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4 Controle de constitucionalidade

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Controle de constitucionalidade
Profª. Sônia Letícia de Méllo Cardoso
Controle de Constitucionalidade
“A ideia de controle de constitucionalidade está ligada à Supremacia da Constituição sobre todo o ordenamento jurídico e, também, à de rigidez constitucional e proteção dos direitos fundamentais”.
(Moraes, Alexandre de. Direito constitucional. 24 ed., São Paulo: Atlas, 2009, p. 699)
Controle de Constitucionalidade
Conceito
“Controlar a constitucionalidade significa verificar a adequação (compatibilidade) de uma lei ou de um ato normativo com a constituição, verificando seus requisitos formais e materiais”.
“Ressalte-se que, se possível for, a fim de garantir-se a compatibilidade das leis e atos normativos com as normas constitucionais, deverá ser utilizada a técnica da interpretação conforme”.
(Moraes, Alexandre de. Direito constitucional. 24 ed., São Paulo: Atlas, 2009, p. 701)
Controle de Constitucionalidade
Segundo Clèmerson Merlin Clève, para que se possa falar em controle de constitucionalidade dos atos normativos, exigem-se alguns requisitos: 
a) a existência de uma Constituição escrita; 
b)a compreensão da Constituição como lei fundamental; 
c) a existência de pelo menos um órgão dotado de competência para declarar inválida a norma contrária à Constituição”.
(Fachin, Zulmar. Curso de direito constitucional. 7. Ed., Rio de Janeiro : Forense, 2015, 147; Clève, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2. Ed., São Paulo: RT, 2000, p.198-299)
Controle de Constitucionalidade
PRESSUPOSTOS OU REQUISITOS DE CONSTITUCIONALIDADE DAS ESPÉCIES NORMATIVAS
“A análise da constitucionalidade das espécies normativas (art. 59 da CF) consubstancia-se em compará-las com determinados requisitos formais e materiais, a fim de verificar-se sua compatibilidade com as normas constitucionais”.
Controle de Constitucionalidade
Requisitos formais
“O art. 5º, II, da CF, consagra o princípio da legalidade. 
Como garantia de respeito a este princípio básico em um Estado Democrático de Direito, a própria Constituição prevê regras básicas na feitura das espécies normativas. 
Assim o processo legislativo é verdadeiro corolário do princípio da legalidade, que deve ser entendido como ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de espécie normativa devidamente elaborada de acordo com as regras de processo legislativo constitucional (arts. 59 a 69, da CF)
A inobservância das normas constitucionais de processo legislativo tem como consequência a inconstitucionalidade formal da lei ou ato normativo”.
Controle de Constitucionalidade
REQUISITO FORMAL Subjetivo
Referem-se à fase introdutória do processo legislativo, ou seja, à questão de iniciativa. Qualquer espécie normativa editada em desrespeito ao processo legislativo, mais especificamente, inobservando àquele que detinha o poder de iniciativa legislativa para determinado assunto, apresentará flagrante vício de inconstitucionalidade.
Exemplo: lei ordinária, decorrente de projeto de lei apresentado por deputado federal, aprovada para majoração do salário do funcionalismo público federal, será inconstitucional, por vício formal subjetivo, pois a CF prevê expressa e privativa competência do Presidente da República para apresentação da matéria perante o Congresso Nacional (art. 61, § 1º, II, a)
Controle de Constitucionalidade
REQUISITO FORMAL Objetivo
Referem-se às duas outras fases do processo legislativo: constitutiva e complementar. Assim, toda e qualquer espécie normativa deverá respeitar todo o trâmite constitucional previsto nos arts. 60 a 69 da CF.
Exemplo: Projeto de lei complementar aprovado por maioria simples na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, sancionado, promulgado e publicado, apresenta um vício formal objetivo de inconstitucionalidade, uma vez que foi desrespeitado o quórum mínimo de aprovação, previsto no art. 69, qual seja, a maioria absoluta.
Controle de Constitucionalidade
Requisitos substanciais ou materiais
Trata-se da verificação material da compatibilidade do objeto da lei ou do ato normativo com a CF.
(Moraes, Alexandre de. Direito constitucional. 24 ed., São Paulo: Atlas, 2009, p. 702)
Controle de Constitucionalidade
O DESCUMPRIMENTO DA LEI OU DO ATO NORMATIVO INCONSTITUCIONAL PELO PODER EXECUTIVO
“O Poder Executivo, assim como os demais Poderes do Estado, está obrigado a pautar sua conduta pela estrita legalidade. 
Dessa forma, não há como exigir-se do chefe do Poder Executivo o cumprimento de uma lei ou ato normativo que entenda flagrantemente inconstitucional, podendo e devendo, licitamente, negar-se cumprimento, sem prejuízo do exame posterior pelo Judiciário. 
Controle de Constitucionalidade
“Porém, como recorda Elival da Silva Ramos, “por tratar de medida extremamente grave e com ampla repercussão nas relações entre os Poderes, cabe restringi-la apenas ao Chefe do Poder Executivo, negando-se a possibilidade de qualquer funcionário administrativo subalterno descumprir a lei sob a alegação de inconstitucionalidade”.
Portanto, poderá o Chefe do Poder Executivo determinar aos seus órgãos subordinados que deixem de aplicar administrativamente as leis ou atos normativos que considerar inconstitucionais”.
(Moraes, Alexandre de. Direito constitucional. 24 ed., São Paulo: Atlas, 2009, p. 703)
Controle de Constitucionalidade
ESPÉCIES DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
O controle preventivo pretende impedir que alguma norma maculada pela eiva da inconstitucionalidade ingresse no ordenamento jurídico.
No Brasil os poderes Executivo e Legislativo realizam o controle preventivo.
O controle repressivo é o que busca expurgar a norma editada em desrespeito à Constituição. 
No Brasil é o Poder Judiciário quem realiza este controle, retira do ordenamento jurídico lei ou ato normativo contrários à CF. Exceção, também, Poder Legislativo.
Controle de Constitucionalidade
Controle repressivo em relação ao órgão controlador
Político
Ocorre em Estados onde o órgão que garante a supremacia da constituição sobre o ordenamento jurídico é distinto dos demais Poderes do Estado.
Tal sistema é comum em países da Europa, como Portugal e Espanha, sendo o controle normalmente realizado pelas Cortes ou Tribunais Constitucionais.
No Brasil, Luís Roberto Barroso entende que o veto do Executivo a projeto de lei por entende-lo inconstitucional (veto jurídico) bem como a rejeição de projeto de lei na CCJ seriam exemplos de controle político.
(Moraes, Alexandre de. Direito constitucional. 24 ed., São Paulo: Atlas, 2009, p. 704. Barroso, Luís Roberto. O Controle de constitucionalidade no direito brasileiro,. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2004, p. 42-43)
Controle de Constitucionalidade
Judiciário ou jurídico
É a verificação da adequação (compatibilidade) de atos normativos com a constituição feita pelos órgãos integrantes do Poder Judiciário. 
É a regra adotada pelo Brasil. 
O Brasil adotou o sistema jurisdicional misto, porque realizado pelo Poder Judiciário – daí ser jurisdicional – tanto de forma concentrada (controle concentrado) como por qualquer juiz ou tribunal (controle difuso).
(Moraes, Alexandre de. Direito constitucional. 24 ed., São Paulo: Atlas, 2009, p. 704. Lenza, Pedro. Direito constitucional sistematizado. 16 ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 262)
Controle de Constitucionalidade
Misto
“Esta espécie de controle existe quando a constituição submete certas leis e atos normativos ao controle político e outras ao controle jurisdicional”. 
Também “chamado de controle híbrido, algumas normas são levadas a controle perante um órgão distinto dos três Poderes (controle político), enquanto outras são apreciadas pelo Poder Judiciário (controle jurisdicional)”.
(Moraes, Alexandre de. Direito constitucional. 24 ed., São Paulo: Atlas, 2009, p. 704. Lenza, Pedro. Direito constitucional sistematizado. 16 ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 262)
Controle de Constitucionalidade
ControlePreventivo de constitucionalidade
Há duas hipóteses de controle preventivo de constitucionalidade, que buscam evitar o ingresso no ordenamento jurídico de leis inconstitucionais: 
comissões de constituição e justiça e 
veto jurídico.
Controle de Constitucionalidade
a) Comissões de constituição e justiça
As comissões permanentes de constituição e justiça tem a função precípua de analisar a compatibilidade do projeto de lei ou proposta de emenda constitucional apresentados com o texto da CF. 
O art. 58 da CF prevê a criação de comissões constituídas na forma do respectivo regimento ou do ato de que resultar sua criação e com as atribuições neles previstas.
Esta hipótese de controle poderá ser realizada, também, pelo plenário da casa legislativa, quando houver rejeição do projeto de lei por inconstitucionalidade.
Art. 32, III, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – prevê a Comissão de Constituição de Justiça e de Redação.
Art. 101, do Regimento Interno do Senado Federal – prevê a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Controle de Constitucionalidade
b) Veto Jurídico
É a participação do Executivo. 
O Presidente da República poderá vetar o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional por entende-lo inconstitucional (CF, art. 66, § 1º). 
É o chamado veto jurídico. 
Portanto, no Brasil, o controle preventivo de constitucionalidade é realizado sempre dentro do processo legislativo, em uma das hipóteses pelo Poder Legislativo (comissões de constituição e justiça) e em outra pelo Poder Executivo (veto jurídico)”.
Controle de Constitucionalidade
CONTROLE REPRESSIVO DE CONSTITUCIONALIDADE
O controle repressivo jurídico ou judiciário é realizado pelo Poder Judiciário. 
Sob duas formas: 
concentrado (via de ação) e 
difuso (via de exceção ou defesa).
Controle de Constitucionalidade
CONTROLE REPRESSIVO REALIZADO PELO PODER LEGISLATIVO
“A Constituição, excepcionalmente, previu duas hipóteses em que o controle de constitucionalidade repressivo será realizado pelo próprio Poder Legislativo. 
Assim, o Poder Legislativo poderá retirar normas editadas, com plena vigência e eficácia, do ordenamento jurídico, que deixarão de produzir seus efeitos, por apresentarem um vício de inconstitucionalidade”.
Controle de Constitucionalidade
Art. 49, V, da CF – prevê competir ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. 
Em ambas as ocasiões, o Congresso Nacional editará um decreto legislativo sustando ou o decreto presidencial (CF, art. 84, IV) ou a lei delegada (CF, art. 68), por desrespeito à forma constitucional prevista para suas edições.
Controle de Constitucionalidade
Art. 62 da CF – editada medida provisória pelo Presidente da República, ela terá vigência e eficácia imediata, e força de lei, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, devendo ser submetida de imediato ao Congresso Nacional, que poderá aprová-la, convertendo-a em lei, ou rejeitá-la.
Na hipótese de rejeitá-la, com base em parecer da comissão mista, estará exercendo controle de constitucionalidade repressivo, pois retirará do ordenamento jurídico a medida provisória flagrantemente inconstitucional.
A medida provisória poderá ser objeto de controle repressivo tanto pelo Legislativo quanto pelo Judiciário, por via de ação direita de inconstitucionalidade.
Controle de Constitucionalidade
BIBILIOGRAFIA
Clève, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2. Ed., São Paulo: RT, 2000.
Fachin, Zulmar. Curso de direito constitucional. 7. ed., Rio de Janeiro : Forense, 2015.
Lenza, Pedro. Direito constitucional sistematizado. 16 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
Moraes, Alexandre de. Direito constitucional. 24 ed., São Paulo: Atlas, 2009.

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