deficiência visual, têm um filho, hoje com dez anos, e são 
muito felizes.
Martonio na Gráfica Braille
32
Falando Sobre as Defic iências 
- Capítulo I I I -
Falando Sobre as Defic iências 
- Capítulo I I I -
DeficiênciaIntelectualDefic iência Intelectual
Sou Bárbara!
Gosto de ajudar as pessoas,
dizem que sou prestativa
e sou muito feliz!
 egundo a Associação Americana de Deficiência Mental 
(AAMR) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais (DSM-IV), Deficiência Intelectual ou Deficiência Mental é 
o estado de redução notável do funcionamento intelectual, 
significativamente abaixo da média, oriundo no período de 
desenvolvimento e associado a limitações de pelo menos dois 
aspectos do funcionamento adaptativo ou da capacidade do 
indivíduo de responder adequadamente as demandas da 
sociedade em comunicação, cuidados pessoais, competências 
domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos 
comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões 
escolares, lazer e trabalho. Diante de tais características, 
ressaltaremos a seguir algumas informações de como podemos 
conviver de forma harmoniosa, com pessoas acometidas desta 
deficiência.
S
DEFINIÇÃO
35
Cumprimente a pessoa com deficiência intelectual de maneira 
normal e respeitosa, não se esquecendo de fazer o mesmo ao se 
despedir.
Dê-lhe atenção, dirigindo-lhe palavras como:
• que bom que você veio
• gostamos quando você vem nos visitar, tentando manter a 
conversa no nível de entendimento dela. Seja natural. 
Evite a superproteção. As pessoas com esta deficiência são 
extremamente perceptivas e espontâneas.
ADEQUADO
INADEQUADO
Olha lá!
Ela é doentinha
mas sabe fazer
as coisas!
Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com 
deficiência intelectual
36
Nunca use expressões como “doentinho”, “bobinho”, 
“mongoloide”, “mongol”, “débil mental” 
e outras igualmente pejorativas.
INADEQUADO
Tô pronta
pra ir pro jogo!!!
Ah!
o jogo...
Pra mim?!?!
Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com 
deficiência intelectual
37
Não se assuste se repentinamente, 
ela se dirigir a você com uma flor, 
ou para lhe dar um forte e carinhoso abraço.
A memória para promessas é . 
Portanto, não se comprometa com 
o que não pretende cumprir.
excelente
“ osto muito dos meus ídolos Zezé de Camargo e Luciano. 
Sou torcedor do Ceará e gosto muito de discutir os detalhes 
pelas rádios Verdes Mares e Cidade. Minha maior dificuldade 
enfrentada foi quando perdi minha mãe. Tinha 6 anos de idade, 
em plena noite de Natal, 25 de dezembro e 1995. Depois, no 
outro ano, foi meu pai que morreu. Eu tinha uma grande mania de 
ir para os terminais de ônibus pedir esmolas, e como não sabia ler 
decorava os números dos ônibus.
Fui morar com mais dois irmãos, um deficiente. As 
dificuldades aumentaram, de repente surgiu “uma filha de Deus” - 
Luiza Tereza Santana, que ficou cuidando de mim e eu cuidava do 
meu irmão, levando comida, roupas e compartilhando tudo. Foi 
ela que me internou no Hospital Suliano, onde passei nove 
G
Nome: 
Darlan Lopes de Brito
Data do Nascimento:
Escolaridade:
22/08/1989- 21 anos
Ensino Fundamental(cursando)
38
Profissão
Auxiliar Administrativo
Darlan trabalhando no Núcleo de Ações Socioassistenciais
- NASA/CPSB/STDS -
39
meses. Quando saí de lá, fui para o ADOC onde desenvolvi 
minhas habilidades. Como me saí muito bem, como me esforcei, 
fui engajado no Projeto Somar como bolsista e depois teve aquela 
bela festa para minha contratação na STDS como Auxiliar 
Administrativo. Agora, eu queria falar um pouco: agradecer aos 
meus colegas pelo apoio que tenho recebido por parte dos 
funcionários da STDS, mas especificamente do NASA, pois hoje 
tenho uma vida digna com um emprego e um futuro brilhante. De 
tanto insistir e persistir, de estudar e trabalhar, Deus fez um 
milagre em mim. Afirmo que ao caminhar não perdi as forças, 
enfrentei barreiras e as barreiras foram quebradas. Os meus 
companheiros de trabalho são gentis, bacanas e muito 
atenciosos. Pois tudo iniciou a minha contratação com a ajuda 
deles, agora deixo meu abraço a todos eles.”
Falando Sobre as Defic iências 
- Capítulo IV -
Falando Sobre as Defic iências 
- Capítulo IV -
Deficiência MotoraDefic iência Motora
Eu me chamo 
Salomão.
Fui vítima da violência
urbana, de uma
bala perdida.
Superação
é a minha marca!
 eficiência motora é a disfunção ou interrupção dos 
movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores ou 
ambos e conforme o grau do comprometimento ou o tipo de 
acometimento fala-se em paralisia ou paresia.
O termo paralisia se refere à perda da capacidade de 
contração muscular voluntária, por interrupção funcional ou 
orgânica em um ponto qualquer da via motora, que pode ir do 
córtex cerebral até o próprio músculo; fala-se em paralisia 
quando todo movimento nesta situação é impossível.
O termo paresia refere-se ao movimento apenas limitado 
ou fraco. Vem do grego PARESIS e significa relaxação, 
debilidade. Nos casos de paresias, a mobilidade se apresenta 
apenas num padrão abaixo do normal, no que se refere à força 
muscular, precisão do movimento, amplitude do movimento e 
resistência muscular localizada, ou seja, refere-se a um 
comprometimento parcial, a uma semiparalisia.
D
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DAS PARALISIAS
Dependendo do número e da forma como os membros são afetados, 
a paralisia, recebe a seguinte classificação:
Monoplegia – condição rara em que apenas um membro é afetado.
Diplegia – quando são afetados os membros superiores.
Hemiplegia – quando são afetados os membros do mesmo lado.
Triplegia – condição rara em que três membros são afetados.
Tetraplegia/ Quadriplegia – quando a paralisia atinge todos os 
membros, sendo que a maioria dos pacientes com este quadro 
apresentam lesões na sexta ou na sétima vértebra.
Paraplegia – quando a paralisia afeta apenas os membros 
inferiores, podendo ter como causa uma lesão medular torácica 
ou lombar. Este trauma ou doença altera a função medular, 
produz como consequências, além de déficits sensitivos e motores, 
alterações viscerais e sexuais.
43
CAUSAS DIVERSAS OU DESCONHECIDAS
Paralisia cerebral por prematuridade; anoxia perinatal; 
desnutrição materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de 
parto; subnutrição; outras.
Hemiplegias – por acidente vascular cerebral; aneurisma 
cerebral; tumor cerebral e outras.
Lesão medular – por ferimento por arma de fogo; ferimento 
por arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas 
rasas, traumatismos diretos; quedas; processos infecciosos; 
processos degenerativos e outros.
Amputações – causas vasculares; traumas; malformações 
congênitas; causas metabólicas e outras.
Febre reumática – doença grave que pode afetar o coração.
Miastenias graves – consistem num grave enfraquecimento 
muscular sem atrofia.
 – 
O que ele achou da
competição? Acho que
ela deveria
perguntar isso
para mim?!?!
TREINADOR
44
Não se preocupe se uma pessoa com muletas for descer ou subir 
uma escada.
Ao conduzir uma cadeira de rodas, numa ladeira ou em escada 
faça-o de ré, pois assim o cadeirante terá a segurança do encosto 
da cadeira e de você, atrás dele.
Quando estiver empurrando uma pessoa sentada numa cadeira de 
rodas e parar para conversar com alguém, lembre-se de virar a 
cadeira de frente para que a pessoa também possa participar da 
conversa. 
Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quando 
for escolher uma casa, restaurante, teatro ou outro local que queira 
visitar com uma pessoa com deficiência.
ADEQUADO
INADEQUADO
Vamos
chegar
ligeirinho!!!
Eu não 
estou com 
pressa...
Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa comdeficiência motora
45
Jamais empurre uma cadeira de rodas 
sem ser solicitado ou ter a permissão para isso.
Maneiras adequadas e inadequadas no trato com a pessoa com 
deficiência motora
INADEQUADO
...e eu
que ainda
vinha com
sacola!
ÔNIBUS Minha 
bolsa está 
muito
pesada...
Vamos ver
se essa cadeira
corre?!
fiu...
CUIDADO
PRA
TRÁS!!!!!
46
Não pendure nada nas alças da cadeira.
Não brinque de soltá-los 
numa ladeira, eles têm 
verdadeiro pavor 
de acidentes e quedas.
Nunca ignore as
orientações da pessoa
que está na 
cadeira de rodas.
 m 1998 a vida de Fernando mudou radicalmente, uma 
mudança um tanto sofrida para ele e para toda a família. Quando 
tinha 26 anos, um de seus “amigos” na época, por causa de uma 
reclamação acerca da altura do som, o acertou com quatro tiros 
que lhe atingiram a medula, deixando os membros inferiores 
paralisados. 
Ele iniciou a entrevista afirmando: “A minha recuperação se 
deu porque eu sempre tive um alicerce chamado sagrada 
família”, e continuou dizendo que seus pais e seus irmãos tiveram 
um papel fundamental em todo o processo de superação. É 
importante ressaltar que a forma como o médico lhe deu a notícia 
da lesão e das consequências, e também da necessidade de 
E
Nome: 
Fernando Gomes
Data do Nascimento:
19.12.1972- 38 anos
Escolaridade: 
Formação Acadêmica - NBA Gestão de Pessoas
Profissão:
Professor
47
fazer o trabalho de reabilitação, foi de grande importância, pois as 
palavras não soaram como uma sentença de incapacidade, mas 
sim como um recomeço. Quatro meses depois do diagnóstico, 
Fernando estava indo com a família para o Hospital Sarah 
Kubitschek, em Brasília. Foi lá que ele soube o verdadeiro 
significado da palavra reabilitação, pois sempre a associou com 
recuperação, e com o tratamento descobriu que não era bem 
assim. 
Somente seis meses depois do tiro, ele teve o choque de 
estar paraplégico, quando teve uma pequena discussão com sua 
irmã e no momento de raiva quis levantar-se e caiu. Além da 
queda física houve também a queda psicológica, vieram à tona 
todos os medos e angústias que são naturais na vida da pessoa 
com alguma deficiência, principalmente se essa deficiência é 
adquirida já na fase adulta. Voltou a Brasília não só para a 
reabilitação física, mas também para o acompanhamento 
psicológico, fez novas amizades, conheceu pessoas com 
dificuldades ainda maiores que as suas e foi vendo que muito 
mais tinha para agradecer do que para lamentar. Sua namorada 
na ocasião ficou um tempo ao seu lado, mas não suportou a 
pressão da família e acabou indo embora, um outro choque não 
só pela pessoa que partia, mas pela incerteza de encontrar 
alguém que o aceitasse. Uma outra surpresa: os antigos “amigos” 
foram pouco a pouco se afastando, como ele diz: ” Comecei a 
perceber que aqueles que tinham admiração por mim, mas não 
faziam parte do meu grupo de amigos, acabaram se tornando 
meus novos companheiros”. No início do tratamento, sua família, 
48
VAGAS
PARA
DEFICIENTE
S
3º AND
AR
pensando sempre no melhor para ele, conseguiu sua 
aposentadoria o que foi muito, aparentemente. Em 2000 
encontrou uma garota que foi o divisor de águas na sua vida, foi 
ela quem o incentivou a estudar, fazer uma faculdade, voltar a 
trabalhar, ou seja, retomar sua vida, seus sonhos. Cheio de 
esperança e coragem começou o Curso Superior de Gestão de 
Pessoas e nesse momento percebeu as consequências 
daquela aposentadoria, viu que tinha mais um obstáculo para 
superar .
49
Em 2004 conheceu o Laboratório de Inclusão/STDS, por 
intermédio de pessoa do João Monteiro, o qual chama “meu 
anjo”. Foi no laboratório que teve sua primeira oportunidade na 
área acadêmica em que se formou. Por causa da aposentadoria 
não pôde ser contratado, pois perderia o benefício. Então 
começou como estagiário no Centro Comunitário Tancredo 
Neves, onde passou um ano e sete meses. Ao sair de lá, foi para 
o SINE onde também trabalha como estagiário, porém está à 
espera de uma oportunidade de emprego e quando aparecer 
dispensará sua aposentadoria para ser contratado com Carteira 
de Trabalho assinada. Quando isso acontecer, deixará de ser 
“aposentado por invalidez” para ser um trabalhador produtivo e 
capaz.
Fernando finaliza a entrevista homenageando seu pai, que 
faleceu em dezembro de 2009. Ele diz: “Tudo que eu conquistei é 
para que ele e toda a minha família veja que valeu a pena o 
esforço que fizeram por mim. Meu pai, minha mãe, meu irmão e 
minha irmã são meus tesouros”.
50
- Capítulo V -- Capítulo V -
Outra
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Ações!
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Instâncias Inst itucionaisInstâncias Inst itucionais
Outra
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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
CEARÁ ACESSÍVEL 
 
Concepções e Práticas
O debate mais recente sobre o conceito de acessibilidade não se 
limita as barreiras e questões inerentes ao ambiente físico, mas 
alarga-se e converge para uma pluralidade de condicionantes 
essenciais ao enfrentamento das barreiras atitudinais, 
compreendendo, portanto a perspectiva do olhar multifocal com 
vistas a equidade em múltiplas dimensões.
Nessa lógica, as ações do Ceará Acessível consistem em 
experiência concreta e inovadora, reunindo uma diversidade de 
projetos e ações convergentes para a garantia de direitos dos 
idosos e pessoas com deficiência numa representatividade 
gráfica que se delineia numa forma espiral sistêmica que viabiliza 
a transversalidade de suas ações.
Portal Inclusivo: http://www.portalinclusivo.ce.gov.br/ 
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Portal Inclusivo é uma iniciativa da Primeira Dama do Estado, 
Maria Célia Habib Moura Ferreira Gomes, em parceria com a 
Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) e apoio 
técnico da Empresa de Tecnologia da Informação do Estado do 
Ceará (ETICE). 
A estrutura do Portal Inclusivo está dividida em quatro 
categorias:
1- Pessoa Idosa (com informações e serviços para esse 
segmento, apresentando opções de trabalho, educação, saúde, 
lazer, cultura, esporte e acessibilidade).
2- Pessoa com Deficiência (com informações e serviços para 
esse segmento, apresentando opções de trabalho, educação, 
saúde, lazer, cultura, esporte e acessibilidade. Nela pode-se ter 
acesso aos diversos sistemas informatizados de acessibilidade e 
material de interesse específico).
3. Onde Denunciar (Com relação de órgãos onde é possível fazer 
denúncias de abusos, desrespeito e violência contra as pessoas 
com deficiência e também contra as pessoas idosas).
4- Experiências (espaço onde é possível apreciar algumas 
histórias exitosas tanto de pessoas idosas como de pessoas com 
deficiência).
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Ações!
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SECRETARIA DE TRABALHO E DESENVOLVIMENTO 
SOCIAL – STDS
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Rua Soriano Albuquerque, 230 - Joaquim Távora
CEP: 60.130-160 Fortaleza – Ce
MISSÃO
Coordenar e executar as Políticas do Trabalho, Assistência Social 
e Segurança Alimentar e Nutricional, voltadas para a melhoria da 
qualidade de vida da população cearense, sobretudo dos grupos 
socialmente vulnerabilizados.
VISÃO DE FUTURO
Organização reconhecida publicamente por seu desempenho na 
coordenação das Políticas do Trabalho, Assistência Social e 
Segurança Alimentar e Nutricional universalizadas, 
descentralizadas e intersetoriais, fundamentada numa gestão 
participativa e transparente, com excelência na qualidade do 
atendimento, viabilizada por uma política de valorização dos 
recursoshumanos e por uma infra-estrutura adequada, garante 
à população direitos e melhoria da qualidade de vida. 
VALORES
-Parceria no desenvolvimento das ações.
-Participação social.
-Transparência das ações.
-Qualidade do serviço prestado ao cidadão, evidenciando a 
humanização do atendimento.
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-Integração das ações.
-Valorização do servidor.
-Melhoria contínua do processo de gestão.
Objetiva prevenir situações de risco, por meio do 
desenvolvimento de potencialidades, de aquisições e do 
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade 
social, decorrente de pobreza, privação e/ou fragilização de 
vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento social.
Coordena um conjunto de ações que possibilitam articular a 
implementação de políticas públicas integradas para inclusão 
social de pessoas com deficiência, idosos, quilombolas, 
afrodescendentes, indígenas e ciganos. 
Dentre os projetos executados pela Célula direcionados a 
pessoas com deficiência destacam-se os seguintes: 
Projeto Acesso de Pessoas com Deficiência à Inclusão 
Social 
A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, desde julho 
de 1986, promove a distribuição de vale-transporte, exercendo a 
competência estabelecida pela Lei estadual nº. 11.194, de 
COORDENADORIA DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA 
E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - CPSB/SAN
CÉLULA DE DIVERSIDADE E ACESSIBILIDADE
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08/06/1986, que tem como objetivo assegurar a proteção social 
básica através da concessão de vales-transportes, garantindo o 
deslocamento das pessoas com deficiência para escolas e locais 
de tratamento especializado, na perspectiva da habilitação e 
reabilitação da vida pessoal e social dos beneficiários residentes 
na Região Metropolitana de Fortaleza e em outros municípios. 
O projeto tem público-alvo o deficiente visual, auditivo, mental e 
físico, desde que possua uma lesão permanente e irreversível, e 
também a sua família, que o acompanha quando necessário.
Projeto Investimento Cidadão 
O projeto propõe-se a fortalecer a Proteção Social Básica junto a 
pessoas com deficiência, nos serviços mantidos pelas 
prefeituras, garantindo ainda capacitação aos profissionais e aos 
conselheiros. Além disso, financia as ações municipais, 
ampliando o leque de atividades ofertadas, incluindo as de 
caráter socioeducativo, informativo, socializante e as que 
promovem a elevação da autoestima. Dessa forma, as gestões 
municipais promoverão a melhoria da qualidade de vida desse 
segmento populacional. O acesso aos recursos do Projeto 
Investimento Cidadão está aberto a todos os municípios do Ceará 
através do Edital de Seleção Pública de Projetos Voltados à 
Proteção Social Básica da Pessoa com Deficiência.
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Gráfica Braille
Anexo da Célula de Diversidade e Acessibilidade 
A criação da Gráfica Braille é um projeto em favor da inclusão 
social e do respeito à acessibilidade. Ter acesso à informação e 
ao conhecimento é um direito de todos, e isso não pode ser 
negado a quem nasceu com uma deficiência visual ou a adquiriu.
A Gráfica Braille está situada na Praça Luíza Távora (CEART), 
funcionando de segunda a sexta- feira, no horário de 8h às 17h, e 
conta hoje com uma equipe de trabalho composta por quatro 
pessoas: um coordenador, um assistente e dois deficientes 
visuais, que são responsáveis pela transcrição, impressão e 
revisão do material em Braille.
Atividades desenvolvidas
Transcrição para o sistema Braille de:
Ÿ documentos Institucionais;
Ÿ boletins informativos;
Ÿ convites;
Ÿ livros;
Ÿ apostilas.
Público-alvo
Setoriais / Municípios / Universidades / Escolas / Conselhos / 
Sociedade em geral
CONTATOS
E-MAIL: diversidade@stds.ce.gov.br
Fone/Fax: (85) 3101.4554
E-MAIL: gráfica.braille@stds.ce.gov.br
Fone/Fax: (85) 3101.1652
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Coordena um conjunto de ações planejadas para garantir 
Segurança Alimentar e Nutricional à população.
Projeto SAN em BRAILLE 
O projeto tem como objetivo favorecer o apoderamento em 
Segurança Alimentar e Nutricional aos deficientes visuais, 
visando a garantia de sua autonomia nas escolhas alimentares 
com hábitos saudáveis de consumo, e elaboração de material 
didático em BRAILLE (cartilha) “SAN – Consumo Sensorial”.
Projeto Visão Alimentar e Nutricional - O Toque da Diferença
O projeto tem como objetivo incentivar um processo de diálogo 
contínuo entre poder público e sociedade civil organizada, sobre 
as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência visual 
e auditiva para identificação e consumo de alimentos saudáveis, 
em seu cotidiano.
Produção de material didático transcrito em BRAILLE: 
3 cartilhas ( Nº 1 - O Direito Humano à Alimentação Adequada, Nº 
2 - Práticas Alimentares e Estilos de Vida Saudáveis e Nº 3 – 
Hábitos Saudáveis de Consumo).
CONTATO
E-MAIL: fomezeroceara@stds.ce.gov.br
Fone/Fax: (85) 3101.2131 / 3101.4558/3101.4556
CÉLULA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
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Objetiva assessorar, acompanhar e monitorar, no âmbito dos 
municípios, a rede socioassistencial e os Centros de Referência 
da Assistência Social – CRAS, no tocante aos serviços e 
programas de proteção social básica.
Programa BPC na Escola 
O programa é uma ação interministerial que envolve os 
ministérios da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento Social 
e Combate à Fome, além da Secretaria Especial dos Direitos 
Humanos, em parceria com municípios, estados e com o Distrito 
Federal, e tem por objetivo realizar o acompanhamento e o 
monitoramento do acesso e da permanência na escola das 
pessoas com deficiência, beneficiárias do BPC, até 18 anos, por 
meio da articulação das políticas de educação, saúde, 
assistência social e direitos humanos. A intenção é criar 
condições para o desenvolvimento da autonomia, participação 
social e emancipação da pessoa com deficiência. O beneficiário 
deve ter garantida a sua matrícula na escola da sua comunidade. 
É importante que os pais saibam que a matrícula é um direito do 
seu filho e uma obrigação do sistema de ensino.
Em março de 2008, o governo do Ceará aderiu ao programa.
O BPC na Escola realiza anualmente o pareamento de dados 
entre o Censo Escolar Inep/MEC e o Banco do BPC/MDS, a fim 
de identificar os índices de inclusão e exclusão escolar dos 
beneficiários do BPC. Além do pareamento de dados, o BPC na 
Escola realiza a formação de grupos gestores estaduais para que 
sejam multiplicadores e estejam aptos a formar outros gestores 
nos municípios que aderiram ao programa. 
CÉLULA DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA – CPSB
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Projeto Fortalecimento da Rede Sócioassistencial - 
Subvenção Social 
Apoia com recursos financeiros projetos de entidades de 
natureza privada, sem fins lucrativos, aptas à prestação de 
serviços essenciais de assistencial social, contribuindo dessa 
forma para o fortalecimento da rede socioassistencial e da 
proteção social.
CONTATO
E-MAIL: celulaproteçaobasica@stds.ce.gov.br
Fone/Fax: (85) 3101.4610
Objetiva atender famílias e indivíduos que se encontram em 
situação de risco pessoal e social, com direitos violados, por 
ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, 
abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, em cumprimento 
de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de 
trabalho infantil, entre outras.
Oferece serviços que garantem ProteçãoIntegral a Famílias 
(PAIF) e indivíduos em situação de ameaça, violação de direitos 
e /ou sem referências e ainda a adolescentes cumprindo medidas 
socioeducativas. 
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COORDENADORIA DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
- CPSE -
CÉLULA DE ALTA COMPLEXIDADE
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Unidade pioneira no estado, que recebe crianças e adolescentes, 
além de Fortaleza, da Região Metropolitana e demais municípios 
do Ceará.
A clientela abrigada é mista e apresenta deficiência mental leve, 
moderada, grave (severa) e/ou profunda e deficiências múltiplas 
associadas ou não, tais como: visual, auditiva, motora, distúrbios 
de comunicação (fala e linguagem), síndromes, TDAH 
(transtornos de déficit de atenção e hiperatividade), transtornos 
mentais, autismo e outros.
O Abrigo tem capacidade para atender 53 adultos e 28 
crianças/adolescentes com deficiência mental que se encontram 
em situação de ameaça ou violação de direitos. São 
encaminhados pelo Juizado da Infância e da Juventude de 
Fortaleza e/ou pelos Conselhos Tutelares. 
O ADOC caracteriza-se pelo atendimento personalizado, 
constituindo-se uma ampliação de suas potencialidades, 
procurando ainda oferecer um ambiente favorável ao 
fortalecimento da afetividade.
O atendimento é complementado com os serviços oferecidos 
pela rede pública e privada, no tocante à saúde e educação 
(clínicas especializadas/Sistema Único de Saúde, escolas e 
ONG). O ADOC desenvolve, ainda, o Programa de Atendimento 
ao Excepcional – PRAE, que assiste pessoas com deficiência 
intelectual em seu domicilio, preferencialmente egressas do 
Abrigo, com o objetivo de prevenir a institucionalização.
O PRAE oferece também, nas dependências do ADOC, 
atendimento social, psiquiátrico, odontológico, bem como de 
enfermagem, sendo fornecida mensalmente alimentação e 
medicação psicotrópica.
ABRIGO DESEMBARGADOR OLÍVIO CÂMARA – ADOC
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O Abrigo é retaguarda institucional, que tem como 
fundamentação básica e legal o Estatuto da Criança e do 
Adolescente, Lei Nº 8069/90, que estabelece no Art. 4º o dever 
do Poder Público de assegurar a efetivação dos direitos básicos 
da população infanto-juvenil, e nos artigos 90 (inciso IV) e 92 e 
incisos. 
Convém salientar que as peculiaridades da população-alvo, 
associadas às precárias condições socioeconômicas das 
famílias são determinantes para a existência e manutenção da 
unidade.
CONTATO
Endereço: Travessa Costa Rica, s/n – Antônio Bezerra
Fone/Fax: (85) 3101.1652
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MISSÃO: 
Provocar o surgimento de uma nova sociedade, livre, solidária e 
inclusiva, através do convívio harmonioso entre as diferenças. 
O Laboratório é composto do Núcleo de Estágio Universitário e do 
Núcleo de Acessibilidade Dificultada, promovendo a inclusão 
pelo trabalho de estudantes de nível médio, universitários e 
trabalhadores com deficiência, por meio de seleção e 
acompanhamento, facilitando o convívio e o rompimento das 
barreiras do preconceito e a inclusão pela participação na arte, na 
cultura e no esporte, pela inovação das políticas públicas de 
inclusão social.
O referido espaço é constituído por assistente social, psicólogo, 
pedagogo, estagiários universitários e pessoas com deficiência, 
que formam um grupo que tem como finalidades: ser um grupo de 
pressão e conscientização, pela presença, pelas necessidades 
de acessibilidade visíveis, transformadas em exigências legais; 
ser um grupo de estudos da acessibilidade humana, quando das 
pesquisas e encontros mensais, de elaboração de projetos, 
visitas a entidades parceiras e semelhantes; ser um grupo de 
autoajuda, pela necessidade de compreender as sequelas 
deixadas pelas deficiências e as características de cada tipo de 
deficiência, conhecendo biografias atualizadas e a formulação de 
conceitos novos; ser um grupo de inclusão, no desenvolvimento 
de projetos de inclusão pelo trabalho e pela participação.
COORDENADORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA
- CAFIN -
CÉLULA DE GESTÃO DE PESSOAS
LABORATÓRIO DE INCLUSÃO
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Inclusão Qualitativa
O Laboratório preencheu 40 vagas de colaboradores, mediante 
processo seletivo, com avaliação de currículo, entrevistas 
individuais e estágio probatório, avaliando os níveis técnico e 
emocional, pontualidade e assiduidade, relacionamento 
interpessoal, nível de interesse e disponibilidade.
O acompanhamento das inclusões é feito pela equipe técnica do 
Laboratório de Inclusão, visando o desenvolvimento pessoal de 
cada incluso, com a implantação do Plano de Crescimento 
Individual (PCI) e a participação em projetos e oficinas: Psicologia 
da Diversidade, AVA-Aprendendo a Viver com Acessibilidade, 
Teatro, Música Inclusiva, Estudos da Cultura Surda, Geração de 
Emprego e Renda para a paraplegia e tetraplegia, bem como de 
atendimentos externos no resgate de pessoas com AD dispostas 
a assumir o mercado de trabalho.
O grupo é composto por 250 pessoas que visam quebrar 
barreiras pelo combate ao preconceito e pela prática de um novo 
modelo de sociedade, entre eles, estudantes universitários, 
funcionários e colaboradores da STDS, voluntários e parceiros 
com afinidades técnicas e ideológicas.
No dia 14 de abril de 2010, a Câmara dos Deputados 
aprova aposentadoria especial de pessoas com deficiência. O 
Projeto de Lei Complementar 277/05 permite às pessoas com 
deficiência se aposentarem com menos tempo de contribuição à 
Previdência Social. No caso de deficiência moderada, os homens 
poderão se aposentar com 27 anos de contribuição e as mulheres 
com 22 anos. São três a menos que a regra atual. Se a 
deficiência for grave, a redução será de cinco anos: 25 anos para 
o homem e 20 para a mulher. O texto foi aprovado por 324 
deputados, tendo como redator o deputado Ribamar Alves (PSB-
MA).
Para contarem com o benefício previsto, os segurados 
terão de comprovar que possuíam a deficiência durante todo o 
período de contribuição. Para quem adquirir a deficiência após a 
filiação ao regime geral da Previdência, os tempos diminuídos 
serão proporcionais ao número de anos em que o trabalhador 
exerceu atividade com deficiência.
 PORTARIA Nº 2.344, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2010
ATUALIZA NOME DO CONADE
 
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS
PORTARIA Nº 2.344, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2010
DOU de 05/11/2010 (nº 212, Seção 1, pág. 4)
O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DE 
DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no 
uso de suas atribuições legais, faz publicar a Resolução nº 1, de 
15 de outubro de 2010, do Conselho Nacional dos Direitos da 
Pessoa Portadora de Deficiência - CONADE, que altera 
dispositivos da Resolução nº 35, de 6 de julho de 2005, que 
69
dispõe sobre seu Regimento Interno:
Art. 1º - Esta portaria dá publicidade às alterações promovidas 
pela Resolução nº 1, de 15 de outubro de 2010, do Conselho 
Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência - 
CONADE em seu Regimento Interno.
Art. 2º - Atualiza a nomenclatura do Regimento Interno do 
CONADE, aprovado pela Resolução nº 35, de 6 de julho de 2005, 
nas seguintes hipóteses:
I - Onde se lê "Pessoas Portadoras de Deficiência", leia-se 
"Pessoas com Deficiência";
II - Onde se lê "Secretaria Especial dos Direitos Humanos da 
Presidência da República", leia-se "Secretaria de Direitos 
Humanos da Presidência da República";
III - Onde se lê "Secretário de Direitos Humanos",leia-se "Ministro 
de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da 
Presidência da República";
IV - Onde se lê "Coordenadoria Nacional para Integração da 
Pessoa Portadora de Deficiência", leia-se "Secretaria Nacional 
de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência";
V - Onde se lê "Política Nacional para Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência", leia-se "Política Nacional para 
Inclusão da Pessoa com Deficiência";
Art. 3º - Os artigos 1º, 3º, 5º, 9º e 11, passam a vigorar com a 
seguinte redação:
"Art. 1º - ....................................................................................
XI - atuar como instância de apoio, em todo território nacional, nos 
casos de requerimentos, denúncias e reclamações formuladas 
por qualquer pessoa ou entidade, quando ocorrer ameaça ou 
violação de direitos da pessoa com deficiência, assegurados na 
Constituição Federal, na Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiências e demais legislações aplicáveis;
XII - participar do monitoramento e implementação da Convenção 
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sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, para que os direitos 
e garantias que esta estabelece sejam respeitados, protegidos e 
promovidos; e
..........................................................................................." (NR).
Art. 3º - Os representantes das organizações nacionais, de e para 
pessoa com deficiência na forma do inciso II, alínea a, do art. 2º, 
serão escolhidos dentre os que atuam nas seguintes áreas:
......................................................................................................
II - um na área da deficiência auditiva e/ou surdez;
......................................................................................................
IV - dois na área da deficiência mental e/ou intelectual;
............................................................................................ (NR).
Art. 5º - As organizações nacionais de e para pessoas com 
deficiência serão representadas por entidades eleitas em 
Assembleia Geral convocada para esta finalidade e indicarão os 
membros titulares e suplentes.
§ 1º - As entidades eleitas e os representantes indicados terão 
mandato de dois anos, a contar da data de posse, podendo ser 
reconduzidos.
§ 2º - A eleição será convocada pelo CONADE, por meio de edital 
publicado no Diário Oficial da União, no mínimo 90 (noventa) dias 
antes do término do mandato.
§ 4º - O edital de convocação das entidades privadas sem fins 
lucrativos e de âmbito nacional exigirá para a habilitação de 
candidatos e eleitores, que tenham filiadas organizadas em pelo 
menos cinco estados da federação, distribuídas, no mínimo, por 
três regiões do País.
......................................................................................................
§ 6º - O processo eleitoral será conduzido por Comissão Eleitoral 
formada por um representante do CONADE eleito para esse fim, 
um representante do Ministério Público Federal e outro da 
Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com 
Deficiência - SNPD, especialmente convidados para esse fim.
............................................................................................ (NR).
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Art. 9º - Os Conselhos Estaduais e Municipais de Direitos da 
Pessoa com Deficiência serão representados por conselheiros 
eleitos nas respectivas Assembléias Gerais estaduais ou 
municipais, convocadas para esta finalidade.
Parágrafo único - O Edital de Convocação para a habilitação dos 
Conselhos Estaduais e Municipais será publicado em Diário 
Oficial pelo menos 90 (noventa) dias antes do início dos novos 
mandatos e definirá as regras da eleição, exigindo que os 
candidatos comprovem estar em pleno funcionamento, ter 
composição paritária e caráter deliberativo.
Art. 11 - .....................................................................................
§ 1º - A eleição do Presidente e do Vice-Presidente dar-se-á 
mediante escolha, dentre seus membros, por voto de maioria 
simples, para cumprirem mandato de dois anos.
......................................................................................................
§ 4º - Fica assegurada a representação do Governo e da 
Sociedade Civil na Presidência e na Vice-Presidência do 
CONADE e a alternância dessas representações em cada 
mandato, respeitada a paridade.
......................................................................................................
§ 6º - Caso haja vacância do cargo de Presidente, o Vice- 
Presidente assumirá e convocará eleição para escolha do novo 
Presidente, a fim de complementar o respectivo mandato, 
observado o disposto no § 4º deste artigo.
§ 7º - No caso de vacância da Vice-Presidência, o Plenário 
elegerá um de seus membros para exercer o cargo, a fim de 
concluir o mandato, respeitada a representação alternada de 
Governo e Sociedade Civil.
............................................................................................ (NR).
Art. 4º - Revogam-se os §§ 1º, 2º e 3º do art. 9º da Resolução nº 
35/2005.
Art. 5º - As alterações no Regimento Interno do CONADE entram 
em vigor na data de publicação desta Portaria.
PAULO DE TARSO VANNUCCHI
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Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – 
BPC-LOAS ao idoso e à pessoa com deficiência
O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – 
BPC-LOAS, é um benefício da assistência social, integrante do 
Sistema Único da Assistência Social – SUAS, pago pelo Governo 
Federal, cuja operacionaliização do reconhecimento do direito é 
do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e assegurado por 
lei, que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às 
condições mínimas de uma vida digna.
QUEM TEM DIREITO AO BPC-LOAS
- Pessoa Idosa: deverá comprovar que possui 65 anos de idade 
ou mais, que não recebe nenhum benefício previdenciário, ou de 
outro regime de previdência, e que tem renda mensal familiar per 
capita inferior a ¼ do salário-mínimo vigente.
- Pessoa com Deficiência (PcD): deverá comprovar que a renda 
mensal do grupo familiar per capita seja inferior a ¼ do salário-
mínimo, deverá também ser avaliado se a sua deficiência o 
incapacita para a vida independente e para o trabalho, e esta 
avaliação é realizada pelo Serviço Social e pela Perícia Médica 
do INSS.
Para cálculo da renda familiar é considerado o número de 
pessoas que vivem na mesma casa, assim entendido: o 
requerente, cônjuge, companheiro(a), o filho não emancipado de 
qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido, pais, e irmãos 
não emancipados, menores de 21 anos e inválidos. O enteado e o 
menor tutelado equiparam-se a filho mediante a comprovação de 
dependência econômica e desde que não possuam bens 
suficientes para o próprio sustento e educação.
73
O benefício assistencial pode ser pago a mais de um membro da 
família desde que comprovadas todas as condições exigidas. 
Nesse caso, o valor do benefício concedido anteriormente será 
incluído no cálculo da renda familiar.
O benefício deixará de ser pago quando houver superação das 
condições que deram origem à concessão do benefício ou 
quando o beneficiário falecer. O benefício assistencial é 
intransferível e, portanto, não gera pensão aos dependentes.
74
Por favor,
você pode...
ÔNIBUS
...me informar se o
ônibus 201
passa aqui...?!?!
Franciete de Gois Marques Pinto
Barreiras arquitetônicas significam 
um grande “Não” diante das tentativas de superação. 
Escadas, portas estreitas, rampas muito íngremes, 
são na verdade obstáculos que destroem 
o direito de ser cidadão 
das pessoas com deficiência.
Referênciasbibliográficas 
Constituição Federal 1988.
Livros: 
Do Sentidos... pelos Sentidos...para os sentidos 
autor: Elcie F. Salzano Masini
edição 01 ano 2005
editora: Vetor
 
Conversando sobre deficiência 
autor: Jenny Bryan
edição 01 ano 1998
editora: Moderna
Internet (Sites)
www.bengalalegal.com.br
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