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Aula 6 - TRAUMATOLOGIA FORENSE IV

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- Agentes físicos: lesões secundárias a energia térmica e elétrica
LESÃO POR ENERGIA TÉRMICA
Definição: lesões resultantes de energia por transferência de calor. 
Transferência de energia: diferença sustentada pelo tempo
Tipos:
Lesões induzidas pelo frio
Lesões induzidas pelo calor
1. Lesões Induzidas Pelo Frio
Ação generalizada: Hipotermia (sistêmico)
Ação localizada: Geladura
1.1. Hipotermia 
Alterações in vivo
Sonolência, 
Perturbação dos movimentos, 
Anestesia, 
Congestão, 
Sinais de anemia visceral
Convulsões
Necropsia
Hipóstases vermelho claras
Disjunção de suturas cranianas
Sangue pouco coagulado
Congestão nas câmaras cardíacas 
Espuma sanguínea em vias aéreas superiores (edema pulmonar)
Flictenas (bolhas) na pele
1.2. Geladura
Grau I: palidez ou rubefaçã, e pele de aspecto anserino
Grau II: eritema + flictenas
Grau III: necrose dos tecidos moles (debridar)
Grau IV: gangrena e/ou desarticulação (amputar)
2. Lesões Induzidas Pelo Calor
Tipos de Injúria
Ambiental: Insolação e Intermação
Focal: Queimadura
2.1. Calor Ambiental
Definição: lesão resultantes do ganho excessivo de calor pela vítima em níveis supra fisiológicos.
Finalidades:
- Diagnosticar lesões: in vivo ou post mortem
- Natureza jurídica: acidente, suicídio, homicídio.
- Estimar gravidade da lesão
Insolação: calor ambiental excessivo + local aberto (arejado) + excesso de vapor de água (não precisa ter sol)
Fisiopatogenia: dificuldade em dissipar calor
Intermação: intenso calor ambiental + local fechado (pouco arejado). Mais comum de ocorrer em alcoolistas.
Fisiopatogenia: lise da miosina cardíaca e destruição hemática, levando a coagulação vascular e anafilaxia, efeitos diretos no SNC ou metabolitos sanguíneos lisados.
2.2. Calor Direto
Definição: geram queimaduras de extensão variável.
Fontes: chama, calor irradiante, líquido escaldante, gases em altas temperaturas, sólidos quentes.
Regra dos 9 de Pulaski-Tennison (queimadura proporcional)
Cabeça: 9%
Tronco: 36%
MMSS: 9% em cada membro (18%)
MMII: 18% em cada membro (36%)
Pelve: 1%
Medição: palma da mão da vítima corresponde a 1% da área queimada
Classificação de Queimaduras de Hoffman
1° grau: eritema simples (Sinal de Christinson) com lesão restrita a epiderme e vasodilatação. Não evidenciada no cadáver.
2° grau: eritema + vesículas ou flictenas (bolhas) com líquido amarelo claro (Sinal de Chamber)
3° grau: coagulação necrótica (após algum tempo podem gerar cicatrizes de segunda intenção). Observa-se que este grau atinge o plano muscular e plano adiposo.
4° grau: carbonização em nível de plano ósseo.
Carbonização Generalizada
- Redução do corpo, posição de lutador (flexão dos membros), cabelos crestados (pelos enrolados), aberturas em cavidades, ossos fissurados, pele enegrecida que ressoa a percussão, desaparecimento do sulco nasogeniano. Comum amputação.
Perícia: como saber se o individuo estava vivo ou morto no momento da queimadura?
- Procurar outras lesões distintas da queimadura (RX obrigatório)
- Pesquisar se houve respiração durante à queimadura – óxido de carbono no sangue e fuligem nas vias respiratórias (Sinal de Montalt).
- Vísceras e sangue de cor vermelho-rútila (carboxihemoglobina elevada)
OBS 
- Os líquidos dirigem-se de cima para baixo, descrevendo contornos geográficos.
- As chamas dirigem-se de baixo para cima
- Queimaduras por calor irradiante respeitam o corpo (parte) coberto.
- Queimaduras por líquidos ou gases a altas temperaturas não são tão profundas, nem chamuscam pelos.
- Sinal de Werkgaertner
LESÕES TÉRMICAS POR ELETRICIDADE
Lesões por Eletricidade Natural
Fulguração: lesão por ação de descarga elétrica natural que não resulte em morte
Fulminação: morte por descarga elétrica natural
Lesões por Eletricidade Artificial
Eletrocussão: execução através de corrente elétrica
Eletroplessão: qualquer acidente que venha ou não a ter êxito letal.
Queimadura Elétrica/Efeito Joule: calor corrente pode gerar escara escura, apergaminhamento, de bordas nítidas, sem áreas de congestão ou flictenas.
Lesão cavitária, anfractuosa, porosa
Marca Elétrica: é o ponto de entrada/saída de eletricidade no corpo.
Obs: é frequente se encontrar o sinal de saída de descarga elétrica ao nível da planta dos pés.
Sinal de Jellineck: marca elétrica de entrada
Sinal de Piacentino: eletroplessão fatal, em geral no dorso, forma petéquias e vesículas
Sinal de Lichtenberg: fulminação (raio) forma um sinal em arborização (vasos subjacentes), sendo um sinal patognomônico.
- Imantação de objeto metálico em vítima de fulminação
- Catarata imediata por fulguração, devido a coagulação proteica.

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