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Princípios Gerais do Direito Conceito

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Princípios Gerais do Direito
 A princípio, definem-se Princípios Gerais do Direito pela idéia de começo, de origem, fonte, lei
de caráter geral que rege um conjunto de fenômenos fundamentais admitidos como base da
ciência do direito. 
 
Como regra fundamental e também fonte do direito eles são a espinha dorsal de todos os
ramos do Direito no ordenamento jurídico, ou seja, são normas elementares que dão base
estrutural ao Direito, definindo a conduta a ser tida em qualquer relação jurídica.
 
Sendo considerados a origem de tudo, não são limitados apenas a institutos jurídicos, mas sim,
a todo a essência do Direito, num âmbito universal, não podendo sequer ser limitado pelas
fronteiras do ordenamento jurídico de cada ente estatal. 
 
Como fonte do direito, compreendem, os fundamentos da ciência jurídica, em que se firmam as
normas originárias ou as leis científicas do Direito, que traçam as noções estruturais.
 
Nesse contexto, nem sempre os princípios estão inscritos nas leis, mas servem de base ao
Direito, tidos dessa forma, como preceitos fundamentais para o exercício e a sua garantia.
 
Em todos os ramos autônomos do Direito, assim como, no direito processual, os princípios
norteadores encontram-se previstos na Constituição da República, e devem ser respeitados na
edificação das normas infraconstitucionais e na aplicação do direito processual, sob pena de
violação da própria Constituição.
 
No direito processual, os princípios são considerados normas jurídicas qualificadas em torno
das quais se descortinam as regras jurídicas de grau inferior. Os Princípios inseridos na
constituição Federal estão presentes em todo e qualquer processo judicial, devendo ser
seguido pelas partes e por todos os demais participantes da relação jurídica processual.
 
Dentre esses princípios constitucionais do Direito Processual, é considerado como o mais
importante o do devido processo legal, consagrado no artigo 5°, LIV, da Constituição da
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República:
 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal
 
Em decorrência do principio acima, o qual é em verdade, a causa de todos os demais
princípios do Direito Processual tem-se: o Princípio da Inafastabilidade da Tutela Jurisdicional;
o Princípio do Juiz Natural; o Princípio da Imparcialidade do Juiz; o Princípio do Contraditório e
Ampla Defesa; o Princípio da Igualdade que decorre do Principio da Isonomia; o Principio da
fundamentação etc...
 
Sem interesse de esgotar toda a matéria, mas, fazendo alusão aos principais aspectos, iremos
tratar de alguns dos principais princípios do Direito Processual a seguir:
 
 
2. PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
 
 
Este principio, consagrado no artigo 5°, inciso LIV, da Constituição da República, apresenta-se
em plano superior, conforme já acima mencionado, em relação aos demais princípios
encartados no texto maior. Devido a esta consagração é suficiente que este princípio assegure
todos os demais princípios constitucionais do Direito Processual.
 
Como exemplo disso, temos a hipótese do magistrado ao infringir alguma regra processual
(negativa de oitiva de testemunha tempestivamente arroladas, capazes e sem impedimentos),
violar o princípio do contraditório e da ampla defesa e, ao mesmo tempo, violar o princípio do
devido processo legal. 
 
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Demonstra-se dessa forma que qualquer violação aos demais princípios ora analisados neste
trabalho, sempre imporá a infração ao princípio do devido processo legal. 
 
Isto porque, o processo deve ser formado e desfechado conforme as previsões da lei, sem que
as partes sejam tomadas de surpresa pela postura indevida do magistrado, em desarmonia
com o previsto no texto legal.
 
Essa garantia atribuída ao devido processo legal teve inicio sendo exclusivamente processual,
passando com o tempo a ter também um aspecto de direito material, assim é que o devido
processo legal substancial (ou material) deve ser entendido como uma garantia ao trinômio
“vida, liberdade, propriedade”. Onde a Constituição brasileira o recepciona da seguinte forma: 
 
 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal
 
Conforme os ensinamentos de Olavo Ferreira:
 
 
“o principio do devido legal tem duas facetas: 1) formal e 2) material. O segundo encontra
fundamentado nos artigos 5º , incisos LIV, e 3º , inciso I, da Constituição federal. Do devido
processo legal substancial ou material são extraídos os princípios da razoabilidade e
proporcionalidade. Não há repercussão pratica na discussão sobre a origem do principio da
razoabilidade e da proporcionalidade, considerando-se que os mesmos tem status
constitucional, e diante de compatibilidade, sob pena de irremissível inconstitucionalidade,
reconhecida no controle difuso ou concentrado( ...)A razoabilidade e proporcionalidade das leis
e atos do poder público são inafastáveis, considerando-se que o direito tem conteúdo justo.
 
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Além disso, deve o aspecto processual da garantia do devido processo legal ser entendido
como a garantia de pleno acesso à justiça, pois do contrário, esta garantia meramente formal
seria totalmente ineficaz, sendo certo que obstáculos econômicos (principalmente), sociais e de
outras naturezas impediriam que todas as alegações de lesão ou ameaça a direitos pudessem
chegar ao Judiciário, essa garantia de aceso à ordem jurídica justa deve ser uma garantia
substancial, assegurando-se assim a todos aqueles que se encontrem como titulares de uma
posição jurídica de vantagem e que possam obter uma verdadeira e efetiva tutela jurídica a ser
prestada pelo Judiciário.
 
Portanto, assegura-se o devido processo legal como um processo justo, isto é, um processo
em que seja assegurado um tratamento isonômico entre todas as esferas da sociedade, com o
objetivo de um resultado efetivo de direito.
 
 
3. PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA TUTELA JURISDICIONAL
 
 
Trata-se do principio do principio da inafastabilidade da jurisdição, também conhecido como
direito de ação, ou principio do livre acesso ao judiciário.
 
Esse princípio está consagrado no artigo 5°, XXXV da Constituição da República, onde relata
que:
 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
 
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Apesar dessa terminologia dar idéia de restrição apenas ao acesso ao poder judiciário, não se
deve entender apenas como acesso a justiça enquanto instituição estatal e sim como acesso à
ordem jurídica justa, preferindo-se, conforme a doutrina mais abalizada, utilizar-se da
expressão acesso a justiça.
 
 
“a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito”, ou seja, fica
assegurado a todo aquele que se sentir lesado ou ameaçado em seus direitos o acesso aos
órgãos judiciais, não podendo a lei vedar esse acesso.
 
 
Apesar de ter como principal destinatário da norma contida no referido inciso o legislador (o
qual fica impedido de elaborar normas jurídicas que impeçam ou restrinjam em demasia o
acesso aos órgãos do Judiciário), também direciona-se a todos de modo geral. Por isso é que
se deve ser tida por inconstitucional qualquer norma jurídica que impeça aquele que se
considera titular de uma posição jurídica de vantagem, e que sinta tal posição lesada ou
ameaçada, de solicitar junto aos órgãos judiciais à proteção que se sinta merecedor.
 
Em decorrência desse principio, não mais se admite no sistema constitucional pátrio a
chamada jurisdição condicionada ou instancia administrativa de cunho forçado.
 
A exceção a esta regra, a este direito e garantia individual (clausula pétrea) só se introduzida
pelo poder constituinte originário, conforme acontece com a justiça desportiva.
 
Portanto,o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, pois, tem como pressuposto o
direito, por ele assegurado, à tutela jurisdicional adequada, devendo ser considerada
inconstitucional qualquer norma que impeça o Judiciário de tutelar de forma efetiva os direitos
lesados ou ameaçados que a ele são levados em busca de proteção.
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4. PRINCÍPIOS DO JUIZ NATURAL E DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ
 
 
A garantia estabelecida por esse principio é a que determina que o processo seja julgado pela
autoridade com competência prevista na Constituição para solucionar o conflito de interesses,
evitando assim que o litígio seja conhecido por juiz ou tribunal de exceção, ou seja por órgão
não investidos do poder jurisdicional, tipicamente formados em momentos de ditadura militar
 
Encontra-se amparado nos incisos XXXVII e LII do artigo 5°. Dessa forma, a Lei Maior proíbe a
existência de juízo em tribunais de exceção, garantindo ainda que ninguém será sentenciado
senão pela autoridade competente.
 
De forma resumida pode se afirma que o seu conteúdo se baseia na necessidade de
predeterminação do juízo competente, quer para o processo, quer para o julgamento,
proibindo-se qualquer forma de designação de tribunais para casos determinados. 
 
Pode afirmar também que o principio em estudo é um desdobramento da regra da igualdade,
sendo vedado a discriminação de pessoas ou casos para o efeito de submissão a juízo ou
tribunal que não disponibilizado por todos os indivíduos. 
 
Há necessidade de se atentar que o Princípio do Juiz Natural só será entendido em todos os
seus aspectos se ficar claro que a garantia tem duas faces: uma primeira, ligada ao órgão
jurisdicional, ou seja, ao juízo, e não propriamente a pessoa do juiz. Uma segunda faceta do
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mesmo princípio, diz respeito à pessoa do juiz e esta ligada à sua imparcialidade.
 
È o primeiro aspecto do princípio que a Constituição consagra, ao proibir juízos de exceção e
ao determinar que os processos tramitem perante o juízo competente, assegurando de que os
processos tramitem perante juízos cuja competência constitucional é preestabelecida, não
necessariamente integrante do poder judiciário, pois a própria constituição Federal contempla
situações nas quais certos conflitos de interesses são apreciados por integrantes de outros
poder estatal, como é o caso da regra disposta no artigo 52 da CF, prevendo a competência do
Senado federal para processar e julgar: 
 
Assim o que se veda é a designação, por deliberação legislativa ou outra de Tribunal para
julgar, através do processo, determinado caso, tenha ele já ocorrido ou não, irrelevante a já
existência de Tribunal, não abrangendo na aludida proibição a justiça especializada, nem
tampouco os tribunais de éticas. 
 
Um outro aspecto do princípio do juiz natural que muitas vezes é esquecido, e que este ligado
diretamente à pessoa natural que exerce, no processo, a função de juiz. Trata-se da exigência
de imparcialidade, essencial para que se tenha um processo justo sob pena de se retirar toda a
legitimidade de sua decisão.
 
Por esta razão, é que as leis processuais estabelecem relações de vícios de parcialidade dos
juízes, enumerados sob as denominações genéricas de causas de impedimento e de sua
suspeição, explicitado nos artigos 134 e 135 do Código Processual Civil.
 
A imparcialidade que se espera do juiz é a que resulta da ausência de qualquer interesse
pessoal do juiz na solução da demanda a ele apresentada. Não se pode admitir que um
processo seja submetido a um juiz ligado a alguma das partes por laços de parentesco ou
amizade (ou mesmo inimizade), ou que tenha interesse, econômico, jurídico ou de outra
ordem, na vitória de qualquer das partes. 
 
O juiz deve ser alguém estranho às partes, sob pena de desobedecer o princípio do juiz
natural, que exige não só um órgão com competência constitucional preestabelecida, mas
também um juiz imparcial, sob pena de se violar a garantia do processo justo.
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5. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
 
 
A incidência do princípio em exame é garantida em processos judiciais e administrativos, e
estabelece a necessidade de se da ciência a cada litigante dos atos praticados pelo juiz e pelo
adversário. 
 
Este principio esta consagrado no artigo 5º, LV, da Constituição Federal , segundo o qual “aos
litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerente”.
 
Como exemplo tem-se o caso de proposta uma ação, deve-se citar o réu, para que o mesmo
possa oferecer sua defesa. Da mesma forma, se no curso do processo alguma das partes
juntar aos autos um documento qualquer, e preciso intimar a parte adversa, para que esta,
tomando conhecimento da existência do documento, possa sobre ele se manifestar.
 
Dessa forma, o conteúdo primordial desse princípio é formado pela informação e Reação, pois
as partes são formalmente informadas dos atos processuais e devem ter a possibilidade de
reagir.
 
Contudo, em alguns casos a incidência do princípio em tela é mitigada, sobretudo diante das
intituladas medidas de urgência, justificando, portanto, a antecipação da prestação jurisdicional
sem a ciência da outra parte, pelo motivo de garantir o resultado pratico e efetivo do processo.
 
Por fim, o principio do contraditório é essencial para que haja processo justo, sendo de extrema
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relevância para a efetivação pratica da garantia constitucional do devido processo legal. O
contraditório e tão relevante para o processo, que chega a integrar seu conceito, sendo lícito
afirmar que não existe processo, onde não existe contraditório.
 
 
6. PRINCÍPIO DA IGUALDADE:
 
 
O princípio da igualdade decorre do principio da isonomia, onde as partes devem ser tratadas
com igualdade baseando-se na bilateralidade da audiência, garantindo-se dessa maneira que
as partes sejam igualmente tratadas no curso do processo, a fim de evitar a concessão de
benesse em favor de uma delas, com conseqüente desequilíbrio em face do opositor.
 
A norma inscrita no artigo 5º, caput, da Constituição faz brotar o princípio da igualdade
processual. As partes e os procuradores devem merecer tratamento igualitário, para que
tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões. 
 
No artigo 125, inc. I, do CPC proclama que compete ao juiz “assegurar as partes igualdade de
tratamento”. No processo civil legitimam-se normas e medidas destinadas a reequilibrar as
partes e permitir que litiguem em paridade em armas, sempre que alguma causa ou
circunstancia exterior ao processo ponha uma delas em condições de superioridade ou de
inferioridade em face do outro. 
 
Porem, é muito delicado essa tarefa de reequilibril substancial, o qual não deve criar
desequilíbrios privilégios a pretexto de remover desigualdades .
 
Porem, o princípio também não se apresenta de forma absoluta, admitindo-se o tratamento
desigual entre as partes, quando uma se apresentar em situação desprivilegiada no processo,
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se comparada à do adversário. Nesse sentido, Faz parte também das exceções do princípio da
igualdade, a lei que manda dar prioridade, nos juízos inferiores e nos tribunais as causas de
interesse de pessoas com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos toma-se em
consideração que as partes idosas têm menor expectativa de sobrevida e na maioria dos
casos, mais necessitam da tutela jurisdicional. 
 
Outra exceção do principio da igualdade é o Estado possuir o dobro do tempo para contestar a
ação, pois o mesmo representa toda a sociedade. Entretanto, apesar dessa aparente
desigualdade, o se que pretende sustentarque o Princípio da Isonomia estabelece que pares
que se encontram na mesma situação jurídica devem ser igualitariamente tratadas,
admitindo-se tratamento desigual entre partes também desiguais, o que se justifica, pelos
exemplos acima demonstrados.
 
 
7. PRINCÍPIO DA ECONOMIA, DA CELERIDADE E DA INSTRUMENTALIDADE DAS
FORMAS:
 
 
O princípio da economia estabelece que os atos processuais devem ser praticados com o
menor dispêndio de dinheiro, preconizando ainda, o princípio, o máximo resultado na atuação
do direito com o mínimo emprego possível de atividades processuais.
 
Esse princípio esta diretamente ligado ao da Celeridade processual previsto no artigo 5º, iniciso
LXXVIII, tendo assim, como principal objetivo e finalidade a missão social de eliminar conflitos
e fazer justiça.
 
Conforme ensina e observa Bedaque:
 
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“o tempo constitui um dos grandes óbices a efetividade da tutela jurisdicional, em especial no
processo de conhecimento, pois o desenvolvimento da atividade cognitiva do julgador é
necessária a pratica da vários atos, de natureza ordinatório e instrutora. Isso impede a imediata
concessão do provimento requerido, o que pode gerar risco de inutilidade ou ineficácia, visto
que muitas vezes a satisfação necessita ser imediata, sob pena de perecimento do direito
reclamado”.
 
 
Nesse sentido, a EC nº 45/2004, ampliando os direitos e garantias fundamentais, estabeleceu,
no artigo 5º LXXVIII, que a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
 
Exemplos típicos de utilização do princípio da economia são a Reconvenção, que é uma ação
movida pelo réu contra o autor no mesmo processo, sendo ambas (ação e reconvenção)
julgadas na mesma sentença; a ação declaratória incidente, quando as partes emitem um
pronunciamento suscetível de adquirir autoridade de coisa julgada e litisconsórcio que é a
cumulação de partes num só processo, sejam vários autores e um só réu, ou vários réus e um
só autor, ou ainda vários réus e vários autores.
 
Atrelado ao princípio da economia, está o princípio da instrumentalidade das formas, estas são
apenas fórmulas para melhor praticar o direito. Baseado nesse princípio, os atos irregulares
serão anulados somente se incorrigíveis ou se prejudicarem sobremaneira o processo. 
 
O artigo 244 do Código de Processo Civil reza: 
 
 
“Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará
válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade”, e o artigo 249 assegura
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que: O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as
providências necessárias, a fim de sejam repetidos, ou retificados”.
 
 
É certo que apesar da importância desses princípios, deve-se considerar que os mesmos
precisam ser sabiamente dosados, pois mais importante que a forma e valores envolvidos é
promover a justiça e satisfação da sociedade.
 
 
8. PRINCIPIO DA FUNDAMENTAÇÃO OU DA MOTIVAÇÃO DA DECISÃO JUDICIAL
 
 
Dentre vários outros instrumentos a fim de se garantir a imparcialidade do juiz, encontra-se o
Principio da fundamentação ou motivação da decisão judicial.
 
Sabe-se que a decisão judicial é gênero do qual são espécies as sentenças, os despachos, as
decisões interlocutórias e os acórdãos. É certo também que todas as decisões devem ser
fundamentadas, principalmente nessa época em que houve considerável aumento dos poderes
instrutórios dos juizes, sob pena de nulidade e conseqüente violação da imparcialidade.
 
Nesse sentido, o art. 93, IX, da CF/88, na nova redação determinada pela EC n. 45/, determina
que :
 
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“ todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às
próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”.
 
 
O Código de Processo Civil flexibiliza a regra própria a fundamentação, para permitir que
alguma decisões judiciais sejam fundamentadas de modo conciso, como é o caso das
sentenças que extinguem o processo sem resolução do mérito, como se colhe da analise do
art. 459 do CPC, que estabelece que a concisão não significa ausência de fundamentação,
mas fundamentação breve.
 
Dessa forma, o dever de motivar as decisões judiciais deve ser entendido como garantia das
partes, com a finalidade de aferir-se em concreto a imparcialidade do juiz e a conseqüente
legalidade de justiça das decisões.
 
 
 
 
 
 
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9.CONCLUSÃO
 
 
Como visto, pela importância e a garantia fundamental contida nos princípios gerais no
processo, eles devem ser respeitados na edificação das normas infraconstitucionais e na
aplicação do direito processual, ou seja, na rotina das lides forenses, sob pena de afronta
direta a Constituição Federal e correspondente nulidade do ato praticado. 
 
 
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10.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
 
LENZA, Pedro: Direito Constitucuional. 9.ed. Ed. Método. 2005.
 
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; GRINOVER, A da Pellegrini; DINAMARCO, Cândido R.
Teoria Geral do Processo: Direito Processual Civil. 18. ed. rev. atual. Ed. Melheiros. 2002.
 
FILHO, Misael Montenegro. Processo Civil, serie concursos públicos. 3.ed. Ed. Método. 2006.
 
SANTOS, Ernane Fidélis. Manual de Direito Processual Civil. Volume 1. 10 ed. São Paulo.
Saraiva. 2003.
 
 
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