Buscar

POLITICA MONETÁRIA DO GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA E DILMA.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
POLITICA MONETÁRIA DO GOVERNO FERNANDO 
HENRIQUE CARDOSO, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA E 
DILMA. 
 
Andressa Santos Leite 
Gisele Josué Hottes 
Geisiane Maria de Souza Bizi (UNIR) 
geisianesouzabizi@gmail.com 
 
Resumo 
O presente estudo tem por objetivo, analisar o comportamento da política monetária brasileira durante 
os governos presidencialistas de Fernando Henrique Cardoso (FHC) Luís Inácio Lula da Silva (Lula) e 
Dilma Vana Rousseff (Dilma) entre os períodos de 1995 a 2015, a qual abordará a política adotada de 
cada governo, a forma que conduziu a política monetária, como foi usada na inflação. Percebe que 
nestes períodos a direção da política econômica objetivou sempre com a contenção e o controle da 
inflação, mas como consequência não teve tanto o crescimento econômico principalmente no 
governo FHC. O trabalho apresenta com detalhes das politica monetária e inflação, e uma analise e 
resultado comparando cada presidente eleito. 
 
Palavras-chave: Política Monetária, Governos FHC, Lula e Dilma. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Atualmente, o estudo sobre a politica monetária e inflação no Brasil é um 
tema que nos últimos 20 anos tiveram a mudança mais radical e é a qual deu certo e 
a que vive nos anos atuais, é considerado um tema muito recente para os 
brasileiros, mais vivido por muitos. 
Em início a política monetário sendo um instrumento de política econômica 
empregado pelo governo, para intervir na economia. Política monetária refere-se à 
ação do governo no sentido de controlar as condições de liquidez da economia. Com 
esse objetivo, o governo atua sobre a quantidade de moeda na economia, sobre a 
competência de concessão de empréstimos por parte dos bancos e, por 
consequência, sobre os níveis das taxas de juros. De fato, o mercado monetário é 
como outro qualquer, onde existe demanda (por moeda), oferta (de moeda) e preço 
de equilíbrio, que nada mais é do que a taxa de juros. 
Procura conferir as políticas monetárias e ressaltar o acontecimento de 
mudanças ou seguimentos em suas aplicações no argumento geral da política 
brasileira. Ao considerar a gestão administrativa dos governos FHC, Lula e Dilma, 
destacam se as questões que envolvem o crescimento do produto interno bruto 
brasileiro, a alta taxa de juros praticada nesses períodos, bem como a delegação de 
alcançarem as metas de inflação, 
2 
 
O objetivo geral do artigo é Analisar as políticas monetárias adotadas pelos 
governos FHC (1995-2002), LULA (2003-2010) e DILMA (2011-2015) e se 
especificar em Identificar as políticas monetárias adotadas por cada governo. 
O presente artigo foi desenvolvido através do processo da pesquisa 
bibliográfica que, segundo Vergara (2000, p.48) que a pesquisa bibliográfica o 
estudo desenvolvido por base de materiais publicados para o publico em geral como 
os livros, revistas, jornais, redes eletrônica entre outros. 
No primeiro capítulo estão expostos o conceito da politica monetária e como 
a mesma é entendida, e em seguida demonstra a politica monetária adotada no 
governo FHC, Lula e Dilma e em cada governo se especifica o que estes 
presidentes adotaram em suas estadias no governo, suas principais propostas pra 
muda e estabilizar o país, em seguida descrevera as considerações finais onde 
relata o que foi mais entendido e por fim terá as referencias bibliográfica onde esta 
fonte utilizada param as pesquisas. 
 
2. POLITICA MONETÁRIA 
 
A política monetária é uma das etapas de medidas para poder controlar a 
oferta de moeda na economia, e um dos seus conceitos técnicos segundo Shapiro 
(1985, p.709): ―A política monetária é a que emprega o controle do Banco Central 
sobre a oferta e o custo da moeda como um instrumental para atingir os objetivos da 
política econômica‖. 
Para Meurer e Samohy (2001, p. 61) Já tem outra visão e comparam a 
moeda com uma mercadoria: 
 A política monetária relaciona-se com as variáveis que influenciam a 
quantidade de dinheiro em circulação na economia. A importância deste 
aspecto já pode ser vislumbrada se lembrarmos de que o preço das 
mercadorias é influenciado pela quantidade disponível. O preço neste caso 
é a taxa de juros, uma das principais variáveis a ser considerada no 
funcionamento da economia. Quem utiliza o crédito paga por esse 
adiantamento de dinheiro 
 
2.1 GOVERNOS FHC E PLANO REAL 
 
Segundo (REZENDE 2009), por volta 1993, especificamente em junho, onde 
presidente ainda Itamar Franco, convidou o Fernando Henrique Cardoso para 
assumir o Ministério a Fazenda e o mesmo aceitaram deu inicio no Plano Real que 
serviria para estabilização econômica. 
3 
 
A inflação no ano de 1993 teve um crescimento muito excessivo e espantoso 
que atingia 31% ao mês, simplesmente não parava de se evoluir, sendo assim ―[...] 
não é de se estranhar que, no debate que precedeu o esforço de estabilização 
iniciado em 1994, no Brasil, o tema do ajuste fiscal estivesse no centro da 
discussão‖ (GIAMBIAGI et al., 2000, p. 150) 
Pohlmann (2008) relata que para implantar o processo do Plano Real deu-se 
por três principais fases: primeiro buscar promover ajuste fiscal de forma a alcançar 
o equilíbrio das contas do governo e caracterizou muito pela chamada ‗âncora 
cambial1; a segunda foi a criação de um padrão estável de valor denominado 
Unidade Real de Valor (URV) que foi proferir que o cruzeiro real passou a ser 
corrigido de forma diária, através da taxa de inflação; e o terceiro e ultimo, foi 
conceder poder liberatório à unidade de conta quando toda a economia estiver 
indexada à U.R. V, o Cruzeiro Real poderia deixar de ser a moeda e se 
transformaria Real, na proporção de 1 URV para R$ 1,00, que era equivalente CR$ 
2.750 na moeda antiga ou ainda US$ 1,00. 
 
2.1.1 Politica monetária primeiro mandato FHC (1995-1998) 
 
A política monetária de Fernando Henrique Cardoso foi condicionada pelas 
bases em que foi implantado o Plano Real: âncora cambial, elevadas taxas de juros 
e ajuste fiscal. Segue que a politica monetária seguia especificamente o plano 
cambio, na qual a mesma foi executada para controlar inflação e estabilizar moeda 
se valendo o real ao dólar americano através de fixação de uma "âncora cambial" o 
governo adotando o regime de cambio fixo, a taxa nominal de câmbio torna-se 
valorizada. (EUBER 2010) 
Compartilha Euber (2010) que a política monetária utilizada constituiu a 
contracionista, na qual diminuiu a oferta monetária e ofertou mais títulos da divida 
pública, com isto forçou a redução da demanda de moeda buscando sempre 
especificamente reduzir a inflação. O governo ao abranger a taxa de juros, atraiu se 
os dólares dos investidores estrangeiros e assim aumentou suas reservas 
monetárias, o governo com proposito financiar esse déficit nas transações correntes 
mantéu a taxa de juros interna maior que a externa. 
 
1
 Ancora cambial Instrumento de Politica Econômica que tem por função atrelar a moeda nacional a uma moeda 
estrangeira forte (comumente o dólar americano), buscando a estabilização, em termos de câmbio, da moeda nacional. 
(Definições da Web) 
4 
 
Explicando mais perfeitamente Euber (2010) expõe que no inicio do real 
entre 1994 e 1995 a elevação dos juros não conseguiu conter aumento do consumo 
que a estabilidade monetária havia gerado, sendo assim o governo teve que 
aumentar a circulação de mais moeda, como o dinheiro não estava mais se 
desvalorizando as empresas e também as pessoas conseguiam ficar com mais 
dinheiro, neste mesmo período houve crise mexicana em 1994 que foi provocada 
pela falta de reservas internacionais, causando desvalorização do peso, Isto fez os 
investidores internacionais que com o medo que ocorresse tambémesta crise no 
Brasil, retirasse todos seus investimentos no Brasil provocando uma imensa saída 
de capitais externos do mercado brasileiro. 
Filgueiras (2000) completa que o Governo teve que manter a taxa de juros 
mais elevada, dos depósitos compulsórios2 principalmente sobre os depósitos à vista 
e tomadas diversas medidas de restrição ao crédito com intuito de impedir que o 
aumento do poder de compra gerado pela queda da inflação também se convertesse 
em pressão inflacionária, que no momento era de demanda a fim de conter a fuga 
de capitais especulativos e conseguir manter os níveis de reservas para dar uma 
sustentação a ancora cambial. 
A partir de 1996 Euber (2010) aponta como que as taxas de juros só 
começam abaixar de forma gradual, mas esta queda não ocorreu por muito tempo, 
pelo caso de que as taxa de juros voltaram a subir no segundo semestre de 1997 e 
1998, devido às novas crises tanto a Asiática3 tanto a Russa4, onde os 
especuladores começaram a fazer ataques contra o real e com intuito de defender a 
moeda, os juros foram elevados novamente pelo governo, e com estas taxa de juros 
mais abrangente, continuou gerando a inibição dos investimentos produtivos e 
retraindo ainda mais o crescimento da economia. 
O país consumiu suas reservas internacionais durante todo o primeiro 
mandato de FHC, para manter o câmbio fixo e minimizar os reflexos das crises 
externas na economia nacional. O Gráfico 1 feita a partir de dados obtidos no site do 
Bacen, explica claramente sobre o que ocorreu com taxa de juros no governo FHC, 
 
2
 Deposito compulsório é uma das formas que o Banco Central (BC) tem para controlar a quantidade de dinheiro na 
economia. O compulsório obriga os bancos a depositar parte dos recursos captados dos clientes, via depósitos à vista, a prazo 
ou poupança, numa conta no BC. 
3
 Crise asiática foi disparada por um processo de fuga de capital e deflação de ativos financeiros em certo conjunto de 
economias sendo que as moedas mergulharam em queda livre em relação ao dólar, com exceção de Hong Kong, onde a 
desvalorização cambial foi evitada a alto custo, mas a crise de confiança continuou. 
4
 Crise russa de 1998 foi o resultado de fugas de capitais que haviam sido investidos no país, causando uma série de 
dificuldades à economia da Federação Russa, dentre elas podem-se destacar a desvalorização do rublo. 
5 
 
mostra que as elevações das taxas de juros, estiveram simplesmente associadas às 
crises internacionais: crise do México no início de 1995, crise dos países do sudeste 
asiático no final de 1997 e da moratória Russa no final de 1998. 
 
GRAFICO 1 TAXA DE JUROS DURANTES AS CRISES 
Fonte: ALVES M 2012, adaptado pelo autor. 
 
2.1.2 Politica monetária segundo mandato FHC (1999-2002) 
 
Segundo (GIAMBIAGI et. al., 2000, p. 183) Fernando Henrique Cardoso 
Reeleito em 1998, o mandato prontamente começa com uma mudança radical na 
política econômica que com intuito para estabilizar a economia de novo depois de 
tantas crises seguidas, pois as dificuldades econômicas eram grandes e continha 
muitos problemas político, entretanto vários setores da sociedade reagiam 
insatisfeitos com a recessão, como de juros altos, desemprego, crises internacionais, 
estes problemas internos acabaram determinando a mudança do regime cambial, do 
fixo para o flutuante, representou na prática uma maxidesvalorização. 
Rezende (2009) afirma que o governo passou a adotar a sistemática de 
metas para a inflação como diretriz para a política monetária, definindo para 1999, 
uma meta de 8%, como demonstrado na tabela 1 admitindo um intervalo de 
tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, esta era a meta de 
inflação e com esse decreto, o Banco Central ficaria obrigado a divulgar Relatório de 
Inflação, se no determinado ano o governo cumpriu ou não cumpriu a meta. 
O sistema de metas para inflação, instituído no Brasil pelo Decreto n 3.088, 
de 21 de junho de 1999, caracteriza-se pelo estabelecimento formal de 
metas e intervalos de tolerância para as taxas de inflação, em horizontes de 
tempo determinados. Cabe à autoridade monetária executar políticas 
necessárias ao cumprimento das metas estabelecidas para o período. 
(BACEN, 1999, p. 37) 
6 
 
 
Metas de inflação no Brasil 1999 a 2003 
Ano Metas 
(%) 
Banda 
(p.p) 
Limites inferiores e 
superiores 
Inflação efetiva (IPCA % 
a.a.) 
1999 8 2 6 - 10 8,94- cumpriu 
2000 6 2 4 - 8 5,97 cumpriu 
2001 4 2 2 - 6 7,67 - não cumpriram 
2002 3,5 2 1,5 - 5,5 12,53-não cumpriu 
2003 4 2,5 1,5 - 6,5 9,30 não cumpriram 
 Tabela 1 histórico de metas de inflação 
 Fonte BANCO CENTRAL, adaptado pelo autor. 
 
Sendo assim para executar uma política monetária a fim atingir um dado 
nível de inflação o Banco Central usa o seu controle sobre a taxa nominal de juros: 
a) Caso houvesse um aumento das expectativas de inflação: O governo elevaria 
taxa nominal de juros, diminuindo a oferta monetária contraindo a demanda 
agregada e desestimulando o aumento do consumo das famílias, empresas, e 
do próprio governo e investimentos, para tentar controlar a inflação. 
b) Caso houvesse uma redução da inflação esperada: o governo reduziria a taxa 
nominal de juros, aumentando a oferta monetária, de forma a expandir a 
demanda agregada, para aumentar o consumo das famílias, da empresa, do 
governo. 
Segundo Giambiagi (2005), o regime de metas para inflação foi rodeado de 
grandes incertezas e euforia por parte dos idealizadores, pois eram sempre 
pensados sobre se perder o controle inflacionário e retomar a inflação, mas o 
mercado conseguiu reagir de forma mais positiva, sendo assim governo diminuiu 
os juros, na qual permitiu a partir de 1999, a retomada do crescimento econômico e 
o melhoramento da balança comercial. 
 Os anos foram marcados não só pela mudança de regime cambial, mas 
também pela intensificação da política fiscal, descreve Rezende (2009) e que com 
aumento das receitas e a redução das despesas conseguiu se então a obtenção de 
superávits primários e a grande retomada do crescimento e para manter o potencial 
de crescimento da economia teve assim criação da taxa de juros SELIC5, que deixou 
mais transparente e confiável a negociação de títulos públicos. 
 
5
 Taxa de juros SELIC Taxa Selic é também conhecida como taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é usada nos 
empréstimos feitos entre os bancos e também nas aplicações feitas por estas instituições bancárias em títulos públicos 
federais. 
7 
 
Porém, quando o país buscava a alavancagem econômica depois de ter 
obtido em 2000 um excelente resultado, como demonstrado na tabela 1, por fim 
deparou-se com varias barreiras no caminho, como a crise de energia (Apagão) em 
2001 no Brasil, na qual provocou a redução do nível de atividade das indústrias e 
retração da economia, e em conjunto com outra crise da Argentina, que como 
consequência reduziu a entrada de capitais no Brasil, e também o ataque de 11 de 
setembro nos Estados Unidos que aumentaram incertezas e a aversão ao risco dos 
investidores internacionais num contexto que acabou afetando não só o Brasil como 
o mercado mundial, que impactou negativamente a economia brasileira. (REZENDE 
2009). 
Esse clima de incerteza que se instaurou no mercado mundial frente a 
possibilidade da vitória de Lula à presidência do Brasil, só retomou a normalidade 
quando o PT em 22 de julho de 2002, publicou a ―carta ao povo brasileiro‖, 
 
2.1.3 GOVERNO LULA 
 
Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em 2002 a presidência da república depois 
de algumas tentativas. Segundo Faria et. al. (2011)― o primeiro ano do governo Lula 
foi acompanhado por níveis de inflação em ritmo decrescente. Somente nos anos 
2006, 2007 e 2009, as metas de inflação puderam ser atingidas e ficaram menores 
do que o nível determinado pelo Banco Central, que era de 4,5% ‖. 
 
Gráfico 1 – Inflação IPCA (anual) Fonte: Banco Centra – 2011 
 
Pode ser enfatizada no gráfico que durante seu governo Lula conseguiu 
controlar a taxa de inflação usando as técnicas de metas de inflação, no ano de 
2006 a inflação se viu em queda e nos anos seguintes no controle, contendo uma 
alta no ano de 2008 e 2010. 
8 
 
No discurso de posse do Presidente Lula, realizado no Congresso Nacional, 
ele enfatizou que seu governo promoveria as mudanças necessárias para 
atacar as questões sociais do país e para retomar o crescimento econômico 
e, assim, resolver os problemas de desemprego e distribuição de renda. 
(CORAZZA ET. AL. 2004) 
 
Seu governo foi caracterizado por uma ampla liquidez e crescimento no 
comercio exterior. A diversificação dos investimentos feitos pelo Banco Nacional de 
Desenvolvimento (BNDES), estimulou o microcrédito e ampliou os investimentos na 
agricultura familiar através do Programa Nacional da Agricultura Familiar (PRONAF) 
que foi criado em 1996 durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O 
programa fome zero foi um dos principais meios para sua eleição, pois em sua 
campanha prometeu acabar com a fome no Brasil. Segundo Barbosa (2012) o 
governo Lula empreende uma política econômica ortodoxa consolidando a luta pela 
estabilidade econômica e o controle da inflação. 
Para a ortodoxia convencional a estabilidade macroeconômica depende 
essencialmente do controle de inflação, por meio de altas taxas de juros 
como principal objetivo da política monetária e da abertura da conta capital, 
como forma de obtenção de poupança externa para se financiar o 
crescimento econômico. (SILVA, Maria C. B.,2012, Pg. 14) 
Segundo Farias (2011) Henrique Meirelles, que havia acabado de se eleger 
deputado pelo PSDB goiano, foi escolhido no fim de 2002 por Lula para assumir o 
comando do BC a partir de janeiro de 2003. Lula também continuou o plano real, 
onde adquiriu grandes retribuição, pois conseguiu manter a inflação sob controle, 
juros em queda e um superávit nas contas externas. 
Segundo Salatiel (2010) Lula ao chegar ao Planalto, deu continuidade ao 
programa que controlou a inflação, na medida assegurou a estabilidade econômica e 
possibilitou que outras questões importantes, como saúde, educação e segurança 
pública, fossem discutidas. 
Segundo Barbosa (2012) ―Lula sustenta sua política econômica ao primeiro 
mandato baseado no ―tripé‖ flutuação cambial/metas de inflação/austeridade fiscal‖. 
Um governo constituído por metas inflacionárias significa um conceito de que os 
bancos centrais necessitavam ser independentes e responsáveis pela missão de 
administrar a política monetária de modo a alcançar o equilíbrio de preços. 
Para Silva (2012) é importante destacar que a política de metas de inflação 
prioriza a estabilidade econômica em detrimento do crescimento econômico e tem 
como pilar a teoria monetarista da moeda, que considera que a moeda não tem 
impacto sobre o produto no longo prazo, apenas sobre a inflação. 
9 
 
O essencial instrumento de domínio inflacionário é a taxa de juros básica, a 
Selic, que registra os mais altos indicadores do mundo, impossibilitando um 
desenvolvimento econômico sustentado. Segundo Silva (2012) embora demonstre 
uma queda consistente no período entre 2003 a 2010, esta queda ocorre em um 
contexto de crise financeira mundial, a partir de 2007, onde coexiste uma tendência 
dos países optarem por taxas de juros perto de perto de zero como forma de 
aquecer a economia. 
 
/ 
Gráfico 2 – Histórico das Metas para Inflação, Fonte: SILVA (2012) 
 
 Como mostrado na figura a inflação em 2003 permaneceu em 9,30%, 
portando, acima da meta oficial e proposta. No primeiro semestre de 2004, a inflação 
empregou em passo acelerado para a meta de 5,5% ao ano e, o Bacen diminuiu 
ligeiramente os juros que estavam em 23,3% ao ano em 2003 para 16,2% em 2004. 
 
Segundo Corazza et. al. (2004) Política de câmbio flutuante, combinada 
com livre movimento de capital, regime de metas de inflação e políticas 
fiscal e monetária restritivas, combinando elevadas taxas de juros com 
elevados superávits fiscais. Na justificativa do governo, essas medidas 
deveriam promover a estabilidade das variáveis macroeconômicas e criar 
um ambiente institucional favorável a um crescimento econômico 
impulsionado pelo mercado. 
 
 Desse modo, o primeiro ano do Governo Lula foi apontado por uma alta 
perspectiva inflacionaria, onde Lula e sua grupo econômico seguiram medidas de 
contenção ortodoxa, aumento a taxa de juros aproximando assim os 23% ao ano em 
taxa Selic, com um alcance fiscal rígido distinguindo a restrição dos altos preços. 
10 
 
Segundo Curado (2011) ―entre 2003 e 2008 foi distinguido pela retomada do 
crescimento econômico, a taxa média de expansão do PIB foi da ordem de 4,2%. 
Em 2009 PIB apresentou uma variação de 0,6% em decorrência dos impactos 
negativos da crise financeira global. ‖ Lembrando que nos anos de 2007 e 2010 as 
taxas de crescimento do PIB foram elevadas aos 5% a.a. 
 
Indicadores selecionados da 
economia brasileira, 2002-2007 
 2002 2003 2004 2005 2006 1 2007 2 
Dados básicos da economia 
PIB nominal (US$ bilhões) 460 507 603 794 925 932 
Crescimento real do PIB % 1,9 0,5 4,9 2,3 3,0 3,0 
Cresc. PIB agropecuário % 5,5 4,5 5,3 0,8 4,5 3,0 
Cresc. PIB industrial % 2,6 0,1 6,2 2,5 4,5 3,0 
Cresc. PIB serviços % 1,6 0,6 3,3 2,0 2,2 2,7 
Inflação IPCA-IBGE 12,5 9,3 7,6 5,7 4,2 4,2 
Inflação IGP-DI FGV 26,4 7,7 12,1 1,5 4,8 4,8 
Juros básicos em dezembro 25,0 16,5 17,8 18,0 14,5 13,0 
Juros básicos – média anual 19,2 23,3 16,4 19,1 15,4 13,7 
Desemprego (% da PEA) 11,7 12,3 11,5 9,8 9,3 8,9 
Dívida pública 4 (% PIB) 55,5 57,2 51,7 51,4 50,0 48,6 
Juros sobre dívida púb. (bi R$) 148,9 165,4 137,0 157,1 -- -- 
Pagamento Juros (% PIB) 8,47 9,33 7,26 8,13 -- -- 
Superávit primário (% PIB) 3,89 4,25 4,59 4,84 4,40 4,40 
Déficit nominal (% PIB) 4,58 5,08 2,67 3,29 -- -- 
Setor externo 
Taxa de câmbio dezembro 3,53 2,89 2,65 2,20 2,30 2,50 
Taxa de câmbio média no ano 2,93 3,07 2,93 2,43 2,25 2,40 
Saldo balança comercial 13,2 24,8 33,7 44,7 39 31 
Quadro 1: Indicadores selecionados da economia brasileira, 2002-2007 
Fonte: ALMEIDA, PAULO, 2006. 
 
No ano de 2008 o Brasil enfrentou uma crise financeira. Segundo Lima et. al 
(2013) A crise do subprime, desencadeada em meados de 2007 nos Estados 
Unidos, tornou-se uma crise financeira internacional, cujos problemas ainda 
perduram em nível mundial. Origem dessa crise traz à tona questionamentos acerca 
da liberalização financeira. 
Segundo Ferraz (2013) os efeitos negativos de uma depreciação cambial 
sobre a economia ocorrem, de maneira geral, mediante o encarecimento do 
11 
 
crédito externo (que entre outras coisas precariza a situação das empresas 
nacionais endividadas em moeda estrangeira ou dependentes de crédito 
externo) e por meio da inflação e da deterioração dos termos de troca. 
Uma das medidas que a economia brasileira tomou para passar a crise foi 
oferecendo mais poder aos bancos privados, onde em dezembro de 2008 o banco 
nacional de desenvolvimento (DNDES) difundiu o programa especial de crédito o 
(PEC) que disponibilizava o capital de giro para as empresas sem exigências em 
compensação, com a única finalidade permitir que prosseguissem a girar 
Segundo Barizão (2012) diante desse cenário de escassez creditícia, a 
atitude do governo brasileiro foiconceder mais poder aos bancos estatais, com 
intuito de possibilitarem a ampliação da oferta de crédito além de ativar instituições 
financeiras públicas. 
Conforme Longuinhos (2013) O crescimento da economia brasileira foi 
retomado em 2010, obtendo surpreendente resultado para o PIB, com uma variação 
média trimestral de 8,52%, fechando o 4º trimestre com uma expansão na ordem de 
7,5%. 
2.1.4 POLÍTICA MONETÁRIA NO GOVERNO DILMA 
 
Em inicio do mandato do governo Dilma Rousseff, teve modificação 
cautelosa no regime macroeconômico, visando ao desenvolvimento rápido, porém 
com diretrizes que mantivessem a firmeza. O Banco Central, sob o comando de 
Alexandre Tombini, alterou seu regime de domínio de crédito e aceita a redução da 
taxa de juros no final de agosto de 2011, contra as expectativas do mercado. Após 
isto, o governo toma medidas que foram avaliadas bem-sucedidas, retirando o piso 
da taxa real de juros de 6%, imposto pela caderneta de poupança, com isso 
chegando a ter uma taxa de juros de 7,5% a.a., uma das mais baixas já obtidas. 
Nesse assunto no ano seguinte, o BACEN focaliza em dois instrumentos: na 
taxa de câmbio e na taxa de juros; e em dois fundamentais objetivos: na inflação e 
no emprego/crescimento. Nesse contexto ao invés de elevar a taxa de juros, recorre-
se a medidas macro prudenciais e a instrumentos, como controle de capitais e 
tributação do mercado futuro de taxa de câmbio, para impedir a apreciação cambial. 
Além do mais o Banco Central sobreveio a agir, de tal maneira no mercado de 
moeda nacional, com operações de mercado aberto, para dominar-se a taxa de 
juros, como no mercado de moeda estrangeira, com compra e venda de reserva 
cambial, para dominar-se a taxa de câmbio. 
12 
 
Politica monetária e inflação no Governo Dilma 
 
A princípio no primeiro mandado da presidente Dilma no ano de 2011 
acarretou a política econômica com admirável habilidade, em termos de emprego, 
inclusão social, salários e oferta de serviços públicos, como educação e saúde. 
 
Fonte: Laura, inflação. 
Nesse contexto a primeira etapa do governo, de janeiro a julho de 2011, foi 
de prosseguimento, com mudanças limitadas em relação às políticas praticadas em 
anos anteriores. Tais mudanças concentraram-se na área de política monetária e 
cambial, e foram parciais. Além do mais o BC, dispondo promover a convergência 
da inflação (que finalizara 2010 em 5,9%) para a meta, retomou em janeiro de 2011 
o processo de aperto monetário que havia interrompido em meados do ano anterior, 
quando das iniciais manifestações da crise Europeia, com uma ascensão da taxa 
básica de juros (Selic) para 11,25% aa. 
Ao longo do primeiro semestre de 2011 novas medidas restritivas foram 
adotadas: acréscimo da alíquota do imposto sobre operações financeiras (IOF) 
sobre o crédito ao consumidor e normas mais severas para o parcelamento de 
faturas de cartões de crédito. Também na política cambial, além de permanecer a 
obtenção de reservas externas, o governo colocou um IOF nas operações de 
vendas de derivativos cambiais, com vistas a travar a apreciação da moeda – note-
se que medidas tributárias dispondo-se disciplinar a entrada de capitais, 
especialmente no mercado de renda fixa, já haviam sido adotadas na segunda 
metade de 2010. 
Nesse contexto é um tempo importante para a história monetária brasileira. 
Após diminuir a taxa básica de juros para 7,25%, o Banco Central teve de reverter o 
processo, elevando-a novamente para 11% na derradeira reunião. A causa é 
13 
 
simples: a redução da taxa de juros para sua mínima histórica fez precipitar a 
inflação. Dessa maneira, mostrou-se, uma vez mais, que juros reais baixos 
dependem de atos concretos e não de voluntarismo político. 
 
FONTE: Vítor Wilher. Taxa Selic. 
O gráfico acima esboça o processo. As linhas pontilhadas mostram taxas de 
juros reais (Selic e Swap pré-DI, deflacionadas pela expectativa de inflação). 
Também a taxa Selic real saiu de 7% em agosto de 2011 para 1,5% em janeiro de 
2013. Com resultado, a inflação medida pelo IPCA chegou a 6,7% em junho de 
2013. Importa notar que a relação entre taxa de juros e inflação acontece com 
defasagens, isto é, entre o artifício de ajuste na taxa nominal e o seu efeito sobre os 
preços vão se determinados trimestres. 
Nesse modo a condução da política monetária, nesse contexto, deve 
observar o que os economistas entendem como taxa de juros neutra. Isto é, o alvo 
onde a taxa de juros real não provoca pressão inflacionária. De acordo com o 
método do Fundo Monetário Internacional a ―região de juro neutro‖ estaria entre 
4,5% e 5,5% para o Brasil. Esse lugar está grifado no gráfico. Pode-se entender 
desse modo, que juros reais abaixo de 4,5% configuram uma política monetária 
expansionista, enquanto acima de 5,5% contracionista. 
Nesse sentido também pelo gráfico pode-se notar na região retangular que a 
política monetária brasileira foi expansionista durante os últimos dois anos. Somente 
, em março de 2014, que a Selic real entrou na região de juro neutro, com 4,6% na 
média mensal. O Swap pré-DI, para efeito de comparação, registrou 5,3% no 
mesmo período. Não por outra causa, a inflação medida pelo IPCA tem-se mostrado 
bastante resistente, estando sistematicamente acima da meta de 4,5%. 
14 
 
Nesse assunto, para que a política monetária fosse essencial no controle da 
inflação, ela necessitaria romper a zona de juro neutro, permanecendo durante 
alguns trimestres acima de 5,5%. Com juros nominais em 11%, por exemplo, a 
inflação se mantém acima da meta até 2016, como o próprio Banco Central mostra 
em suas projeções. Em um aprendizado simples, para ter a inflação para 4,5% em 
até oito trimestres, a taxa de juros real deveria estar em 8,5%. É o preço por ter 
mantido a política monetária em terreno expansionista durante tanto tempo. O Banco 
Central, propendendo reduzir a dependência da taxa de juros para a contenção de 
demanda, fez uso de instrumentos que incidiam diretamente sobre o volume de 
crédito disponível na economia. Abordar-se de medidas como o aumento do 
depósito compulsórios dos bancos comerciais sobre os depósitos a prazo e a vista e 
de aumento das exigências de capital próprio dos bancos para empréstimos de 
longo prazo. 
Nesse sentido outro aspecto muito importante da política monetária nesse 
andamento ―mais heterodoxo‖ do governo Dilma diz a importância à 
instrumentalização dos bancos públicos – Banco do Brasil e Caixa Econômica 
Federal – no sentido de tentar obrigar os bancos privados a diminuírem os custos 
dos empréstimos bancários por meio da contenção dos spreads bancários. Nesse 
modo de forma alguma, entretanto, o Banco Central causará um ajuste dessa 
envergadura. É o que se depreende de sua comunicação com o mercado. É uma 
indicação forte de que a taxa nominal não irá extremamente além dos 11% ao ano. 
 Para que possamos encarar esse problema, a autonomia da autoridade 
monetária precisa ser restituída, bem como aprovadas as reformas que podem 
destravar a oferta de bens e serviços. Sem isso, preços surreais nos esperam 
durante todo o tempo. 
Após a taxa de juros de o Selic ter aproximado a mais baixa da historia 7,25 
% a política monetária torna a ser dirigida de forma mais ortodoxa, com a taxa 
básica superando, no prazo de um ano, o nível ―herdado‖ do governo Lula, 
chegando a 11%. 
Em suma, pode-se dizer que durante o governo Dilma houve uma tentativa 
de praticar uma política monetária menos ortodoxa, a qual acabou por não se 
sustentar – principalmente em virtude do ressurgimento de fortes pressões 
inflacionárias –, forçando o Banco Central a adotar uma política mais restritiva, o 
15 
 
que,por certo, responde, em parte, pela redução das taxas de crescimento 
ressaltadas nos últimos anos. 
 
RESULTADOS E ANALISES 
Em analise o governo do presidente FHC ao controlar a inflação que era o 
seu principal objetivo e conseguir trazer a estabilização, o monetário no começo do 
governo, se sobressaiu com a elevação das taxas de juros, se tornaram a principal 
receita da autoridade monetária na manutenção da estabilidade do Real e da 
inflação, em analise conseguiu com êxito o controle da inflação, mas também Gerou 
alguns impactos negativos, como baixos níveis de investimento e crescimento do 
produto, mas mesmo assim com as metas de inflação a Selic brasileira continuava a 
ser uma das maiores do mundo. 
Pode ser analisado que Lula durante seu governo deu continuação da 
política do governo anterior, onde Lula continuou com as metas de inflação, 
flutuação cambial e responsabilidade fiscal. Essa política trouxe grandes resultados 
em seu mandato, conseguindo assim controlar a inflação, diminuir a taxa de juros e 
aumentar o crescimento econômico, mesmo que esse crescimento constituiu tímido. 
Buscando resultados em seu governo Lula em 2003 a 2006 conteve as taxas 
de crescimento do PIB de 0,5%, 4,9%, 2,3%, e 3%. Pode ser notado também que 
durante seu governo, as pessoas aumentaram o poder de compra, pois Lula deu 
uma facilidade de financiamento e presenciou uma explosão de credito no mercado. 
Lula também demonstrou um amplo destaque nos programas sociais, com a 
diminuição da fome do Brasil, isso foi uma das grandes plataformas para conseguir 
se eleger no segundo mandato. 
O que ocorreu de fato foi que a queda da taxa de juros (2011-2012) no 
governo Dilma, conviveu com a deterioração das contas públicas (na ótica dos 
decrescentes superávits primários e crescentes déficits nominais), contribuindo para 
a situação desconfortável em termos de pressões inflacionárias em que nos 
encontramos hoje. 
Conforme Nogueira e Júnior (2013), que fizeram uma análise da inflação dos 
anos de 2012 e 2013, concluiu que os fundamentais fatores que contribuíram para a 
inflação foram o clima e o aumento nos preços dos serviços, sendo o choque de 
oferta na produção agrícola o principal causador da inflação, a inflação atual é 
16 
 
gerada pelo aumento dos custos e iria beneficiar somente os rentistas. A diminuição 
da taxa de juros ampararia no aumento de produtividade, além de diminuir os gastos 
do governo com o pagamento da dívida pública e com os recursos que sobrariam, 
poderia ser restringida a carga tributária, reduzindo os custos de produção e 
contribuindo com a queda da inflação. 
Em análise entre as medidas macro prudenciais tomadas no governo Dilma, 
pode-se citar a acréscimo de 15% para 20% dos recolhimentos compulsórios sobre 
depósito a prazo, acréscimo de 8% para 12% do adicional do compulsório sobre 
depósitos à vista e a prazo e de 11% para 16,5% do capital mínimo para operações 
de crédito a pessoas físicas com prazo superior a 24 meses, além da ampliação de 
1,5% para 3,0% da alíquota de IOF sobre as operações de empréstimo.. A meta da 
taxa Selic foi gradualmente elevada, sem grandes choques de juros. Nesse contexto 
o Copom resolveu pela redução da taxa Selic em 0,5 pontos percentual, embora o 
IPCA em 12 meses esteja bem acima do centro da meta de inflação, o que 
surpreendeu o mercado. 
A política monetária adotada no governo Dilma foi contracionista esse 
descompasso procedeu em acréscimo da pressão inflacionária nos últimos anos, 
devido ao aumento dos gastos públicos sem o respectivo crescimento econômico. 
 
 
3. CONSIDERAÇOES FINAIS 
 
A politica monetária, foi de suma importância no governo FHC, pelo fato da 
mesma ter sido modificada completamente, e esta modificação seguia o Plano Real, 
criado por FHC em 1993 quando ainda era o ministro da fazenda, com intuito de 
sempre combater a inflação. 
O plano Real se caracterizou em três seguimentos, o ajuste fiscal, criação de 
um padrão estável de valor denominado Unidade Real de Valor (URV); conceder 
poder liberatório à unidade de conta, sendo assim foi criado a nova moeda o Real $, 
o plano real, se remetia fixar o real ao dólar mesmo com uma taxa de juros ainda 
alta o governo tinha que emitir mais moeda pelo fato da grande valorização da 
moeda. 
A política monetária utilizada constituiu a contracionista, na qual diminuiu a 
oferta monetária e ofertou mais títulos da divida pública, forçando redução da 
demanda de moeda, mas teve muitas barreiras, pois quando tudo começava 
17 
 
melhorar, acontecia vulnerabilidade externa, como a crise do México que provocou 
ataques especulativos ao Real no início de 1995, ao qual elevação das taxas de 
juros, basicamente quando acontecia algo, o governo sempre reagia com aumento 
de juros, como na crise Asiática em 1997 e a crise russa em 1998. 
O plano real não estava, mas conseguindo manter o cambio fixo, pois estava 
acontecendo muitos ataques especulativos contra a moeda nacional, o governo 
decide mudar, criando política de metas inflacionárias e colocando o cambio 
flutuante. Com as metas estabelecidas, houve uma significativa reversão das 
expectativas negativas sem impedir a retomada do crescimento ou comprometer o 
controle da inflação em 2000 mesmo a economia cresceu mais de 4%,mas nos anos 
seguintes seguiu se com crise da energia, os atentados do 11 de setembro de 2001 
nos EUA e mais dois choques externos e a iminente eleição de Lula para Presidente 
da República desembocaram numa onda de incertezas no final do governo FHCAs 
principais medidas do início do governo Lula em 2003 foram: elevação da taxa de 
juros, da meta para o superávit primário e do compulsório sobre depósitos à vista, 
tentando pelo menos tranquilizar o mercado e dissipar as expectativas de ruptura 
com o modelo adotado pelo governo anterior, em virtude do que foi mencionado o 
governo Lula foi um governo de prosperidade, onde conseguiu manter a inflação em 
equilíbrio e um superávit na economia brasileira. A política destacada do governo 
era ortodoxa, onde a moeda não interferia no lado real da economia, mais sim 
mantendo a inflação baixa. 
Lula continuou com a política do governo anterior, acreditando que teria 
bons resultados, diminuindo assim o risco-país e também manter o compromisso 
que fez em seu mandato de manter a estabilidade no país. As mudanças mais 
recentes na gestão macroeconômica (corte inesperado de 0,5 p.p da meta da taxa 
Selic e reforço do superávit primário) são coerentes com a busca de maior equilíbrio 
entre os três pilares do tripé que passou a caracterizar essa gestão no governo 
Dilma. 
Política monetária, a qual, após passar por um breve ―interlúdio heterodoxo‖, 
voltou a apresentar comportamento mais austero, embora, seja importante notar, 
essa elevação da taxa básica ainda a situe em patamares inferiores aos vigentes em 
períodos recentes de nossa história econômica. 
 
18 
 
4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
BACEN – BANCO CENTRAL DO BRASIL. Brasília: Bacen, vários anos. Disponível 
em:<www.bcb.gov.br/?boletim>. Acesso em: 09/01/2016 as 20:49 
BARBOSA, Luis G. C. “ O governo Lula e a política econômica brasileira: 
continuidade ou ruptura? Disponível em 
http://www.ufrgs.br/revistatodavia/Ed.%204%20-%20Artigo%203.pdf; acesso em 
14/01/16 
 
COPOM — Comitê de Política Monetária. Ata da 161ª Reunião. Brasília: BCB, 8 de 
setembro de 2011. 
 
CORAZZA, G. e FILHO, Fernando Ferrari; ―A política econômica do Governo Lula 
no primeiro ano de mandato: perplexidade, dilemas, resultados e alternativas‖; 
disponível em 
http://www.ppge.ufrgs.br/ferrari/papers/politica_economica_governo_lula.pdf acesso 
em 11/01/16 
 
FERRAZ, F. C. ―CRISEFINANCEIRA GLOBAL: IMPACTOS NA ECONOMIA 
BRASILEIRA, POLÍTICA ECONÔMICA E RESULTADOS‖ disponível em: 
http://www.ie.ufrj.br/images/pos-graducao/ppge/FernandoFerraz.pdf acesso em 
15/01/16 
 
FARIA, Adelcina P.S.; FIEL D.R.; SILVA L. M. F; ―GOVERNOS FHC E LULA: 
DIFERENÇAS E CONTINUIDADES NA POLITICA MACROECONOMICA‖ 
disponível em: 
http://sinop.unemat.br/projetos/ciclodepalestrasemcsa/historico/5/04.pdf; acesso em 
11/01/16 
 
FARIAS Leone ―Governo Lula deu continuidade à política monetária de FHC‖ 
disponível em: 
https://www.dgabc.com.br/(X(1)S(402znfcnxzy0bjcmishjqnvd))/Noticia/212426/gover
no-lula-deu-continuidade-a-politica-monetaria-de-fhc acesso em 14/01/16 
 
FILGUEIRAS, Luiz. História do plano real: fundamentos, impactos e contradições. 
São Paulo: 2003. 
 
GIAMBIAGI ,ALÉM. Finanças públicas: teoria e prática no Brasil. Rio de Janeiro: 
Campus, 2000. 
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/121877/Economia295594.pdf
?sequence=1&isAllowed=y 03-01-2016 as 9:46 
 
Alves ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO Disciplina: D2.1 – Economia Brasileira 
(24h) (Aula 2 – OPlano Real, o governo FHC e o primeiro governo Lula) 2012 
 
PORTUGAL, Marcelo S. A economia do real. Porto Alegre: Ortiz, 1996. 
 
SHAPIRO, Edward. Análise macroeconômica. São Paulo: Atlas, 1985. 
 
19 
 
LIMA, T. D.; DEUS, Larissa, Naves ―A crise de 2008 e seus efeitos na economia 
brasileira‖ disponível em: 
https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rce/article/download/1651/922 
acesso em 15/01/16 
 
MEURER,; SAMOHYL. Conjuntura econômica: entendendo a economia no dia-a-
dia. Campo Grande: Editora Oeste, 2001. 
 
NOGUEIRA, H. C., JÚNIOR, G. S. Inflação brasileira: um diagnóstico sobre o 
atual momento. In: XII Semana de Economia da UESB, 12, 2013, Vitória da 
Conquista. Anais. Vitória da Conquista: UESB, 2013. p. 1- 20. Disponível em: 
<http://www.uesb.br/eventos/semana_economia/2013/anais-2013/a03.pdf>. Acesso 
em: 13-02-2016 
 
OREIRO, José Luís ―Os sinais contraditórios da política monetária do governo Lula 
―disponível em: 
http://www.economiaetecnologia.ufpr.br/revista/7%20Capa/Jose%20Luis%20Oreiro-
%20Lucas%20L.%20Dezordi.pdf acesso em 15/01/16 
 
POHLMANN E. TRICHES D. , Análise do desempenho da política monetária no 
Brasil após o Plano Real 2008 disponível em: 
http://revistas.unisinos.br/index.php/perspectiva_economica/article/view/4328 acesso 
em 09/01/2016 as 21:08 
 
REZENDE R . Uma analise das políticas macroeconômicas do governo 
FHC,governo LULA.2009 Disponível em : http://tcc.bu.ufsc.br/Economia291727 
acesso:07/01/2016 as 23:15 
 
SILVA E . LONGUINHO M. A POLITICA MONETÁRIA BRASILEIRA NOS ANOS 
DE GOVERNO DE FHC E LULA ENTRE 1995 A 2010 Disponível 
http://www.uesb.br/eventos/semana_economia/2013/anais-2013/c01.pdf 
acesso:09/01/2016 as 21:20 
 
SALATIEL, J. Renato; “Era Lula (2003-2010): Governo foi marcado por melhorias sociais e 
escândalos políticos” disponível em: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-
disciplinas/atualidades/era-lula-2003-2010-governo-foi-marcado-por-melhorias-
sociais-e-escandalos-politicos.htm acesso em 15//01/6 
 
SILVA, Maria C. B ―A Política Macroeconômica do Governo Lula e o Impacto da 
Crise de 2008 na Economia Brasileira‖ disponível em: 
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/92604/Monografia%20da%20
Maria%20Cristina%20Baggio%20da%20Silva.pdf?sequence=1; acesso em 14/01/16 
 
VERGARA C.S Projetos e relatórios de pesquisa em Administração São Paulo 
atlas 3° Ed. 2000 
 
ALMEIDA, Paulo R. ―Um balanço preliminar do Governo Lula: a grande 
mudança medida pelos números” disponível em: 
http://www.espacoacademico.com.br/058/58almeida.htm, acesso no dia 18/02/16

Continue navegando

Outros materiais