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�PAGE � �PAGE �2� UEMS: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL PLANO DE ENSINO CURSO : CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO DISCIPLINA :CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL PROFESSOR : ODIVAL FACCENDA CARGA HORÁRIA: 136 H/A VIGÊNCIA: 2016 OBJETIVOS: - Proporcionar o conhecimento dos conceitos que fundamentam a Matemática. - Permitir o inter-relacionamento dos conteúdos desta disciplina, bem como relacioná-los com os de outras, de modo que possa ser visualizado o papel da matemática como instrumento auxiliar no desenvolvimento da ciência, como também, desenvolver a capacidade de análise crítica das idéias. EMENTA DA DISCIPLINA: Números reais; Funções; Limites; Continuidade; Derivadas e suas aplicações; Integrais e suas aplicações; CONTEÚDO PROGRAMÁTICO NÚMEROS REAIS 1.1 Revisão Números reais Equação do primeiro grau Equação do segundo grau Desigualdades Intervalos Valor absoluto O plano numérico Equação de uma reta Posição relativa das retas no plano FUNÇÕES 2.1 Conceito, operação com funções, domínio e representação gráfica 2.2 Principais funções usuais 2.3 Função composta, função inversa. LIMITES E CONTINUIDADE 3.1 Definição, principais teoremas sobre limites de funções Limites unilaterais, no infinito e infinitos Assíntotas horizontais e verticais Continuidade de uma função em um número Continuidade de uma função em um intervalo. DERIVADAS E SUAS APLICAÇÕES 4.1 Taxa média de variação Conceito e significado geométrico Tabelas de derivadas fundamentais Derivação na forma implícita Regra de L`Hospital para cálculo de limites Estudo de Máximos e Mínimos de funções Pesquisa de pontos de inflexão Assíntotas e traçado de curvas. 5. INTEGRAIS E SUAS APLICAÇÕES Introdução, primitivação e antidiferenciação Tabelas de primitivas fundamentais 5.3 Propriedades da integral Integral por substituição e por partes Integral definida e áreas Área entre duas curvas Aplicação da integral. Técnicas de Integração 6. TÓPICOS ADICIONAIS AVALIAÇÕES PERIÓDICAS Os acadêmicos serão avaliados periodicamente mediante aplicação de quatro provas escritas e elaboração de atividades programadas para verificação da aprendizagem: Entretanto para obter a Média de cada avaliação periódica, o aluno terá Nota do Trabalho e participação nas aulas (NT) com peso 0,2 mais a Nota da prova (NP), com peso 0,8, que substituídos na fórmula abaixo resultará na Nota do Bimestre (NB), onde NB = 0,2( NT + 0,8( NP Em que: NB = Nota do Bimestre, NT = Nota do Trabalho, e NP = Nota da Prova Datas estimadas das provas escritas: 06/04/16, 15/06/16, 12/09/16, 07/11/16. AVALIAÇÃO OPTATIVA: No final de cada semestre, haverá uma avaliação escrita optativa de zero a dez, substituindo a nota mais baixa do semestre. EXAME FINAL: Uma avaliação escrita final, sem consulta, de zero a dez, envolvendo todo o conteúdo programático, com data prevista para o dia 05/12/2016. BIBLIOGRAFIA BÁSICA FLEMMING, D. M., GONÇLVES, M. B. Cálculo A: Funções, Limite, Derivação e Integração. São Paulo: 6.ed, PEARSON PRENTICE HALL, 2009. GUIDORIZZI, H. L. Um curso de Cálculo, Vol. 1, 2, 3 e 4. Rio de Janeiro, LTC, 2002. LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica, Vol. 1 e 2. São Paulo, HARBRA, 3 ed. 1994. Bibliografia complementar: ÁVILA, G. Cálculo, Vol. 1, 2 e 3. Rio de Janeiro, LTC,1999. PSIKUNOW, N. Cálculo Diferencial e Integral. Porto, LOPES DA SILVA, 17 ed. 1997. SIMMONS. Cálculo com Geometria Analítica. Vol. 1 e 2. São Paulo 2005. STEWART, J. Cálculo, Vol. 1 e 2. 4 ed. São Paulo. PIONEIRA, 2003. REVISÃO Potenciação é o produto de n fatores iguais. an = a(a(...(a; a0 = 1; a-n = . n vezes Propriedades: (a(b)m = am(bm; ; am(an = am+n; ; ; . Radiciação é a operação inversa da potenciação. Isto é, a = bn . Propriedades: ; ; ; Potência com expoente racional ; ou Exercícios: Calcular a) (-3)4 = b) (-2)-2 = c) = d) = e) = f) = g) = -28 = h) i) j) l) 53(5-4 = m) = Produtos Notáveis (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 (a - b)2 = a2 - 2ab + b2 (a + b)(a - b) = a2 - b2 (x + a)(x + b) = x2 + (a + b)x + ab (a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 (a - b)3 = a3 - 3ab2 + 3ab2 - b3 (a + b + c)2 = a2 + b2 + c2 + 2ab + 2bc + 2ac x3 ( y3 = (x ( y)(x2 xy + y2). Fatoração é transformar uma expressão algébrica em um produto de fatores. Exercícios: Fatore as seguintes expressões 2x2 + 4x - 6xy = 2ay2 + bx + 2by2 + ax = 4x2 + 4xy + y2 = 9x2 - 12xy + 4y2 = x2 + 5x + 6 = 4x2 - 81 = x3 - 1 = 8x3 + 64(y6 = Simplifique, efetuando as operações indicadas Efetuar a divisão entre os polinômios: a) 5x3 - 8x2 + 2x + 9 e x2 - 2x + 3. b) 6x4 - 3x2 + 5x + 2 e x2 - x Racionalize as seguintes expressões , para x ( y Obs. Para racionalizar utilizou-se o produto notável (a + b)(a - b) = a2 - b2, com a = , e b = . Obs. Para racionalizar utilizou-se o produto notável a3 - b3 = (a - b)(a2 + ab + b2), com a = , b = Logaritmos O logaritmo é a operação inversa da potenciação, ou seja, se, e só se, ax = b. Exemplos 1. 1: Calcule o logaritmo de 8 na base 2. Solução: Calcule o logaritmo de 625 na base 5. Notação: logeb = lnb log10b = logb Propriedades: ; ; ; loga1 = 0, pois a0 = 1; logbb = 1. Mudança de base Dados logab, deseja-se logcb. Então logcb = . Cologaritmo de um número é o logaritmo do inverso deste número. Isto é Cologab = loga(1/b) = -logab Exercícios: 1. Calcule log0,1254 = 2. Resolva a expressão, aplicando a propriedade dos logaritmos, = Solução: NÚMEROS REAIS Tudo o que vamos estudar neste curso se referirá a conjuntos de números reais. Estudaremos funções que são definidas e assumem valores nesses conjuntos. Assim ao estudarmos limites, continuidade, derivadas e integrais dessas funções, usaremos os fatos elementares a respeito dos números reais. Definição e operações Um número real é um número positivo, negativo ou zero e em cálculo elementar estamos interessados no conjunto dos números reais. Supõe-se que você esteja familiarizado com as operações algébricas de adição, subtração, multiplicação e divisão de números reais, bem como com os conceitos algébricos de soluções de equações, fatoração, e assim por diante. Aqui estamos interessados nas propriedades dos números reais que é a base para o estudo do cálculo. Qualquer número pode ser classificado como um número racional ou irracional. Um número racional é qualquer número que pode ser expresso como o quociente de dois inteiros. Isto é, um número racional é da forma p/q, onde p e q são dois inteiros e q ( 0. Os números racionais consistem dos seguintes: - Os inteiros (positivos, negativos e zero) ..., -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, ... - As frações positivas e negativas, tais como 2/7 -4/5 83/5 ... - As decimais limitadas positivas e negativas, tais como 2,36 = 236/100 -0,003251 = -3.251/1.000.000 - As decimais repetidas ilimitadas (dizimas) positivas negativas, tais como 0,333... = 1/3 -0,549549549... = - 61/111 Os números reais não racionais são chamados números irracionais. Eles são as decimais não repetidas ilimitadas, por exemplo = 1,732... ( = 3,14159... e = 2,71828182... O conjunto dos números reais é denotado por R1. Este conjunto pode ser representado como pontos de uma reta horizontal chamada eixo. Veja a Figura 1.1. Um ponto sobre o eixo é escolhido para representar o número zero. Este ponto é chamado origem. Uma unidade de distância é selecionada. Então cada número positivo x é representado por um ponto a uma distância de x unidades à direita da origem e cada número negativo x érepresentado por um ponto a uma distância de –x unidades à esquerda da origem (deve ser observado que se x for negativo, então –x será positivo). A cada número real corresponde um ponto no eixo e a cada ponto do eixo está associado um único número real. -2 -1 0 1 2 -3/2 9/4 Figura 1.1 No conjunto dos números reais introduziu-se duas operações, chamadas adição e multiplicação que satisfazem os axiomas abaixo: Fechamento. Se a e b ( R, existe um e somente um número real denotado por a + b, chamado soma e existe um e somente um número real, denotado por ab (ou a ( b, ou a ( b) chamado produto. Comutatividade. Se a, b ( R, então a + b = b + a e a ( b = b ( a. Associatividade. Se a, b, c ( R, então, a + (b + c) = (a + b) + c e a ( (b(c) = (a(b) (c Distributividade. Se a, b, c ( R, então, a( (b + c) = ab + ac. Existência de elementos Neutros. Existem 0 e 1 ( R tais que a + 0 = a e a ( 1 = a, para qualquer a ( R. Existência de simétricos. Todo a ( R tem um simétrico denotado por – a, tal que a + (- a) = 0. Existência de inversos. Todo a ( R, a ( 0 tem um inverso denotado por 1/a, tal que a( (1/a) = 1. Subtração. A diferença entre a e b é definida por a – b = a + ( - b). Divisão. O quociente de a e b é definido por a/b = a((1/b). Outras propriedades Lei do cancelamento da adição: se a + c = b + c, então a = b. Prova: Suponhamos que a + c = b + c. Pela propriedade (vi), existe -c o oposto de c. Somando -c a ambos os membros da equação, obtemos (a + c) + (-c) = (b + c) + (-c) Pela propriedade associativa da adição (iii), temos a + [c + (-c)] = b + [c + (-c)] Pela propriedade do elemento oposto (vi), temos a + 0 = b + 0 pela propriedade do elemento neutro da adição (v), a + 0 = a e b + 0 = b. Portanto, a = b. Lei do cancelamento da multiplicação: se a(b = b(c e b ( 0, então a = c. Lei do anulamento do produto: se a(b = 0, então a = 0 ou b = 0. 3. EQUAÇÕES DE PRIMEIRO GRAU Uma equação da forma ax + b = 0, onde a e b são números reais, com a ( 0, chama-se equação do primeiro grau. Vamos resolver a equação ax + b = 0, passo a passo, a fim de ilustrar o uso das propriedades operatórias dos números reais. Somando -b, que existe pela propriedade do elemento oposto (vi), a ambos os membros da equação, obtemos (ax + b) + (-b) = 0 + (-b) Pelas propriedades (ii), (iii), (v) e (vi) da adição, temos ax + (b + (-b)) = -b ax + 0 = -b ax = -b. Todas essas passagens podem ser resumidas, dizendo simplesmente que passamos b para o segundo membro e trocamos o seu sinal. Agora, dividindo por a ambos os membros da equação (ou seja, multiplicando pelo inverso de a), obtemos, pelas propriedades do produto (ii), (iii), (v) e (vii) a solução da equação: x = -b/a. Nota: nos exercícios não será necessário detalhar tanto. Exemplo 1.2: Resolva a equação 2x - 3 = 0 em R. Exercício: resolva as equações em R a) -4(4 – x) = 2(x – 1) b) 0,1(x – 2) + 0,5x = 0,7 c) d) 4. EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU Uma equação da forma ax2 + bx + c = 0 onde a, b, e c são números reais, com a ( 0, chama-se uma equação do segundo grau. Para resolvê-la, utilizamos a fórmula de Bhaskara: onde = b2 - 4ac (discriminante). Há três casos: - se > 0, a equação tem duas raízes reais distintas: e - se = 0, a equação tem uma única raiz real: . - se < 0, a equação não tem raízes reais. Exemplo 1.3: Resolva as seguintes equações em R 3x2 - 4x + 1 = 0, 4x2 - 12 x + 9 = 0, x2 - 4x + 7 = 0. Resolução: Exercícios: 1. Resolva a equação em R a) b) c) 2. Resolva as equações do segundo grau em R. a) x2 + 4x = 0 b) x2 = 9 c) 6x2 - x - 1 = 0 d) 25x2 + 10x + 1 = 0 e) 8x2 + 39x - 5 = 0 f) x2 + x = 3x3 g) x2 + 3. Fatore a) x2 - 9 b) 2x2 + 5x - 3 c) x2 - 5x + 6 5. DESIGUALDADES Há uma ordenação para o conjunto R1 efetuada através de uma relação indicada pelos símbolos < (leia “é menor que”) e > (leia “é maior que”), os quais estão definidos por: a < b significa b – a é positivo a > b significa a – b é positivo Exemplo1.4 3 < 5, pois, 5 – 3 = 2, e 2 é positivo -10 < -6, pois, -6 –(-10) = 4, e 4 é positivo. Vemos que a < b se e somente se o ponto na reta real que representa o número a estiver a esquerda do representado por b. Por exemplo, o número 3 é menor do que o número 5, e o ponto 3 está à esquerda do ponto 5. Os símbolos ( (leia “é menor que ou igual a”) e ( (leia “é maior que ou igual a”) são definidos por: a ( b se, e somente se, ou a < b, ou a = b a ( b se, e somente se, ou a > b, ou a = b. Propriedades. Sejam a, b, c, d ( R. Se a > b e b > c, então a > c. Se a > b e c < 0, então ac < bc. Se a > b e c > 0, então ac > bc. Se a > b, então a + c > b + c para todo real c. Se a > b e c > d, então a + c > b + d. Se a > b > 0 e c > d > 0, então ac > bd. Prova da propriedade i. Se a > b, por definição, (a – b) > 0. Se b > c, por definição, (b – c) > 0. Como a soma de dois números positivos é sempre positivo, temos (a – b) + (b – c) > 0, ou a – c > 0 ( a > c. Inequação linear Exemplo 1.5: Resolva a inequação -3x + 4 < 0 em R. Resolução: Passando 4 para o segundo membro e trocando o sinal, temos -3x < -4 multiplicando por -1 ambos os membros da inequação, temos 3x > 4 dividindo por 3 ambos os membros da inequação, temos x > 4/3, que é solução da inequação. Visualize a resposta geometricamente. Inequação quadrática Cada uma das inequações ax2 + bx + c < 0, ou com qualquer um dos outros tipos de desigualdades (>, ( ou (), onde a, b, c ( R, com a ( 0, chama-se inequação quadrática ou inequação do segundo grau. Para resolver estas inequações temos três casos Caso 1: > 0. Neste caso, a equação ax2 + bx + c = 0 tem duas raízes reais distintas x1 e x2, com x1 < x2. Daí, podemos formar o trinômio f(x) = ax2 + bx + c = a(x - x1)(x - x2). Os sinais das expressões podem ser vistos no seguinte quadro x1 x2 (x - x1) - + + (x - x2) - - + (x - x1)(x - x2) + - + Portanto, Se a > 0, o sinal de f(x) é o mesmo do produto (x - x1)(x - x2), ou seja, f(x) > 0 se x < x1 ou x > x2 e f(x) < 0 se x1 < x < x2. Se a < 0, o sinal de f(x) é o contrário do sinal do produto, ou seja, f(x) > 0 se x1 < x < x2, e f(x) < 0 se x < x1 ou x > x2. Exemplo 1. 6: a) Resolva a inequação 6x2 - x - 1 > 0 em R. Solução: Como = 25 > 0, esta equação tem duas raízes reais e distintas, a saber, x1 = -1/3 e x2 = 1/2. Quadro: -1/3 1/2 (x + 1/3) - + + (x - 1/2) - - + (x + 1/3)(x - 1/2) 6(x + 1/3)(x - 1/2) Portanto, f(x) = 6x2 - x - 1 > 0 ( ........... b) Resolva a inequação -2x2 + 5x - 3 ( 0 Solução: Como = 1 > 0, esta equação tem duas raízes reais e distintas, a saber, x1 = 1 e x2 = 3/2. Quadro: 1 3/2 (x - 1) - + + (x - 3/2) - - + (x - 1)(x - 3/2) (-2)(x - 1)(x - 3/2) Portanto, os pontos x tais que 1 ( x ( 3/2 formam o conjunto solução da inequação dada. Caso 2: = 0. Neste caso, a equação ax2 + bx + c = 0 tem uma única raiz, x1, então, podemos fatorar o trinômio f(x) = ax2 + bx + c = a(x - x1)2. Daí, o sinal de f(x) é o mesmo de a. Isto é, se a > 0, então f(x) > 0 para x ( x1; se a < 0, então f(x) < 0 para x ( x1. Exemplo 1. 7: Resolva a inequação 2x - x2 < 1 em R. Esta inequação é equivalente a x2 - 2x + 1 > 0. Como o discriminante da equação x2 - 2x + 1 = 0 é = 0, a equação tem uma única raiz, x1 =1. Portanto, se x ( 1, (x - 1)2 > 0 e consequentemente 2x - x2 < 1. Segue-se que o conjunto solução da inequação é R - {1}. Caso 3: < 0. Neste caso o sinal de f(x) é o mesmo do coeficiente dominante a. Isto é Se a > 0, f(x) > 0, para todo x ( R. Se a < 0, f(x) < 0, para todo x ( R. Exemplo 1. 8: Resolva a inequação x2 ( x - 1 em R. Solução: Como o discriminante da equação x2 - x + 1 = 0 é = - 3 < 0. Logo, como o coeficiente dominante é 1 > 0, x2 - x + 1 > 0, para todo número real x, o que significa que a inequação dada não tem solução real. Exercícios: 1. Resolva a inequação em R. a) 2x - 1 ( 5(x - 2) b) 1 - 2x ( 3x - 4 c) x/3 - x/2 < x/5 + 4 d)x/4 - x > x/5 e)(x + 3)/2 < (2 - x)/5 2. Resolva a inequação em R. a) (x + 1)(x + 2) > 0 b) (x - 1/2)(x - 2/3) ( 0 c) (x - 1)(x - 4) < 0 d) (1 - x)(x - 4) ( 0 e) x(x+1) < 0 3. Resolva a inequação em R a) x2 + 2x - 3 ( 0 b) 2x2 + 3x + 1 < 0 c) x2 - x + 8 ( 0 d) 3x2 + 2x + 5 > 0. INTERVALOS Intervalos são conjuntos infinitos de números reais como segue: Intervalo aberto. {x ( R ( a < x < b}, denota-se por (a, b) ou ]a, b[. Intervalo fechado. {x ( R ( a ( x ( b}, denota-se [a, b]. Intervalo fechado à direita e aberto à esquerda. {x ( R ( a < x ( b}, denota-se por (a, b] ou ]a, b]. Intervalos infinitos. {x ( R ( x > a}, denota-se por (a, +(). Exercícios Escreva na notação de intervalo o conjunto dos números reais x tais que. a) -1/2 ( x - 1 ( 1/2; b) -1/5 < x + 3 < 1/5; c) x - 3 ( 0; d) x + 2 > 0; e) 3 + 7x < 8x + 9; f) 7 < 5x +3 ( 9; g) ; h) (x + 5)(x – 3) > 0. 2. Descreva em termos de desigualdades os intervalos a) ]-10, 5[ b) [-3, 6] c) [0, 9] d) [-4, 8[ e) ]-5, +([ 3. Determine a interseção dos intervalos I e J a) I = [-5, 7/2], J = ]0, 25/3[ b) I = ]-3, 3], J = [3, 4] c) I = ]- (, 5/8], J = ]3/7, +([ 7. VALOR ABSOLUTO O conceito de valor absoluto de um número aparece em algumas definições importantes no estudo de cálculo. O valor absoluto de x, cuja notação é , está definido por Segue, da definição, que o valor absoluto de um número é um número positivo ou zero; isto é um número não negativo. Observe que . Por exemplo, e . Propriedades Se a > 0 : < a ( - a < x < a > a ( x > a ou x < - a. Equação modular é uma equação na qual aparece efetivamente o módulo de algum número real. Exemplo 1. 9: Resolva a equação . Solução: Exemplo 1. 10: Resolva a equação . Solução: Temos, = ((2x + 3) e = ((3x - 4). Aparentemente são 4 casos a considerar: +(2x + 3) = +(3x - 4) +(2x + 3) = -(3x - 4) -(2x + 3) = +(3x - 4) -(2x + 3) = -(3x - 4). Observe que a segunda e a terceira equações são equivalentes entre si e a primeira e a última também. Então há somente dois casos a considerar: 10 caso: +(2x + 3) = +(3x - 4), em que x = 7. 20 caso: +(2x + 3) = -(3x - 4), ou x = 1/5. Logo, a equação tem duas soluções: 1/5 e 7. Inequação modular é uma inequação onde aparece o módulo de algum número real. Exemplo 1. 11: Resolva a inequação . Solução: o é equivalente a -4 ( 3x - 1 ( 4 ou 1 - 4 ( 3x ( 4 +1 ou -3 ( 3x ( 5 ou -1 ( x ( 5/3. Exemplo 1. 12: Resolva a inequação Solução: Primeiro substituímos a desigualdade pela igualdade e encontramos as raízes 2x + 1 = 3x - 4 ( x = 5 e 2x + 1 = -(3x - 4) ( x = 3/5. Após determinar os intervalos (-(, 3/5]; [3/5, 5]; [5, () atribuir um valor a cada subintervalo. Se o valor satisfaz a inequação então satisfaz para todos os valores daquele intervalo, caso contrário não vale para nenhum ponto do intervalo. No exemplo, tomamos os pontos x1 = 0 do primeiro intervalo, temos então falso. Seja x2 = 2 do segundo intervalo, temos verdadeiro. Seja x3 = 6 do terceiro intervalo, temos falso. Portanto o intervalo fechado [3/5, 5] é o conjunto solução da inequação. Exercícios: 1. Resolva as seguintes equações para x. a) b) c) d) e) 2. Resolva as seguintes inequações a) b) c) d) e) f) 8. O PLANO NUMÉRICO Abordaremos agora pares ordenados de números reais. Dois números reais quaisquer formam uma dupla, e quando a ordem da dupla de número reais é especificada, nós a chamaremos uma dupla ordenada de números reais. Se x for o primeiro número real e y o segundo, denotamos esta dupla por (x, y). Observe que a dupla ordenada (3, 7) é diferente da dupla ordenada (7, 3). O conjunto de todas as duplas ordenadas é chamado plano numérico, e cada dupla ordenada (x, y) é chamada um ponto no plano numérico. O plano numérico é notado por R2. Da mesma forma que em R1 onde podia-se identificar através de um eixo (um espaço unidimensional), podemos identificar R2 com os pontos em um plano geométrico (um espaço bidimensional). Uma reta horizontal é escolhida no plano geométrico e é chamada eixo x. Uma reta vertical é escolhida e chamada eixo y. O ponto de intercessão do eixo x com o eixo y é chamado origem, sendo denotada pela letra (. Uma unidade de comprimento é escolhida (normalmente a unidade de comprimento em cada eixo é a mesma). Estabelecemos a direção positiva sobre o eixo x à direita da origem, e a direção positiva sobre y acima da origem, conforme Figura 1.2. y x (abscissa de P) P(x, y) y (ordenada de P) x O Figura 1.2 Figura 1.3 Associamos agora uma dupla ordenada de números reais (x, y) com o ponto P no plano geométrico, conforme Fig. 1.3. A distância de P ao eixo y (considerada positiva se P está à direita do eixo y e negativa se P está à esquerda do eixo y) é chamada abscissa (ou coordenada x) de P, sendo denotada por x. A distância de P ao eixo x é chamada ordenada (ou coordenada y) de P, sendo denotada por y. A abscissa e a ordenada de um ponto são chamadas coordenadas cartesianas retangulares do ponto. Há uma correspondência um a um entre os pontos do plano geométrico e R2. Os eixos x e y são chamados eixos coordenados. Eles dividem o plano em 4 partes chamadas quadrantes. Devido à correspondência um a um, R2 fica identificado com o plano geométrico, e por esta razão uma dupla ordenada (x, y) é chamada um ponto. Analogamente referimo-nos a uma reta em R2 como sendo o conjunto de todos os pontos correspondentes à reta no plano geométrico, e usamos outros termos geométricos para conjuntos de pontos em R2. Exemplo 1.12 Faça o gráfico dos pontos (-6, 0), (-8, -6), (-4, 5), (0, -4), (1,2), (2, 0), (9, -7) e (8, 5). Consideremos a equação y = x2 – 2 (1) Onde (x, y) é um ponto em R2 . Nós a chamamos uma equação em R2. Para solucionar esta equação, determinamos uma dupla ordenada de números, um para x e outro para y, que satisfazem a equação. Por exemplo, se x é substituído por 3 na equação (1), vemos que y = 7; assim o ponto (3, 7) constitui uma solução da equação. Para qualquer número que substituir x no lado direito de (1), obteremos um valor correspondente para y. Vê-se, então, que (1) tem um número ilimitado de soluções. A Tabela 1.1 nos mostra algumas destas soluções. Tabela 1.1 x 0 1 2 3 4 -1 -2 -3 -4 y = x2 – 2 -2 -1 2 7 14 -1 2 7 14 Se fizermos um esquema dos pontos tendo por coordenadas os pares de números (x, y) satisfazendo (1), teremos um esboço do Figura1.4 gráfico da equação. Na figura 1.4 fizemos um mapa dos pontos cujas coordenadas são os pares de números obtidos da tabela 1.1. Estes pontos estão ligados por uma curva suave. Qualquer ponto (x, y) desta curva tem coordenadas que satisfazem (1). Também, as coordenadas de um ponto fora desta curva não satisfazem a equação. O gráfico de (1), mostrado na fig. 1.4, é uma parábola. O gráfico de uma equaçãoem R2 é o conjunto de todos os pontos (x, y) em R2 cujas coordenadas são números que satisfazem a equação. Tal gráfico é também chamado uma curva. Exemplo 1.13 Faça um esboço do gráfico da equação y2 –x –2 = 0. (2) EQUAÇÕES DE UMA RETA Há situações nas quais a taxa de variação de uma quantidade com relação a outra é constante. Exemplo 1.14 Suponhamos que custa R$ 15,00 para fabricar um determinado produto além de uma despesa fixa diária de R$ 400,00. Então, se x unidades forem produzidas por dia e y reais for o custo total diário para o fabricante, pode-se equacionar este problema assim: y = 15x + 400 Algumas das soluções desta equação são dadas na tabela 1.2 Tabela 1.2 x (unidades) 0 10 20 30 40 y = 15x + 400 (custo) 400 550 700 850 1.000 Na figura 1.5 marcamos os pontos cujas coordenadas são as duplas numéricas da Tabela 1.2 e ligamos estes pontos obtendo uma linha reta. Podemos observar que cada aumento de 10 unidades para x, y aumenta em 150 unidades ou, de forma equivalente, para cada aumento de 1 unidade em x, y aumenta em 15 unidades. Fig. 1.5 Esta taxa de variação constante é chamada a inclinação da reta. Definição de inclinação de uma reta Do pressuposto de que dois pontos distintos P1(x1, y1) e P2(x2, y2) definem uma reta l e que esta não seja paralela ao eixo y, então a inclinação de l, denotada por m, será dada por m1 = tg(() = = m1 = (1) y2 – y1 Se tomarmos quaisquer outros dois pontos sobre a reta temos a mesma inclinação, logo, é verdade que �� EMBED Equation.3 x1 x2 x Multiplicando ambos os lados da equação na definição acima por x – x1 obtemos y – y1 = (x – x1) (2) Ou substituindo por m, obtemos y – y1 = m (x – x1) (3) A equação (3) é chamada a equação da reta dada por um ponto e a inclinação. A distância entre dois pontos pode ser calculada usando a relação do triângulo retângulo, “o quadrado da hipotenusa é igual a soma do quadrado dos catetos”, assim a distância (d) entre P1 e P2 pode ser expressa por: d = (4) POSIÇÕES RELATIVAS DAS RETAS NO PLANO As retas: r: A1x + B1y + C1 = 0 e s: A2x + B2y + C2 = 0, (5) de um plano podem ser concorrentes quando a intersecção entre elas é um único ponto P0(xo, yo). As coordenadas desse ponto podem ser obtidas resolvendo-se o sistema de equações simultâneas A1x + B1y + C1 = 0 A2x + B2y + C2 = 0 (6) neste caso o sistema deve ser consistente e determinado (uma única solução). As retas dadas em (5) são paralelas quando não existe intersecção entre elas. Neste caso o sistema de equações simultâneas (6) não apresenta solução alguma. Quando o sistema (6) for consistente, mas indeterminado (infinitas soluções), as retas são ditas coincidentes. Obs. Dadas duas retas: r1 com inclinação m1 e r2 com inclinação m2: diz-se que r1 é paralela a r2 quando m1 = m2, e r1 é perpendicular a r2 quando m1m2 = -1 Exemplo 1.15 Dados A1(2, 3), B1(-1, -2) e A2(-1, 4), pede-se: A equação da reta r passando por A1B1 A equação da reta s passando por A2A1 O comprimento do segmento A1B1 A posição relativa das retas r e s A intersecção P de r e s. Exercícios 1) Faça um esboço das retas dadas e determine as coordenadas do ponto de intersecção de 6x – 5y – 6 = 0; 4x – 3y –2 = 0 3x + 2y = 2; 5x + 3y = 1 2) O fabricante de determinada mercadoria tem um custo total consistindo de despesas gerais semanais de R$ 3.000 e um custo de manufatura de R$ 25 por unidade. se x unidades são produzidas por semana e y é o custo total semanal, escreva uma equação relacionando x e y. Faça um esboço do gráfico da equação obtida em a) 3) O custo total para um fabricante consiste de um custo de manufatura de R$ 20 e de uma despesa diária fixa. Se o custo total para se produzir 200 unidades em um dia é R$ 4.500,00, determine a despesa diária fixa. Se x unidades são produzidas diariamente e se y é o custo total diário, escreva uma equação relacionando x e y. Faça um esboço do gráfico da equação da parte b) Faça o exercício 3, supondo que o custo do fabricante seja R$ 30,00 por unidade e o custo total ao se produzirem 200 unidades em 1 dia seja R$ 6.600,00. Dados dois vértices consecutivos de um quadrado A1(0, 3) e A2(3, 0), encontre as coordenadas dos outros dois vértices. Regras adicionais, se a, b ( R, então � EMBED Equation.3 ��� � EMBED Excel.Sheet.8 ��� � EMBED Excel.Sheet.8 ��� y P2 P1 ( x2 - x1 Fig. 1.6 _1042656035.unknown _1042731775.unknown _1042874758.unknown _1043817745.unknown _1061632123.unknown _1233067943.unknown _1233068086.unknown _1454132447.unknown _1079718530.unknown _1079718726.unknown _1079718431.unknown _1061632012.unknown _1061632065.unknown _1043817989.unknown _1043818094.unknown _1043817768.unknown _1042876697.unknown _1043816361.unknown _1043816764.unknown _1042876747.unknown _1042876960.unknown _1042875872.unknown _1042876174.unknown _1042876248.unknown _1042876287.unknown _1042876367.unknown _1042876210.unknown _1042875936.unknown _1042875209.unknown _1042875251.unknown _1042875133.unknown _1042732741.unknown _1042734453.unknown _1042826903.unknown _1042732818.unknown _1042731911.unknown _1042732678.unknown _1042731812.unknown _1042660357.unknown _1042731514.unknown _1042731610.unknown _1042660906.unknown _1042661425.unknown _1042660440.unknown _1042658420.unknown _1042660064.unknown _1042660236.unknown _1042659203.unknown _1042656181.unknown _1042657069.unknown _1042656087.unknown _1042655253.unknown _1042655773.unknown _1042655907.unknown _1042655972.unknown _1042655851.unknown _1042655664.unknown _1042655699.unknown _1042655427.unknown _1000558748.unknown _1042654648.unknown _1042654919.unknown _1042655100.unknown _1042654765.unknown _1042654436.unknown _1042654560.unknown _1042654239.unknown _995281813.unknown _995283618.unknown _995288664.unknown _1000555788.unknown _995290777.unknown _995287194.unknown _995287886.unknown _995285553.xls Gráfico6 400 550 700 850 1000 y x y Plan1 x y x y -4 14 0 400 -3 7 10 550 -2 2 20 700 -1 -1 30 850 0 -2 40 1000 1 -1 2 2 3 7 4 14 Plan1 y Plan2 y x y Plan3 _995283468.unknown _995283557.unknown _995281854.unknown _995282292.unknown _995281730.unknown _995279665.xls Gráfico3 14 7 2 -1 -2 -1 2 7 14 y Plan1 x y -4 14 -3 7 -2 2 -1 -1 0 -2 1 -1 2 2 3 7 4 14 Plan1 y Plan2 Plan3 _995281175.unknown _995266565.unknown
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