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EMBRIOLOGIA - Aula 4

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Universidade Federal de Sergipe 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
Departamento de Morfologia 
 
 
Histologia e Embriologia Especial 
 
 
 Profa. Shirlei Octacílio da Silva 
Parte 1 - Cavidades do corpo, 
mesentério e diafragma 
 
Parte 2 - Sistema respiratório 
 
Parte 1 – 
Cavidades do corpo, 
mesentério e diafragma 
Celoma intra-
embrionário 
Extremidade 
caudal 
Cavidade 
pleural 
Cavidade 
peritoneal 
Extremidade 
cefálica 
Cavidade 
pericárdica 
Mesoderma somática  peritônio parietal  reveste a parede abdominal 
Mesoderma esplâncnica  peritônio visceral  cobre os órgãos 
Cavidades do corpo 
26 dias 
28 dias 
Contato 
reduzido do 
celoma extra 
com intra-
embrionário 
Formação 
da parede 
ventral; 
desaparece 
mesentério 
ventral 
Canal 
pericardioperitoneal 
Cavidade 
pericárdica 
Cavidade 
peritoneal 
Cavidade 
peritoneal 
Cavidade 
peritoneal 
Mesoderme intra-
embrionária 
origina 3 
cavidades 
celômicas ou 
cavidades do 
corpo: 
Mesentérios  
camadas duplas de 
peritônio  
iniciam-se como 
uma extensão do 
peritônio visceral  
cobre um órgão. 
Une o órgão à 
parede do corpo e 
conduz vasos e 
nervos a este. 
Septo transverso  separa cavidade pericárdica das cavidades 
pleurais. É o primórdio do tendão central do diafragma 
Divisão da cavidade do corpo 
Septo 
transverso: 
primórdio 
do tendão 
central do 
diafragma 
Desenvolvimento das cavidades pleural e pericárdica 
7 semanas 
Cavidades pleurais expandem-se para dentro da parede do corpo. 
Brotos brônquicos mais desenvolvidos. 
5 semanas 
Cavidade pericárdica e pleurais ligadas pelos canais pericardioperitoneais. 
Brotos brônquicos crescem para dentro destes canais. 
Desenvolvimento das cavidades pleural e pericárdica 
8 semanas 
Expansão dos pulmões e cavidades pleurais. 
Formação do pericárdio fibroso ao redor do coração. 
7 semanas 
Expansão das cavidades pleurais, em torno da cavidade cardíaca. 
Membranas pleuropericárdicas fundidas no plano mediano, junto com o 
mesoderma do esôfago. 
Desenvolvimento e separação das cavidades 
pleural e peritoneal 
Expansão do pulmão  membranas pleuroperitoneais aproximam-se 
e se fundem, juntamente com o mesentério do esôfago e septo 
transverso  separação das cavidades pleurais e peritoneal. 
cavidade pleural 
cavidade peritoneal 
cavidade pericárdica 
Desenvolvimento do diafragma 
Septo transverso: primórdio do tendão central do 
diafragma. Separa o coração do fígado. 3ª 
semana: massa mesodérmica cefálica à cavidade 
pericárdica  após dobramento cefálico, forma 
tabique entre cavidades pericárdica e abdominal  
expansão e fusão com o mesênquima ventral do 
esôfago e membranas pleuroperitoneais. 
Pregas e membranas 
pleuroperitoneais: fundem-se 
com o septo transverso e com 
mesentério dorsal do esôfago. 
Mesentério do esôfago: porção 
mediana do diafragma. A crura do 
diafragma – par de feixes 
musculares que cruzam o plano 
mediano – forma-se de mioblastos 
deste mesentério. 
Invasão muscular das paredes 
laterais do corpo: forma 
recessos costodiafragmáticos  
os pulmões movem-se para dentro 
deles durante a respiração. 
Septo transverso  tecido mesodérmico  cresce a partir da parede 
ventrolateral do corpo  prateleira semicircular, que separa coração do fígado. 
Separa cavidade pericárdica da peritoneal. Não separa totalmente cavidades 
torácica e abdominal  canais pericardioperitoneais aos lados do esôfago 
Desenvolvimento do diafragma 
Septo transverso Tendão central 
Pregas e membranas 
pleuroperitoniais 
Diafragma primitivo; porções 
pequenas no recém-nascido 
Invasão muscular a partir 
da parede do corpo 
Parede abdominal porções 
periféricas do diafragma 
Crura: feixes musculares 
Mesentério do esôfago 
5ª semana 
Alterações de posição do diafragma 
41 dias: mioblastos dos 
somitos migram para o 
diafragma, levando fibras 
nervosas. Dobramento do 
embrião  diafragma nos 
somitos torácicos 
52 dias: diafragma na 
1ª lombar. Nervos 
frênicos entram no 
diafragma pelas 
membranas 
pleuropericárdicas 
24 dias: 
diafragma 
na altura 
dos 3º a 
5º somitos 
Defeitos póstero laterais do diafragma 
Hérnia congênita do diafragma 
(HDC): conteúdo abdominal dentro 
da caixa torácica. Dificuldades 
respiratórias e maturação dos 
pulmões sofre retardo. Resulta de 
defeito de formação e/ou fusão da 
membrana pleuroperitonial com as 
outras 3 partes do diafragma 
 
Eventração do diafragma: 
Metade da musculatura do 
diafragma é defeituosa e penetra 
na cavidade torácica, formando 
uma bolsa diafragmática. Resulta 
da não migração do tecido 
muscular da parede do corpo para 
a membrana pleuroperitonial 
Defeitos póstero laterais do diafragma 
Hérnia diafragmática congênita: fígado, 
estômago e alças do intestino para dentro 
da cavidade torácica. 
Hipoplasia pulmonar. 
 
C – coração no lado direito. Alças do 
intestino do lado esquerdo do tórax. 
Parte 2 – 
 
Sistema Respiratório 
 Brotos dos braços 
 Membrana pleuropericardial 
 Desenvolvimento da cavidade 
pleural no canal pericardioperitoneal 
 Septo tráqueo-esofágico 
 Esôfago 
 Traquéia 
 Brotos dos pulmões 
 Bulbo cardíaco 
 Coração 
 Cavidade pericardial 
Partes do sistema respiratório 
Formação do sistema respiratório 
Primórdio respiratório 
28º dia: sulco mediano na 
extremidade caudal da faringe 
primitiva: 
Fenda laringotraqueal 
 
Fica caudal ao quarto par de bolsas 
faríngeas 
 
Endoderma: epitélio e glândulas da 
laringe, traquéia, brônquios e 
pulmão. 
 
Mesoderma esplâncnico do intestino 
anterior: tecido conjuntivo, 
cartilagens e musculatura lisa. 
Formação do septo traqueoesofágico 
divertículo respiratório: 
broto pulmonar 
broto traqueal 
Final da 4ª semana: fenda laringotraqueal evagina  divertículo 
laringotraqueal em forma de saco (broto pulmonar) 
Divertículo se alonga  envolvido pelo mesênquima esplâncnico  
extremidade distal dilata  broto traqueal globular. 
Divertículo se separa da laringe, mas mantém comunicação pelo canal 
laríngeo primitivo. 
canal laríngeo 
primitivo 
Formação do septo traqueoesofágico 
prega traqueoesofágica pregas fusionadas 
Tubo laringotraqueal 
Pregas traqueoesofágicas longitudinais se desenvolvem no divertículo 
laringotraqueal  fundem-se, formando septo traqueoesofágico. 
Septo divide porção cranial do intestino anterior: 
ventral dorsal 
Tubo 
laringotraqueal: 
laringe, traquéia, 
brônquios, pulmões 
Orofaringe e 
esôfago 
Esôfago 
Desenvolvimento do broto respiratório 
Desenvolvimento da laringe 
sulco laringotraqueal 
tumefações 
aritenóides: 
proliferação do 
mesênquima 
canal laríngeo 
epiglote 
Epiglote: proliferação 3º/ 4º arcos faríngeos 
Desenvolvimento da traquéia 
Tubo laringotraqueal 
Endoderma: 
glândulas e epitélio pulmonar 
Mesênquima esplâncnico: 
cartilagem, tecido conjuntivo 
e músculos 
Malformações do sistema respiratório 
Fístula tráqueo-esofágica (FTE): divisão 
incompleta da porção cranial do intestino 
anterior em partes respiratória e esofágica. 
FTE e atresia causam tosse e asfixia devido 
ao acúmulo de saliva na boca e trato 
respiratório. Leite enche rapidamente a bolsa 
esofágica e é regurgitado. O conteúdo 
gástrico pode efluir para a traquéia e pulmões 
através da fístula, causando asfixia. 
Atresia 
esofágicaFístula entre 
traquéia e esôfago 
O ar não pode 
entrar no esôfago 
e no estômago 
Conteúdos esofágicos e 
gástricos podem entrar 
na traquéia e pulmões 
Desenvolvimento dos brônquios e pulmões 
Broto respiratório 
2 Brotos brônquicos primitivos: crescem em direção aos canais 
pericardioperotineais, primórdios das cavidades pleurais 
Brônquios secundários e terciários se desenvolvem em seguida. 
Desenvolvimento dos brônquios e pulmões 
Brotos brônquicos + mesênquima esplâncnico circundante  brônquios 
Ramificações dos brotos  pulmão 
Brônquios principais  maior conexão dos brotos com a traquéia 
A. Lobo superior direito D. Lobo superior esquerdo 
B. Lobo médio direito E. Lobo inferior esqurdo 
C. Lobo inferior direito 
Maturação dos pulmões 
Período pseudoglandular 
6 a 16 semanas 
Todos os elementos 
formados, mas não 
aqueles envolvidos em 
trocas gasosas 
Período canalicular 
16 a 26 semanas 
Bronquíolos se 
subdividem em 3 a 6 
passagens tubulares: 
ductos alveolares. 
Presença de alguns sacos 
terminais. 
Maturação dos pulmões 
Período do saco terminal - 26 semanas ao nascimento 
Mais sacos terminais se desenvolvem; epitélio torna-se delgado; 
capilares para dentro dos alvéolos; sacos terminais revestidos por 
células alveolares tipo I ou pneumócitos – trocas gasosas; 
proliferação da rede capilar e desenvolvimento de rede linfática; 
presença de células secretoras: células alveolares tipo II – 
secretam surfactante; bebês nascidos da 24ª a 26ª semanas 
sobrevivem se receberem cuidado intensivo. 
Maturação dos pulmões 
Período alveolar - 32 semanas aos 8 anos 
 Epitélio de revestimento extremamente fino; células 
alveolares tipo I tão finas que capilares vão para o interior dos 
sacos terminais; membrana alveolocapilar é suficientemente delgada 
para permitir trocas gasosas; bronquíolos terminam em um agregado 
de sacos alveolares – futuros ductos alveolares; alvéolos primitivos 
são protuberâncias nas paredes dos bronquíolos; alvéolos maduros 
são formados após o nascimento e se multiplicam. Aumentando a 
superfície da barreira hematoaérea.

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