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10 - Legislaçao Ambiental

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LEGISLAÇÃO 
AMBIENTAL 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL 
Ciências do Ambiente – 1703103 
Turma 01 – Quinta 09:00 às 12:00 
Prof. Leonardo Vieira Soares 
2 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 Primeira Constituição Brasileira a 
mencionar o termo meio ambiente. 
 Trata das questões ambientais como uma melhoria da 
qualidade de vida da população. 
 Inclui a dimensão ambiental em vários setores do país. 
3 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL / CAPÍTULO VI - DO MEIO 
AMBIENTE 
Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder 
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo 
para as presentes e futuras gerações. 
4 
LEI DO MEIO AMBIENTE 
Lei no 6938, de 31 de agosto de 1981: 
Entre outras medidas, esta lei: 
1. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, 
fixando seus objetivos, princípios e instrumentos; 
2. Estabelece o Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(SISNAMA); 
3. Cria o Conselho Nacional de Meio Ambiente 
(CONAMA). 
Regulamentada pelo Decreto nº 99.274/90 (Revogou o 
Decreto no 88.351/83). 
5 
LEI NO 6.938 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
 Art. 2º - Tem como Objetivo: 
“a preservação, melhoria e recuperação da qualidade 
ambiental propícia à vida, visando a assegurar, no País, 
condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos 
interesses da segurança nacional e à proteção da 
dignidade da vida humana.” 
6 
LEI NO 6.938 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
 Princípios: 
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, 
considerando o meio ambiente como um patrimônio público; 
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas 
representativas; 
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente 
poluidoras; 
7 
LEI NO 6.938 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
 Princípios (continuação): 
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o 
uso racional e a proteção dos recursos ambientais; 
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
VIII - recuperação de áreas degradadas; 
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a 
educação da comunidade. 
8 
LEI NO 6.938 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
 Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; 
II - o zoneamento ambiental; 
III - a avaliação de impactos ambientais; 
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou 
potencialmente poluidoras; 
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a 
criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da 
qualidade ambiental; 
9 
LEI NO 6.938 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
 Instrumentos (Continuação): 
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; 
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa 
Ambiental; 
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não 
cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da 
degradação ambiental; 
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser 
divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. 
10 
LEI NO 6.938 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
 Instrumentos (Continuação): 
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio 
Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando 
inexistentes; 
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente 
poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. 
S ISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - S ISNAMA 
 Criado pela Lei no 6.938/81, teve sua estrutura, composição e 
competência estabelecidas pelo Decreto no 99.274/90. 
CONSELHO DE GOVERNO 
Órgão Superior 
CONAMA 
Órgão Consultivo e Deliberativo 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 
Órgão Central 
IBAMA e INSTITUTO CHICO MENDES 
Órgãos Executores 
ENTIDADES ESTADUAIS 
Órgãos Seccionais 
ENTIDADES MUNICIPAIS 
Órgãos Locais 
SUDEMA 
COPAM 
SEMAM 
11 
LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS 
 Lei Federal no 9.605 de 12/02/98. 
 Regulamentada pelo Decreto no 3.179/99 (revogado pelo Decreto no 
6.514 de 2008). 
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas, derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras 
providências. 
 Capítulo V, Dos Crimes Contra o Meio Ambiente, seção III: 
Art. 54 - É crime causar poluição de qualquer natureza em níveis 
tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, 
ou que provoquem mortandade de animais ou a destruição 
significativa da flora. 
Pena – reclusão, de 1 a 4 anos e multa. 
12 
LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS 
 São exemplos de crimes contra o Meio Ambiente: 
1. Contribuir para a degradação dos corpos d’água (queda na 
classificação oficial) 
2. Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais 
3. Provocar incêndios em matas ou florestas 
4. Pichar edificação ou monumento urbano 
5. Dificultar a fiscalização do Poder Público... 
13 
AS LEIS AMBIENTAIS VISTA POR TEMAS: 
 Relativa ao Saneamento Básico: 
 Lei Federal no 11.455 de 2007, que estabelece as diretrizes nacionais 
para o Saneamento Básico e para a Política Federal de Saneamento 
Básico. 
Princípios: 
I. universalização do acesso; 
II. abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo 
dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à 
proteção do meio ambiente; 
III. adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades 
locais e regionais; entre outros ... 
14 
AS LEIS AMBIENTAIS VISTA POR TEMAS: 
 Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar – PRONAR 
 Instituído pela Resolução no 5 de 1989 do CONAMA. 
Objetivos específicos: 
• melhorar a qualidade do ar; 
• atender aos padrões de qualidade estabelecidos e 
• não comprometer a qualidade do ar em áreas consideradas não 
degradadas. 
Estratégia: 
• Limites máximos de emissões; 
• Padrões Nacionais de Qualidade do Ar: 
- Primários (metas de curto e médio prazo) e 
- Secundários (metas a longo prazo). 
15 
 Relativa aos Resíduos Sólidos 
Lei no 12.305 de 02/08/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos 
e dispõe sobre diretrizes gerais aplicáveis aos resíduos sólidos no País. 
Diretrizes: 
Art. 9o Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a 
seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, 
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final 
ambientalmente adequada dos rejeitos. 
Art. 10. Incumbe ao Distrito Federal e aos Municípios a gestão integrada dos 
resíduos sólidos gerados nos respectivos territórios... 
Art. 11. ... incumbe aos Estados: 
I - promover a integração da organização, do planejamento e da execução 
das funções públicas de interesse comum relacionadas à gestão dos 
resíduos sólidos nas regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e 
microrregiões... 
II - controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a licenciamento 
ambiental pelo órgão estadual do Sisnama. 
16 
AS LEIS AMBIENTAIS VISTA POR TEMAS: 
 Coleta seletiva: 
 Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006. 
“Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da 
administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às 
associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras 
providências.’’ 
 Resolução CONAMA 275, de 25 de abril de 2001. 
“Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotadona 
identificação de coletores e transportadores , bem como nas campanhas informativas 
para a coleta seletiva.” 
Padrão de cores: 
1. Azul: papel e papelão; 
2. Vermelho: plástico; 
3. Verde: vidro; 
4. Amarelo: metal; 
5. Preto: madeira; 
6. Laranja: resíduos perigosos; 
7. Branco: resíduos de ambulatório e serviços de saúde; 
8. Roxo: resíduos radioativos; 
9. Marrom: resíduos orgânicos; 
10. Cinza: resíduo não passível de separação. 17 
18 
19 
ORIGEM E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
No final da década de 1950, inicia-se discussões dos problemas 
relacionados ao desenvolvimento econômico que ignora a 
conservação do meio ambiente (Crise Ambiental). 
Reconhecimento por parte de grupos empresariais dos problemas 
ambientais gerados por suas atividades. 
Necessidade de criar instrumentos capazes de complementar e 
ampliar e aprimorar as ferramentas utilizadas no licenciamento 
ambiental de novas atividades e empreendimentos. 
Formação de grupos de estudos nos EUA e na Europa com o 
objetivo de desenvolver estes instrumentos. 
20 
ORIGEM E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
Na década de 1960, ocorreu a consolidação do conceito de 
impactos sobre o ambiente. 
O estudo e a evolução desse conceito demonstraram que 
sua avaliação podia ser feita com relativa objetividade e 
aceitação e representatividade social, tornando-se 
instrumento do processo de tomada de decisões no 
licenciamento ambiental, com os seguintes requisitos: 
I. Características técnicas regulamentadas pelo poder 
público; 
II. Apresentada como documento público, isto é, que o 
cidadão comum e vários segmentos da sociedade 
tenham acesso ao processo de licenciamento 
ambiental. 
21 
ORIGEM E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
Munn (1975) apresenta as características básicas de uma 
avaliação de impacto ambiental: 
i. descrever a ação proposta e as alternativas; 
ii. prever a natureza e a magnitude dos efeitos ambientais; 
iii. identificar as preocupações humanas relevantes; 
iv. listar os indicadores de impacto a serem utilizados e para cada um 
identificar a sua magnitude; 
v. quantificar a intensidade do impacto por meio dos indicadores 
definidos. 
22 
SURGIMENTO E NECESSIDADE DE AIA NO BRASIL 
 Em 1981, define-se a “Política Nacional do Meio Ambiente” (Lei 
Federal No 6.938 de 31/08/81) que estabelece entre os seus 
instrumentos: 
... 
III. a avaliação de impactos ambientais; 
IV. o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou 
potencialmente poluidoras. 
 Criados para que fossem atingidos os objetivos dessa política, ou 
seja: “...Preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à 
vida, visando assegurar no país condições propícias ao desenvolvimento sócio-
econômico, aos interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade da vida 
humana...” 
23 
SURGIMENTO E NECESSIDADE DE AIA NO BRASIL 
• Em 1986, a Resolução No 001/86 do CONAMA estabelece as 
definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes 
gerais para o uso e implementação da Avaliação de Impacto 
Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio 
Ambiental. 
A Avaliação de Impacto Ambiental é utilizada como 
mecanismo para o licenciamento de projetos e empreendimentos 
com processos e produtos que venham a agredir o meio ambiente. 
Ela permite aos dirigentes e comunidades uma visão ampla destes 
possíveis impactos ambientais, fazendo com que sejam tomadas 
decisões para o seu controle. Isto ocorre a partir do Estudo de 
Impactos Ambientais e do respectivo Relatório de Impacto 
Ambiental. 
24 
O ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA 
“Relatório Técnico elaborado por equipe multidisciplinar 
tecnicamente habilitada para analisar os aspectos físico, biológico e 
socioeconômico do ambiente.” 
O EIA deve obedecer as seguintes diretrizes (Artigo 5º CONAMA 001/86): 
I. Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, 
confrontando-as a hipótese de não execução do projeto; 
II. Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases 
de implantação e de operação; 
III. Definir os limites da área geográfica direta ou indiretamente afetada pelos 
impactos, denominada área de influência do projeto; 
IV. Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação 
na área de influência do projeto. 
25 
O ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA 
Artigo 6º do CONAMA 001/86, O EIA desenvolverá, no mínimo, as seguintes 
atividades técnicas: 
I. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL da área de influência contempla a descrição e análise 
dos recursos ambientais e suas interações, de modo a caracterizar a área antes 
da implantação do projeto, considerando: 
a) Meio físico: o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos 
minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d’água, o regime 
hidrológico, as correntes marinhas e atmosféricas. 
b) Meio biológico e ecossistemas naturais: a fauna e a flora, destacando as 
espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, 
raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente; 
c) Meio sócio-econômico: o uso e a ocupação do solo, os usos das águas e a 
sócio-economia. 
26 
O ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA 
II. ANÁLISE DE IMPACTOS AMBIENTAIS do projeto e de suas alternativas, através da 
identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos 
prováveis impactos relevantes, discriminando: 
a) Tipo: positivos e negativos (benéficos e adversos); 
b) Modo: diretos ou indiretos; 
c) Magnitude: de pequena, média ou grande intensidade; 
d) Duração: temporário, permanente ou cíclico; 
e) Alcance: local, regional, nacional ou global; 
f) Efeito: imediato (curto prazo), de médio ou de longo prazo; 
g) Reversibilidade: reversível ou irreversível. 
27 
O ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA 
III. DEFINIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS DOS IMPACTOS 
NEGATIVOS, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de 
tratamento de despejos, com a avaliação da eficiência de cada uma 
delas. 
IV. ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E 
MONITORAMENTO dos impactos positivos e negativos , com 
indicação dos parâmetros a serem considerados. 
28 
O RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA 
“Refere-se ao resumo do Estudo de Impacto Ambientais, 
com a apresentação das principais conclusões do 
mesmo.” 
Deve ser apresentado de forma objetiva e adequada à sua 
compreensão; 
A linguagem deve ser acessível, com ilustrações por mapas, cartas, 
quadros e gráficos, de modo a apresentar as vantagens e 
desvantagens do projeto e conseqüências ambientais. 
29 
O RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA 
Artigo 9º do CONAMA 001/86, o RIMA conterá no mínimo: 
I. Objetivos e justificativas do empreendimento; 
II. Descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas existentes (área de 
influência, matéria-prima, energia, processos, efluentes etc); 
III. Síntese do resultado do diagnóstico ambiental; 
IV. Descrição dos impactos prováveis; 
V. Caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência; 
VI. Efeitos esperados das medidas mitigadoras; 
VII. Programa de acompanhamento e monitoramento; 
VIII. Conclusões e recomendações da alternativa mais favorável. 
30 
O RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA 
http://www.sudema.pb.
gov.br/estudos.php 
31 
L ICENCIAMENTO AMBIENTAL (RESOLUÇÃO CONAMA NO 237/1997 E SUAS 
ALTERAÇÕES E COMPLEMENTAÇÕES) 
 Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a 
localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades 
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente 
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação 
ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas 
aplicáveis ao caso. 
 A legislação brasileira vincula a utilização da AIA aos licenciamentos de órgãos 
estaduais de controle ambiental(SUDEMA na PB) e do IBAMA (Art. 4º do CONAMA 
237/97), para atividades poluidoras ou mitigadoras do meio ambiente, em três 
versões serem requeridas pelos responsáveis do empreendimento: 
a) Licença Prévia – LP; 
b) Licença de Instalação – LI; 
c) Licença de Operação – LO. 
32 
L ICENCIAMENTO AMBIENTAL 
Licença Prévia (LP): concedida na fase preliminar do planejamento do 
empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção, 
atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e 
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação. 
Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento ou 
atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas 
e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais 
condicionantes, da qual constituem motivo determinante. 
Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade ou 
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta 
das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e 
condicionantes determinados para a operação. 
33 
QUEM ESTÁ SUJEITO AO L ICENCIAMENTO AMBIENTAL? 
“Todas as pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as 
entidades da Administração Federal (ressalvadas as 
definidas em lei), Estadual e Municipal, que estiverem 
instaladas ou vierem a se instalar no Estado da Paraíba, 
e cujas atividades utilizem recursos ambientais que 
possam ser causadoras efetivas ou potenciais da 
poluição ou da degradação ambiental.” 
www.sudema.pb.gov.br 
34 
1. Extração e tratamento de minerais; 
2. Indústria metalúrgica; 
3. Indústria mecânica; 
4. Indústria de madeira; 
5. Indústria de papel e celulose; 
6. Industria de borracha; 
7. Indústria de couros e peles; 
8. Indústria têxtil; 
9. Obras civis; 
10. Turismo 
... 
35 
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS 
Alguns resultaram de adaptações de ferramentas utilizadas em outras 
áreas: 
- Técnicas de Planejamento Regional; 
- Estudos Econômicos; 
- Estudos de Ecologia. 
Deve dar suporte aos seguintes conjunto de atividades: 
a) Diagnóstico ambiental da área de influência; 
b) Identificação de impactos; 
c) Previsão e medição de impactos; 
d) Definição de medidas mitigadoras; 
e) Elaboração do programa de monitoramento; 
f) Comunicação dos resultados. 
36 
PRINCIPAIS MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS 
AMBIENTAIS 
a) Métodos Ad Hoc; 
b) Método das Listagens de Controle; 
c) Método da Superposição de Cartas; 
d) Métodos das Matrizes de Interação; 
e) Método das Redes de Interação; 
f) Métodos do Modelos de Simulação. 
Vantagens Desvantagens 
Rapidez na identificação dos impactos mais 
prováveis e da melhor alternativa. 
Vulnerabilidade e subjetividade 
Viabilidade de aplicação mesmo quando as 
informações são escassas. 
Possibilidade de tendenciosidade na 
escolha dos membros do grupo e da 
coordenação. 
37 
MÉTODOS AD HOC 
 Estes métodos consistem na realização de reuniões entre grupos de 
especialistas multidisciplinares, escolhidos de acordo com o tipo de 
projeto a ser analisado, os quais realizam a avaliação, numa 
abordagem inicial, dos principais impactos relacionados ao 
empreendimento. 
 Pode ser feito o uso de questionários previamente respondidos por 
pessoas com interesse no problema. 
38 
MÉTODOS AD HOC 
Área Ambiental 
Impacto Ambiental 
EL EP EN B A P CP LP R I 
Vida Selvagem X X X 
Espécies ameaçadas X 
Vegetação X X X 
Aragem X X X X 
Características do solo X 
Drenagem natural X 
Água Subterrânea X X 
Ruído X 
Pavimentação X 
Qualidade do ar X X X X 
Saúde e Segurança X 
Valores econômicos X X X 
Serviços públicos X 
(EF) Efeito Nulo, (EP) Efeito Positivo, (EN) Efeito Negativo, (B) Efeito Benéfico, (EA) Efeito Adverso, (P) 
Problemático, (CP) Curto Prazo, (LP) Longo Prazo, (R) Reversível, (I) Irreversível. 
A
d
a
p
ta
d
o
 B
ra
g
a
 e
t 
a
l. 
(2
00
5)
. 
39 
MÉTODO DAS L ISTAGENS DE CONTROLE 
Especialistas (Ad Hoc ou não) preparam listagens de fatores 
ambientais potencialmente afetáveis pelas ações propostas. 
Elaboração de Listagens-padrão para empreendimentos similares, 
disponibilizadas em bibliografias especializadas. 
Classificadas como Listagem Simples, Descritivas, Escalares e 
Ponderais. 
Vantagens Desvantagens 
Simplicidade de construção e aplicação Não permitem projeções, previsões ou 
a identificação de impactos de segunda 
ordem. 
Facilidade da sistematização das 
informações 
Necessidade reduzida de dados e 
informações 
Capacidade de sumarizar os resultados 
40 
MÉTODO DAS L ISTAGENS DE CONTROLE 
Ilustração de uma listagem de controle descritiva em uma região próxima a 
um aeroporto e com grande tráfego. 
FATOR: QUALIDADE DO AR CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO 
Saúde da população 
a) Mudança nas concentrações de poluentes no ar 
pela freqüência de ocorrência e número de pessoas 
ameaçadas; 
b) Mudança na ocorrência de desconfortos visuais 
(fumaça e névoa) ou olfativos (odor) e número de 
pessoas afetadas. 
Concentrações ambientais atuais, emissões atuais e 
previstas, modelos de dispersão, mapas 
demográficos; pesquisas de vizinhança; processos 
industriais previstos; volumes de tráfego. 
Condições de vida 
c) Alteração no ritmo biológico dos moradores 
(horas de sono em função de decolagem e 
aterrissagem de aeronaves) 
Pesquisa na vizinhança e levantamento de registros 
médicos para situações de estresse 
Ruídos 
d) Mudança nos níveis de ruído, freqüência de 
ocorrência e número de pessoa afetadas. 
Mudança no tráfego, ocorrência de barreiras de 
ruído, pesquisa de vizinhança e estabelecimento de 
modelos 
Adaptado de Santos (2004). 
41 
MÉTODO DAS L ISTAGENS DE CONTROLE 
 Método baseado na listagem de parâmetros ambientais; 
 Para cada um dos parâmetros é estabelecido um PESO, devido a sua importância, 
e desenvolvida uma FUNÇÃO que relacione o seu valor numérico com o ÍNDICES 
DE QUALIDADE AMBIENTAL; 
 Pesos e funções desenvolvidos por equipes multidisciplinares. 
 O Método de Batelle: 
→ Constituído por 78 parâmetros que representam os componentes ambientais 
(18 ecológicos, 17 estéticos, 24 físico-químicos e 19 sociais); 
→ A cada um destes parâmetros está associado um peso e um índice de qualidade 
ambiental normalizado, valor entre 0 e 1; 
→ O somatório dos produtos dos índices de qualidade pelos pesos dos respectivos 
parâmetros, constitui o valor relativo do impacto calculado para cada 
alternativa. 
O Método de Batelle – Listagem de Controle Ponderal 
42 
O MÉTODO BATELLE - EXEMPLO 
Ecologia Físico-químico Estético Social 
• Espécies terrestres e 
populações: 
Herbívoros (14) 
Vegetação natural (14) 
• Espécies aquáticas e 
populações: 
Pesca comercial (14) 
• Habitats terrestres e 
comunidades 
Espécies raras e ameaçadas 
(12) 
Uso da terra (12) 
• Habitats aquáticos e 
comunidades 
Características do rio (12) 
• Qualidade da Água 
Oxigênio dissolvido (31) 
Coliformes fecais (18) 
pH (18) 
• Qualidade do Ar 
CO (5) 
Hidrocarbonetos (5) 
• Poluição da terra 
Uso da terra (14) 
Erosão do solo (14) 
• Poluição sonora 
Ruído (4) 
• Terra 
Material geológico 
superficial (6) 
Relevo e característica 
topográficas (16) 
• Ar 
Odor e visual (3) 
• Água 
Aparência da água (10) 
• Biota 
Animais domésticos (5) 
• Objetos feitos pelo homem 
(10) 
• Composição 
Efeito composto (15) 
• Educação/Ciência 
Geologia (11) 
Hidrologia (11) 
• História 
Eventos (11) 
Indivíduos (11) 
• Culturas 
Indígenas (14) 
• Atmosfera 
Pavor (11) 
Mistério (4) 
• Padrão de vida 
Moradia (13) 
 
OD = 5 mg/l → IQ = 0,7 
Peso OD = 31 
» Para OD tem-se 21,7 
43 
SUPERPOSIÇÃO DE CARTAS 
 Esse método consiste na elaboração de vários mapas de uma mesma área, cada 
um destacando um aspecto ambiental da mesma (efeitos sobre o solo, cobertura 
vegetal, paisagem, outros); 
 Pela superposição dos mapas, pode-se identificar as áreas de maior valor 
ambiental, nas quais os impactos são mais significativos;As informações resultantes são sintetizadas segundo conceitos de fragilidade 
(cartas de restrição) ou de potencial de uso (cartas de aptidão); 
 Método bastante utilizado na escolha do melhor traçado de projetos lineares 
como: rodovias, dutos e linhas de transmissão. 
 Grande potencialidade devido ao avanço da 
computação gráfica e das técnicas de 
sensoriamento remoto associadas a sistemas 
de informações geográficas digitalizadas. 
44 
MÉTODO DAS MATRIZES DE INTERAÇÃO 
 As matrizes consistem em duas listagens estruturadas em dois eixos 
perpendiculares; 
 Em um dos eixos, são associadas as ações do empreendimento em suas diversas 
fases e no outro as características ambientais de sua área de influência; 
 Na quadrícula da interseção dos dois eixos são assinalados os impactos ambientais 
que devem ocorrer, avaliando o mesmo quanto ao tipo, magnitude, importância, 
etc. 
Vantagens Desvantagens 
Visão global dos impactos. Propiciam somente interações 
primárias entre os elementos dos dois 
eixos. 
Permite constatar as situações de maior 
ou menor impacto. 
Auxiliam na avaliação de possíveis 
ações ou mudanças do meio 
permitindo optar pelas alternativas 
menos impactantes. 
45 
MÉTODO DAS MATRIZES DE INTERAÇÃO 
INDIFERENTE 
IMPACTO POSITIVO 
IMPACTO ADVERSO 
Ações impactantes que as funções urbanas demandam 
na bacia hidrográfica. 
46 
MATRIZ DE LEOPOLD 
 Relacionam 88 componentes ou fatores ambientais e 100 ações potencialmente 
capazes de alterar o meio ambiente; 
 No cruzamento entre linhas e colunas são atribuídos valores que variam de 1 a 10, 
indicando a magnitude e a relevância do impacto. 
 Sinais: 
(+) impacto benéfico 
(-) impacto adverso. 
47 
MÉTODO DAS REDES DE INTERAÇÃO 
• Utilização de diagramas, gráficos ou fluxogramas, mostrando a cadeia de 
modificação que ocorrem, ou seja, os impactos diretos e indiretos; 
• Os impactos diretos são de mais fácil avaliação e medição e são geralmente 
causados pelos “insumos” do projeto (obras e equipamentos); 
• Os impactos negativos podem ser mais significativos que os primários, 
porém de avaliação mais difícil. 
SO2 
Poluição 
do Ar 
Efeitos sobre o 
solo 
H2SO4 
Corrosão de 
Materiais 
Acidificação dos 
lagos 
continua... 
48 
MODELOS DE S IMULAÇÕES 
Modelos matemáticos com a finalidade de representar ou simular o 
comportamento do sistema ambiental em estudo, explorando as 
relações entre seus fatores físicos, biológicos e socioeconômicos; 
Eles são estruturados na definição de objetivos, escolha de variáveis 
e estabelecimento de suas inter-relações, discussão e interpretação 
dos resultados; 
Pode se tornar difícil devido à grande quantidade e variedade de 
parâmetros a serem adotados e da indisponibilidade de tais dados. 
49 
A ESCOLHA DOS MÉTODOS... 
Depende especificamente das características e especificações do 
empreendimento ou do projeto a ser analisado; 
A escolha do método fica a critério dos profissionais que serão os 
responsáveis pela elaboração do estudo de impacto ambiental; 
De acordo com a Resolução CONAMA No 001/86, o Estudo de 
Impacto Ambiental deve ser feito por equipe multidisciplinar, 
independente do proponente. 
50 
 CAPÍTULOS 15, 16 e 17 de Araújo, Selma Maria de. Introdução às 
Ciências do Ambiente para Engenharia. Universidade Federal da 
Paraíba, Centro de Ciências e Tecnologia, Departamento de 
Engenharia Civil. Apostila. 1997. 168 p. 
 CAPÍTULO 13 e 14 de Braga, B. P. F., Hespanhol, I., Conejo, J. G. L., 
Mierzwa, J. C., Barros, M. T. L. de, Spencer, M., Porto, M., Nucci, N., 
Juliano, N., Eiger, S. Introdução à Engenharia Ambiental. 2ª Edição. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 318 p. 
BIBLIOGRAFIA

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