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09 de junho de 2025
Ano 29 - n° 1371 - Palmeira dos Índios - Alagoas EDIÇÃO
IMPRESSA
E DIGITAL
JUSTIÇANAS REDES
JUSTIÇA
Farda e ambição: Bolsonaro
será julgado por tentar rasgar
Constituição e se manter no
poder à força PÁGINAS 2 e 3
MP investiga Júlio Cezar
por suspeita de 
irregularidade em 
execução de orçamento
www.tribunadosertao.com.br
Ueslei Marcelino (REUTERS)
Major da PM mata o próprio
filho e o cunhado, esfaqueia 
ex-mulher e é morto pelo Bope
Pedro já havia agredido a ex-companheira. Desta vez, a violência
terminou em tragédia irreversível PÁGINAS 6 e 7
Renan Filho defende
equilíbrio fiscal para
manter crescimento
econômico
R$ 3,00
JORNAL TRIBUNA DO SERTÃO
Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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Bolsonaro no banco dos réus: o julgamento
que redefine os limites da democracia
Redação
Oex-presidente Jair Bolsonaro
e mais sete aliados serão jul-
gados por tentativa de golpe
de Estado. 
A acusação? Articular, den-
tro e fora do governo, um plano para
impedir a posse de Luiz Inácio Lula
da Silva após a derrota nas eleições
de 2022. A denúncia, apresentada
pela Procuradoria-Geral da
República, sustenta que Bolsonaro
liderou uma trama para abalar a
ordem democrática. 
Ele teria elaborado um de-
creto de estado de sítio, discutido
com generais da ativa a possibili-
dade de deslegitimar o resultado
das urnas e incentivado apoiadores
a promover atos contra o STF e o
TSE. Segundo a investigação da
Polícia Federal, a trama ficou con-
hecida como “Plano do Golpe” e
previa, entre outras ações, a prisão
de ministros, fechamento das in-
stituições e intervenção militar. O
nome do plano, revelado por de-
lações, era “Punhal Verde e
Amarelo” — símbolo de uma ten-
tativa de ruptura institucional con-
struída dentro do Palácio da
Alvorada.
Ao lado de Bolsonaro, estão
no banco dos réus nomes de peso
como os ex-ministros Braga Netto,
Augusto Heleno e Anderson Torres.
Todos são apontados como mem-
bros do “núcleo operacional” da
tentativa de ruptura democrática.
As penas, em caso de condenação,
podem ultrapassar 40 anos de
prisão.
A democracia em teste
O julgamento não é apenas
de Bolsonaro. É um teste institu-
cional para o Brasil. Pela primeira
vez, um ex-presidente será julgado
pela mais alta corte do país por ten-
tar subverter o próprio sistema que
jurou proteger. Trata-se de um mo-
mento que pode definir os rumos
da democracia brasileira para as
próximas décadas.
A narrativa construída nos
últimos anos, baseada em teorias
conspiratórias, ataque às urnas
eletrônicas e desinformação, en-
contra agora seu limite jurídico e
histórico.
Bolsonaro ficará diante de Alexandre de Moraes, no STF
JORNAL TRIBUNA DO SERTÃO
Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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O julgamento de Bolsonaro: 
um aviso claro a quem tenta
flertar com o autoritarismo
REDAÇÃO
Nesta segunda-feira, 9 de
junho de 2025, o Brasil
viverá um momento
histórico: o início do julgamento
do ex-presidente Jair Bolsonaro
no Supremo Tribunal Federal,
acusado de liderar uma tentativa
de golpe de Estado após sua der-
rota nas eleições presidenciais de
2022. Ao lado de pelo menos oito
aliados — entre eles ministros,
generais e ex-assessores — Bol-
sonaro será julgado por crimes
como abolição violenta do Estado
Democrático de Direito, tentativa
de golpe, associação criminosa e
incitação às Forças Armadas.
O processo que agora
chega ao plenário do STF é o des-
fecho de uma cadeia de acontec-
imentos que teve início no dia 30
de outubro de 2022, data da
eleição de Lula para um terceiro
mandato. Ainda naquela noite,
aliados de Bolsonaro iniciaram
bloqueios em rodovias federais,
enquanto o então presidente man-
tinha silêncio. Nas semanas
seguintes, ele se isolou no Palácio
da Alvorada, onde reuniões a por-
tas fechadas com militares e min-
istros passaram a gerar suspeitas
sobre a real disposição do presi-
dente em respeitar o resultado
das urnas.
De novembro a dezembro
daquele ano, documentos
começaram a circular entre ofi-
ciais de alta patente com propostas
de decretos de intervenção federal,
medidas de exceção e planos de
estado de sítio. As Forças Armadas
não aderiram oficialmente, mas
a tentativa de costurar apoio far-
dado foi evidente. Em 27 de
dezembro de 2022, Bolsonaro em-
barcou para os Estados Unidos
sem passar a faixa presidencial
a Lula — um gesto simbólico que
já apontava sua recusa em recon-
hecer a derrota.
Em 8 de janeiro de 2023,
os ataques criminosos às sedes
dos Três Poderes em Brasília acen-
deram o alerta definitivo. Embora
Bolsonaro estivesse fisicamente
fora do país, mensagens obtidas
posteriormente pela Polícia Fed-
eral revelaram que o ex-presidente
sabia da mobilização e não a con-
denou. O rastro digital do então
mandatário se tornou peça central
nas investigações que vieram a
seguir.
A virada decisiva no caso
veio com a Operação Tempus Ver-
itatis, deflagrada em novembro
de 2024. A ação da Polícia Federal
reuniu provas, áudios e delações
premiadas que escancararam a
existência de um plano de ruptura
democrática batizado de “Punhal
Verde e Amarelo”. O objetivo era
impedir a posse de Lula, prender
ministros do STF e tomar o poder
com respaldo de parte das Forças
Armadas.
Em março de 2025, com
base nesse material, o STF aceitou
por unanimidade a denúncia ap-
resentada pela Procuradoria-Geral
da República e tornou Bolsonaro
réu. A partir daí, o ex-presidente
passou a acumular outras frentes
de investigação: o uso de cartão
de vacinação falso para viabilizar
viagens internacionais durante a
pandemia; a apropriação de joias
dadas por autoridades sauditas e
o envolvimento com a chamada
“milícia digital”, responsável por
ataques sistemáticos à democracia
e às urnas eletrônicas.
Com o julgamento prestes
a começar, o Brasil entra numa
encruzilhada política e jurídica.
Nunca antes um ex-presidente da
República havia sido julgado por
tentar permanecer no poder à rev-
elia da Constituição. 
A sentença que sair desse
processo será, mais do que uma
resposta penal, uma mensagem
institucional: a de que a democ-
racia brasileira tem limites, tem
freios, tem leis — e que ninguém,
por mais poderoso que seja, está
acima delas.
GOLPE FRUSTRADO
🔎O que está em jogo no julgamento do ex-presidente
🔹 Quais crimes estão sendo julgados?
Bolsonaro e seus aliados respondem por tentativa de golpe
de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Di-
reito, formação de organização criminosa, incitação pública
ao crime e, em ações paralelas, falsidade ideológica e pecu-
lato (caso das joias sauditas).
🔹 Qual a pena prevista?
Somadas, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão. O
crime de tentativa de abolição do Estado de Direito, por si
só, prevê reclusão de 4 a 12 anos.
🔹 Ele pode ser preso?
Sim. Caso condenado, Bolsonaro poderá ser preso — ainda
que a defesa recorra. A execução da pena dependerá do
momento do trânsito em julgado, a depender da
jurisprudência aplicada pelo STF.
🔹 E quanto à inelegibilidade?
Bolsonaro já está inelegível até 2030 por decisão do TSE,
mas uma condenação penal pode torná-lo ficha suja de
forma permanente, a depender do teor da sentença.
🔹 O julgamento afeta outros políticos?
Sim. O desfecho do processo poderá influenciar outros
inquéritos que envolvem parlamentares, empresários e mil-
itares envolvidos com a tentativa de golpe e com as milícias
digitais.
🔹 E a repercussão internacional?
Alta. Veículos internacionais, como Le Monde, The Guardian
e El País, tratam o julgamento como um marco histórico da
justiça latino-americana, comparável ao de Fujimori no
Peru.
04
Éda melhor tradição da Academia Bra-
sileira de Letras, quando morre um
dos seus sócios efetivos, realizar uma
sessão de saudade na quinta-feira seguinte.
Todos os membros do plenário têm a opor-
tunidade de falar a respeito daquele que se
foi, confessando a sua saudade. Costuma
ser uma sessão muito emocionada.
Agora, no Conselho de Notá-
veis da ConfederaçãoNacional do Comercio
de Bens, Serviços e Turismo, sem esconder
as lágrimas que inundaram os meus olhos,
propus que o mesmo passasse a acontecer
também na sua tradição. Foi uma forma de
homenagear o último dos seus membros
que faleceu e nos deixou uma saudade
imensa.
O Embaixador Marcos Azam-
buja não passou dos 90 anos. Foi um dos
mais brilhantes membros do Itamaraty, que
honrou por todos os postos exercidos. Além
da imensa cultura, era dono de um bom
humor inexcedível.
Tive o privilégio de visitá-lo
em Paris, quando ele era titular da Embai-
xada na França, que exerceu com grande
brilho como sempre foi uma característica
das suas atuações diplomáticas. Era homem
de imensa cultura, de que se valeu também
quando exerceu as mesmas funções quando
foi Embaixador do Brasil na Argentina. Tra-
balhou, no período de 1992-1997, e foi Se-
cretário-Geral do Itamaraty de 1990 a 1992.
Chefiou a delegação do Brasil para Assuntos
de Desarmamento e Direitos Humanos em
Genebra, 1989-1990.
Foi autor de muitos livros
sobre relações internacionais nos campos
do desenvolvimento sustentável, desarma-
mento, integração regional, Antártica e po-
lítica espacial. Trabalhou três anos em
Londres e exerceu uma intensa atividade
na Fundação Roberto Marinho. Quem não
gostaria de contar com um homem de tanta
cultura em seus quadros?
Sua paixão pelo Brasil era
muito grande, como disse ao Conselheiro
Paulo Alonso: “Se o Brasil não der certo, as
condições para o mundo ficam prejudica-
das.”
E são suas conclusões: “Não
sou pessimista. Nós vamos encontrar, pouco
a pouco, maneira de fazer mais e melhor,
causando menos danos ao planeta.”
Sessão de saudade
É membro da 
Academia Brasileira de Letras
Arnaldo 
NISKIER
O Jornal Tribuna do Sertão também circula nas Prefeituras 
e Câmaras Municipais de Alagoas, Câmaras dos Deputados 
e Senado, Órgãos de Governo e Entidades de Classe.
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Marques, Fernando Valões e Cinara Corrêa
*Este Jornal é feito por colaboradores e não remunera os
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tária conforme artigo 150, IV, da Constituição Federal
Fundado no verão de 1997
pelo jornalista e escritor 
IVAN BARROS
JORNAL TRIBUNA DO SERTÃO
Palmeira dos Índios - AL- 02 de junho de 2025
Redação
Ogovernador Paulo Dan-
tas lança nesta segunda-
feira (9), às 11h, no
Palácio República dos Palmares,
o Programa Corações da Paz, uma
iniciativa inédita do Governo de
Alagoas voltada para a promoção
da cidadania, prevenção da vio-
lência e redução das desigualdades
sociais. A proposta integra diversas
áreas — como segurança pública,
saúde, educação, assistência social
e cultura — em um só espaço, com
foco em comunidades vulneráveis.
A principal ação do pro-
grama será a criação do Complexo
Comunitário Corações da Paz, que
será construído no entorno do Gi-
násio Lauthenay Perdigão, no
bairro do Trapiche, em Maceió. O
investimento inicial é de R$ 8 mi-
lhões. O espaço contará com três
blocos: um voltado à formação e
cultura, com salas de aula, biblio-
teca e auditório; outro destinado
a serviços públicos como emissão
de documentos, regularização civil
e atendimentos sociais; e um ter-
ceiro com estrutura administrativa
e de apoio.
Além disso, o local abri-
gará mais uma unidade do projeto
Escola do Coração, com 12 salas
de aula climatizadas e infraestru-
tura completa, já em fase de cons-
trução, orçada em R$ 12 milhões.
Esta será a segunda unidade do
tipo na capital, dentro de um plano
maior que prevê 56 novas escolas
em todo o estado, somando R$ 500
milhões em investimentos, o maior
da história de Alagoas nesse setor.
O programa é coordenado
pela Secretaria de Estado de Pre-
venção à Violência (Seprev) em
parceria com a Secretaria de Es-
tado da Educação (Seduc), e será
um centro de convivência e trans-
formação social. A população aten-
dida inclui jovens, mulheres, ido-
sos, pessoas com deficiência e fa-
mílias em situação de
vulnerabilidade. O objetivo é ofe-
recer oportunidades reais de in-
clusão, capacitação e fortaleci-
mento da cultura de paz, a partir
da mobilização comunitária e da
ação integrada de diversas pastas
do governo estadual.
Paulo Dantas apresenta Programa Corações da
Paz, que integrará ações sociais e de segurança
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Escola do Coração fará parte do Complexo Comunitário que será
construído do Ginásio Lauthenay Perdigão, no Trapiche 
JORNAL TRIBUNA DO SERTÃO
Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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Renan Filho defende corte de benefícios
fiscais e equilíbrio das contas públicas para
garantir crescimento sustentável do Brasil
REDAÇÃO
Em um longo pronuncia-
mento nas redes sociais
neste sábado, 7 de
junho, o ministro dos Trans-
portes, Renan Calheiros Filho,
fez um contundente alerta
sobre os efeitos danosos dos
gastos tributários — os chama-
dos incentivos ou renúncias
fiscais — para o equilíbrio fis-
cal do país. Segundo o min-
istro, o Brasil deixa de
arrecadar cerca de R$ 800 bil-
hões por ano com esse mecan-
ismo, valor que dobra os
orçamentos combinados da
saúde (R$ 233 bi) e da edu-
cação (R$ 167 bi).
Renan Filho classificou
os benefícios fiscais como “um
eufemismo para esconder o
que de fato são: gastos públicos
disfarçados, que beneficiam
pequenos grupos empresariais
com poder de pressão política,
em detrimento do conjunto da
população”.
Durante o vídeo, o min-
istro comparou os valores bil-
ionários concedidos a
empresas com investimentos
diretos em políticas públicas.
“O novo PAC, por exemplo,
tem R$ 60 bilhões. Já as bolsas
da Capes, a Farmácia Popular
e o Vale Gás somam pouco
mais de R$ 12 bilhões. É uma
desproporção brutal se com-
parada aos R$ 800 bilhões de
renúncias fiscais”, destacou.
A experiência de Alagoas
Renan relembrou que,
quando foi governador de
Alagoas, implementou cortes
nos benefícios fiscais e criou
o Fundo de Equilíbrio Fiscal
(FEFAL), para disciplinar a ar-
recadação e recuperar a capaci-
dade de investimento do
Estado, especialmente após os
anos de crise pós-impeach-
ment. A medida, segundo ele,
foi essencial para garantir a re-
tomada do crescimento
alagoano.
Cortes e reformas: “Não
dá mais”
O ministro afirmou
ainda que, além do corte nos
gastos tributários, o Brasil pre-
cisa rever outros desequi-
líbrios, como o pagamento
anual de R$ 100 bilhões em
precatórios e as emendas par-
lamentares que já somam mais
de R$ 50 bilhões. Ele defendeu
também uma reforma admin-
istrativa mais ampla, que atinja
“super salários”, privilégios
previdenciários e outras dis-
torções do serviço público fed-
eral.
“Não dá mais para sus-
tentar esse modelo. O Brasil
precisa de equilíbrio fiscal real
para manter os juros em queda,
atrair investimentos, gerar em-
pregos e continuar crescendo
de forma duradoura”, disse.
Crescimento com 
responsabilidade
Renan Filho comemo-
rou os índices econômicos
positivos do governo Lula —
como o crescimento acumu-
lado do PIB, a geração recorde
de empregos com carteira assi-
nada e o aumento da renda
dos trabalhadores —, mas ad-
vertiu que esse desempenho
só será sustentável com esta-
bilidade fiscal e revisão de
privilégios.
“Não se trata de cortar
investimento social. Pelo con-
trário, cortar incentivos inefi-
cazes é garantir mais recursos
para a saúde, educação, in-
fraestrutura e ciência. É garan-
tir que o Brasil cresça para
todos, e não apenaspara
poucos”, concluiu o ministro,
defendendo a articulação entre
o Executivo e o Congresso Na-
cional nas medidas que serão
debatidas neste fim de semana
em reunião com o ministro
Fernando Haddad, o presi-
dente da Câmara, Hugo Motta,
e o presidente do Senado, Davi
Alcolumbre.
ECONOMIA
Renan Filho comemorou os índices econômicos positivos do governo
Lula — como o crescimento do PIB, a geração recorde de empregos
com carteira assinada e o aumento da renda dos trabalhadores
Ministro dos Transportes usa redes sociais para criticar renúncias tributárias de R$ 800 bilhões
e alerta: país gasta mais com incentivos a grandes grupos do que com saúde e educação somados
JORNAL TRIBUNA DO SERTÃO
Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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O horror em casa: major da PM
mata o próprio filho e o cunhado
e morre ao resistir à prisão
Cinara Corrêa
Oque leva um homem, pai
de família, oficial refor-
mado da Polícia Militar, a
virar algoz daqueles que deveria
proteger? O que vimos neste
sábado, 7 de junho, em Maceió, é
mais do que um caso policial. É o
retrato de um país adoecido pela
violência doméstica, pela im-
punidade e por uma estrutura de
poder que muitas vezes protege
quem já deveria ter sido afastado
há muito tempo.
O major reformado Pedro
Silva, de 48 anos, foi morto por
policiais do Bope após resistir à
prisão no momento em que es-
faqueava a ex-companheira, dentro
da casa onde, minutos antes, ele
havia assassinado o próprio filho
de 10 anos e o cunhado, um sar-
gento da PM. A tragédia aconteceu
na Rua Manaus, no bairro Trapiche
da Barra, na capital alagoana.
De acordo com a Secre-
taria de Segurança Pública, o major
estava em surto psicótico. Mas o
surto, por si só, não explica o hor-
ror. Pedro já havia sido preso por
agredir a ex-companheira em
Palmeira dos Índios, com base na
Lei Maria da Penha. Já havia sinais.
Já havia histórico. E mesmo assim,
a escalada da violência não foi
contida — até que se tornasse ir-
reversível.
A tropa de elite do Bope
conseguiu salvar três vidas: duas
mulheres e uma criança de dois
anos, resgatadas da cena do crime.
Mas as marcas deixadas são pro-
fundas e não cicatrizam fácil. Uma
criança assassinada pelo próprio
pai. Um policial morto por outro
policial. Uma mulher à beira da
morte por não ter sido protegida
antes.
Quantos alertas ainda
serão ignorados? Quantos “ex-com-
panheiros” violentos ainda cam-
inharão soltos entre nós,
carregando armas, fardas, medal-
has e histórico de agressões
abafado por estruturas corpora-
tivistas?
Esse não é um caso isolado.
É a ponta de um iceberg formado
por machismo, omissão institu-
cional, falhas na saúde mental e
descaso com as vítimas da violên-
cia doméstica.
A Tribuna do Sertão
lamenta profundamente as mortes
ocorridas. Mas, mais do que lamen-
tar, denunciamos. 
Denunciamos o silêncio, a
lentidão das medidas protetivas,
o sistema que falha com mulheres
todos os dias, até que vire notícia
em letras garrafais — e tarde de-
mais.
Que o nome de Pedro Silva
não entre para a história como
mais um “caso policial”, mas como
símbolo de tudo o que o Estado, a
Justiça e a sociedade precisam
combater com urgência.
EM MACEIÓ
O major reformado Pedro Silva, de 48 anos, foi morto por policiais do Bope após resistir à prisão; De acordo
com a Secretaria de Segurança Pública, o major estava em surto psicótico.
O major reformado
Pedro Silva (à
esquerda), de 48
anos, foi morto por
policiais do Bope após
resistir à prisão; mo-
mentos antes, ele
havia assassinado o
cunhado, o sargento
Galvão (à direita) e o
próprio filho de 10
anos
JORNAL TRIBUNA DO SERTÃO
Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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Sob a farda, o abismo: os surtos psicóticos
que silenciosamente adoecem policiais
militares e ameaçam a sociedade
REDAÇÃO
Atragédia ocorrida em
Maceió no último
sábado (7), quando o
major reformado Pedro Silva
assassinou o próprio filho e
o cunhado, antes de ser morto
pelo Bope após invadir a casa
da ex-companheira, expõe
uma ferida antiga e negligen-
ciada: a saúde mental dos
policiais militares. Não é a
primeira vez que um agente
da lei, treinado para proteger,
colapsa e se torna o protago-
nista de atos violentos e ir-
reparáveis. E, infelizmente,
dificilmente será a última.
Por trás da rigidez da farda e
do discurso de honra, muitos
policiais enfrentam rotinas
de altíssimo estresse, jor-
nadas extensas, exposição
constante à violência, acú-
mulo de traumas e falta de
suporte emocional. Somados
à cultura interna da corpo-
ração, que ainda resiste a enx-
ergar o sofrimento psíquico
como algo legítimo, esses fa-
tores formam uma bomba-
relógio silenciosa.
O preço do silêncio
Dados do Fórum
Brasileiro de Segurança
Pública já apontaram que a
incidência de suicídios e dis-
túrbios emocionais entre poli-
ciais é alarmante. E ainda
mais grave é o silêncio insti-
tucional que cerca esses
casos. O medo de parecer
fraco, de sofrer represálias,
de ser afastado da função ou
perder o porte de arma im-
pede muitos militares de bus-
car ajuda.
Quando não explode
para dentro, em forma de de-
pressão profunda ou autode-
struição, o colapso pode ex-
travasar: em surtos, agressões,
rompantes de violência —
como o que ceifou a vida de
uma criança inocente no úl-
timo fim de semana.
A urgência de 
um novo modelo
A Polícia Militar pre-
cisa urgentemente revisar
suas práticas internas. É
necessário quebrar o tabu do
adoecimento psicológico e
oferecer acompanhamento
clínico sério, contínuo e in-
dependente. Programas de
saúde mental não podem ser
apenas cartilhas ou iniciati-
vas esporádicas. Eles pre-
cisam ser estruturais,
preventivos e humanizados.
Além disso, o Estado,
o Ministério Público, o Judi-
ciário e a sociedade civil pre-
cisam compreender que um
policial armado, des-
preparado emocionalmente e
desamparado psiquicamente,
não é apenas um risco para
si mesmo. É um risco para
todos à sua volta.
Não basta
lamentar depois
A tragédia de Pedro
Silva não foi um “caso iso-
lado”, como tantas vezes se
tenta rotular. Foi mais um
sinal — grave e irreversível
— de que algo está falhando
na formação, no acompan-
hamento e no cuidado com
aqueles que carregam armas
e lidam diariamente com o
limite entre a ordem e o caos.
A segurança pública só será
de fato eficaz quando for tam-
bém humana. E para isso,
precisamos aprender a olhar
além da farda.
ALÉM DA FARDA: UM ALERTA NACIONAL
JORNAL TRIBUNA DO SERTÃO
Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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ARede e-Tec do Senar está
comemorando 10 anos de
existência, levando a ex-
celência da formação técnica
profissionalizante da instituição
para todas as regiões do Brasil.
Para o segundo semestre de 2025,
o Senar Alagoas disponibiliza 260
vagas nos cursos de Agricultura,
Agronegócio, Fruticultura e Zootec-
nia, em formato híbrido, com aulas
presenciais e à distância. Para par-
ticipar, é necessário ter concluído
o Ensino Médio.
“Nossos polos de ensino
estão espalhados em todas as
regiões do estado, temos vagas
neste segundo semestre em cidades
como Arapiraca, Lagoa da Canoa,
Cacimbinhas, Água Branca,
Palmeira dos Índios, Marechal De-
odoro e União dos Palmares. A
Rede e-Tec já atendeu 40 mil alunos
em 25 estados e no Distrito Federal,
nos últimos 10 anos, o que demon-
stra sua força na aprendizagem
rural em todo Brasil”, afirma o
presidente do Sistema Faeal/Senar,
Álvaro Almeida.
O processo seletivo 2025.2
teve início no último dia 13 de
maio e segue até 23 de junho. As
inscrições são feitas diretamente
no site do Senar e-Tec, através do
endereço eletrônico:
https://www.etec.senar.org.br/proce
sso-seletivo, onde também está
disponível o edital completo. “O
procedimento on-line é intuitivo
e totalmente gratuito. Basta o can-
didato clicar no botão “inscreva-
se”, escolher o curso desejado e
também o polo de ensino mais
próximo”, informa a gerente téc-
nica do Senar Alagoas, GrazielaFreitas.
O público prioritário é o
produtor rural, pessoas com vín-
culo com a produção rural, seja
empregado ou familiar. “Os inter-
essados também devem anexar a
documentação digitalizada. São
solicitados o histórico escolar, o
certificado de conclusão do Ensino
Médio, e comprovante de vínculo
com o meio rural, para quem de-
seja declarar vínculo e ser inserido
no grupo prioritário”, completa a
gerente. É importante garantir que
toda documentação esteja correta,
legível e em formato PDF, antes de
clicar em “concluir inscrição”.
A classificação dos can-
didatos depende da análise da doc-
umentação. No dia 16 de julho sai
a lista dos que estão aptos a pro-
ceder a matrícula, que acontece
presencialmente no polo de ensino
escolhido, no ato de inscrição. É
importante fazer um checklist de
todos os documentos obrigatórios
para apresentar na hora da ma-
trícula, com originais e fotocópias
ou autenticados no cartório. A lista
com toda documentação
necessária está no edital, que pode
ser acessado clicando aqui:
https://www.etec.senar.org.br/proce
sso-seletivo.
“A qualificação profis-
sional é fundamental para o de-
senvolvimento do meio rural. A
missão do Senar de oferecer for-
mação técnica e profissionalizante
contribui para a melhoria da qual-
idade de vida no campo e o de-
senvolvimento sustentável, já que
formação e informação são essen-
ciais para o sucesso do setor pro-
dutivo agropecuário”, resume a
engenheira agrônoma Luana Tor-
res, superintendente-adjunta do
Senar Alagoas. 
Senar Alagoas abre 260 vagas
para cursos técnicos gratuitos 
no segmento agropecuário
@tribunadosertao09 www.tribunadosertao.com.br
Acomunicação no setor público
precisa cumprir critérios esta-
belecidos na legislação perti-
nente e se submeter às diretrizes dos
Controles Interno e Externo. Em cum-
primento a essas normas a Secretaria de
Estado da Comunicação (SECOM), em
boa hora, criou uma Instrução Normativa,
que disciplina, democraticamente, a po-
lítica de comunicação, com critérios téc-
nicos e objetivos, depois de uma Consulta
Pública, para contratação de espaços pu-
blicitários, em veículos de comunicação.
Tudo atendendo aos princípios da lega-
lidade, moralidade, publicidade e do in-
teresse público. (Art. 37 CF). 
É assim que se faz e foi assim
quem fez o secretário Wendel Palhares.
Fazendo o certoA briga é deles, mas 
a vergonha é nossa
Que os políticos de Alagoas briguem entre si
tudo bem, mas o ruim é que suas rusgas re-
flitam em nós alagoanos causando sempre a
impressão que todos somos iguais a eles. As contendas
entre o senador Renan Calheiros e o deputado Arthur
Lira, cada qual com seus balaios de denúncias,
versando desde corrupção até crimes eleitorais e
familiares, estão sempre em pauta nos Tribunais de
Brasília e deixa Alagoas e os alagoanos expostos à ver-
gonha nacional. E somos nós que os elegemos, então
somos cumplices.
Bom para o consumidor
Especialista em direito do con-
sumidor, com vasta bagagem
nas relações complicadas
entre planos de saúde e usuários, o
advogado José Tenório Gameleira, se
situa hoje como uma referência no as-
sunto na advocacia alagoana.
Estudioso da matéria, com uma prat-
ica efetiva de resultados e uma equipe
conectada com o tema, já é consider-
ado um recordista em demandas exi-
tosas no campo especifico do direito.
Bom para o consumidor.
A defesa de Marx, pelos animais
Muito atento a uma grave falha do
Ministério da Educação, quando não in-
cluiu o curso de Veterinária, entre aqueles
proibidos de ser ministrados por EAD, o deputado
Marx Beltrão (PP/AL) imediatamente fez constar a sua
justa reclamação. Mostra a sua preocupação com o
tratamento dado à Pauta Animal, que tem sido
relegada em muitos aspectos, na administração
pública em todos os níveis.
Pílulas do Pedro
Trabalhar contra a indicação de Marluce Caldas para o STJ é torcer
contra Alagoas. 
A delegada Bárbara Arraes é a grande revelação da Polícia Civil, por
seu engajamento em defesa de pautas de cidadania. Que o exemplo seja
seguido.
Parece que os políticos de Alagoas, foram formados na mesma escola e
com os mesmos professores. Negativamente iguais. 
Resumo 
Político
PARA REFLETIR
Não é a política que transforma homens
em corruptos, é votar em bandidos que
torna a política suja!Pedro
OLIVEIRA
JORNAL TRIBUNA DO SERTÃO
Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
jornaltribunadosertao
Campo minado
Oprefeito JHC sabe
que sua eleição
corre perigo, seja
pra onde for. Vai entrar em
um “campo minado” e qual-
quer erro de cálculo o
artefato explode no pé, sem
salvação. Ninguém ganha
por antecipação e os
opositores estão no seu
calcanhar.
Escola da Magistratura
AEscola Superior da Magistratura de Alagoas
(ESMAL), tem desenvolvido uma intensa
programação de cursos e eventos técnicos
não apenas para magistrados, mas também dirigidos
aos servidores do Poder Judiciário, como forma de
melhorar os serviços prestados à sociedade alagoana
e buscar, cada vez mais, o aprimoramento funcional e
o aprendizado do corpo administrativo, com a
abordagem de temas modernos e impactantes. O
desembargador Fernando Tourinho, diretor geral da
Escola tem se empenhado em oferecer uma
programação de alto nível na instituição, que conta
com o apoio do presidente do Poder Judiciário,
desembargador Fábio Bittencourt Araújo.
A Zambelli fugiu
"Eu tenho um passaporte italiano, pode
colocar Interpol atrás de mim, eles não me
tiram da Itália", disse Zambelli. "Sou
cidadã italiana e lá eu sou intocável, a não ser
que a Justiça italiana me prenda. E aí não vai ser
o Alexandre de Moraes, vai ser a Justiça italiana.
Estou pagando para ver um dia desse",
respondeu, após ser questionada se tinha medo
de ser presa. O seu advogado, surpreendido,
deixou sua defesa.
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Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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Ministério Público investiga ex-prefeito
Júlio Cezar por supostas irregularidades
na execução orçamentária de 2023
Redação
Ocerco jurídico contra o
ex-prefeito de Palmeira
dos Índios, Júlio Cezar,
começou a se apertar. O Min-
istério Público do Estado de
Alagoas (MPAL) instaurou um
inquérito civil público para
apurar indícios de irregulari-
dades na execução da Lei Orça-
mentária Anual (LOA) referente
ao exercício de 2023, último
ano de sua gestão à frente da
prefeitura.
A investigação, con-
duzida pela 2ª Promotoria de
Justiça de Palmeira dos Índios,
especializada na tutela do
patrimônio público, foi formal-
izada por meio de portaria assi-
nada pelo promotor Ricardo de
Souza Libório e publicada no
Diário Oficial do Ministério
Público na última quinta-feira
(5).
O ponto de partida da
apuração é uma representação
recebida pela Ouvidoria do
MPAL, que levanta suspeitas
sobre a aplicação de recursos
públicos vinculados a emendas
impositivas, destinadas a in-
stituições sociais e entidades
civis da cidade. Tais emendas,
por força de lei, devem ser ex-
ecutadas obrigatoriamente, a
não ser em casos excepcionais
devidamente justificados.
Contradições entre
discurso oficial e realidade
orçamentária
Embora o Relatório
Anual de Gestão (RAG), en-
tregue pela gestão Júlio Cezar
ao Tribunal de Contas do Es-
tado (TCE/AL), aponte a apli-
cação integral dos recursos vin-
culados às emendas, a
Promotoria identificou incon-
gruências na fase de liquidação
orçamentária.
Na prática, isso significa
que o governo municipal teria
empenhado os recursos — ou
seja, reservado a dotação orça-
mentária —, mas não os teria
efetivamente pago às institu-
ições destinatárias. Essa dis-
crepância levanta dúvidas
sobre a fidedignidade das in-
formações prestadas ao TCE e
pode configurar, segundo o
Ministério Público, infração
político-administrativa e até
ato de improbidade.
Rede de interesses e 
interferência familiar
Outro elemento que
chama a atenção no processo
é o atual cenário político da
cidade. A Prefeitura de Palmeira
dos Índios está hoje sob o co-
mando da prefeita Luísa Júlia
Duarte, tia de Júlio Cezar, o que
acende o alerta sobre possíveistentativas de blindagem insti-
tucional. O Ministério Público,
atento a esse contexto, já req-
uisitou à atual gestão infor-
mações detalhadas sobre os
repasses financeiros, os proces-
sos de liquidação e as justifica-
tivas para eventuais não
execuções.
Além disso, foram en-
caminhadas requisições à Re-
ceita Federal e ao Núcleo de
Defesa do Patrimônio Público,
com o objetivo de cruzar dados
fiscais e orçamentários, am-
pliando o escopo da apuração.
Regramento legal e 
fundamentos 
da apuração
A investigação tem
como base jurídica a Lei nº
4.320/1964, que disciplina nor-
mas gerais para a elaboração e
controle dos orçamentos públi-
cos, e a Lei de Responsabili-
dade Fiscal (LC nº 101/2000),
que estabelece princípios de
legalidade, transparência e efi-
ciência na gestão das finanças
públicas.
Se confirmadas as suspeitas,
Júlio Cezar poderá responder
por violação aos princípios da
administração pública, con-
forme previsto na Lei de Im-
probidade Administrativa (Lei
nº 8.429/1992), além de sofrer
sanções políticas e civis —
como suspensão de direitos,
perda de bens, e até inelegibil-
idade.
Um inquérito que pode
revelar mais do que
números
O caso vai além da sim-
ples análise de contas. Ele rev-
ela os mecanismos políticos e
administrativos que operam
por trás das emendas imposi-
tivas e pode expor eventuais
relações espúrias entre o poder
público e entidades benefici-
adas por interesses eleitorais.
A Tribuna do Sertão acompan-
hará os desdobramentos do in-
quérito, pois a transparência
na gestão orçamentária não é
apenas uma exigência legal —
é um compromisso ético com
a população, especialmente em
um município marcado por
profundas carências sociais e
dependência de políticas públi-
cas sérias.
Júlio Cezar, ex-prefeito de Palmeira dos Índios, é alvo de inquérito do
Ministério Público por suspeita de irregularidades na execução
orçamentária de 2023; investigação apura possível omissão de
pagamentos de emendas impositivas.
PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Investigação do MP apura possível maquiagem nos números da execução orçamentária de 2023
e levanta suspeitas sobre omissão de pagamentos vinculados a emendas impositivas
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Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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Roberto
Gonçalves
OMinistério Público de
Alagoas, por meio da Pro-
motoria de Justiça de Feira
Grande, recomendou às prefeituras
de Lagoa da Canoa e Feira Grande
que exonerem servidores contrata-
dos e nomeiem os aprovados nos
concursos públicos ainda vigentes.
 
O promotor Lucas Schitini
também orienta que os municípios
evitem novas contratações tem-
porárias para cargos com vagas
previstas em edital, enquanto hou-
ver concursados aguardando
nomeação.
Exoneração e concurso
em Feira Grande e
Lagoa da Canoa
No atual cenário político
de Alagoas, com vários
nomes disputando as
duas vagas para o Senado, o
quadro segue indefinido.Entre
os que manifestam intenção de
disputar, está o senador Renan
Calheiros (MDB), que busca seu
quinto mandato. 
Também estão no jogo os
deputados federais Arthur Lira
(PP), Alfredo Gaspar (União
Brasil) e Paulão (PT), este último
em articulação com a direção
nacional do Partido dos Trabal-
hadores. Davi Davino Filho
aparece com condições fa-
voráveis na capital, segundo as
últimas pesquisas.
O governador Paulo Dan-
tas (MDB) é apontado como um
nome forte do partido para ocu-
par a primeira vaga. Caso ele
entre na disputa, a definição da
segunda vaga permanece in-
definida.
É importante observar os
nomes com maiores índices de
rejeição em Maceió, de acordo
com levantamentos recentes:
Renan Calheiros e o deputado
federal Arthur Lira. Há ainda a
possibilidade de o prefeito de
Maceió, JHC, entrar na corrida
pelo Senado. A atual senadora
Eudócia Caldas também pode
disputar a reeleição.
Duas vagas para o Senado em 2026 
seguem indefinidas em Alagoas
Renan Calheiros disputará o quinto mandato
Em solenidade realizada
no plenário da Câmara
Municipal de Arapiraca,
o secretário municipal de Ar-
ticulação Política, Josenildo
Souza, recebeu o título de
Cidadão Honorário de Ara-
piraca.
A honraria foi proposta
ainda em 2015 pelo então
vereador Josias Albuquerque.
Aprovada no mesmo ano, a en-
trega do título aconteceu ape-
nas agora, dez anos depois, em
uma cerimônia marcada pela
emoção e reconhecimento
público.
A sessão solene, ocor-
rida na Casa de Herbene Melo,
contou com a presença de au-
toridades políticas, membros
do Poder Judiciário, da Defen-
soria Pública, familiares, ami-
gos, servidores públicos das
áreas onde Josenildo atuou nos
últimos anos, além de des-
portistas e comunicadores.
A mesa de honra, re-
sponsável por conduzir os tra-
balhos, foi composta pelo
presidente da Casa, Léo Sat-
urnino (MDB); pelo prefeito de
Arapiraca, Luciano Barbosa
(MDB); pelo proponente da
homenagem, ex-vereador
Josias Albuquerque; pelo de-
fensor público André Chalub;
e pelo juiz aposentado e jor-
nalista José Firmino de
Oliveira.
Josenildo, natural de
Caruaru (PE), afirmou sentir-
se honrado e, a partir de agora,
definitivamente, um arapi-
raquense de coração. Ele
chegou ao município ainda cri-
ança, com apenas um ano de
idade, acompanhando os pais.
Diversos comuni-
cadores estiveram presentes e
destacaram a relevância de
Josenildo Souza para o desen-
volvimento da comunicação
local. “Como diretor mais
jovem do ASA, como comen-
tarista com quem já dividi
transmissões em muitas opor-
tunidades, Josenildo é um
orgulho para a cidade”, afir-
mou o radialista Nelson Filho.
Secretário de Articulação Política e radialista
Josenildo Souza é o mais novo Cidadão
Honorário de Arapiraca
Oprefeito Luciano Barbosa
(MDB) segue aliado dos
senadores Renan Cal-
heiros Renan Filho e do deputado
federal Arthur Lira (PP). No co-
mando da cidade mais impor-
tante do interior do Estado e
segundo colégio eleitoral, Barbosa
se empenha com todas as forças
para reeleger Daniel Barbosa (PP)
para a Câmara dos Deputados e
na eleição do outro filho, Lucas
Barbosa (ainda sem partido) para
a Câmara dos Deputados.
Arapiraca fora das 
decisões majoritárias
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Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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Roberto Gonçalves 
Arapiraca na condição da
sua importância como ci-
dade mais importante do
interior de Alagoas teve o privi-
légio de desenvolver o sistema
de transmissão por meio de
ondas elétricas. Pesquisas con-
firmam que em 1944, chegou da
Paraíba um técnico de cinema,
José Gondim, para prestar assis-
tência ao cinema Leão como téc-
nico. A partir desse momento,
Arapiraca passou a se manifestar
para a evolução através de ondas
artesianas. Seu projeto: inundar
a cidade de alto-falantes. 
Por ser dispendioso, segundo o
artista plástico o saudoso, J. Sá,
o projeto não foi adiante. 
Em 1946, na administra-
ção do prefeito João Ribeiro Lima
(que havia sido interventor), nova
fase para o rádio em Arapiraca:
a ideia de José Gondim ressurgiu,
com a instalação de um serviço
de alto-falantes na rua do comér-
cio. Era o Serviço de Alto-falantes
da Prefeitura Municipal, na voz
de Cyra Ribeiro, filha do inter-
ventor e a primeira mulher a
falar naquele sistema de som. A
primeira música tocada foi “pelo
telefone”, às 10 horas da manhã
do dia 30 de outubro. 
- Aqui é o serviço de alto-
falantes da Prefeitura Municipal
de Arapiraca, a voz do povo,
dizia a locutora (conhecida como
speaker). 
O povo que ouvia aquela
novidade estava extasiado (o ser-
viço de alto-falantes da prefeitura
funcionou até 1948.
A partir de 1948, na gestão Luiz
Pereira Lima, a prefeitura
instalou diversas “bocas de som”:
em postes na Praça Gabino Be-
souro (hoje Praça Marques da
Silva), na esquina da Praça Ga-
bino Besouro com a Rua Aníbal
Lima, (ali funcionava o estúdio
e o locutor era o jovem Miguel
Valeriano da Silva). 
Com a posse do prefeito
Coaracy da Mata Fonseca em
1951 (genro de Luiz Pereira
Lima), o “locutor” Miguel Vale-
riano foi ser secretário geral da
prefeitura,assumindo o cargo de
locutor o estudante Ivan Rodri-
gues. Surgiu, então, a figura de
J. Sá, autor da prece do Ângelus,
que era lida diariamente às 18
horas. Com a inauguração do
cine Trianon (de propriedade do
vereador José Barbosa), em 1952,
J. Sá foi convidado para ser o lo-
cutor oficial do cinema, que tinha
duas cornetas de som, e anunciar
os filmes. 
Com a saída do prefeito
Coaracy da Mata Fonseca, o ser-
viço de alto-falantes do municí-
pio foi desfeito. J. Sá, então, com
a ajuda de José Gondim, instala
em sua residência o serviço de
alto-falantes Tupã (os discos de
vinil eram emprestados pelo fu-
turo juiz Nelson Rodrigues Cor-
reia). 
Em 1953, J. Sá conseguiu
um transmissor e passou à época
do rádio, que conseguia levar o
som ao centro e bairros próximos
ao estúdio (já com licença do De-
partamento dos Correios e Telé-
grafos, encarregado da
fiscalização das rádios). 
Em 1954, o serviço de
alto-falantes passa a ser chamado
de rádio Tupã. Pouco tempo de-
pois, a convite de José Renato,
diretor da Rádio Difusora de Ala-
goas (emissora oficial do Estado),
J. Sá passou a ser mais um locu-
tor daquela emissora, até que, a
convite e oferta do gerente do
Banco da Lavoura de Minas Ge-
rais S. A. em Arapiraca, Sr. Eu-
zébio Santos, recebeu um
empréstimo bancário para com-
pra dos transmissores da rádio
Tupã, passando a proprietário. 
Em 1961, a convite do de-
putado estadual Claudenor de
Albuquerque Lima, o radialista
J. Sá passa a fazer parte do cast
da rádio Cultura de Arapiraca,
que tinha como diretor adminis-
trativo o próprio deputado, como
diretor geral, José de Sá, e como
diretor artístico o radialista e po-
lítico alagoano, Castro Filho (de-
pois, vereador em Maceió), com
estúdio e transmissor no bairro
São Luiz (antiga Fazenda Per-
nambucana). Eram radialistas:
J. Sá, José Benedito Silva, o JBS,
José Barbosa das Neves, o “Bar-
bosinha” e Siloé Limeira. 
Houve, ainda, por poucos
períodos algumas emissoras clan-
destinas em Arapiraca, a exem-
plo de: Rádio Cruzeiro de
Arapiraca, de propriedade do
Benedito Umbelino; Rádio da
Igreja Batista de Arapiraca; Rádio
Assembleia de Deus; Rádio
Duque de Caxias, da comunidade
Rua Duque de Caxias; Rádio Ho-
landa Musical, de Propriedade
do técnico eletrônico José Ho-
landa Ferreira. 
A rádio Cultura de Ara-
piraca funcionou até 1964, sur-
gimento da militarização
brasileira, quando encerrou suas
atividades. Neste mesmo ano,
tendo à frente da municipalidade
o prefeito Francisco Pereira, e se-
cretário geral da prefeitura o ad-
vogado Miguel Valeriano, surge
a rádio Antena de Publicidade,
que passou a funcionar na rua
Camilo Collier, por trás da sede
da municipalidade (o estúdio e
o transmissor foram montados
pelo técnico em eletrônica, José
Gomes, o Dedé
O início e a evolução das emissoras
de rádio no município de Arapiraca 
Especial
Em 1948 surgiram os “alto falantes” e em 1976 foi inaugurada a Rádio Novo Nordeste AM
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Opinião
Carlito
LIMA
O gol da lua
Em um jogo contra o Fluminense no
Maracanã, Pelé driblou oito jogado-
res do grande time tricolor e fez o
gol na trave de Castilho. Foi um gol tão es-
petacular que parecia haver apenas san-
tistas no Maracanã, toda torcida de pé
aplaudiu durante 10minutos o gol mais
bonito já feto na história do futebol. 
O jornalista Joelmir Beting, ficou
tão impressionado com o gol, que mandou
fazer uma placa de bronze para colocar
no saguão do estádio, com os dizeres:
"Neste estádio, Pelé marcou no dia 5 de
março de 1959 o gol mais bonito da histó-
ria do Maracanã". Daí quando alguém faz
um gol bonito diz que o jogador fez um gol
de placa.
Enquanto Pelé fazia o Gol de Placa no
Maracanã, nós meninos da Avenida da
Paz tínhamos nossa organização de
futebol de praia. Durante as férias,
jogávamos todos os dias e tarde/noites,
havia campeonatos. Meninos, adolescen-
tes, ficávamos com um olho na bola e
outro nas meninas que apareciam a cami-
nho do mar, bronzear-se, queimar as per-
nas, o corpo, tornar a pele amorenada,
como o diabo e nós gostávamos.
Nada melhor depois de uma
pelada de praia que tirar o suor num mer-
gulho junto com a namorada. O mar da
Avenida, tranquilo, pequenas ondas, água
morna é apropriado para namoro. 
Quando podíamos jogávamos futebol,
iniciando com uma zorra, hoje chamada
de linha de passe, pela manhã, logo
depois dividíamos os jogadores no par ou
ímpar e iniciava a pelada na areia. Só de
calção de banho, não havia falta, nem im-
pedimento, nem escanteio, o que interes-
sava era o gol. A trave, sem goleiros, era
marcada por dois cocos verdes com a dis-
tância de três palmos, o gol se tornava
mais difícil que numa trave normal com
um goleiro. 
Organizamos campeonatos, vinha gente
do Poço, de Jaraguá da praça Sinimbu,
era animadíssimo, naquela época nem se
pensava em racismo ou outro tipo de pre-
conceito, o que valia era saber jogar nas
peladas de areia da paria da Avenida.
Gerson, negro, filho de uma lavadeira era
o grande astro, sabia driblar, jogava o fu-
tebol com arte e graça, todos queriam
jogar com Gerson. O melhor back (defesa),
era viado, sabíamos, e daí? Era difícil pas-
sar por ele, arrebentava as pernas do ad-
versário.
A maior diversão da juventude era o fute-
bol, e nossos ídolos era quem jogasse me-
lhor, independente de qualquer situação
social.
Comecei essa crônica falando no Gol de
Placa que ficou famoso em todo mundo,
ainda hoje quem faz um bonito gol, diz
que fez um gol de placa. Nós Meninos da
Avenida inventamos um gol mais bonito
que o de placa, mais romântico, mais sur-
real.
Porque, quando estávamos jogando à
tarde, terminávamos ao escurecer, mas se
fosse noite de Lua Cheia continuávamos
jogando, até a Lua aparecer, redonda, bri-
lhante, iluminando a praia, e o jogo só ter-
minava quando houvesse um gol depois
da Lua ficar redonda. Era o Gol da Lua. O
jogo acabava. Ainda tínhamos fogo, de em
casa tomarmos um banho, jantar e sair
para tomar uma cervejinha no bairro boê-
mio de Jaraguá, discutindo o jogo da tarde
e o Gol da Lua. Juventude romântica.
Opoeta-escritor Macário
Loureiro, natural da Terra do
Menestrel das Alagoas, trouxe
à tona seu terceiro livro intitulado
Coletânea II - Poemas e crônicas iné-
ditas - fruto de suas andanças literá-
rias e, por isso, consagrou-se no seu
tempo como vate à moda antiga.
Adquiriu, portanto, estilo próprio no
fazer literário abrangendo poesia e
crônica como gêneros da literatura
distintos. Foi deveras dotado de sensi-
bilidade poética e, ao mesmo tempo,
carregou a têmpera de um cronista
contemporâneo que denunciou a
insensatez dos algozes do poder.
Por outro lado, exalta a
Grécia Antiga que deu a inspiração ao
Ocidente em termos de cultura-sabe-
doria universais: “ Helena a bela
troiana/ Filha de Leda e de Zeus/ Sua
beleza imaculada, Tinha a
semelhança de Deus ”. Exalta o amor,
a beleza da flor, e, principalmente, as
rosas que inspiraram o inolvidável
Cartola: “ Toda rosa nasce bela/ Toda
rosa tem odor/ Toda rosa é mimosa,
Toda rosa lembra amor ”.
Deixa transparecer sua sen-
sibilidade à criança, e, por
conseguinte, eleva sua alma dando-
lhe a dimensão Cristiana: “ Que
criancinha formosa, Junto ao seu
jumentinho, Eles são da mesma idade,
São como dois irmãozinhos ”. Esnoba
na sua cultura universal, como admi-
rador do oráculo romano Marco Túlio
Cícero: “ Foi o maior orador. Foi o
maior pensador, Foi o maior escritor,
Foi o maior senador ”.
Foi, sem sombra de dúvidas,
homem público fascinado pela
Grécia, berço de poetas-escritores que
encantaram e embelezaram com seus
sábios ensinamentos: “ Sócrates, o
paladino da sabedoria. Pela corte
grega foi condenado. A beber “cicuta”
o letal veneno, Por corromper a moci-
dade do Estado”.
Dedica, pois seu amor à sua
queridas-adorada esposa: “ Levo a
vida meditar, Sempre a sonhar como
você, Como é grande o meu amor, O
meu amor por você ”.
Aliás, assemelha-se ao “
Rei” Roberto Carlos, maior
cancioneiro da música popularbrasi-
leira. Influenciou a minha geração
cantando músicas encantadoras.
Macário Loureiro foi, por
excelência, um vate que se inspirou
em sua própria vivência de homem
sonhador contemporâneo. Mergulhou
no passado à procura de remoer suas
lembranças. E o fez com tanta
propriedade que perenizou na sua
produção literária de duas formas:
versos e crônicas que retratam o pre-
sente sob a égide da estrela radiosa
da nossa querida Alagoas. Parabéns! 
Coletânea Poética II 
Laurentino
VEIGA
JORNAL TRIBUNA DO SERTÃO
Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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EDITOR: Benedito RamosTribuna Literária
Página coordenada 
pela Academia 
Alagoana de Letras 
Entre tantas obras essenciais, para
mim, de forma atemporal, quatro
se destacam como pilares do co-
nhecimento e sabedoria: “O Príncipe” de
Maquiavel, “A Arte da Guerra” de Sun
Tzu, “O Pequeno Príncipe” de Saint Exu-
pery “O Profeta”, de Kahlil Gibran.
Olhados rapidamente parecem
conteúdos de naturezas distintas, no en-
tanto, compartilham essência comum:
procurar pela inteligência existêncial,
relação com o poder e a importância da
visão estratégica.
Maquiavel analisa a política com
realismo e pragmatismo, Sun Tzu ensina
como a capacidade de antever cenários
pode conduzir à vitória sem necessaria-
mente recorrer ao confronto direto, Saint-
Exupéry fala sobre a importância da
empatia e da pureza de espírito, e Gibran
oferece uma visão transcendental sobre
amor, dor e liberdade. Todos são, de certa
forma, guias para navegar pelos desafios
da vida.
Embora tratados de forma dife-
rente, os autores abordam o poder e sua
influência sobre a humanidade. Maquia-
vel o examina sob uma perspectiva prá-
tica, mostrando como conquistá-lo e
mantê-lo. Sun Tzu ensina que a verda-
deira autoridade reside no conhecimento,
paciência e visão a longo prazo. Já em
O Pequeno Príncipe, tal faculdade apa-
rece de maneira simbólica, como nos
personagens que tentam dominá-lo sem
compreender sua verdadeira essência.
Em O Profeta, a força se revela na capa-
cidade de amar, ensinar e desapegar-se.
Por incrível que pareça, a clareza
de objetivos também unem essas obras.
pois Maquiavel retrata que um gover-
nante deve ser astuto e adaptar-se às cir-
cunstâncias. Sun Tzu aconselha a conhe-
cer a si mesmo e o inimigo para garantir
a vitória. O Pequeno Príncipe, apesar de
sua simplicidade, possui a artimanha de
olhar o mundo com lentes da curiosidade
e do coração, percebendo verdades ocul-
tas. Gibran, por sua vez, mostra que real
entendimento vem da introspecção e do
equilíbrio interior.
Ler é abrir portas para a inteli-
gência acumulada por gerações. Quem
compreende as instruções desses quatro
sábios, não apenas resiste ao enfrentar
desafios, mas também aprende a viver
com propósito e significado, afinal, a lei-
tura é a mais poderosa das armas, porque
transforma a mente, que quanto mais
preparada muda o mundo.
Alberto Rostand
LANVERLY
Meus livros 
de cabeceira
Quando eu era menina e Maceió uma pequena, tran-
quila e quieta cidade, a praia da avenida da Paz se
estendia em areial sem fim até o Pontal da Barra,
ali onde a lagoa se confunde com o mar.
Dunas davam a região relevo de sonho, a praia do
Sobral era para mim território distante...
Despertava minha imaginação o azul profundo do
mar ao entardecer, o horizonte lá longe, me levavam a in-
ventar histórias. Castelos de fadas eram as nuvens que se
acumulavam na linha imaginária que divide o céu azul do
mar.
Imaginava -me singrando aquelas águas, atravessando
a linha., ingressando em um país muito diferente, fantástico,
onde encontrava princesas, gnomos, árvores falantes e
sereias de longas e verdes cabeleiras de algas entremeadas
com corais e pequenos e brilhantes peixinhos multicolori-
dos.
O rio Salgadinho ainda corria livre e piscoso, e se
lançava no mar decidido a se integrar e assim fazer parte
de algo muito maior.
Acreditem, não existiam garças na paisagem onírica,
no máximo maçaricos, pequenos pássaros das praias e xies,
muitos, daqueles pequenos caranguejos anêmicos, patas
amareladas e olhos pretos saltados, mas garças, jamais
foram vistas por ali.
Garças viviam lá nos mangues e lagoas que eram re-
pletas de peixe, sururus, camarões, ostras encrustada nos
galhos e raízes dos manguezais, caranguejos azuis e peludos
uçás.
As garças viviam em seus ninhais longe da praia da Avenida,
como chamávamos à época.
Quantas vezes sob o olhar de adultos, descíamos, em
bando para tomar banho salgado, e voltávamos alegres, o
sal grudado no corpo, leves e felizes.
Em casa tínhamos de deixar o iodo penetrar nossa
pele, assim dizimam nossos pais, para depois tomar um
bom banho de chuveiro e modorrar o resto do dia entre
leituras, visitas e alegres conversas.
Mas, deixemos as memórias de um lado e voltemos
as garças.
Elas sim, testemunho do crescimento, de uma cidade
sem projeto de futuro.
Crescendo desordenada e ávida de enriquecimento.
Provavelmente sem conhecimento sobre o impacto
ao meio ambiente, menos ainda, de ecologia. 
Achávamos que os recursos naturais eram ines-
gotáveis, sem entendermos que os mangues são um berçário
natural da vida marinha e lagunar.
Assim, as garças em bando se aventuraram a vastidão
litorânea de nossa cidade, compondo hoje a paisagem ur-
bana.
Quem não viveu aqui antes, não tem noção que a pre-
sença delas, apesar de dar um toque de beleza selvagem é
apenas testemunho da degradação do ambiente que viviam.
Já não sonho com castelos de fadas, vejo a presença
das garças com um aperto no coração.
Sim, temos garças na Avenida da Paz
Presidente da Academia Alagoana de Letras
Yaradir
Sarmento
É sócia efeitivo da Academia
Alagoana de Letras
JORNAL TRIBUNA DO SERTÃO
Palmeira dos Índios - AL- 09 de junho de 2025
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Podemos agrupar o estilo de todas as
capas das edições da “Revista da Aca-
demia Alagoana de Letras” (1975-pre-
sente) em cinco característicos: (a) blasonaria
sobre tons sólidos (máxime, paleta do ama-
relo) e adornamentos graduais nos dois úl-
timos volumes (1-17); (b) superposições, a
sobressaírem, nas duas derradeiras amostras
seriais, o torso de Camões (c.1524-80) e, en-
quanto póstuma homenagem a Valois, um
soneto de si e a imagem sua do busto (18-
21); (c) representações artísticas de Rosa
Maria Maia Nobre Piatti (1958-) (troncos hu-
manos cujas cabeças são pilhas de livros),
do acadêmico Juarez Orestes Gomes de Bar-
ros (1954-) (“Minutos antes da ceia” e “Pietà”),
da acadêmica Yaradir Sarmento (1938-) (“Fla-
menco”) e de Enio Lins (1957-) (uma charge
do múltiplo acadêmico-fundador Jorge de
Lima [1893-1953] num amarelecimento geo-
metrizante, negros cabelos lisótricos, terno
branco) (22, 24-28); (d) molduragem ama-
relo-queimado do retrato oficial alusivo ao
centenário acadêmico (os membros ostentam
pelerine e medalha) (23); (e) minimalismo
em laranja, logotipo oval de molde limão,
pontilhação amarelo-creme subposta (24).
A partir da edição 26, a revista re-
cupera uma referência pretérita: “Livro da
Academia Alagoana de Letras” (e, dês ali,
há ISBNs próprios). Destarte, resgatou-se o
histórico “volume zero” (feito série fílmica,
literatura clássica, até HQs): “O livro da Aca-
demia Alagoana de Letras” (Maceió: Typ. da
Liv. Villas Boas, 1931. 396 p., il.; 2. ed. Maceió:
Graciliano Ramos, [2003]. 334 p., il.), a diferir,
contudo, vê-se, quanto à nomenclatura, dada
a anteposição do artigo definido.
Coordenou tal obra pioneira um an-
tigo e hoje incógnito intelectual alagoano de
basta cabeleira preta e faces porcelânicas
de suave rechonchudez: Arthur Accioly
(Lopes Ferreira) (1895-1954). Advogado, par-
lamentar, secretário governamental, inte-
grante do velho Instituto Archeologico,
versejador bissexto e jornalista (Astêmio,
dele, o pseudônimo), seria um exemplar da-
queles “auctores sem livros”, os quais “pre-
feriram a donzellice” editorial, no feliz
imagismo de Gilberto Freyre (“Artigos de jor-
nal”. Recife:Mozart, [1935], p. 36). 
“Torsinho”, para os íntimos, era, no
dizer do seu amigo-irmão Jayme de Altavila
(1895-1970), “o mais requintado na endu-
mentaria”. Viajara a Anvers. Conservava
consigo, transigente sempre, o equilíbrio (Re-
cepção [...]. “Revista do Instituto Historico
de Alagoas”, Maceió, ano 61,
v. XVIII, 1935, p. 39-42). Na
historiografia da institucio-
nalização das belas-letras na
província, ele traduz o nosso
Lúcio de Mendonça (1854-
1909), mas ausentes aquelas
respeitáveis barbas quase
aristocráticas, ou a cegueira
ao jeito similar do poeta épico
da “Ilíada” e da “Odisseia”.
Vale recordar-lhe a fi-
gura, porquanto estejamos a
inteirar o 110º etário da ve-
neta mais consistente com o
fito de se fundar a nossa AAL.
Sim: visto se chegou mesmo
té à confecção e publicização
dos seus estatutos. Gorou a
ideia, todavia, pois naquele
1915 “foram vencidos pela in-
diferença e pelo ridiculo exac-
tamente os mesmos
sonhadores incorrigiveis que,
pela segunda vez, tentavam
fundar em Alagôas uma aca-
demia de letras”, depõe em
1929 (“O livro da Academia
[...]”, cit., p. [13]). 
Leiamos, portanto,
nossas revistas; junto às atas, tais fontes, in-
contornáveis delas, constituem “as melhores
e mais autênticas fotografias das entidades
políticas e culturais”. Por quê? Porque “Ne-
nhum documentário mais colorido e mais
fiel do que elas, no seu contexto fixo e re-
cordativo” (ALTAVILA, Jayme de. “50 anos
da Academia Alagoana de Letras: discurso
inédito que deveria ser pronunciado [...] na
passagem do cincoentenário [sic] da Acade-
mia Alagoana de Letras”. Maceió: Secretaria
da Educação e Cultura; Biblioteca Pública
Estadual, 1971, p. 15).
Suma e sumo, nestas encontraremos
poesia, contística, crônica, romance, en-
saísmo, investigação, recensão, tradução,
oratória, relembrança, entrevista e docu-
mentário. De Adalberon Cavalcanti Lins
(1907-90) a Lêdo Ivo (1924-2012); de Men-
donça Júnior (1908-85) a Manuel Diégues
Júnior (1912-91); de Arnon de Mello (1911-
83) a Valdemar Cavalcanti (1912-82); de Au-
rélio Buarque de Holanda (1910-89) a José
Augusto Guerra (1926-82); de Osman Loureiro
(1895-1979) a Ricardo Ramos (1929-92); de
Paulo Malta Ferraz (1916-89) a Wanderley
de Gusmão (1914-93); de Arnoldo Jambo
(1922-99) ao padre Pedro Teixeira Cavalcante
(1936-); de Guedes de Miranda (1886-1961)
a Waldemar Lopes (1911-2006); de Humberto
Vilela (1922-95) a Freitas Cavalcanti (1908-
2002); de Romeu de Avellar (1893-1972) a
Lily Lages (1907-2003); de Zadir Índio (1880-
1918) a Teotônio Vilela (1917-83); de Paulo
Rónai (1907-92) a Heliônia Ceres (1927-99);
de Ernani Méro (1925-97) a Gilberto Men-
donça Teles (1931-2024); de Heloísa Marinho
de Gusmão Medeiros (1943-89) a Ilza Porto
(1919-2004); de Humberto Cavalcante (1927-
2005) a Dirceu Lindoso (1932-2019); de Aloy-
sio Galvão (1932-2022) a Solange Lages
Chalita (1938-); de Luiz Gutemberg (1937-)
a Carlos Méro (1949-); de César Leal (1924-
2013) a Moacir Medeiros de Sant’Ana (1932-
2022); de Marcos Bernardes de Mello (1935-)
a José Maria Tenório Rocha (1944-); de Hum-
berto Gomes de Barros (1938-2012) a Milton
Hênio (1937-); de Antonio Sapucaia (1938-
2019) a Diógenes Tenório Júnior (1970-); de
Jucá Santos (1933-2022) a Ivan Barros (1942-
); de Temóteo Correia (1952-) a Fernando
Collor (1949-); de Cacá Diegues (1940-2025)
a José Geraldo W. Marques (1946-); de Ro-
siane Rodrigues (1948-) a Eliana Cavalcanti
(1950-); “et alii”.
Marcos
VASCONCELOS FILHO
Ensaísta, membro das academias Alagoana e Pernambucana de Letras
Para a história de uma
revista cinquentenária (II)
“O livro da Academia Alagoana de Letras” (1931): “vo-
lume zero” da coleção. Fonte da imagem: Biblioteca
MVF.
Depois de 13 anos longe do eletrônico,
Wanessa Camargo está de volta — e
voando alto. Ao lado do renomado DJ
e produtor Allan Natal, ela lança nesta sexta-
feira, dia 6 de junho, "Like a Phoenix", faixa
inédita que chega como um hino poderoso de
renascimento, orgulho e liberdade para em-
balar o Pride 2025.
Conhecida por sua versatilidade e
entrega nos palcos, Wanessa mergulha novamente no universo das batidas eletrôni-
cas com vocais intensos e cheios de emoção — um retorno aguardado há mais de
uma década pelos fãs do gênero. A última vez que a artista gravou uma faixa
eletrônica foi em 2012, marcando agora um reencontro vibrante com a pista de
dança e com o público LGBTQIAPN+ que sempre a abraçou.
A produção é assinada por Allan Natal, um dos nomes mais respeitados da
cena eletrônica nacional. Com sua assinatura inconfundível, ele entrega uma base
energética e envolvente, pronta para incendiar as festas do orgulho ao redor do
país. “Persistir nos torna mais fortes. É isso que nos prepara para voar, como uma
Phoenix — alto e livre”, afirma Wanessa.
Mais do que uma canção, "Like a Phoenix" é um manifesto: um convite à
celebração da diversidade, da coragem de recomeçar e da liberdade de ser quem se
é. A música também foi escolhida como tema oficial da festa Studio40 Pride, que
acontece no dia 19 de junho de 2025.
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Marques
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Aroldo
Influencer Mirela Janis revela tema e atrações da
sua festa de 28 anos, em João Pessoa-PB 
A influenciadora e empresária Mirela Janis vai comemorar seus 28 anos em grande
estilo! Conhecida por suas festas marcantes, ela acaba de revelar o tema e as atrações de
sua celebração, que acontece no próximo dia 12 de junho, em João Pessoa (PB). E desta
vez, os holofotes vão brilhar ainda mais: o tema da festa será "Uma Noite em Hollywood".
Inspirada no glamour do cinema, Mirela pediu que todos os convidados entrem no
clima e compareçam caracterizados como personagens icônicos de filmes e séries. “Quero
ver todo mundo vivendo seu momento de estrela. Vai ser uma noite de cinema, música e
muitas surpresas”, disse a influenciadora.
A lista de atrações musicais promete transformar a noite em um verdadeiro
espetáculo. O palco da festa receberá nomes como Ávine, a dupla Kaká e Pedrinho, o can-
tor Japãozin e ninguém menos que o funkeiro Kevinho, garantindo uma mistura de ritmos
e muita animação.
A comemoração deve reunir amigos, influenciadores e celebridades em uma noite
que promete ser inesquecível e cinematográfica. Com figurinos criativos, shows ao vivo e
uma decoração digna de tapete vermelho, a festa tem tudo para entrar para a lista das
mais comentadas do ano nas redes sociais.
Eric Land prepara shows especiais para o período junino no NE
Eric Land está com tudo! Para o mês de São João, o cantor preparou um novo show, com
apresentações especiais que prometem entreter o público com seu forró. Para isso, o
artista investiu em um verdadeiro espetáculo, incluindo um ballet, performances exclusi-
vas e looks selecionados a dedo para cada uma das datas.
Em junho, Eric tem uma agenda de shows intensa: serão mais de 30 shows espalhados
pelo Nordeste, passando pelas principais festas juninas do país, como Campina Grande, Caru-
aru e Petrolina. 
Com relação à setlist, o cantor não deixará de fora seus hits: “Chorei Na Vaquejada” e
“Cidade Inteira”, que acumulam mais 250 milhões de streams cada, seu mais recente sucesso
“Pilantra e Meio”, que soma mais 150 milhões de plays nas plataformas. Além disso, o cantor
também cantará seus novos singles: “Na Imaginação” e “Vagalume”. Isso tudo naquele forró
que promete não deixar ninguém na festa parado.
“São João é tempo de alegria, tradição e muita música boa — e eu tô pronto pra viver a
melhor época do ano com força total! Junho vai ser especial, preparei uma turnê especial para
comemorarmos juntos, e estou ansioso para mostrar para vocês. É uma honra levar minha
música pra tanta gente nesse período tão especial. Vamos fazer um São João inesquecível!”, diz
Eric. 
Arapiraca é São João, abertura
dos festejos juninos com Festival
OSão João já começou em Arapiraca e para
abrir os festejos, a Prefeitura de
Arapiraca pormeio da Secretaria de Cul-
tura, Lazer e Juventude, realizará o tradicional
Festival de Quadrilhas Juninas neste sábado
(07) e domingo (08), no Ginásio da Uninassau
(antigo Colégio São Francisco).
“O São João é o momento de exaltar e
mostrar ao mundo a força do nordeste, nossas
quadrilhas são exemplos de tradição e
inovação. É também a demonstração das
comunidades que se dedicam para construir
esse espetáculo e nós estamos aqui para dat
todo apoio”, destaca a secretária de Cultura
Mônica Nunes.
A entrada do evento é gratuita e conta
com o apoio de diversos parceiros, entre eles o
deputado federal Daniel Barbosa, Partage Ara-
piraca Shopping, Uninassau, Via G, O Boticário,
Coringa, Jomart e outros apoiadores culturais
da cidade. 
Wanessa Camargo em parceria com Allan Natal

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