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UUnniivveerrssiiddaaddee EEssttaadduuaall ddee SSaannttaa CCrruuzz DDeeppaarrttaammeennttoo ddee CCiiêênncciiaass AAggrráárriiaass ee AAmmbbiieennttaaiiss LLaabboorraattóórriioo ddee FFiittooppaattoollooggiiaa ee NNeemmaattoollooggiiaa Prof. Jadergudson Pereira - 2013 - Sintomatologia e Diagnose de Doenças de Plantas 1 SINTOMATOLOGIASINTOMATOLOGIASINTOMATOLOGIASINTOMATOLOGIA Observando-se a mudança na morfologia e/ou na fisiologia da planta é que se reconhece as fitodoenças. Essas mudanças, denominadas de sintomas, podem ser observadas a olho nu ou através da microscopia. A percepção dessa mudança dá-se em maior ou menor grau pela qualidade da percepção visual e pela disponibilidade de equipamentos adequados. A parte da Fitopatologia que estuda os sintomas é a sintomatologia, fundamental para a diagnose segura de doenças. Os sintomas, de acordo com Muchovej & Muchovej (1992), podem ser primáriosprimáriosprimáriosprimários, quando estes são produzidos pela ação direta do patógeno sobre as células com as quais está em contato, ou secundários secundários secundários secundários ou sintomas reflexosou sintomas reflexosou sintomas reflexosou sintomas reflexos, quando são ocasionados pela ação fisiológica do patógeno, com a produção de metabólitos solúveis, ou pela ação mecânica, como os danos físicos, exibidos pela planta em órgãos distantes do local de ação do patógeno. As estruturas do patógenos, quando exteriorizadas no tecido doente, recebem o nome genérico de sinalsinalsinalsinal. Segundo Honey (1931), para fins de diagnóstico, os sinais podem superar os sintomas em confiabilidade. Além das estruturas patogênicas, exsudações ou cheiros emanados das lesões podem ser considerados como sinais. Durante o desenvolvimento de uma doença, diferentes sintomas sucedem-se em uma determinada sequência. A sequência completa dos sintomas de uma doença é conhecida por quadro sintomatológicoquadro sintomatológicoquadro sintomatológicoquadro sintomatológico. Na classificação dos sintomas pode-se levar em consideração inúmeros critérios, mas a adotada, a seguir, é de acordo com a chave de classificação de Honey (1931), que baseia-se nas alterações morfológicas da planta doente. SINTOMAS NECRÓTICOSSINTOMAS NECRÓTICOSSINTOMAS NECRÓTICOSSINTOMAS NECRÓTICOS As necroses caracterizam-se pela degeneração do protoplasma, seguida de morte das células, tecidos e órgãos. Se os sintomas são observados antesantesantesantes da morte do protoplasma são chamados de plesionecróticosplesionecróticosplesionecróticosplesionecróticos. Quando os sintomas são expressos após após após após a morte do protoplasma são denominados holonecróticosholonecróticosholonecróticosholonecróticos. PlesionecróticosPlesionecróticosPlesionecróticosPlesionecróticos * Amarelecimento - quando há destruição da clorofila. Mais comum nas folhas, varia desde um leve descoramento do verde até um amarelo brilhante. Normalmente observa-se amarelecimento ao redor de manchas necróticas. * Encharcamento ou Anasarca - causado pela perda de água das células para os espaços intercelulares, dando um aspecto de tecido encharcado. Característica de doenças causadas por bactérias, é a primeira manifestação de muitas doenças com sintomas necróticos. * Murcha - Devido à falta de água, as folhas ou brotos tornam-se flácidos. Distúrbios nos tecidos vascular e/ou radicular levam células de folhas e outros órgãos aéreos a perderem a turgescência. A murcha pode ser permanente ou temporária, sendo um sintoma bastante específico de algumas doenças causadas por patógenos vasculares, como os fungos Fusarium e Verticillium e a bactéria Ralstonia solanacearum. HolonecróticosHolonecróticosHolonecróticosHolonecróticos * Cancro - Manifestando-se tanto em plantas perenes (rubeolose dos citros) quanto anuais (cancro bacteriano do tomateiro), este sintoma é caracterizado por lesões necróticas deprimidas, mais frequentes nos tecidos corticais de caules, raízes e tubérculos, podendo ainda ser observado em folhas e frutos (cancro cítrico - Xanthomonas campestris pv. citri). 2 * Crestamento - conhecido também por requeima, é caracterizado por uma necrose repentina de órgãos aéreos (folhas, flores e brotações). Um dos exemplos mais conhecidos é a requeima da batata, causada pelo fungo Phytophthora infestans. * “Damping-off” - caracterizado pelo tombamento de plântulas, resulta da podridão de tecidos tenros da base do caulículo. Pode ocorrer tanto na pré como na pós-emergência. Os fungos Pythium, Phytophthora e Rhizoctonia, habitantes do solo, pertecem ao grupo que causa este sintoma. * Escaldadura - é quando ocorre o descoramento da epiderme de tecidos adjascentes em órgãos aéreos, lembrando um órgão escaldado em água fervente. Xanthomonas albilineans, bactéria causadora da escaldadura da cana-de-açúcar, é um exemplo típico deste tipo de sintoma. * Gomose - quando o patógeno coloniza o córtex ou lenho, há uma exudação de goma a partir das lesões, mais comum em frutíferas, como citros, pessegueiro e abacaxizeiro. * Mancha - um dos sintomas mais comuns, deve-se à morte de tecidos foliares, que tornam-se secos e pardos. Há uma variação na forma da mancha a depender do patógeno causador da doença, como mancha circular, concêntrica, angular, irregular, etc. Também pode estar presente em flores, frutos e vagens. * Morte das pontas - dá-se em virtude da morte progressiva dos ponteiros e ramos jovens de árvores. * Mumificação - ocorre quando frutos apodrecidos secam rapidamente, com consequente enrugamento e escurecimento, formando uma massa dura. A podridão parda em frutos de pêssego (Monilinia fructicola) é um exemplo típico. * Podridão - aparece quando o tecido necrosado encontra-se em fase adiantada de desintegração. A podridão pode ser mole, dura, negra, branca, etc. * Perfuração - decorre da formação de uma camada de abscisão ao redor da necrose, provocando a queda dos tecidos. O chumbinho do pessegueiro (Stigmina carpophila) é um bom exemplo. * Pústula - típico das ferrugens, caracteriza-se por uma pequena mancha necrótica com elevação da epiderme, que se rompe por força da produção e exposição dos esporos do fungo. * Resinose - exsudação anormal de resina das feridas ou lesões em coníferas. * Seca - processa-se mais lentamente que o crestamento, podendo atingir toda a parte aérea da planta, como no caso da seca da mangueira (Ceratocystis fimbriata) SINTOMAS PLÁSTICOSSINTOMAS PLÁSTICOSSINTOMAS PLÁSTICOSSINTOMAS PLÁSTICOS Estes sintomas são decorrentes de anomalias no crescimento, multiplicação ou diferenciação de células vegetais, levando à distorções nos órgãos da planta. Quando há um subdesenvolvimentosubdesenvolvimentosubdesenvolvimentosubdesenvolvimento, devido à uma redução ou supressão na multiplicação ou crescimento de células, os sintomas são denominados de hipoplásticoshipoplásticoshipoplásticoshipoplásticos. São chamados de hiperplásticoshiperplásticoshiperplásticoshiperplásticos quando ocorre superdesenvolvimento. HipoplásticosHipoplásticosHipoplásticosHipoplásticos * Albinismo - não há produção de clorofila, sendo de causa congênita. Apresenta-se como variegações brancas nas folhas, mas pode, em certos casos, tomar todo o órgão. * Clorose - em decorrência do esmaecimento do verde em ógãos clorofilados. Quando é intercalada com partes verdes normais, denomina-se mosaicomosaicomosaicomosaico, que é característico de algumas viroses. * Estiolamento - apesar de haver hiperplasia de células, com um típico alongamento do caule, ocorre a falta de produção de clorofila. 3 * Enfezamento ou Nanismo - ocorre uma redução no tamanho da planta ou de seus órgãos. Muito característico de certas viroses. *Mosaico - ver clorose. * Roseta - há um encurtamento dos entrenós, brotos ou ramos, resultando num agrupamento de folhas em roseta, como em plantas de abacaxi infectadas por Fusarium moniliforme var. subglutinans. HiperplásticosHiperplásticosHiperplásticosHiperplásticos * Bronzeamento - mudança da coloração da epiderme para cor de cobre em função do ataque de patógenos. O vírus do vira cabeça do tomateiro induz este tipo de sintoma, no estádio inicial da doença. * Calo cicatricial - quando há a hiperplasia de células da planta em torno de uma lesão, na tentativa de cicatrizar a ferida. * Encarquilhamento ou Encrespamento - quando ocorre uma deformação de órgãos da planta. resultando em crescimento exagerado de células, localizado em uma parte apenas do tecido. Crespeira do pêssego (Taphrina deformans). * Epinastia - é a curvatura, para baixo, da folha, parte dela ou do ramo, devido à rapida expansão da superfície superior desses órgãos. * Fasciação - é quando há o achatamento, ramificação e união de órgãos da planta. * Galha - é quando há uma hipertrofia/hiperplasia de células de tecidos da planta. É um sintoma bastante típico de certas doenças, como galhas de raízes de tomateiro (Meloidogyne incognita) e galha em coroa das rosáceas (Agrobacterium tumefasciens). * Superbrotamento - ramificação excessiva do caule, ramos ou brotações florais. Os órgãos afetados podem adquirir um aspecto de vassoura, sendo o sintoma então denominado de vassouravassouravassouravassoura----dededede----bruxabruxabruxabruxa, típico de Crinipellis perniciosa em cacaueiro. * Verrugose - é o crescimento excessivo dos tecidos epidérmicos e corticais, modificados pela ruptura e suberização das paredes celulares, o que resulta em lesões salientes e ásperas em frutos, tubérculos e folhas, como no caso da verrugose dos citros (Elsinoe fawcetti). 4 CHAVE PARA SINTOMAS DE DOENÇAS EM PLANTAS (Adaptado de Fox, 1993) 1. Células morrendo ou mortas (necrose).............................................................................................2 Células que não estão morrendo ou mortas (hipoplasia ou hiperplasia)..........................................23 2. células em processo de morte (plesionecrose) ..................................................................................3 Células mortas (holonecrose) .........................................................................................................5 3. Destruição da clorofila .............................................................................................Amarelecimento Clorofila não destruída ..................................................................................................................4 4. Tecido flácido, brotos e folhas murchando ............................................................................Murcha Tecido não flácido com excessiva água intercelular....................................................Encharcamento 5. Tecidos de armazenamento afetados................................................................................................6 Outrostecidos afetados...................................................................................................................7 6. Maceração, seguida pelo colapso do órgão afetado................................................................Podridão Podridão seca, com epiderme dura, seca e enrugada......................................................Mumificação 7. Tecidos verdes afetados...................................................................................................................8 Tecidos lenhosos afetados.............................................................................................................19 8. Caulículos de plântulas atacados, tombamento.............................................................”Damping-off” Tecidos maduros atacados..............................................................................................................9 9. Áreas necróticas bem delimitadas..................................................................................................10 Áreas necróticas espalhadas, podendo afetar órgãos inteiros..........................................................14 10. Sintomas em plantas dicotiledôneas.............................................................................................11 Sintomas em plantas monocotiledôneas........................................................................................13 11. Áreas necróticas limitadas cobertas com bolor...........................................................Mofo ou Bolor Nenhum bolor crescendo em áreas necróticas................................................................................12 12. Tecido necrótico intacto na lesão.........................................................................................Mancha Tecido necrótico fendido e caindo......................................................................................Perfuração 13. Necrose ao longo dos vasos.....................................................................................................Estria Necrose entre os vasos.............................................................................................................Listra 14. Folhas afetadas...........................................................................................................................15 Frutos e botões florais afetados.....................................................................................................18 15. Necrose geral resultante de efeitos indiretos.........................................................................Queima Necrose resultando de efeitos diretos do patógeno.........................................................................16 16. Somente tecido epidermal e subepidermal afetado........................................................Escaldadura Tecidos abaixo da camada epidermal mortos................................................................................17 17. Necrose somente em torno das margens da folha.............................Queima das pontas ou “Scorch” Necrose não limitada às margens da folha............................................................................Queima 18. Botões florais murchando prematuramente, frutos não formados............................Queda de flores Frutos caindo prematuramente...............................................................................Queda de frutos 19. Áreas necróticas.........................................................................................................................20 Exsudação...................................................................................................................................21 20. Necrose localizada, usualmente circundada por calo cicatricial.............................................Cancro Necrose extensa, brotos morrendo nas extremidades....................Morte dos ponteiros ou “Die back” 21. Exsudando goma...............................................................................................................Gomose Não exsudando goma..................................................................................................................22 22. Exsudando resina............................................................................................................Resinose Exsudando nem goma nem resina.....................................................................................”Sangria” 23. Subdesenvolvimento de tecidos (hipoplasia)................................................................................24 Superdesenvolvimento de tecidos (hiperplasia).............................................................................30 24. Subdesenvolvimento do tamanho da planta................................................................................25Subdesenvolvimento com relação à coloração (sintomas hipocrômicos).........................................28 25. Redução da planta inteira.................................................................................................Nanismo Certos órgãos não atingindo o tamanho normal...........................................................................26 26. Enfraquecimento completo de um órgão em desenvolvimento..........................................Supressão Desenvolvimento parcial de órgãos..............................................................................................27 27. Subdesenvolvimento do internódios.....................................................................................Roseta Caule com crescimento exagerado, folhas cloróticas.....................................................Estiolamento 28. Ausência de cor..............................................................................................................Albinismo Deficiência na produção de clorofila, plantas verde-claro..............................................................29 29. Amarelecimento em plantas crescendo sob luz.....................................................................Clorose Amarelecimento do caule de plantas crescendo no escuro.............................................Estiolamento 30. Supercrescimento da planta em relação ao tamanho (gigantismo)................................................31 Outros superdesenvolvimento......................................................................................................40 5 31. Simtomas em folhas ou frutos....................................................................................................32 Sintomas no caule ou raízes........................................................................................................35 32. Sintomas localizados..................................................................................................................33 Sintomas não localizados.............................................................................................................34 33. Hiperplasia de células epidermais, suberização da parede celular............................................Sarna Hipertrofia de células epidermais devido ao acúmulo de água...................................Entumescimento 34. Taxa de crescimento mais elevada num lado de ramos ou folhas........................................Epinastia Folhas enrugadas resultante de diferentes taxas de crescimento em tecidos adjascentes..........................................................................................................encarquilhamento 35. Supercrescimento localizado em resposta à ou injúria................................................................36 Supercrescimento não em resposta à ou injúria..........................................................................37 36. Engrossamento acima de áreas constrictas do caule................................................................Tilose Supercrescimento inchado, liso, ao redor de injúrias ou cancros.................................................Calo 37. Espessamento localizado (galhas, nós, raízes clavadas)....................................................Tumefação Supercrescimento não envolvendo engrossamento ou brotos e raízes.............................................38 38. Alongamento após crescimento normal da extremidade de brotos e raízes.......................Proliferação Supercrescimento não envolvendo engrossamento ou alongamento...............................................39 39. Fusão de ramos resultando em achatamento de brotos.....................................................Fasciação Raízes adventícias ou desenvolvimento demasiado de brotos (vassoura-de-bruxa, raízes em cabeleira)..............................................................................................................Superbrotamento 40. Superdesenvolvimento da coloração (sintomas hipercrômicos).....................................................41 Outro superdesenvolvimento.......................................................................................................43 41. Esverdeamento de tecidos desprovidos de clorofila........................................................Virescência Desenvolvimento de outras cores que não o verde........ ...............................................................42 42. Desenvolvimento de cor avermelhada ou púrpura em tecidos verdes.....................Antocianescência Aparecimento de tom cobre em folhas e frutos............................................................Bronzeamento 43. Mudança no tipo de tecido ou órgão (sintoma metaplástico)........................................................44 Desenvolvimento prematuro de órgãos ou tecidos (sintomas prolépticos)......................................45 44. Produção de órgãos em um local inexperado.................................................................Heterotopia Suberização de parede celular epidermal sem hiperplasia de células.................................Verrugose 45. Desenvolvimento de órgãos rudimentares....................................................................Restauração Outro desenvolvimento prematuro de órgãos ou tecidos...............................................................46 46. Crescimento de brotos em botões florais normalmente dormentes.....................................Prolepsia Murcha prematura de folhas.............................................................................Abscisão Proléptica 6 DIAGNOSEDIAGNOSEDIAGNOSEDIAGNOSE A detecção de sintomas e sinais é relativamente fácil. Entretanto, a determinação do agente causal é mais complexa, principalmente se tomar por base apenas a sintomatologia. Somente a partir de testes mais rigorosos pode-se afirmar qual o agente causal. Ao contrário da medicina humana ou animal, para determinar a origem de anormalidade na planta (fitodiagnose), a parte afetada, ou, às vezes, toda a planta, pode ser sacrificada. O primeiro passo na identificação de anormalidade é coletar o máximo de informações possível sobre a planta, como local dos sintomas, idade, extensão da anormalidade, além de outras. Quanto maior for o número de informações, mais fácil será a identificação do agente causal da doença (Muchovej & Muchovej, 1992). A comparação entre a planta doente e as ilustrações, ou descrições dos sintomas, apresentadas na literatura é, muitas vezes, suficiente para o diagnóstico de uma determinada doença. Ferrugens, oídios e carvões, por exemplo, apresentam uma sintomatologia tão peculiar que não há necessidade de nenhum exame mais detalhado para o seu reconhecimento. Existem situações, todavia, em que os sintomas não são característicos de nenhuma doença particular, podendo ser associados a diferentes causas, como no caso de murchas, cancros, cloroses, podridões e necroses, que podem ser provocados por mais de um organismo ou mesmo por fatores abióticos. Neste caso, informações sobre a cultivar, estádio de desenvolvimento da cultura, práticas culturais realizadas na propriedade (uso de fertilizantes, defensivos agrícolas, podas, etc.) e, ainda, condições climáticas às quais a cultura está submetida, podem auxiliar na identificação do agente (biótico ou abiótico) causal da anomalia. Observações ao microscópio do material doente, na busca de estruturas do patógeno, complementam o exame diagnóstico. O isolamento de fitopatógenos (necrotróficos ou hemibiotróficos) é de fundamental importância para se diagnosticar doenças desconhecidas, devendo-se levar em conta a aplicação dos “Postulados de Koch”. “A diagnose de doenças de plantas é uma arte. É similar a se jogar golfe ou tocar violino, requerendo aptidão” (Streets, 1975). Em culturas anuais o valor individual da planta geralmente é pequeno. É mais interessanteproteger as plantas saudáveis do que salvá-las após o aparecimento da doença. No caso de plantas perenes, como fruteiras, árvores ornamentais e outras, a situação é diferente, pois o valor individual da planta é maior, sendo importante um tratamento para recuperação da mesma, quando possível. O conhecimento básico do hábito de crescimento da planta, fisiologia, nutrição e ecologia é necessário para diferenciar uma planta normal de uma doente, ou ainda a reação destas às condições adversas. Cada espécie ou variedade de planta é adaptada em certas condições ambientais. Temperatura, precipitação, umidade, tipo de solo, pH, fertilidade, comprimento do dia, estações definidas e competição com outras plantas devem ser consideradas ao se avaliar a região em que determinada planta foi introduzida. O estresse da planta devido às condições desfavoráveis a torna mais suscetível a algumas doenças. Um conhecimento básico de entomologia é muito importante, uma vez que muitos vírus, bactérias, fungos e outros agentes são disseminados por insetos. Em alguns casos, o controle da doença só é possível com o controle do inseto vetor. Não tente diagnosticar doenças com apenas poucas folhas ou brotos. Sua imagem profissional está em jogo. Obtenha material adequado para o diagnóstico e faça uma anamnese com o indivíduo que o solicitou. Quando houver dificuldade, encaminhe o material coletado para centros e clínicas habilitados a fazerem uma diagnose segura. Universidades e centros de pesquisa normalmente mantêm setores específicos para a diagnose de fitodoenças, fornecendo fichas e instruções adequadas para a coleta e o envio de amostras para análise (ver modelo em anexo). Algumas vezes, a doença pode ser facilmente identificada por um exame da planta ou pela observação dos tecidos doentes ao microscópio. Em outras, técnicas especiais de cultura em laboratório e inoculação de plantas hospedeiras ou indicadoras serão necessárias, o que demanda um tempo maior. Se houver necessidade, tire fotografias da área e das plantas afetadas, enviando-as para o laboratório de diagnose. A amostra é ideal quando apresenta as seguintes características: 7 a) Mostra os diversos estádios da doença; b) É coletada no sítio de infecção na planta. Algumas vezes sintomas em folhas e outras partes (sintomas reflexos) ocorrem devido à danos no sistema radicular ou no caule; c) Ser protegida de deterioração e de exposição ao calor e dessecamento. Deve-se acondicioná-la em sacos de polietileno e não deixá-la muito tempo dentro de automóveis, o que a tornaria inadequada para análise; d) Ser acondicionada rapidamente, no seu recebimento no laboratório, em freezer ou incubadoras, para preservação adequada. 8 GRUPOS DE DOENÇAS DE PLANTASGRUPOS DE DOENÇAS DE PLANTASGRUPOS DE DOENÇAS DE PLANTASGRUPOS DE DOENÇAS DE PLANTAS Para se diagnosticar fitodoenças é de suma importância que se tenha o conhecimento dos danos que grupos de patógenos podem ocasionar na planta. Através do local e sintomas peculiares, elimina-se uma gama de possíveis agentes causais de determinada doença, o que facilita enormemente a identificação do patógeno. O agrupamento das doenças de plantas, descrito abaixo, foi proposto por McNew (1960) (citado po Bergamin Filho et al., 1995), que levou em consideração a alteração da fisiologia do hospedeiro. 1- PODRIDÕES DE ÓRGÃOS DE RESERVA As doenças que causam destruição de órgãos de armazenamento compreendem os diversos tipos de podridão que ocorrem em frutos, sementes e órgãos de reserva. As podridões podem ser secas ou moles. As secas ocorrem tanto em sementes como nos frutos. Nestes, os tecidos atacados perdem água, fato que leva à mumificação do órgão. As podridões aquosas ou moles levam à decomposição total de órgãos suculentos, como frutos, tubérculos e raízes. Os órgãos de reserva podem ser infectados no campo, antes ou durante a colheita, na embalagem, no transporte ou na estocagem. Os ferimentos produzidos nos frutos durante estas operações favorecem a doença, pois constituem portas de entrada para os patógenos. Também a ocorrência de temperatura e umidade elevadas contribui para o desenvolvimento da doença. Fungos são agentes causais tanto de podridões duras como de podridões aquosas. Os principais gêneros em sementes são: Aspergillus, Penicillium, Fusarium, Alternaria, Diplodia e Cladosporium. As podridões moles de origem fúngica são decorrentes, principalmente, da ação de Penicilium, Botrytis, Colletotrichum e Rhizopus. Os principais agentes bacterianos de podridões pertecem ao gênero Erwinia, destacando-se E. carotovora. Vive no solo, como saprófita, podendo afetar dezenas de espécies vegetais, principalmente hortaliças. 2 - “DAMPING-OFF” Este grupo afeta tecidos vegetais jovens, ainda dependentes ou recém-libertados das reservas nutricionais acumuladas nas sementes. Pode haver ataque pré ou pós-emergência. A importância deste grupo de doenças está relacionada com o estabelecimento da cultura no campo ou no viveiro, pois ocorre nos primeiros estádios de desenvolvimento da planta, o que pode afetar negativamente a densidade desejável de plantio. A condiçãos de alta umidade do solo favorece os patógenos causadores de “damping- off”. Os fungos são os maiores causadores de doenças deste grupo, principalmente Pythium, Rhizoctonia, Phytophthora e Fusarium. 3- PODRIDÕES DE RAIZ E COLO Estas doenças afetam principalmente o sistema radicular e, em alguns casos, o colo da planta. Com os danos provocados às raízes, há um comprometimento da absorção de água e de nutrientes, interferindo no desenvolvimento normal da planta. Estes danos promovem sintomas “reflexos” na parte aérea. Os patógenos causadores destas doenças podem atacar a planta desde o seu estádio inicial até o estádio adulto. Os fungos são os principais agentes de podridões de raiz e colo, sendo os mais comuns Pythium, Phytophthora, Sclerotium, Rhizoctonia e Fusarium solani. 4- DOENÇAS VASCULARES A colonização do xilema por alguns patógenos impede o transporte normal de água e nutrientes absorvidos pelas raízes, o que resulta em murcha da parte aérea. A murcha é um sintoma complexo que pode ter diferentes causas, como a deficiência hídrica do solo, a insuficiente absorção de água pelas raízes 9 ou a descontinuidade na translocação, pelo xilema, da água absorvida pelas raízes. A destruição parcial do sistema radicular por insetos ou patógenos, também compromete a absorção normal de água. Os agentes causais de doenças vasculares são fungos e bactérias, que normalmente sobrevivem na ausência do hospedeiro, tanto em restos de cultura como na matéria orgânica do solo. Os fungos que tipicamente causam estas doenças são Fusarium oxysporum, Verticillium albo-atrum, V. dahliae e algumas espécies de Ceratocystis. As bactérias causadoras de murchas pertencem aos gêneros Ralstonia, Xanthomonas, Erwinia e Clavibacter. 5 - MANCHAS FOLIARES A ocorrência de manchas foliares interfere diretamente na fotossíntese, que um processo vital da planta. Os agentes causais de manchas e crestamentos são patógenos facultativos. Apesar destes patógenos atacarem preferencialmente as folhas, outras partes vegetais podem ser atingidas, como o caule, ramo, flor, inflorescência e fruto. Fungos e bactérias causam manchas foliares. Espécies de bactérias pertecentes as gêneros Xanthomonas e Pseudomonas, estão associadas às manchas e crestamentos. Inúmeros fungos causam manchas foliares, mas alguns se destacam, como Alternaria, Cercospora, Colletotrichum, Helminthosporium (Drechslera, Bipolaris, Exserohilum) e Botrytis. Este tipo de doença é encontrado principalmente em regiões de clima quente e úmido. Manchas individuais podem coalescer e provocar necroses de grandes áreas do limbo foliar. Em alguns casos as manchas foliares podem não exibir nenhum sinal de esporos ou somente corpos de frutificaçãoimaturos. Deve-se, então, colocar o material em um ambiente úmido, o que pode ser obtido em placas de Petri, sacos plásticos, gerbox, recipientes plásticos com tampa, etc., todos com um chumaço de papel absorvente ou algodão embebidos em água destilada ou estéril. Observe diariamente se não há crescimento de saprófitas nas lesões. Retire o material para análise após 24 a 72 horas. Lembre que alguns parasitas não podem ser observados, mesmo com a exposição do material à umidade (vírus, micoplasmas/espiroplasmas e de causa não parasitária). O preparo de lâminas temporárias para observação de estruturas e tecidos doentes é recomendado. É através da observação de tais estruturas que poderemos afirmar a causa da doença. Algumas vezes se faz necessário o corte do tecido infectado à mão livre, para observação das características do patógeno e da colonização do tecido. 6 - MÍLDIOS Os míldios são causados por fungos pertencentes à família Peronosporaceae (Filo Oomycota). Ocorrem predominantemente nas folhas, podendo também atingir ramificações novas e frutos nos estádios iniciais de desenvolvimento. Nas folhas, a ocorrência do míldio tende a reduzir a capacidade fotossintética, implicando em prejuízo no desenvolvimento vegetativo da planta, bem como em danos à produção. Em regiões de alta umidade e temperatura amena se observa com mais frequência a ocorrência de míldios. Olerícolas, frutíferas, ornamentais e diferentes cereais são mais suscetíveis aos míldios. Manchas de coloração verde-clara, na face superior da folha, são típicas de míldios. Estruturas do patógeno podem ser observadas na face inferior, no ponto das lesões. Os patógenos mais importantes são encontrados nos gêneros fúngicos Plasmopara, Peronospora, Pseudoperonospora, Sclerospora e Bremia. 7- OÍDIOS Estas doenças apresentam um quadro sintomatológico típico, principalmente pela presença de uma eflorescência branca (estruturas do patógeno), pulverulenta, que pode recobrir folhas, ramos novos, gemas flores e frutos. Os oídios são causados por fungos parasitas obrigatórios. Apesar de ocorrerem em regiões de clima frio e úmido, estes são favorecidos por ambientes quentes e secos. Os gêneros comumente associados a oídios são Erysiphe, Podosphaera, Sphaerotheca e Uncinula (filo Ascomycota). 10 8- FERRUGENS As ferrugens são assim denominadas em razão das lesões amareladas, de aspecto ferruginoso, que causam nos hospedeiros atacados. Estas lesões (pústulas) são constituídas por esporos que emergem do tecido vegetal através do rompimento da epiderme. As ferrugens podem ter ação devastadora sobre seu hospedeiro e têm sido reconhecidas pelo homem desde a antiguidade. Gramíneas, como trigo, cevada, milho e cana são comumente atacadas. Culturas como café, soja, feijão, várias ornamentais, frutíferas e hortícolas sofrem redução na produção devido ao ataque destas doenças. Os agentes causais da ferrugens são fungos da ordem Uredinales (Filo Basidiomycota), sendo os gêneros mais importantes Puccinia, Hemileia, Uromyces, Phakopsora, Phragmidium, Cronartium e Melampsora. 9 - CARVÕES Estas doenças são conhecidas assim devido à presença de massas negras pulverulentas encontradas na parte aérea de plantas doentes. Estas massas são constituídas por estruturas reprodutivas do patógeno (sinais), o que torna os carvões fáceis de serem reconhecidos. A maior frequência do ataque de carvão é verificada nos grãos ou sementes, em razão do patógeno atingir o ovário das plantas, ocorrendo a substituição do conteúdo dos grãos. Os patógenos causadores de carvões são os fungos pertencentes à ordem Ustilaginales (Filo Basidiomycota), sendo os gêneros mais importantes Ustilago e Tilletia. 10 - GALHAS Em determinadas partes vegetais, como ramos, colo e, especialmente, raízes, pode aparecer um tipo de deformação caracterizada por tumefação, que se dá em decorrência de hiperplasia e hipertrofia celular, recebendo o nome de galha. Fungos, bactérias e nematóides causam galhas, retirando nutrientes e substâncias que o hospedeiro poderia utilizar. Fungos, como Plasmodiophora brassicae (ataca crucíferas), bactéria da espécie Agrobacterium tumefaciens (ataca frutíferas) e nematóides do gênero Meloidogyne (atacam diversas espécies de plantas) são os principais patógenos associados a este tipo de doença. 11 - VIROSES As doenças causadas por vírus interferem nos produtos sintetizados pela planta. Esta interferência ocorre principalmente em relação aos aminoácidos e nucleotídeos que, em vez de serem utilizados pela planta, passam a ser utilizados na replicação do patógeno. Assim, o vírus presente no interior da célula vegetal comanda a síntese de novas partículas às custas de aminoácidos e nucleotídeos produzidos no metabolismo celular. Estes produtos deixam de ser aproveitados pela planta, prejudicando o desenvolvimento normal da mesma, com redução no rendimento e na qualidade dos seus produtos. Além de exibir sintomas como lesões cloróticas, lesões necróticas, mosaico, enfezamento, nanismo, superbrotamento, clareamento das nervuras e enação, os vírus podem induzir outras anomalias, como o espessamento de folhas e nervuras, o avermelhamento de partes vegetais, a murcha de plantas, a descoloração de flores, a maturação precoce de frutos, manchas em forma de anéis em folhas e frutos e a esterilidade parcial ou total da planta. Nem sempre os sintomas são suficientes para a identificação segura da doença. Alguns testes complementares são necessários para a diagnose, como a indexação em plantas indicadoras, testes sorológicos (imunológicos), visualização da partícula viral (microscopia eletrônica), testes baseados nos ácidos nucléicos (DNA ou RNA), etc. 11 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS LABORATÓRIO DE FITOPATOLOGIA E NEMATOLOGIA CLÍNICA FITOPATOLÓGICA Rodovia Ilhéus-Itabuna km 16, 45.662-900, Ilhéus, Bahia ���� (073) 3680-5269 / Fax: (073) 3680-5254. E-mail: clinfip@uesc.br FORMULÁRIO DE ENCAMINHAMENTO DE MATERIAL PARA EXAME NO: ___________ Amostras incluídas: ���� planta cultivada, ���� planta daninha, ���� insetos, ���� análise nematológica, ���� solo, ���� folhas ���� raízes ATENÇÃO! Para a diagnose precisa de uma doença de planta, o técnico depende do recebimento de amostras da planta doente em boas condições. Colete o material fresco no campo, coloque num saco plástico sem água e envie imediatamente pelo correio ou portador. Não feche a boca do saco. Coloque tudo em uma caixa de papelão reforçado para evitar que o material seja amassado. No caso de folhas lesionadas, se não for possível fazer com que a amostra chegue ao Laboratório em, no máximo, três dias, faça uma secagem das mesmas colocando o material colhido aberto dentro de jornal (um pouco de material apenas dentro de cada folha) e coloque um peso por cima (uma tábua, por exemplo). Troque o jornal duas vezes ao dia até que o material fique seco (3 dias costumam ser suficientes para a maioria dos materiais). Coloque em envelope identificado e envie-o para a Clínica, no endereço acima. POR FAVOR, FOTOGRAFE OS SINTOMAS NO CAMPO E ENVIE POR E-MAIL. Produtor/ Interessado Nome: _________________________________________________________________________________________ Endereço:_______________________________________ Cidade/Estado:____________________ CEP: __________ Telefone: ___________e-mail:_____________________ Origem da amostra: ________________________________ Planta Hospedeira: _____________________________________________ Variedade:___________________________________ Área cultivada ou no de plantas: ________________________ Plantio: ���� comercial, ���� não comercial. Situação: ���� campo de cultivo, ���� cultura hidropônica, ���� cultivo protegido, ���� experimento, ���� horta, ���� interior de edificação, ���� jardim particular, ���� jardim público, ���� plantaselvagem, ���� pomar, ���� sementeira, ���� viveiro ���� outro (especificar) ___________________________ Tipo: ���� árvore, ���� arbusto, ���� trepadeira, ���� porte herbáceo, ���� gramínea, ���� outro (especificar)______________________ Idade e tamanho: ______________________________________ Doença • Parte(s) da planta atacada(s): ���� raízes, ���� hastes, ramos ou caules, ���� folhas, ���� inflorescências, ���� frutos, ���� sementes. • Aparência/Sintoma/Grupo da doença: ���� amarelecimento, ���� bronzeamento, ���� cancro, ���� carvão, ���� clorose, ���� crescimento anormal, ���� estrias, ���� exsudação de goma ou resina, ���� fasciação, ���� ferrugem, ���� galha, ���� mancha ou queima de folhas, ���� morte progressiva de ponteiros (die-back), ���� mosaico, ���� murcha, ���� nanismo, ���� oídio, ���� perfuração, ���� podridão mole, ���� podridão seca (ou mumificação), ���� superbrotamento, ���� tombamento, ���� verrugose ���� outro (especificar) ______________________________ • Distribuição da doença na cultura: ���� em plantas isoladas, ���� em reboleiras, ���� distribuição uniforme em toda a área, ���� todas as plantas, ���� em encostas, ���� em áreas de baixada, ���� em pontos mais elevados • Evolução da doença: ���� rápida, ���� gradual Outras Data aproximada da primeira observação da ocorrência da doença na área: _____ / _____ / _____ Condições climáticas no decorrer da semana anterior à tomada da amostra:___________________________________ Condições climáticas no decorrer do mês anterior à tomada da amostra:______________________________________ Manejo da irrigação (detalhar):_______________________________________________________________________________________ Solo (textura): ���� arenosa, ���� média, ���� argilosa, ���� mistura artificial para vasos (tipo) _____________________________ Manejo do solo: __________________________________________________________________________________ Histórico de ocupação da área (2 últimos anos): _________________________________________________________ Produtos aplicados na área, quantidades e épocas de aplicação: Fertilizantes e corretivos: _________________________________________________________________________ Fungicidas: ____________________________________________________________________________________ Herbicidas:_____________________________________________________________________________________ Inseticidas:_____________________________________________________________________________________ Outros:________________________________________________________________________________________ Recebido por: ________________________________________________ Data de entrada: _____ / _____ / _____ (Nome e assinatura) 12 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS LABORATÓRIO DE FITOPATOLOGIA E NEMATOLOGIA CLÍNICA FITOPATOLÓGICA Rodovia Ilhéus-Itabuna km 16, 45.662-900, Ilhéus, Bahia ���� (073) 3680-5269 / Fax: (073) 3680-5254. E-mail: clinfip@uesc.br FORMULÁRIO DE DIAGNOSE E RECOMENDAÇÃO No de encaminhamento: ________ Produtor/ Interessado: Nome__________________________________________________________________________________________ Endereço_____________________________________ Cidade _______________ CEP ___________ Estado______ Telefone: __________ e-mail: ________________ Origem da amostra: � endereço = consulente; � outro _________ _______________________________________________________________________________________________ Planta hospedeira:_____________________________________________Variedade:_________________________ Doença: Recomendações: _______________________________________________________________________ Data: _____ / _____ / _____ (Carimbo e assinatura) ATENÇÃO! REFERE-SE APENAS À AMOSTRA, NÃO SUBSTITUINDO O RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.
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