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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
 
 
 
 
 
 
Rafaella de Almeida Sousa 
 
 
 
 
Avaliação de um Almanaque sobre Educação Sexual 
Dirigido aos Responsáveis, Professores e Estudantes 
do Ensino Básico. 
 
 
 
 
Programa de Pós-Graduação 
Educação nas Profissões da Saúde 
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC-SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOROCABA - SP 
2023 
 
1 
Rafaella de Almeida Sousa 
 
 
 
Avaliação de um Almanaque sobre Educação Sexual 
Dirigido aos Responsáveis, Professores e Estudantes 
do Ensino Básico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dissertação apresentada à Banca 
Examinadora da Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo como exigência 
para obtenção do título de Mestre 
Profissional em Educação nas Profissões 
da Saúde. Orientador Prof. Dr. Fernando 
Antônio de Almeida e coorientadora 
Profa. Dra. Maria Valéria Pavan 
 
 
 
 
SOROCABA-SP 
2023 
 
2 
 
 
Ficha Catalográfica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Banca Examinadora 
 
_______________________________ 
Profa. Dra. Rosiane Mattar 
 
 
 
_______________________________ 
Profa. Dra. Suzana Guimarães Moraes 
 
 
 
_______________________________ 
Prof. Dr. Fernando Antonio de Almeida 
 
 
 
4 
AGRADECIMENTOS 
 
São muitas as pessoas que sou grata, mas primeiramente sou grata a 
Deus por tudo. Quero agradecer à minha família que me deu forças, suporte e 
me incentivaram a iniciar e concluir o mestrado, como meu pai Eurides, minha 
mãe Rosa Maria, meu companheiro Davi e minha filha Isis, que nasceu no meio 
do mestrado. 
Sou grata ao meu orientador Prof. Fernando Antonio de Almeida, muito 
querido, aceitando me orientar, me ajudando nos desafios com muita dedicação, 
competência e profissionalismo, fundamental para a construção desse trabalho. 
Grata também à minha coorientadora Profa. Maria Valéria Pavan que 
graças ao seu maravilhoso projeto inicial, pude ter a grande oportunidade de 
participar realizando minha contribuição com a continuação desse projeto. 
Meus agradecimentos aos estudantes de medicina que fizeram parte do 
projeto realizando um excelente trabalho de produção do almanaque Educação 
Sexual e me permitiram avaliá-lo. Nominalmente: Luiza Hercowitz Tagnin, Luiza 
Lista Bertonha, Rebeca da Silva Souza, Helena Baldini Niero, Clarissa Garcia 
Custódio, Felipe Leonardo. 
Meu agradecimento à Heloísa Helena Armênio, secretária do Programa 
de Pós-Graduação Educação nas Profissões da Saúde, pela atenção e 
paciência, para que meu trabalho tivesse êxito. 
A todos os professores que ministraram aula no mestrado e que puderam, 
de alguma forma, contribuir para minha formação profissional. 
Aos meus colegas da turma do segundo semestre de 2021, que de 
alguma forma fizeram parte da minha história de vida. 
À Escola Estadual, à diretora, à coordenadora, professores e funcionários 
que nos acolheram com tanto carinho e respeito e de todas as formas 
possibilitaram a realização do projeto de pesquisa na escola. 
Aos pais e professores que participaram da pesquisa, sem eles não 
haveria resultados. 
E a todos que não mencionei, mas de alguma forma fizeram parte da 
construção desse projeto, meu Muito Obrigada! 
 
 
5 
RESUMO 
 
Sousa, Rafaella de Almeida. Avaliação de um Almanaque sobre Educação 
Sexual Dirigido aos Responsáveis, Professores e Estudantes do Ensino 
Básico. 
Desde 2016 há um projeto de extensão da Faculdade de Ciências Médicas e da 
Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (FCMS da PUC-SP), do 
qual participam estudantes de medicina em contato direto com alunos do ensino 
fundamental e médio de algumas escolas públicas de Sorocaba. Os principais 
objetivos do projeto de extensão são promover a educação sexual, prevenir a 
gravidez e prevenir as infecções sexualmente transmissíveis na adolescência. O 
projeto é realizado por meio de rodas de conversas, teatralização, atividades 
interativas e dinâmicas com os adolescentes, incluindo a apresentação de peças 
anatômicas da pelve masculina e feminina. Entre as ações educativas, os 
estudantes de medicina desenvolveram durante a pandemia de COVID-19, em 
2020, uma cartilha que pode ser utilizada pelos estudantes do ensino básico e, em 
particular, pelos seus pais, no sentido de facilitar a comunicação entre eles no 
processo de promover a educação sexual. O Objetivo central do presente estudo 
foi conhecer a opinião dos professores e dos pais ou responsáveis pelos 
estudantes do ensino básico de uma escola pública sobre a cartilha de educação 
sexual dirigida às crianças, adolescentes, pais e professores e colher suas 
impressões e sugestões sobre a publicação, de forma a aperfeiçoá-la e adequá-la 
às necessidades da comunidade. Métodos: foi oferecida a cartilha de 18 páginas, 
em linguagem simples, que contém atividades recreativas educacionais, desenhos 
explicativos e interativos, história em quadrinhos, caça-palavras e informações 
técnicas. Os participantes foram estimulados a expressar suas impressões por 
meio de um questionário semiestruturado e aberto, emitindo suas opiniões gerais 
sobre a cartilha, sobre os termos utilizados, as figuras e os exemplos, se estavam 
adequados e fáceis de entender. Opinaram também sobre a idade mais adequada 
para apresentá-la aos estudantes, se consideram que a cartilha pode ajudar a 
aproximar os pais e os filhos na tarefa da educação sexual e se têm sugestões para 
melhorar o instrumento. Resultados: participaram da pesquisa 12 professores (10 
mulheres e 2 homens) e 20 pais ou responsáveis (14 mães, 4 pais e 2 familiares 
responsáveis). A cartilha foi aprovada por todos os professores participantes, que 
fizeram comentários quanto à sua adequação e utilização e foi aprovada por 90% 
dos pais ou responsáveis, que fizeram comentários pertinentes e sugestões para a 
utilização e consideram (90%) que a cartilha é um instrumento útil para aproximar 
pais e filhos na tarefa da educação sexual. Conclusões: com pequenas 
adequações a cartilha pode ser utilizada na forma impressa ou virtual como 
estratégia educacional para professores e como instrumento facilitador para 
aproximar e auxiliar os pais na tarefa de educação sexual dos filhos. 
Palavras-chave: educação em saúde, educação sexual, adolescência, gravidez 
na adolescência, infecções sexualmente transmissíveis, abuso sexual na infância, 
ensino fundamental e médio. 
 
6 
ABSTRACT 
Sousa, Rafaella de Almeida. Evaluation of a Booklet on Sex Education Directed 
to Elementary and High-School Parents, Teachers, and Students. 
Since 2016, there has been an extension project by the Faculty of Medical and 
Health Sciences of the Pontifical Catholic University of São Paulo (FCMS da PUC-
SP), in which medical students participate in direct contact with elementary and high 
school students from some public schools, from Sorocaba. The main objectives of 
the extension project are to promote sex education, prevent pregnancy and prevent 
sexually transmitted infections in adolescence. The project is carried out through 
conversation circles, dramatization, interactive and dynamic activities with 
adolescents, including the presentation of anatomical pieces of the male and female 
pelvis. Among the educational actions, medical students developed during the 
COVID-19 pandemic, in 2020, a booklet that can be used by elementary or high-
school students and, in particular, by their parents, to facilitate communication 
between them in the process of promoting sex education. The main objective of 
the present study was to identify the opinion of teachers and parents or guardians 
of elementary school students in a public school about the sexual education booklet, 
and to collect their impressions and suggestions about the publication, in order to 
improve it and adapt it to the needs of the community. Methods: a simple language18-page booklet was offered to participants. It contains educational recreational 
activities, explanatory and interactive drawings, comics, word searches puzzles and 
technical information. Participants were encouraged to express their impressions 
through a semi-structured and open questionnaire, giving their general opinions 
about the booklet, about the terms used, the figures and examples, if they were 
adequate and easy to understand. They also gave their opinion on the most 
appropriate age to present it to students, if they consider that the booklet can help 
bring parents and children closer together in the task of sex education and if they 
have suggestions for improving the instrument. Results: 12 teachers (10 women 
and 2 men) and 20 parents or guardians (14 mothers, 4 fathers and 2 guardians) 
participated in the survey. The booklet was approved by all participating teachers, 
who commented on its suitability and use, and was approved by 90% of parents or 
guardians, who made relevant comments and suggestions for use. Parents or 
guardians considered (90%) that the booklet is a useful tool to bring parents and 
children closer together in the task of sex education. Conclusions: with minor 
adaptations, the booklet can be used in printed or virtual form as an educational 
strategy for teachers and as a facilitating instrument to approach and assist parents 
in the task of sex education for their children. 
Keywords: health education, sex education, adolescence, pregnancy in 
adolescence, sexual transmitted infections, sexual child abuse, primary and 
secondary education. 
 
7 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
AIDS Síndrome da Imunodeficiência Adquirida 
BNCC Base Nacional Comum Curricular 
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
FCMS Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 
MEC Ministério da Educação 
OMS Organização Mundial da Saúde 
PAISM Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher 
PCNs Parâmetros Curriculares Nacionais 
PeNSE Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 
PIPEXT Plano de Incentivo a Projetos de Extensão 
PROEX Programa de Excelência Acadêmica 
PUC-SP Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
TCLE Termo de consentimento livre e esclarecido 
UEPG Universidade Estadual de Ponta Grossa 
UFSCar Universidade Federal de São Carlos 
UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a 
Cultura 
 
 
8 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 11 
1.1. A Educação sexual emancipatória e a responsabilidade do Estado .... 11 
1.2. Projeto de Extensão - Desenvolvimento de material educativo e 
 realização de atividades sobre Educação Sexual em escolas públicas ..... 14 
 
2. OBJETIVOS .......................................................................................... 17 
2.1. Objetivo geral ........................................................................................17 
2.2. Objetivos específicos ............................................................................17 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................18 
 
4. RESULTADOS ........................................................................................20 
4.1 Caracterização da escola onde foi realizada a avaliação ........................20 
4.2 Caracterização dos participantes da pesquisa .......................................20 
4.3 Avaliação da Cartilha ..............................................................................22 
 
5. DISCUSSÃO ............................................................................................32 
 
6. CONCLUSÕES ........................................................................................37 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................38 
 
8. APÊNDICES ............................................................................................42 
 
9. ANEXOS ..................................................................................................50 
 
 
 
9 
 APRESENTAÇÃO PESSOAL 
 Inicialmente irei me apresentar para que possam conhecer um pouco da 
minha história, formação e trajetória acadêmica. Desde pequena quis ser bióloga. 
Para ser mais exata, desde a quarta série que me lembre, época em que gravei um 
vídeo dizendo que queria ser paleontóloga. Mudei a área dentro da biologia e, na 
faculdade, me identifiquei com a área de microbiologia, em especial na área da 
saúde. 
Assim me graduei em Ciências Biológicas (Licenciatura) na UFSCar-
Sorocaba, em seguida fiz uma especialização em “Produção e Uso de Tecnologias 
para Educação”, pois, reforçada pelas mudanças e a evolução das tecnologias 
aceleradas pandemia de COVID-19, achei importante estudar e estar apta nessa 
área de educação e tecnologia. 
Dando continuidade à minha formação acadêmica, estou fazendo esse 
mestrado profissional em Educação nas Profissões da Saúde (PUC-SP) e, ao 
mesmo tempo, uma especialização em Microbiologia, para que eu possa continuar 
meu desenvolvimento pessoal e profissional, tornando-me uma professora 
qualificada. Quando comecei o mestrado a ideia era trabalhar as duas áreas em 
conjunto e, preferencialmente, com alunos do ensino médio, em um tema que tenho 
interesse, a virologia. Mas no mestrado surgiu a oportunidade de trabalhar em um 
projeto da minha coorientadora Profa. Maria Valéria Pavan sobre educação sexual 
nas escolas. A proposta da Profa. Valéria chamou minha atenção e me interessou. 
À convite da Profa. Valéria, participei de algumas atividades com os estudantes de 
medicina que atuam na Escola Estadual Doutor Arthur Cyrillo Freire, vizinha à 
Unidade de Saúde Cerrado, em Sorocaba-SP, o que aumentou meu entusiasmo 
com o tema. Tenho muito prazer em participar do projeto que será explicado no 
decorrer do texto. 
Em meio ao mestrado e a especialização fiquei grávida, o que dificultou 
sobremaneira meu trabalho e desempenho pessoal, mas fui recompensada com a 
presença da Isis, que veio complementar minha vida com a maternidade. Como 
sou de Tatuí-SP, a aproximadamente 60 Km de Sorocaba, enfrentei as viagens a 
Sorocaba nos dias em que precisava estar presencialmente nas atividades do 
mestrado, inclusive na pesquisa de campo. Por conta da gravidez as viagens 
 
10 
começaram a ficar mais difíceis e, ainda pior, quando a pequena Isis nasceu. Isso 
nos obrigou a redimensionar o projeto, pois a ideia inicial era executá-lo em mais 
de uma escola. Entretanto, essas mudanças não trouxeram prejuízo e houve um 
retorno significativo que será mostrado a seguir. 
 
 
11 
1. INTRODUÇÃO 
 
A adolescência, período que se estende entre os 12 e 19 anos de idade, 
em que se encontra 14% da população brasileira, é marcada por grandes 
transformações físicas, hormonais e psicológicas, cercada por dúvidas e 
descobertas e inundada por conflitos internos, familiares e sociais. É, também, 
um período de reconhecimento da sexualidade e das mudanças que a 
adolescência projeta no seu corpo, deixando a infância para trás.1 
A organização individual, que se seguirá aos rompimentos e construções 
proporcionadas por esse turbilhão de experiências chamada adolescência, 
dependerá de uma série de fatores protetores, como a família, os amigos, a 
escola e tudo que envolve o seu entorno.2 
Para que meninas e meninos não tenham que enfrentar essa experiência 
desafiadora sozinhos, ou apenas na companhia de amigos da mesma idade, que 
também estão se descobrindo, é importante que os núcleos protetores e os 
próprios adolescentes estejam orientados e fortalecidos sobre as etapas a serem 
vencidas.3 
Além de todas as mudanças próprias da idade, crianças e adolescentessofrem também com a violência a que são submetidas. Segundo a Organização 
Mundial da Saúde (OMS), a prevalência de violência sexual (no mundo) pode 
variar de 9 a 20% contra as meninas e 3% a 8% contra os meninos menores de 
18 anos.4 
Embora o Brasil tenha avançado nos indicadores de saúde e bem-estar, 
entre os adolescentes ainda há muito o que se fazer, principalmente em relação 
aos riscos de mortalidade, violência doméstica e exclusão escolar.1 Com isso, 
sem uma orientação familiar e de outros núcleos formadores, como a escola, 
tornam-se mais vulneráveis e suscetíveis aos riscos a que estão submetidos. 
 
1.1. A Educação sexual emancipatória e a responsabilidade do Estado 
A segunda metade do século XX foi marcada por mudanças nos conceitos 
relativos à educação e saúde, com novos rumos para a educação emancipatória 
e a valorização da promoção da saúde. Assim, como a repressão à manifestação 
 
12 
da sexualidade sempre esteve mais relacionada ao comportamento das 
mulheres, o reconhecimento da sexualidade como parte do desenvolvimento 
humano também está associado ao reconhecimento dos direitos das pessoas, 
mas, principalmente o direito das mulheres manifestarem e vivenciarem a 
sexualidade. 
No Brasil, em consonância com os movimentos internacionais, os 
movimentos pela liberdade sexual também estiveram associados à saída da 
mulher para o mercado de trabalho, ao desenvolvimento dos métodos 
contraceptivos e ao advento da AIDS. O Programa de Assistência Integral à 
Saúde da Mulher (PAISM), criado em 1983, foi um marco das conquistas dos 
movimentos sociais femininos e dos movimentos sanitaristas, a partir do qual a 
saúde da mulher avançou para além da capacidade reprodutiva.5 
Em 1996, seguindo as orientações e programas internacionais, o Brasil 
reconheceu a sexualidade como parte constituinte do indivíduo e a educação 
sexual como conhecimento a ser desenvolvido sob a responsabilidade do 
Estado. Para isso, incluiu, através das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
os conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de violência contra 
a criança e ao adolescente como temas transversais nos currículos escolares.6 
Em 1998, o Ministério da Educação (MEC) atualizou os Parâmetros 
Curriculares Nacionais e nessa diretriz, a educação sexual (antes denominada 
Orientação Sexual), foi inserida como um tema transversal no Ensino 
Fundamental e Médio.7,8 O objetivo era que essa estratégia pudesse contribuir 
para que as crianças recebessem uma formação ampla sobre sexualidade, como 
forma de promoção à saúde; desenvolvimento da sexualidade “com prazer, 
saúde e responsabilidade”; prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, 
de abuso sexual e de gravidez indesejada.7-9 
A educação sexual pressupõe que o adolescente assume seu corpo de 
forma livre, sem culpa, vergonha ou medo. Mas para isso, é essencial que a 
preocupação venha dos pais e educadores, que precisam ter consciência do seu 
próprio comportamento e o do outro, com respeito e sem preconceitos, para 
promover uma educação sexual sadia. 
A educação emancipatória presume o desdobramento de ações 
educativas, propiciando autonomia, responsabilidade, superando preconceitos e 
tabus.10 A dificuldade dos pais e professores está francamente associada à 
 
13 
repressão das manifestações naturais da sexualidade ditada pela educação 
religiosa. O reconhecimento das dificuldades e limitações da família e da escola 
em prover a educação sexual contextualizada e emancipatória é fundamental 
para promover essa mudança. 
A Base Nacional Comum Curricular11, documento de caráter normativo 
que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que 
todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da 
educação básica, explicita que estudantes, já no 8º ano do ensino fundamental, 
devem ser capazes de 
“analisar e explicar as transformações que ocorrem na 
puberdade, considerando a atuação dos hormônios sexuais 
e do sistema nervoso” [...]; discutir estratégias e métodos de 
prevenção e selecionar argumentos que evidenciem as 
múltiplas dimensões da sexualidade humana (biológica, 
sociocultural, afetiva e ética)”.11 
 
A lei nº 14.164, de 10 de junho de 2021, altera a Lei nº 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, para acrescentar a prevenção da violência contra a mulher 
nos currículos da educação básica e instituir a Semana Escolar de Combate à 
Violência contra a Mulher.12 
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) teve seu início em 
2009, destinou-se a avaliar o comportamento dos escolares, foi desenvolvida 
como uma ação do Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) e foi apoiada pelo MEC.13 Em sua última versão 
(2019), teve a amostragem muito representativa, de aproximadamente 188 mil 
estudantes entre 13 e 17 anos, de 4.361 escolas (públicas e privadas) em 1.288 
municípios do território nacional.13 Segundo essa pesquisa, 35,4% do total de 
entrevistados teve relação sexual alguma vez (37,5% na rede pública e 23,1% 
na rede privada) e, desse percentual, 36,6% relataram que isso ocorreu antes 
dos 13 anos de idade.13 
Entre escolares do sexo feminino que tiveram relação sexual, 7,9% 
engravidaram alguma vez na vida e, desse total, 8,4% são oriundas das escolas 
públicas e 2,8% das escolas privadas. Essa assimetria social é ainda maior nas 
 
14 
áreas mais vulneráveis. Na região Nordeste foram relatadas as maiores taxas de 
gravidez na adolescência, 10,9% das alunas, com 11,6% em escolas públicas e 
2,3% em escolas privadas.13 
A gravidez nessa idade provoca uma grande transformação na vida dos 
adolescentes e de suas famílias, particularmente da jovem mãe. As gestações 
em adolescentes estão mais sujeitas a complicações obstétricas (como ruptura 
prematura de membranas, transtorno hipertensivo na gravidez, edema e 
hemorragia no início da gestação) e, o recém-nascido, mais propenso à 
prematuridade, anomalias congênitas, necessidade de cuidados intensivos 
neonatais, entre outros.14,15 Em alguns casos, podem ainda ser encontrados 
problemas com relação às questões psicológicas, pois essas meninas podem 
sofrer com o abandono (seja por parte do seu companheiro, de seus familiares - 
podendo causar até a expulsão de casa - e mesmo dos próprios amigos), recusa 
ou omissão por parte dos parceiros, além da temida depressão pós-parto.14 Em 
muitos casos, a mãe adolescente acaba se vendo sozinha para cuidar do bebê 
(que pode exigir mais de sua atenção por ter a necessidade de cuidados 
especiais), entendendo que precisa abandonar os estudos para cuidar de seu 
filho.14 De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (2013), 
cerca de 75% das mães adolescentes estavam fora da escola.13 
A grande dificuldade das mães adolescentes é conciliar a rotina escolar e 
familiar (da criação do filho), culminando muitas vezes com o abandono escolar 
para cuidar de seu filho, pois além das dificuldades pessoais, há falta de 
estrutura escolar para o adequado acolhimento e reconhecimento de 
necessidades específicas da gestante, da jovem mãe e da criança e até 
constrangimento provocado por colegas. 
 
1.2. Projeto de Extensão - Desenvolvimento de material educativo e 
realização de atividades sobre educação sexual em escolas públicas 
Desde 2016, estudantes do curso de medicina da Faculdade de Ciências 
Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (FCMS 
da PUC-SP), campus Sorocaba-SP, têm trabalhado em um projeto de extensão, 
que tem como objetivo desenvolver parcerias com escolas públicas do município 
de Sorocaba para discutir educação sexual com alunos do ensino básico. 
 
15 
O projeto se organiza em oficinas educativas, desenvolvidas com os 
estudantes do ensino básico, seus pais ou responsáveis. Os estudantes do curso 
de medicina têm participado da construção e aplicação das atividadesdo projeto, 
seja como parte das atividades curriculares, como planos de trabalho de 
iniciação científica ou como atividades complementares.3,16 
Em 2020, o projeto foi contemplado com auxílio financeiro do Plano de 
Incentivo a Projetos de Extensão (PIPEXT) da PUC-SP (solicitação Nº 13856.7) 
para que as atividades fossem realizadas em quatro escolas públicas do 
município de Sorocaba. 
Com o fechamento das escolas em função da pandemia da COVID-19 
(Decreto Estadual Nº 64.881)17 e a migração das atividades escolares para a 
modalidade remota, as atividades propostas pelo projeto foram reformuladas 
para que continuassem sendo aplicadas, mesmo com o distanciamento social. 
Para isso, foi produzido material educativo que pudesse ser veiculado por meio 
dos canais de comunicação que estavam sendo utilizados para as atividades do 
ensino básico no Estado de São Paulo. Todo o material foi disponibilizado aos 
alunos à critério dos professores e mediadores das escolas, pelas plataformas 
digitais, entre elas Facebook, Google Classroom e WhatsApp.16 Como exemplo, 
foi produzido material educativo utilizado pelos professores do ensino 
fundamental e médio: um vídeo sobre o desenvolvimento do corpo humano, com 
foco nas alterações físicas da puberdade; uma aula sobre o comportamento das 
crianças durante o seu desenvolvimento, mostrando como as crianças 
respondem às diferentes fases do crescimento; um vídeo sobre as maneiras 
corretas de proteção contra a transmissão do vírus da COVID-19; uma história 
em quadrinhos, digital, sobre uma adolescente com suspeita de gravidez que 
decide ir pela primeira vez a uma consulta na Unidade Básica de Saúde.16 
Entre 2020 e 2021, a partir de dados da literatura e da experiência do 
grupo de pesquisa, foi desenvolvido o almanaque sobre Educação Sexual, 
mantendo o propósito de levar informações seguras sobre desenvolvimento 
sexual, de maneira lúdica. Embora fizesse parte do planejamento submeter o 
material produzido para avaliação dos professores, pais e responsáveis e pelos 
próprios estudantes, antes da formatação final do almanaque, não foi possível 
em 2021, em decorrência da manutenção do ensino remoto nas escolas. 
 
16 
Com a reabertura das escolas públicas para os estudantes que 
quisessem voltar para o ensino presencial, seguindo as recomendações das 
autoridades sanitárias, foram sendo retomadas as atividades presenciais 
propostas pelo projeto de extensão, como as oficinas, o teatro, a apresentação 
das peças anatômicas para abordar a estrutura e funcionalidade dos órgãos 
sexuais e dos diferentes métodos anticoncepcionais. 
Em 2022, com o retorno às aulas presenciais, foi possível dar seguimento a esse 
projeto, que teve como objetivo conhecer a opinião das mães, pais, responsáveis 
e professores sobre o almanaque Educação Sexual, para que fossem feitos ajustes 
no material produzido, antes de serem utilizados regularmente com os estudantes. 
 
 
17 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. Objetivo geral 
Conhecer a opinião das mães, pais, responsáveis e professores sobre o 
almanaque de Educação Sexual proposto pelo grupo de pesquisa e extensão. 
 
2.2. Objetivos Específicos: 
2.2.1. Identificar as reações dos professores e dos responsáveis pelos estudantes 
à leitura do almanaque. 
2.2.2. Registrar, discutir e entender as razões para as sugestões dos professores 
e dos pais dos estudantes em relação ao almanaque oferecido para o manuseio. 
2.2.3. Implementar as mudanças sugeridas para o almanaque sobre educação 
sexual dirigida às crianças e adolescentes. 
2.2.4. Envolver os familiares e os professores no processo de construção do 
material didático 
2.2.5. Caracterizar a escola em que será realizada a avaliação do almanaque. 
 
 
 
18 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
 
Trata-se de um estudo transversal, qualitativo e exploratório que procura 
identificar as reações dos participantes frente a um almanaque sobre educação 
sexual na adolescência, construído pelos estudantes de medicina participantes do 
projeto de extensão, sob a orientação da Profa. Maria Valéria Pavan (anexo 1). 
Os participantes do estudo foram os professores e os pais ou responsáveis 
pelos alunos do ensino fundamental e médio de uma escola pública pré-qualificada 
no município de Sorocaba-SP e que está incluída no projeto de extensão. Como 
estudo qualitativo o número de participantes não pode ser estipulado previamente 
e depende da saturação (repetição sistemática) das informações coletadas. Para 
isso, em uma reunião de pais e mestres, onde foi feita uma breve explicação sobre 
o projeto e sobre a abordagem que se pretendia utilizar com os adolescentes, foi 
explicado e realizado o processo de obtenção do termo de consentimento livre e 
esclarecido (TCLE), antes da apresentação do almanaque e do questionário. Foi 
realizado um questionário com perguntas pré-estabelecidas, abertas, necessárias 
para registro dos dados pessoais e sobre as percepções sobre os diferentes 
aspectos do almanaque, se a aprovaram, se tinham restrições, se tinham 
sugestões para adequação (apêndice 1 - professores e apêndice 2 - pais ou 
responsáveis). No questionário enviado aos professores e aos pais e 
responsáveis, o termo utilizado para identificar o documento que seria analisado foi 
“cartilha”, mas, posteriormente, optou-se por identificá-lo como “almanaque”, em 
razão da sua natureza mais abrangente, da diversidade dos assuntos, das 
atividades propostas e da sua interatividade. Por isso, nas perguntas e respostas 
dos questionários é referenciado como "cartilha" e no texto de uma forma geral 
como "almanaque". O questionário foi enviado aos pais e professores de forma 
virtual pela plataforma do Google Forms, juntamente com o almanaque em PDF. 
A abordagem dos professores para a explicação da pesquisa e obtenção do TCLE 
foi feita nos horários de descanso ou fora do horário das atividades acadêmicas. 
A pesquisa foi realizada em uma Escola Estadual, urbana de uma região 
central do município de Sorocaba – SP. 
 
19 
O presente projeto de pesquisa só teve início após sua aprovação no Comitê 
de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC-SP, 
CAAE: 58542922.7.0000.5373, (anexo 2). 
Como as perguntas são diretas e se pedia justificativas para as respostas, a 
análise dos dados foi feita na forma descritiva. 
 
20 
4. RESULTADOS 
 
4.1 Caracterização da escola onde foi realizada a avaliação 
Em 2022, a Escola Estadual onde foi realizada a pesquisa contava com 26 
professores, 244 alunos no ensino fundamental (anos finais) e 230 alunos no 
ensino médio. O índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da Escola 
Estadual, nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, em relação às 
escolas estaduais e públicas, está acima do Ideb do Brasil e do estado de São 
Paulo e semelhante ao observado no município de Sorocaba. Entretanto, está bem 
acima das escolas das áreas periféricas do mesmo município (Tabela 1).18 O Ideb 
é calculado como a média dos resultados padronizados das provas de português e 
matemática, realizadas em cada escola pelo Sistema de Avaliação da Educação 
Básica (Saeb), multiplicados pela taxa de aprovação do Censo Escolar e o valor 
máximo seria 10 (dez). O processo de avaliação é realizado periodicamente pelo 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). 
Tabela 1. Resultados do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb), 
2021 
 Brasil Estado Município Escola* 
 Anos 
finais 
(2021) 
Ensino 
médio 
(2019) 
Anos 
finais 
(2021) 
Ensino 
médio 
(2019) 
Anos 
finais 
(2021) 
Ensino 
médio 
(2019) 
Anos 
finais 
(2021) 
Ensino 
médio 
(2019) 
Total 5.1 4.2 5.5 4.6 5.5 4.6 
Estadual 5.0 3.9 5.3 4.3 5,5 4.7 5.7 4.8 
Privada 6.3 6.0 6.5 6.1 
Pública 4.9 3.9 5.3 4.4 5,5 4.6 
Fonte: INEP, 202218. * Escola onde foi realizada a pesquisa. 
 
4.2 Caracterização dos participantesda pesquisa 
4.2.1. Professores 
Dos 26 professores que exercem função no ensino fundamental (anos 
finais) e ensino médio, 12 (46%) responderam ao questionário. A maioria das 
participantes são mulheres, adultas, com média de idade próxima de 40 anos, 
 
21 
com atuação nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio e em quase 
todas as áreas de conhecimento (Tabela 2). 
Tabela 2. Caracterização dos professores participantes da pesquisa 
Parâmetros Resultados 
Gênero 
10 mulheres cisgêneros 
02 homens cisgêneros 
Idade (anos) 39,3 ± 8,4* (mínima=22 e máxima=49) 
Atuação 
(Etapa escolar) 
07 professores nos anos finais do ensino 
fundamental 
● 2 professores atuam no 6º ano 
● 5 professores atuam no 7º ano 
● 5 professores atuam no 8º ano 
● 2 professores atuam no 9º ano 
06 professores no ensino médio 
● 3 professores atuam no 1º ano 
● 2 professores atuam no 2º ano 
● 2 professores atuam no 3º ano 
01 professor atua nos dois ciclos 
● 8º ano do ensino fundamental 
● 1º ano do ensino médio 
 
22 
Atuação 
(Área de conhecimento) 
 
02 professores de ciências 
02 professores de matemática 
01 professor de geografia 
01 professor de história 
01 professor de língua portuguesa 
01 professor de língua inglesa 
01 professor de biologia 
01 professor de orientação de estudos 
01 professor de ciências humanas 
01 professor de itinerários formativos 
01 professor de disciplina eletiva 
01 professor de “todas as áreas” 
 Fonte: próprios autores. * média ± desvio padrão da média 
 
4.2.2. Pais e responsáveis pelos estudantes 
Vinte pais ou responsáveis aceitaram responder ao questionário, após 
serem convidados durante uma reunião regular na escola e a partir de convites 
das coordenadoras de cada uma das etapas escolares. Destes, 14 eram mães, 
cisgêneros, com média de idade de 40,4 ± 6,3 anos (mínima de 28 anos e 
máxima de 55 anos); 04 (quatro) eram pais, cisgêneros, média de idade dos pais 
de 38,5 ± 4,5 anos (mínima de 34 anos e máxima de 47 anos); 02 (dois) 
familiares responsáveis, cisgêneros, com 55 e 58 anos de idade. 
 
4.3 Avaliação da Cartilha 
4.3.1. Respostas dos professores ao questionário 
 
23 
Os 12 professores que responderam ao questionário consideraram a 
cartilha de forma geral “boa” e justificaram que a cartilha é “bastante simples e 
explicativa”, “achei a cartilha simples e explicativa”, “muito objetiva”, “totalmente 
útil”, que “traz informações de maneira lúdica para alunos do ensino básico”, “as 
ilustrações auxiliam na compreensão do assunto para o estudante”, “contém 
informações claras”, “linguagem clara e objetiva”, “ bem informativa”, com 
“imagens e texto que facilitam a compreensão”. 
As respostas dos professores para as perguntas mais específicas sobre a 
cartilha estão apresentadas no Quadro 1. Como pode ser observado, os 
professores reforçaram a boa impressão em relação à cartilha. 
De maneira geral, os professores consideraram o texto adequado para os 
pais, com informações claras e objetivas, mas fizeram sugestão de que poderia 
haver um glossário, para facilitar no esclarecimento dos termos complexos. Em 
relação à adequação para os alunos, consideraram mais adequadas para os 
estudantes do ensino fundamental. Para o ensino médio, sugeriram que o 
material seja usado para revisão de conteúdo. Os desenhos apresentados na 
cartilha foram avaliados como fáceis de entender, mas há uma observação de 
que o desenho dos órgãos sexuais, que aparecem já na primeira atividade, 
poderiam “impressionar”. Avaliaram que a cartilha pode ajudar pais e filhos a 
conversarem sobre educação sexual, sem causar vergonha ou constrangimento. 
Em relação a idade em que cartilha poderia ser trabalhada com os 
estudantes, dois professores responderam com 13 anos de idade, três 
professores responderam com 12 anos de idade, dois professores responderam 
com 11 anos de idade, um professor respondeu com 10 anos de idade, um 
professor respondeu com 09 anos de idade. 
Os 12 participantes responderam que não há pontos da cartilha que tenha 
deixado dúvidas aos professores que participaram da pesquisa. 
 
 
 
 
24 
 Quadro 1. Respostas do Professores ao Questionário 
Perguntas/Respostas Observações dos participantes 
O texto está claro para os 
pais? 
 
12 “Sim” 
Porque não há textos complexos e vai direto ao 
assunto principal. Incluir um glossário ao final da 
cartilha, ou no rodapé da folha, com o 
significado de termos [...], pois algumas palavras 
fazem parte do cotidiano, mas muitos não 
sabem seu significado, ou não sabem explicar o 
que é. Interessante. A linguagem é acessível ao 
público mencionado. Contém informações 
claras e palavras de fácil entendimento. 
Linguagem objetiva. Poderia explicar melhor a 
cartilha no início. 
O texto está claro para os 
estudantes? 
 
11 “Sim” 
01 “Não” 
Interessante. Não há textos complexos e vai 
direto ao assunto principal. Os termos são bem 
objetivos. A linguagem é acessível ao público 
mencionado. Os exemplos estão de acordo com 
a idade dos estudantes. Alguns já viram e 
gostaram. Os textos são bem objetivos. 
As atividades propostas na 
cartilha são adequadas 
para os estudantes do 
ensino fundamental? 
 
11 “Sim” 
01 “Não” 
A informação é o melhor caminho. As atividades 
estão mais adequadas para as crianças mais 
novas. Para os alunos de 8° e 9° anos, talvez 
seja interessante trocar algumas atividades, 
aumentando a dificuldade. Como material de 
apoio para algumas atividades. Bem lúdico. A 
escolha do passatempo é muito boa. Não, os 
pais não conversam com os filhos. Estão em 
acordo com a idade dos estudantes. Estão 
adequadas para a idade. Eles têm interesse 
nessas atividades. 
 
25 
As atividades propostas na 
cartilha são adequadas 
para os estudantes do 
ensino médio? 
 
09 “Sim” 
03 “Não” 
Talvez precise aumentar a complexidade, mas 
poderia ser usado em algumas atividades em 
sala de aula. Podem ser usadas em revisões de 
conteúdo. Poderia ser usado para revisão de 
conteúdo, mas aumentar a complexidade. 
Normalmente até adulto gosta de passatempo. 
Nessa fase talvez já não tenham interesse pelo 
passatempo. Podem ser usadas em apoio de 
atividades. Talvez no 1º ano do ensino médio. O 
conteúdo e forma se aplica mais ao [ensino] 
fundamental. 
Os desenhos apresentados 
na cartilha são fáceis de 
entender? 
 
12 “Sim” 
Os desenhos são bem claros. Talvez não 
devesse começar pela imagem dos órgãos 
sexuais, para não impressionar já no primeiro 
momento. São bem claros. Estão muito claros. 
Você acha que a cartilha 
pode ajudar pais e filhos 
conversarem sobre 
educação sexual? Por 
exemplo, discutir juntos as 
figuras, o texto? 
 
11 “Sim” 
01 “Não” 
Acredito que é um mecanismo que pode ajudar 
na comunicação, uma vez que podem realizar 
as atividades juntos. Acredito que sim, mas isso 
iria depender da abertura da família em 
conversar sobre o assunto. Depende de cada 
situação. Penso que em algumas famílias, essa 
conversa poderá acontecer. Porém, ainda existe 
um tabu em relação a esse assunto. Então, para 
outros, será apenas na escola o local onde a 
conversa irá acontecer. A cartilha ajuda a ilustrar 
a maneira que os pais podem conversar com 
seus filhos. Os pais não conversam com os 
filhos. Os pais não interagem nessas questões 
com os filhos. A maioria não conversa com os 
filhos. Eles têm dificuldade para conversar com 
os filhos. 
 
26 
Tem algum ponto da 
cartilha que pode causar 
vergonha ou 
constrangimento e que 
você teria dificuldade em 
conversar com os 
estudantes ou pais? 
09 “Sim” 
03 “Não” 
Os estudantes ficariam rindo das cruzadinhas, 
mas seria tranquilo lidar com isso. Talvez não 
devesse começar pela imagem dos órgãos 
sexuais, para não impressionar já no primeiro 
momento. 
Na sua opinião, a partir de 
que idadeessa cartilha 
poderia ser trabalhada com 
os estudantes? Por quê? 
09, 10, 11, 12 [anos], porque os mais velhos 
precisam de outras atividades, talvez games. 10 
anos, porque a partir do 6° ano as crianças vão 
entrando na puberdade e começam a ter contato 
com outras [crianças] mais velhas, então seria 
importante já saberem sobre tais assunto. Eu 
acredito que a partir dos 12 anos, quando eles 
estão entrando na puberdade. 12 [anos], porque 
é muito interessante e eles precisam saber 
sobre o corpo e a relação sexual. 13 anos, 
porque é nessa idade que eles começam a 
conhecer o seu corpo. 
Você tem sugestões para a 
cartilha? Quais? 
A inclusão de um glossário. Adaptar as 
atividades propostas conforme a idade das 
crianças, ou ter mais de uma opção de 
atividades com menor e maior dificuldade. Notas 
de rodapé. 
 
 
4.3.2. Respostas dos pais e responsáveis ao questionário 
Todos os participantes responderam a todas as perguntas e deixaram 
seus comentários e contribuições na maioria delas. Em relação à impressão 
geral sobre a cartilha, 17 participantes disseram ser “boa”, dois disseram ser 
“regular” e um responsável considerou “ruim”. 
 
27 
Entre os que consideraram a cartilha “boa”, a maioria deixou comentários 
curtos, como “os alunos precisam aprender sobre o assunto”, “a cartilha ajuda 
os alunos a aprenderem tudo sobre o assunto”, “é lúdica para a faixa etária”, de 
“fácil entendimento”, “importante”, “muito bom para o aprendizado em questão”, 
“ideal a maneira que abordaram o assunto”, “traz informações importantes”, “vai 
ajudar os pais a conversarem sobre o assunto”. As duas participantes que se 
identificaram como familiares responsáveis comentaram que “ajuda a orientar os 
filhos e netos” e “esclarece as dúvidas”. A mãe mais jovem, de 28 anos, 
considerou “bem ilustrativa”. Outras duas mães, também deixaram suas 
ponderações sobre educação sexual e expõem suas dificuldades e dúvidas 
sobre como fazê-la: 
 
É necessária a educação sexual dentro de casa e na escola. Estamos 
vivendo um momento delicado com a sexualidade dos filhos, por isso 
a importância de educá-los. 
 
Tratar desse assunto em casa é complicado, sempre que abordo não 
sei se estou fazendo da forma correta e sendo clara. A cartilha vai me 
ajudar a tratar o tema com meu filho de forma mais simples. Assim 
espero. 
 
Uma das mães participantes que considerou a cartilha “regular” justificou 
que a cartilha é “boa para discutir o assunto, mas muito cedo para a minha filha 
que tem 10 anos”. Outra, que é separada comentou: 
 
O assunto é muito importante e essencial para os jovens, mas não 
gostei da história em quadrinhos sobre a gravidez. Ela reproduz um 
comportamento machista de nossa sociedade de deixar a mulher lidar 
sozinha com todas as dificuldades da gestação. Se a cartilha é para 
educar que faça do jeito certo e mostre o jovem e a jovem enfrentando 
juntos os desafios da gestação na adolescência. Quero que quando 
meu filho leia a cartilha ele perceba a responsabilidade que é ser pai 
 
28 
e não que ele pode fugir e deixar tudo com a jovem e só aparecer 
quando se sentir confortável. 
 
A mãe que considerou o almanaque “ruim”, justificou que “no tempo certo 
as crianças vão aprender sobre sexualidade”. 
No Quadro 2 estão apresentadas as respostas para as perguntas mais 
específicas sobre a cartilha. Como pode ser observado, as respostas da maioria 
dos participantes reforçaram a boa avaliação da cartilha, com avaliação positiva 
sobre as atividades propostas, o texto, os exemplos e os desenhos utilizados. 
Também reforçaram que a cartilha pode ajudar os pais a conversarem com os 
filhos sobre educação sexual e não há pontos na cartilha que podem causar 
vergonha ou constrangimento. 
Em relação à idade em que cartilha poderia ser trabalhada com os filhos, 
um dos participantes respondeu aos 8 ou 9 anos de idade, um respondeu aos 
09 a 10 anos de idade, quatro responderam aos 10 anos de idade, quatro 
responderam aos 11 anos de idade, quatro responderam aos 12 anos de idade, 
três responderam aos 13 anos de idade e um respondeu aos 16 anos de idade. 
A mediana foi de 12 anos, a média de 11,8 anos, a idade mínima de 8 anos e a 
máxima de 16 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 Quadro 2. Respostas das mães, pais e responsáveis 
Perguntas/Respostas Observações dos participantes 
Você acha que as 
palavras usadas no texto 
estão claras para seu(sua) 
filho(a)? 
 
20 “Sim” 
Sim, porque eu acho que os meus filhos têm que 
aprender tudo. Lúdica para a faixa etária. Uma 
linguagem de fácil interpretação. Eu não li com 
meus filhos, mas achei as palavras claras. São de 
fácil compreensão. Na realidade não sei. fala o 
que vão aprender. A linguagem utilizada é clara e 
de uma maneira tranquila, não causa 
constrangimento. Sim pois são de fácil 
entendimento sem ser vulgar. Bem simples e 
objetiva. Fácil entendimento sem agressividade. 
Bem objetivo. Talvez claras demais. Bem fácil de 
entender. O texto é bem objetivo. É fácil ler. 
Os exemplos utilizados no 
texto são adequados para 
você? 
 
20 “Sim” 
São de fácil compreensão. Dá para interagir com 
os filhos sim. A linguagem utilizada é clara e de 
uma maneira tranquila, não causa 
constrangimento. São de fácil entendimento sem 
ser vulgar. Bem exemplificado com a história de 
adolescentes. Bem claros. Consegui entender 
tudo. O texto é bem objetivo. Consegui entender 
bem. Fácil de entender 
Os exemplos utilizados no 
texto são adequados para 
seu(sua) filho(a)? 
 
18 “Sim” 
 
 
 
Sim pois são de fácil entendimento sem ser 
vulgar. Bem exemplificado com a história de 
adolescentes. Porque ajuda a entender o 
assunto. Só não gostei do exemplo da história em 
quadrinhos. Acho que ele até vê o assunto na 
internet e na escola. Fatos reais. Bem reais e 
servem de orientação. Eles já sabem bastante, 
mas muita coisa é da internet e nem sabemos de 
onde vem. De maneira simples. Na realidade não 
sei. Dá para interagir com os filhos. Se eu entendi, 
eles também vão entender 
 
30 
 
 
 02 “Não” 
No tempo certo as crianças vão aprender sobre 
sexualidade. Muito cedo para ela pensar em 
gravidez. 
Os desenhos 
apresentados na cartilha 
são fáceis de entender? 
 
20 “Sim” 
As figuras estão em um tamanho ideal e bem 
claras. Suaves. São bem claros. São desenhos 
leves. Fica bem lúdico. São bem-feitos e bem 
simples. Não tenho dúvidas. Mostra exatamente 
o que vamos aprender. Bem simples. 
Você acha que a cartilha 
pode ajudar os pais a 
conversarem com os 
filhos sobre educação 
sexual? Por exemplo, 
discutir juntos as figuras, o 
texto? 
 
18 “Sim” 
02 ”Não” 
A cartilha dará abertura para uma conversa sobre 
sexualidade, e se surgir mais dúvidas podemos 
conversar a respeito. No tempo certo as crianças 
vão aprender sobre sexualidade. Torna mais fácil 
explicar sem ter que procurar palavras que 
causa[m] constrangimento. As figuras estão em 
um tamanho ideal e bem claro. Dá um começo 
para eles poderem perguntar. Introduz um 
assunto na conversa. Porque eles vão querer 
mostrar o material da escola. Acredito que sim, 
pois muitos pais não sabem como conversar 
sobre educação sexual com os filhos e a cartilha 
pode ser um ponto de partida. Facilita. Abre essa 
porta sobre o assunto. Pode ajudar a iniciar a 
conversa. Acho que os meus filhos têm que 
aprender tudo. Ajuda a quebrar o gelo, 
principalmente se a escola mandar como tarefa 
de casa. Mas depende de cada família. A Cartilha 
faz com que nós possamos entrar no assunto. 
Facilita para começar a conversa. 
Tem algum ponto da 
cartilha que pode causar 
vergonha ou 
constrangimento e que 
você teria dificuldade em 
conversar com seu(sua) 
filho(a)? 
16 “Sim” 
As figuras de órgãos sexuais. Sempre difícil 
conversar sobre características do sexo oposto 
aos dos meus filhos, mas é necessário. A parte 
difícilé conversar. Muita gente vai achar que sim, 
mas vai ajudar. É difícil falar nesse assunto, mas 
é por isso mesmo que é bom. 
 
31 
04 “Não” 
Você tem sugestões para 
a cartilha? Quais 
sugestões? 
 
A cartilha está ótima, é claro que surgirão 
dúvidas, mas cabe aos pais tirá-las. A cartilha 
será um guia para uma conversa adequada. 
Colocar em todas as escolas. Colocar as figuras 
de órgãos sexuais mais no meio do livro. Avisar 
os pais pra gente se preparar, ou fazer uma para 
os pais lerem antes. Talvez ser [apresentado] em 
partes, para ir aos poucos. A historinha poderia 
ser uma parte. Separar a história que pode ser 
enviada pelo celular. Talvez alguns pais preferem 
que tenha para menina[s] e para meninos. Eu 
sugiro poder ser por partes, de acordo com a 
idade, para não assustar os pais e a conversa ir 
surgindo. 
Na sua opinião, a partir de 
que idade se deve mostrar 
essa cartilha aos 
estudantes? Por quê? 
11 anos. 10 anos. 13 anos. 13 anos. 12 anos. 11 
anos, quando os jovens entram para o ensino 
fundamental e começam a ter uma percepção 
diferente do ambiente escolar, com o convívio 
com os alunos mais velhos. 8 a 9 anos. Não sei. 
16 anos. 13 anos, pois é nessa idade que remos 
entender de tudo. 12 anos. Meu filho entrou na 
adolescência muito cedo, minha opinião é aos 
12 anos. 10 anos, pois é a idade onde começa a 
curiosidade sobre o sexo. 12 anos. 12 anos, pois 
esta idade é onde começam as dúvidas e 
curiosidade. 12 anos, pois elas já começam a 
perceber as diferenças. 9 ou 10 anos. 
 
 
 
32 
 5. Discussão 
 
A avaliação do Almanaque Educação Sexual foi feita com a participação 
dos docentes, mães, pais e outros responsáveis pelos estudantes de uma escola 
urbana, da área central de um município de grande porte do estado de São 
Paulo, o município de Sorocaba. 
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da escola que 
participou da pesquisa, para os alunos dos anos finais do ensino fundamental e 
no ensino médio, levando-se em conta apenas as escolas estaduais e públicas, 
está acima do Ideb do Brasil e do estado de São Paulo, é semelhante à média 
do município de Sorocaba, entretanto, está bem acima das escolas das áreas 
periféricas do mesmo município.19 
Nesse sentido, a análise realizada pelo QEdu (um portal de dados 
educacionais mantido pela Fundação Lemann), os dados de equidade em 
relação ao percentual de estudantes com aprendizado adequado mostram uma 
relação direta entre a taxa de aprendizado, o nível socioeconômico e a cor/raça, 
em que, as menores taxas de aprendizado estão entre os estudantes de baixo 
nível socioeconômico e da cor/raça preta.20 
Os dados dos 12 docentes (46%) que responderam ao questionário e 
avaliaram o almanaque mostram que a amostra é semelhante aos docentes que 
atuam no país, em relação ao sexo e idade.21 A maioria dos docentes 
participantes da pesquisa são do sexo feminino e a média de idade de 39 anos. 
O Censo Escolar da Educação Básica 2022 mostra que no Brasil, nos anos finais 
do ensino fundamental, 66,1% dos professores são do sexo feminino e 33,9% 
do sexo masculino, com aumento da porcentagem de docentes do sexo 
masculino para 42,5% no ensino médio.21 Em relação à idade, nessas duas 
etapas da educação básica, as faixas etárias com maior concentração de 
docentes no Brasil são as de 40 a 49 anos e de 30 a 39 anos.21 Outro dado em 
comum entre os professores participantes do estudo e os dados do Censo 
Escolar da Educação Básica de 2022, é que a maioria dos professores lecionam 
em mais de uma turma, em diferentes anos do curso e tem atividades nas 
 
33 
diversas áreas de conhecimento, não se limitando os docentes de áreas mais 
específicas, como da área de ciências.21 
Em relação às mães e pais que participaram da pesquisa, a idade variou 
bastante, de 22 a 49 anos. A média de 40 anos para as mães e 39 anos para os 
pais representa o esperado, considerando dados do IBGE que mostram que em 
2010 as mulheres entre 20 e 29 anos representam 50% das mães dos recém-
nascidos e esse número estava caindo, com aumento do número de novas mães 
com mais de 30 anos.22 
Em relação aos dados da avaliação do Almanaque, na visão geral, os 
resultados da pesquisa mostram que os participantes consideraram a cartilha 
boa e fizeram muitos comentários e sugestões para contribuir com a construção 
do material. Como esperado, também houve posições contrárias, mas em 
proporção bem menor. 
Vários estudos têm ressaltado as dificuldades que os pais têm em discutir 
o tema educação sexual com seus filhos e a consequência natural é que os 
adolescentes procurem as informações sobre sexualidade em outras fontes, ao 
invés de conversarem com os pais. Nery e colaboradores23, em um estudo 
descritivo de abordagem qualitativa, entrevistaram 22 pais e identificaram que, 
além das dificuldades dos pais, quando os temas são abordados, são feitos de 
maneira superficial. Gonçalves e colaboradores10, em revisão da literatura, 
mostraram que os pais se sentem despreparados e tímidos para tratar de 
educação sexual com os filhos, além de considerarem que falar sobre o tema 
possa antecipar a prática sexual. O sexo oposto de pais e filhos é apontado como 
um fator que dificulta o diálogo entre eles, dificultado da comunicação.23,24 
Nesse sentido, na avaliação do almanaque Educação Sexual pelos 
participantes, há repetidos relatos sobre essa dificuldade que os pais têm em 
tratar o tema com os filhos e veem com entusiasmo a disponibilidade do 
almanaque como um bom instrumento e uma oportunidade para aproximá-los 
dos filhos na discussão do tema. O almanaque poderá ser um facilitador, 
particularmente para motivar e iniciar o diálogo 
Nos dois grupos de participantes, predominou a opinião de que a idade 
adequada para se apresentar aos estudantes e trabalhar com o almanaque seria 
 
34 
11 anos ou mais. Mas, foi mais diversificada entre as mães, pais e responsáveis, 
com sugestões que variaram de 8 anos a 16 anos. As justificativas para aqueles 
que consideram idades superiores aos 11 anos foi o fato dos estudantes 
entrarem em contato com estudantes mais velhos quando vão para o 6º ano do 
ensino fundamental. Entre participantes que consideraram o almanaque 
adequado para os estudantes com 12 anos ou mais, a justificativa foi que eles 
entram na puberdade aos 12 anos e começam a conhecer o seu corpo e ter 
curiosidades a partir dessa idade. 
Neste sentido, os dados mais atuais da Pesquisa Nacional de Saúde do 
Escolar (PeNSE) de 2019 registram que mais de um terço dos escolares com 
idade entre 13 e 17 anos de idade já tiveram relação sexual alguma vez. Destes, 
mais de um terço tiveram a primeira relação sexual com 13 anos de idade ou 
menos e essa proporção é ainda maior entre os estudantes da rede de ensino 
pública.13 Por estas razões, a família e a escola precisam ter a iniciativa de iniciar 
a educação sexual antes que os adolescentes iniciem a atividade sexual. 
Os dados do PeNSE mostram a importância de existirem políticas 
públicas que incluam a educação sexual como tema transversal ao longo de todo 
ensino fundamental, para que os docentes e responsáveis pelos estudantes 
sejam instrumentalizados para iniciar o processo de discussão com as crianças 
e adolescentes e estes possam fazer suas escolhas com conhecimento e 
proteção, desde a sua primeira relação. Lembrando que, para a maioria das 
meninas, as mudanças físicas e emocionais da criança para a adolescente se 
iniciam antes dos 11 anos de idade. 
Alguns estudos indicam que embora os adolescentes considerem a 
família e a escola fontes seguras para a discussão do tema educação sexual, 
sentem que os adultos não estão preparados para essa discussão.25,26 As 
pesquisas apontam também para a necessidade de usar métodos participativos 
no processo de ensino aprendizagem e a necessidade de ir além da abordagem 
dos temas de prevenção de infecçõessexualmente transmissíveis e da gravidez 
na adolescência.25,27 
Há vários modelos de cartilhas e documentos educativos criados e 
disponíveis para auxiliar a apresentação e discussão do assunto educação 
sexual nas escolas, porém, nenhum é parecido com esse almanaque, dirigido 
aos estudantes e aos seus pais ou responsáveis, que possui atividades a serem 
 
35 
desenvolvidas e interatividade. O Ministério da Saúde publicou em 2009 a 
primeira edição e, depois, edições atualizadas da Caderneta de Saúde da 
Adolescente, uma para as adolescentes femininas e outra para os adolescentes 
masculinos.28,29 Essas cartilhas, além de estimular o conhecimento pessoal e do 
próprio corpo em transformação, são muito didáticas, abrangentes e abordam 
vários temas sobre a saúde dos adolescentes, inclusive sexualidade e educação 
sexual, mas omitem o assunto da identidade de gênero. O documento 
Orientação Técnica Internacional Sobre Educação em Sexualidade UNESCO30 
e a Cartilha Educação Sexual31 fazem uma abordagem direcionada aos 
docentes, ancorada na literatura científica. A Cartilha de Educação em 
Sexualidade da UEPG-PROEX é direcionada aos adolescentes, com textos e 
ilustrações.32 Todos esses documentos estimulam a discussão do tema de forma 
técnica, abrangente e atual.28-32 
Neste contexto, o presente Almanaque Educação Sexual pode se 
apresentar como uma alternativa mais lúdica e ativa para a discussão do tema, 
como apontado pelos participantes da pesquisa. 
Por fim, os participantes da avaliação foram estimulados a apresentar 
comentários e sugestões que pudessem ser incorporadas ao almanaque para 
aperfeiçoá-lo. Entre as sugestões apresentadas destacam-se: oferecer e 
estimular o uso do almanaque em todas as escolas; enviar o almanaque com 
antecedência aos pais para que eles se preparem para discutir com os filhos; 
apresentar o material do almanaque em partes e de acordo com a idade, para 
facilitar a tarefa dos pais; deslocar as figuras de órgãos sexuais do início para o 
meio do almanaque; incluir um glossário no documento. 
Oferecer e estimular o uso do almanaque em todas as escolas é um 
comentário que sugere que os pais tenham ficado satisfeitos com a forma e o 
conteúdo do almanaque e desejam que todos possam se beneficiar dele. A 
sugestão de deslocar as figuras de órgãos sexuais do início para o meio do 
almanaque, expressa a preocupação legítima de que o esquema anatômico dos 
órgãos sexuais masculino e feminino, apresentado no início do almanaque, 
possa causar algum espanto, constrangimento ou aversão ao documento. 
Entretanto, desde a produção do almanaque houve precaução de que as figuras 
com as representações anatômicas fossem desenhos neutros e técnicos e, por 
 
36 
isso, foram deliberadamente mantidos no início, para auxiliar os pais. Ressalte-
se, que a preocupação veio de uma única participante. Da mesma forma, apesar 
de ser sugestão de professores, não foi atendida a sugestão de incluir um 
glossário com as palavras menos recorrentes no cotidiano, pois os pais disseram 
que não encontraram dificuldades com o vocabulário utilizado e foi entendido 
que, hoje, é muito simples procurar o significado de termos desconhecidos na 
internet e essa ação é uma estratégia para se aprofundar no conhecimento de 
forma ativa. 
A sugestão de apresentar o almanaque por partes ou antecipadamente 
aos pais, está perfeitamente no seu escopo e previsto nas diferentes formas de 
utilizá-lo. Assim, cada professor poderá escolher o conteúdo que pretende usar 
com os estudantes e pais, a cada vez que pretender utilizá-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
37 
6. CONCLUSÕES 
 
A opinião dos professores, pais e responsáveis dos estudantes dos 
últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio da escola pública 
estadual pesquisada, foi amplamente favorável ao Almanaque de Educação 
Sexual proposto pelo grupo de pesquisa e extensão da Faculdade de Ciências 
Médicas e da Saúde da PUC-SP, campus Sorocaba-SP. 
Com raras exceções, os participantes da pesquisa consideraram 
adequada a estrutura do almanaque, a linguagem, as figuras, as atividades e os 
exemplos presentes no almanaque. Quando discordaram expressaram as 
razões com clareza. 
Para os professores, o almanaque pode sim ajudar pais e filhos 
conversarem sobre educação sexual. Porém, a maioria comenta que os pais e 
responsáveis exercem pouco essa tarefa educativa que, quase sempre, é 
deixada para a escola. 
A quase totalidade dos pais e responsáveis pelos estudantes dessa 
escola pública estadual consideram que o almanaque poderá auxiliá-los na 
tarefa de discutir a educação sexual com os filhos, facilitando a aproximação e 
servindo como um roteiro adequado para essas conversas que, na opinião da 
maioria, são difíceis, permeadas por tabus e para as quais não se sentem 
preparados. 
Pais e professores têm opinião semelhante sobre a idade em que o 
instrumento deva ser apresentado às crianças e adolescentes, com onze anos 
ou mais. Muito sugerem fornecer as informações por partes, o que também é a 
opinião dos pesquisadores. 
Os professores e os pais ofereceram sugestões construtivas para o 
aperfeiçoamento do almanaque. Muitas foram incorporadas ao texto. 
 
 
 
38 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Curriculares Nacionais - Ciências da Natureza, Matemática e suas 
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de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), 
para incluir conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos 
currículos da educação básica, e institui a Semana Escolar de Combate à 
Violência contra a Mulher. Brasília, DF, 2021. Acesso em 03/06/2023. 
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integrativa de literatura. REAS/EJCH. 2020;56(supl):e3977. DOI: 
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educador. REAS/EJCH. 2021;13(2):e5501. Acesso em 03/06/2023. 
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40 
17- SÃO PAULO. Decreto nº 64.864, de 16 de março de 2020. Dispõe sobre a 
adoção de medidas adicionais, de caráter temporário e emergencial, de 
prevenção de contágio pelo COVID-19 (Novo Coronavírus), e dá 
providências correlatas. Diário Oficial do Estado de São Paulo, 2020 
 
18- INEP. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2021. Acesso 
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Components of worldwide successful sexuality education interventions for 
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42 
8. APÊNDICES 
 
Apêndice 1. Questionário e entrevista pré-estruturados aplicados aos professores. 
Questionário 
Você é professor(a) de qual(is) série(s) do ensino fundamental? 
1 ano ( ) 2 ano ( ) 3 ano ( ) 4 ano ( ) 5 ano ( ) 6 ano ( ) 7 ano ( ) 8 
ano ( ) 9 ano ( ) Não tem aula no Ensino Fundamental ( ) 
Quais as disciplinas que leciona? 
____________________________________ 
Você é professor(a) de qual(is) série(s) do ensino médio? 
1 ano ( ) 2 ano ( ) 3 ano ( ) Não tenho aula no Ensino Médio ( ) 
Quais as disciplinas que leciona? 
____________________________________ 
Qual a sua idade? 
____________________________________ 
 
Qual seu sexo biológico? 
Masculino ( ) Feminino ( ) 
Qual seu gênero? 
Masculino ( ) Feminino ( ) Outro ( ) 
 
Qual a sua impressão geral sobre a cartilha? 
Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) 
Nos ajude justificando a sua resposta. 
_______________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________ 
 
43 
 
Na sua opinião, o texto está claro para os pais? 
Sim ( ) Não ( ) 
Nos ajude justificando a sua resposta. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
 
Na sua opinião, o texto está claro para os estudantes? 
Sim ( ) Não ( ) 
Nos ajude justificando a sua resposta. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
As atividades propostas na cartilha são adequadas para os estudantes do ensino 
fundamental? 
Sim ( ) Não ( ) 
Nos ajude justificando a sua resposta. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
As atividades propostas na cartilha são adequadas para os estudantes do ensino 
médio? 
Sim ( ) Não ( ) 
Nos ajude justificando a sua resposta. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Os desenhos apresentados na cartilha são fáceis de entender? 
Sim ( ) Não ( ) 
Nos ajude justificando a sua resposta. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
 
44 
Você acha que a cartilha pode ajudar pais e filhos conversarem sobre educação 
sexual? Por exemplo, discutirem juntos as figuras, o texto? 
Sim ( ) Não ( ) 
Nos ajude justificando a sua resposta. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Tem algum ponto da cartilha que causou dúvida e que você gostaria de receber 
explicação ou fazer algum comentário? 
Não, eu entendi tudo e não tenho dúvidas ( ) 
Sim, gostaria de esclarecer dúvida ou tenho comentário ( ) 
Se sim na resposta anterior, qual a dúvida? E em qual página e/ou figura se encontra? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Tem algum ponto da cartilha que pode causar vergonha ou constrangimento e que 
você teria dificuldade em conversar com os estudantes ou pais? 
Sim, há pontos que serão difíceis de conversar com os estudantes ( ) 
Sim, há pontos que causam dificuldades para conversar com os pais ( ) 
Não há pontos que causam dificuldade ( ) 
Se sim na resposta anterior, em qual página e/ou figura se encontra? Comentar 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Na sua opinião, a partir de que idade essa cartilha poderia ser trabalhada com os 
estudantes? Por quê? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Você tem sugestões para a cartilha? Quais? 
_______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
 
45 
Apêndice 2. Questionário e entrevista pré-estruturados aplicados aos pais ou 
responsáveis. 
 
Identificação de parentesco 
Mãe ( ) Pai ( ) Familiar responsável ( ) Responsável ( ) 
Sua Idade 
____________________________________ 
 
Qual a sua impressão geral sobre a cartilha? 
Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) 
Por quê? Nos ajude comentando a sua resposta acima: 
_______________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________ 
 
Você acha que as palavras usadas no texto estão claras para seu(sua) filho(a)? 
Sim ( ) Não ( ) 
Por quê? Nos ajude comentando sua resposta acima. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
 
Os exemplos utilizados no texto são adequados para você? 
Sim ( ) Não ( ) 
Por quê? Nos ajude comentando sua resposta acima. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Os exemplos utilizados no texto são adequados para seu(sua) filho(a)? 
Sim ( ) Não ( ) 
 
 
46 
Por quê? Nos ajude comentando sua resposta acima. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Os desenhos apresentados na cartilha são fáceis de entender? 
Sim ( ) Não ( ) 
Por quê? Nos ajude comentando sua resposta acima. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Você acha que a cartilha pode ajudar os pais a conversarem com os filhos sobre 
educação sexual? Por exemplo, discutir juntos as figuras, o texto? 
Sim ( ) Não ( ) 
Por quê? Nos ajude comentando sua resposta acima. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Tem algum ponto da cartilha que causou dúvida e que você gostaria de explicação 
ou comentário? 
Não, eu entendi tudo e não tenho dúvidas ( ) 
Sim, gostaria de esclarecer dúvida ou tenho comentário ( ) 
Se sim na resposta anterior, qual a dúvida? E em qual página e/ou figura se encontra? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Tem algum ponto da cartilha que pode causar vergonha ou constrangimento e que 
você teria dificuldade em conversar com seu(sua) filho(a)? 
Não, eu acho que não tem pontos que causam dificuldades para os pais ( ) 
Sim, há pontosque serão difíceis de conversar com as(os) filhas(os) 
Se sim na resposta anterior, em qual página e/ou figura se encontra? Comentar. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
 
47 
Na sua opinião, a partir de que idade se deve mostrar essa cartilha aos estudantes? 
Por quê? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
Você tem sugestões para a cartilha? Quais sugestões? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
 
 
 
48 
Apêndice 3. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 466/2012/Resolução 510/2016) 
 
Título do Projeto de Pesquisa: "Avaliação de uma cartilha de educação sexual dirigida aos pais 
e professores". 
 
Pesquisadores Responsáveis: Rafaella de Almeida Souza, Fernando Antonio de Almeida e Maria 
Valéria Pavan. 
 
Local onde será realizada a Pesquisa: Escola Estadual Doutor Arthur Cyrillo Freire. 
Rua Visconde do Rio Branco, 1087 - Vila Jardini, Sorocaba - SP, 18044-000. 
 
Os professores, os alunos do ensino fundamental e médio e os pais ou responsáveis pelos alunos 
estão sendo convidados a participar como voluntários da pesquisa acima especificada. 
O convite está sendo feito porque um grupo de pesquisadores que já vem trabalhando na escola 
produziu uma cartilha destinada à educação sexual dos adolescentes e agora queremos saber a 
avaliação da cartilha de todas as pessoas envolvidas nesse processo educativo, ou seja, os 
alunos, seus pais ou responsáveis e os professores. Por isso, todos estão sendo convidados. Para 
participar dessa avaliação você terá que concordar em ser voluntário e pode desistir de 
participar a qualquer tempo, sem necessidade de justificar sua decisão. Da mesma forma, deixar 
de participar da pesquisa não implicará em qualquer consequência para sua educação ou para 
a educação de seu filho na escola. 
A cartilha sobre educação sexual que será avaliada tem 18 páginas com atividades recreativas 
educacionais, desenhos explicativos e interativos, história em quadrinhos e informações úteis. 
Você será estimulado a nos dizer: suas impressões gerais sobre a cartilha; se os termos, palavras, 
figuras e exemplos utilizados na cartilha são adequados e fáceis de entender; qual idade mais 
adequada para apresentá-la; se considera que a cartilha pode ajudar a aproximar os pais e os 
filhos na tarefa de educação sexual e se você tem sugestões para contribuir para melhora do 
instrumento. 
Os riscos em participar da pesquisa são mínimos e envolvem principalmente possíveis 
constrangimentos de tratar de um assunto (educação sexual) ainda tão envolto em tabus e 
preconceitos. Por outro lado, participar da pesquisa pode trazer muitos benefícios, tais como 
criar a oportunidade dos pais e professores conversarem claramente com os filhos/alunos sobre 
o assunto difícil, mas agora apoiados pela cartilha, um instrumento técnico e científico. 
Esperamos também que a conversa entre pais e filhos e a educação aberta reduza o risco dos 
adolescentes contraírem doenças sexualmente transmissíveis, saberem como evitar a gravidez 
ainda tão jovem, saberem como se proteger de abuso sexual e terem uma adolescência mais 
saudável. 
Esse termo de consentimento deve ser assinado pelos professores e responsáveis antes que 
qualquer procedimento do estudo seja feito. Os alunos(as) também têm necessidade de assinar 
um outro Termo de Assentimento Livre e Esclarecido onde expressam sua concordância em 
participar do estudo. 
Este é um projeto de pesquisa analisado e aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) 
que é um órgão que protege o bem-estar dos participantes de pesquisas. O CEP é responsável 
pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo seres 
 
49 
humanos, visando garantir a dignidade, os direitos, a segurança e o bem-estar dos participantes 
de pesquisas. Caso você tenha dúvidas ou perguntas sobre seus direitos como participante deste 
estudo ou se estiver insatisfeito com a maneira como o estudo está sendo realizado, entre em 
contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciência Médicas e da Saúde 
– localizado na Rua Joubert Wey, 290 – Vergueiro Sorocaba- SP – CEP 18030-070, sala 506, 5º 
andar do Prédio da Faculdade de Medicina. Contato (15) 3212-9896 – e-mail: 
cepfcms@pucsp.br, de segunda-feira a sexta-feira no horário das 8hs às 16hs. Os pesquisadores 
participantes do estudo são: Rafaella de Almeida Souza (celular 15- 99808-2606) Fernando 
Antonio de Almeida (celular 15-99694-4305) e Maria Valéria Pavan (celular 15-99694-4306). 
Todas as informações coletadas neste estudo serão confidenciais (seu nome jamais será 
divulgado). Somente o pesquisador e a equipe de pesquisa terão conhecimento de sua 
identidade e nos comprometemos a mantê-la em sigilo. Os dados coletados serão utilizados 
apenas para esta pesquisa. Caso concorde as conversas com os pesquisadores serão gravadas. 
Após ser apresentada e esclarecidas as informações da pesquisa, caso aceite participar como 
voluntário, você e o pesquisador deverão rubricar todas as páginas e assinar ao final deste 
documento elaborado em duas vias, uma das quais fica com você para que tenha acesso a essas 
informações possa consultá-la sempre que necessário. 
 Os participantes têm direito ao acesso aos resultados da pesquisa e estes serão informados a 
todos os participantes que tiverem interesse bem como à direção da escola. A participação na 
pesquisa não envolve custos, tampouco compensações financeiras. 
 
Concordância em participar: 
Eu, abaixo assinado, declaro que concordo em participar desse estudo como voluntário, que fui 
devidamente informado e esclarecido sobre os objetivos da pesquisa, que li ou foram lidos para 
mim, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes 
de minha participação e esclareci todas as minhas dúvidas. Foi-me garantido que eu posso me 
recusar a participar e retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto me cause 
qualquer prejuízo, penalidade ou responsabilidade. Autorizo a divulgação dos dados obtidos 
neste estudo mantendo em sigilo minha identidade. Informo que recebi uma via deste 
documento com todas as páginas rubricadas e assinadas por mim e pelo Pesquisador 
Responsável. 
Nome do participante:_________________________________________________________ 
Assinatura: ________________________________________ Local/data:__________________ 
 
Nome do pesquisador:___________________________________________________________ 
Assinatura: ________________________________________ Local/data:__________________ 
 
Nome da testemunha (quando necessário):__________________________________________ 
Assinatura: ________________________________________ Local/data:__________________ 
 
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
Título:
Educação Sexual
Subtítulo
Responsável : 
Profa . Dra . Maria Valéria Pavan
Ponti f íc ia Universidade Catól ica de São Paulo (PUC-SP) , 
Sorocaba-SP. *E-mai l : mvpavan@pucsp.br
Autores :
Luisa Hercowitz Tagnin, Luiza Lista Bertonha, Rebeca da 
Si lva Sousa, Helena Boldrini Niero, Clarissa Garcia Custódio, 
Fel ipe Leonardo, Rafael la de Almeida Souza, Fernando 
Antonio de Almeida, Maria Valéria Pavan*
Auxí l io f inanceiro do Plano de Incentivo a Projetos de 
Extensão (PIPEXT) da PUC-SP, Sol ic itação:13856 .
Alunas bols istas : PIBIC-CEPE, PIBIC-CNPq, PIBIC Sem 
Fomento.
Direitos de reprodução exclusivo aos autores .
Projeto Gráf ico: Gabriela Fasanel la
Este almanaque faz parte de um Projeto 
de Extensão da Faculdade de Ciências 
Médicas e da Saúde da Pontif ícia 
Universidade Católica de SãoPaulo.
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
O Almanaque Educação Sexual 
foi especialmente construído para 
auxiliar crianças e adolescentes a 
entenderem o desenvolvimento do 
seu corpo e as mudanças f ísicas e 
emocionais que ocorrem ao longo 
dos anos. Também tem o objetivo 
de levar informações seguras 
sobre cuidados com o corpo para 
que as crianças e adolescentes 
sejam respeitados e façam suas 
escolhas com segurança e amparo 
dos familiares, da escola e dos 
prof issionais de saúde. 
 
EDUCAcÃO
sexual
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
A n a t o m i a F e m i n i n a
A n a t o m i a M a s c u l i n a
P u b e r d a d e F e m i n i n a
P u b e r d a d e M a s c u l i n a
S e x u a l i d a d e
G r a v i d e z n a A d o l e s c ê n c i a - u m a h i s t ó r i a 
e m q u a d r i n h o s
I n f e c ç õ e s S e x u a l m e n t e T r a n s m i t í v e i s 
M é t o d o s C o n t r a c e p t i v o s
D i r e i t o s S e x u a i s
D i r e i t o s R e p r o d u t i v o s
O s e u c o r p o é s e u !
S o l u ç õ e s
4
6
8
10
12
14
24
26
28
29
30
32
Conteúdo
ANATOMIA
FEMININA
C l i t ó r i s
C l i t ó r i s
P e q u e n o s L á b i o s
P e q u e n o s L á b i o s
A b e r t u r a d a 
u r e t r aV e s t í b u l o
Va g i n a
Va g i n a
U r e t r a
R e t o
B e x i g a
C o l o d o 
Ú t e r o
T r o m p a d e 
F a l ó p i o
O v á r i o
Ú t e r o
â n u s
â n u s
G r a n d e s L á b i o s
G r a n d e s L á b i o s
4
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
Palavras Cruzadas
H o r i z o n t a i sV e r t i c a i s 
U R E T R A
Ú T E R O
V A G I N A
P E Q U E N O S L Á B I O S
C L I T Ó R I S
B E X I G A
G R A N D E S L Á B I O S
T U B A U T E R I N A
O V Á R I O
 N U S
5
ANATOMIA
masculina
â n u s
R e t o
B e x i g a
D u c t o
D e f e r e n t e
U r e t r a
P ê n i s
V e s í c u l a
S e m i n a l
P r ó s t a t a
E p i d í d i m o
T e s t í c u l o
S a c o E s c r o t a l
6
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
â n u s
R e t o
7
caca Palavras
As palavras deste caça palavras estão escondidas na 
horizontal, vertical e diagonal.
v e s í c u l a s e m i n a l
g l a n d e
s a c o e s c r o t a l
t e s t í c u l o
u r e t r a
â n u s
e p i d í d i m o
p ê n i s
p r ó s t a t a
b e x i g a
d u c t o d e f e r e n t e
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PUBERDADE
FEMININA
AS PRINCIPAIS MUDANCAS SÃO:
A p a r e c i m e n t o d o B R O T O M A M Á R I O
p e l o s n a r e g i ã o p u b i a n a 
c r e s c i m e n t o d a s m a m a s
p e l o s c o r p o r a i s 
a p a r e c i m e n t o d e e s p i n h a s
c r e s c i m e n t o a c e l e r a d o , c h a m a d o e s t i r ã o
a l a r g a m e n t o d o s o s s o s d a b a c i a 
d e p ó s i t o d e g o r d u r a n a s n á d e g a s , c o x a s e q u a d r i s
a p r i m e i r a m e n s t r u a ç ã o , c h a m a d a d e m e n a r c a
8
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
FEMININA caca Palavras
As palavras deste caça palavras estão escondidas na 
horizontal, vertical e diagonal
R
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T
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C
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A
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procure as palavras destacadas na página ao lado
9
MASCULINA
AS PRINCIPAIS MUDANCAS SÃO:
a u m e n t o d o v o l u m e d o s t e s t í c u l o s
c r e s c i m e n t o d o p ê n i s
p e l o s n a r e g i ã o p u b i a n a
o d o r c o r p o r a l 
c r e s c i m e n t o a c e l e r a d o , c h a m a d o e s t i r ã o
m u d a n ç a d a v o z
a p a r e c i m e n t o d e e s p i n h a s
a u m e n t o d e m a s s a m u s c u l a r
a p a r e c i m e n t o d e p e l o s e m t o d o o c o r p o e f a c e
p r i m e i r a e j a c u l a ç ã o
blá blá 
PUBERDADE
10
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
MASCULINA
 A puberdade maculina em geral tem início entre os 9 
e 14 anos de idade, e seu primeiro sinal é o aumento do 
volume dos testículos.
palavras cruzadas
Escreva no diagrama as palavras destacadas na página ao 
lado respeitando os cruzamentos.
11
sexualidade
o que é?
na adolescencia
A s e x u a l i d a d e é algo que desenvolvemos desde o 
nascimento e faz parte da nossa vida em todos o momentos. 
Sexualidade é muito mais que sexo. Ela envolve desejos e 
práticas relacionadas à satisfação, à afetividade, ao p r a z e r , 
aos sentimentos e ao exercício da l i b e r d a d e . É ter prazer 
ao acordar e espreguiçar-se na cama. Abrir a janela e sentir 
o sol ou o vento sobre a pele. É abraçar, acariciar, beijar 
carinhosamente as outras pessoas.
Com as mudanças da p u b e r d a d e , é natural que surja a 
c u r i o s i d a d e com o próprio corpo. No começo pode ter 
estranhamento, que costuma ser seguido por aceitação e 
até orgulho. Nessa fase voce pode se sentir a t r a í d o por 
outras pessoas e queira começar a se r e l a c i o n a r . 
Por isso é importante que r e s p e i t e seu próprio corpo, 
seus limites e conheça as medidas de proteção.
Lembre-se!
Cada um escolhe quando, como e com quem quer 
se relacionar. Ultrapassar os limites do outro é 
desrespeitoso e, além disso, um crime.
¹Brasil, 200912
^
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
criptograma
Cada símbolo corresponde a uma letra do alfabeto. 
Para letras iguais, símbolos iguais.
Abaixo estão as palavras destacadas no texto.
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13
gravidez na 
uma h istória em quadrinhos. . .
adolescencia
14
^
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
adolescencia
15
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E D U C A Ç Ã O S E X U A L 17
18
E D U C A Ç Ã O S E X U A L 19
20
E D U C A Ç Ã O S E X U A L 21
História em quadrinhos desenvolvida por esse grupo de pesquisa.
Custódio, 2020. DOI : https : //doi .org/ 10.25148/reas.e5501 .2021
quando devo ir
quando pode ocorrer
A gravidez pode ocorrer desde antes da primeira 
menstruação da menina (menarca) e a partir da primeira 
ejaculação do menino. Por isso, é sempre importante usar 
métodos contraceptivos desde a primeira relação sexual.
22
a gravidez?
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
quando devo ir
e se eu ou minha
As principais indicações para consulta de adolescentes ao 
ginecologista são:
Início da atividade sexual
Suspeita de IST
Suspeita de gravidez
Abuso Sexual
Queixas genitais ou 
mamárias
Exames preventivos após os 
18 anos
Se você desconfiar que de uma gravidez, procure a unidade 
de saúde ( postinho) e faça o teste de gravidez.
Caso o resultado de positivo, procureconversar com seu 
parceiro e com sua família ou um adulto de sua confiança.
Procure o serviço de saúde para iniciar o pré-natal.
O apoio familiar, do parceiro, da escola são muito importantes 
nesse momento, principalmente para que se possa prosseguir 
com seu planejamento de vida.
No caso de estudantes, a escola, pela Lei Federal nº 6202/75, 
tem deveres com a adolescente grávida e no período pós-
parto, como a reposição de provas, justif icativas de faltas, etc.
O SUS assegura o direito ao atendimento pré-natal, ao parto 
e pós-parto para garantir sua saúde e de seu bebê.
23
parceira engravidar?
ao ginecologista?
Brasil, 2009
Brasil, 2022
infeccões sexualmente
transmissíveis
o que são?
como me prevenir?
O uso de preservativo é o principal meio de prevenção e não 
deve ser esquecido nunca.
Higiêne e observação do próprio corpo são cuidados 
necessários.
Vacinar-se contra o Papilomavírus Humano (HPV) é a 
medida mais ef icaz de se prevenir contra essa infecção. A 
vacina é distribuida gratuitamente pelo SUS para meninos 
e meninas.
Se você perceber algum dos sinais citados acima, procure 
rapidamente o serviço de saúde e avise sua parceira sexual.
24
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são infecções 
transmitidas através das relações sexuais (orais, vaginais 
ou anais) sem uso de preservativo. São causadas por vírus, 
bactérias, fungos e parasitas.
Podem manifestar-se por meio de fer i das , bolhas , 
verrugas e corr imento anormal , mas algumas vezes 
não apresentam sintomas.
Mesmo sem sintomas, podem evoluir para complicações 
graves como: infertilidade, câncer, problemas neurológicos, 
diminuição de imunidade e até morte.
Se tratadas adequadamente, é possível controlá-las ou curá-las.
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
infeccões sexualmente
transmissíveis
No jogo abaixo você irá descobrir quais são as 
principais IST. 
Cada número corresponde a uma letra do alfabeto. 
Para letras iguais, números iguais. Cada linha 
corrsponde a uma IST.
criptograma
1 1 2 6 2 4 2 6 1 8 1 8 1 1 3 6
1 9 1 3 1 6 1 3 2 1 3 1 9
4 1 1 8 5 1 1 9 1 1 1 2 4 1 3 2 1 6 2
4 5 1 4
P
1 0 2 6 3 1 3 8 1 3 6
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4 1 3 1 4 
2 1 1 8 1 3 1 0 2 6 3 2 6 1 3 6 1 9 1 
r
25
métodos
contraceptivos
o que são?
dupla protecão!
São formas, objetos, medicamentos e cirurgias utilizadas para 
evitar a gravidez. Podem ser divididos em:
Métodos hormonais: 
Inibem a ovulação através de hormônios.
Anticoncepcionais orais: existem pílulas combinadas, minipílula 
e pílula de emergência;
Injetáveis: aplicados uma vez por mês ou a cada 3 mêses;
Anel: inserido no canal vaginal, permanece por 3 semanas;
Adesivo: colado na pele, cada adesivo permanece uma semana.
Métodos de barreira: 
Impedem o encontro do espermatozóide com o óvulo.
Camisinha: é o único método que protege contra IST! Existe 
masculina e feminina;
Diafragma inserido no colo uterino antes da relação sexual.
LARC (contracepcão reversível de longa duracão):
Implante contraceptivo: inserido sob a pele do braço da mulher;
DIU de cobre: inserido dentro do útero, modifica o ambiente;
DIU hormonal: inserido dentro do útero, libera progesterona.
É a proteção tanto contra IST quando contra a gravidez! 
Deve-se utilizar ao mesmo tempo, camisinha (masculina ou 
feminina) e algum outro método contraceptivo.
26
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
voce sabia que...
relacione
O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece métodos 
contraceptivos de graça?
Ligue cada imagem e explicação com o método 
contraceptivo correspondente. Estes são os métodos 
contraceptivos fornecidos pelo SUS.
1. LARC A. Camisinha
B. Pílula de emergência
C. Injetável
D. Pílula combinada
E. Minipílula
F. DIU
G. Diafragma
2. Apenas progesterona 
Uso diário
3. Método de barreira
Protege contra IST
4. Utilizado após 
relação sexual
6. Pode ser mensal ou 
trimestral
7. Estrogênio 
+ progesterona
5. Método de barreira
feminino
27
direitos
sexuais 
o que são?
São Direitos Humanos já reconhecidos em leis nacionais e 
documentos internacionais.
Direitos Sexuais
Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem 
violência, discriminações, imposições, medo, vergonha, 
culpa e falsas crenças, e com respeito pleno pelo corpo do (a) 
parceiro (a).
Direito de viver a sexualidade independentemente de estado 
civil, idade ou condição física.
Direito de escolher o (a) parceiro (a) sexual.
Direito de escolher se quer ou nao quer ter relação sexual.
Direito de expressar livremente sua orientacão sexual: 
heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade, 
entre outras.
Direito de ter relação sexual iindependente da reprodução.
Direito ao sexo seguro para prevencão da gravidez indesejada e 
de DST/HIV/AIDS.
Direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e 
atendimento de qualidade sem discriminação.
Direito à informacão e à educação sexual e reprodutiva.
28
Brasil, 2013
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
sexuais 
direitos
reprodutivos
CACA PALAVRAS
Direito de decidir, de forma livre e responsável, se querem ou 
não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento 
de suas vidas.
Direito à informações, meios, métodos e técnicas para ter ou 
não ter filhos.
Direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de 
discrminação, imposição e violência.
P R O C U R E A S P A L A V R A S D E S TA C A D A S N O T E X T O .
C
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seu corpo
é seu!
ligue os pontos
Ligue os pontos em ordem numérica e descubra os locais do 
seu corpo que outras pessoas não podem tocar!
30
1. 1.
1.
1.
1.
1.
.2
.2
.2
.
3
.
3
.
3
.
3
.2 .2
.2
Não!
Atenção.
E D U C A Ç Ã O S E X U A L
labirinto
Encontre o caminho que chega em cada lugar.
Se alguém fez algo que você não gostou ou não 
se sentiu confortável, é importante contar para 
alguém que você conf ia!
Por exemplo, sua mãe, pai ou responsável, um 
prof issional da UBS, professora ou algum adulto 
da escola.
A
B
pai, mãe ou responsável
UBS
Escola
C
DE
31
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solucões
5
9 11
2513
7
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l i b e r d a d e
p r a z e r
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palavras/caca-palavras/criador/
Jogo criado com: https://www.geniol.com.br/
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E D U C A Ç Ã O S E X U A L
solucões
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30 31
29
1 - F D I U
2 - E M i n i p í l u l a
3 - A C a m i s i n h a
4 - B P í l u l a d e e m e r g ê n c i a
5 - G d i a f r a g m a
6 - c i n j e t á v e l
7 - D P í l u l a C o m b i n a d a
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informacões
úteIs
telefones
referencias
sites
100: Denúncia de violência, abuso e exploração sexual de 
crianças e adolescentes - Disque direitos humanos - SDH
1 36 : Ouvidoria geral SUS - Disque Saúde
1 80 : Atendimento Específ ico para Mulher - SPM
0800 1 1 1 6 1 6 : Disque Denúncias Trabalho Infantil SP
0800 722 6001 : Disque intoxicação - ANVISA
1 9 2 : SAMU/Ambulância
1 90 : Emergência e Polícia Militar
1 97 : Polícia Civil
1 93 : Bombeiros
1 3 2 : Viva Voz (informações sobre drogas)
1 8 8 : CVV (Centro de Valorização da Vida)
www.adolescentes.org.br
www.saude.gov.br
www.juventude.gov.br
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Caderneta 
de Saúde da Adolescente. Brasília, 2009.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Caderneta 
de Saúde da Adolescente. Brasília, 2009.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde 
reprodutiva. Brasília, 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (Inca). 
Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do 
Útero. Rio de Janeiro, 2022.
www.adolec.br
www.aids.gov.br
www.cvv.org.br
^
FACULDADE DE CIÊNCIAS
MÉDICAS E DA SAÚDE DA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE SÃO PAULO -
FCMS-PUC/SP
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
Pesquisador:
Título da Pesquisa:
Instituição Proponente:
Versão:
CAAE:
Avaliação de uma cartilha de educação sexual dirigida aos pais, professores e aos
alunos do ensino básico.
RAFAELLA DE ALMEIDA SOUSA
Fundação São Paulo - Campus Sorocaba da PUC-SP Fac Ciencias Med e da
2
58542922.7.0000.5373
Área Temática:
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Número do Parecer: 5.503.478
DADOS DO PARECER
Avaliação de uma cartilha de educação sexual dirigida aos pais, professores e aos alunos do ensino básico.
Apresentação do Projeto:
Objetivo Primário:
Apresentar aos pais, aos professores e aos estudantes do ensino fundamental e ensino médio uma cartilha
sobre educação sexual dirigida a crianças e adolescentes e colher suas impressões e sugestões sobre a
publicação de forma a aperfeiçoá-la e adequá-la às necessidades da
comunidade.
Objetivo Secundário:
1. Identificar as possíveis reações dos pais, dos professores e estudantes à leitura da cartilha a ser
apresentada.
2. Registrar, discutir e entender as razões para as sugestões dos pais, dos professores e dos estudantes em
relação à cartilha oferecida para o
manuseio.
3. Promover a interação familiar em torno do tema educação sexual, fornecendo inclusive um modelo
facilitador da conversa e interação entre eles.
Objetivo da Pesquisa:
Financiamento PróprioPatrocinador Principal:
18.030-070
(15)3212-9896 E-mail: cepfcms@pucsp.br
Endereço:
Bairro: CEP:
Telefone:
Rua Joubert Wey, 290 - sala 506 - 5º andar do prédio da Faculdade
Vergueiro
UF: Município:SP SOROCABA
Fax: (15)3212-9896
Página 01 de 03
FACULDADE DE CIÊNCIAS
MÉDICAS E DA SAÚDE DA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE SÃO PAULO -
FCMS-PUC/SP
Continuação do Parecer: 5.503.478
4. Implementar as mudanças sugeridas para a cartilha sobre educação sexual dirigida às crianças e
adolescentes.
Os riscos são pequenos para os participantes, mas como se trata de uma cartilha de educação sexual
poderá haver algum constrangimento entre os
participantes. Os pesquisadores se comprometem a apresentar a cartilha de forma mais amigável possível
para evitar algum constrangimento.
Benefícios:
A cartilha pretende facilitar a discussão sobre a educação sexual, evitando assim riscos de gravidez na
adolescência, infecções sexualmente transmissíveis e os transtornos mentais relacionados a esses eventos.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Relatado no primeiro parecer.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
Corrigidos cronograma e questionarios.
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Aprovado
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
Acatar
Considerações Finais a critério do CEP:
Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:
Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação
Informações Básicas
do Projeto
PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P
ROJETO_1937801.pdf
21/06/2022
23:46:35
Aceito
Declaração de
concordância
Carta_de_autorizacao_da_escola.pdf 21/06/2022
23:44:40
Fernando Antonio de
Almeida
Aceito
Declaração de
Pesquisadores
Carta_de_encaminhamento_ao_CEP.pd
f
21/06/2022
23:43:19
Fernando Antonio de
Almeida
Aceito
TCLE / Termos de
Assentimento /
TALE_Avaliacao_da_Cartilha_de_Educa
cao_Sexual_2022.pdf
21/06/2022
23:42:25
Fernando Antonio de
Almeida
Aceito
18.030-070
(15)3212-9896 E-mail: cepfcms@pucsp.br
Endereço:
Bairro: CEP:
Telefone:
Rua Joubert Wey, 290 - sala 506 - 5º andar do prédio da Faculdade
Vergueiro
UF: Município:SP SOROCABA
Fax: (15)3212-9896
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FACULDADE DE CIÊNCIAS
MÉDICAS E DA SAÚDE DA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE SÃO PAULO -
FCMS-PUC/SP
Continuação do Parecer: 5.503.478
SOROCABA, 01 de Julho de 2022
Dirce Setsuko Tacahashi
(Coordenador(a))
Assinado por:
Justificativa de
Ausência
TALE_Avaliacao_da_Cartilha_de_Educa
cao_Sexual_2022.pdf
21/06/2022
23:42:25
Fernando Antonio de
Almeida
Aceito
TCLE / Termos de
Assentimento /
Justificativa de
Ausência
TCLE_Avaliacao_da_Cartilha_de_Educa
cao_Sexual_2022.pdf
21/06/2022
23:42:10
Fernando Antonio de
Almeida
Aceito
Projeto Detalhado /
Brochura
Investigador
Projeto_Mestrado_Avalicao_Cartilha_21
_06_22.pdf
21/06/2022
23:41:39
Fernando Antonio de
Almeida
Aceito
Outros Curriculo_Lattes_Luisa_Hercowitz_Tagn
in.pdf
06/05/2022
23:55:40
Fernando Antonio de
Almeida
Aceito
Folha de Rosto Folha_de_Rosto_Avaliacao_Cartilha.pdf 27/04/2022
13:54:51
Fernando Antonio de
Almeida
Aceito
Outros C_Lattes_Fernando_A_Almeida.pdf 27/04/2022
13:50:36
Fernando Antonio de
Almeida
Aceito
Outros C_Lattes_Maria_Valeria_Pavan.pdf 27/04/2022
13:50:11
Fernando Antonio de
Almeida
Aceito
Outros curriculo.pdf 27/04/2022
13:13:17
RAFAELLA DE
ALMEIDA SOUSA
Aceito
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
18.030-070
(15)3212-9896 E-mail: cepfcms@pucsp.br
Endereço:
Bairro: CEP:
Telefone:
Rua Joubert Wey, 290 - sala 506 - 5º andar do prédio da Faculdade
Vergueiro
UF: Município:SP SOROCABA
Fax: (15)3212-9896
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