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Instituto Universal Brasileiro Educação de Jovens e Adultos a Distância BRASILEIRO Curso a distância de: SUPLETIVO PREPARATÓRIO ENSINO MÉDIO Série HistóriaENSINO MÉDIO HISTÓRIA SÉRIE AULA 2 A ERA DAS REVOLUÇÕES INTRODUÇÃO A Era das Revoluções foi marcada por vários movimentos revolucionários em toda a América. Os ideais de liberdade, pela primeira vez foram postos em prática, pelos Estados Unidos que declaravam-se inde- pendentes da sua antiga a Inglaterra, acelerando a crise do Antigo Regime. Seguindo esse exemplo, outros movimentos libertadores também iniciaram a independência das colônias latino- americanas mas, foram contidos por países que compunham a Santa Aliança e que desejavam a permanência do Antigo Regime. A REVOLUCIONÁRIA A Independência dos Estados Unidos As novas doutrinas políticas e sociais dos séculos XVII e XVIII encontraram grande acolhida nas colônias inglesas da América; os colonos começaram a exigir direitos. A liberdade começou a ser posta num plano mais elevado e todos esses colonos, em sua maioria descendentes dos primeiros colonizadores ingleses, holandeses, franceses e alemães, estavam dispostos a mantê-la a qualquer custo. A emancipação era almejada, através de governo próprio, represen- tação parlamentar e igualdade social. espírito revolucionário caracterizava os próprios colonizadores, que, em muitos casos, haviam sido vítimas de perseguições religiosas e jogaram toda a sua fortuna nessa desabalada fuga, em que pretendiam preservar sua liber- dade e religião. Portanto, eles não temiam ver sua posição social ameaçada; como já haviam lutado antes, poderiam fazê-lo de novo, desde que isso lhes assegurasse, depois, a liberdade desejada. Datam do princípio do século XVI as primeiras levas de imigrantes para a América do Norte. Eram, como já dissemos, em sua maior parte descendentes de ingleses, franceses, holandeses e alemães. Todavia, aos poucos foram predominando os de descendência inglesa e já no século XVII se achavam em número tão superior ao dos imigrantes de outras descendências, que acabaram por expulsar esses últimos. Nova ocupada pelos holandeses, foi tomada pelos ingleses em 1664 e seu governo passou às mãos do Duque de York, irmão do rei inglês. Nascia, então, a cidade que hoje conhecemos como Nova Os primeiros imigrantes perseguidos em suas pátrias devido ao fator religioso não sofreram essas perseguições por terem sido adeptos, todos eles, de uma única religião. Esse já era um dos motivos por que não havia, no princípio, a necessária união entre os próprios colonos e seu particularismo nada mais era do que a base do regime federalista, que futuramente vigoraria na própria América. Cada um dos núcleos americanos desfrutava de certa autonomia administrati- va e a participação do governo inglês em suas questões tanto financeiras quanto sociais, era limitada. Gradativamente, esses imigrantes iam fazendo da região em que haviam se estabelecido o seu próprio país; que- riam que ele crescesse e tivesse um destino de independência e progresso. Já eram bem remotos os pensamentos de se estabelecerem na América apenas para enriquecimento e posterior retorno à Europa, onde se daria o usufruto da riqueza obtida nessa aventura. Mesmo no século XVIII os imigrantes já se achavam possuídos do mais puro sentimento de independência nacional. Causas da Guerra da Independência A independência dos Estados Unidos está ligada às medidas tomadas pela Inglaterra, em relação às suas colô- nias na América, logo após a Guerra dos Sete Anos (1756 1763). Embora se vencedora do combate, a Ingla-terra passava por grande crise econômica, razão pela qual decidiu tomar medidas que contrariaram os colonos. Em 1764, o Parlamento britânico criou a Lei do Selo (Stamp Act), determinando que todo documento, folheto ou papel usado para fins comerciais deveria conter o selo britânico. Até os jornais não poderiam prescindir desse selo. A imposição de tal lei resultou em veemente protesto dos colonos, que não a aceitaram, uma vez que não haviam sido consultados previamente. Para eles, o parlamento era uma instituição estranha; haviam progredido bastante, gozavam de certa autonomia e queriam ter seu próprio órgão legislativo. Não se consideravam simples colonos, pois sua evolução fazia com que almejassem desfrutar dos mesmos direitos dos ingleses. A Lei do Selo não foi, em suma, acatada pelos colonos, que promoveram uma série de levantes contra a medida. Os funcionários que vendiam os selos eram agredidos e encarcerados e os selos, queimados em público, em sinal de protesto. A revolta foi tamanha que a residência do governador de Bóston foi destruída e os colonos estavam dispostos a oferecer um boicote aos produtos ingleses. Diante desses conflitos, o Parlamento não teve outra alternativa senão anular a Lei do Selo. Sua atitude, porém, apenas avivou a chama da independência que já se acendera na colônia americana. A vitória sobre o Parlamento, com a revogação dessa lei, constituiu-se em incentivo para que prosseguissem lutando por seus ideais de completa liberdade. A guerra Em 1767, o Parlamento lançou novos impostos, considerados intoleráveis pelos colonos. Dessa vez, os tributos incidiam sobre produtos de importação, como o papel e o Os colonos decidiram, então, não mais comprá-los da Inglaterra e, diante disso, Jorge III e o Parlamento houveram por bem revogar a lei que criara tais impostos, mas confir- mavam o tributo sobre o chá. Entretanto, em 1773, ao aportarem em Bóston três navios carregados desse produto, ocorreu o "Boston Tea Party", incidente em que os habitantes locais, disfarçados de índios, lançaram toda a carga ao mar. Ao saber do fato, o rei não hesitou em punir os rebeldes decretando o fechamento do porto de Bóston, em 1774; ele seria reaber- to somente se fosse pago o chá perdido. Além disso, Jorge III enviou tropas para tomarem a cidade. Com o objetivo de escolher um representante que mantivesse conversações com o rei, para a resolução desses problemas, obtendo do mesmo a supressão das restrições ao comércio e à indústria, os colonos decidiram reunir-se em Filadélfia. Deu-se então o Primeiro Congresso de no qual se elaborou uma mensagem ao rei, reivindicando os direitos das colônias. Ao mesmo tempo, divulgou-se a "Declaração dos Direitos dos Colonos", que os colocava em igualdade de direitos com os ingleses. rei ignorou essas reivindicações e ordenou que as colônias permanecessem submissas à metrópole. No início de maio de 1775, instalou-se o Segundo Congresso de determinando para o cargo de comandante das tropas americanas George Washington, fervoroso defensor da pátria e homem dotado de grande de organização. As forças revolucionárias compunham-se de voluntários mal vestidos e sem preparo, e somente a perícia de Washington, ao conduzi-las, proporcionou a vitória dos colonos, pois conseguiram afugentar os ingleses do porto de Bóston e seguida. A 4 de julho de 1776, reuniram-se novamente os representantes das treze colônias americanas no Terceiro Congresso de Filadélfia, proclamando a independência dos Estados Unidos da América. A "Declaração da Independência" foi redigida por Thomas Jefferson, democrata de renome em seu tempo. Todavia, a Inglaterra não aceitou essa decisão e a luta prosseguiu com maior Apesar da desorganização e da inexperiência militar, o exército americano, aos poucos, foi levando vantagem sobre o inglês. George Washington teve que se empenhar ao máximo para conseguir de seus soldados um bom trabalho, pois em sua maior parte eram eles artesãos e granjeiros rudes e inexperientes. Conseguiram derrubar os ingleses, pondo em ação um sistema de emboscadas desconhecido dos mesmos. Por outro lado, haviam recebido auxílio de voluntários franceses que apoiavam a causa americana. Além da França, a Holanda e a Espanha eram simpatizantes ao movimento de independência americana. Na batalha de Saratoga (1777), as tropas inglesas foram mais uma vez desmobilizadas pelos americanos; a vitória final,contudo, aconteceu em 1781, quando os ingleses foram derrotados por Washington próximo a Yorktown, no Estado da Virgínia. o tratado de paz com a Inglaterra, bem como o reconhecimento da independência americana deram-se no palácio de Versalhes, no ano seguinte. Estava assim concretizada a emancipação norte-americana; os Estados Unidos constituíam o primeiro país independente da América. A Constituição Americana de 1787 - A primeira Constituição americana havia sido elaborada no ano de 1781, mas fora feita numa situação de emergência, quando as trezes colônias ainda não se achavam fortemente relacionadas entre si, o que, aliás, dificultava também o trabalho de Washington na condução de suas tropas. Em 1 787, foi termina- da a nova Constituição, segundo a qual as antigas colônias passaram a ser os Estados Unidos da América, adotando a forma de República Federativa e Representativa. Estabelecia, ainda a separação dos três poderes, executivo, legislativo e judiciário. primeiro deveria ser exercido por um Presidente escolhido pelo Colégio Eleitoral, órgão formado por re- presentantes de todos os Estados da nação. o Presidente deveria governar por quatro anos. desempenho do poder legislativo deveria caber ao Congresso, constituído pelo Senado (dois senadores de cada Estado) e pela Câmara de Representantes (cada Estado deveria enviar um número de deputados proporcional ao número de habitantes que com- portasse). Por sua vez, o poder judiciário seria exercido por juízes, que compunham a Corte Suprema. Quem designava esses juízes era o poder executivo, sendo que o cargo era vitalício. A Constituição americana veio a sofrer algumas alterações posteriormente, sendo que uma dessas alterações merece maior destaque, por haver instituído o "Bill of Rights" (Lei dos Direitos), em 1791. Confirmava, por intermédio desse documento, seu espírito democrático. Mais tarde, seria ele imitado pelas colônias da América Latina, em suas aspirações à independência. A INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS LATINO-AMERICANAS Causas A necessidade de emancipação das colônias espanholas surgiu não apenas por influências externas, mas tam- bém devido a fatores internos, como por exemplo seu grande desenvolvimento, não mais compatível com a situação de simples colônias. Por outro lado, é importante ressaltar a presença do "crioullo", descendente de brancos nascido na América, que aos poucos foi se projetando na sociedade colonial e exercendo influência no meio da população. Apesar disso, ainda deveriam manter-se submissos aos espanhóis, os "chapetones". Portanto, a rivalidade entre eles, prove- niente da desigualdade social e preconceito racial também foi um fator importante para que se iniciassem os movimen- tos de emancipação na América. Os "crioullos" formavam as Câmaras Municipais (Cabildos) e foram elementos de ação decisiva na independência das colônias espanholas. Eles se sentiam senhores da terra em que haviam nascido; não obstante, eram sempre subes- timados em favor do espanhol de nascimento, que ocupava os principais cargos e gozava de privilégios. Quanto aos fatores de ordem externa, podem ser evidenciados os seguintes: a) As novas idéias dos filósofos do século XVIII Muitos "crioullos" haviam passado algum tempo na Europa, estudando, e lá tiveram oportunidade de entrar em contato com a nova mentalidade dominante, animando-se a expulsar de sua pátria o jugo espanhol. b) A independência dos Estados Unidos - Esse movimento também contribuiu para que se acendesse nos "crioullos" o desejo de liberdade, pois os colonos norte-americanos haviam lutado contra uma vencendo-a; ademais, poderiam auxiliá-los na luta que visavam sustentar, contra a Espanha. Paradoxalmente, na guerra da inde- pendência dos Estados Unidos a Espanha aliou-se aos colonos revoltosos e muitos "crioullos" participaram daqueles combates. Tinham, portanto, um pouco de experiência a respeito. c) A intervenção de Napoleão na Espanha Como já vimos, o imperador francês destronou Carlos II e tomouposse da Espanha, doando o governo a seu irmão, José Bonaparte. povo espanhol, contudo, não aceitou o novo rei que lhe fora imposto e promoveu inúmeras sublevações, as quais levaram o país à desorganização política. Toda essa situação se refletiu na América, que teve, então, condições propícias para iniciar o movimento. Formaram-se juntas provisórias de governo, que se transformaram em verdadeiros centros de movimentos a favor da independência. As primeiras manifestações ocorreram em 1810, quando as colônias se achavam abandonadas pela Com a der- rota de Napoleão na Espanha, o rei Fernando VII tomou o poder, pretendendo colocar em prática uma política de opressão em relação às colônias, o que resultou em multiplicação das manifestações hostis das mesmas. Elas se achavam habituadas a certa autonomia e não toleravam a pressão do rei. A abertura dos portos hispano-americanos ao comércio com as nações amigas, em 1797, foi também uma contribuição importante para a evolução dos acontecimen- tos. Até então, as colônias só podiam comerciar com a Espanha, o que evidentemente dificultava o livre desenvolvimen- to dos intercâmbios comerciais. A abertura dos portos deu um grande impulso à riqueza das colônias e, conseqüente- mente aumentou sua autonomia. INDEPENDÊNCIA E EVOLUÇÃO POLÍTICA DOS PAÍSES LATINO-AMERICANOS No México deram-se os primeiros movimentos pela independência (1810), tendo à frente o padre "crioullo" Hidalgo, da aldeia mexicana de Dolores. Tendo organizado tropas entre seus próprios paroquianos, índios e mestiços. Apesar de não haver logrado êxito essa tentativa, não esmoreceu nos mexicanos a aspiração à independência. Em 1812, desencadeou-se nova rebelião, dessa vez chefiada pelo padre José Maria Morelos y Pavon, que reuniu um congresso revolucionário em Anauac e, no ano seguinte, proclamou a independência do México. Esta chegou a viver por dois anos, ao fim dos quais foi novamente derrotada. o bravo chefe mexicano acabou sendo fuzilado, em dezembro de 1815. A independência do México definitivamente foi realizada em 1822 pelo general que se consagrou impe- rador sob o nome de Agustin I. Um ano depois, foi obrigado a abdicar do governo do México e, ao tentar retomar o seu cargo, foi executado. Posteriormente o México passaria a adotar o regime republicano. Quanto ao Peru, foi o último centro de resistência espanhola na América do Sul. o exército de San Martin para lá se dirigiu por mar, numa esquadra comandada pelo almirante Cochrane. As forças chilenas desembarcaram no Peru e, após várias batalhas, entraram em Lima, onde foi proclamada a independência do Peru, em 1822. Parte do Peru, que ainda permanecia nas mãos dos realistas, foi finalmente tomada por Sucre, um dos generais de Bolívar, em 1824. Sucre foi o primeiro Presidente do Alto Peru ou Bolívia. Cuba Desde o ano de a ilha de Cuba vinha lutando para libertar-se da Espanha, mas os movimentos sempre redundavam em fracasso. No entanto, em D. José Marti principiou um movimento mais bem organizado e com melhores perspectivas do que os anteriores, visto que os adeptos do novo movimento já contavam com a experiência adquirida nas lutas passadas. Os Estados Unidos, que não viam com bons olhos o domínio da Espanha nas Antilhas, aproveitaram a oportu- nidade para se pôr contra ela, auxiliando os cubanos. Um episódio bastante grave, ocorrido em maio de 1898, precipitou o conflito: o couraçado enviado pelos Estados Unidos, para garantir a integridade dos norte-americanos estabelecidos na capital da ilha, foi pelos ares. Evidentemente, a explosão foi atribuída aos espanhóis, aos quais os Estados Unidos imediatamente declararam guerra. Espanhóis e norte-americanos lutaram ferozmente, tanto no Pacífico como nas Antilhas, até que em dezembro de 1898 a questão foi solucionada, em Paris, quando ambos os países assinaram um tratado de paz. Através do mesmo, os Estados Unidos ficavam com as ilhas de Porto Rico e Filipinas, mas deveriam entregar a quantia de 20 milhões de dólares à Espanha, a título de indenização. Quanto a Cuba, passou a figurar como República independente, porém sob a proteção dos Estados Unidos, que na ilha mantiveram suas tropas até o ano de 1906.Após sucessivos levantes nacionalistas, primeiro contra o estabelecimento de tropas americanas no país, depois, contra os governos despóticos, chegou-se então ao período de dominação do sargento Fulgêncio Batista. Seu governo também não foi aceito pelo povo, cujas manifestações em contrário eram reprimidas violentamente. Todavia, o advoga- do Fidel Castro conseguiu levar avante um novo movimento revolucionário. Desde o início do movimento, toda a opinião pública do continente estivera com os revolucionários, pois o governo de Batista tornara-se realmente insuportável. Eles venceram e Fidel Castro subiu ao poder, na qualidade de Primeiro-Ministro. Ele permanece no comando da ilha, na condição de chefe de Estado. Priorizamos destacar alguns países latino-americanos. Cabe, no entanto, ressaltarmos que a independência da América Latina, sob os aspectos econômicos significaram o não rompimento dos laços de dependência em relação às européias. Até hoje, os países pertencentes a América Latina continuam a ser exportadores de matérias-pri- mas e importadores de produtos industrializados vindos da Europa. Politicamente, os novos governos se orientam no sentido de evitar qualquer possibilidade de participação popular autônoma. A política, nos países pertencentes à América Latina, governam de modo a garantir os privilégios das elites. o Congresso de Viena Após a queda de Napoleão Bonaparte realizou-se em Viena uma reunião da qual participaram ministros e sobera- nos europeus. Essa reunião visava modificar o mapa da Europa, pois grandes alterações sofrera o continente com as campanhas levadas a efeito pelo ex-imperador francês. Veja o mapa da figura 1 onde localizamos, a reorganização da Europa em função do Congresso de Viena. A EUROPA DO CONGRESSO DE VIENA REINO DA NORUEGA REINO DA SUÉCIA DA DINAMARCA REINO DA IMPÉRIO RUSSO Londres* Viena BIO) MAR NEGRO REINO DA IMPÉRIO Rom ESPANHA OTOMANO SARDENHA da Conf. Germânica Império Austríaco Reino da Prússia Reino da FrançaA conferência ocorreu em 1814, quando, após a fuga de Elba, Napoleão ainda conseguia impor o "Governo dos Cem Dias", cujo término se verificaria, com a derrota de Waterloo, em 1815. Os problemas foram tratados pela "Comissão dos Quatro", ou seja, a Inglaterra, Rússia, Áustria e Prússia, os países vencedores de Napoleão Bonaparte. Personalidades de grande vulto, na época, estiveram presentes, como o czar da Rússia, o imperador da Áustria, os reis da Prússia, Dinamarca, Baviera e Württemberg, e os ministros da França e da Inglaterra. As principais decisões do Congresso foram apoiadas no da legitimidade, ou seja, na restauração de todas as dinastias que haviam governado antes da Revolução Francesa. Por outro lado, os países que haviam sido usurpados de parte de suas terras (a partir de 1789) teriam agora o legítimo direito de reavê-las. princípio da legitimidade trouxe grandes modificações à configuração geográfica da Europa, no século XIX. A França passou a constituir apenas o território que a formava antes do início dos movimentos revolucionários (1789) e, além disso, viu-se obrigada a contribuir com 700 milhões de francos pelos prejuízos que causara, com as incursões e as guerras de Bonaparte. Todas essas modificações se processaram sem que os povos dos países envolvidos fossem previamente consul- tados; ao contrário, eles foram completamente ignorados. De uma hora para outra, mudaram de pátria e governo e o entrosamento às novas culturas muitas vezes teve que ser bastante forçado. Portanto, houve total desrespeito às nacionalidades, o que sem dúvida viria a pesar na balança dos grandes conflitos nacionalistas do futuro. Durante o período de restauração, que se seguiu ao Congresso de Viena, e no qual se procurou pôr novamente em prática o governo absolutista, formou-se a Santa Aliança. A Santa Aliança Alexandre I, czar da Rússia, foi o idealizador da Santa Aliança, formada em 1815, e cujo objetivo seria o de impedir que na Europa se propagassem as idéias liberais e as possíveis revoluções que elas inspirassem. Os reis plane- jaram manter sua autoridade a qualquer custo e, unidos, prometeram, ajudar-se mutuamente em caso de necessidade, isto é, se alguma sublevação se insurgisse contra o seu poder. Essa Aliança teve a princípio apenas um caráter senti- mental, fortificando-se a partir da formação da Quádrupla Aliança, da qual faziam parte a Inglaterra, a Rússia, a Áustria e a Prússia. Esses países se encarregariam de formar o escudo contra quaisquer movimentos contrários ao que fora estabelecido pela Santa Aliança. A adesão da França à mesma ocorreu em 1818, transformando-se a união anterior em Quíntupla Aliança, que se comprometeria a afugentar toda tentativa popular de depor os reis, considerados gover- nantes legítimos de seus países. Aos poucos, essa Aliança foi deixando transparecer a sua verdadeira essência e seus objetivos. Metternich acabou se convertendo no único manobrador da política da Aliança, que pendia unicamente para o lado dos interesses absolutistas. Essa política ficou conhecida como "sistema de Metternich". A Santa Aliança promoveu vários congressos, sempre que os achou convenientes, isto é, quando os países europeus se viram envolvidos em movimentos liberais. Vocabulário Antagônico: Contrário; oposto. Arsenal: Depósito de apetrechos de guerra. Atribuição: Faculdade própria de um cargo; prerrogativa. Compatível: Que é conciliável com outro, que se harmoniza com ele. Congresso: Reunião de diplomatas para resolução de questões internacionais; assembléia de delegados. Conservadorismo: Sistema de conservar as tradições; tradicionalismo. Conturbação: Agitação; perturbação. Essência: que constitui a natureza das coisas; substância. Federalismo: Forma de governo pela qual diversos estados se reúnem numa só nação, conservando cada qual sua autonomia.Gestão: Administração; gerência. Inoperância: Ausência de atividade; inutilidade. Insurrecional: Que tem o caráter de insurreição, Livre-câmbio: Troca de mercadorias entre duas nações, sem impostos aduaneiros. Lograr: Obter; gozar; Milícia: Força militar. Ministério: Conjunto de ministros ou gabinete. Nacionalismo: Preferência por tudo o que é próprio da nação a que pertence; patriotismo. Onerar: Sobrecarregar; agravar com tributos. Perícia: Habilidade; destreza. Prescindir: Dispensar; renunciar. Protetorado: Situação de um Estado colocado sob a autoridade de outro, no que respeita à política externa. Unanimidade: Qualidade de unânime, isto é, relativo a todos em geral, proveniente de acordo comum. Usufruto: Gozo; fruição. EXERCÍCIOS PARA VOCÊ ESTUDAR 1. Neste exercício, fazemos algumas afirmações. Algumas e) Em 1764, foi criado a lei do Selo pelo Parlamento estão corretas, outras, incorretas. Indique as corretas com britânico. (C) e as incorretas com (I). Corrija as incorretas. 2. A lei que decretava que todos os documentos usados a) Os colonos ingleses da América do Norte dese- na América, levassem o selo britânico era javam, a emancipação, através de um governo próprio. b) A representação parlamentar e a igualdade so- a) ( ) a lei dos cereais. cial faziam parte dos ideais dos colonos da América do b) ( ) a lei de Boston. Norte. c) (X) a lei do selo. c) A América do século XVI foi colonizada por d) ( ) a lei do colonos ingleses, franceses, holandeses e alemães. d) Uma das causas da guerra de independência dos Comentário: A Inglaterra passava por uma crise econô- Estados Unidos foi a guerra das duas rosas. mica e resolveu decretar algumas medidas que visavam Comentário: Está errada. Uma das causas da guerra de decretar a obrigatoriedade do pagamento de vários im- independência dos Estados Unidos foi a guerra dos postos, inclusive a lei do selo que garantia o uso do selo sete anos. britânico em todos os documentos utilizados na América. EXERCÍCIOS PARA VOCÊ RESOLVER 1. Os descendentes de brancos nascidos na América c) ( ) a lei do "Bill of Rights". eram chamados d) ( ) a lei do selo. a) ( ) de chapetones. 3. Em 4 de Julho de 1776 os representantes das treze b) ( ) de colonos. colônias americanas proclamaram a independência dos c) ( ) de crioullos. Estados Unidos da América, adotando d) ( ) de fidalgos. a) ( ) o parlamentarismo 2. Em 4 de Julho de 1776 se comemora b) ( ) a monarquia constitucional. c) ( ) a república a) ( ) a declaração dos direitos universais dos cidadãos. b) ( ) a independência dos Estados Unidos d) ( ) a república federativa representativa.4. Neste exercício, fazemos algumas afirmações. revoluções que elas inspirassem. Marque (V) para as frases verdadeiras e (F) para as frases falsas. Corrija as falsas. 5. A declaração de Independência dos Estados Unidos foi regida por: a) ( ) As principais decisões do Congresso de Viena foram fundamentadas no princípio de legitimidade. a) ( ) Robert Peel. b) ( ) No Congresso de Viena foi decidido o destino po- b) ( ) Willian Pitt. lítico da América. c) ( ) Thomas Jefferson. c) ( ) A Santa Aliança, criada em 1815, na Europa pre- d) ) George Washington. tendia impedir a difusão das idéias liberais e as possíveis CHAVE DE RESPOSTAS 1. Os descendentes de brancos e espanhóis nascidos na adotada nos Estados Unidos estabelecia o equilíbrio América eram chamados entre os três poderes: Executivo um presidente eleito mediante o voto indireto, por quatro anos. Legislativo a) ( ) de chapetones. onde Congresso Nacional era constituído pelo Senado b) ( ) de colonos. e Câmara dos Representantes e o judiciário representa- c) (X) de crioullos. do por uma Corte suprema, exercida por juízes designa- d) ( ) de fidalgos. dos pelo poder executivo. Comentário: Os descendentes de brancos e espanhóis nascidos na América, eram chamados de 4. Neste exercício, fazemos algumas afirmações. Eles representavam a elite local. No entanto, os crioullos Marque (V) para as frases verdadeiras e (F) para as fra- não tinham privilégios políticos, portanto, não poderiam ses falsas. Corrija as falsas. assumir os altos cargos da sociedade colonial. a) (V) As principais decisões do congresso de Viena 2. Em 4 de julho de 1776 se comemora foram fundamentadas no princípio de legitimidade. b) (F) no Congresso de Viena foi decidido o destino a) ( ) a declaração dos direitos universais dos cidadãos. político da América. b) (X) a Independência dos Estados Unidos. Comentário: Está errada. No congresso de Viena foi c) ( ) a Lei do "Bill of Rights". decidido o destino político da Europa. d) ( ) a Lei do selo. Comentário: Em 04 de julho de 1776 se comemora a c) (V) A Santa Aliança criada em 1815, na Europa pre- independência dos Estados Unidos. tendia impedir a difusão das idéias liberais e as pos- A declaração da independência dos Estados Unidos síveis revoluções que elas inspirassem. representou um desafio à Inglaterra, antiga metrópole das 13 colônias inglesas. 5. A declaração da Independência dos Estados Unidos A partir dessa data, surgiu uma nova nação, os Estados foi redigida por: Unidos. 3. Em 4 de julho de 1776 os representantes das treze a) ( ) Robert Peel. colônias americanas proclamaram a independência dos b) ( ) William Pitt. Estados Unidos da América, adotando c) (X) Thomas Jefferson. d) ( George Washington. a) ( ) o parlamentarismo. Comentário: Em 1776, reunidos pelo 1° congresso de b) ( ) a monarquia constitucional. os representantes das treze colônias promul- c) ( a república garam a Declaração de Independência redigida por d) (X) a república federativa representativa Thomas Jefferson. Esta declaração teve a influência das Comentário: A República federativa Representativa idéias iluministas.

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