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2020_SINOPSES PARA CONCURSOS - Medicina Legal


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Prévia do material em texto

WILSON LUIZ PALERMO 
FERREIRA
MEDICINA LEGAL
5 2
Edição
revista
atualizada
ampliada
2020
EDITORA
>PODIVM
www.editorajuspodivm.com.br
http://www.editorajuspodivm.com.br
1^1 EDITORA 
I f I >PODIVM
www.editorajuspodivm.com.br
Rua Território Rio Branco, 87 - Pituba - CEP: 41830-530 - Salvador - Bahia 
Tel: (71) 3045.9051
• Contato: https://www.editorajuspodivm.com.br/sac 
Copyright: Edições JusPODIVM
Conselho Editorial: Eduardo Viana Portela Neves, Dirley da Cunha Jr., Leonardo de Medeiros 
Garcia, Fredie Didier Jr., José Henrique Mouta, José Marcelo Vigliar, Marcos Ehrhardt Júnior, 
Nestor Távora, Robério Nunes Filho, Roberval Rocha Ferreira Filho, Rodolfo Pamplona Filho, 
Rodrigo Reis Mazzei e Rogério Sanches Cunha.
Diagramação: Ana Paula Lopes Corrêa (aninha_lopescorrea@hotmail.com)
Capa: Ana Caquetti 
ISBN: 978-85-442-3327-6
Todos os direitos desta edição reservados à Edições JusPODIVM.
É terminantemente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou 
processo, sem a expressa autorização do autor e da Edições JusPODIVM. A violação dos direitos 
autorais caracteriza crime descrito na legislação em vigor, sem prejuízo das sanções civis 
cabíveis.
http://www.editorajuspodivm.com.br
https://www.editorajuspodivm.com.br/sac
mailto:aninha_lopescorrea@hotmail.com
Agradecimentos
Se esta obra existe, d eve-se muito às pessoas que serão lem ­
bradas nestas breves linhas. Prim eiram ente, gostaria de agradecer 
à minha fam ília e à Érika Lopes, pelo apoio e com preensão nos 
momentos em que estive pesquisando e escrevendo os capítulos 
deste livro.
À Giselle Weber, por ter sido uma das grandes incentivadoras do 
meu estudo sobre Medicina Legal, tendo doado a base dos m ateri­
ais que guardo até hoje.
À Carolina Mediei, pela confiança de sem pre e pela minha in i­
ciação no magistério. Aos amigos de estudo e aos meus alunos, que 
sem pre alim entaram a id eia de escrever uma obra sobre Medicina 
Legal.
Aos amigos Marcus Vinícius Amim Fernandes e Tiago Dorigo, Del­
egados de Polícia Civil, que me auxiliaram na proposição de ab ord ­
agem de temas novos e atuais, ressaltando a aplicação prática da 
Medicina Legal na atividade concreta do Delegado de Polícia.
Ao casal Juarez Carrasco e Lana Serafim, profissionais da área 
de papiloscopia, que fizeram parte da revisão específica do tema 
neste livro.
Aos doutores Cabriela Graça e Carlos Durão, Médicos Legistas, 
pelo apoio, observações, com entários e fotografias gentilmente ce­
d idas para a quinta edição.
Finalmente, gostaria de agradecer aos profissionais integrantes 
da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo, da 
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, particularm ente àqueles 
que fazem parte dos Grupos Especiais de Local de Crime (GELC), em 
especial à minha equipe, por terem auxiliado a elucid ar os mais 
d iversos crim es cujos inquéritos estavam sob nossa responsabili­
dade. Merecem o meu respeito.
g ü i í í
r m i, c s*1?í. se r ie s
::d s 2 í ? c : f ? j ; ; ^ >oJi^ur: ■ 2í í í !'; ' *otrt*tyb
Coleção Sinopses 
para Concursos
A Coleção Sinopses para Concursos tem por finalidade a preparação 
para concursos públicos de modo prático, sistematizado e objetivo.
Foram separadas as principais matérias constantes nos editais e 
chamados professores especializados em preparação de concursos a 
fim de elaborarem, de forma didática, o material necessário para a 
aprovação em concursos.
Diferentemente de outras sinopses/resumos, preocupamo-nos em 
apresentar ao leitor o entendimento do STF e do STJ sobre os principais 
pontos, além de abordar temas tratados em manuais e livros mais 
densos. Assim, ao mesmo tempo em que o leitor encontrará um livro 
sistematizado e objetivo, também terá acesso a temas atuais e enten­
dimentos jurisprudenciais.
Dentro da metodologia que entendemos ser a mais apropriada para 
a preparação nas provas, demos destaques (em outra cor) às pala­
vras-chaves, de modo a facilitar não somente a visualização, mas, sobretu­
do, a compreensão do que é mais importante dentro de cada matéria.
Quadros sinóticos, tabelas comparativas, esquemas e gráficos são 
uma constante da coleção, aumentando a compreensão e a memo­
rização do leitor.
Contemplamos também questões das principais organizadoras de con­
cursos do país, como forma de mostrar ao leitor como o assunto foi cobra­
do em provas. Atualmente, essa "casadinha" é fundamental: conhecimento 
sistematizado da matéria e como foi a sua abordagem nos concursos.
Esperamos que goste de mais esta inovação que a Editora Juspodivm 
apresenta.
Nosso objetivo é sempre o mesmo: otimizar o estudo para que você 
consiga a aprovação desejada.
Bons estudos!
Leonardo Garcia
leonardo@ leonardogarcia.com.br 
www.leonardogarcia.com.br 
Instagram: @leomgarcia
mailto:leonardo@leonardogarcia.com.br
http://www.leonardogarcia.com.br
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ms cOíi-OTK .:;no-3iq .; gíw»j2s v ‘ j ? . ̂a ri^ io so .m o m n y y 1
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• sm -;i 3 • e im s^ 3 ;y.Lb: - y t ?3 Tgtrotíí sr- rrv.ís ,?c o ■ 
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. Sb£f9<3Õ P&JSVOlCj S ^3??f»cn
j s ie O o th E n o sI
■ yu mtjyr. - - jbicrvr v/-- v
Guia de leitura 
da Coleção
A Coleção foi elaborada com a metodologia que entendem os 
ser a mais ap rop riad a para a preparação de concursos.
Neste contexto, a Coleção contempla:
• DOUTRINA OTIMIZADA PARA CONCURSOS
Além de cada autor abordar, de m aneira sistem atizada, os 
assuntos triv iais sobre cada m atéria, são contem plados tem as atu­
ais, de sum a im portância para uma boa preparação para as provas.
Muitos dos conceitos do nosso Direito Administrativo foram 
concebidos ainda no período do Estado Liberal. Outra parte desse 
ramo jurídico foi concebida durante o Estado Social. A concepção 
democrática, hoje pretendida, exige a acomodação dos conceitos 
e normas tradicionais ao novo paradigma constitucional (Esta­
do Democrático de Direito), impondo uma "outra qualidade de 
Estado".
Perceber essa mutação no direito administrativo é um diferen­
cial que auxilia no estudo da matéria e no desenvolvimento do ju­
rista, sendo importante para a compreensão de algumas questões 
objetivas, além de essencial para questões suscitadas em prova 
subjetivas e orais, pelas melhores bancas. •
• ENTENDIMENTOS DO STF E STJ SOBRE OS PRINCIPAIS PONTOS
Segundo precedente do STF, é compatível com o princípio da 
impessoalidade, dispositivo de constituição Estadual que vede ao 
Estado e aos Municípios atribuir nome de pessoa viva a avenida, 
praça, rua, logradouro, ponte, reservatório de água, viaduto, praça 
de esporte, biblioteca, hospital, maternidade, edifício público, au­
ditórios, cidades e salas de aula (STF, ADI 307/CE, rei. Min. Eros Grau, 
13.2.2008).
10 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
• PALAVRAS-CHAVES EM OUTRA COR
As palavras mais importantes (palavras-chaves) são colocadas em 
outra cor para que 0 leitor consiga visualizá-las e memorizá-las mais 
facilmente.
Cargo é 0 local criado porlei dentro do serviço público que 
possui atribuições, nomenclatura e remuneração próprias.
0 cargo público, por sua vez, subdivide-se em cargo eletivo e 
em comissão.
• QUADROS, TABELAS COMPARATIVAS, ESQUEMAS E DESENHOS
Com esta técnica, 0 leitor sintetiza e mem oriza m ais facilmente 
os principais assuntos tratados no livro.
serviços sociais 
autônomos
org. sociais
OSCIP
UPF
CEBAS
• QUESTÕES DE CONCURSOS NO DECORRER DO TEXTO
Por meio da seção "Como esse assunto foi cobrado em concurso?" 
é apresentado ao leitor como as principais organizadoras de con­
curso do país cobram 0 assunto nas provas.
► Como esse assunto foi cobrado em concurso
No concurso para provimento do cargo de Procurador do Estado do Ceará 2008, 
foi considerada incorreta a seguinte assertiva. Ao criar uma autarquia, a adminis­
tração pública apenas transfere a ela a execução de determinado serviço público, 
permanecendo com a titularidade desse serviço.
Sumário
Parte I
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MEDICINA LEGAL
Capítulo I ► CONCEITO DE MEDICINA LEGAL.................................................... 25
1.1. Medicina Legal como ciência e como arte............................... 25
1.2. Denominações............................................................................... 26
1.3. Importância do estudo da medicina legal.............................. 26
Capítulo II ► DMSÃO DA MEDICINA LEGAL (ÂNGULOS, SEGUNDO GENIVAL FRANÇA).. 31
2.1. Ângulo histórico............................................................................ 31
2.2. Ângulo profissional....................................................................... 32
2.3. Ângulo doutrinário........................................................................ 32
2.4. Ângulo didático............................................................................. 32
2.4.1. Medicina Legal geral................................................... 32
2.4.2. Medicina Legal especial.............................................. 32
Capítulo III ► RELAÇÕES DA MEDICINA LEGAL COM OUTRAS CIÊNCIAS........... 35
3.1. Relações com a ciência médica................................................. 35
3.2. Relações com a ciência juríd ica................................................ 35
Capítulo IV ► HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA MEDICINA LEGAL............................. 37
4.1. No exterior.................................................................................... 37
4.1.1. Dos primórdios à Idade Moderna............................ 37
4.1.2. Nos séculos XVI, XVII e XVIII........................................ 40
4.1.3. Século XIX (maturidade da medicina legal)............ 41
4.2. No Brasil......................................................................................... 41
4.3. Evolução da Medicina Legal....................................................... 44
Capítulo V ► PERÍCIAS E PERITOS..................................................................... 45
5.1. Perícia médico-legal (definição)................................................ 45
5.2. Legislação....................................................................................... 48
5.3. P ro va s (a p ro va no p ro ce sso p e n a l) ............................................... 49
5.4. Peritos............................................................................................ 50
5.4.1. Definição........................................................................ 50
5.4.2. Responsabilidade civil dos peritos........................... 53
5.4.3. Responsabilidade penal envolvendo peritos........... 54
5.5. Assistente técnico........................................................................ 57
Capítulo VI ► CORPO DE DELITO........................................................................ 61
6.1. Definição....................................................................................... 61
12 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
6.2. Dispositivos legais do Código de Processo Penal sobre 0 tema. 61
6.3. Cadeia de custódia...................................................................... 65
6.3.1. Introdução..................................................................... 65
6.3.2. A cadeia de custódia propriamente d ita................. 66
6.3.3. A influência da cadeia de custódia no processo penal. 78
6.3.3.1. A quebra da cadeia de custódia diante
da inexistência de máculas anteriores 
(quebra propriamente dita)................... 83
6.3.3.2. A quebra da cadeia de custódia diante
da existência de máculas anteriores.... 86
Capítulo VII ► DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS.................................................. 89
7.1. Definição........................................................................................ 89
7.2. Tipos de documentos médico-legais........................................ 89
7.2.1. Notificações................................................................... 89
7.2.2. Atestados (administrativos, judiciais e oficiosos).. 90
7.2.3. Prontuário..................................................................... 92
7.2.4. Relatório........................................................................ 92
7.2.5. Consulta médico-legal................................................. 95
7.2.6. Pareceres....................................................................... 95
7.2.7. Depoimento o ra l.......................................................... 96
7.2.8. Atestado ou declaração de óbito............................. 96
Parte II
ANTROPOLOGIA FORENSE
Capítulo VIII ► IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO HUMANA................................. 103
8.1. Conceito de identidade................................. 103
8.2. Conceito de identificação........................................................... 103
8.2.1. Postulados da identificação....................................... 103
8.3. Identificação médico-legal.......................................................... 104
8.3.1. Identificação quanto à espécie................................. 104
8.3.2. Identificação quanto à raça....................................... 106
8.3.3. Identificação quanto ao sexo..................................... 112
8.3.3.1. Tipos de sexo............................................. 112
8.3.3.2. Identificação do sexo em despojos hu­
manos.......................................................... 113
8.3.4. Identificação quanto à idade..................................... 115
8.3.5. Identificação quanto à estatura................................ 116
8.3.6. Identificação por D NA, arcada dentária, sinais indi­
viduais, sinais profissionais e tatuagens................. 117
8.4. Identificação Judiciária............................................................... 118
8.4.1. Processos antigos......................................................... 118
8.4.2. Sistema antropométrico de Bertillon........................ 118
8.4.3* Sistema datiloscópico de Juan Vucetich.................. 119
Sumário 13
8.5. Perícias biométricas..................................................................... 127
8.5.1. Introdução..................................................................... 127
8.5.2. Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
Digitais............................................................................ 127
8.6. Tafonomia....................................................................................... 129
8.7. Noções de osteologia.................................................................. 129
Parte III
TRAUMATOLOGIA FORENSE
Capítulo IX ► INTRODUÇÃO À TRAUMATOLOGIA FORENSE.................................. 133
9.1. Generalidades............................................................................... 133
9.2. Energias vulnerantes e suas classificações............................. 134
Capítulo X ► LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO CONTUNDENTE (ENERGIA ME­
CÂNICA)...............................................................................................................137
10.1. Introdução..................................................................................... 137
10.2. Rubefação..................................................................................... 137
10.3. Equimose........................................................................................ 137
10.3.1. Evolução cromática das equimoses: Espectro equi-
mótico de Legrand du Saulle....................................... 139
10.3.2. Tipos de equimoses.................................................... 141
10.4. Hematoma...................................................................................... 146
10.5. Bossas............................................................................................ 146
10.6. Escoriação..................................................................................... 147
10.7. Ferida contusa............................................... 149
10.8. Entorse........................................................................................... 150
10.9. Luxação.......................................................................................... 150
10.10. Fraturas.......................................................................................... 151
10.11. Rupturas viscerais........................................................................ 152
10.12. Lesões provocadas por martelo............................................... 152
10.13. Defenestração............................................................................... 152
10.14. Encravamento............................................................................... 155
10.15. Empalamento................................................................................ 155
10.16. Lesões por acidente aéreo........................................................ 155
Capítulo XI ► LESÕES PRODUZIDAS POR INSTRUMENTOS CORTANTES............ 157
11.1. Características............................................................................... 157
11.2. Sinais de Romanese, Lacassagne e GILVAZ.............................. 158
11.3. Lesões de defesa e hesitação................................................... 160
11.4. Esgorjamento................................................................................ 162
11.5. Degolamento................................................................................. 163
Capítulo XII ► LESÕES PRODUZIDAS POR INSTRUMENTOS PERFURANTES........ 165
12.1. Introdução.................................................................................... 165
14 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
12.2. Instrumento perfurante de pequeno calibre.......................... 165
12.3. Instrumento perfurante de médio calibre.............................. 166
12.3.1. Leis de Filhos e Langer................................................ 166
Capítulo XIII ► LESÕES PRODUZIDAS POR INSTRUMENTOS PERFUROCORTANTES..... 169
13.1. Introdução..................................................................................... 169
13.2. Instrumentos perfurocortantes (um, dois ou mais gumes).. 169
Capítulo XIV ► LESÕES PRODUZIDAS POR INSTRUMENTOS CORTOCONTUNDENTES..... 171
14.1. Introdução..................................................................................... 171
14.2. Decapitação.................................................................................. 171
14.3. Espostejamento............................................................................ 173
14-4- Esquartejamento............................................................................ 174
Capítulo XV ► LESÕES PRODUZIDAS POR INSTRUMENTOS PERFUROCONTUNDENTES.. 175
15.1. Introdução..................................................................................... 175
15.2. Lesões provocadas por projéteis de arma de fogo............. 175
15.2.1. Noções de Balística Forense...................................... 175
15.2.1.1. Histórico, conceito e causa jurídica....... 175
15.2.1.2. Diferenças entre os armamentos e muni­
ções............................................................. 176
15.2.1.3. Características dos armamentos........... 179
15.2.1.4. Decretos Federais relacionados à Lei n° 
10.826/03 (Estatuto do Desarmamento). 181
15.2.1.5. Características das munições................. 185
15.2.1.6. EstriaçÕes................................................... 191
15.2.1.7. Centro de massa e centro de pressão.. 194
15.2.1.8. Movimentos e forças que atuam no P.A.F... 194
15.2.2. Estudo das lesões provocadas por projétil de arma
de fogo.......................................................................... 195
15.2.2.1. Lesões de entrada.................................... 195
15.2.2.2. Lesões de saída provocadas por projé­
teis de arma de fogo............................... 210
Capítulo XVI ► LESÕES PRODUZIDAS POR PROJÉTEIS DE ARMA DE FOCO DE 
ALTA ENERGIA.......................................................................................................................... 215
16.1. 0 projétil de arma de fogo de alta energia. Conceito.......... 215
16.2. Breve histórico sobre 0 desenvolvimento dos armamentos... 216
16.3. Principais diferenças entre os P.A.F. de alta energia na atua­
lidade............................................................................................. 217
16.4. Lesões de entrada produzidas por P.A.F. de alta energia.... 219
16.4.1. Lesões de entrada sem anteparo ósseo ou rígido.. 219
16.4.2. Lesões de entrada com anteparo ósseo ou rígido.. 220
16.4.3. Cavitação....................................................................... 220
16.4.4. Lesões de saída produzidas por P.A.F. de alta energia 222
16.4.4.1. Lesões de saída sem fragmentação ou
deformação do projétil............................ 222
Sumário 15
16.4.4.2. Lesões de saída com fragmentação ou
deformação do projétil............................ 224
Capítulo XVII ► LESÕES E MORTE POR EXPLOSIVOS (BLAST INJURY).............. 227
17.1. Conceito......................................................................................... 227
17.2. Blast primário, secundário e terciário..................................... 227
17.3. Blast nos órgãos............................................................................ 229
Capítulo XVIII ► LESÕES E MORTE POR AÇÃO TÉRMICA (ORDEM FÍSICA)........ 231
18.1. Conceito e principais causadores de lesão térmica............. 231
18.2. Ação do calor................................................................................ 231
18.2.1. Termonoses (atuação do calor de modo difuso)... 231
18.2.1.1. Caimbra....................................................... 231
18.2.1.2. M iliária........................................................ 231
18.2.1.3. Síncope térmica......................................... 232
18.2.1.4. Intermação................................................. 232
18.2.1.5. Insolação.................................................... 232
18.2.2. Queimaduras (atuação do calor de modo direto). 233
18.2.2.1. Classificação em graus............................. 234
18.2.2.2. Classificação de Krisek............................ 239
18.3. Lesões provocadas pela ação do frio...................................... 240
18.3.1. De forma difusa (hipotermia).................................... 240
18.3.2. Lesões provocadas pelo frio de forma direta........ 241
18.3.2.1. Classificação em graus das lesões pro­
vocadas pela ação direta do frio.......... 241
Capítulo XIX ► LESÕES E MORTE POR BAROPATIAS.......................................... 243
19.1. Introdução...................................................................................... 243
19.2. Situações de diminuição da pressão atmosférica................. 243
19.3. Situações de aumento da pressão atmosférica.................... 245
19.3.1 Generalidades.............................................................. 245
19.3.2 Embolia traumáticapelo a r ....................................... 246
19.4. Barotrauma................................................................................... 247
Capítulo XX ► LESÕES E MORTE POR AÇÃO ELÉTRICA...................................... 249
20.1. Introdução (ação elétrica e ação térmica)............................. 249
20.2. Eletricidade natural..................................................................... 249
20.3. Eletricidade industrial (eletroplessão)..................................... 250
20.3.1. Lesões produzidas nas correntes de alta tensão,
média tensão e baixa tensão.................................... 251
Capítulo XXI ► LESÕES CORPORAIS (ART. 129 DO CÓDIGO PENAL).................. 253
21.1. Introdução...................................................................................... 253
21.2. Lesão corporal leve (art. 129, caput, do CP)........................... 254
21.3. Lesões corporais graves (art. 129, § 1°, do CP)....................... 255
16 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
21.3.1. Incapacidade para as ocupações habituais, por
mais de 30 dias (art. 129, § 1°, I, do CP).................. 255
21.3.2. Perigo de vida (art. 129, § 1°, II, do CP)................... 257
21.3.3. Debilidade permanente de membro, sentido ou
função (art. 129, § 1°, III, do CP)................................ 258
21.3.4. Aceleração de parto (art. 129, § í», IV, do CP)....... 259
21.4. Lesões corporais gravíssimas (art. 129, § 2°, do CP)............ 260
21.4.1. Incapacidade permanente para 0 trabalho (art.
129, § 2°, I, do CP)....................................................... 261
21.4.2. Enfermidade incurável (art. 129, § 2°, II, do CP)..... 261
21.4.3. Perda ou inutilização de membro, sentido ou fun­
ção (art. 129, § 2°, III, do CP)...................................... 261
21.4.4. Deformidade permanente (art. 129, § 2°, IV, do CP)... 262
21.4.5. Aborto (art. 129, § 2°, V, do CP)................................ 262
21.5. Lesões corporais (demais parágrafos).................................... 263
21.6. Questões específicas sobre lesões corporais......................... 266
21.7. A perícia da dor............................................................................ 267
21.8. Quesitos oficiais no caso de lesões corporais........................ 269
Capítulo XXII ► ENERGIA DE ORDEM BIOQUÍMICA........................................... 271
22.1. Conceito......................................................................................... 271
22.2. Perturbações alimentares.......................................................... 271
22.3. Autointoxicações.......................................................................... 271
22.4. Infecções........................................................................................ 272
22.5. Castração química........................................................................ 272
Capítulo XXIII ► ENERGIAS DE ORDEM BIODINÂMICA...................................... 273
23.1. Choque........................................................................................... 273
Capítulo XXIV ► SÍNDROME DE MAUS-TRATOS À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE...... 275
24.1. Conceito, etiologia e principais formas (abusos sexuais, le­
sões corporais, privação de alimentos)................................. 275
24.2. Síndrome de Silverman-Caffey.................................................. 276
24.3. Tortura............................................................................................ 277
24.4. Maus-tratos................................................................................... 277
Capítulo XXV ► LESÕES E MORTE POR ENERGIA RADIANTE............................. 279
25.1. Divisão em graus......................................................................... 279
Parte IV
SEXOLOGIA FORENSE
Capítulo XXVI ► ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE 
SEXUAL................................................................................................................. 283
26.1. Introdução..................................................................................... 283
26.2. Estupro........................................................................................... 283
26.2.1. Diagnóstico de conjunção carnal e ato libidinoso
diverso de conjunção carnal..................................... 283
26.2.2. Perícia nos casos de conjunção carnal.................... 285
26.2.3. Hímen............................................................................. 287
26.2.4. Esperma......................................................................... 290
26.2.5. Lesões anais e perianais (atos libidinosos diversos
da conjunção carnal).................................................. 292
Capítulo XXVII ► ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS DO CASAMENTO (HIMENEOLOGIA) .. 293
27.1. Introdução..................................................................................... 293
27.2. Impedimentos matrimoniais...................................................... 293
27.2.1. Dirimentes absolutos ou públicos............................ 293
27.2.2. Dirimentes relativos ou particulares....................... 294
27.2.3. Causas suspensivas (impedimentos proibitivos)... 295
27.3. Impotência.................................................................................... 296
27.3.1. Coeundi.......................................................................... 296
27.3.2. Generandi e concipiendi.............................................. 298
Capítulo XXVIII ► ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS DA GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉ-
RIO .................................................................................................................... 301
28.1. Conceito de gravidez................................................................... 301
28.2. Sinais de probabilidade de gravidez....................................... 301
28.3. Sinais de certeza de gravidez................................................... 302
28.4. Fenômenos anômalos da gravidez........................................... 303
28.5. Simulação, dissimulação e metassimulação........................... 303
28.6. Parto e puerpério........................................................................ 304
28.6.1. Parto recente............................................................... 304
28.6.2. Parto antigo................................................................... 305
28.7. Puerpério recente, tardio e antigo.......................................... 305
Capítulo XXIX ► ABORTO (ART. 124 E SEGUINTES DO CP)............................... 307
29.1. Introdução..................................................................................... 307
29.2. Conceito e importância médico-legal....................................... 308
29.3. Tipos de aborto......................................... <................................. 310
29.3.1. Aborto terapêutico/legal (art. 12 8 ,1, do CP)............ 310
29.3.2. Aborto sentimental, art. 128, II, do CP........................ 310
29.3.3. Aborto eugênico............................................................ 310
29.3.4. Aborto social................................................................. 311
29.3.5. Aborto por motivo de honra....................................... 311
29.3.6. Aborto culposo.............................................................. 311
29.3.7. Aborto preterdoloso.................................................... 312
29.4. Meios abortivos........................................................................... 312
29.5. Diagnóstico do aborto................................................................ 313
29.5.1. Aborto recente.............................................................. 313
29.5.2. Aborto antigo................................................................ 315
Sumário 17
18 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira29.6. Aborto retido (litopédio)............................................................ 315
29.7. Maceração fetal............................................................................ 316
Capítulo XXX ► INFANTICÍDIO............................................................................... 317
30.1. Conceito e previsão legal........................................................... 317
30.2. Estado puerperal x puerpério................................................... 317
30.3. Psicose puerperal........................................................................ 319
Capítulo XXXI ► PROVAS DE VIDA..................................................................... 321
31.1. Conceito e importância médico-legal....................................... 321
31.2. Provas de vida intraparto.......................................................... 321
31.2.1. Tumor do parto............................................................ 321
31.3. Provas de vida extrauterina....................................................... 322
31.3.1. Docimásias..................................................................... 322
31.3.1.1. Pulmonares................................................ 322
31.3.1.2. Extrapulmonares....................................... 324
31.3.1.3. Circulatórias............................................... 325
31.4. Idade do concepto...................................................................... 325
Capítulo XXXII ► PARAFILIAS.............................................................................. 327
32.1. Conceito, importância médico-legal e principais causas...... 327
32.2. Classificação (segundo Lacassagne)......................................... 327
32.2.1. Quanto à quantidade.................................................. 327
32.2.2. Quanto à qualidade.................................................... 327
32.3. Tipos mais comuns de parafilias............................................... 328
32.4. Transexualismo............................................................................. 332
Parte V
ASFIXIOLOGIA FORENSE
Capítulo XXXIII ► ASFIXIAS (ENERGIA DE ORDEM FÍSICO-QUÍMICA). PARTE 
GERAL.................................................................................................................. 339
33.1. Conceito de asfixias..................................................................... 339
33.2. T r ía d e a s f íx ic a .............................................................................................. 340
33.3. Sinais gerais da asfixia............................................................... 340
33.4. Classificação das asfixias (segundo Afrânio Peixoto)............ 342
Capítulo XXXIV ► ASFIXIAS PURAS.................................................................... 343
34.1. Asfixia em ambientes por gases irrespiráveis........................ 343
34.2. Asfixia por obstaculização à penetração do ar nas vias res­
piratórias ....................................................................................... 345
34.3. Asfixia por transformação do meio gasoso em meio líquido
(afogamento)................................................................................ 347
34-4- Asfixia por transformação do meio gasoso em meio sólido
ou pulverulento (soterramento)............................................... 353
Sumário 19
Capítulo XXXV ► ASFIXIAS COMPLEXAS............................................................ 355
35.1. Asfixia por constrição passiva do pescoço exercida pelo
peso do corpo (enforcamento)................................................. 355
35.1.1. Conceito e causa jurídica da morte.......................... 355
35.1.2. Tipos de enforcamento............................................... 358
35.1.3. Enforcado branco x enforcado azul.......................... 361
35.2. Asfixia por constrição ativa do pescoço exercida pela força
muscular (estrangulamento)....................................................... 361
35.2.1. Conceito, causa jurídica e sinais particulares........ 361
Capítulo XXXVI ► ASFIXIAS MISTAS (ESGANADURA)......................................... 365
36.1. Conceito e causa jurídica............................................................ 365
36.2. Sinais particulares....................................................................... 365
Parte VI
TOXICOLOGIA FORENSE
Capítulo XXXVII ► TOXICOLOGIA FORENSE......................................................... 369
37.1. Conceito de cáustico e veneno................................................. 369
37.2. Formas de penetração do veneno no organismo e vias de
eliminação...................................................................................... 371
37.3. Conceito de envenenamento.................................................... 372
37.4. Síndrome do Body packer........................................................... 372
37.5. Elementos químicos que podem causar danos ao organismo.... 374
37.5.1. Arsênico......................................................................... 374
37.5.2. Chumbo......................................................................... 374
37.5.3. Mercúrio........................................................................ 375
37.5.4. Cianeto.......................................................................... 375
37.6. Gases tóxicos................................................................................. 376
37.6.1. Gases de combate........................................................ 376
37.6.2. Gases industriais.......................................................... 376
37.6.3. Gases anestésicos........................................................ 376
37.6.4. Gases das habitações.................................................. 376
37.6.5. Perícia médico-legal nos casos de gases................ 377
Capítulo XXXVIII ► ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS DAS DROGADIÇÕES E DA 
EMBRIAGUEZ....................................................................................................... 379
38.1. Conceito de toxicofilia................................................................ 379
38.2. Principais drogas ilícitas e substâncias de uso e abuso....... 380
38.2.1. Classificação quanto aos efeitos.............................. 380
38.2.2. Principais tipos de tóxicos........................................ 381
38.3. Embriaguez alcoólica................................................................... 384
38.3.1. Definição acerca da imputabilidade......................... 384
38.3.2. Manifestações clínicas da embriaguez.................... 385
38.3.3. Fases da embriaguez.................................................. 386
20 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
38.3.4. Tolerância...................................................................... 387
38.3.5. Art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB)..... 388
38.3.6. Formas de embriaguez............................................... 391
38.3.7. Principais sinais do alcoolismo................................. 392
38.3.8. Formas de alcoolismo................................................. 393
Parte VII
PSICOLOGIA E PSIQUIATRIA FORENSE
Capítulo XXXIX ► LIMITADORES E MODIFICADORES DA IMPUTABILIDADE 
PENAL E DA CAPACIDADE CIVIL.......................................................................... 397
39.1. Limitadores e modificadores de ordem biológica.................. 397
39.1.1. Idade.............................................................................. 397
39.1.2. Sexo................................................................................ 398
39.1.3. Emoção e paixão normais.......................................... 399
39.1.4. Agonia............................................................................. 400
39.2. Limitadores e modificadores de ordem psicopatológica...... 400
39.2.1. Sonambulismo..............................................................400
39.2.2. Hipnotismo.................................................................... 401
39.2.3. Surdo-mudez................................................................ 401
39.2.4. Afasia.............................................................................. 402
39.2.5. Prodigalidade............................................................... 402
39.2.6. Embriaguez.................................................................... 403
39.3. Limitadores e modificadores de ordem psiquiátrica............ 403
39.4. Limitadores e modificadores de ordem mesológica............. 403
39.4.1. Civilização...................................................................... 403
39.4.2. Psicologia coletiva (multidões).................................. 404
39.5. Limitadores e modificadores de ordem legal.......................... 404
39.5.1. Causas, circunstâncias do crime e reincidência..... 404
39.6. Doença mental.............................................................................. 405
39.6.1. Art. 26 do CP.................................................................. 405
39.6.2. Doença mental e crimes omissivos.......................... 406
39.7. Desenvolvimento mental incompleto ou retardado............... 407
3 9 .7 .1. In co m p le to ................................................................................... 407
39.7.2. Retardo mental............................................................ 408
39.8. Perturbação da saúde mental................................................... 409
39.8.1. Epilepsias...................................................................... 409
39.8.2. Personalidades psicopáticas/sociopatas................. 410
39.8.3. Neuroses........................................................................ 411
Parte VIII
TANATOLOGIA FORENSE
C a p ítu lo LX ► MORTE.......................................................................................................... 415
40.1. Conceito e diagnóstico da morte.............................................. 415
Sumário 21
40.1.1. Critérios para 0 diagnóstico de morte encefálica..... 416
40.1.2. Morte real e morte aparente.................................... 420
40.2. Cronologia da morte.................................................................... 420
40.2.1. Aplicação prática.......................................................... 420
40.2.2. Período de incerteza de Tourdes............................. 421
40.2.3. Relação com os fenômenos tardios......................... 421
40.2.4. Dados que podem ser utilizados para auxiliar no
diagnóstico do tempo de morte............................... 421
40.3. Premoriência e comoriência....................................................... 425
40.4. Sobrevivência................................................................................ 426
40.4.1. Conceito e importância médico-legal....................... 426
40.5. Morte suspeita, morte súbita e morte agônica..................... 426
40.5.1. Morte suspeita............................................................. 426
40.5.2. Morte súbita.................................................................. 427
40.5.3. Morte agônica.............................................................. 427
40.6. Lesões intra vitam e post mortem.............................................. 428
40.7. Inumação e exumação................................................................. 429
40.7.1. Destinos do cadáver................................................... 429
40.7.2. Análise do CPP.............................................................. 431
40.7.3. Atestado de óbito........................................................ 433
40.7.3.1 Serviços de Verificação de Óbito (SVO)...... 434
40.8. Causa médica e causa jurídica da morte................................ 435
Capítulo LXI ► FENÔMENOS RELACIONADOS AO DIAGNÓSTICO DA MORTE..... 437
41.1. Sinais de probabilidade de morte (abióticos)........................ 437
41.1.1. Imediatos....................................................................... 437
41.1.2. Tardios/consecutivos................................................... 439
41.2. Fenômenos cadavéricos (transformativos)............................. 446
41.2.1. Fenômenos transformativos destrutivos................. 446
41.2.1.1. Autólise........................................................ 446
41.2.1.2. Putrefação.................................................. 446
41.2.1.3. Maceração.................................................. 452
41.3. Fenômenos transformativos conservadores........................... 454
41.3.1. Mumificação.................................................................. 454
41.3.2. Saponificação............................................................... 455
41.3.3. Corificação..................................................................... 455
Capítulo LXII ► EXAMES DE LOCAIS DE MORTE VIOLENTA OU SUSPEITA (PERI- 
NECROSCOPIA)..................................................................................................... 457
42.1. Atitude do delegado de polícia e dos peritos........................ 457
42.2. Exames dos objetos, vestes e posição do cadáver............... 462
42.3. DNA: CODIS e PCR.......................................................................... 465
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................... 467
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA 
MEDICINA LEGAL
Capítulo I ► 
Capítulo II ►
Capítulo III ► 
Capítulo IV ► 
Capítulo V ► 
Capítulo VI ► 
Capítulo VII ►
Conceito de Medicina Legal
Divisão da Medicina Legal 
(Ângulos, segundo Genival França)
Relações da Medicina Legal com outras ciências
Histórico e evolução da Medicina Legal
Perícias e peritos
Corpo de delito
Documentos médico-legais
Conceito de Medicina Legal
l . l . MEDICINA LEGAL COMO CIÊNCIA E COMO ARTE
De maneira geral, a literatura sobre o tema trata o conceito de 
Medicina Legal como ciência e como arte. Ciência, pois sistematiza seus 
conhecimentos (técnicas e métodos para um objetivo determinado) e 
arte, pois, de acordo com o professor Genival Veloso de França, requer 
mais do que somente estes conhecimentos: apesar de haver sofistica­
ção neles, "necessita de qualidades instintivas para demonstrar, de forma 
significativa, a sequência lógica do resultado dramático da lesão violenta". 
Tal arte é objetiva e racional.
Genival França também acrescenta ao conceito a expressão "téc­
nica", porque utiliza métodos sofisticados por ocasião da busca pela 
verdade.
Trata-se de uma disciplina ampla, pois não se resume a um campo 
da medicina, mas é construída através da soma de várias especialida­
des. Além disso, é muito mais uma ciência social do que apenas um ca­
pítulo da medicina, pois se preocupa com vários aspectos das relações 
dos seres humanos e com sua repercussão.
A Medicina Legal é uma disciplina eminentemente jurídica, pois, 
por mais que traga seus conceitos da medicina e outros ramos das ci­
ências biológicas, seus conhecimentos são destinados para a utilização 
no ramo do Direito.
Esta é a razão pela qual se afirma que a Medicina Legal é a mais 
importante e significativa das ciências subsidiárias do Direito.
26 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
1.2. DENOMINAÇÕES
Cada autor traz a sua denominação de acordo com a aplicação 
dos seus conhecimentos médicos. Abaixo estão descritos alguns auto­
res com suas respectivas denominações, apenas para exemplificarmos:
Ambroise Paré: "arte de fazer relatóriosem juízo";
Adelon: "é a medicina considerada em sua relação com a existência 
das leis e a administração da Justiça";
Lacassagne: "a arte de pôr os conceitos médicos ao serviço da ad­
ministração da Justiça";
Legrand du Saulle: "a aplicação das ciências médicas ao estudo e 
solução de todas as questões especiais, que podem suscitar a instituição 
das leis e a ação da Justiça";
Nerio Rojas: "a aplicação dos conhecimentos médicos aos problemas 
judiciais";
Bonnet: "uma disciplina que utiliza a totalidade das ciências médicas 
para dar respostas a questões judiciais";
► Como esse assunto foi cobrado em concurso?
(CESPE/CEBRASPE - Médico Legista - PC-MA/2018) Medicina legal é defi­
nida como
A) a ciência que investiga métodos, processos e técnicas de identifica­
ção da identidade.
B) um conjunto de conhecimentos médicos destinados a servir ao direi­
to e que cooperam na elaboração, interpretação e execução de dispo­
sitivos legais, no seu campo de ação de medicina aplicada.
C) a análise racional da participação da vítima na eclosão e justificativa 
das infrações penais.
D) a arte de fazer laudos médicos, segundo 0 cirurgião Ambroise Paré.
E) a ciência que estuda as doenças profissionais, os acidentes de tra­
balho, a higiene e a insalubridade laborais.
Gabarito: B
1 .3. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA MEDICINA LEGAL
Sendo considerada a ciência subsidiária mais importante para 
0 Direito, há necessidade de se destacar, de maneira específica, tal
Cap. I . Conceito de Medicina Legal 27
importância para cada um dos principais indivíduos que irão manejar 
seus institutos: os operadores do Direito propriamente ditos e os mé­
dicos, dentistas etc.
Em relação aos operadores do Direito, diversos são os campos 
nos quais a Medicina Legal poderá ou virá a ser empregada. Os princi­
pais ram os são o criminal, o cível e o trabalhista.
No âmbito criminal: atualmente, não é mais possível conceber a 
aplicação do Direito Penal sem a ciência médico-legal. 0 operador jurí­
dico não pode desprezar tais conhecimentos. Deve saber identificar os 
tipos e a dinâmica das lesões mais comuns e sua relação com os cri­
mes; deter conhecimentos suficientes para formular quesitos, extrain­
do a resposta mais precisa dos peritos, além de relacionar critérios 
de inimputabilidade à embriaguez e ao uso de substâncias tóxicas etc.
Para o juiz de direito: o conhecimento da Medicina Legal é importan­
te, pois além de ser necessário para requisitar laudos e informações 
ao Delegado de Polícia sobre o andamento da investigação, nos ter­
mos do art. 3°-B, X, do CPP, bem como no que diz respeito à decisão 
sobre o deferimento do pedido de admissão de assistente técnico 
para acompanhar a produção da perícia, de acordo com o art. 3°-B, 
XVI, também do CPP (através da figura do Juiz das Garantias1, com as 
alterações promovidas pela Lei n° 13.964/19 e 0 prazo nela estabe­
lecido para que entre em vigor), permite conferir tratamento mais 
justo quando da fixação da pena na decisão, principalmente através 
da utilização do art. 59 do Código Penal Brasileiro.
(CPP) Art. 3°-B. 0 juiz das garantias é responsável pelo controle da 
legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos 
individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia 
do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente:
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de 
polícia sobre 0 andamento da investigação; 1
1. Com relação ao tema é importante acompanhar 0 teor das Ações Diretas de Incon- 
stitucionalidade (ADI) que tramitam no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) sob 
os números 6298,6299,6300 e 6305, ainda pendentes de julgamento, em que se ques­
tiona a constitucionalidade da matéria "juiz das Garantias". Até 0 fechamento desta 
edição, 0 Min. Luiz Fux suspendia por prazo indeterminado a eficácia da implantação 
do juiz das garantias e seus consectários (artigos 3°-A a 3°-F, todos do Código de 
Processo Penal).
28 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acom­
panhar a produção da perícia;
Fixação da pena
(CP) Art. 59-O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à 
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circuns­
tâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento 
da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para 
reprovação e prevenção do crime: (Redação dada pela Lei n° 7.209, 
de 11.7.1984)
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;(Redação dada pela Lei 
n° 7.209, de 11.7.1984)
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previs- 
tos;(Redação dada pela Lei n° 7.209, de 11.7.1984)
III - 0 regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberda- 
de;(Redação dada pela Lei n° 7.209, de 11.7.1984)
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por 
outra espécie de pena, se cabível. (Redação dada pela Lei n° 7.209, 
de 11.7.1984)
Para 0 prom otor de justiça: conhecer os aspectos m édico-legais 
permite enquadrar de forma mais justa a conduta típica por oca­
sião da propositura da ação penal, 0 que interfere na maneira 
pela qual os fatos serão tratados durante 0 processo.
Para 0 delegado de polícia: através destes conhecimentos pode­
rão ser requisitadas perícias específicas que terão como finali­
dade justificar e fundam entar a atuação policial nos inquéritos 
policiais, 0 que permite conduzir a investigação da maneira mais 
adequada possível, buscando alimentar 0 órgão ministerial com 
inform ações que demonstram a realidade dos fatos.
Para o advogado: 0 conhecimento m édico-legal permite aprim o­
ra r e direcionar a defesa do seu cliente de forma eficaz.
No âmbito civel: a Medicina Legal auxilia a relacionar causas de 
interdição, de anulação de casamento, de determinação de paternida­
de etc.
No âmbito trabalhista: auxilia, por exemplo, na determinação das 
causas dos acidentes de trabalho e doenças típicas de determinadas 
profissões.
Cap. I • Conceito de Medicina Legal 29
Além disto, a Medicina Legal é importante para os médicos, den­
tistas etc., pois estes profissionais precisam saber relacionar os conhe­
cimentos da medicina com a legislação vigente, bem como fornecer 
resposta aos questionamentos médico-legais etc.
-iw b^G^feàrT 20 rrçq ?*r s- .* o>}-- • mèiA
t ^ n o ' oma> m sd / r̂ ' f - c . \ mo» £ítb&*ró st* z & w m
Divisão da Medicina Legal 
(Ângulos, segundo Genival Franga)
2.1. ÂNGULO HISTÓRICO
Esta classificação faz referência à evolução da Medicina Legal no 
contexto científico. Podem ser vistas as seguintes fases:
Pericial: seria a forma mais antiga. Está voltada aos interesses le- 
gispericiais da administração da Justiça;
Legislativa: esta fase contribui na elaboração e revisão das leis 
em que se disciplinam fatos ligados às ciências biológicas;
Doutrinária: consiste na discussão dos diversos elementos que 
sustentam alguns institutos jurídicos onde é necessário o conhecimento 
médico-legal;
Filosófica: fase mais recente. Discute aspectos ligados à ética, à 
moral e bioética médica.
► Como esse assunto foi cobrado em concurso?
(AOCP - Médico Legista - PC - ES/2019) A Medicina Legal pode ser clas­
sificada sob diversos enfoques, dentre os quais destaca-se 0 histórico.
A fa se e v o lu tiv a d a M e d ic in a Legal q u e d iscu te o s a ss u n to s lig a d o s à
Ética, à Moral e à Bioética Médica em face do exercício da Medicina é a
(A) Medicina Legal Pericial.
(B) Medicina Legal Legislativa.
(C) M e d ic ina Legal D o u trin á ria .
(D) Medicina Legal Filosófica.
(E) Medicina Legal Judiciária.
Gabarito D
32 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
2.2. ÂNGULO PROFISSIONAL
0 ramo profissional da Medicina Legal busca entender como se 
exerce a medicina legal na prática. Há subdivisões como a medicina 
legal pericial, a criminalística e a de identificação.
2.3. ÂNGULO DOUTRINÁRIO
Este ramo tem por objetivo definir as especificidades de cada 
ramodo direito (medicina legal penal, civil, trabalhista).
2.4. ÂNGULO DIDÁTICO
0 ramo didático trata a maneira pela qual a Medicina Legal é es­
tudada, vale dizer, quais são as subdivisões a serem exploradas nesta 
disciplina.
2.4 .1. Medicina Legal geral
Aqui são estudados as obrigações e os deveres dos médicos (de- 
ontologia) e os direitos dos médicos (diceologia).
2.4.2. Medicina Legal especial
São estudados os ramos mais específicos da disciplina:
Antropologia forense: ramo da Medicina Legal que busca estudar 
a identidade e a identificação médico-legal e judiciária;
Traumatologia forense: estuda as lesões corporais sob o ponto de 
vista jurídico e as energias causadoras do dano, bem como os aspec­
tos do diagnóstico, do prognóstico e das suas implicações legais;
Sexologia forense: é a parte da Medicina Legal que trata das ques­
tõ e s m é d ic o -b io ló g lc a s e p e r íc ia s l ig a d a s a o s d e lit o s c o n tra a d ig ­
nidade e a liberdade sexual;
Tanatologia forense: é 0 ramo da Medicina Legal que estu­
da a morte e o morto, bem como suas repercussões na esfera 
jurídico-social;
Toxicologia forense: parte que estuda os venenos (energia quími­
ca) e cáusticos bem como suas repercussões médico-legais;
Asfixiologia forense: ramo que estuda os diversos tipos de asfi­
xias, bem como os mecanismos e sinais específicos;
Cap. II • Divisão da Medicina Legal (Angulos, segundo Genival França) 33
Psicologia e psiquiatria forense: ramos que estudam os limites e 
as modificações da responsabilidade penal e da capacidade civil, 
bem como os doentes mentais, oligofrênicos etc.;
Medicina Legal desportiva: procura dar ênfase nas questões médi- 
co-legais voltadas ao esporte, como casos de verificação de subs­
tâncias proibidas antes de práticas desportivas;
Criminalística: procura investigar, de forma técnica, os indícios 
materiais do crime, seu valor e sua interpretação nos elementos 
constitutivos do corpo de delito. Estuda a dinâmica do crime;
Criminologia: estuda os diversos aspectos da natureza do crime, 
do criminoso, da vítima e do ambiente;
Infortunística: ramo da Medicina Legal que estuda os acidentes e 
as doenças de trabalho, bem como doenças profissionais, no que 
se refere à perícia, higiene e insalubridade laborativas;
Genética médico-legal: estuda questões voltadas ao vínculo gené­
tico entre familiares;
Vitimologia: ramo da Medicina Legal que se preocupa com o estu­
do da vítima, principalmente com o comportamento da vítima por 
ocasião do delito;
Policiologia científica: estudo dos métodos científicos utilizados 
pela Medicina Legal no auxílio das investigações policiais.
► Como esse assunto foi cobrado em concurso?
(CESPE/CEBRASPE - Médico Legista - PC-MA/2018) Sob 0 ponto de vista 
didático, a medicina legal está dividida em medicina geral e medici­
na especial. A respeito da medicina legal especial, assinale a opção 
correta.
A) A antropologia forense é 0 estudo da identidade e da identificação, 
seus métodos, processos e técnicas.
B) A infortunística trata da análise racional da participação da vítima na 
eclosão e justificação das infrações penais.
C) A tanatologia versa sobre os fenômenos volitivos, afetivos mentais, 
a periculosidade do alienado, as socioneuropatias em face de proble­
mas judiciários, a simulação e a dissimulação.
D) A vitimologia estuda os diferentes aspectos da gênese e da dinâmica 
dos crimes.
E) A asfixiologia forense é 0 estudo dos cáusticos e dos envenenamentos. 
Gabarito: A
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Relações da Medicina legal 
com outras ciências
3.1. RELAÇÕES COM A CIÊNCIA MÉDICA
Neste campo do conhecimento, a Medicina Legal deve buscar seus 
temas nos mais diversos ramos da ciência médica, tais como a trauma- 
tologia, psicologia, patologia, neurologia, radiologia, anatomia, obstetrí­
cia e ginecologia, demais especialidades médicas etc.
3.2. RELAÇÕES COM A CIÊNCIA JURÍDICA
a) Com 0 direito penal e processual penal: estuda questões rela­
cionadas aos crimes e os procedimentos processuais penais. As­
sim, os conhecimentos de Medicina Legal são fundamentais para 
a determinação da responsabilização criminal, principalmente no 
que diz respeito ao correto enquadramento dos crimes às normas 
incriminadoras. No âmbito processual penal, auxiliam 0 operador 
do direito a utilizar de forma adequada os institutos referentes às 
provas, ao exame de corpo de delito, aos peritos e perícias, bem 
como preservação de locais de crime e cadeia de custódia, por 
exemplo;
b) Com 0 direito civil e processual civil: trata de questões ligadas 
ao casamento, paternidade, capacidade jurídica e psicologia da 
testemunha;
c) Com o direito trabalhista: área ligada à infortunística (acidentes 
de trabalho, doenças profissionais etc.);
d) Com o direito desportivo: trata de questões voltadas à busca por 
substâncias proibidas em atletas etc.;
36 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
e) Com 0 direito administrativo: quando se aborda questões relati­
vas a atestados médicos, principalmente envolvendo servidores 
públicos.
Histórico p evolução 
da Medicina legal
4 .1. NO EXTERIOR
4.1.1. Dos prim órdios à Idade M oderna
Sacerdotes: eram, ao mesmo tempo, juiz, médico e legislador, 
além do representante de Deus na Terra.
Código de Hamurabi (séc. XVIII a.C.) Babilônia: contém dispositivos 
concernentes à relação jurídica entre médico e paciente. Estabele­
cia que "se um médico tratou um ferimento grave de um escravo de 
um homem pobre, com uma lanceta de bronze, e causou a morte do 
escravo, deve pagar escravo por escravo".
Fig. 4 .1 - Imagens que retratam 0 Código de Hamurabi, exposto no Museu do 
Louvre, em Paris, na França.
•=> Visualize a imagem colorida no site da Editora.
38 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
Código de Manu, na índia (séc. V a.C.): proibia que crianças, ve­
lhos e embriagados, além de débeis mentais e loucos pudessem 
ser ouvidos como testemunhas.
No mundo ocidental, tal impedimento só aparece na Lei das XII 
tábuas (449 a.C). Além disso, preconizava que 0 período máximo 
de gravidez seria de 10 meses.
Antiga Pérsia: determinava a classificação das lesões corporais por 
ordem de gravidade, 0 que só veio a aparecer no mundo ociden­
tal com a Lex Alemanorum, no século V.
Primeira citação de exame médico-legal: Júlio César foi assassina­
do por senadores romanos em março do ano de 44 a.C. 0 exame 
do cadáver foi realizado por Antistius, constatando-se a presença 
de 23 golpes, mas apenas um foi mortal.
Fig. 4.2 - Obra de arte em tapete exposta na Galeria das Tapeçarias, no Museu 
do Vaticano, que retrata a cena do assassinato de Júlio César em 44 a.C.
^ Visualize a imagem colorida no site da Editora.
Através de um decreto de 1209, de Inocêncio III, a perícia médi­
ca é permitida nos casos dos presos colocados à disposição dos 
tribunais.
0 Papa Gregorio IX, em 1234, substitui 0 juramento da acusada por 
um exame médico de virgindade, quando 0 tema era a anulação 
do casamento.
Cap. IV • Histórico e evolução da Medicina Legal 39
Primeiro registro de uma obra médico-legal: China (1248). É 0 Hsi 
Yuan Lu. Era um manual para a aplicação dos conhecimentos mé­
dicos à solução dos casos criminais e ao trabalho dos tribunais.
Importância dos médicos nos tribunais: França (1278) com Felipe 
Audaz. Emite as cartas patentes, que fazem alusão aos cirurgiões 
juramentados junto à pessoa do Rei.
Primeira permissão para realização de necropsias: França (1374), 
concedida pelo Papa à Universidade de Montpellier.
Obrigatoriedade de perícia médica nos casos de morte violenta: 
Alemanha (1507). Código Bambergense, mas sem evisceração.
► Observação:
Processo de trepanação craniana:
Tal processo,feito na época Inca, consistia num corte do couro cabeludo 
para se chegar ao osso. Depois, uma das técnicas consistia numa raspagem 
contínua até que se alcançasse 0 cérebro, sendo utilizada, principalmente, 
para descomprimi-lo, havendo possibilidade de drenar hematomas ou ou­
tros líquidos. Ao final, se cobria a área com uma placa de ouro e bandagens 
eram colocadas. A técnica chegou a ser utilizada como forma de tratamento 
de doentes mentais e também com fundo religioso, pois acreditava-se que 
com isso os maus espíritos e outras perturbações iriam deixar 0 corpo do 
paciente. A operação era efetuada anestesiando 0 paciente. Crê-se que a 
folha de coca podia ser utilizada como forma de analgésico.
Fig. 4.3 - Crânios submetidos ao processo de trepanação, expostos no "Museo 
de sitio dei Qoricancha", na Cidade de Cusco, no Peru.
•=> Visualize a imagem colorida no site da Editora.
40 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
4.1.2. Nos séculos XVI, XVII e XVIII
Constitutio Criminalis Carolina, também conhecida como Lex Ca­
rolina Criminalis: Alemanha (1532). Carlos V. Abordava uma série 
de matérias médico-legais, como traumatologia, sexologia e psi­
quiatria forense. Avançou, permitindo a realização de perícias 
em casos de morte violenta (concretizando 0 disposto no Código 
Bambergense), exigindo a presença de peritos nos exames de 
delitos.
► Como esse assunto foi cobrado em concurso?
(CESPE/CEBRASPE - Médico Legista - PC-MA/2018) Assinale a opção que 
corresponde ao primeiro documento que passou a exigir a presença 
de peritos médicos nos exames de delitos.
A) Lex regia
B) Legislação teológica
C) Tratado dos relatórios
D) Fortunatus Fideles
E) Código Criminal Carolino 
Gabarito: E
Ambroise Paré, França (1575): Primeiro tratado ocidental sobre 
medicina legal. Abordava questões relacionadas à técnica de em- 
balsamamento dos cadáveres, bem como gravidade das feridas 
etc. Daí alguns atribuem como "pai da medicina legal".
Fortunato Fidelis, Palermo (1602): Publicou quatro grandes livros 
com temas médico-legais.
Vários autores ao redor da Europa começam a escrever livros
especializados, com temas variados em Medicina Legal.
Paulus Zacchias (1621-1658). Publica cerca de dez livros sobre me­
dicina legal. Alguns dizem que este realmente foi 0 pai da medi­
cina legal, tendo em vista a extensão e aprofundamento da sua 
obra em relação às existentes.
Primeiro curso de medicina legal: Universidade de Leipzig, na Ale­
manha, em 1650, instituído por Michaelis.
Século XVIII: disseminação dos cursos de Medicina Legal pelo mundo.
Cap. IV . Histórico e evolução da Medicina Legal 41
4.1.3. Século XIX (m aturidade da m edicina legal)
Revolução Francesa (1789) como principal vetor de mudanças na 
relação entre medicina e 0 direito. 0 "Code d'instruction crimlnelle" 
de Napoleão, em 1808, afastou as práticas inquisitoriais e secre­
tas da idade média. Nesse sentido, 0 trabalho dos médicos e dos 
juizes passa a ser público.
Destaque para 0 aparecimento de autores importantes como 
Brouardel, Orfila, Devergie, Tardieu, Lacassagne, Legrand du Saulle, 
trazendo conhecimentos específicos em diversas áreas da Medici­
na Legal.
4.2. NO BRASIL
A Medicina Legal brasileira buscou seguir os padrões até então en­
contrados na Europa em geral. Porém, assim como os demais temas re­
lacionados às ciências como um todo, bem como ao Direito, a Medicina 
Legal brasileira precisou evoluir, recebendo maior influência francesa, 
principalmente pelo fato de que Portugal não tinha grande tradição no 
tema. Para que se tenha uma ideia temporal, os primeiros registros de 
documentos médico-legais no Brasil somente foram obtidos na parte 
final do período colonial.
► Como esse assunto foi cobrado em concurso?
(CESPE/CEBRASPE - Médico Legista - PC-MA/2018) A corrente de pensa­
mento que exerceu maior influência na medicina legal brasileira é de
origem
A) francesa.
B) inglesa.
C) italiana.
D) germânica.
E) portuguesa.
G a b a rito : A
Oscar Freire divide 0 estudo da Medicina Legal no Brasil em três 
grandes fases:
• Estrangeira;
• De transição, com Agostinho José de Souza Lima;
• De nacionalização, com Raimundo Nina Rodrigues.
42 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
a) Principais destaques da fase estrangeira (prim eira fase)
1832: Regulamentação do Processo Penal, com o Código de 
Processo Criminal do Império. Foram estabelecidas regras 
para o exame de corpo de delito. Além disso, as faculdades 
de medicina (criadas por Dom João VI em 1808 na Bahia e no 
Rio de Janeiro) passam a ensinar medicina legal de forma 
obrigatória. Ainda em 1832, 0 Conselheiro Jobim é nomeado 
0 primeiro catedrático de Medicina Legal na Faculdade de 
Medicina do Rio de Janeiro.
1835: Primeiro relato de perícia médico-legal no Brasil. Foi re­
alizado por Hércules Otávio Muzzi, cirurgião da Família Real, 
no Exmo. Sr. Regente João Bráulio Moniz, feita na segunda-fei­
ra, 21 de setembro de 1835, às 14 h, 22 horas depois da sua 
morte.
1854: 0 Conselheiro Jobim foi designado para uniformizar a 
prática dos exames médico-legais.
1856: Através do Decreto n« 1746, de 16 de abril de 1856, é 
criada a Assessoria Médico-Legal junto à Secretaria de Polícia 
da Corte. A ela cabia a realização de exames de corpo de 
delito, entre outros. No mesmo ano, é criado 0 primeiro ne­
crotério do RJ, na Gamboa.
b) Principais destaques da fase de transição (segunda fase)
1877: 0 ensino da medicina legal adquire caráter prático com 
Agostinho José de Souza Lima, quando este assume a cátedra 
de Medicina Legal da faculdade de medicina que pertence 
hoje à UFRJ (U niversidade Federal do Rio de Janeiro).
1891: As faculdades de Direito passam a oferecer Medici­
na Legal como disciplina obrigatória, por influência de Rui 
Barbosa.
c) Principais destaques da fase de nacionalização (terceira fase)
1895: Raimundo Nina Rodrigues foi professor de Medicina 
Legal da faculdade de medicina da Bahia. Seus estudos se 
concentraram no campo da psiquiatria forense e da antropo­
logia criminal.
Cap. IV • Histórico e evolução da Medicina Legal 43
► Como esse assunto foi cobrado em concurso?
(CESPE/CEBRASPE - Médico Legista - PC-MA/2018) Raymundo Nina Rodri­
gues exerceu relevante papel na história da medicina legal brasileira 
por meio
A) da instituição da cátedra de medicina legal no curso de direito da 
Universidade de São Paulo, onde lecionou a disciplina.
B) de pesquisas em anatomia humana que realizou no Instituto Médico 
Legal de Minas Gerais.
C) dos estudos na área de psicanálise forense que desenvolveu na 
Universidade de Ciências da Saúde, no Rio Grande do Sul.
D) da criação, por ele, de uma escola brasileira de medicina legal, na 
Bahia, fato que nacionalizou a especialidade.
E) de estudos sobre os impactos da miscigenação na criminalidade que 
desenvolveu na Universidade Estadual do Rio de janeiro.
Gabarito: D
Em seguida, Oscar Freire (em São Paulo) e Afrânio Peixoto 
(no Rio) dão seguimento ao trabalho de Nina Rodrigues.
1903: Por influência de Afrânio Peixoto, 0 Governo Federal 
editou 0 Decreto n° 4.864, de 15 de junho de 1903, esta­
belecendo norm ativas para a descrição e conclusão das 
perícias médicas.
1915: Lei M axim iliano. Deu aos professores de M edici­
na Legal 0 d ireito de fazerem p erícias em suas aulas 
práticas, além de ter reconhecido a v a lid ad e dos seus 
laudos. Foi obtida uma autorização para que os profes­
sores de M edicina Legal, que não eram peritos oficiais, 
fizessem os laudos dos casos exam inados e ap resen ta­
dos em sala de aula. Alguns relacionam esse fato com os 
cham ados "peritos ad hoc" do art. 159, § i ° , do Código 
de Processo Penal.
(CPP) Art. 159. 0 e xa m e d e c o rp o d e d e lito e o u tra s p e ríc ia s 
serão realizados por perito oficial, portador de diploma de 
curso superior. (Redação dada pela Lei n° 11.690, de 2008)
§ i ° Na falta de perito oficial, 0 exame será realizado por 
2 (duas) pessoas idôneas, portadorasde diploma de curso
44 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
superior preferencialmente na área específica, dentre as 
que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza 
do exame. (Redação dada pela Lei n° 11.690, de 2008)
1924: 0 Serviço m édico-legal passa a constituir 0 Instituto 
m édico-legal no Rio de Janeiro.
4.3. EVOLUÇÃO DA MEDICINA LEGAL
Assim como em todos os outros campos do conhecimento, com 
0 avanço do estudo vão surgindo, ao longo dos anos, novos mate­
riais e técnicas que devem acom panhar também as mudanças exis­
tentes na legislação em vigor, com a qual a Medicina Legal deverá 
dialogar.
Isto ocorre, por exemplo, com 0 desenvolvimento e a disponibili­
dade de equipamentos capazes de auxiliar os peritos em seu trabalho, 
tais como a coleta e armazenamento de material genético para even­
tual exame.
Da mesma forma, novas técnicas envolvendo a utilização de inte­
ligência artificial e algoritmos, além da informatização da geração dos 
laudos periciais permitem a criação de bancos de dados repletos de 
informações e modos de pesquisas como forma de auxiliar 0 trabalho 
policial na elucidação de crimes.
Perícias e Peritos
5.1. PERÍCIA MÉDICO-LEGAL (DEFINIÇÃO)
Genival França define a perícia médico-legal como sendo "um con­
junto de procedimentos médicos e técnicos que tem como finalidade 0 
esclarecimento de um fato de interesse da Justiça".
Trata-se do exame de elementos materiais percebidos nos fatos 
destacados ao longo do procedim ento policial ou processo propria­
mente dito. Esse exame, quando realizado por um técnico qualificado 
(perito) é chamado de perícia, que se materializa através dos laudos.
A perícia possui:
• uma parte objetiva (relacionada às alterações visíveis en­
contradas nas lesões e, nos laudos, serão destacadas na 
"descrição");
• uma parte subjetiva (valoração da parte objetiva. Aqui podem 
surgir divergências que serão destacadas na parte de "discus­
são" dos laudos).
Justamente por terem base científica, geralmente têm prevalência 
em relação a outros elementos de convicção. No entanto, é necessário 
destacar que, de acordo com 0 art. 182 do Código de Processo Penal 
(CPP), 0 juiz não está adstrito ao laudo emitido pelo perito.
(CPP) Art. 182. 0 juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo 
ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Além disso, nos termos do art. 184 do CPP, a autoridade policial 
ou 0 juiz poderão negar a perícia requerida pelas partes, quando não 
for necessária ao esclarecimento da verdade, salvo na hipótese do 
exame de corpo de delito, justamente por força da sua indispensabili- 
dade quando a infração deixar vestígios, conforme 0 art. 158 também 
do CPP:
46 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
(CPP) Art. 184. Salvo 0 caso de exame de corpo de delito, 
0 juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida 
pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento 
da verdade.
► Importante:
Considerações gerais sobre a perícia, destacadas na literatura 
médico-legal:
- Pode envolver qualquer aspecto do ser humano.
- Pode ser sobre 0 fato a analisar (perícia percipiendi), ou seja, aquela 
procedida sobre fatos cuja avaliação é feita baseada em alterações ou 
perturbações produzidas por diversas maneiras, seja pelas energias 
causadoras de danos, seja por doenças. É vista sob uma ótica qualita­
tiva e quantitativa.
- Pode ser sobre uma perícia já realizada (perícia deducendi). É feita 
sobre fatos pretéritos com relação aos quais possa existir discordância 
das partes ou do julgador.
- A finalidade da perícia é produzir a prova, que nada mais é do que 
a materialização do fato.
- No Processo Penal, como regra 0 laudo médico-legal não é documen­
to sigiloso. Porém, a depender do caso concreto, pode haver decreta­
ção de segredo de justiça em relação ao processo.
- Pode ser realizada nos indivíduos vivos, nos cadáveres, nos esque­
letos, nos animais e nos objetos. A importância em cada uma destas 
situações pode ser vista a seguir:
s nos indivíduos vivos: diagnóstico de lesões; determinação de ida­
de; sexo etc.;
s nos mortos: diagnóstico da causa da morte; causa jurídica da mor­
te; tempo da morte; identificação do cadáver etc.; 
s nos esqueletos: identificação do sexo e tempo da morte; 
s nos objetos: exames de armas; projéteis, procura por sangue, fluí­
dos, impressões digitais etc.
Cap. V • Perícias e Peritos 47
► Como esse assunto foi cobrado em concurso?
(Cespe - Delegado de Polícia - PE/2016) Com relação aos conhecimentos 
sobre corpo de delito, perito e perícia em medicina legal e aos docu­
mentos médico-legais, assinale a opção correta.
A) Perícia é 0 exame determinado por autoridade policial ou judiciária 
com a finalidade de elucidar fato, estado ou situação no interesse da 
investigação e da justiça.
B) 0 atestado médico equipara-se ao laudo pericial, para serventia nos 
autos de inquéritos e processos judiciais, devendo ambos ser emitidos 
por perito oficial.
C) Perito oficial é todo indivíduo com expertise técnica na área de sua 
competência incumbido de realizar 0 exame.
D) É inválido 0 laudo pericial que não foi assinado por dois peritos 
oficiais.
E) Define-se corpo de delito como 0 conjunto de vestígios comproba- 
tórios da prática de um crime evidenciado no corpo de uma pessoa. 
Gabarito: A
(CESPE/CEBRASPE - Médico Legists - PC-MA/2018) Na perícia médico-le- 
gal, a perícia contraditória é definida como
A) procedimento que gera relatórios individualizados que não chegam 
a um ponto de vista comum.
B) exame pericial realizado por um só perito.
C) exame realizado sobre vestígios materiais.
D) conjunto de procedimentos médicos e técnicos que tem como finali­
dade 0 esclarecimento de um fato de interesse da justiça.
E) declaração tomada a termo em audiência de instrução e julgamento 
sobre fatos obscuros ou conflitantes.
Gabarito: A
48 Medicina Legal - Vol. 41 • Wilson Luiz Palermo Ferreira
5.2. LEGISLAÇÃO
Em termos de legislação pertinente quando se fala no estudo des­
se tema na Medicina Legal, podem ser mencionados como exemplo os 
seguintes itens:
Lei n° 12.030/09: trata das perícias de natureza criminal:
Art. i ° Esta Lei estabelece normas gerais para as perícias oficiais de 
natureza criminal.
Art. 2° No exercício da atividade de perícia oficial de natureza crimi­
nal, é assegurado autonomia técnica, científica e funcional, exigido 
concurso público, com formação acadêmica específica, para 0 pro­
vimento do cargo de perito oficial.
Art. 3° Em razão do exercício das atividades de perícia oficial de 
natureza criminal, os peritos de natureza criminal estão sujeitos a 
regime especial de trabalho, observada a legislação específica de 
cada ente a que se encontrem vinculados.
Art. 4o (VETADO)
Art. 5° Observado 0 disposto na legislação específica de cada ente a 
que 0 perito se encontra vinculado, são peritos de natureza criminal 
os peritos criminais, peritos médico-legistas e peritos odontolegistas 
com formação superior específica detalhada em regulamento, de 
acordo com a necessidade de cada órgão e por área de atuação 
profissional.
Art. 6° Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua 
publicação.
Código de Processo Penal: Capítulo II do Título VII (da Prova). Art. 
158 e seguintes do CPP, com as novas alterações prom ovidas 
pela Lei n° 13.964/19:
(CPP) Art. 158. Quando a infração d e ix a r vestígios, será in d isp e n sá ­
vel 0 exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo 
supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de cor­
po de delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada 
pela Lei n° 13.721, de 2018)
I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela 
Lei n° 13.721, de 2018) II
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com de­
ficiência. (Incluído dada pela Lei n° 13.721, de 2018)
Cap. V . Perícias e Peritos 49
No Código de Processo Civil/1973

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