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URBANIZAÇÃO E OS IMPACTOS: POLUIÇÃO VISUAL, LUMINOSA, SONORA E TÉRMICA. POLUIÇÃO E CONTROLE: ÁGUA, AR E SOLOS • Por poluição entende-se a introdução pelo homem, direta ou indiretamente de substâncias ou energia no ambiente, provocando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos na saúde humana, nos seres vivos e no ecossistema ali presente. (PEIRY, 2004) • O termo poluição também pode se referir a ondas eletromagnéticas ou radiatividade. Uma interpretação mais ampla do termo deu origem a poluição luminosa. Poluição • Lei 6.938/81 -Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. – “Poluição: - a degradação da qualidade ambiental resultante das atividades que direta ou indiretamente: • a) prejudicam a saúde e o bem estar da população; • b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; • c) afetem desfavoravelmente a biota; • d) afetem as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; • e) lancem matéria ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos” Definição Legal de poluição ambiental • Atmosférica • Hídrica • Do solo • Sonora • Térmica • Luminosa • Visual Tipos de poluição existentes POLUIÇÃO VISUAL • Definição: • Excesso de elementos ligados à comunicação visual (como cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas, etc) dispostos em ambientes urbanos, especialmente em centros comerciais e de serviços. Poluição visual • Legislação e ferramentas de controle e mitigação: – Constituição 1988 e legislações locais (ex: Lei nº 14.223/06 do Município de São Paulo) • As medidas mais utilizadas para controlar esse tipo de poluição são: – Regulamentação das propagandas e sinais visuais; – Educação Ambiental; – Licenciamento ambiental. Poluição visual – Também são consideradas poluição visual algumas ações humanas sem estas estarem necessariamente ligada a publicidade, tais como: • O grafite (quando não regulamentado), • Pichações, • Fios de electricidade e telefônicos, • As edificações com falta de manutenção, • Resíduos sólidos dispostos indevidamente Poluição visual • Efeitos negativos da poluição visual: – Degradação dos centros urbanos, – Risco de acidentes automotivos (concorrência da atenção do motorista entre placas de sinalização, a poluição e o trânsito propriamente dito); – Alteração de aspectos psicológicos humanos; – Desvalorização de imóveis pontualmente localizados. – Outros. Poluição visual POLUIÇÃO LUMINOSA • Definição: • Poluição luminosa é definida como a alteração dos padrões de iluminação no meio ambiente devido às fontes de luz criadas pelo homem. – Inclui: luz direta, aumento crónico e temporário da iluminação, flutuações inesperadas nas iluminações artificiais. – Este tipo de poluição é considerado um efeito colateral da industrialização. A fonte de poluição neste caso consiste das luminárias internas e externas de residências e outros estabelecimentos, anúncios publicitários, iluminação viária, sinalização aérea e marítima, etc. Poluição luminosa • Classificação da poluição luminosa: – Atendimento ou não a legislação vigente • Obs: Existem estudos para a melhor classificação do item Poluição luminosa • Efeitos negativos da poluição luminosa nos animais e plantas: – Aumento do metabolismo animal; – Estresse de espécimes; – Migração de cardumes e animais de grande porte; – Mudanças de hábitos. Poluição luminosa • Efeitos negativos da poluição luminosa nos seres humanos: – Estresse (quando constante); – Mudanças de hábitos; – Interferência na visualização dos corpos celestes; – Outros; Poluição luminosa • Fontes de emissão: – Edifícios e torres iluminadas, – Luminárias de ruas e rodovias, – Barcos de pesca, – Iluminação de segurança, – Luzes veiculares – Queimadores em plataformas petrolíferas costeiras. Poluição luminosa • Legislação e ferramentas de controle e mitigação: – Lei 6938/01; Constituição 1988 (Art. 225), NR 15, Lei 9605/98 • As medidas mais utilizadas para controlar esse tipo de poluição são: – Regulação das fontes emissoras; – Desenvolvimento de tecnologias para otimizar a eficiência luminosa (diminuição das perdas); – Educação Ambiental; – Licenciamento ambiental. Poluição luminosa POLUIÇÃO SONORA • Definição: – “Poluição Sonora:A emissão de sons e ruídos em níveis que causam incômodos às pessoas e animais e que prejudica, assim, a saúde e as atividades humanas.” Constituição Federal Poluição sonora • Classificação da poluição sonora: – Nível de intensidade (medido em decibéis) Poluição sonora • Principais impactos e efeitos: • Efeitos negativos da poluição sonora na saúde dos seres humanos: – Insônia; – Estresse; – Depressão – Perda de audição; – Agressividade; – Perda de atenção e concentração; – Perda de memória; – Dores de Cabeça; – Aumento da pressão arterial; – Úlcera; Cansaço; Gastrite – Queda de rendimento escolar e no trabalho; surdez (em casos de exposição à níveis altíssimos de ruído); Poluição sonora • Efeitos negativos da poluição sonora nos animais: – Estresse; – Perda de audição; – Agressividade; – Surdez; – Migrações fora de época. Poluição sonora • Fontes de emissão: – Processos e operações industriais; – Processos agrícolas (maquinários); – Processos comerciais; – Outras atividades humanas (ex: pousos e decolagens, quebra de pavimentos, trânsito, equipamentos de som, etc) Poluição sonora • Legislação e ferramentas de controle e mitigação: – Lei 6938/01; Constituição 1988 (Art. 225), NR 15 anexos 1 e 2, Lei 9605/98 • As medidas mais utilizadas para controlar esse tipo de poluição são: – Intensificação na fiscalização industrial e comercial; – Educação Ambiental; – Licenciamento ambiental. Poluição sonora POLUIÇÃO TÉRMICA • Definição: – A poluição térmica decorre do lançamento, nos rios, da água aquecida usada no processo de refrigeração de refinarias, siderúrgicas e usinas termoelétricas. Poluição térmica • Efeitos negativos da poluição térmica nos animais, plantas e corpos hídricos: – Queda do valor de O2 dissolvido na água; – Aumento do metabolismo animal; – Estresse de espécimes; – Mortandade de exemplares menos adaptados; – Migração de cardumes e animais de grande porte. Poluição térmica • Fontes de emissão: – Processos e operações industriais (principalmente); – Usinas térmicas e hidroelétricas; Poluição térmica • Legislação e ferramentas de controle e mitigação: – Lei 6938/01; Constituição 1988 (Art. 225), NR 15 anexos 3, Lei 9605/98, CONAMA 357/05 • As medidas mais utilizadas para controlar esse tipo de poluição são: – Intensificação na fiscalização industrial; – Educação Ambiental; – Licenciamento ambiental. Poluição térmica POLUIÇÃO HÍDRICA • Definição: CONAMA 357/05 • Art. 24º - Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água, após o devido tratamento e desde que obedeçam as condições, padrões e exigências dispostos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis. (Anexos) Poluição hídrica • Classe das águas: • I - águas doces: águas com salinidade igual ou inferiora 0,5 ‰; • II - águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰; • III - águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30 ‰; Poluição hídrica • As águas doces são classificadas em: • I - classe especial: águas destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção; b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e, c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral. Poluição hídrica • II - classe 1: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplifi cado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas. Poluição hídrica • III - classe 2: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e e) à aqüicultura e à atividade de pesca. Poluição hídrica • IV - classe 3: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundário; e e) à dessedentação de animais. Poluição hídrica • V - classe 4: águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e b) à harmonia paisagística. Poluição hídrica Parâmetros de Qualidade de Águas Qualidade da água disponível De acordo com a legislação, a poluição da água pode ser: ou Pontual Descarga de efluentes a partir de indústrias e de estações de tratamento de esgoto São bem localizadas, fáceis de identificar e de monitorar Difusa Escoamento superficial urbano, escoamento superficial de áreas agrícolas e deposição atmosférica Espalham-se por toda a cidade, são difíceis de identificar e tratar Ciclo urbano da água Ambientes Costeiros RIO Captação Tratamento (ETA) DISTRIBUIÇÃO TRATAMENTOS (ETE) Lançamen- tos PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Químicas Físicas Biológicas sólidos Gases Inorgânicos Orgânicos Microrganismos Suspensos (SS) coloidais dissolvidos IMPUREZAS Metais Pesados Pesticidas Bactérias vírus protozoários PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS FÍSICOS: COR, TURBIDEZ, SABOR/ODOR, TEMPERATURA QÚIMICOS: ALCALINIDADE, pH, ACIDEZ, DUREZA, FERRO E MANGANÊS, CLORETOS, NITROGÊNIO, FÓSFORO, OXIGÊNIO DISSOLVIDO, MATÉRIA ORGÂNICA, MICROPOLUENTES ORGÂNICOS E INORGÂNICOS BIOLÓGICOS: COLIFORMES (COLIMETRIA), ALGAS, BACTÉRIAS DECOMPOSITORAS Qualidade de Águas Legislação Ambiental CONAMA 357/2005 classificação e diretrizes ambientais MS - 36/90 - 2914/2011 Potabilidade PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS COR: Aparência da água devido aos sólidos dissolvidos •Origem: natural: Mat Orgânica Fe e Mn antropogênica: Resíduos Industriais Esgotos domésticos Importância: Natural: Não apresenta risco direto à saúde mas interfere nas características estéticas Industrial --> toxicidade PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Turbidez: grau de interferência à passagem da luz causada por sólidos em suspensão Origem: natural: partículas de solo ( argila, silte) e microrganismos antropogênica: resíduos domésticos e industriais, microrganismos e erosão. Importância: natural: sem incovenientes sanitários diretos antropogênica ---> toxidez e patogenicidade penetração da luz: fotossíntese Utilização: tratamento de águas de abastecimento e controle ETA PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Temperatura: intensidade de calor Origem: natural: radiação, condução e convecção antropogênica: Torres de resfriamento, despejos . Importância: elevações de temperatura interferem: taxa de reações químicas, solubilidade e transferência de gases PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Sabor/Odor: característica estética resultante da interação gosto/odor por sólidos ou gases Origem: natural: Matéria orgânica, algas, Sulfeto de Hidrogênio (H2S). antropogênica: resíduos domésticos e industriais, H2S . Importância: natural: sem incovenientes sanitários diretos antropogênica ---> toxidez e patogenicidade PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS pH: concentração de íons H+ , indicando meio ácido, alcalino ou neutro ( 0 - 14) por sólidos dissolvidos ou gases. Origem: natural: rochas, atmosfera, mat organica, fotossíntese antropogênica: esgotos domésticos ou industriais . Importância: Tratamento águas, dureza. Utilização: Aguas brutas, abastecimento ETA Dureza: concentração de cátions multimétalicos em solução. Geralmente Ca ++ e Mg ++ Origem: natural: Ca e Mg de rochas dureza alcalina : presença de carbonatos antropogênica: esgotos domésticos ou industriais . Importância: Sem significado sanitário. Propriedades estéticas Formação de incrustações PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Oxigenio Dissolvido (OD): importante para manutenção da microbiota e processos oxidativos Origem: natural: Ar, Fotossintese Antropogênica: Aeração artificial Importância:Manutenção da Microbiota aquática PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Matéria Orgânica (MO): principal agente poluidor de fontes orgânicas (Esgotos e Lançamentos) Origem: natural: Biomassa vegetal e animal Antropogênica: Esgotos Importância:Consumo de OD ---> vida aquática aeróbia DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Nitrogênio (N): Várias formas N - NH - NO3 como sólidos dissolvidos ou em suspensão Origem: natural: Mat. Organica - Clorofila - proteina Antropogênica: esgotos domésticos ou industriais Fertilizantes Importância: Eutrofização de corpos d’água - consumo O2 - toxicidade - PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Fósforo (P): Fosfatos inorgânico (PO4)2- Origem: natural: Rochas, solo Antropogênica: esgotos domésticos ou industriais Fertilizantes Importância: Eutrofização de corpos d’água PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Micropoluentes inorgânicos Componentes tóxicos Exemplos: Metais Pesados: Arsênio, Cádmio, Cromo, Chumbo, Mercúrio e Prata. (Sólidos dissolvidos ou Suspensos) Cianetos PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Micropoluentes Orgânicos Componentes tóxicos Exemplos: Moléculas resistentes à decomposição. Pesticidas, hidrocarbonetos aromáticos, alifáticos, detergentes etc (Sólidos dissolvidos ou Suspensos) • Principais impactos e efeitos; – Eutrofização:excesso de nutrientes na água; – Hipóxia: baixas concentrações de O2 na água; – Transmissão de doenças: Febre tifóide, cólera, hepatite A, leptospirose, verminoses, etc. – Intoxicação: metais pesados, organoclorados, outros – Alterações organolépticas: mudanças de cor, sabor e odor. Poluição hídrica • Legislação e ferramentas de controle e mitigação: – CONAMA 357/05 (já mencionado) • As medidas mais utilizadas para controlar esse tipo de poluição são: – Intensificação na fiscalização industrial; – Educação Ambiental; – Utilização de produtos menos agressivos em processos de fabricação e agrícolas; – Licenciamento ambiental; – Saneamento ambiental. Poluição hídrica POLUIÇÃO DO SOLO • Definição: – Consiste na presença indevida, no solo, de elementos químicos estranhos, como os resíduos sólidos ou efluentes líquidos produzidos pelo homem, que prejudiquem as formas de vida e seu desenvolvimento regular. Poluição do solo CONTAMINAÇÃO DO SOLO E ÁGUA SUBTERRÂNEA PLUMAS DE CONTAMINANTES SOLOS CONTAMINADOS Infiltração + atenuação ÁGUAS SUPERFICIAIS: rios, represas, lagos e mar. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ZONA SATURADA SOLO ZONA INSATURADA AGROTÓXICOS Figura 1: Fontes de contaminação do solo e das águas subterrâneas ATMOSFERA Manuseio Inadequado acidentes (transp+prod.) vazamentos Manuseio impróprio EFLUENTES LÍQUIDOS RESÍDUOS SÓLIDOS Disposição inadeuqda EMISSÕES MINERAÇÕES Fontes de Poluição • Principais concentrações, impactos e efeitos: – Porcentagem de cada poluente no solo (média) • Agrotóxicos (20%), • Derivados do petróleo (16%), • Resíduos industriais (12%) e • Metais (12%). – Além de sua presença nos solos, os agentes tóxicos, patogênicos, reativos, corrosivos ou inflamáveis podem ser encontrados em águas subterrâneas ou em instalações, equipamentos e construções abandonadas, em desuso ou não controladas. Poluição do solo Processos físicos e químicos na migração de poluentes Processos físicos Processos químicos Advecção Adsorção-dessorção Dispersão ou dispersão hidrodinâmica -Dispersão mecânica -Dispersão molecular Precipitação-dissolução Atividade biológica Òxido-redução Formação de complexos e quelação Advecção: soluto é carregado pela água em Movimento; menor espalhamento do poluente. Dispersão: responsável pelo espalhamento do poluente no meio Poroso. O contaminante ocupa um volume maior do que se ocorresse apenas advecção. O transporte de poluentes no solo →influenciado por alterações em três variáveis: o solo, o poluente e o meio ambiente. As principais alterações (ELBACHÁ ,1989) variáveis do solo - tipo de solo, mineralogia, distribuição granulométrica, estrutura do solo, capacidade de troca iônica, tipo de íons adsorvidos e tipo e teor de matéria orgânica presente; variáveis do poluente - tipo de poluente, concentração do poluente e outras substâncias presentes, densidade, viscosidade, pH, polaridade, solubilidade, demanda bioquímica de oxigênio e demanda química de oxigênio; variáveis do ambiente - condições hidrogeológicas, condições aeróbicas/anaeróbias, temperatura, microorganismos presentes, potencial de óxido-redução. Metais pesados: formam um grupo de contaminantes comumente encontrados em diversos tipos de resíduos. Principais MT que têm recebido atenção devido a sua acumulação nos solos, plantas e nas águas subterrâneas : Pb, Cd, Cu, Zn, Ni, Cr e Hg COMPORTAMENTO DOS CONTAMINANTES NA ÁGUA SUBTERRÂNEA COMPORTAMENTO DOS CONTAMINANTES NA ÁGUA SUBTERRÂNEA NAPL (Nonaqueous-phase liquid) Muitos contaminantes são imiscíveis e possuem baixa solubilidade em água. Como consequência estes compostos geralmente existem como uma fase separada na subsuperfície. DNAPL: Dense Nonaqueous-phase liquid. São mais densos que a água e costumam se acumular na parte mais baixa do aquífero. Ex.: Solventes clorados LNAPL: Light Nonaqueous-phase liquid. São menos densos que a água e costumam “boiar”, ou seja, se acumulam nas camadas mais superficiais do aquífero. Ex.: produtos de petróleo. • BTEX: Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xilenos. • Grupo muito importante de compostos voláteis encontrados no petróleo e seus derivados. • Quando liberados no meio ambiente são contaminantes perigosos, principalmente das águas superficiais e subterrâneas. • Corrosão de tanques de gasolina provocam poluição do solo e lençol. • Gasolina pura pouco miscível. • Propriedade aumenta com a presença do etanol; • O etanol não é poluente tão perigoso porém: sua presença na gasolina ou o contato dele com uma pluma com BTEX, potencializará a dispersão destes compostos voláteis na água subterrânea. • Atenuação natural monitorada tem sido utilizada para remediar áreas contaminadas com compostos BTEX. Poluição do solo MEDIDAS DE CONTROLE MEDIDAS DE CONTROLE DA FONTE REMOÇÃO E DISPOSIÇÃO: Uma vez que a fonte é removida não haverá mais a partir dessa; A escavação é a maneira mais comum de se remover o material contaminado. Deve-se atentar para os quesitos de segurança dos trabalhadores. Os materiais podem ser tóxicos e ainda há o risco de movimentação do material; Para alguns contaminantes como PCBs, pesticidas e hidrocarbonetos é bastante comum haver a incineração do material escavado. Esta opção tem alto custo e deve-se atentar para as emissões atmosféricas. MEDIDAS DE CONTROLE DA FONTE • BARREIRAS DE CONTENÇÃO: – Se por questões físicas ou econômicas, o material não puder ser escavado, há a possibilidade de se realizar a contenção do material; – O objetivo desta técnica é impedir que a água (pluvial ou subterrânea) passe pelo material contaminado. Pode também ser usada para conter o espalhamento da pluma; – Diversos materiais podem ser utilizados como barreira. Os mais comuns são: bentonita e concreto com polímeros MEDIDAS DE CONTROLE DA FONTE • BARREIRA HIDRÁULICA: – Usada para conter a área onde a água subterrânea tenha sido contaminada; – Funciona através do bombeamento realizado por um poço de bombeamento localizado na borda da pluma; – Pode ser utilizado em combinação com tratamentos para o material removido. Neste caso, o processo recebe o nome de Bombeamento e Tratamento (Pump and Treat). BOMBEAMENTO E TRATAMENTO • Rebote (Rebound): após a parada do bombeamento, as concentrações de contaminante aumentam novamente. Isso ocorre porque neste tratamento apenas é removido o contaminantes presente na água subterrânea. Após a parada do bombeamento, o nível d`água volta ao seu nível normal e o contaminante adsorvido no solo passa novamente para a água subterrânea, aumentando as concentrações do contaminante neste meio. SOIL VAPOR EXTRACTION (SVE) Remove os vapores presentes no solo. Tb aplicada para águas subterrâneas. O vapor contaminado removido é tratado ex-situ, geralmente por unidades de carvão ativado; É bastante usado para o tratamento de compostos orgânicos voláteis (VOC); BIORREMEDIAÇÃO • O solo e a água subterrânea contêm grande quantidade de microorganismos; • Muitos destes microorganismos podem metabolizar uma grande quantidade de contaminantes. • Os fatores ambientais da subsuperfície que podem influenciar na atividade microbiológica são: pH, temperatura, umidade, fração de carbono, nutrientes, aceptores de elétrons (oxigênio, nitrato, sulfato, etc). • Tanto processos aeróbios quanto anaeróbios podem ocorrer.FITORREMEDIAÇÃO • Extração de contaminantes por plantas. Exemplos de vegetais que podem ser utilizados: rabanete(ótima capacidade de remoção de Fe, Mg, Zn e C). ATENUAÇÃO NATURAL Neste processo a capacidade natural do ambiente de se remediar é avaliada, quantificada e monitorada. É aplicada com intuito de reduzir a massa de contaminantes do solo e água subterrânea. É apropriada quando essa redução pode chegar a níveis seguros para a saúde humana e qualidade ambiental. A atenuação natural já foi aplicada para sites com diversos tipos de contaminantes: BTEX, PAHs, Pesticidas e compostos inorgânicos. É possível realizar a aplicação de compostos que aceleram a atenuação natural. Esse processo é chamado de Enhanced Monitored Natural Attenuation (“Atenuação Natural Melhorada”) • Legislação e ferramentas de controle e mitigação: – Lei 6938/01; Constituição 1988 (Art. 225) • As medidas mais utilizadas para controlar /evitar esse tipo de poluição são: – Intensificação na fiscalização industrial; – Educação Ambiental; – Utilização de produtos menos agressivos em processos de fabricação e agrícolas; – Licenciamento ambiental. Poluição do solo POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA Poluente Atmosférico: toda e qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa presente na atmosfera que possa alterar suas condições normais levando à ocorrência de efeitos deletérios reais ou potenciais. POLUENTES PRIMÁRIOS: formados na fonte da poluição. Ex.: Monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2), fuligem, etc. POLUENTES SECUNDÁRIOS: formado na atmosfera por conseqüência de reações entre poluentes e substância normais presentes no ar. Ex.: formação do ozônio. Resolução CONAMA nº 05, de 15.06.89= instituiu o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar "PRONAR. Definição: CONAMA 3/90 • Art. 1º - São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Poluição atmosférica • Entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: – I - impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; – II - inconveniente ao bem-estar público; – III - danoso aos materiais, à fauna e flora. – IV - prejudicial à segurança. ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade. Poluição atmosférica • Classificação dos poluentes atmosféricos : – Estado Físico: • Material Particulado; • Gases e • Vapores – Origem: • Poluentes Primários (emitidos já na forma de poluentes); • Poluentes Secundários (formados na atmosfera por reações químicas ou fotoquímicas) – Classe Química: • Poluentes Orgânicos e • Inorgânicos – Emissão: • Pontuais • Difusos Poluição atmosférica • Os poluentes considerados foram: – Partículas totais em suspensão (PTS), – Dióxido de enxofre (SO2), – Monóxido de carbono (CO), – Ozônio (O3), – Fumaça partículas inaláveis e – Dióxido de nitrogênio (NO2). Poluição atmosférica Poluente Fontes Processos Efeito Óxidos de Enxofre (SOx) Antropogénicas Combustão (refinarias, centrais térmicas, veículos diesel) Processos Industriais Afeta o sistema respiratório Chuvas ácidas Danos em materiais Naturais Vulcanismo Processos biológicos Óxidos de Azoto (Nox) Antropogénicas Combustão (veículos e indústria) Afeta o sistema respiratório Chuvas ácidas Naturais Emissões da vegetação Compostos Orgânicos Voláteis (COV) Antropogénicas Refinarias Petroquímicas Veículos Evaporação de combustíveis e solventes Poluição fotoquímica Incluem compostos tóxicos e carcinogênicos Monóxido de Carbono (CO) Antropogénicas Combustão (veículos) Reduz a capacidade de transporte de oxigênio no sangue Naturais Emissões da vegetação Dióxido de Carbono (CO2) Antropogénicas Combustão Aumento do efeito de estufa Naturais Fogos florestais Chumbo (Pb) Antropogénicas Gasolina com chumbo Incineração de resíduos Tóxico acumulativo Anemia e destruição de tecido cerebral Partículas Antropogénicas Combustão Processos industriais Condensação de outros poluentes Extração de minerais Alergias respiratórias Vetor de outros poluentes (metais pesados, compostos orgânicos carcinogénicos) Naturais Erosão eólica Vulcanismo CFC's e Halons Antropogénicas Aerossóis Sistemas de refrigeração Espumas, sistemas de combate a incêndios Destruição da camada de ozônio Contribuição para o efeito de estufa FONTES DE POLUIÇÃO DO AR Transporte terrestre, marítimo e aéreo; Processos industriais e mineração; Queimadas e incêndios florestais; Ressuspensão de poeira do solo; Emissões naturais (vulcões, vegetação); Outras (incineração, cozimento de alimentos, construção civil, atividades agrícolas). • Legislação e ferramentas de controle e mitigação: – CONAMA 3/90 (já mencionado) • As medidas mais utilizadas para controlar esse tipo de poluição são: • a) Medidas Indiretas: ações que visam a eliminação, redução ou afastamento dos poluentes. – Planejamento Urbano e Medidas Correlatas; – Medidas para Impedir a Geração dos Poluentes; – Medidas para Reduzir a Geração dos Poluentes – Licenciamento ambiental • b) Medidas Diretas: ações que visam reduzir a quantidade de poluentes lançados, através da instalação de equipamentos de controle. – Classificação dos Equipamentos de Controle de Poluição do Ar; – Chaminés Altas Poluição atmosférica MEDIDAS PARA REDUZIR A GERAÇÃO DE POLUENTES Uso de equipamentos dentro da sua capacidade nominal; Boa operação e manutenção adequada de equipamentos produtivos; Armazenamento adequado de materiais pulverulentos e/ou fragmentados, evitando a ação dos ventos sobre o mesmo; Adequada limpeza do ambiente, em especial aqueles onde há possibilidade de ação de microorganismos e conseqüente geração de odor, como é o caso de diversos tipos de resíduos urbanos; MEDIDAS PARA REDUZIR A GERAÇÃO DE POLUENTES (cont…) • Utilização de processos, equipamentos e operações de menor potencial poluidor. Utilização de combustíveis de menor potencial poluidor. TRATAMENTO DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS • MATERIAL PARTICULADO: Filtro Manga; – Os Filtros de Mangas têm por finalidade separar as partículas existentes no fluxo de gases industriais. – A filtragem é realizada pela passagem do ar carregado de partículas através de meios filtrantes “mangas” onde partículas ficam retidas na superfície e nos poros dos fios. GASES E VAPORES: Condensação (converte gases em líquidos), Incineração, Adsorção (carvão ativado). TRATAMENTO DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS ELBACHÁ, A. T. (1989). Estudo da Influência de Alguns Parâmetros no transporte de Massa em Solos Argilosos . Dissertação de Mestrado, Departamento de Engenharia Civil da PUC-RJ. 178p. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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