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OAB DIRETO AO PONTO 
2ª FASE – DIREITO DO TRABALHO 
PROFESSORA ANA PAULA LUCAS 
 
MÓDULO 3: ELABORAÇÃO DE PEÇAS PROCESSUAIS 
 
AULAS 1 E 2: RECLAMATÓRIA TRABALHISTA. EXERCÍCIOS 1 A 4 
 
1. ESTRUTURA PADRÃO 
 
1.1. ENDEREÇAMENTO: local da prestação de serviços do empregado/local da sede da empresa 
1.2. PREÂMBULO: Qualificação das partes, indicação do Art. 840, caput e § 1º, CLT e nome da peça 
1.3. PRELIMINAR DE MÉRITO: hipóteses de tramitação preferencial do feito 
1.4. MÉRITO: narrar o fato, fundamentar na lei e pleitear a condenação da reclamada (3 parágrafos) 
1.5. PEDIDOS: repetir os pedidos feitos nos tópicos de mérito 
1.6. REQUERIMENTOS FINAIS: requerer a NOTIFICAÇÃO da reclamada, a produção de PROVAS e a PROCEDÊNCIA dos 
pedidos. 
 
2. MODELO 
 
2.1. ENDEREÇAMENTO: 
 
A petição deve ser dirigida para o juízo do local de prestação de serviços ou da contratação (Art. 651, caput e § 1º, 
CLT): 
 
EXEMPLO: 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ____VARA DO TRABALHO DE ________. 
 
Obs.: Caso o reclamante já tenha ajuizado ação anterior, a distribuição da ação se dará por dependência (prevenção). 
Nessa hipótese, o endereçamento será feito para o mesmo juízo onde tramitou a ação anterior e deverá ser indicada tal 
situação logo abaixo do endereçamento. Como primeiro tópico de mérito, indique a fundamentação. 
 
EXEMPLO: 
 
AO DOUTO JUÍZO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS. 
 
DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA AO PROCESSO N.º: 123456789. 
 
DA DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA (Atenção: lançar como primeiro tópico de mérito) 
 
Verifica-se a existência de ação anterior ajuizada perante a 25ª Vara do Trabalho de São Paulo, a qual foi 
arquivada, devendo, pois, a presente demanda ser distribuída por dependência ao processo supramencionado, nos termos 
do Art. 286, II, do CPC. 
 
2.2. PREÂMBULO: QUALIFICAÇÃO DAS PARTES, INDICAÇÃO DO ART. 840, CAPUT E § 1º, CLT E NOME DA PEÇA 
 
NOME DO RECLAMANTE, qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por 
meio de seu advogado ao final assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço completo, onde 
recebe intimações e notificações, com fulcro no Art. 840, caput e § 1º da CLT, propor RECLAMATÓRIA TRABALHISTA em 
face de NOME DA RECLAMADA, qualificação e endereço completos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
2.3. PRELIMINAR DE MÉRITO: analisar a existência das hipóteses de tramitação preferencial do feito 
 
Obs.: Hipóteses de tramitação preferencial do feito: 
a) ação proposta por idoso (idade acima de 60 anos) – Art. 71, Lei 10.741/03 e Art. 1048, I, CPC 
b) ação proposta por portador de doença grave – Art. 1048, I, CPC 
c) ação proposta por pessoa com deficiência – Art. 9º, Lei 13.146/15 
d) dissídios que versem exclusivamente sobre salário – Art. 652, § único, CLT 
e) dissídios que decorrerem da falência do empregador - Art. 652, § único, CLT 
 
EXEMPLO: 
 
PRELIMINAR DE MÉRITO TRAMITAÇÃO PREFERENCIAL DO FEITO (adaptar de acordo com o caso) 
 
Nos termos do Art. 9º, Lei 13.146/15, nos dissídios em que figurar pessoa com deficiência, o feito deve tramitar de 
forma preferencial. 
Ressalta-se que o reclamante sofreu a amputação de um dedo, o que reduziu sua capacidade laborativa em 20%, 
enquadrando-se, portanto, no conceito de deficiente previsto no Art. 2º, Lei 13.146/15, o qual estabelece que pessoa com 
deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual pode 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 
Diante do exposto, requer a tramitação preferencial do feito. 
 
2.4. MÉRITO 
 
Sempre estará presente na sua petição. 
Nesse tópico, deve-se formular subtópicos para cada um dos pedidos, dando um título a eles. Aqui deverão ser 
expostos os fatos, os fundamentos e os pedidos, de acordo com os dados apresentados na prova. 
 
§ 1º - Fato – copiar o fato do enunciado 
§ 2º - Fundamento – fundamentar com a base legal. Lembrar de fazer um link com o caso concreto. 
§ 3º - Pedido – Ex.: “Isto posto, requer a condenação da reclamada...” 
 
EXEMPLO: 
 
DO INTERVALO INTRAJORNADA 
 
O reclamante trabalhava seis dias por semana, das 18:30h às 3:30h, com intervalo de 40 minutos. (FATO) 
Nos termos do Art. 71, CLT, em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigatória a 
concessão de um intervalo para repouso e alimentação, o qual será de, no mínimo, uma hora. A concessão parcial do 
intervalo intrajornada mínimo, implica o pagamento do período suprimido, acrescido do adicional de 50%, sobre o valor 
da hora normal de trabalho, nos termos do Art. 71, § 4º, CLT. (FUNDAMENTO) 
Isto posto, requer a condenação da reclamada ao pagamento dos 20 minutos diários que foram suprimidos do 
reclamante, acrescidos do adicional de 50%. (PEDIDO) 
 
2.5. PEDIDOS 
 
Sempre estará presente na sua petição. Deverão ser repetidos, forma resumida, todos os pedidos feitos nos 
tópicos de mérito. 
Ao final de cada pedido, usar a expressão “no valor de R$ _____”. 
 
EXEMPLO: 
 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento das seguintes parcelas e/ou obrigações de 
fazer: 
 
a) a integração do valor do aluguel do veículo ao salário do reclamante para todos os efeitos, no valor de R$ ________; 
b) as diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial, bem como seus reflexos nas verbas contratuais e resilitórias, 
no valor de R$ ________. 
 
 
2.6. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Sempre estará presente na sua petição. Compreende os seguintes pedidos: a notificação da reclamada, a 
produção de todos os meios de prova em direito admitidos em direito e a procedência dos pedidos, com a condenação 
da reclamada ao pagamento das verbas postuladas, acrescidas de juros e correção monetária, senão vejamos: 
 
EXEMPLO: 
 
Requer a NOTIFICAÇÃO da reclamada para apresentar sua defesa, sob pena de revelia e confissão. 
Requer a produção de todos os meios de PROVA admitidos em direito, em especial, o depoimento pessoal do 
representante legal da reclamada, a oitiva de testemunhas, a produção de prova pericial e juntada de novos documentos. 
Por fim, requer a PROCEDÊNCIA dos pedidos, com a condenação da reclamada ao pagamento de todas as verbas 
postuladas, acrescidas de juros e correção monetária. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ______. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB nº 
 
3. MODELOS DE TÓPICOS PRONTOS 
 
3.1. TUTELA ANTECIPADA (adaptar de acordo com o caso) 
 
A reclamante foi dispensada sem justa causa no curso da estabilidade provisória no emprego, sendo, portanto, 
devida a reintegração. 
Encontram-se presentes os requisitos autorizadores da concessão de tutela antecipada, previstos nos Arts. 300, 
CPC e 659, X, CLT, que compreendem a probabilidade do direito e o risco de dano. 
Evidencia-se a probabilidade do direito na medida em que a empregada foi dispensada no curso da estabilidade 
provisória no emprego por ser dirigente sindical, consoante proíbem os Arts. 8º, VIII, CF/88 e 543, § 3º, CLT. 
Já o risco de dano está presente, visto que a reclamante está desempregada, dependendo, portanto, do trabalho 
para sua subsistência e, também, porque sem a sua imediata reintegração, uma vez que é presidente do sindicato, a 
defesa dos trabalhadores fica comprometida. 
Diante do exposto, requer a concessão da liminar para a imediata reintegração da empregada ao trabalho. 
 
3.2. VERBAS RESCISÓRIAS (adaptar apenas as verbas rescisórias devidas no caso) 
 
O reclamante foi admitido em 02/01/2018 e demitido sem justa causa em 12/06/2018, com aviso prévio 
indenizado, sem receber qualquer verba rescisória. 
Diante disso, requer a condenação da reclamada ao pagamento de todas as verbas rescisórias próprias da extinção 
do contrato de trabalho sem justa causa, a saber: saldo de salário (12 dias), aviso prévio (30 dias), 13º salário (6/12) e 
férias proporcionais acrescidas de 1/3 (6/12) e multa de 40% do FGTS. 
Requer,auxiliar 
de escritório e digitador. 
A audiência desta reclamação trabalhista foi designada para o dia 21/03/2023 e seu cliente recebeu a notificação 
citatória no dia 18/03/2023, sendo certo que na data da audiência seu cliente não poderá participar da audiência, dado 
que já tem compromisso profissional assumido para a mesma data e hora, sendo certo que em razão da proximidade da 
data não tem como nomear procurador ou alterar seu compromisso. 
Você, como advogado(a), foi procurado por Jorge Machado para defendê-lo nessa ação trabalhista. 
Elabore a peça prático-profissional pertinente, de forma fundamentada, capaz de defender os interesses do seu 
cliente na demanda, ciente de que inexiste norma coletiva regente entre a sociedade empresária e seus empregados. 
 
EXERCÍCIO 9: ENUNCIADO 
 
O condomínio do Edifício Residencial Solar do Império, localizado em rua segura, que conta com vigilância 
terceirizada especializada, necessitando contratar um novo vigia noturno, firmou, em 2024, contrato de experiência de 
90 dias com Rafael Patrocínio. O horário estabelecido no contrato era para trabalhar das 22 às 5 horas, com uma hora de 
intervalo. O edifício dispõe de um pequeno aposento no andar térreo que é utilizado pelos funcionários para alimentação 
e descanso. 
Juntamente com o contrato de trabalho, o Condomínio e Rafael firmaram acordo individual de compensação e 
prorrogação de jornada estabelecendo que, caso houvesse necessidade de prorrogação da jornada até as 6 horas, em 
decorrência de atraso do porteiro que rendia Rafael, esta hora trabalhada seria compensada no dia seguinte, quando 
Rafael assumiria o trabalho a partir das 23 horas, trabalhando normalmente até as 5 horas do dia seguinte. 
O salário estipulado era de R$ 2.000,00, acrescido de 20% de adicional noturno. O Condomínio dispõe de registro 
de ponto eletrônico biométrico, e todos os funcionários registram o início e o fim da jornada, o mesmo ocorrendo em 
relação ao intervalo. Após o primeiro mês de trabalho, Rafael apresentou atestado médico por lombalgia, ficando 
afastado do trabalho por 14 dias. Depois desse período, retornou ao trabalho. 
Ao final do prazo do contrato de experiência, o Condomínio comunicou a Rafael que o contrato seria encerrado 
no último dia, ocasião em que seriam pagos a Rafael o saldo do salário, férias proporcionais e 13º salário proporcional, 
ambos na fração de 3/12, bem como fornecida guia do FGTS com os depósitos respectivos dos 90 dias trabalhados. 
Dias depois da rescisão, o Condomínio foi surpreendido com a citação de uma reclamação trabalhista, distribuída 
para a 100ª Vara do Trabalho de Goiânia/GO, sob o número 1234-56.2024.5.18.100, na qual Rafael pleiteia indenização 
do intervalo intrajornada, alegando que não o usufruiu; pagamento pelas horas extras trabalhadas até as 6 horas, 
enquanto aguardava a rendição pelo porteiro diurno, aduzindo que o acordo de compensação de jornada é inválido por 
ser individual; pagamento de adicional de periculosidade em virtude da sua função de vigia patrimonial exposto à 
violência, como assaltos a moradores e roubos de apartamentos; diferença de adicional noturno, aduzindo que deveria 
ser de 25%, e, para isso, anexou a convenção coletiva do sindicato dos empregados em empresas de vigilância e a do 
sindicato das empresas de vigilância do município de Goiânia. Pleiteia, ainda, reintegração ao emprego, alegando 
estabilidade por doença ocupacional e, subsidiariamente, requer o pagamento da multa de 40% sobre o FGTS e o 
fornecimento de guias de seguro-desemprego ou de indenização substitutiva. Por fim, pleiteia indenização por danos 
morais pela não contratação por prazo indeterminado, além de honorários de advogado na proporção de 20% sobre o 
valor da condenação. 
O Condomínio recebeu a citação há um dia e contratou você, como advogado(a), para defender seus interesses. 
Diante disso, de acordo com a legislação trabalhista em vigor e observado o entendimento jurisprudencial consolidado 
do TST, elabore a peça prático-profissional na defesa dos interesses do seu cliente. 
 
EXERCÍCIO 9: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUÍZO DA 100ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA/GO. 
 
PROCESSO N.º: 1234-56.2024.5.18.100 
 
 
 
CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO RESIDENCIAL SOLAR DO IMPÉRIO, qualificação e endereço completos, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado ao final assinado (procuração anexa), com 
escritório profissional no endereço completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro do Art. 847 da CLT, 
oferecer CONTESTAÇÃO à Reclamatória Trabalhista que lhe move RAFAEL PATROCÍNIO, já qualificado nos autos em 
epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
I. DO MÉRITO 
 
1. DO INTERVALO INTRAJORNADA 
 
O reclamante postulou o pagamento de indenização pela supressão do intervalo intrajornada, alegando que não 
o usufruiu. 
Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 71, CLT, nas jornadas de trabalho acima de 6 horas 
diárias, é obrigatória a concessão de intervalo para refeição e descanso de, no mínimo, 1 hora. 
Tal intervalo era integralmente usufruído pelo reclamante, conforme comprovam os registros de ponto 
apresentados pela reclamada, os quais, além de registrar os horários de entrada e saída, também registravam os 
intervalos para alimentação e descanso 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido de pagamento de indenização pela supressão do intervalo 
intrajornada. 
 
2. DAS HORAS EXTRAS 
 
O reclamante postulou o pagamento das horas extras trabalhadas até às 6 horas, enquanto aguardava a rendição 
pelo porteiro diurno, aduzindo que o acordo de compensação de jornada é inválido, por ser individual. 
Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 59, § 6º, CLT e Súmula 85, I, TST, é lícito o regime de 
compensação de jornada estabelecido por acordo individual, exatamente como aconteceu entre reclamante e 
reclamada. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido de o pagamento das horas extras trabalhadas até às 6 horas. 
 
 
 
 
3. DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
 
O reclamante postulou o pagamento de adicional de periculosidade em virtude da sua função de vigia patrimonial 
exposto à violência, como assaltos a moradores e roubos de apartamentos. 
Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 193, II, CLT, o autor não exercia a função de vigilante, 
portanto, não estava exposto a riscos, não se enquadrando, pois, na hipótese prevista em lei para pagamento do 
adicional. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido de pagamento de adicional de periculosidade. 
 
4. DAS DIFERENÇAS DE ADICIONAL NOTURNO 
 
O reclamante postulou o pagamento de diferenças de adicional noturno, aduzindo que deveria ser de 25%, 
anexando aos autos a convenção coletiva do sindicato dos empregados em empresas de vigilância e a do sindicato das 
empresas de vigilância do município de Goiânia. 
Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 511, CLT, é lícita a associação de empregados e 
empregadores a fim de entabular acordos e convenções coletivas de trabalho desde que exerçam a mesma atividade ou 
profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas. No caso, verifica-se que o reclamante não pertencia à 
categoria profissional alcançada pela convenção coletiva juntada, uma vez que não exercia a função de vigilante e que a 
reclamada não se encaixa na atividade econômica representativa patronal. Ademais, nos termos do Art. 73, CLT, o 
adicional noturno é de 20% sobre o valor da hora diurna. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido de pagamento de diferenças de adicional noturno. 
 
5. DA REINTEGRAÇÃO AO EMPREGO 
 
O reclamante postulou sua reintegração ao emprego, alegando estabilidade por doença ocupacional. 
Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 118, Lei 8.213/91 e Súmula 378, II, TST, são requisitos 
para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequentepercepção do auxílio doença 
acidentário. Assim, além da patologia do reclamante não configurar acidente de trabalho, o mesmo ficou apenas 14 dias 
afastado do serviço, portanto, não cumpre os requisitos para a estabilidade e a consequente reintegração. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido de reintegração ao emprego. 
 
6. DA MULTA DE 40% DO FGTS E GUIAS DO SEGURO-DESEMPREGO 
 
O reclamante postulou o pagamento da multa de 40% sobre o FGTS e o fornecimento de guias de seguro-
desemprego ou de indenização substitutiva. 
Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 18, § 1º, Lei 8.036/90 e do Art. 3º, Lei 7998/90, tanto a 
multa de 40% do FGTS quanto as guias para o seguro-desemprego são devidas apenas na dispensa imotivada, o que não 
é o caso, uma vez tratar-se de término de contrato de experiência. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido de pagamento da multa de 40% sobre o FGTS e o 
fornecimento de guias de seguro-desemprego ou de indenização substitutiva. 
 
7. DOS DANOS MORAIS 
 
O reclamante postulou o pagamento de uma indenização por danos morais pela não contratação por prazo 
indeterminado. 
Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 186, CC e do Art. 927, CC, a reclamada não cometeu 
nenhum ato ilícito ao contratar o reclamante através de um contrato de experiência, não cabendo, pois, o dever de 
indenizar. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido de indenização por danos morais. 
 
8. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
O reclamante postulou o pagamento de honorários advocatícios na proporção de 20% sobre o valor da 
condenação. 
Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 791-A, CLT, os honorários de sucumbência deverão ser 
fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% sobre o valor da condenação. Nota-se que o percentual pleiteado pelo 
reclamante não possui base legal. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido de pagamento de honorários advocatícios na proporção de 
20% sobre o valor da condenação. 
 
II. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, o 
depoimento pessoal do reclamante, sob pena de confissão. 
Requer o acolhimento da preliminar de mérito para extinguir o processo sem resolução de mérito quanto aos 
pedidos de pagamento das contribuições previdenciárias e das diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial, 
sucessivamente, o acolhimento da prejudicial de mérito para declarar a prescrição quinquenal e, sucessivamente, no 
mérito, a improcedência dos pedidos formulados pelo autor, condenando-o ao pagamento das custas processuais e 
honorários advocatícios, nos termos do Art. 791-A, CLT. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
EXERCÍCIO 10: ENUNCIADO 
 
Você foi contratado(a) pela Floricultura Flores Belas Ltda., que recebeu citação de uma reclamação trabalhista 
com pedido certo, determinado e com indicação do valor, movida em 27/02/2018 pela ex-empregada Estela, que tramita 
perante o juízo da 50ª Vara do Trabalho de João Pessoa/PB e recebeu o número 98.765. Estela foi floricultora na empresa 
em questão de 25/10/2012 a 29/12/2017 e ganhava mensalmente o valor correspondente a dois salários mínimos. 
Na demanda, requereu os seguintes itens: 
 - a aplicação da penalidade criminal cominada no Art. 49 da CLT contra os sócios da ré, uma vez que eles haviam 
cometido a infração prevista no referido diploma legal; 
- o pagamento de adicional de penosidade, na razão de 30% sobre o salário-base, porque, no exercício da sua 
atividade, era constantemente furada pelos espinhos das flores que manipulava; 
- o pagamento de horas extras com adição de 50%, explicando que cumpria a extensa jornada de segunda a sexta-
feira, das 10h às 20h, com intervalo de duas horas para refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, sem intervalo; 
- o pagamento da multa do Art. 477, § 8º, da CLT, porque o valor das verbas resilitórias somente foi creditado na 
sua conta 20 dias após a comunicação do aviso prévio, concedido na forma indenizada, extrapolando o prazo legal. 
Afirmou, ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assinado na admissão, contra 
a sua vontade, um documento autorizando a subtração mensal. 
A sociedade empresária informou que, assim que foi cientificada do aviso prévio, Estela teve uma reação violenta, 
gritando e dizendo-se injustiçada com a atitude do empregador. A situação chegou a tal ponto que a segurança 
terceirizada precisou ser chamada para conter a trabalhadora e acompanhá-la até a porta de saída. Contudo, quando 
deixava o portão principal, Estela começou a correr, pegou uma pedra do chão e a arremessou violentamente contra o 
prédio da empresa, vindo a quebrar uma das vidraças. A empresa informa que gastou R$ 300,00 na recolocação do vidro 
atingido, conforme nota fiscal que exibiu, além de apresentar a guia da RAIS comprovando possuir 7 empregados, os 
contracheques da autora e o documento assinado pela empregada autorizando o desconto de plano de saúde. 
Diante dessa narrativa, apresente a peça pertinente na melhor defesa dos interesses da reclamada. 
 
 
AULAS 9 E 13: RECURSO ORDINÁRIO. EXERCÍCIOS 11 A 13 
 
1. ESTRUTURA PADRÃO: FOLHA DE ROSTO E RAZÕES DO RECURSO 
 
FOLHA DE ROSTO: 
 
1.1. ENDEREÇAMENTO/NÚMERO DO PROCESSO: endereçar para o juiz prolator da sentença 
1.2. PREÂMBULO: qualificação das partes, indicação do Art. 895, I, CLT e nome da peça 
1.3. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO: custas, depósito recursal e tempestividade 
1.4. REQUERIMENTOS FINAIS: requerer o RECEBIMENTO do recurso, a INTIMAÇÃO do recorrido para apresentar 
contrarrazões e a REMESSA dos autos ao TRT. 
 
RAZÕES DO RECURSO: 
 
1.5. ENDEREÇAMENTO: endereçar para o juízo competente para julgar o recurso 
1.6. PRELIMINAR DE MÉRITO: analisar se existem nulidades processuais, fundamentar na lei e requerer a nulidade da 
sentença e o retorno dos autos ao juízo a quo para sanar o vício OU a extinção do processo sem resolução de mérito, nos 
termos do Art. 485, CPC. 
1.7. PREJUDICIAL DE MÉRITO: analisar se a sentença deixou de acolher a prescrição alegada na defesa, fundamentar na 
lei e requerer a extinção do processo com resolução de mérito, nos termos do Art. 487, CPC. 
1.8. MÉRITO: narrar o fato (decisão do juiz); demonstrar porque a decisão está equivocada e fundamentar na lei; requerer 
a reforma da sentença. (3 parágrafos) 
1.9. REQUERIMENTOS FINAIS: requerer o CONHECIMENTO do recurso, o ACOLHIMENTO da preliminar e da prejudicial de 
mérito (se houver) e o PROVIMENTO do recurso. 
 
2. HIPÓTESES DE CABIMENTO 
 
→ ART. 895, CLT. Cabe RO: 
I – das decisões definitivas ou terminativas das varas de 1º grau (sentença) 
II – das decisões definitivas ou terminativas dos TRT’s, em processos de sua competência originária, tanto nos dissídios 
individuais quanto nos dissídios coletivos. 
Exs.: ação rescisória (Súmula 158, TST); mandado de segurança (Art. 114, CF/88 e Súmula 201, TST) 
 
3. PRAZO: 8 dias úteis 
 
4. COMPOSIÇÃO DO RECURSO: 
 
4.1. FOLHA DE ROSTO 
 
Dirigida ao juiz prolator da decisão (juízo a quo) para que seja realizado o primeiro exame dos pressupostos de 
admissibilidade do recurso (legitimidade, capacidade, interesse processual, tempestividade, depósito, custas e 
regularidade de representação, dentre outros). 
Preenchidos os pressupostos o juízo a quo recebe o recurso, abre vista à parte contrária para apresentar 
contrarrazões, também no prazo de 8 dias, de acordo com o ART. 900, CLT e, em seguida, remete os autos para o juízo 
ad quem, que analisará o mérito e julgará o recurso. 
 
4.2. FOLHAS DE RAZÕES: 
 
Dirigidas ao juízo competente para julgar o recurso (juízo ad quem). 
É o recurso propriamente dito. Podem ser compostas pelos seguintes tópicos: 
 
4.2.2. PRELIMINAR DE MÉRITO 
 
Relacionadas às nulidades processuais. 
 
No tópico de preliminar de mérito, CASO O JUIZPRECISE REFAZER O ATO PROCESSUAL, requer-se: 
 
a) a nulidade da sentença; e 
b) o retorno dos autos ao juízo a quo para ___________________. (Art. 1013, § 3º, CPC) 
 
Os exemplos mais comuns de preliminar de mérito nessa hipótese são: 
 
a) a nulidade da citação; e 
b) o cerceamento de defesa (ex.: Súmula 357, TST – oitiva de testemunha e ausência de prova pericial quando há 
pedido de adicional de periculosidade ou insalubridade). 
 
Nas demais hipóteses de preliminar de mérito, como por exemplo, coisa julgada, litispendência, incompetência 
do juízo, etc., requer-se a extinção do processo sem resolução de mérito, nos termos do Art. 485, CPC. 
 
4.2.3. PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
Englobam os assuntos relacionados à prescrição. 
 
Requerer a extinção do processo com resolução de mérito, nos termos do Art. 487, CPC. 
 
4.2.4. MÉRITO 
 
O juiz julgou procedente (ou improcedente) o pedido de ________. (FATO) 
 
A sentença não merece ser mantida, pois ________________. (FUNDAMENTOS) 
 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido do reclamante OU para julgar 
procedente o pedido do reclamante. (PEDIDO) 
 
4.2.5. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o CONHECIMENTO DO RECURSO, bem como o ACOLHIMENTO da preliminar de mérito 
para _________, sucessivamente, o ACOLHIMENTO da prejudicial de mérito para ______________ e, sucessivamente, 
no mérito, requer o seu PROVIMENTO, para fins de reforma da sentença para ____________. 
 
 
5. MODELO: 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _________. 
 
PROCESSO N.º: ___________________ 
 
NOME DO RECORRENTE, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com NOME DO RECORRIDO, 
também qualificado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através de seu advogado ao final assinado, com 
fulcro no Art. 895, I, CLT, interpor RECURSO ORDINÁRIO para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região. 
 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, dentre os quais se destacam: 
 
a) Depósito recursal: recolhido, no valor de R$ _____, no prazo do recurso, conforme comprovante anexo. 
b) Custas processuais, recolhidas, no valor de R$ _______, no prazo do recurso, conforme comprovante anexo. 
c) Tempestividade: o recurso é interposto dentro do prazo legal de 8 dias. 
 
Diante do exposto, requer o RECEBIMENTO do presente recurso, a intimação do recorrido para apresentar 
contrarrazões no prazo de 8 dias e posterior remessa dos autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
 
 
 
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ____ REGIÃO. 
 
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 
 
A respeitável sentença não merece ser mantida, razão pela qual requer sua reforma. 
 
I. PRELIMINAR DE MÉRITO 
 
1. DO CERCEAMENTO DE DEFESA 
 
O juiz indeferiu a oitiva das duas testemunhas do reclamante por estarem litigando contra o reclamado, sob 
protestos daquele. 
De acordo com a Súmula 357, TST, não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter 
litigado contra o mesmo empregador. Tal indeferimento da prova implica o cerceamento de defesa e, portanto, a violação 
do Art. 5º, LV, CF/88. 
Diante do exposto, requer a nulidade da sentença e o retorno dos autos ao juízo a quo, a fim de que seja reaberta 
a instrução processual e ouvidas as testemunhas. 
 
 
2. DA INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL 
 
A reclamante postulou a condenação da reclamada ao pagamento de horas extras por “todo e qualquer feriado 
brasileiro”. Em preliminar de contestação a reclamada sustentou que se tratava de pedido genérico, porém, o juízo a quo 
rejeitou a preliminar suscitada, julgando o pedido procedente. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 840, § 1º, CLT, o pedido deve ser certo e 
determinado. Ao deixar de indicar especificamente os feriados trabalhados a reclamante formulou pedido genérico, ou 
seja, indeterminado, estando, portanto, inepta a petição inicial, nos termos do Art. 330, I e § 1º, II, CPC. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para acolher a preliminar e extinguir o processo sem resolução 
do mérito, nos termos do Art. 485, I, CPC, quanto ao pedido de horas extras por todo e qualquer feriado. 
 
II. PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
1. DA PRESCRIÇÃO BIENAL 
 
O juiz condenou a reclamada ao pagamento das verbas rescisórias oriundas do contrato de trabalho extinto em 
10/02/2007, inobstante o ajuizamento da ação tenha ocorrido apenas em maio de 2011. 
Segundo os Arts. 7º, XXIX, CF/88 e 11, CLT e a Súmula 308, I, TST, opera-se a prescrição bienal quando o 
ajuizamento da ação ocorrer após o prazo de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho. No caso, a ação já 
ultrapassou o limite legal, tendo em vista que a reclamatória foi proposta apenas em maio de 2011. 
Cumpre ressaltar que a Súmula 153, TST admite o conhecimento da prejudicial ora arguida, por se tratar de 
instância ordinária. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para acolher a prescrição bienal e extinguir o processo, com 
resolução do mérito, nos termos do Art. 487, II, CPC e, sucessivamente, caso não seja acolhida a prejudicial de mérito, a 
análise dos demais itens a seguir expostos. 
 
III. MÉRITO 
 
1. DAS HORAS EXTRAS 
 
O juiz julgou improcedente o pedido de condenação do reclamado ao pagamento de horas extras, bem como seus 
reflexos. 
A sentença não merece ser mantida, pois, restou comprovada a jornada extraordinária, por meio da confissão do 
preposto do recorrido, o qual afirmou que a jornada de trabalho do recorrente somava 50 horas semanais. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar procedente o pedido de pagamento das horas extras. 
 
 
 
IV. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o CONHECIMENTO DO RECURSO, bem como o acolhimento da preliminar de mérito 
para _________, sucessivamente, o acolhimento da prejudicial de mérito para ______________ e, sucessivamente, no 
mérito, requer o seu PROVIMENTO, para fins de reforma da sentença para ____________. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EXERCÍCIO 11: ENUNCIADO 
 
A sociedade empresária Ômega procura você, exibindo sentença prolatada em reclamação trabalhista movida por 
Fabiano que tramita perante a 10ª Vara do Trabalho de Maceió/AL. 
Nela, o magistrado, em síntese, rejeitou preliminar suscitada pela empresa e determinou o recolhimento do INSS 
relativo ao período trabalhado mês a mês, para fins de aposentadoria, já que restou comprovado que a empresa 
descontava a cota previdenciária, mas não a repassava ao INSS; rejeitou preliminar suscitada e desconsiderou que a 
empresa havia feito um acordo em outro processo movido pelo mesmo empregado, homologado em juízo, no qual pagou 
o prêmio de assiduidade, condenando-a novamente ao pagamento dessa parcela; rejeitou preliminar suscitada pela 
empresa e desconsiderou que em relação às diárias postuladas, o autor tinha, comprovadamente, outra ação em curso 
com o mesmo tema, que se encontrava em grau de recurso; extinguiu o feito sem resolução do mérito em relação a um 
pedido de devolução de desconto, porque não havia causa de pedir; não acolheu a prescrição parcial porque ela foi 
suscitada pelo advogado em razões finais, afirmando o magistrado que deveria sê-lo apenas na contestação, tendo 
ocorrido preclusão; deferiu a reintegração do ex-empregado, Fabiano, porque ele foi eleito presidente da Associação de 
Leitura dos empregados da empresa, entidade criada pelos próprios empregados, sendo que a dispensa ocorreu em 
dezembro de 2017, no decorrer do mandato do reclamante; indeferiu o pedido de vale-transporte, porque o reclamante 
se deslocava para o trabalho e dele retornava a pé; deferiu indenização por dano moral, porque, pelo confessado atraso 
no pagamento dos salários dos últimos 3 meses do contrato de trabalho, o empregado teve seu nome inscrito em 
cadastro restritivode crédito, conforme certidão do Serasa juntada pelo reclamante demonstrando a inserção do nome 
do empregado no rol de maus pagadores em novembro de 2015; deferiu a entrega de uma carta de referência para 
facilitar o autor na obtenção de nova colocação, caso, no futuro, ele viesse a querer se empregar em outro lugar; indeferiu 
a integração da alimentação concedida ao empregado, porque a empresa aderira ao Programa de Alimentação do 
Trabalhador durante todo o contrato de trabalho; deferiu o pagamento da participação nos lucros prevista na convenção 
coletiva da categoria, nos anos de 2012 e 2013, pois confessadamente não havia sido paga; indeferiu o pedido de anuênio, 
porque não havia previsão legal nem no instrumento da categoria do autor; deferiu o pagamento da diferença de férias, 
porque o empregado não fruiu 30 dias úteis no ano de 2016, como garante a Lei. 
A sociedade empresária apresenta a ficha de registro de empregados do reclamante, na qual se verifica que ele 
havia trabalhado de 08/07/2007 a 20/10/2017, sendo que, nos anos de 2012 a 2014, permaneceu afastado em benefício 
previdenciário de auxílio-doença comum (código B-31); a ficha financeira mostra que o empregado ganhava 2 salários 
mínimos mensais e exercia a função de auxiliar de manutenção de equipamentos, fazendo eventuais viagens para 
verificação de equipamentos em filiais da empresa. 
Diante disso, como advogado(a) da ré, redija a peça prático-profissional pertinente ao caso para a defesa dos 
interesses do seu cliente em juízo, ciente de que a ação foi ajuizada em 30/10/2017 e que, na sentença, não havia vício 
ou falha estrutural que comprometesse sua integridade. 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 11: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUÍZO DA 10ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL. 
 
PROCESSO N.º: _________ 
 
ÔMEGA, já qualificada nos autos em epígrafe, em que contende com FABIANO, também qualificado, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, através de seu advogado ao final assinado, com fulcro no Art. 895, I, CLT, 
interpor RECURSO ORDINÁRIO para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região. 
 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, dentre os quais se destacam: 
 
a) Depósito recursal: recolhido, no valor de R$ _____, no prazo do recurso, conforme comprovante anexo. 
b) Custas processuais, recolhidas, no valor de R$ _____, no prazo do recurso, conforme comprovante anexo. 
c) Tempestividade: recurso interposto no prazo legal de 8 dias. 
 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação do recorrido para apresentar 
contrarrazões no prazo de 8 dias e posterior remessa dos autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ____ REGIÃO. 
 
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 
 
A respeitável sentença não merece ser mantida, razão pela qual requer sua reforma. 
 
I. PRELIMINAR DE MÉRITO 
 
1. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO 
 
O juiz a quo rejeitou preliminar suscitada pela empresa e determinou o recolhimento do INSS relativo ao período 
trabalhado mês a mês, para fins de aposentadoria, já que restou comprovado que a empresa descontava a cota 
previdenciária, mas não a repassava ao INSS. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 876, § único, CLT, Súmula Vinculante 53, STF e 
Súmula 368, I, TST, a competência da Justiça do Trabalho para a execução das contribuições sociais, previstas no Art. 114, 
VIII, CRFB/88, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia e às sentenças homologatórias de acordo, sendo 
incompetente para a execução das contribuições incidentes sobre os salários pagos durante o período contratual, como 
no caso em questão. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para acolher a preliminar de incompetência da Justiça do 
Trabalho para extinguir o processo sem resolução do mérito, nos termos do Art. 485, V, CPC, quanto ao pedido de 
pagamento das contribuições previdenciárias. 
 
2. COISA JULGADA 
 
O juiz a quo rejeitou preliminar suscitada e desconsiderou que a empresa havia feito um acordo em outro processo 
movido pelo mesmo empregado, homologado em juízo, no qual pagou o prêmio de assiduidade, condenando-a 
novamente ao pagamento dessa parcela. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos da Súmula 100, V, TST, a sentença homologatória do acordo 
transita em julgado na data de sua homologação. 
Ao deferir o prêmio de assiduidade, que havia sido objeto de acordo, violou-se a coisa julgada, na medida em que 
se repete o pedido que já foi julgado por decisão transitada em julgado, de acordo com os Arts. 337, §§ 1º e 4º e 502, 
CPC e a OJ 132, SBDI-2, TST. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para acolher a preliminar e extinguir o processo sem resolução 
do mérito, nos termos do Art. 485, V, CPC, quanto ao pedido do prêmio de assiduidade. 
 
3. LITISPENDÊNCIA 
 
O juiz a quo rejeitou preliminar suscitada pelo recorrente e desconsiderou que em relação às diárias postuladas, 
o recorrido tinha, comprovadamente, outra ação em curso com o mesmo tema, que se encontrava em grau de recurso. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 337, §§ 1º e 3º, CPC, há litispendência quando se 
repete pedido que está em curso, como é o caso das diárias postuladas. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para acolher a preliminar e extinguir o processo sem resolução 
do mérito, nos termos do Art. 485, V, CPC, quanto ao pedido de diárias de viagem. 
 
II. PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
1. PRESCRIÇÃO PARCIAL 
 
O juiz a quo não acolheu a prescrição parcial, porque ela foi suscitada pelo advogado em razões finais, afirmando 
o magistrado que deveria sê-lo apenas na contestação, tendo ocorrido preclusão. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos da Súmula 153, TST, a prescrição pode ser arguida em 
instância ordinária, ou seja, enquanto estiver tramitando nas varas do trabalho e nos TRT’s. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para acolher a prescrição parcial e extinguir o processo com 
resolução do mérito, nos termos do Art. 487, II, CPC, quanto às verbas postuladas anteriores aos últimos cinco anos a 
contar do ajuizamento da ação. 
 
III. MÉRITO 
 
1. DA REINTEGRAÇÃO 
 
O juiz julgou procedente o pedido de reintegração do recorrido, porque ele foi eleito presidente da Associação de 
Leitura dos empregados da empresa, entidade criada pelos próprios empregados, sendo que a dispensa ocorreu em 
dezembro de 2017, no decorrer do mandato do reclamante. 
A sentença não merece ser mantida, pois, o recorrido não é detentor de estabilidade provisória no emprego, por 
falta de previsão legal. O autor não foi eleito dirigente de sindicato, mas de associação interna da empresa, o que não 
lhe assegura estabilidade, conforme o Art. 543, § 3º, da CLT e Art. 8º, VIII, da CF/88. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido de reintegração do recorrido. 
 
2. DO DANO MORAL 
 
O juiz julgou procedente o pedido de indenização por dano moral porque, pelo confessado atraso no pagamento 
dos salários dos últimos 3 meses do contrato de trabalho, o empregado teve seu nome inscrito em cadastro restritivo de 
crédito, conforme certidão do Serasa juntada pelo recorrido demonstrando a inserção do nome do empregado no rol de 
maus pagadores em novembro de 2015. 
A sentença não merece ser mantida, pois, o atraso ocorreu nos últimos 3 meses de contrato, portanto, agosto, 
setembro e outubro de 2017, uma vez que ele trabalhou até 20/10/2017. Já a inclusão do nome do recorrido no cadastro 
restritivo de crédito ocorreu em 2015, ou seja, anteriormente aos atrasos. Assim, não estão presentes os requisitos da 
responsabilidade civil previstos nos Arts. 186 e 927, CC, nem nos Arts. 223-A e seguintes da CLT, uma vez que está ausente 
o nexo causal, sendo certo que não foi a conduta do recorrente que deu causa à negativaçãodo nome do recorrido. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido de indenização por dano 
moral. 
 
3. DA CARTA DE REFERÊNCIA 
 
O juiz julgou procedente o pedido de entrega de uma carta de referência para facilitar o autor na obtenção de 
nova colocação, caso, no futuro, ele viesse a querer se empregar em outro lugar. 
A sentença não merece ser mantida, pois, não se trata de uma obrigação do empregador prevista em lei. Logo, tal 
deferimento exige do empregador conduta diversa do disposto no Art. 5º, II, CRFB/88. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido de entrega da carta de 
referência. 
 
4. DO PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS 
 
O juiz julgou procedente o pedido de pagamento da participação nos lucros prevista na convenção coletiva da 
categoria, nos anos de 2012 e 2013, pois confessadamente não havia sido paga. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos anos de 2012, 2013 e 2014, o recorrido permaneceu afastado pelo 
INSS, recebendo o benefício previdenciário do auxílio-doença comum, logo, seu contrato de trabalho estava suspenso, 
nos termos do Art. 476, CLT, não concorrendo para os resultados positivos da empresa, como exigido pela Súmula 451, 
TST. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido de pagamento da 
participação nos lucros e resultados. 
 
5. DAS FÉRIAS 
 
O juiz julgou procedente o pedido de pagamento da diferença de férias, porque o empregado não fruiu 30 dias 
úteis no ano de 2016. 
A sentença não merece ser mantida, pois, as férias não são contadas em dias úteis, mas em dias corridos, nos 
termos do Art. 130, I, CLT. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido de pagamento da diferença 
de férias. 
 
IV. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o CONHECIMENTO DO RECURSO, bem como o acolhimento das preliminares de mérito 
para declarar a incompetência da Justiça do Trabalho em relação às contribuições previdenciárias e extinguir o processo 
sem resolução do mérito, em virtude da coisa julgada e da litispendência; sucessivamente, o acolhimento da prejudicial 
de mérito para declarar a prescrição parcial e extinguir o processo com resolução do mérito, quanto às verbas postuladas 
anteriores aos últimos cinco anos a contar do ajuizamento da ação e, sucessivamente, no mérito, requer o seu 
PROVIMENTO, para fins de reforma da sentença para julgar improcedentes todos os pedidos do recorrido. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
EXERCÍCIO 12: ENUNCIADO 
 
Jurandir Macedo, devidamente qualificado, ajuizou ação trabalhista em face de Aérea Auxílio Aeroportuário Ltda. 
em 30/05/2011, processo n.º 1200-34-2011-5-07-0083, aduzindo que era a terceira ação em face das reclamadas, pois, 
não compareceu à primeira audiência das ações anteriormente ajuizadas, tendo tido notícia da sentença de extinção do 
feito, sem resolução de mérito, da primeira ação em 10/01/2009 e da segunda, em 05/06/2009. Afirma que a ação 
anterior é idêntica à presente. 
Relata que foi contratado pela ré para trabalhar como auxiliar de carga e descarga de aviões. Afirma que carregava 
as malas para os aviões enquanto esses eram abastecidos, mas não recebia adicional de periculosidade. 
Aduz que adquiriu hérnia de disco na lombar por conta do peso carregado, pelo que requer indenização por danos 
morais. 
Conta que foi dispensado por justa causa, tipificada em desídia, após faltar 14 dias seguidos sem justificativa, além 
de outros dias alternados, que lhe foram descontados. Requer seja elidida a justa causa, com pagamento de aviso prévio, 
férias vencidas e proporcionais + 1/3 e FGTS + 40%. Requer as multas dos Arts. 467 e 477, § 8º, CLT. 
Ao longo de todo o seu contrato diz que sempre desempenhou sua atividade no aeroporto de Tribobó do Oeste, 
administrado pela ré. 
Na audiência, a ré apresentou defesa aduzindo a prescrição bienal; diz que o autor foi desidioso, pelas faltas 
apontadas, e junta documentos comprobatórios das ausências não justificadas e das advertências e suspensões dadas ao 
reclamante. 
Afirmou que o autor não ficava em área de risco no abastecimento do avião. 
Argumentou que não há relação entre o trabalho do autor e sua doença. 
Afirmou que não devia as multas dos Arts. 467 e 477, § 8º, CLT, por não haver verbas a pagar. Juntou o TRCT do 
autor, cujo valor foi negativo, em virtude das faltas descontadas. 
Pediu pela improcedência dos pedidos. 
O reclamante teve vista das defesas e dos documentos, não impugnando os mesmos. 
A reclamada teve a oitiva de uma de suas 3 testemunhas negada, argumentando o juiz que duas testemunhas 
eram suficientes. 
Em sentença, o juiz da 8ª Vara do Trabalho de Tribobó do Oeste, decidiu o seguinte: 
Não há prescrição bienal, pois, o curso desta foi interrompido, contando-se o prazo da prescrição a partir do 
arquivamento da segunda reclamação, ou seja, a partir de 05/06/2009. 
Procede o pedido de conversão da dispensa por justa causa em dispensa imotivada, alegando que não há desídia, 
pois, tendo havido desconto os dias de falta, a aplicação da justa causa seria dupla punição. Logo, procedem os pedidos 
de aviso prévio, férias vencidas e proporcionais + 1/3 e FGTS + 40%, além das multas dos Arts. 467 e 477, § 8º, CLT pelo 
não pagamento das verbas. 
Procede o pedido de indenização por danos morais, fixado em R$ 5.000,00, pois, é claro que se o autor carregava 
malas, sua hérnia de disco decorre da função. 
Procede o adicional de periculosidade por analogia à Súmula 39, TST. 
Improcedem os demais pedidos. 
Custas no valor de R$ 600,00, pela ré, sobre o valor arbitrado à condenação de R$ 30.000,00. 
Apresente a peça respectiva para a defesa dos interesses da reclamada. 
 
 
EXERCÍCIO 13: ENUNCIADO 
 
Em sentença prolatada pela 89ª Vara do Trabalho de Floriano/PI, nos autos da reclamação trabalhista número 
0101010-50.2021.5.22.0089, movida por Benício Pérolas contra a Transportadora Rapidinha Ltda., o pedido foi julgado 
procedente em parte nos seguintes termos: (i) não foi conhecida a prejudicial de prescrição parcial porque suscitada pela 
sociedade empresária em razões finais, e não na contestação, ocorrendo, na ótica do magistrado, preclusão; (ii) foi 
indeferida a anulação do pedido de demissão feito pelo ex-empregado, em 10/02/2021, após 10 anos de trabalho, porque 
o autor não provou qualquer vício na sua manifestação de vontade; (iii) foi deferido o pagamento de 1 hora extra diária, 
com adicional de 50% (cinquenta por cento), pelo intervalo interjornada desrespeitado, pois o juiz se convenceu que o 
autor trabalhava de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 h, com intervalo de 1 hora para refeição; (iv) foi indeferido o 
pagamento do 13º salário de 2019, porque a empresa comprovou documentalmente nos autos, a quitação regular deste 
direito; (v) foi deferida a reintegração do autor ao emprego, porque ele comprovou ser, à época, dirigente, com mandato 
em vigor, de uma associação desportiva criada pelos empregados da Transportadora Rapidinha Ltda.; (vi) foi deferido o 
depósito do FGTS na conta vinculada para o período de 5 meses no qual o autor ficou afastado pelo INSS em auxílio por 
incapacidade temporária previdenciária (antigo auxílio-doença comum, código B-31), período em que a empresa não 
recolheu o FGTS; (vii) foi indeferido o pedido de férias 2018/2019, em razão da grande quantidade de faltas injustificadas 
que o trabalhador teve no período aquisitivo, comprovada documentalmente nos autos; (viii) foi deferida a integração 
da ajuda de custo à remuneração do autor, porque ela era paga mensalmente pela empresa, conforme se verificou dos 
contracheques que foram juntados aos autos; (ix) foi deferida, de julho de 2020 a fevereiro de 2021, a equiparação salarial 
do autor com o empregado Raul Flores Raras, que exercia a mesma função do reclamante e atuava na filial da empresa 
localizada em Goiás; (x)foi deferido o pagamento de insalubridade desde a sua supressão, porque, em que pese ter 
havido comprovadamente a reclassificação da atividade pelo órgão competente durante o contrato de trabalho, o juiz 
entendeu que havia direito adquirido porque o trabalhador já contava com essa verba no seu orçamento, além de ofensa 
ao princípio da irredutibilidade salarial; e (xi) foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado do 
reclamante, na ordem de 30% (trinta por cento) sobre o valor da liquidação e de 15% (quinze por cento) em favor do 
advogado da empresa sobre os pedidos julgados improcedentes. 
Diante disso, como advogado(a) da ré, redija a peça prático-profissional para a defesa dos interesses do seu cliente 
em juízo, ciente de que a ação foi ajuizada em 28/06/2021 e que, na sentença, não havia vício ou falha estrutural que 
comprometesse a sua integridade. 
 
 
AULA 11: CONTRARRAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO. EXERCÍCIO 14. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EXERCÍCIO 15. 
 
 
I. CONTRARRAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO 
 
1. ESTRUTURA PADRÃO: FOLHA DE ROSTO E CONTRARRAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 
 
FOLHA DE ROSTO: 
 
1.1. ENDEREÇAMENTO/NÚMERO DO PROCESSO: endereçar para o juiz prolator da sentença 
1.2. PREÂMBULO: qualificação das partes, indicação do Art. 900, CLT e nome da peça 
1.3. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DAS CONTRARRAZÕES: tempestividade 
1.4. REQUERIMENTOS FINAIS: requerer o RECEBIMENTO e a REMESSA dos autos ao TRT. 
 
CONTRARRAZÕES DO RECURSO: 
 
1.5. ENDEREÇAMENTO: endereçar para o juízo competente para julgar o recurso 
1.6. PRELIMINAR DE MÉRITO: arguir a ausência dos pressupostos de admissibilidade do recurso, como a intempestividade 
e a deserção (ausência de recolhimento de custas e depósito recursal) e requerer que seja negado seguimento ao recurso 
ordinário. 
1.7. PREJUDICIAL DE MÉRITO: requerer que seja mantida a sentença quanto à existência da prescrição. 
1.8. MÉRITO: narrar o fato (pedidos feitos no recurso); “atacar” os argumentos apresentados pelo recorrente e 
fundamentar na lei; requerer a manutenção da sentença. (3 parágrafos) 
1.9. REQUERIMENTOS FINAIS: requerer o RECEBIMENTO das contrarrazões, o ACOLHIMENTO da preliminar e da prejudicial 
de mérito (se houver) e que seja NEGADO PROVIMENTO ao recurso. 
 
2. MODELO 
 
2.1. FOLHA DE ROSTO: 
 
EXEMPLO: 
 
AO DOUTO JUíZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _____. 
 
PROCESSO N.º: ___________________ 
 
NOME DO RECORRIDO, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com NOME DO RECORRENTE, 
também já qualificado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através de seu advogado ao final assinado, com 
fulcro no Art. 900, CLT, oferecer CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho 
da ____ Região. 
 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade das contrarrazões, dentre os quais se destacam 
a tempestividade, no prazo legal de 8 dias, e a regularidade de representação. 
 
Diante do exposto, requer o recebimento das contrarrazões apresentadas e a remessa dos autos ao Egrégio 
Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado. 
OAB n.º 
 
 
 
 
 
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO 
 
2.2. ENDEREÇAMENTO 
 
EXEMPLO: 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ____ REGIÃO. 
 
2.3. PRELIMINAR DE MÉRITO 
 
EXEMPLO: 
 
Intempestividade e deserção 
 
Somente 15 dias após haver sido notificado da decisão de improcedência dos pedidos, o recorrente interpôs o 
presente recurso e o fez sem juntar o comprovante de recolhimento das custas processuais, fixadas em R$ 500,00. 
O prazo para interposição do recurso ordinário é de 8 dias, nos termos do Art. 895, I, CLT. Uma vez que o 
recorrente interpôs o recurso apenas no 15ª dia após a notificação da decisão, o mesmo é intempestivo, razão pela qual 
não merece ser conhecido. 
Ainda, o Art. 789, § 1º, CLT estabelece que, no caso de total improcedência dos pedidos, o recorrente deve 
recolher as custas processuais, nesse caso, no valor de R$ 500,00, no prazo do recurso. Como o recorrente não juntou 
qualquer documento, entende-se que o recurso é deserto. 
Diante do exposto, requer o não recebimento do recurso por ser intempestivo e deserto. 
 
2.4. PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
Requerer que seja mantida a sentença quanto à existência da prescrição. 
 
2.5. MÉRITO 
 
EXEMPLO: 
 
Diárias de viagem 
 
O juiz julgou improcedente o pedido de integração das diárias de viagem. 
A sentença merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 457, § 2º, CLT, as diárias de viagem não possuem natureza 
salarial e por esse motivo não integram a remuneração do empregado. 
Diante do exposto, requer seja mantida a sentença quanto ao pedido de integração das diárias de viagem. 
 
2.6. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o recebimento das contrarrazões, o acolhimento da preliminar de mérito, o acolhimento 
da prejudicial de mérito e, no mérito, que seja negado provimento ao recurso, para que seja mantida a sentença. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EXERCÍCIO 14: ENUNCIADO 
 
Renato trabalhou como motorista para o Restaurante Amargo Ltda., tendo sempre recebido salário fixo de R$ 
1.600,00 mensais. Diariamente dirigia o veículo com as refeições solicitadas pelos clientes, as quais eram entregues por 
um ajudante. Foi dispensado, sem justa causa, após dois anos de serviço. Ajuizou ação trabalhista distribuída à 9ª Vara 
do Trabalho de Teresina/PI pleiteando diferenças salariais decorrentes da aplicação do piso salarial estipulado para os 
funcionários em bares e restaurantes, conforme a convenção coletiva firmada pelo sindicato dos bares e restaurantes 
com o sindicato dos garçons e ajudantes em bares e restaurantes, ambos do Estado do Piauí. 
Pleiteou salário in natura pelo uso do veículo do empregador, o qual ficava com Renato ao longo da semana útil, 
devendo deixá-lo na garagem do empregador durante o fim de semana de folga, bem como nas férias. 
Pleiteou, ainda, a integração de diárias de viagens, recebidas no valor de R$ 400,00 para cada viagem ocorrida, 
relatando que ao longo do contrato viajou a serviço por três ocasiões, em três diferentes meses. 
Por último, pleiteou diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial com outro motorista, o qual 
inicialmente trabalhava como maitre, mas por força de decisão do INSS, por limitação física, teve sua função alterada, 
quando percebia salário de R$ 2.000,00 mensais. 
Na audiência, após apresentação de defesa e documentos, foram dispensados os depoimentos pessoais. A parte 
autora declarou não ter outras provas a produzir. 
Dez dias após o encerramento normal da audiência, o juiz prolatou sentença de improcedência total dos pedidos, 
com custas fixadas em R$ 500,00. Inconformado, Renato, 15 dias após haver sido notificado da decisão de improcedência 
dos pedidos, apresentou a medida judicial cabível para tentar revertê-la, sem juntar qualquer documento. 
Você foi notificado como advogado(a) da empresa para apresentar a peça prático-profissional em nome do seu 
cliente. Redija a mesma apresentando os argumentos pertinentes. 
 
 
EXERCÍCIO 14: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUíZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE TERESINA/PI 
 
PROCESSO N.º: _____________ 
 
RESTAURANTE AMARGO LTDA., já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com RENATO, também 
qualificado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através de seu advogado ao final assinado, com fulcro no 
Art. 900, CLT, oferecer CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ 
Região. 
 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade das contrarrazões, dentre os quais se destacam 
a tempestividade, no prazo legal de 8 dias, e a regularidade de representação. 
 
Diante do exposto, requer o RECEBIMENTO das contrarrazões apresentadas e a REMESSA dos autos ao Egrégio 
Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região. 
 
Nestes termos. 
Pededeferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ____ REGIÃO. 
 
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO 
 
A sentença merece ser mantida, pelos seus próprios fundamentos. 
 
I. PRELIMINAR DE MÉRITO 
 
1. INTEMPESTIVIDADE E DESERÇÃO 
 
Somente 15 dias após haver sido notificado da decisão de improcedência dos pedidos, o recorrente interpôs o 
presente recurso e o fez sem juntar o comprovante de recolhimento das custas processuais, fixadas em R$ 500,00. 
O prazo para interposição do recurso ordinário é de 8 dias, nos termos do Art. 895, I, CLT. Uma vez que o 
recorrente interpôs o recurso apenas no 15ª dia após a notificação da decisão, o mesmo é intempestivo, razão pela qual 
não merece ser conhecido. 
Ainda, o Art. 789, § 1º, CLT estabelece que, no caso de total improcedência dos pedidos, o recorrente deve 
recolher as custas processuais, nesse caso, no valor de R$ 500,00, no prazo do recurso. Como o recorrente não juntou 
qualquer documento, entende-se que o recurso é deserto. 
Diante do exposto, requer o não recebimento do recurso por ser intempestivo e deserto. 
 
II. MÉRITO 
 
1. DIFERENÇAS SALARIAIS – PISO SALARIAL 
 
O juiz julgou improcedente o pedido de diferenças salariais decorrentes da aplicação do piso salarial estipulado 
para os funcionários em bares e restaurantes, conforme a convenção coletiva firmada pelo sindicato dos bares e 
restaurantes com o sindicato dos garçons e ajudantes em bares e restaurantes, ambos do Estado do Piauí. 
A sentença merece ser mantida, pois, o recorrente exerce a função de motorista, pertencendo a uma categoria 
diferenciada, logo, não se aplica a ele a convenção coletiva firmada entre o sindicato dos bares e restaurantes e o 
sindicato dos garçons e ajudantes em bares e restaurantes. 
Nos termos do Art. 511, § 3º, CLT, categoria profissional diferenciada é a que se forma pelos empregados que 
exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de 
condições de vida singular, como é o caso do recorrente. Ainda, nos termos da Súmula 374, TST, empregado integrante 
de categoria profissional diferenciada não tem direito às vantagens previstas em instrumento coletivo. 
Diante do exposto, requer seja mantida a sentença quanto ao pedido de pagamento de diferenças salariais. 
 
2. SALÁRIO IN NATURA 
 
O juiz julgou improcedente o pedido de reconhecimento do salário in natura pelo uso do veículo do empregador, 
o qual ficava com o recorrente ao longo da semana útil, devendo deixá-lo na garagem do empregador durante o fim de 
semana de folga, bem como nas férias. 
A sentença merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 458, caput, CLT e Súmula 367, I, TST, o recorrente não 
usava o veículo para fins privados, mas apenas para o trabalho, não caracterizando, portanto, salário in natura. 
Diante do exposto, requer seja mantida a sentença quanto ao pedido de salário in natura. 
 
3. DIÁRIAS DE VIAGEM 
 
O juiz julgou improcedente o pedido de integração das diárias de viagem. 
A sentença merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 457, § 2º, CLT, as diárias de viagem não possuem natureza 
salarial e por esse motivo não integram a remuneração do empregado. 
Diante do exposto, requer seja mantida a sentença quanto ao pedido de integração das diárias de viagem. 
 
4. EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
 
O juiz julgou improcedente o pedido de diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial com outro 
motorista, o qual inicialmente trabalhava como maitre, mas por força de decisão do INSS, por limitação física, teve sua 
função alterada, quando percebia salário de R$ 2.000,00 mensais. 
A sentença merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 461, § 4º, CLT, empregado readaptado não pode ser 
paradigma para fins de equiparação salarial. 
Diante do exposto, requer seja mantida a sentença quanto ao pedido de diferenças salariais. 
 
III. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o RECEBIMENTO das contrarrazões, bem como o ACOLHIMENTO da preliminar 
de mérito, e, sucessivamente, no mérito, que seja NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO, para que seja mantida a 
sentença. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
II. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
1.1. Previsão legal: Art. 897-A, CLT 
 
1.2. Hipóteses de cabimento 
 
Os embargos de declaração são utilizados para impugnar uma sentença ou um acórdão, quando estas decisões 
apresentarem omissão, contradição, obscuridade ou manifesto equívoco na análise dos pressupostos extrínsecos do 
recurso. Pondera-se que esta última hipótese de cabimento, exclusiva do processo do trabalho, trata dos PRESSUPOSTOS 
EXTRÍNSECOS DO RECURSO (tempestividade, depósito recursal, custas e regularidade de representação). 
 
Servem também para sanar erros materiais, como o nome do reclamante, por exemplo e para prequestionar uma 
matéria que, posteriormente, será objeto de recurso, nos termos da Súmula 297, TST, senão vejamos: 
 
Súmula 297, TST - admite a interposição dos Embargos Declaratórios com o intuito de prequestionar a matéria. O 
prequestionamento exige que “o acórdão contra o qual se recorre deve conter, de forma explícita, referência à 
tese que se deseja impugnar. Às vezes, o Tribunal Regional, ao julgar, omite-se a respeito de um argumento 
utilizado nas razões ou contrarrazões do recurso. Tal ocorrendo, compete à parte oferecer embargos de 
declaração, sob pena de preclusão. Corrobora este entendimento a Súmula 184, TST. 
 
Diferentemente dos outros recursos, o julgamento cabe ao juiz que proferiu a decisão embargada, logo, a folha 
de rosto não é necessária, eis que o recurso é dirigido diretamente ao Juízo que o apreciará. Portanto, o recurso é 
formado apenas pelas folhas de razões. 
 
1.3. Prazo: 5 dias úteis 
 
1.4. Embargos declaratórios com efeito modificativo 
 
Existem situações nas quais, para suprir a lacuna da decisão embargada, o juiz ou o Tribunal necessita reformar a 
sua decisão. 
No trâmite regular dos embargos de declaração não há manifestação da outra parte. Contudo, diante de embargos 
declaratórios com efeito modificativo, deve ser concedida vista à parte contrária, sob pena de nulidade da decisão que 
acolheu este recurso. Este é o entendimento da OJ 142 da SDI – 1 do TST, cujo fundamento está na violação do Princípio 
do Contraditório (Art. 5º, LV, CF). 
Nessa hipótese, é possível a interposição de um recurso ordinário complementar, que versará exclusivamente 
sobre a matéria acrescida pelos embargos declaratórios. 
 
1.5. Atenção! 
 
A interposição de embargos de declaração INTERROMPE (zera) o prazo para interposição de outros recursos até 
que seja proferida a decisão relativa aos embargos. Com o intuito de evitar um aproveitamento inadequado deste 
recurso, há previsão para aplicação de multa se os embargos forem manifestamente protelatórios (Art. 1026, CPC). 
 
 
EXERCÍCIO 15: ENUNCIADO 
 
Em uma ação trabalhista que tramita perante a 1ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP, foi proferida sentença, que, 
dentre outros pedidos, julgou procedente o pedido do reclamante, condenando a reclamada ao pagamento de férias e 
horas extras. Apesar de alegar, na contestação, a prescrição bienal e juntar o termo de rescisão do contrato de trabalho, 
a decisão é omissa quanto à prejudicial de mérito. Elabore, na condição de advogado(a) da reclamada, a peça processual 
adequada. 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 15: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUÍZO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP. 
 
Processo nº.: 
 
NOME DO EMBARGANTE, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com NOME DO EMBARGADO, 
também já qualificado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através de seu advogado ao final assinado, com 
fulcro nos Arts. 897-A e 769 da CLT e Art. 1022 e seguintes do CPC, propor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, pelas razões de 
fato e de direito a seguir expostas: 
 
I. DA OMISSÃO QUANTO À PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
A respeitável sentença julgou procedente o pedido doembargado, condenando a ora embargante ao pagamento 
de férias e horas extras. Apesar de alegar, na contestação, a prescrição bienal e juntar o termo de rescisão do contrato 
de trabalho, a decisão é omissa quanto à prejudicial de mérito. 
Diante do exposto, requer que a omissão da sentença seja sanada, de modo que este juízo pronuncie-se acerca 
da prescrição bienal, para acolhê-la e determinar a extinção do processo com resolução de mérito, nos termos do Art. 
487, II, CPC. 
 
II. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Isto posto, requer o RECEBIMENTO destes embargos, a intimação da outra parte para manifestar-se no prazo de 
5 dias, à luz do Art. 897-A, § 2º, CLT, bem como o PROVIMENTO do presente recurso, para que seja sanada a omissão 
apontada. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
AULA 12: RECURSO DE REVISTA. EXERCÍCIO 16. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXERCÍCIO 17. 
 
I. RECURSO DE REVISTA 
 
1. ESTRUTURA PADRÃO: FOLHA DE ROSTO E RAZÕES DO RECURSO 
 
FOLHA DE ROSTO: 
 
1.1. ENDEREÇAMENTO/NÚMERO DO PROCESSO: endereçar para o Presidente do Tribunal recorrido (TRT) 
1.2. PREÂMBULO: qualificação das partes, indicação do Art. 896, CLT e nome da peça 
1.3. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO: depósito recursal e custas; tempestividade; prequestionamento e 
transcendência 
1.4. REQUERIMENTOS FINAIS: requerer o RECEBIMENTO do recurso, a INTIMAÇÃO do recorrido para apresentar 
contrarrazões e a REMESSA dos autos ao TST. 
 
RAZÕES DO RECURSO: 
 
1.5. ENDEREÇAMENTO: endereçar para o Colendo Tribunal Superior do Trabalho. 
1.6. PRELIMINAR DE MÉRITO 
1.7. PREJUDICIAL DE MÉRITO 
1.8. MÉRITO 
1.9. REQUERIMENTOS FINAIS: requerer o CONHECIMENTO do recurso, o ACOLHIMENTO da preliminar e da prejudicial de 
mérito (se houver) e o PROVIMENTO do recurso. 
 
2. MODELO 
 
2.1. FOLHA DE ROSTO: 
 
EXEMPLO: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ____ 
REGIÃO. 
 
Processo n.º: 
 
OURO E GLAMOUR LTDA., já qualificada nos autos em epígrafe, em que contende com ZEZÉ DE CAMARGO, também 
já qualificado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado ao final assinado, com fulcro 
no Art. 896, CLT, interpor RECURSO DE REVISTA para o Colendo Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade deste recurso, dentre os quais se destacam: 
 
a) Depósito recursal: recolhido, no valor de R$ _______, no prazo do recurso, conforme comprovante anexo; 
b) Custas processuais: recolhidas quando da interposição do recurso ordinário, não tendo havido acréscimo 
posterior; 
c) Tempestividade: interposto no prazo de 8 dias. 
d) Prequestionamento: a matéria objeto do recurso está prequestionada, uma vez que foi tratada no acórdão 
impugnado, nos termos do Súmula 297, TST; 
e) Transcendência: a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza política, visto que 
a decisão recorrida foi proferida com desrespeito à Súmula do TST, nos moldes do Art. 896-A, § 1º, II, CLT. 
 
Diante do exposto, requer o RECEBIMENTO do presente recurso, a intimação do recorrido para apresentar 
contrarrazões no prazo de 8 dias e posterior remessa dos autos ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
2.2. RAZÕES DO RECURSO: 
 
2.2.1. ENDEREÇAMENTO 
 
EXEMPLO: 
 
COLENDO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
 
2.2.2. MÉRITO 
 
EXEMPLO: 
 
Adicional de periculosidade 
 
O Egrégio TRT manteve a sentença que fixou como base de cálculo do adicional de periculosidade o conjunto de 
parcelas de natureza salarial do reclamante. 
Observa-se pelo trecho do acórdão recorrido que a matéria está prequestionada: “............................” 
Tal decisão caracteriza divergência jurisprudencial, senão vejamos: 
A Súmula 191, I, TST institui o seguinte: 
“Súmula 191, I, TST. 
I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros 
adicionais. (...)” 
Apesar da Súmula 191, TST estabelecer que a base de cálculo do adicional de periculosidade é o salário básico do 
empregado, o juízo a quo posicionou-se de forma contrária, fixando como base de cálculo o conjunto de parcelas de 
natureza salarial. Não se pode admitir decisão regional contrária ao entendimento consolidado do TST. 
Diante do exposto, requer a reforma do acórdão para que seja estabelecida como base de cálculo do adicional de 
periculosidade o salário-base do reclamante. 
 
2.2.3. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
EXEMPLO: 
 
Diante do exposto, requer o CONHECIMENTO do presente recurso e, no mérito, o seu PROVIMENTO, para fins de 
reforma do acórdão nos itens supramencionados. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EXERCÍCIO 16: ENUNCIADO 
 
Zezé de Camargo propôs ação trabalhista contra sua ex-empregadora, Ouro e Glamour Ltda. O reclamante 
apresentou pedidos líquidos, postulando equiparação salarial com Luciano, o qual laborava na mesma função, mas 
recebia R$ 500,00 a mais que ele; adicional de periculosidade, face ao labor realizado em contato com inflamáveis, 
calculado sobre o salário mensalmente recebido e correção monetária a partir do mês da prestação de serviços. 
A reclamada sustentou que o labor não era perigoso; que as diferenças salariais não eram devidas porque o 
paradigma tinha maior produtividade que o reclamante e que a correção monetária deve incidir apenas a partir do mês 
subsequente ao da prestação de serviços. 
Foi proferida sentença deferindo o pagamento das diferenças salariais perseguidas em razão da equiparação 
salarial, por entender pela ausência de prova do fato impeditivo alegado pela reclamada; o adicional de periculosidade 
em razão da conclusão do laudo pericial, calculado sobre o conjunto de parcelas de natureza salarial do reclamante; e a 
correção monetária a partir do mês da prestação dos serviços, sob o argumento de que a concessão ao empregador de 
prazo para pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subsequente ao da prestação de serviços é benefício que deve 
ser interpretado restritivamente, não abrangendo a correção monetária. 
O juízo arbitrou o valor de R$ 19.280,00 como valor da condenação, além das custas no importe de 2% sobre o 
valor da condenação. 
Contra a decisão proferida pelo juízo de 1º grau, a reclamada, tempestivamente, interpôs recurso ordinário, 
impugnando integralmente a condenação imposta na sentença, repetindo os argumentos apresentados na defesa e 
destacando os casos de violação aos textos de lei e à jurisprudência sumulada. Para tanto, a reclamada realizou o depósito 
recursal, no valor de R$ 10. 986,80 e recolheu as custas processuais. 
O Tribunal Regional do Trabalho entendeu por conhecer o recurso ordinário interposto pela reclamada e negou-
lhe provimento. 
Na qualidade de advogado, considerando que a decisão foi publicada ontem, formule a peça processual cabível 
em favor da reclamada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 16: CORREÇÃO 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ____ 
REGIÃO. 
 
Processo n.º: 
 
OURO E GLAMOUR LTDA., já qualificada nos autos em epígrafe, em que contende com ZEZÉ DE CAMARGO, também 
já qualificado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado ao final assinado, com fulcro 
no Art. 896, CLT, interpor RECURSO DE REVISTA para o Colendo Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade deste recurso, dentre os quais se destacam: 
 
a) Depósito recursal: recolhido, no valor de R$ 8.293,20, no prazo do recurso, conforme comprovante anexo; 
b) Custas processuais: recolhidas quando da interposição do recurso ordinário, não tendo havido acréscimo 
posterior; 
c) Tempestividade: interposto no prazo de 8 dias. 
d) Prequestionamento: a matéria objeto do recurso está prequestionada, uma vez que foi tratada no acórdãoimpugnado, nos termos do Súmula 297, TST; 
e) Transcendência: a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza política, visto que 
a decisão recorrida foi proferida com desrespeito à Súmula do TST, nos moldes do Art. 896-A, § 1º, II, CLT. 
 
Diante do exposto, requer o RECEBIMENTO do presente recurso, a intimação do recorrido para apresentar 
contrarrazões no prazo de 8 dias e posterior remessa dos autos ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado. OAB n.º 
 
 
COLENDO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
 
RAZÕES DO RECURSO DE REVISTA 
 
I. DO MÉRITO 
 
1. DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
 
O Egrégio TRT manteve a sentença que fixou como base de cálculo do adicional de periculosidade o conjunto de 
parcelas de natureza salarial do reclamante. 
Observa-se pelo trecho do acórdão recorrido que a matéria está prequestionada: “............................” 
Tal decisão caracteriza divergência jurisprudencial, senão vejamos: 
A Súmula 191, I, TST institui o seguinte: 
“Súmula 191, I, TST. I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido 
de outros adicionais. (...)” 
Apesar da Súmula 191, TST estabelecer que a base de cálculo do adicional de periculosidade é o salário básico do 
empregado, o juízo a quo posicionou-se de forma contrária, fixando como base de cálculo o conjunto de parcelas de 
natureza salarial. Não se pode admitir decisão regional contrária ao entendimento consolidado do TST. 
Diante do exposto, requer a reforma do acórdão para que seja estabelecida como base de cálculo do adicional de 
periculosidade o salário-base do reclamante. 
 
2. DA CORREÇÃO MONETÁRIA 
 
O Egrégio TRT manteve a sentença que condenou a reclamada ao pagamento da correção monetária a partir do 
mês da prestação dos serviços, sob o argumento de que a concessão ao empregador de prazo para pagamento dos 
salários até o 5º dia útil do mês subsequente ao da prestação de serviços é benefício que deve ser interpretado 
restritivamente, não abrangendo a correção monetária. 
Observa-se pelo trecho do acórdão recorrido que a matéria está prequestionada: “............................” 
Tal decisão caracteriza divergência jurisprudencial, senão vejamos: 
A Súmula 381, TST institui o seguinte: 
“Súmula 381, TST. O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido não está sujeito à 
correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada incidirá o índice de correção monetária do mês subsequente ao 
da prestação de serviços, a partir do dia 1º.” 
Apesar da Súmula 381, TST estabelecer que a correção monetária deve incidir a partir do mês subsequente ao da 
prestação de serviços, o juízo a quo posicionou-se de forma contrária, condenando o reclamado a pagar a correção 
monetária a partir do mês da prestação dos serviços. Não se pode admitir decisão regional contrária ao entendimento 
consolidado do TST. 
Diante do exposto, requer a reforma do acórdão para que a correção monetária seja fixada a partir do mês 
subsequente ao da prestação de serviços. 
 
II. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o CONHECIMENTO do presente recurso e, no mérito, o seu PROVIMENTO, para fins de 
reforma do acórdão nos itens supramencionados. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
II. AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
1. ESTRUTURA PADRÃO: FOLHA DE ROSTO E MINUTA DO AGRAVO 
 
FOLHA DE ROSTO: 
 
1.1. ENDEREÇAMENTO/NÚMERO DO PROCESSO: endereçar para o juízo que negou seguimento ao recurso principal (Vara 
do Trabalho ou TRT) 
1.2. PREÂMBULO: qualificação das partes, indicação do Art. 897, b, CLT e nome da peça 
1.3. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO: depósito recursal; tempestividade; formação do agravo de 
instrumento 
1.4. REQUERIMENTOS FINAIS: requerer o RECEBIMENTO do recurso, a INTIMAÇÃO do agravado para apresentar 
contraminuta e a REMESSA dos autos ao TRT ou TST (depende do caso). 
 
MINUTA DO AGRAVO: 
 
1.5. ENDEREÇAMENTO: endereçar para o TRT OU TST. 
1.6. MÉRITO 
1.7. REQUERIMENTOS FINAIS: requerer o CONHECIMENTO e o PROVIMENTO do recurso, estabelecendo o recebimento e 
processamento do recurso principal 
 
2. MODELO 
 
2.1. FOLHA DE ROSTO: 
 
EXEMPLO: 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _______. 
 
Processo n.º: 
 AGRAVANTE, já qualificada nos autos em epígrafe, em que contende com AGRAVADO, também já qualificado, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado ao final assinado, com fulcro no Art. 897, b, CLT, 
interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região. 
 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade deste recurso, dentre os quais se destacam: 
 
a) depósito recursal: recolhido, no valor de R$ _____, correspondente a 50% do valor do depósito do recurso que 
se pretende destrancar, no prazo do recurso, conforme comprovante anexo, nos termos do Art. 899, § 7º, CLT; 
b) formação do agravo de instrumento: esclarece-se que este agravo é instruído com cópia integral dos autos, 
incluindo as obrigatórias exigidas no Art. 897, § 5º, I, CLT. 
c) tempestividade: interposto no prazo legal de 8 dias. 
 
Nos moldes do Art. 830, CLT, o patrono do agravante declara a autenticidade dos documentos oferecidos em cópia 
para formação do presente agravo, sob pena de sua responsabilidade pessoal. 
 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação do agravado para apresentar 
contraminuta ao agravo de instrumento e contrarrazões ao recurso ordinário, no prazo de 8 dias e posterior remessa dos 
autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
MINUTA DO AGRAVO: 
 
2.2. ENDEREÇAMENTO 
 
EXEMPLO: 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _______. 
 
OU 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ____ 
REGIÃO. 
 
2.3. MÉRITO 
 
EXEMPLO: 
 
Tempestividade do recurso principal 
 
O juízo a quo denegou seguimento ao recurso ordinário interposto pelo ora agravante, alegando a 
intempestividade do mesmo, sob o fundamento de que os embargos de declaração julgados protelatórios não têm o 
condão de interromper o prazo para interposição de qualquer recurso. 
A decisão não merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 1026, CPC, os embargos de declaração interrompem o 
prazo para outros recursos em favor de qualquer das partes. 
Assim, o prazo para interposição do recurso ordinário começou a fluir a partir da decisão proferida em sede de 
embargos de declaração, sendo, portanto, tempestivo. 
Diante do cumprimento de todos os pressupostos de admissibilidade do recurso ordinário, inclusive em relação à 
tempestividade, requer o provimento do agravo de instrumento. 
 
 
 
2.4. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
EXEMPLO: 
 
Diante do exposto, requer o conhecimento do presente recurso, bem como seu provimento, estabelecendo o 
recebimento e processamento do recurso ordinário. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EXERCÍCIO 17: ENUNCIADO 
 
Por entender cabível e necessário, tendo em vista o teor da sentença condenatória de primeiro grau (valor 
provisoriamente arbitrado à condenação de R$ 18.000,00), a empresa apresentou Embargos de Declaração. 
O juízo, ao decidir sobre os embargos, julgou a medida protelatória, rejeitou os embargos e impôs à embargante 
a multa de 2% sobre o valor da causa. 
A reclamada interpôs recurso ordinário. O juízo a quo não recebeu o recurso, considerando-o intempestivo, sob o 
fundamento que os embargos declaratórios que o juízo entendeu como protelatórios não têm o condão de interromper 
o prazo para interposição de qualquer recurso e, ademais, entendeu deserto o mesmo recurso por falta de depósito do 
valor da mencionada multa. 
Na condição de advogado da empresa, elabore a medida cabível, apresentandoos fundamentos que busquem a 
reversão do despacho que indeferiu o processamento do recurso ordinário. 
 
EXERCÍCIO 17: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _______. 
 
Processo n.º: 
 
AGRAVANTE, já qualificada nos autos em epígrafe, em que contende com AGRAVADO, também já qualificado, 
vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado ao final assinado, com fulcro no Art. 897, b, 
CLT, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região. 
 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade deste recurso, dentre os quais se destacam: 
 
a) depósito recursal: recolhido, no valor de R$ _____, correspondente a 50% do valor do depósito do recurso que 
se pretende destrancar, no prazo do recurso, conforme comprovante anexo; 
b) formação do agravo de instrumento: esclarece-se que este agravo é instruído com cópia integral dos autos, 
incluindo as obrigatórias exigidas no Art. 897, § 5º, I, CLT. 
c) tempestividade: interposto no prazo legal de 8 dias. 
 
Nos moldes do Art. 830, CLT, o patrono do agravante declara a autenticidade dos documentos oferecidos em cópia 
para formação do presente agravo, sob pena de sua responsabilidade pessoal. 
 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação do agravado para apresentar 
contraminuta ao agravo de instrumento e contrarrazões ao recurso ordinário, no prazo de 8 dias e posterior remessa dos 
autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIÃO. 
 
MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
I. DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO PRINCIPAL 
 
O juízo a quo denegou seguimento ao recurso ordinário interposto pelo ora agravante, alegando a 
intempestividade do mesmo, sob o fundamento de que os embargos de declaração julgados protelatórios não têm o 
condão de interromper o prazo para interposição de qualquer recurso. 
A decisão não merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 1026, CPC, os embargos de declaração interrompem 
o prazo para outros recursos em favor de qualquer das partes. 
Assim, o prazo para interposição do recurso ordinário começou a fluir a partir da decisão proferida em sede de 
embargos de declaração, sendo, portanto, tempestivo. 
Diante do cumprimento de todos os pressupostos de admissibilidade do recurso ordinário, inclusive em relação à 
tempestividade, requer o provimento do agravo de instrumento. 
 
II. DA MULTA 
 
O juízo a quo denegou seguimento ao recurso ordinário interposto pelo ora agravante, por entendê-lo deserto, 
por falta de depósito do valor da multa de 2% sobre o valor da causa, aplicada na decisão proferida nos embargos de 
declaração. 
A decisão não merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 1026, § 3º, CPC, somente na reiteração de embargos 
protelatórios o depósito é condição para a interposição de qualquer outro recurso. 
Diante do exposto, tendo em vista que o recurso ordinário não é deserto, requer o provimento do agravo de 
instrumento. 
 
III. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o conhecimento do presente recurso, bem como seu provimento, estabelecendo o 
recebimento e processamento do recurso ordinário. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
AULA 13: EMBARGOS À EXECUÇÃO. IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO. EXERCÍCIOS 18 E 19. 
 
1. EMBARGOS À EXECUÇÃO 
 
1.1. Previsão legal: Art. 884, CLT 
 
1.2. Hipóteses de cabimento 
 
Representam a manifestação do executado e dependem da garantia do juízo. Tramitam nos mesmos autos da 
execução. 
Nos embargos à execução podem ser arguidas as seguintes matérias: cumprimento da decisão, quitação ou 
prescrição da dívida (Art. 884, § 1º, CLT) 
 
1.3. Prazo: 5 dias úteis 
 
 
 
 
 
 
1.4. Modelo 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _________. 
 
PROCESSO N.º: _________ 
 
NOME DO EMBARGANTE, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com NOME DO EMBARGADO, 
também qualificado, vem, respeitosamente, perante V. Exa., através de seu advogado adiante assinado, com fulcro no 
Art. 884 da CLT, apresentar EMBARGOS À EXECUÇÃO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
I. DOS FATOS 
 
II. DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS 
 
Destaca-se o atendimento dos seguintes requisitos dos embargos à execução: 
 
a) Garantia integral do juízo: o embargante garantiu integralmente o juízo através de ______, com base no Art. 
880 da CLT. 
b) Tempestividade: os embargos são tempestivos, propostos no prazo de 5 dias contados da garantia do juízo, de 
acordo com o Art. 884 da CLT. 
c) Custas: no valor de R$ 44,26, a serem recolhidas no final, conforme Art. 789-A, V, da CLT. 
 
III. DO MÉRITO 
 
IV. DOS REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o recebimento dos embargos, a notificação do embargado para manifestar-se no prazo 
de 5 dias e a procedência dos pedidos formulados. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e Data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EXERCÍCIO 18: ENUNCIADO 
 
Rômulo Silva procura você como advogado relatando que recebeu a visita de um oficial de justiça em sua 
residência, que o citou para pagamento de uma dívida trabalhista no valor de R$ 150.000,00, oriunda da 5ª Vara do 
Trabalho de Boa Vista, processo n.º XXX, em execução movida contra ele por sua ex-empregada, Sônia Maria. Em seguida, 
48 horas depois, retornou e penhorou o imóvel em que reside, avaliando-o, pelo valor de mercado, em R$ 180.000,00. 
Rômulo relata que possui apenas esse imóvel, no qual reside com sua filha, já que é viúvo. 
Relata, ainda, que nas contas homologadas foi verificado que a correção monetária foi calculada considerando o 
mês da prestação de serviços. 
Diante do exposto, elabore a medida judicial adequada para a defesa dos interesses do seu cliente, sem criar dados 
ou fatos não informados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 18: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUÍZO DA 5ª VARA DO TRABALHO DE BOA VISTA. 
 
PROCESSO N.º: XXX 
 
RÔMULO SILVA, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com SÔNIA MARIA, também qualificada, 
vem, respeitosamente, perante V. Exa., através de seu advogado adiante assinado, com fulcro no Art. 884 da CLT, 
apresentar EMBARGOS À EXECUÇÃO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
I. DOS FATOS 
 
O embargante foi surpreendido com a visita de um oficial de justiça em sua residência, que o citou para pagamento 
de uma dívida trabalhista no valor de R$ 150.000,00. Passadas 48 horas, o oficial retornou e penhorou o imóvel em que 
reside, avaliando-o, pelo valor de mercado, em R$ 180.000,00. 
O embargante possui apenas esse imóvel, no qual reside com sua filha, já que é viúvo. 
Ressalta-se, ainda, que nas contas homologadas foi verificado que a correção monetária foi calculada 
considerando o mês da prestação de serviços. 
 
II. DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS 
 
Destaca-se o atendimento dos seguintes requisitos dos embargos à execução: 
 
a) garantia integral do juízo: o embargante garantiu integralmente o juízo através da penhora de seu imóvel, 
avaliado em R$ 180.000,00; 
b) tempestividade: os embargos são tempestivos, propostos no prazo de 5 dias contados da garantia do juízo, de 
acordo com o Art. 884 da CLT; 
c) custas: no valor de R$ 44,26, a serem recolhidas no final, conforme Art. 789-A, V, da CLT. 
 
III. DO MÉRITO 
 
1. DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA 
 
O embargante, viúvo, teve penhorado o único imóvel que possui e em que reside com sua filha, avaliado, pelo 
valor de mercado, em R$ 180.000,00. 
Nos termos do Art. 1º, Lei 8.009/90, o imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável 
e não responderá por qualquer dívida. 
Ressalta-se que, nos termos da Súmula 364, STJ, a impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel 
pertencente a pessoas viúvas. 
Assim, o bem em questão não é passível de penhora, razão pela qual requer que sejaainda, a anotação da extinção na CTPS para levantamento do FGTS e requerimento do seguro-
desemprego considerando o aviso prévio indenizado (Art. 29, § 2º, c, CLT e OJ 82, SDI-1, TST). 
 
3.3. MULTA DO ART. 467, CLT (devido sempre que tiver pedido de verbas rescisórias) 
 
Nos termos do Art. 467, CLT, o reclamante requer que o pagamento das verbas incontroversas seja realizado na 
primeira audiência, sob pena de incidência de multa de 50% sobre o valor correspondente. 
 
3.4. MULTA DO ART. 477, CLT (devido sempre que tiver pedido de verbas rescisórias) 
 
O reclamado não respeitou o prazo para pagamento das verbas rescisórias, previsto no Art. 477, § 6º, CLT, visto 
que até o presente momento não efetuou o pagamento das mesmas. 
Assim, requer a condenação da reclamada ao pagamento da multa no valor equivalente ao salário do reclamante, nos 
termos do Art. 477, § 8º, CLT. 
 
3.5. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (sempre, em qualquer petição inicial. Lançar como último tópico do mérito) 
 
Requer a condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios, no importe de 15%, sobre o valor 
que resultar da liquidação, nos termos do Art. 791-A, CLT. 
 
3.6. JUSTIÇA GRATUITA (usar apenas se o enunciado relatar que o reclamante está desempregado ou passando por 
dificuldades financeiras) 
 
O reclamante encontra-se desempregado, de modo que, nos termos do Art. 790, § 3º, CLT, faz jus aos benefícios 
da justiça gratuita, previstos no Art. 98, § 1º, CPC. 
 
3.7. RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO 
 
O reclamante foi admitido como trabalhador autônomo na empresa reclamada, entretanto, viu-se obrigado a 
prestar os serviços pessoalmente, obedecendo ao horário de trabalho, bem como às ordens do gerente de seu setor. 
Nos termos dos Arts. 2º e 3º, CLT, o trabalho prestado com a presença de todos os requisitos da relação de 
emprego enseja o reconhecimento do vínculo empregatício. No caso, estão presentes todos os pressupostos 
caracterizadores da relação de emprego, ou seja, o reclamante prestava serviços de forma pessoal, habitual, onerosa e 
subordinada. 
Isto posto, requer o reconhecimento do vínculo empregatício e que a reclamada seja compelida a anotar a CTPS 
do reclamante, nos moldes do Art. 29, CLT. 
 
3.8. RESPONSABILIDADE PATRONAL 
 
a) Sucessão de empregadores – Sucessão legal 
Qualificação – incluir a sucessora e a sucedida no polo passivo 
Mérito - SUCESSÃO 
Fato: venda da empresa, fusão, etc... 
Fundamento: Arts. 10, 448 e 448-A, CLT. 
Pedido: requerer a condenação da empresa sucessora ao pagamento de todas as verbas postuladas na RT e a condenação 
subsidiária da empresa sucedida. 
 
b) Sucessão de empregadores – Sucessão fraudulenta 
Qualificação – incluir no polo passivo a sucessora e a sucedida 
Mérito - SUCESSÃO 
Fato: fraude 
Fundamento: Art. 448-A, § único, CLT. 
Pedido: requerer a condenação das empresas de forma solidária ao pagamento de todas as verbas postuladas na RT. 
 
c) Grupo econômico: 
Qualificação – incluir todas as empresas no polo passivo 
Mérito – GRUPO ECONÔMICO OU RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA 
Fato: que o empregado foi contratado pela empresa X, que pertence ao mesmo grupo econômico de Y e Z. 
Fundamento: Art. 2º, § 2º, CLT. 
Pedido: requerer a condenação das empresas de forma solidária ao pagamento de todas as verbas postuladas na RT. 
 
3.9. REINTEGRAÇÃO 
 
O reclamante sofreu acidente do trabalho, permanecendo afastado por 3 meses, recebendo auxílio-doença 
acidentário. No dia seguinte à cessação do auxílio-doença, o reclamante compareceu à empresa, momento em que o 
empregador o dispensou sem justa causa. 
Nos termos do Art. 118, Lei 8.213/91 e Súmula 378, II, TST, o empregado, vítima de acidente de trabalho, tem 
assegurada a manutenção de seu contrato de trabalho pelo prazo de 12 meses, quando permanecer afastado por período 
superior a 15 dias e receber auxílio-doença acidentário, requisitos esses preenchidos pelo reclamante. 
Diante do exposto, requer a nulidade da dispensa e a consequente reintegração ao emprego, com o pagamento 
de todos os salários dos meses havidos entre a rescisão e o retorno às atividades. Sucessivamente, caso não seja este o 
entendimento deste juízo, requer o pagamento de indenização substitutiva, referente aos salários e demais vantagens 
relativas ao período da estabilidade e as verbas resilitórias próprias da extinção do contrato de trabalho sem justa causa. 
 
3.10. RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO 
 
O reclamante não recebe seus salários há 3 meses. Por não suportar tal situação pretende a rescisão do contrato 
de trabalho por culpa do empregador 
Nos termos do Art. 483, “d”, CLT, o empregado poderá considerar rescindido o contrato de trabalho e pleitear a 
devida indenização quando o empregador não cumprir com as obrigações do contrato. Sendo o pagamento do salário a 
principal obrigação do empregador, a ausência do mesmo enseja o pedido de rescisão indireta do contrato. 
Diante do exposto, requer que seja declarada a rescisão indireta do contrato de trabalho e a condenação da 
reclamada ao pagamento das verbas rescisórias próprias da dispensa sem justa causa, a saber: saldo de salário, aviso 
prévio, 13º salário proporcional, férias integrais e proporcionais acrescidas de 1/3 e multa de 40% do FGTS. 
Requer, ainda, a guia para levantamento do FGTS e percepção do seguro-desemprego, bem como a baixa na CTPS 
do reclamante. 
 
3.11. REVERSÃO DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA EM DISPENSA SEM JUSTA CAUSA 
 
A reclamante foi dispensada por justa causa, pois recusou a submeter-se à revista íntima imposta pela reclamada, 
que a dispensou alegando se tratar de um ato de indisciplina e insubordinação. 
A recusa em submeter-se à revista íntima não caracteriza falta grave, tendo em vista que tal conduta é vedada ao 
empregador, nos termos do Art. 373-A, VI, CLT. Assim, a reclamante não pode ser demitida por justa causa com 
fundamento do Art. 482, “h”, CLT, posto que sua conduta não constitui ato de indisciplina e insubordinação. 
Diante do exposto, requer a reversão da demissão por justa causa para demissão sem justa causa, bem como a 
condenação da reclamada ao pagamento das verbas rescisórias próprias da dispensa sem justa causa, a saber: saldo de 
salário, aviso prévio, 13º salário proporcional, férias integrais e proporcionais acrescidas de 1/3 e multa de 40% do FGTS. 
Requer, ainda, a guia para levantamento do FGTS e percepção do seguro-desemprego, bem como a baixa na CTPS 
do reclamante. 
 
3.12. DANO MORAL (EXTRAPATRIMONIAL) 
 
A reclamada tentou submeter a reclamante à revista íntima por funcionários do sexo oposto. A reclamante não 
aceitou o constrangimento, motivo pelo qual foi dispensada por justa causa. 
Nos termos dos Art. 223-B e 223-C, CLT, causa dano de natureza extrapatrimonial a ação que ofenda a esfera 
moral ou existencial da pessoa física, considerando-se como bens jurídicos tutelados a honra, a imagem, a intimidade, a 
liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física da pessoa. 
Assim, tendo a reclamada, violado a intimidade e a honra da reclamante, direitos estes previstos, também no Art. 
5º, X, CF/88, lhe é assegurado o direito à indenização pelo dano extrapatrimonial decorrente de sua violação, conforme 
disposto no Art. 223-F, CLT. 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos extrapatrimoniais, 
nos termos do Art. 223-G, CLT. 
 
Obs.: pode-se usar o modelo acima para outros tipos de dano, como por exemplo, o dano estético, com a devida 
adaptação. 
No caso de responsabilidade civil, poderão também ser usados os Arts. 186 e 927 do Código Civil. 
 
 
EXERCÍCIO 1: ENUNCIADO 
 
Nelson Aviz procura você, como advogado(a), afirmando que foi empregado da sociedade empresária Alfa Ltda. 
na sede desta, localizada em Sete Lagoas/MG, de 17/12/2017 a 28/04/2018, tendo exercido, na prática, a função de 
técnico de informática. 
Nelson informa que foi despedido por justa causa, apesardesconstituída a penhora 
realizada. 
 
2. DA CORREÇÃO MONETÁRIA 
 
Observa-se que nas contas homologadas foi verificado que a correção monetária foi calculada considerando o mês 
da prestação de serviços. 
Nos termos da Súmula 381, TST, a correção monetária deve ser calculada pelo índice do mês subsequente ao da 
prestação de serviços. 
Diante do exposto, requer que os cálculos sejam refeitos no que concerne à correção monetária. 
 
IV. DOS REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o recebimento dos embargos, a notificação do embargado para manifestar-se no prazo 
de 5 dias e a procedência dos pedidos formulados. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e Data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
2. IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO 
 
1.1. Previsão legal: Art. 884, § 3º, CLT 
 
1.2. Hipóteses de cabimento 
 
Representa a manifestação do exequente acerca da sentença de liquidação. Deverá ser apresentada no mesmo 
prazo dos embargos à execução, ou seja, 5 dias após a garantia do juízo. 
 
1.3. Prazo: 5 dias úteis 
 
1.4. Modelo 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _________. 
 
PROCESSO N.º: _________ 
 
NOME DO IMPUGNANTE, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com NOME DO IMPUGNADO, 
também qualificado, vem, respeitosamente, perante V. Exa., através de seu advogado adiante assinado, com fulcro no 
Art. 884, § 3º, da CLT, apresentar IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO, pelas razões de fato e de direito a seguir 
expostas: 
 
I. DOS FATOS 
 
II. DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS 
 
Destaca-se o atendimento dos seguintes requisitos: 
 
a) Tempestividade: a presente medida é tempestiva, vez que observou o prazo de 5 dias, contados a partir da 
ciência da garantia do juízo, de acordo com o Art. 884, caput, da CLT. 
b) Custas: no valor de R$ 55,35, a serem recolhidas no final, conforme Art. 789-A, VII, da CLT. 
 
III. DO MÉRITO 
 
IV. DOS REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o recebimento da impugnação à sentença de liquidação, a intimação do executado para 
manifestar-se no prazo de 5 dias e a procedência dos pedidos formulados. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e Data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EXERCÍCIO 19: ENUNCIADO 
 
Ivete Sangalo ajuizou reclamatória trabalhista em face da empresa Carnaval Ltda., alegando que foi admitida em 
12/04/2014 e dispensada sem justa causa em 13/12/2016. Postulou a condenação da reclamada ao pagamento do aviso 
prévio proporcional. 
Notificada, a empresa reclamada compareceu à audiência e apresentou contestação, impugnando todos os 
pedidos da reclamante. 
A reclamada foi condenada a pagar o aviso prévio proporcional, considerando a Lei 12.506/11. A sentença não se 
pronunciou quanto à correção monetária. 
Transitada em julgado a decisão, o perito calculista apresentou os cálculos de liquidação, no valor de R$ ____. Sua 
conta foi realizada computando-se 30 dias de aviso prévio, sem correção monetária, sob a justificativa de que a sentença 
não versou sobre ela. Os cálculos foram homologados, após a manifestação das partes. 
Expedido mandado de citação e penhora, a executada, em 48 horas, nomeou à penhora um veículo, garantindo o 
juízo, sendo a reclamante intimada da constrição judicial. 
Na condição de advogado da reclamante, apresente a medida judicial cabível. 
 
 
EXERCÍCIO 19: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _________. 
 
PROCESSO N.º: _________ 
 
IVETE SANGALO, já qualificada nos autos em epígrafe, em que contende com CARNAVAL LTDA., também 
qualificada, vem, respeitosamente, perante V. Exa., através de seu advogado adiante assinado, com fulcro no Art. 884, § 
3º, da CLT, apresentar IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
I. DOS FATOS 
 
A executada foi condenada a pagar o aviso prévio proporcional, considerando a Lei 12.506/11. A sentença não se 
pronunciou quanto à correção monetária. 
Transitada em julgado a decisão, o perito calculista apresentou os cálculos de liquidação, no valor de R$ ____. Sua 
conta foi realizada computando-se 30 dias de aviso prévio, sem correção monetária. Os cálculos foram homologados, 
após a manifestação das partes. 
Expedido mandado de citação e penhora, a executada, em 48 horas, nomeou à penhora um veículo, garantindo o 
juízo, tendo sido a exequente intimada da constrição judicial. 
 
II. DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS 
 
Destaca-se o atendimento dos seguintes requisitos: 
 
a) tempestividade: a presente medida é tempestiva, vez que observou o prazo de 5 dias, contados a partir da 
ciência da garantia do juízo, de acordo com o Art. 884, caput e § 3º, da CLT. 
b) custas: no valor de R$ 55,35, a serem recolhidas no final, conforme Art. 789-A, VII, da CLT. 
 
III. DO MÉRITO 
 
1. DO AVISO PRÉVIO 
 
Muito embora à reclamante tenha sido deferido, em sentença transitada em julgado, o aviso prévio proporcional, 
considerando-se a Lei 12.506/11, o perito calculista incluiu nos cálculos apenas 30 dias de aviso prévio, tendo o juiz 
homologado os cálculos. 
Nos termos do Art. 1º, parágrafo único, Lei 12.506/11, deverá ser acrescido ao aviso prévio do empregado mais 
três dias por cada ano de serviço prestado na mesma empresa. Verifica-se que a exequente prestou serviços à executada 
por mais de 2 anos, sendo, pois, devidos, mais seis dias de aviso prévio, o que não foi observado pelo calculista. 
Segundo o Art. 879, §1º, CLT, não se poderá modificar ou inovar a sentença liquidanda, nem discutir matéria 
pertinente à causa principal. A homologação dos cálculos contrariando os limites impostos pelo título executivo judicial 
implica violação à coisa julgada e, portanto, ao Art. 5º, XXXVI, CF/88. 
Diante do exposto, requer a correção dos cálculos apresentados pelo perito, para que o aviso prévio proporcional 
seja computado nos cálculos das verbas trabalhistas deferidas. 
 
 
2. DA CORREÇÃO MONETÁRIA 
 
Observa-se que nas contas homologadas não foi incluída a correção monetária, uma vez que a sentença foi omissa 
a respeito da mesma. 
Nos termos do Art. 322, § 1º, CPC e da Súmula 211, TST, a correção monetária inclui-se na liquidação, ainda que 
omisso o pedido inicial ou a condenação. 
Diante do exposto, requer a correção dos cálculos homologados, a fim de que seja computada a correção 
monetária. 
 
IV. DOS REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o recebimento da impugnação à sentença de liquidação, a intimação do executado para 
manifestar-se no prazo de 5 dias e a procedência dos pedidos formulados. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e Data 
Advogado 
 OAB n.º 
 
 
AULA 14: AGRAVO DE PETIÇÃO. EXERCÍCIOS 20 E 21. EMBARGOS DE TERCEIRO. EXERCÍCIO 22. 
 
I. AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
1.1. Previsão legal: Art. 897, a, CLT 
 
1.2. Hipóteses de cabimento: 
 
a) em face de sentença de embargos à execução e de impugnação à sentença de liquidação 
b) em face de sentença de embargos de terceiro 
c) em face de decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente de desconsideração de personalidade 
jurídica (Art. 855-A, § 1º, II, CLT) 
 
1.3. Requisitos específicos: delimitação da matéria e valores impugnados. Dessa forma, garante-se a imediata e definitiva 
execução dos valores incontroversos (Súmula 416, TST) 
 
1.4. Prazo: 8 dias úteis 
 
1.5. Composição/Modelo: 
 
O agravo de petição é formado por uma folha de rosto e pelas folhas de razões. 
A folha de rosto será endereçada ao juízo que proferiu a decisão recorrida. Nela será mencionada a presença dos 
pressupostos de admissibilidade, a delimitação das matérias e valores impugnados, além de requerer a intimação do 
agravado e a remessa dos autos ao TRT. 
Não há depósito recursal no agravo de petição, todavia, se o juízo não estiver integralmente garantido, deverá ser 
feito depósito visando essa garantia. 
 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _________. 
 
PROCESSO N.º: _________ 
 
NOME DO AGRAVANTE, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contendecom NOME DO AGRAVADO, 
também qualificado, vem, respeitosamente, perante V. Exa., através de seu advogado adiante assinado, com fulcro no 
Art. 897, alínea “a” da CLT, interpor AGRAVO DE PETIÇÃO para o Egrégio Tribunal do Trabalho da ___ Região. 
 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, dentre os quais se destacam: 
 
a) garantia integral do juízo, na forma exigida pelos Arts. 880 e 884, CLT. 
b) custas processuais, no valor de R$ 44,26, a serem recolhidas ao final, conforme Art. 789-A, IV, da CLT. 
c) delimitação de matérias e valores impugnados, nos moldes do Art. 897, §1 º, CLT 
d) tempestividade: recurso interposto no prazo legal de 8 dias. 
 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação do agravado para apresentar 
contraminuta, no prazo de 8 dias e a posterior remessa dos autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ 
Região. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ____ REGIÃO. 
 
MINUTA DO AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
I. PRELIMINAR DE MÉRITO 
 
Apontar os erros de procedimento (nulidades processuais) ocorridos na execução. 
 
II. PREJUDICIAIS DE MÉRITO 
 
→ Arguir a prescrição intercorrente quando o recorrente for o executado – Art. 11-A, CLT 
 
→ Arguir a prescrição bienal, no caso de ação de execução de título executivo extrajudicial – Art. 7º, XXIX, CF/88; 
Art. 11, CLT e Súmula 308, I, TST 
 
→ Erro na elaboração dos cálculos quanto à prescrição. 
 
III. MÉRITO 
 
O juízo da execução julgou (im)procedente os embargos à execução, sob os seguintes argumentos... (especificar 
a decisão que o agravo está atacando) (Fato) 
A sentença não merece ser mantida, pois.... (Fundamento) 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para... (Pedido) 
 
IV. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o conhecimento do presente recurso, bem como o acolhimento da preliminar de mérito 
para ______, sucessivamente, o acolhimento da prejudicial de mérito para _____ e, sucessivamente, no mérito, o seu 
provimento, para fins de reforma da sentença para ____. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e Data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 20: ENUNCIADO 
 
Josefina Pires ajuizou reclamação trabalhista contra Larissa Barreto, em março de 2022, requerendo o 
reconhecimento do vínculo empregatício como empregada doméstica, no período de 10/09/2010 a 15/12/2021. 
Afirmou que recebia, por último, o salário de R$ 2.000,00 mensais e que jamais recebeu 13º salário ou férias (que 
requer por todo período, sendo as férias calculadas sobre a última remuneração), FGTS e horas extras (a partir de quando 
tais direitos passaram a ser devidos ao empregado doméstico), assim como honorários advocatícios. A petição inicial 
indicou estimativa dos valores pretendidos e foi distribuída ao juízo da 100ª Vara do Trabalho de Petrópolis/RJ, recebendo 
o número de 00500.80.2022.5.01.0100. O rito adotado foi o ordinário, em razão do valor postulado. 
Devidamente citada, a reclamada não apresentou contestação, daí porque o pedido foi julgado inteiramente 
procedente à revelia, sendo proferida sentença líquida, no valor de R$ 125.000,00. 
Intimadas as partes, não houve interposição de recurso, foi certificado o trânsito em julgado e a executada foi 
citada por oficial de justiça, em maio de 2022, para pagamento voluntário, mas quedou-se inerte. Então, o juízo acionou 
o bloqueio de ativos financeiros (penhora on-line), conseguindo reter R$ 2.000,00 da executada. As novas tentativas de 
bloqueio foram infrutíferas, sendo então expedido mandado de penhora e avaliação de bens. Foi penhorado o imóvel em 
que vivia a executada, avaliado pelo oficial de justiça em R$ 123.000,00, sendo a penhora registrada no RGI. 
Garantido o juízo, a executada ajuizou embargos à execução no 5º dia, no qual alegou que o imóvel penhorado 
era um bem de família, pois era proprietária de 2 imóveis e residia com sua família em ambos, alternadamente; suscitou 
prescrição parcial; afirmou que o valor retido de sua conta correspondia a parte do seu salário (10%), portanto, 
impenhorável, juntando o extrato, confirmando que o valor bloqueado era de salário depositado; requereu nova chance 
de defesa, porque teve pouco tempo para contestar, pois a audiência foi marcada para 14 dias após a citação; que, no 
cálculo das férias, o juiz não utilizou a evolução salarial durante o longevo contrato de trabalho, como deveria ser, mas, 
sim, a última remuneração paga por ocasião da extinção do contrato. 
Após devidamente contestados, o juiz julgou procedente os embargos à execução, com os seguintes fundamentos: 
que apesar de a ex-empregadora possuir outro imóvel em bairro próximo, de menor valor (R$ 70.000,00) e onde também 
reside com sua família porque fica mais próximo ao seu emprego, o imóvel constritado é o de maior valor e, assim, 
impenhorável; acolheu a prescrição parcial para fixar os cálculos que devem considerar os 5 anos anteriores ao 
ajuizamento da ação, e não todo o período trabalhado; determinou a liberação dos R$ 2.000,00 porque salário jamais 
pode ser penhorado, ainda que parcialmente; deferiu nova chance para juntar defesa porque a executada teve prazo de 
apenas 2 semanas, o que o magistrado entendeu ser insuficiente para a separação dos documentos e contratação de 
advogado; deferiu o recálculo das férias para acompanhar o valor do salário pago ao longo do tempo, e não da última 
remuneração. 
Publicada a decisão, e considerando que você é advogado(a) da trabalhadora, redija a peça prático-profissional 
para a defesa dos interesses de sua cliente em juízo, ciente de que na decisão não há vício ou falha estrutural que 
comprometa a sua integridade. 
 
 
EXERCÍCIO 20: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUÍZO DA 100ª VARA DO TRABALHO DE PETRÓPOLIS/RJ. 
 
PROCESSO N.º: 00500.80.2022.5.01.0100 
 
JOSEFINA PIRES, já qualificada nos autos em epígrafe, em que contende com LARISSA BARRETO, também 
qualificada, vem, respeitosamente, perante V. Exa., através de seu advogado adiante assinado, com fulcro no Art. 897, 
alínea “a” da CLT, interpor AGRAVO DE PETIÇÃO para o Egrégio Tribunal do Trabalho da ___ Região. 
 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, dentre os quais se destacam: 
 
a) Tempestividade: recurso interposto no prazo legal de 8 dias, conforme Art. 897, caput, CLT; 
b) Custas processuais, no valor de R$ 44,26, a serem recolhidas ao final, conforme Art. 789-A, IV, da CLT; 
c) Delimitação de matérias e valores impugnados, nos moldes do Art. 897, §1 º, CLT. 
 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da agravada para apresentar 
contraminuta, no prazo de 8 dias e a posterior remessa dos autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ 
Região. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ____ REGIÃO. 
 
MINUTA DO AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
I. PREJUDICIAL DE MÉRITO – PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 
 
O juízo a quo julgou procedentes os embargos à execução, acolhendo a prescrição parcial suscitada, para fixar os 
cálculos levando-se em consideração os 5 anos anteriores ao ajuizamento da ação, e não todo o período trabalhado. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos da Súmula 153 do TST e do Art. 884, § 1º, da CLT, a prescrição 
não arguida em instância ordinária não deve ser conhecida. Verifica-se que a executada apenas arguiu a prescrição na 
fase executória, portanto, fora do prazo legal. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido de aplicação da prescrição 
quinquenal. 
 
II. DO MÉRITO 
 
1. DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA 
 
O juízo a quo julgou procedentes os embargos à execução, aduzindo que apesar de a ex-empregadora possuir 
outro imóvel em bairro próximo, de menor valor (R$ 70.000,00) e onde também reside com sua família porque fica mais 
próximoao seu emprego, o imóvel constritado é o de maior valor e, assim, impenhorável. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 5º, parágrafo único, da Lei nº 8.009/90, tendo o 
executado mais de um imóvel, a impenhorabilidade legal alcança o de menor valor, que no caso em tela, seria o outro 
imóvel, avaliado em R$ 70.000,00. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para que seja mantida a penhora realizada. 
 
2. DA PENHORA DO SALÁRIO 
 
O juízo a quo julgou procedentes os embargos à execução e determinou a liberação dos R$ 2.000,00 porque salário 
jamais pode ser penhorado, ainda que parcialmente. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 833, inciso IV e § 2º, do CPC, o salário pode ser 
penhorado, ainda mais parcialmente, para satisfação de um crédito de natureza alimentar, como é o caso das verbas de 
natureza trabalhista. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para que seja mantida a penhora realizada. 
 
3. DA APRESENTAÇÃO DE NOVA DEFESA 
 
O juízo a quo julgou procedentes os embargos à execução e deferiu nova chance para juntar defesa porque a 
executada teve prazo de apenas 2 semanas, o que o magistrado entendeu ser insuficiente para a separação dos 
documentos e contratação de advogado. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos do Art. 841 da CLT, o prazo legal de 5 dias úteis entre o 
recebimento da notificação inicial e a realização da audiência com apresentação de defesa foi observado. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para que sejam julgados improcedentes os embargos à execução 
quanto à apresentação de nova defesa. 
 
4. DO CÁLCULO DAS FÉRIAS 
 
O juízo a quo julgou procedentes os embargos à execução e deferiu o recálculo das férias para acompanhar o valor 
do salário pago ao longo do tempo, e não da última remuneração. 
A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos da Súmula 7, TST, as férias serão calculadas pelo último 
salário do empregado. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para que sejam julgados improcedentes os embargos à execução 
quanto ao recálculo das férias. 
 
III. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer o conhecimento do presente recurso, o acolhimento da prejudicial de mérito, e, no 
mérito, o seu provimento, para fins de reforma da sentença e manutenção dos cálculos originais. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e Data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EXERCÍCIO 21: ENUNCIADO 
 
Jeferson Peres ajuizou reclamação trabalhista contra seu ex-empregador, a sociedade empresária Costela de Ouro 
Ltda., o restaurante mais conhecido do Distrito Federal. A ação foi ajuizada em 30 de janeiro de 2019, tramitou perante 
a 503ª Vara do Trabalho do Distrito Federal sob o número 0120813-35.2019.5.10.0503 e a sentença julgou procedentes 
os seus pedidos. 
A sociedade empresária recorreu, mas o TRT manteve a sentença. Advindo o trânsito em julgado iniciou-se a 
execução. A liquidação importou em R$ 72.000,00 (setenta e dois mil reais), mas a sociedade empresária não pagou 
voluntariamente a dívida, em que pese ter sido citada para tanto. Tentou-se fazer a execução forçada com as ferramentas 
existentes na Justiça do Trabalho, igualmente sem sucesso. Então, o Juiz, de ofício, sem suspensão do feito, instaurou um 
incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPJ) e citou os sócios Pedro Serra e Maria Serra para a 
manifestação em 10 dias. Diante da inércia, o IDPJ foi julgado procedente. 
Maria Serra, três dias depois da decisão, procurou você, como advogado(a), dizendo que saiu da sociedade em 
março de 2015, em ato devidamente averbado perante a Junta Comercial, sendo que Jeferson Peres trabalhou na 
sociedade empresária de janeiro de 2018 a dezembro de 2018. O mal-entendido, segundo Maria Serra, foi que, na 
contestação, juntaram o contrato social antigo, no qual ainda constava o seu nome. 
Maria Serra afirmou ainda, e comprovou documentalmente, que é aposentada pelo INSS. O Juiz determinou de 
ofício tutela de urgência de natureza cautelar, daí porque foram retidos 100% de sua aposentadoria, no valor de R$ 
1.500,00 (um mil e quinhentos reais), e que atualmente é a sua única fonte de renda, já havendo nos autos R$ 3.000,00 
(três mil reais). 
Considerando os fatos narrados, a CLT e o CPC, e tendo em vista que você foi contratado(a) para defender os 
interesses de Maria Serra, como houve a intimação da decisão que julgou procedente o IDPJ, apresente a medida cabível 
para tentar reverter essa decisão. 
 
 
II. EMBARGOS DE TERCEIRO 
 
1.1. Previsão legal: Arts. 674 a 681, CPC. 
 
1.2. Cabimento 
 
Os Embargos de Terceiro são a medida cabível para aquele que não é parte no processo, mas sofre constrição ou 
ameaça de constrição sobre os bens que possui ou sobre os quais tem direito incompatível com o ato constritivo (Art. 
674, CPC). 
Têm natureza de ação incidental, conexa ao processo de conhecimento ou de execução, conforme o caso. 
 
1.3. Prazos: 
 
No processo de conhecimento, os embargos de terceiro podem ser usados enquanto a sentença ou acórdão não 
transitarem em julgado. 
No processo de execução, a ação pode ser ajuizada no prazo de 5 dias depois da adjudicação, alienação por 
iniciativa particular ou da arrematação. (Art. 675, CPC). 
O prazo para apresentação de contestação pelo embargado é de 15 dias, contados a partir da citação (Art. 679, 
CPC). 
 
1.4. Distribuição por dependência 
 
Os embargos de terceiro tramitam em autos apartados, devendo ser distribuídos POR DEPENDÊNCIA ao processo 
que originou a constrição dos bens. (Art. 676, CPC). 
 
1.5. Requisitos da petição inicial 
 
Além dos requisitos previstos no Art. 319, CPC, a petição dos embargos deve atender também aos requisitos 
específicos previstos no Art. 677, CPC: 
 
a) prova sumária da posse do bem em questão 
b) a qualidade ou condição de terceiro legítimo 
c) prova da constrição judicial ou sua iminência. 
 
1.6. Recurso 
 
Caso o juiz entenda necessário, realizará a instrução dos embargos de terceiro e, a partir desta, proferirá uma 
sentença. Tendo em vista ser proferida no processo de execução, caberá AGRAVO DE PETIÇÃO. 
 
 
EXERCÍCIO 22: ENUNCIADO 
 
Ronaldo Santos ajuizou reclamação trabalhista contra seu ex-empregador, a sociedade empresária Bolos Caseiros 
Ltda., em 30/07/2022, tendo a sentença julgado procedentes, em parte, os seus pedidos. 
O processo tramitou perante a 2ª Vara do Trabalho de Poços de Caldas, recebendo o número 0101056-
53.2022.5.03.0002. Nenhuma das partes recorreu e, com o trânsito em julgado, iniciou-se a execução. 
A liquidação importou em R$ 10.000,00 (dez mil reais), mas a sociedade empresária não pagou voluntariamente, 
a despeito de citada para tanto. Tentou-se fazer a execução forçada com as ferramentas existentes na Vara, igualmente 
sem sucesso. Ronaldo, então, instaurou um incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPJ), que foi julgado 
procedente, sendo incluídos, no polo passivo, os sócios Bruno Dias e César Dias. Eles foram intimados a pagar a dívida, 
mas quedaram-se inertes. 
Em razão disso, foi expedido mandado de penhora e avaliação para cumprimento, na forma da CLT. O oficial de 
justiça chegou à residência de Bruno Dias às 22 horas e verificou que havia um veículo importado de luxo na garagem da 
casa, que foi então penhorado e avaliado em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
O oficial retirou-se do local e Bruno Dias recebeu depois o auto de penhora e a avaliação pelos Correios. Como a 
Vara em questão é ágil, foi marcado leilão e o veículo foi arrematado por R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais), estando 
pendente a assinatura do juiz. 
Munido da documentação hábil, Everton Silva o(a) procurou para contratá-lo(a) como advogado(a) no dia seguinte 
à arrematação, para informar que o veículo penhorado era dele, e não de Bruno Dias, sócio da executada. Naquele dia, 
Everton estava na casa, pois era aniversário de Bruno e havia uma festa para a qual Bruno convidoualguns familiares e 
amigos. Como o veículo tinha alto valor, Bruno concordou que o amigo Everton Silva o guardasse na garagem para evitar 
que o bem ficasse exposto. 
Considerando esses dados e de acordo com a CLT e o CPC, apresente a medida destinada à defesa dos interesses 
de Everton Silva, sem criar dados nem fatos inexistentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 22: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUÍZO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE POÇOS DE CALDAS/MG. 
 
Distribuição por dependência ao processo n.º: 0101056-53.2022.5.03.0002 
 
EVERTON SILVA, qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante V. Exa., através de seu 
advogado adiante assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço completo, onde recebe 
intimações e notificações, com fulcro no Art. 674 do CPC, propor EMBARGOS DE TERCEIRO em face de RONALDO SANTOS, 
qualificação e endereço completos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
I. DOS FATOS 
 
O embargado ajuizou reclamação trabalhista contra seu ex-empregador, a sociedade empresária Bolos Caseiros 
Ltda., em 30/07/2022, tendo a sentença julgado procedentes, em parte, os seus pedidos. A decisão transitou em julgado 
e iniciou-se o processo de execução. 
A liquidação importou em R$ 10.000,00 (dez mil reais), e restando infrutíferas as ferramentas utilizadas para 
receber o crédito, o embargado instaurou um incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPJ), que foi 
julgado procedente, sendo incluídos, no polo passivo, os sócios Bruno Dias e César Dias. Eles foram intimados a pagar a 
dívida, mas quedaram-se inertes. 
Em razão disso, foi expedido mandado de penhora e avaliação, tendo o oficial de justiça chegado à residência de 
Bruno Dias às 22 horas. Verificando que havia um veículo importado de luxo na garagem da casa, o oficial de justiça 
penhorou o bem, avaliado em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
O oficial retirou-se do local e Bruno Dias recebeu depois o auto de penhora e a avaliação pelos Correios. Como a 
Vara em questão é ágil, foi marcado leilão e o veículo foi arrematado por R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais), estando 
pendente a assinatura do juiz. 
Ocorre que o veículo penhorado não pertence a Bruno Dias, mas sim a Everton Silva, ora embargante. Ressalta-se 
que, naquele dia, o embargante estava na casa de Bruno Dias e havia guardado o veículo penhorado na garagem. 
 
II. REQUISITOS ESPECÍFICOS 
 
Destaca-se o atendimento dos seguintes requisitos dos embargos de terceiro: 
 
a) Distribuição por dependência: a distribuição deve ocorrer por dependência, ao mesmo juízo que ordenou a 
apreensão do bem em questão, nos termos do Art. 676 do CPC. 
b) Legitimidade: o embargante é parte legítima para propor o feito, pois, não é parte no processo e mesmo assim, 
teve seu bem apreendido e nomeado à penhora, nos termos do Art. 674 do CPC. 
c) Prova sumária da posse e da constrição judicial: junta-se aos autos a documentação hábil (nota fiscal) a fim de 
comprovar o domínio e a propriedade do bem, bem como o auto de penhora, a fim de comprovar a constrição judicial, 
nos termos do Art. 677, CPC. 
d) Tempestividade: os embargos são tempestivos, propostos no prazo de 5 dias contados da arrematação, nos 
termos do Art. 675 do CPC. 
e) Custas: no valor de R$ 44,26, a serem recolhidas no final, conforme Art. 789-A, V, da CLT. 
 
 
III. MÉRITO 
 
1. DO HORÁRIO DO ATO PROCESSUAL PRATICADO PELO OFICIAL DE JUSTIÇA 
 
A fim de cumprir o mandado de penhora e avaliação, o oficial de justiça chegou à residência de Bruno Dias às 22 
horas. 
Nos termos do Art. 770, CLT, os atos processuais deverão ser realizados nos dias úteis, no horário compreendido 
entre 6h e 20h. Tendo o oficial de justiça realizado a penhora às 22h, o ato processual é nulo. 
Diante do exposto, requer a nulidade da penhora realizada. 
 
 
 
2. DA PROPRIEDADE DO VEÍCULO 
 
 O veículo penhorado não pertence ao devedor Bruno Dias, mas sim a Everton Silva, ora embargante. Ressalta-se 
que, naquele dia, o embargante estava na casa de Bruno Dias e havia guardado o veículo penhorado na garagem, tendo, 
pois, ocorrido um equívoco no ato de constrição. Ressalta-se, ainda, que o embargante nunca foi sócio da empresa 
executada. 
Nos termos do Art. 674, inciso III, do CPC, a pessoa que sofre constrição judicial de seus bens por força de 
desconsideração de personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte, poderá requerer seu desfazimento por meio 
dos embargos de terceiro, hipótese em que se enquadra o ora embargante. 
Diante do exposto, requer o desfazimento da constrição judicial. 
 
3. DO VALOR DO BEM 
 
O bem penhorado foi avaliado em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
Nos termos do Art. 831, CPC, a penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para satisfazer o valor 
integral do débito. A liquidação importou em R$ 10.000,00 (dez mil reais) e o bem penhorado foi avaliado em R$ 
200.000,00 (duzentos mil reais), valor este muito superior ao valor da dívida. 
Diante do exposto, requer a nulidade da penhora. 
 
4. DA ARREMATAÇÃO A PREÇO VIL 
 
Realizado o leilão, o veículo foi arrematado por R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais). 
Nos termos do Art. 891, parágrafo único, do CPC, não será aceito lance que ofereça preço vil, considerando-se 
como tal, neste caso, o preço inferior a 50% do valor da avaliação. Ressalta-se que o bem foi avaliado em R$ 200.000,00 
(duzentos mil reais) e arrematado por valor muito inferior a 50% de seu preço. 
Diante do exposto, requer a anulação da arrematação. 
 
IV. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer a citação do embargado para contestar a presente ação, no prazo de 15 dias, nos termos 
do Art. 679, CPC. 
Requer, ainda, a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova documental e 
testemunhal. 
Por fim, requer a nulidade da penhora e a procedência do pedido para determinar que a constrição judicial 
indevida seja cancelada, ordenando a imediata reintegração do bem, nos termos do Art. 681, CPC, bem como a 
condenação do embargado ao pagamento das custas e honorários advocatícios à razão de 15%, nos termos do Art. 791-
A, CLT. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 200.000,00. 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
Local e Data. 
Advogado. 
OAB n.º 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 16: MANDADO DE SEGURANÇA. EXERCÍCIO 23. AÇÃO RESCISÓRIA. EXERCÍCIO 24. 
 
Tanto a Ação Rescisória quanto o Mandado de Segurança são petições iniciais e deverão seguir a seguinte 
estrutura: 
 
1. ENDEREÇAMENTO/NÚMERO DO PROCESSO: endereçar para o juízo competente 
2. PREÂMBULO: qualificação das partes, indicação da base legal e nome da peça 
3. FATOS 
4. REQUISITOS ESPECÍFICOS 
5. MÉRITO 
6. LIMINAR 
7. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
 
I. MANDADO DE SEGURANÇA 
 
1.1. Previsão legal: Art. 5º, LXIX, CF/88 e Art. 1º, Lei 12.016/09 
 
Trata-se de remédio constitucional que visa a proteger direito líquido e certo violado por uma autoridade coatora, 
não protegidos por habeas corpus e habeas data. 
 
1.2. Prazo: Art. 23, Lei 12.016/09 
 
O prazo do mandado de segurança é de 120 dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 
 
1.3. Competência: 
 
A competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar o mandado de segurança, quando o ato questionado 
envolver matéria de sua jurisdição está prevista no Art. 114, IV, CF/88. 
Se a autoridade coatora não pertencer à Justiça do Trabalho, a competência para processar e julgar o mandado 
de segurança é do juiz de 1º grau. É o caso do auditor fiscal do trabalho, do superintendente regional do trabalho, do 
oficial de cartório (quando recusar-se a registrar a entidade sindical) e do membro do Ministério Público do Trabalho 
(inquéritos civis). 
Sendo a autoridade coatora o juiz de 1º grau ou o TRT a competência para processar e julgar o mandado de 
segurança é do TRT. Sendo a autoridade coatora o TST a competência para processar e julgar o mandado de segurança é 
do TST. 
Da decisão proferida em mandadode segurança, impetrado perante a vara do trabalho, cabe recurso ordinário 
para o TRT. 
Da decisão proferida em mandado de segurança imperado perante o TRT, cabe recurso ordinário para o TST, nos 
termos do Art. 895, II, CLT e Súmula 201, TST. 
 
1.4. Composição: 
 
I. Fatos 
II. Requisitos Específicos 
III. Mérito 
IV. Liminar 
V. Requerimentos Finais 
 
EXERCÍCIO 23: ENUNCIADO 
 
 Evelyn Calabresa ajuizou reclamação trabalhista contra a sociedade empresária Pizzaria Chapa Quente Ltda., em 
30 de janeiro de 2022, requerendo o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo. Evelyn explicou, na 
petição inicial, que trabalhou como cozinheira da pizzaria, de 12/07/2019 a 05/10/2021, sendo submetida a calor 
excessivo porque preparava as pizzas em fornos que alcançavam altas temperaturas, não recebendo qualquer 
equipamento de proteção individual do ex-empregador. 
Devidamente citada, a sociedade empresária apresentou contestação, afirmando que a temperatura alcançada 
na cozinha estava dentro do limite de tolerância e que, apesar de ser uma empresa pequena e familiar, fornecia todos os 
equipamentos de proteção à empregada, requerendo, assim, a improcedência do pedido. 
Em audiência não houve acordo e então o juiz, com base no Art. 195, § 2º, da CLT, determinou de ofício a 
realização de prova pericial, apresentando um único quesito do juízo, qual seja: “diga o perito se havia agente insa lubre 
no local de trabalho de Evelyn e, em caso positivo, em que grau”. Além disso, o magistrado proibiu a apresentação de 
quesitos pelas partes, proibiu que os litigantes indicassem assistentes técnicos, nomeou um perito da sua confiança e 
fixou os honorários periciais dele em R$ 4.000,00, determinando que a empresa antecipasse a quantia em 10 dias, sob 
pena de execução forçada, e que a prova técnica somente tivesse início após o depósito. 
A sociedade empresária protestou contra a decisão, ponderando que ela violaria normas jurídicas, mas o juiz 
consignou o protesto na ata e manteve intacta a decisão. Ainda na audiência, o titular da sociedade empresária pediu a 
palavra e, aflito, explicou que o seu negócio ainda sofria o efeito da pandemia, e que se precisasse dispor dos R$ 4.000,00 
determinados pelo juiz, não teria como fechar a folha de pagamento dos funcionários naquele mês. 
Sabe-se que a reclamação trabalhista em questão tramita perante a 80ª Vara do Trabalho de Criciúma/SC sob o 
número 0000728-84.2022.5.12.0080, e que a audiência em questão ocorreu há uma semana. 
Você, como advogado(a) da sociedade empresária, de acordo com o entendimento consolidado do TST, elabore 
a medida judicial adequada para tentar reverter a decisão. 
 
 
EXERCÍCIO 23: CORREÇÃO 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIÃO. 
 
 
PIZZARIA CHAPA QUENTE LTDA., qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante Vossa 
Excelência, por meio de seu advogado ao final assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço 
completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro nos Arts. 5º, LXIX, e 114, IV, CRFB/88 e Art. 1º da Lei 
12.016/2009, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA com pedido LIMINAR contra ato do Juiz da 80ª Vara do Trabalho de 
Criciúma/SC, proferido nos autos da Reclamatória Trabalhista de n.º 0000728-84.2022.5.12.0080 em que figura no pólo 
ativo EVELYN CALABRESA, qualificação e endereço completos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
I. DOS FATOS 
 
A impetrante propôs perante a 80ª Vara do Trabalho de Criciúma/SC uma reclamação trabalhista em face de sua 
ex-empregadora, Pizzaria Chapa Quente Ltda., requerendo o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo. 
Explicou, na petição inicial, que trabalhou como cozinheira da pizzaria, de 12/07/2019 a 05/10/2021, sendo submetida a 
calor excessivo porque preparava as pizzas em fornos que alcançavam altas temperaturas, não recebendo qualquer 
equipamento de proteção individual do ex-empregador. 
Em contestação, a ex-empregadora afirmou que a temperatura alcançada na cozinha estava dentro do limite de 
tolerância e que fornecia todos os equipamentos de proteção à empregada, requerendo, assim, a improcedência do 
pedido. 
Em audiência não houve acordo e então o juiz, com base no Art. 195, § 2º, da CLT, determinou de ofício a realização 
de prova pericial, apresentando um único quesito do juízo, qual seja: “diga o perito se havia agente insalubre no local de 
trabalho de Evelyn e, em caso positivo, em que grau”. Além disso, o magistrado proibiu a apresentação de quesitos pelas 
partes, proibiu que os litigantes indicassem assistentes técnicos, nomeou um perito da sua confiança e fixou os honorários 
periciais dele em R$ 4.000,00, determinando que a empresa antecipasse a quantia em 10 dias, sob pena de execução 
forçada, e que a prova técnica somente tivesse início após o depósito. 
A sociedade empresária protestou contra a decisão, ponderando que ela violaria normas jurídicas, mas o juiz 
consignou o protesto na ata e manteve intacta a decisão. Ainda na audiência, o titular da sociedade empresária pediu a 
palavra e, aflito, explicou que o seu negócio ainda sofria o efeito da pandemia, e que se precisasse dispor dos R$ 4.000,00 
determinados pelo juiz, não teria como fechar a folha de pagamento dos funcionários naquele mês. 
 
II. REQUISITOS ESPECÍFICOS 
 
 A presente ação foi proposta com observância das disposições legais, a saber: 
 
 a) Cabimento: nos termos da OJ 98, SBDI-2, TST, é cabível mandado de segurança contra decisão 
interlocutória do juiz que condiciona a prova pericial ao depósito prévio dos honorários periciais; 
 b) Tempestividade: nos termos do Art. 23, Lei 12.016/09, o prazo para impetrar mandado de segurança é 
de 120 dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado, o que se observa no caso em tela. 
 
III. MÉRITO 
 
1. DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO – APRESENTAÇÃO DE QUESITOS E INDICAÇÃO DE ASSISTENTE TÉCNICO 
 
O juiz a quo proibiu a apresentação de quesitos e a indicação de assistentes técnicos pelas partes. 
Nos termos do Art. 465, § 1º, incisos II e III, do CPC, sendo determinada a realização de perícia técnica pelo 
juiz, incumbe às partes indicar assistente técnico e apresentar os quesitos pertinentes. 
É, portanto, ilegal a negativa do juiz de 1º grau quanto à apresentação de quesitos e indicação de assistentes 
técnicos pelas partes. 
Diante do exposto, requer a concessão da segurança para que seja revisto o ato do magistrado, para que as partes 
possam indicar seus assistentes técnicos e apresentarem seus quesitos. 
 
2. DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO – ANTECIPAÇÃO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS 
 
Conforme referido, o juiz condicionou a produção da prova pericial ao depósito prévio dos honorários periciais, 
apesar do inconformismo da reclamada, ora impetrante, o que viola a legislação processual trabalhista. 
Nos termos do Art. 790-B, § 3º, CLT, o juízo não poderá exigir adiantamento de valores para a realização da perícia, 
mesmo porque, segundo o Art. 790-B, caput, CLT, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte 
sucumbente no objeto da perícia. 
É, portanto, ilegal a exigência do depósito prévio de honorários periciais, sendo cabível o mandado de segurança 
contra o ato do juiz, nos termos da OJ 98, SBDI-2, TST. 
Diante do exposto, requer a concessão da segurança para suspender o ato do juiz que condicionou a produção da 
prova pericial ao depósito prévio dos honorários periciais. 
 
IV. LIMINAR 
 
Encontram-se presentes os requisitos do Art. 7º, III, Lei 12.016/09, que autorizam a concessão da segurança em 
caráter liminar, quais sejam: relevante fundamento da demanda e possibilidade de resultar a ineficácia da medida. 
O relevante fundamento da demanda verifica-se pela violação ao Art. 790-B, § 3º, CLT, que determina que o juízo 
não poderá exigir adiantamento de valores para a realização da perícia. 
A possibilidade de resultar a ineficáciada medida verifica-se porque sem a suspensão do ato do juiz a prova pericial 
não será produzida, comprometendo a demonstração da existência ou não da insalubridade no curso do contrato de 
trabalho, podendo levar ao injusto deferimento do pedido. Além disso, a manutenção da ordem judicial de 1º grau pode 
acarretar sério prejuízo para a sociedade empresária porque não poderá arcar com a folha de pagamento. 
Diante do exposto, requer, em caráter liminar, a concessão da segurança para suspender o ato do juiz que 
condicionou a produção da prova pericial ao depósito prévio dos honorários periciais. 
 
V. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer: 
 
 a) a concessão da segurança em caráter liminar, nos termos do Art. 7º, III, Lei 12.016/09, sem a oitiva da 
outra parte, para que suspenda de imediato o ato do juiz que condicionou a produção da prova pericial ao depósito prévio 
dos honorários periciais; 
 b) a notificação da autoridade coatora, para que preste informações no prazo de 10 dias, conforme Art. 7º, 
I, Lei 12.016/09; 
 c) a intimação da interessada Evelyn Calabresa para integrar a lide como litisconsorte passivo; 
 d) que se abra vista ao Ministério Público do Trabalho para que se manifeste sobre o feito, no prazo 
 de 10 dias, nos termos do Art. 12, Lei 12.016/09; 
 e) a intimação do Advogado Geral da União, dando ciência da impetração do presente mandado de 
segurança, conforme Arts. 6º e 7º, II, Lei 12.016/09; 
 f) a concessão da segurança em caráter definitivo, confirmando-se os termos da liminar anteriormente 
deferida. 
 
 Dá-se à causa o valor de R$ 4.000,00. 
 
 Nestes termos, 
 Pede deferimento. 
 Local e data. 
 Advogado 
 OAB nº 
 
 
II. AÇÃO RESCISÓRIA 
 
1.1. Previsão legal: Art. 966 e seguintes, CPC 
 
Nos termos do Art. 836, CLT, aplicam-se ao Processo do Trabalho os Arts. 966 a 975, CPC, no que diz respeito à ação 
rescisória, exceto em relação ao depósito prévio, que no Processo Civil é de 5% sobre o valor da causa e, no Processo do 
Trabalho é de 20% sobre o valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor da ação. 
 
A ação rescisória tem como finalidade desconstituir (Art. 966, caput e § 2º, CPC): 
 
 a) sentença ou acórdão de mérito; 
 b) decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça nova propositura da 
demanda ou admissibilidade de recurso correspondente. 
 
1.2. Hipóteses de cabimento: Art. 966, CPC 
 
A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: 
 
a) se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
b) for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; 
c) resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão 
entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
d) ofender a coisa julgada; 
e) violar manifestamente norma jurídica; 
f) for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria 
ação rescisória; 
g) obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer 
uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; 
h) for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
 
1.3. Prazo: Art. 975, CPC 
 
O direito de propor ação rescisória se extingue no prazo decadencial de 2 anos, contados do trânsito em julgado da 
última decisão proferida no processo. 
 
1.4. Legitimidade: Art. 967, CPC 
 
Tem legitimidade para propor a ação: 
a) quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular 
b) o terceiro juridicamente interessado 
c) o Ministério Público 
 
Obs1.: O TST, através da Súmula 407, TST, entende que o Ministério Público pode propor ação rescisória por 
qualquer dos fundamentos enumerados no Art. 966, CPC. 
Obs2.: Ressalta-se que a revelia na ação rescisória não produz confissão ficta, uma vez que, o que se ataca na ação 
é a decisão, ato oficial do Estado, acobertado pelo manto da coisa julgada. (Súmula 398, TST). 
1.5. Competência: 
 
Se a pretensão for a desconstituição de decisão proferida pelo juiz de 1º grau (sentença) ou pelo TRT, a ação 
rescisória deverá ser ajuizada no TRT. Caso se pretenda rescindir decisão do TST, ação deverá ser ajuizada no próprio TST. 
Das decisões proferidas pelo TRT em ação rescisória cabe recurso ordinário para o TST (Art. 895, II, CLT e Súmula 
158, TST) 
A propositura de ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de 
tutela provisória (Art. 969, CPC) 
É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. 
 
1.6. Composição: 
 
I. Fatos 
II. Requisitos Específicos 
III. Mérito 
IV. Liminar 
V. Requerimentos Finais 
 
EXERCÍCIO 24: ENUNCIADO 
 
Murilo, dispensado por justa causa, ajuíza reclamação trabalhista contra Emiko Ltda., postulando, entre outros 
direitos, o pagamento de férias vencidas, acrescidas de 1/3, no valor de R$ 4.000,00. Em sentença, os pedidos formulados 
são rejeitados na integralidade, sob o argumento de que a falta grave praticada (agressão física ao superior hierárquico) 
afasta a possibilidade de qualquer crédito ao empregado, mesmo no que tange ao pedido de férias vencidas. 
Considerando que transcorreu o prazo legal para a interposição de recurso ordinário, sem que houvesse qualquer 
manifestação do reclamante e que este relata que já conseguiu novo emprego e que recebe um pouco acima do teto dos 
benefícios do Regime Geral da Previdência Social, apresente a medida processual cabível para defender os interesses do 
reclamante, ciente de que o trânsito em julgado ocorreu há pouco mais de 1 mês. 
 
EXERCÍCIO 24: CORREÇÃO 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIÃO. 
 
 
MURILO, qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu 
advogado ao final assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço completo, onde recebe 
intimações e notificações, com fulcro no Art. 836, CLT e Art. 966, V, CPC, propor AÇÃO RESCISÓRIA em face de EMIKO LTDA., 
qualificação e endereço completos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
I. DOS FATOS 
 
O autor, dispensado por justa causa, ajuíza reclamação trabalhista contra Emiko Ltda., postulando, entre outros 
direitos, o pagamento de férias vencidas, acrescidas de 1/3, no valor de R$ 4.000,00. Em sentença, os pedidos formulados 
são rejeitados na integralidade, sob o argumento de que a falta grave praticada (agressão física ao superior hierárquico) 
afasta a possibilidade de qualquer crédito ao empregado, mesmo no que tange ao pedido de férias vencidas. A decisão 
transitou em julgado. 
 
II. DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS 
 
A presente ação foi proposta com observância das disposições legais, a saber: 
 a) Legitimidade: o autor foi parte na ação cuja decisão se pretende desconstituir, sendo, pois, parte legítima 
para propor a presente ação, nos termos do Art. 967, I, CPC; 
 b)Tempestividade: tendo em vista que o trânsito em julgado da decisão ocorreu há pouco mais de um mês, 
a presente ação é tempestiva, uma vez que foi observado o prazo decadencial de 2 anos, previsto no Art. 975, CPC e 
Súmula 100, I, TST; 
 c) Depósito prévio: realizado, no valor de R$ 800,00, correspondente a 20% do valor da causa, nos termos 
do Art. 836, CLT. 
 
III. DO MÉRITO 
 
1. VIOLAÇÃO LITERAL À NORMA JURÍDICA 
 
O autor foi dispensado por justa causa, sem receber qualquer verba rescisória. Ajuizou reclamação trabalhista 
postulando, entre outros direitos, a condenação da reclamada ao pagamento das férias vencidas acrescidas de 1/3. O juiz 
rejeitou tal pedido, tendo a sentença transitado em julgado. 
A decisão viola literal disposição do Art. 146, CLT, segundo o qual “na cessação do contrato de trabalho, qualquer 
que seja a causa, será devida ao empregado a remuneração simplesou em dobro, conforme o caso, correspondente ao 
período de férias cujo direito tenha adquirido.” 
Assim, tendo havido ofensa à literal disposição de lei, a sentença merece ser rescindida, nos termos do Art. 966, 
V, CPC. 
Diante do exposto, requer a desconstituição da sentença. 
 
2. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
Nos termos do Art. 791-A, CLT e Súmula 219, II, TST, requer a condenação da ré ao pagamento de honorários 
advocatícios à razão de 15%. 
 
IV. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer: 
 a) a citação da reclamada para apresentar contestação no prazo fixado pelo relator, não inferior a 15 dias, 
nem superior a 30 dias, nos termos do Art. 970, CPC, sob pena de revelia. 
 b) a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova documental, nos 
termos do Art. 972, CPC; 
 c) a procedência da presente ação, a fim de que seja rescindida a decisão transitada em julgado e seja 
realizado um novo julgamento do pedido pelo Tribunal da causa, nos temos do Art. 968, I, CPC. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 4.000,00. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB nº 
 
 
	3. MODELOS DE TÓPICOS PRONTOS
	EXERCÍCIO 1: ENUNCIADO
	OAB nº
	Sheila Melodia procura você, na condição de advogado(a), em 27/08/2021, relatando que é empregada da sociedade empresária Solução Ltda. desde 15/10/2019, recebendo 1 salário-mínimo por mês, estando com o contrato em vigor. Sheila informa que desde o i...
	A empregada informa que jamais assinou qualquer documento ou autorização, sendo aprovada em processo seletivo para, logo após, ter a CTPS anotada. Diz que trabalha de 2ª a 6ª feira, das 9h às 15 horas, com intervalo de 15 minutos para refeição, e aos ...
	Com receio de sofrer algo, Sheila se submete à vontade de Carlos, mesmo contrariada. Sheila lhe apresenta um extrato atual do FGTS, no qual se verifica um único depósito referente à competência de novembro de 2019, a certidão de nascimento do seu únic...
	A empregada afirma que, diante das irregularidades que sofre, não deseja continuar o contrato de trabalho, mas decidiu não pedir demissão porque foi alertada por familiares que, nesse caso, perderia vários direitos. Por fim, diz que sua situação finan...
	Elabore, na condição de advogado(a), a peça prático-profissional que melhor defenda os interesses de Sheila, sem usar dados ou informações que não estejam no enunciado.
	EXERCÍCIO 5: ENUNCIADO
	EXERCÍCIO 5: CORREÇÃO
	EXERCÍCIO 6: ENUNCIADO
	A reclamante alega que a reclamada não efetuou o recolhimento do INSS nos anos de 2018 e 2019, requerendo, pois, que a empresa fosse condenada a regularizar a situação.
	Nos termos do Art. 876, § único, CLT, Súmula 368, I, TST e Súmula Vinculante 53, STF, a Justiça do Trabalho é incompetente para executar contribuições previdenciárias incidentes sobre os salários pagos durante o contrato de trabalho.
	A reclamante alega que a reclamada não efetuou o recolhimento do INSS nos anos de 2018 e 2019, requerendo, pois, que a empresa fosse condenada a regularizar a situação. (1)
	Nos termos do Art. 114, VIII, CF/88, Art. 876, § único, CLT, Súmula 368, I, TST e Súmula Vinculante 53, STF, a Justiça do Trabalho é incompetente para executar contribuições previdenciárias incidentes sobre os salários pagos durante o contrato de trab...
	A reclamante alega que, desde o início de seu contrato, realizava as mesmas atividades que Silvana Céu Azul, outra gerente do setor de auditoria de médias empresas, admitida na Auditoria Pente Fino S.A. em 15/01/2009, já na função de gerente, mas que ...
	A reclamante postulou o pagamento de horas extras, alegando que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 8h às 20h, com intervalo de 1 hora para refeição, sendo que não marcava folha de ponto.
	Não assiste razão à reclamante, pois, a reclamante era gerente, ocupando cargo de confiança, tendo efetivamente poder de gestão, comandando 25 auditores, designando suas atividades junto aos clientes do empregador, bem como fiscalizando e validando as...
	A reclamante postulou a integração à sua remuneração do valor dos prêmios recebidos a partir de 2018, com reflexos nas demais verbas salariais e rescisórias, inclusive FGTS, e o pagamento das diferenças daí decorrentes.
	Não assiste razão à reclamante, pois, nos termos do Art. 457, § 2º, CLT, os prêmios, ainda que habituais, não integram a remuneração, por ter natureza meramente indenizatória.
	A reclamante alega que, desde o início de seu contrato, realizava as mesmas atividades que Silvana Céu Azul, outra gerente do setor de auditoria de médias empresas, admitida na empresa reclamada em 15/01/2009, já na função de gerente, mas que ganhava ...
	A reclamante postulou a condenação da reclamada ao pagamento do adicional de periculosidade, ao argumento de que trabalhava em prédio da sociedade empresária localizado ao lado de uma comunidade muito violenta, tendo ouvido diversas vezes disparos de ...
	O reclamante postulou o pagamento de indenização pela supressão do intervalo intrajornada, alegando que não o usufruiu.
	Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 71, CLT, nas jornadas de trabalho acima de 6 horas diárias, é obrigatória a concessão de intervalo para refeição e descanso de, no mínimo, 1 hora.
	Tal intervalo era integralmente usufruído pelo reclamante, conforme comprovam os registros de ponto apresentados pela reclamada, os quais, além de registrar os horários de entrada e saída, também registravam os intervalos para alimentação e descanso
	Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 193, II, CLT, o autor não exercia a função de vigilante, portanto, não estava exposto a riscos, não se enquadrando, pois, na hipótese prevista em lei para pagamento do adicional.
	I. CONTRARRAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
	EXERCÍCIO 14: ENUNCIADO
	AULA 12: RECURSO DE REVISTA. EXERCÍCIO 16. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXERCÍCIO 17.
	I. RECURSO DE REVISTA
	EXERCÍCIO 16: ENUNCIADO
	EXERCÍCIO 17: ENUNCIADO
	EXERCÍCIO 17: CORREÇÃO
	AULA 13: EMBARGOS À EXECUÇÃO. IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO. EXERCÍCIOS 18 E 19.
	Tanto a Ação Rescisória quanto o Mandado de Segurança são petições iniciais e deverão seguir a seguinte estrutura:de não ter feito nada de errado, não recebendo 
qualquer indenização, mas apenas o saldo salarial do último mês; que a empresa não integrava, para fim algum, o 
salário-família que Nelson recebia; que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de 20 
minutos para refeição; que o local de trabalho era de difícil acesso e não servido por transporte público regular, pelo 
que a empresa fornecia o transporte para ir ao trabalho e voltar dele, de forma que Nelson demorava uma hora no 
trajeto de ida e outra uma hora no de volta; que realizou exame médico na admissão; que Nelson tem uma irmã que 
trabalha na mesma sociedade empresária, exercendo a função de programadora de jogos digitais. 
O trabalhador exibe cópias dos contracheques, nos quais há, na parte de crédito, salário de R$ 1.200,00 e uma 
cota de salário-família; já na parte de descontos, há INSS, vale-transporte e FGTS. Nelson ainda exibiu sua CTPS, na 
qual consta admissão em 17/12/2017 e saída em 28/04/2018, na função de auxiliar de serviços gerais; na parte de 
anotações gerais, há anotação de que o empregado foi dispensado por justa causa em razão de conduta inadequada. 
Em pesquisa pela Internet, você localiza a convenção coletiva da categoria de Nelson, com os pisos normativos 
para todas as funções desempenhadas na sociedade empresária Alfa, dentre elas os seguintes: auxiliar de serviços 
gerais: R$ 1.200,00; técnico em informática: R$ 1.800,00; programador: R$ 3.500,00; e engenheiro de computação: 
R$ 6.000,00. 
Elabore a peça prático-profissional que melhor defenda os interesses de Nelson, sem usar dados ou 
informações que não estejam no enunciado. 
 
 
EXERCÍCIO 1: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE SETE LAGOAS/MG. 
 
 
NELSON AVIZ, qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de 
seu advogado ao final assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço completo, onde recebe 
intimações e notificações, com fulcro no Art. 840, caput e § 1º da CLT, propor RECLAMATÓRIA TRABALHISTA, pelo rito 
ordinário, em face de ALFA LTDA., qualificação e endereço completos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
I. DO MÉRITO 
 
1. DA REVERSÃO DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA EM DISPENSA SEM JUSTA CAUSA 
 
O reclamante foi dispensado por justa causa, apesar de não ter feito nada de errado. 
Verifica-se que o motivo que ensejou a dispensa por justa causa não está entre os previstos no Art. 482, CLT, uma 
vez que a reclamada não deixou claro o motivo da dispensa. 
Diante do exposto, requer a anulação da dispensa por justa causa e que seja considerada a demissão sem justa 
causa, bem como a condenação da reclamada ao pagamento das verbas rescisórias próprias da dispensa sem justa causa, 
a saber: saldo de salário, aviso prévio, 13º salário proporcional, férias integrais e proporcionais acrescidas de 1/3 e multa 
de 40% do FGTS. 
Requer, ainda, as guias para levantamento do FGTS e percepção do seguro-desemprego. 
 
2. DAS HORAS EXTRAS – EXCESSO DE JORNADA 
 
O reclamante trabalhava de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de 20 minutos para refeição. 
Nos termos do Art. 58, caput, CLT e Art. 7º, XIII, CRFB/88, a duração normal do trabalho não excederá de 8 horas 
diárias e 44 horas semanais. No caso, verifica-se que o reclamante laborava além da jornada permitida. 
Isto posto, requer a condenação da reclamada ao pagamento das horas extras, assim consideradas as excedentes 
da 8ª hora diária e 44 horas semanais, acrescidas do adicional de 50%, nos termos do Art. 7º, XVI, CRFB/88 e do Art. 59, 
§ 1º, CLT, bem como os reflexos nas verbas contratuais e resilitórias. 
 
3. DAS HORAS EXTRAS – INTERVALO INTRAJORNADA 
 
O reclamante trabalhava de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de 20 minutos para refeição. 
Nos termos do Art. 71, caput, CLT, aqueles que laboram mais de 6 horas diárias fazem jus a um intervalo 
intrajornada de, no mínimo, 1 hora, o qual não era observado. 
Isto posto, requer a condenação da reclamada ao pagamento dos 40 minutos suprimidos por dia, acrescidos de 
50%, nos termos do Art. 71, § 4º, CLT. 
 
 
4. DO ADICIONAL NOTURNO 
 
O reclamante trabalhava de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h. 
Nos termos do Art. 73, caput e § 2º, CLT, as horas trabalhadas das 22h às 5h devem ser remuneradas com o 
acréscimo de 20%. 
Isto posto, requer a condenação da reclamada ao pagamento do adicional noturno, no importe de 20% do valor 
da hora diurna, quanto às horas que o reclamante trabalhava após as 22h, bem como seus reflexos nas verbas contratuais 
e resilitórias. 
 
5. DA DEVOLUÇÃO DOS DESCONTOS DO FGTS 
 
O reclamante juntou aos autos as cópias de seus contracheques, através dos quais verifica-se que a reclamada 
efetuava descontos a título de FGTS. 
Nos termos do Art. 15, Lei 8036/90, Art. 27, Decreto 99.684/90 e Art. 7º, III, CRFB/88, o depósito do FGTS é 
obrigação do empregador, não devendo, pois, serem efetuados descontos no salário do empregado. 
Isto posto, requer a condenação da reclamada à devolução dos valores descontados a título de FGTS. 
 
6. DA RETIFICAÇÃO DA CTPS E DIFERENÇAS SALARIAIS 
 
Na CTPS do reclamante foi anotado que o mesmo exercia a função de auxiliar de serviços gerais e percebia salário 
de R$ 1.200,00. 
Todavia, verifica-se que, na verdade, a função exercida pelo reclamante era a de técnico de informática e de 
acordo com a convenção coletiva da categoria do mesmo, o piso normativo para tal função é de R$ 1.800,00. 
Nos termos do Art. 29, CLT e do PN-SDC 105, TST, o empregador fica obrigado a anotar na CTPS do trabalhador a 
função efetivamente exercida por ele, bem como o valor correto de seu salário. 
Isto posto, requer a condenação da reclamada para que proceda a retificação da CTPS do reclamante para fazer 
constar a função de técnico de informática, por ser a função efetivamente exercida pelo mesmo, além do valor correto 
do salário, a saber, R$ 1.800,00. 
Requer, ainda, a condenação da reclamada ao pagamento das diferenças salariais entre as funções de técnico de 
informática e auxiliar de serviços gerais, conforme previsto na norma coletiva da categoria, bem como seus reflexos nas 
verbas contratuais e resilitórias. 
 
7. DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS 
 
Na CTPS do reclamante, na parte de anotações gerais, há anotação de que o empregado foi dispensado por justa 
causa em razão de conduta inadequada. 
Nos termos do Art. 29, § 4º, CLT, é vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do 
empregado em sua CTPS. 
Além disso, prevê o Art. 223-C, CLT que a honra e a imagem são bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa 
física. No caso, o reclamante teve sua honra e imagem violadas ao ter anotadas em sua CTPS uma conduta desabonadora 
que não cometeu. 
Isto posto, requer a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, no importe de 50 
vezes o último salário contratual do ofendido, considerando a natureza gravíssima da ofensa, nos termos do Art. 223-G, 
§ 1º, IV, CLT. 
 
8. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
Requer a condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios, no importe de 15%, sobre o valor 
que resultar da liquidação, nos termos do Art. 791-A, CLT. 
 
II. PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento das seguintes verbas e/ou obrigações de 
fazer: 
 
a) anulação da dispensa por justa causa e que seja considerada a demissão sem justa causa, bem como o pagamento das 
verbas rescisórias próprias da dispensa sem justa causa, a saber: saldo de salário, aviso prévio, 13º salário proporcional, 
férias integrais e proporcionais acrescidas de 1/3 e multa de 40% do FGTS, além da guia para levantamento do FGTS e 
percepção do seguro-desemprego, no valor de R$ ____. 
b) horas extras, assim consideradas as excedentes da 8ª hora diária e 44 horas semanais, acrescidas do adicional de 50%, 
bem como os reflexos nas verbas contratuaise resilitórias, no valor de R$ ____. 
c) 40 minutos suprimidos por dia do intervalo intrajornada, acrescidos de 50%, no valor de R$ ____. 
d) adicional noturno, no importe de 20% do valor da hora diurna, quanto às horas que o reclamante trabalhava após as 
22h, bem como seus reflexos nas verbas contratuais e resilitórias, no valor de R$ ____. 
e) valores descontados a título de FGTS, no valor de R$ ____. 
f) a retificação da CTPS do reclamante para fazer constar a função de técnico de informática e o valor correto do salário, 
além do pagamento das diferenças salariais, bem como seus reflexos nas verbas contratuais e resilitórias, no valor de R$ 
____. 
g) indenização por danos morais, no importe de 50 vezes o último salário contratual do ofendido, no valor de R$ ____. 
h) honorários advocatícios, no importe de 15%, sobre o valor que resultar da liquidação, no valor de R$ ____. 
 
III. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Requer a NOTIFICAÇÃO da reclamada para apresentar sua defesa, sob pena de revelia e confissão. 
Requer a produção de todos os meios de PROVA admitidos em direito, em especial, o depoimento pessoal do 
representante legal da reclamada, a oitiva de testemunhas, a produção de prova pericial e juntada de novos documentos. 
Por fim, requer a PROCEDÊNCIA dos pedidos, com a condenação da reclamada ao pagamento de todas as verbas 
postuladas, acrescidas de juros e correção monetária. 
 
Dá-se à causa o valor de ____________. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB nº 
 
 
EXERCÍCIO 2: ENUNCIADO 
 
Heitor Agulhas trabalhava na sociedade empresária Porcelanas Orientais Ltda. desde 26/10/2020, exercendo 
a função de vendedor na unidade localizada em Linhares/ES e recebendo, em média, quantia equivalente a 1,5 salário-
mínimo por mês, a título de comissão. 
Em janeiro de 2022, o dono do estabelecimento resolveu instalar mais duas prateleiras na loja para poder expor 
mais produtos e, visando economizar dinheiro, fez a instalação pessoalmente. As prateleiras foram afixadas logo 
acima do balcão em que trabalhavam os vendedores. Ocorre que o dono da empresa tinha pouca habilidade manual, 
e, por isso, as prateleiras não foram fixadas adequadamente. No dia seguinte à instalação malfeita, com o peso dos 
produtos nelas colocadas, as prateleiras caíram com todo o material, acertando violentamente a cabeça de Heitor, 
que estava logo abaixo fazendo um atendimento. Heitor desmaiou com o impacto, foi socorrido e conduzido ao 
hospital público, onde recebeu atendimento e levou 50 pontos na cabeça, testa e face, resultando em uma grande 
cicatriz que, segundo Heitor, passou a despertar a atenção das pessoas, que reagiam negativamente ao vê-lo. 
Heitor teve o plano de saúde, que era concedido pela sociedade empresária, cancelado após o dia do incidente 
e teve de usar suas reservas financeiras para arcar com R$ 1.350,00 em medicamentos, para aliviar as dores físicas, 
além de R$ 2.500,00 em sessões de terapia, pois ficou fragilizado psicologicamente depois do evento. 
Heitor ficou afastado em benefício previdenciário por acidente do trabalho (auxílio por incapacidade 
temporária acidentária, antigo auxílio doença acidentário, código B-91), teve alta médica após 3 meses e retornou à 
empresa com a capacidade laborativa preservada, mas foi dispensado, sem justa causa, no mesmo dia. 
Heitor procura você, como advogado(a), querendo propor alguma medida judicial para defesa dos seus 
direitos, pois está desempregado, sem dinheiro para se manter e sentindo-se injustiçado porque ainda precisará de 
tratamento médico e suas reservas financeiras acabaram. 
Além dos documentos comprobatórios do atendimento hospitalar e gastos, Heitor exibe a CTPS devidamente 
assinada pela sociedade empresária e o extrato do FGTS, onde não constam depósitos nos 3 meses de afastamento 
pelo INSS. 
Como advogado de Heitor, elabore a medida judicial em defesa dos interesses dele. 
EXERCÍCIO 3: ENUNCIADO 
 
Sheila Melodia procura você, na condição de advogado(a), em 27/08/2021, relatando que é empregada da 
sociedade empresária Solução Ltda. desde 15/10/2019, recebendo 1 salário-mínimo por mês, estando com o contrato 
em vigor. Sheila informa que desde o início do contrato de trabalho atua como auxiliar de manutenção terceirizada nas 
dependências da sociedade empresária Tecnologia Ltda., localizada em Campinas/SP, pois existe contrato de prestação 
de serviços entre ambas as empresas. 
A empregada informa que jamais assinou qualquer documento ou autorização, sendo aprovada em processo 
seletivo para, logo após, ter a CTPS anotada. Diz que trabalha de 2ª a 6ª feira, das 9h às 15 horas, com intervalo de 15 
minutos para refeição, e aos sábados, das 8h às 14 horas sem intervalo, marcando corretamente os cartões de ponto. 
Sheila explica que o supervisor da empregadora, alocado junto à sociedade empresária Tecnologia Ltda. para 
controlar a qualidade dos serviços, foi substituído há 2 meses, e o novo supervisor, de nome Carlos, tem o estranho e 
constrangedor hábito de enfileirar as empregadas no início do expediente e exigir que cada trabalhadora lhe dê um beijo 
no rosto. Carlos justifica esse procedimento dizendo que é uma forma de melhorar a relação da chefia com as 
subordinadas, e afirma que quem se negar sofrerá punição. 
Com receio de sofrer algo, Sheila se submete à vontade de Carlos, mesmo contrariada. Sheila lhe apresenta um 
extrato atual do FGTS, no qual se verifica um único depósito referente à competência de novembro de 2019, a certidão 
de nascimento do seu único filho, que tem 20 anos de idade, uma fotografia na qual aparece com o uniforme da sociedade 
empresária Solução Ltda., a cópia da ata de audiência de um processo anterior que ela ajuizou contra as empresas, com 
as mesmas pretensões, e que foi extinta sem resolução do mérito (arquivada) pela ausência da trabalhadora à 1ª 
audiência, tendo ela pago as custas processuais, com grande sacrifício (reclamação número 0100217-58.2021.5.15.0170, 
que tramitou perante a 170ª Vara do Trabalho de Campinas), os contracheques de todo o período, nos quais consta, na 
parte de créditos, o salário mínimo e, na parte de descontos, a dedução de INSS, sendo que, no mês de março de 2020 
consta uma dedução da contribuição sindical de R$ 40,00, sendo que Sheila nem sabia que havia um sindicato que a 
representava. 
A empregada afirma que, diante das irregularidades que sofre, não deseja continuar o contrato de trabalho, mas 
decidiu não pedir demissão porque foi alertada por familiares que, nesse caso, perderia vários direitos. Por fim, diz que 
sua situação financeira é periclitante, e não tem recurso financeiro para ajuizar a ação, caso seja necessário adiantar 
alguma quantia. 
Elabore, na condição de advogado(a), a peça prático-profissional que melhor defenda os interesses de Sheila, sem 
usar dados ou informações que não estejam no enunciado. 
 
EXERCÍCIO 4: ENUNCIADO 
 
Julieta Safira, brasileira, viúva, dona de casa, procurou você, como advogado, em abril de 2024, ainda enlutada, 
afirmando que fora casada com Romeu Diamante por 27 anos e que não tiveram filhos. Explicou, ainda, que seu esposo 
falecera em consequência de um acidente de trabalho, em 25 de fevereiro de 2024, aos 60 anos de idade, dias após 
retornar de suas férias. O inquérito policial instaurado apontou negligência da sociedade empresária como causa da 
morte. Seu finado esposo era empregado da sociedade empresária Distribuidora Capuleto Ltda. desde 25 de janeiro de 
2018, na qual exercia a função de estoquista e fazia a separação da carga que era transportada nos caminhões para os 
clientes. A sociedade empresária está localizada em Osasco, no Estado de São Paulo, mesmo Município onde o casal vivia. 
Julieta explicou que seu finado marido recebia o equivalente a dois salários mínimos por mês e não teve a carteira 
profissional assinada, a despeito de trabalhar de segunda a sexta-feira e cumprir jornada das 9 às 18 horas, com intervalo 
de uma hora para refeição.Depois do falecimento, nada foi pago a Julieta que até procurou a sociedade empresária para receber alguma 
importância, sem sucesso. Tentou ainda receber documentos de um seguro de vida que a sociedade empresária deveria 
fazer, mas foi comunicada que ela passava por dificuldades financeiras desde a pandemia e, por isso, não contratou o 
seguro. Além disso, Julieta não conseguiu se habilitar para receber a pensão por morte do INSS, em razão da ausência de 
oficialização do contrato de trabalho na CTPS e, consequentemente, do recolhimento da contribuição previdenciária. 
Julieta explica que teve de pegar dinheiro emprestado com familiares para pagar o enterro (total de R$ 1.000,00 (mil 
reais)) e agora está em franco desespero porque, com o falecimento de seu esposo, começou a passar dificuldades 
financeiras, uma vez que sempre foi dona de casa, tem 62 anos de idade, e todos os gastos eram arcados pelo falecido. 
Julieta lhe entregou os seguintes documentos: a certidão de óbito, na qual consta como declarante Julieta e que 
o falecido não deixou filhos; a cópia integral do inquérito policial, no qual a conclusão da autoridade policial é de que a 
sociedade empresária empilhou inadequadamente material pesado que tombou e vitimou Romeu, encontrado pelos 
bombeiros sem vida embaixo do entulho e vestindo o uniforme com o logotipo da sociedade empresária Distribuidora 
Capuleto Ltda.; o extrato bancário da conta do falecido dos últimos 12 meses, no qual consta, no dia 5 de todos os meses, 
transferência bancária correspondente a 2 salários mínimos feita pela Distribuidora Capuleto Ltda.; o recibo de R$ 
1.000,00 (mil reais) relativo aos gastos com caixão, flores e missa em uma funerária local; a convenção coletiva da 
categoria do falecido, vigente de março de 2023 a fevereiro de 2025, na qual consta, na cláusula 37, a obrigação dos 
empregadores contratarem, às custas deles, seguro de vida e acidentes pessoais para seus empregados com prêmio de, 
no mínimo, R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) em caso de morte e R$ 10.000,00 (dez mil reais) em caso de invalidez 
permanente; o termo de inventariante judicial assumido por Julieta no inventário aberto para adjudicação de um 
automóvel do ano 2012, único bem deixado pelo falecido, cujo valor estimado é de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais). 
Considerando que Julieta procurou você, como advogado(a), para pleitear os direitos lesados, informando que se 
encontra em precária situação financeira, elabore a peça processual pertinente. 
 
 
 
AULAS 3 E 4: AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. EXERCÍCIOS 5 E 6 
 
 
1. COMPETÊNCIA: 
 
Deverá ser ajuizada no local da prestação de serviços (Art. 651, CLT). 
 
2. HIPÓTESES DE CABIMENTO: 
 
As hipóteses mais comuns no âmbito trabalhista são: 
 
a) a recusa por parte do empregado em receber as verbas rescisórias; 
b) a recusa por parte do empregado em receber outras verbas trabalhistas, como, por exemplo, comissões que o 
empregador entende que lhe são devidas; 
c) a dúvida sobre quem deva receber as verbas trabalhistas em caso, por exemplo, de morte do empregado; 
d) a recusa por parte do empregador em receber as ferramentas de trabalho. 
 
Deverá figurar no polo passivo o credor ou potenciais credores. O espólio será representado pelo inventariante. 
 
Na petição inicial, o autor deve formular os seguintes pedidos: 
 
a) o deferimento do depósito da quantia ou coisa devida, no prazo de 5 dias (Art. 542, I, CPC) 
b) a citação do réu para comparecer à audiência e levantar o depósito com efeito de quitação ou oferecer resposta (Art. 
542, II, CPC) 
c) a declaração da extinção da obrigação 
d) a condenação do réu nas custas e honorários advocatícios 
 
Ressalta-se que a não realização do depósito no prazo previsto no Art. 542, I, CPC leva a extinção do processo sem 
resolução de mérito. 
 
A ação de consignação em pagamento possui rito próprio, não se observando os ritos processuais das ações 
trabalhistas. 
 
O valor da causa será aquele a ser consignado. 
 
Deferido o depósito, o consignatário será notificado para levantar o valor ou oferecer defesa em audiência. 
 
Caso concorde com o valor e/ou coisa depositados, este será liberado a seu favor, sendo considerada extinta a 
obrigação do consignante. 
 
 
 
 
 
 
3. ESTRUTURA DA PEÇA 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE _________. 
 
NOME DO CONSIGNANTE, qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, 
através de seu advogado ao final assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço completo, onde 
recebe intimações e notificações, com fulcro no Art. 539, CPC, PROPOR AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em face 
de NOME DO CONSIGNATÁRIO, qualificação e endereço completos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
I. DOS FATOS 
 
O consignante deverá narrar os fatos, relatando, por exemplo: 
 
a) a recusa por parte do empregado em receber as verbas rescisórias; 
b) a recusa por parte do empregado em receber outras verbas trabalhistas, como, por exemplo, comissões que o 
empregador entende que lhe são devidas; 
c) a dúvida sobre quem deva receber as verbas trabalhistas em caso, por exemplo, de morte do empregado; 
d) a recusa por parte do empregador em receber as ferramentas de trabalho. 
 
II. DO MÉRITO 
 
O consignante deverá afirmar qual a obrigação cujo valor pretende depositar com efeito de quitação e especificar, 
de forma líquida e certa, cada parcela consignada. 
 
O autor pode, por exemplo, afirmar que diante da morte do empregado deve pagar aos seus sucessores as verbas 
rescisórias, entretanto, tem dúvida quanto à pessoa que deve receber os valores, por isso, pede pelo depósito com efeito 
de quitação da obrigação. 
 
Deve esclarecer a que corresponde o valor total e indicar os valores de cada uma das parcelas. 
 
Exemplo: 
 
Em razão da extinção do contrato de trabalho sem justa causa são devidas ao consignatário as seguintes verbas, 
no importe de R$ _____, as quais pretende-se depositar com o objetivo de que seja declarada extinta a obrigação: 
 
a) saldo de salário (11 dias)................................................................R$ ______ 
b) aviso prévio (36 dias)......................................................................R$ ______ 
c) 13º salário proporcional (8/12)......................................................R$ ______ 
d) férias proporcionais (3/12) + 1/3...................................................R$ ______ 
e) multa de 40% FGTS.........................................................................R$ ______ 
f) multa do Art. 477, § 8º, CLT............................................................R$ ______ 
Total devido ....................................................................................... R$ ______ 
 
Requer, ainda, o deposito do telefone celular. 
 
III. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer: 
 
a) o deferimento do depósito da quantia de R$ ____ no prazo de 5 dias (art. 542, I, CPC) e, se for o caso, a entrega da 
coisa devida; 
b) a notificação do consignatário para comparecer a audiência e levantar o depósito com efeito de quitação ou oferecer 
respostas, sob pena de revelia e declaração da extinção da obrigação (art. 542, II, CPC); 
c) a produção de todos os meios de provas em direito admitidos, em especial a prova documental; 
d) por fim, caso o valor não seja levantado em audiência, a procedência do pedido com declaração de extinção da 
obrigação e condenação do consignatário em custas e honorários advocatícios, no importe de 15%, nos termos do art. 
791-A, CLT. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ______. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EXERCÍCIO 5: ENUNCIADO 
 
A sociedade empresária Ômega S.A., estabelecida em Campinas, dedica-se à construção civil. Ela contratou o 
empregado João da Silva, em 05/01/2018, para exercer a função de pedreiro. Contudo, diante da necessidade de redução 
do seu quadro de pessoal,concedeu-lhe aviso prévio, em 10/10/2018, na forma indenizada. 
João ficou muito triste com a situação e ainda tentou apelar junto à direção da sociedade empresária para que 
não fosse dispensado, pois tinha esposa e dois filhos menores para criar. Porém, não só motivado pela crise, mas também 
porque o trabalho de João não se mostrava de boa qualidade, a sociedade empresária manteve a extinção, tal qual havia 
manifestado originalmente. 
Foi marcado, então, o dia 15/10/2018 para o pagamento das verbas rescisórias devidas e a entrega dos 
documentos hábeis para o requerimento de outros direitos, no próprio local de trabalho, oportunidade na qual o 
trabalhador faria, também, a retirada dos seus pertences pessoais. 
Ocorre que, nesse dia, a sociedade empresária não tinha em caixa o dinheiro suficiente para realizar a quitação 
do valor devido e, por isso, pediu desculpas a João, anotou a dispensa na sua CTPS e solicitou que ele retornasse 60 dias 
após, para que fossem feitos o pagamento e a retirada dos pertences. 
No dia marcado, João não compareceu. A sociedade empresária tentou contato telefônico e foram enviados dois 
telegramas para o endereço informado por ele na ficha de registro de empregados, mas tudo em vão. Até mesmo os ex-
colegas de trabalho enviaram mensagens para o Facebook de João, na tentativa de fazê-lo ir à sociedade empresária para 
o acerto de contas, mas igualmente não houve sucesso. Sabe-se, contudo, que João continua desempregado. 
No vestiário da sociedade empresária, no armário anteriormente usado por João, foram encontradas algumas 
fotografias dele com a esposa e uma camisa do seu time de futebol. 
Diante disso, a sociedade empresária procura você para, na condição de advogado(a), adotar as medidas judiciais 
cabíveis para a espécie. Observando o tempo já decorrido, elabore a peça necessária à defesa dos interesses da sociedade 
empresária, considerando todos os direitos previstos na legislação trabalhista. 
 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A 
simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. Nos casos em que a lei exigir liquidação de 
valores, não será necessário que o examinando a apresente, admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou 
contratado especificamente para tal fim. 
 
 
EXERCÍCIO 5: CORREÇÃO 
 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS/SP. 
 
 
ÔMEGA S/A, qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através de seu 
advogado ao final assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço completo, onde recebe 
intimações e notificações, com fulcro no Art. 539, CPC, PROPOR AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em face de 
JOÃO DA SILVA, qualificação e endereço completos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostos. 
 
 
 
I. DOS FATOS 
 
O consignatário foi contratado pela sociedade Ômega S/A, em 05/01/2018, para exercer a função de pedreiro, em 
Campinas/SP, sendo dispensado sem justa causa em 10/10/2018, mediante aviso prévio indenizado. Em seu armário 
foram encontradas algumas fotografias e uma camisa de seu time de futebol. Foi marcado o dia 15/10/2018 para 
pagamento das verbas rescisórias devidas, no próprio local de trabalho, oportunidade na qual o trabalhador faria também 
a retirada de seus pertences pessoais. 
Ocorre que, nesse dia, a empresa não tinha em caixa o dinheiro suficiente para realizar a quitação do valor devido 
e, por isso, pediu desculpas a João, anotou a dispensa na sua CTPS e solicitou que o mesmo retornasse após 60 dias para 
que fossem feitos o pagamento e a retirada de seus pertences. 
Contudo, João não compareceu. 
A empresa tem o intuito de pagar as verbas devidas ao consignatário, razão pela qual propôs a presente ação. 
 
II. DO MÉRITO 
 
Em razão da extinção do contrato de trabalho sem justa causa são devidas ao consignatário as seguintes verbas, 
no importe de R$ _____, as quais pretende-se depositar com o objetivo de que seja declarada extinta a obrigação: 
 
a) saldo de salário (10 dias)...............................................................R$ ______ 
b) aviso prévio (30 dias).....................................................................R$ ______ 
c) 13º salário proporcional (10/12)...................................................R$ _____ 
d) férias proporcionais (10/12) + 1/3................................................R$ _____ 
e) multa de 40% FGTS.......................................................................R$ ______ 
f) multa do Art. 477, § 8º, CLT..........................................................R$ ______ 
Total devido ..................................................................................... R$ ______ 
 
Requer a consignante o depósito das verbas, das fotografias e da camisa, bem como a entrega das guias para o 
saque do FGTS e a percepção do seguro-desemprego, visando à extinção da obrigação, nos termos do Art. 546, CPC. 
 
III. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer: 
 
a) o deferimento do depósito da quantia devida, bem como das fotografias e da camisa, no prazo de 5 dias. 
b) a notificação do consignatário para comparecer à audiência e levantar os valores, as fotografias e a camisa, com 
efeito de quitação ou oferecer resposta, sob pena de revelia e declaração da extinção da obrigação. 
c) a produção de todos os meios de provas em direito admitidos, em especial a prova documental; 
d) a procedência do pedido com declaração de extinção da obrigação e condenação do consignatário em custas e 
honorários advocatícios, no importe de 15%, nos termos do art. 791-A, CLT. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ______. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado. 
OAB n.º 
 
 
EXERCÍCIO 6: ENUNCIADO 
 
Chucky foi admitido em 13/09/2019, pela empresa Bonecos Macabros Ltda., localizada em Salvador/BA, para 
exercer a função de criador de bonecos especiais. A jornada de trabalho contratada foi de 08 (oito) horas diárias, de 
segunda a sexta-feira, e de 04 (quatro) horas, aos sábados. Durante o contrato de trabalho, devidamente registrado em 
sua CTPS, recebeu regularmente seu salário, houve o correto recolhimento de seu FGTS e de suas contribuições 
previdenciárias e recebeu corretamente o 13º salário de todos os anos, até agora. 
Chucky sempre foi um bom colaborador, relacionava-se bem com todos os colegas e criava bonecos tão perfeitos 
que pareciam verdadeiros seres humanos, mas, nos últimos meses, começou a agir de maneira estranha, alegando que 
vinha sendo atormentado por um boneco fantasma, que arremessava objetos contra ele, congelava seu quarto – quando 
não a sua casa –, e fazia poças de água em seu caminho para que escorregasse. Chucky passou a chegar ao trabalho com 
olhos esbugalhados, hematomas pelo corpo e aparência assustadora, apavorando, inclusive, os demais empregados. 
No dia 30/10/2021, Chucky iniciou sua jornada de trabalho normalmente. Mas, ao cair da tarde, como em um 
passe de mágica, apareceu totalmente congelado, envolto por um grande bloco de gelo, nas dependências da empresa, 
vindo a falecer, no próprio local, em razão do ocorrido. Ninguém compreende como tamanho bloco de gelo pôde 
aparecer ali, com Chucky em seu interior. Todos na empresa já sabiam dos casos que Chucky contava e não só ficaram 
muito tristes com sua morte, mas também apavorados com a situação. 
Diante do falecimento de Chucky, no mesmo dia, a empresa procurou um serviço de caça-fantasmas e, em 
seguida, entrou em contato com seu escritório solicitando seus serviços advocatícios, informando que, para não correr o 
risco do fantasma continuar na empresa, assombrando os demais colaboradores, gostaria de efetuar rapidamente o 
regular pagamento dos direitos do falecido Chucky, embora não soubesse qual o procedimento deveria adotar. A 
empresa prontamente lhe forneceu a procuração e informou, ainda, que o empregado gostavatanto de criar bonecos 
que nunca quis gozar suas merecidas férias; que era casado com Silvana (sua inventariante) e não tinha filhos, estando 
seus pais já falecidos em condições também estranhas. 
Assim, elabore a peça processual cabível ao caso concreto, que você, como advogado(a) da reclamada, proporia 
em juízo. 
Nos casos em que a lei exigir liquidacã̧o de valores, não será necessário que o examinando a apresente, admitindo-
se que o escritório possui setor próprio ou contratado especificamente para tal fim. 
 
 
AULAS 5 A 8: CONTESTAÇÃO. EXERCÍCIOS 7 A 10. 
 
1. ESTRUTURA PADRÃO 
 
1.1. ENDEREÇAMENTO/NÚMERO DO PROCESSO: dados fornecidos pelo enunciado 
1.2. PREÂMBULO: qualificação das partes, indicação do Art. 847, CLT e nome da peça 
1.3. PRELIMINAR DE MÉRITO: analisar se existem vícios de natureza processual conforme Art. 337, CPC e requerer a 
extinção do processo sem resolução de mérito, nos termos do Art. 485, CPC. 
1.4. PREJUDICIAL DE MÉRITO: analisar a aplicação da prescrição bienal e quinquenal e requerer a extinção do processo 
com resolução de mérito, nos termos do Art. 487, CPC. 
1.5. MÉRITO: narrar o fato (pedido do reclamante); demonstrar porque o pedido é improcedente e fundamentar na lei; 
requerer a improcedência do pedido do reclamante (3 parágrafos) 
1.6. RECONVENÇÃO (SE HOUVER PEDIDO DA RECLAMADA EM FACE DO RECLAMANTE) 
1.7. REQUERIMENTOS FINAIS: requerer a produção de PROVAS, o ACOLHIMENTO da preliminar e da prejudicial de mérito 
(se houver) e a IMPROCEDÊNCIA dos pedidos. 
 
2. MODELO 
 
2.1. ENDEREÇAMENTO 
 
EXEMPLO: 
 
 
AO DOUTO JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE SERTÃOZINHO. 
 
PROCESSO N.º: 
 
2.2. PREÂMBULO: QUALIFICAÇÃO DAS PARTES, INDICAÇÃO DO ART. 847, CLT E NOME DA PEÇA 
 
NOME DO RECLAMADO, qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, 
por meio de seu advogado ao final assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço completo, onde 
recebe intimações e notificações, com fulcro no Art. 847 da CLT, oferecer CONTESTAÇÃO à Reclamatória Trabalhista que 
lhe move NOME DO RECLAMANTE, já qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
2.3. PRELIMINAR DE MÉRITO: 
 
2.3.1. Conceito, hipóteses e fundamentação legal 
 
As preliminares de mérito são defesas contra o processo ou contra a ação e se acolhidas, conduzem à 
extinção do processo SEM resolução do mérito. Por isso, devemos buscar o fundamento do pedido no Art. 485, CPC. 
 
As hipóteses de preliminar de mérito encontram-se no Art. 337, CPC: 
 
A) Inexistência ou nulidade da citação: a citação deve ocorrer em até 5 dias antes da audiência (Art. 841, CLT e Súmula 
16, TST) 
 
B) Incompetência absoluta: trata-se de incompetência em razão da matéria (Art. 114, CF/88) 
 
Obs.: os temas mais cobrados na prova são a execução das contribuições previdenciárias que não foram recolhidas no 
curso do contrato de trabalho (Art. 876, § único, CLT; SV 53, STF e Súmula 368, I, TST) e as questões de natureza criminal, 
como, por exemplo, a prevista no Art. 49, CLT. 
 
C) Incorreção do valor da causa 
 
D) Inépcia da petição inicial (Art. 330, CPC ou Art. 840, § 1º e 3º, CLT) 
 
E) Perempção (Arts. 731 e 732, CLT) 
 
F) Litispendência: quando se repete ação que está em curso, com as mesmas partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido. 
 
G) Coisa julgada: quando se repete em uma ação os mesmos pedidos já decididos por sentença de mérito. 
 
H) Conexão: quando uma ação tem o mesmo objeto ou a mesma causa de pedir. A conexão é um instrumento de 
unificação de processos que guardam, entre, si algum vínculo. (Art. 55, CPC) 
 
I) Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização 
 
J) Convenção ou arbitragem 
 
K) Ausência de legitimidade ou interesse processual 
 
L) Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar 
 
M) Indevida concessão do benefício da gratuidade de justiça 
 
 
EXEMPLOS: 
 
Inépcia da petição inicial 
 
Consta na inicial o pedido de condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, sem, 
contudo, constar qualquer indicação de causa de pedir. 
De acordo com o Art. 330, § 1º, CPC, a petição inicial será inepta quando lhe faltar o pedido ou a causa de pedir. 
Quanto ao pedido de indenização por danos morais, a petição inicial apresenta apenas o pedido, estando ausente a causa 
de pedir, sendo, portanto, inepta. 
Esclarece-se que a inépcia da petição inicial é matéria que deve ser tratada em preliminar de contestação, nos 
termos do Art. 337, IV, CPC. 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos dos Arts. 485, I e 330, § 
1º, I, CPC, quanto ao pedido de indenização por danos morais. 
 
 
Incompetência da Justiça do Trabalho 
 
A reclamante alega que a reclamada não efetuou o recolhimento do INSS nos anos de 2018 e 2019, requerendo, 
pois, que a empresa fosse condenada a regularizar a situação. 
Nos termos do Art. 876, § único, CLT, Súmula 368, I, TST e Súmula Vinculante 53, STF, a Justiça do Trabalho é 
incompetente para executar contribuições previdenciárias incidentes sobre os salários pagos durante o contrato de 
trabalho. 
Esclarece-se que a incompetência da Justiça do Trabalho é matéria que deve ser tratada em preliminar de 
contestação, nos termos do Art. 337, II, CPC. 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do Art. 485, IV, CPC, 
quanto ao pedido de recolhimento do INSS. 
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar, requer a análise dos itens seguintes. 
 
2.3.2. Como identificar uma preliminar de mérito? 
 
1. Ao fazer a primeira leitura, marque os problemas relacionados ao processo, como aquilo que lhe parece ser caso de 
incompetência, falta de pedido ou causa de pedir, coisa julgada, etc. 
 
2. Verifique se eles se enquadram em alguma das hipóteses do Art. 337, CPC. Caso afirmativo, há uma preliminar a ser 
arguida. Redija o fato e o fundamento. 
 
3. Faça o pedido de extinção do processo sem resolução de mérito, nos termos do Art. 485, CPC. 
 
2.4. PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
A prejudicial de mérito argüida na contestação é destinada ao apontamento da prescrição (bienal, qüinqüenal) 
O pedido será sempre de extinção do processo COM resolução do mérito, nos termos do Art. 487, II, CPC, quanto 
a todos os pedidos ou a apenas uma parte deles. 
 
EXEMPLOS: 
 
Prescrição Bienal 
 
O reclamante postulou o pagamento das verbas rescisórias oriundas do contrato de trabalho extinto no dia 
02/09/2013, em reclamação ajuizada no dia 02/12/2015. 
De acordo com os Arts. 7º, XXIX, CF/88 e Art. 11, CLT e a Súmula 308, I, TST, opera-se a prescrição bienal quando 
o ajuizamento da reclamatória trabalhista se der após o prazo de 2 anos, contados do término do contrato de trabalho. 
No caso, a ação ultrapassou o limite legal, estando, portanto, prescrita. 
Diante do exposto, requer a extinção do processo com resolução do mérito, nos termos do Art. 487, II, CPC. 
 
Prescrição Quinquenal 
 
O reclamante ajuizou a reclamatória trabalhista em 07/08/2019, postulando verbas que retroagem ao início do 
contrato de trabalho, em 07/08/2011. 
De acordo com os Arts. 7º, XXIX, CF/88 e Art. 11, CLT, as verbas trabalhistas prescrevem em 5 anos, contados da 
data de ajuizamento da ação, nos termos da Súmula 308, I, TST. 
Diante do exposto, requer a extinção do processo com resolução do mérito, nos termos dos Art. 487, II, CPC, 
quanto às verbas postuladas anteriores aos últimos 5 anos, contados do ajuizamento da ação, isto é, anteriores a 
07/08/2014. 
 
2.5. MÉRITO: contestar todos os pedidos formulados pelo autor 
 
EXEMPLO: 
 
O reclamante postulou o pagamento do adicional de transferência de 25%, muito embora sua transferência 
tenha sido definitiva. 
Não assiste razão ao reclamante, pois, nos termos do Art. 469, § 3º, CLT, o adicional é devido apenas quando a 
transferência for provisória, o que não é o caso do reclamante, uma vez queo mesmo fixou residência na cidade de São 
Paulo. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido do reclamante. 
 
2.6. RECONVENÇÃO 
 
A reconvenção é uma pretensão do réu contra o autor, proposta no mesmo feito em que está sendo demandado. 
Será proposta na contestação, com base no Art. 343, CPC. 
 
A reconvenção, feita dentro da contestação, deverá conter a seguinte estrutura: 
 
1. Requisitos da reconvenção: destacar o cabimento da reconvenção (legitimidade e conexão); 
2. Fato, fundamento e pedido; 
3. Valor do pedido. 
 
EXEMPLO: 
 
1. Requisitos da Reconvenção 
 
Encontram-se presentes os requisitos da reconvenção previstos no Art. 343, CPC, a saber: a legitimidade ativa e 
passiva e a conexão. Observe-se: 
A presente reconvenção versa sobre pretensão do reclamado em face do reclamante, verificando-se presente a 
legitimidade ativa e passiva, uma vez que de acordo com o referido artigo, é lícito ao réu propor reconvenção para 
manifestar pretensão própria. 
A conexão também está presente, uma vez que o empregado foi dispensado por justa causa por ato de improbidade 
e o reclamado busca o ressarcimento dos valores desviados na empresa pelo empregado no curso da relação contratual. 
 
2. Pedido Reconvencional – Dano Material 
 
No curso do contrato de trabalho, o reclamante-reconvindo desviou da empresa (reclamada-reconvinte) para sua 
conta pessoal o valor de R$ 1.000.000,00. 
Encontram-se presentes os requisitos da responsabilidade civil, previstos nos Arts. 186 e 927, CC, ou seja, a culpa, 
o dano e o nexo. 
A culpa verifica-se pelo ato de improbidade realizado pelo empregado, o qual, inclusive, autoriza sua dispensa por 
justa causa, conforme Art. 482, a, CLT. 
O dano foi de R$ 1.000.000,00 em cheques de clientes pertencentes à empresa que, ao longo do contrato de 
trabalho, foram depositados indevidamente na conta do reclamante-reconvindo. 
O nexo está presente na medida em que o dano decorreu do ato ilícito praticado pelo empregado. 
Diante do exposto, requer a condenação do reclamante-reconvindo ao pagamento de indenização por danos 
materiais, no importe de R$ 1.000.000,00 e honorários advocatícios sucumbenciais de 15% nos termos do Art. 791-A, § 
5º, CLT. 
Valor do pedido: R$ 1.000.000,00 
 
2.7. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
EXEMPLO: 
 
Diante do exposto, requer a produção de todos os meios de PROVA em direito admitidos, em especial, o 
depoimento pessoal do reclamante, sob pena de confissão. 
Requer o ACOLHIMENTO da preliminar de mérito, sucessivamente, o ACOLHIMENTO da prejudicial de mérito e, 
sucessivamente, no mérito, a IMPROCEDÊNCIA dos pedidos formulados pelo autor, condenando-o ao pagamento das 
custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do Art. 791-A, CLT. 
 
Obs.: Na hipótese de existir uma reconvenção, incluir nos requerimentos finais o seguinte parágrafo: 
 
Por fim, requer o deferimento da pretensão reconvencional, com a condenação do reclamante-reconvindo ao 
pagamento de indenização por danos materiais, no importe de R$ 1.000.000,00, com juros e correção monetária, bem 
como sua condenação ao pagamento de honorários advocatícios de 15% nos termos do Art. 791-A, § 5º, CLT. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
EXERCÍCIO 7: ENUNCIADO 
 
Érica Grama Verde trabalhou para a sociedade empresária Auditoria Pente Fino S.A. de 29/09/2011 a 07/01/2020, 
exercendo, desde a admissão, a função de gerente do setor de auditoria de médias empresas. Na condição de gerente, 
Érica comandava 25 auditores, designando suas atividades junto aos clientes do empregador, bem como fiscalizando e 
validando as auditorias por eles realizadas. Érica recebia salário mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), acrescido de 
gratificação de função de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
Érica pediu demissão, em 07/01/2020, e ajuizou reclamação trabalhista em 30/01/2020, na qual postulou o 
pagamento de horas extras, alegando que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 8h às 20h, com intervalo de 1 hora 
para refeição, sendo que não marcava folha de ponto. 
Érica requereu o pagamento da indenização de 40% sobre o FGTS, que não foi depositada na sua conta vinculada, 
conforme extrato analítico do FGTS, que juntou com a inicial. Ela afirmou, ainda, que a empresa não efetuou o 
recolhimento do INSS nos anos de 2018 e 2019, fazendo comprovação disso por meio do seu Cadastro Nacional de 
Informações Sociais (CNIS), juntado com a petição inicial, no qual se constata que, nos anos citados, não houve 
recolhimento previdenciário, pelo que requereu que a empresa fosse condenada a regularizar a situação. 
Érica explicou e comprovou com os contracheques que, a partir de 2018, passou a receber prêmios em pecúnia, 
em valores variados, pelo que requereu a integração do valor desses prêmios à sua remuneração, com reflexos nas 
demais verbas salariais e rescisórias, inclusive FGTS, e o pagamento das diferenças daí decorrentes. 
Érica informou que, desde o início de seu contrato, realizava as mesmas atividades que Silvana Céu Azul, outra 
gerente do setor de auditoria de médias empresas, admitida na Auditoria Pente Fino S.A. em 15/01/2009, já na função de 
gerente, mas que ganhava salário 10% superior ao da reclamante, conforme contracheques que foram juntados com a 
petição inicial e evidenciam o salário superior da modelo. 
Uma vez que as atividades de Érica eram desenvolvidas em prédio da sociedade empresária localizado ao lado de 
uma comunidade muito violenta, tendo a empregada ouvido diversas vezes disparos de arma de fogo e assistido, da janela 
de sua sala de trabalho, a várias operações policiais que combatiam o tráfico de drogas no local, requereu o pagamento 
de adicional de periculosidade. 
Por fim, Érica requereu o pagamento de honorários advocatícios de 20% sobre o valor da condenação, conforme 
o Art. 85, § 2º, do CPC. 
Diante da situação, você, como advogado(a) da sociedade empresária, deve elaborar a peça processual adequada 
à defesa dos interesses de seu cliente, sabendo que a demanda foi proposta perante a 200ª Vara do Trabalho de São Paulo 
sob o número 0101010-50.2020.5.02.0200. 
 
 
EXERCÍCIO 7: CORREÇÃO 
 
AO DOUTO JUÍZO DA 200ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP. 
 
PROCESSO N.º: 0101010-50.2020.5.02.0200 
 
 
AUDITORIA PENTE FINO S/A, qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, 
por meio de seu advogado ao final assinado (procuração anexa), com escritório profissional no ENDEREÇO COMPLETO, 
onde recebe intimações e notificações, com fulcro do Art. 847 da CLT, oferecer CONTESTAÇÃO à Reclamatória Trabalhista 
que lhe move ÉRICA GRAMA VERDE, já qualificada nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir 
expostas. 
I. PRELIMINAR DE MÉRITO 
 
1. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO – CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS 
 
A reclamante alega que a reclamada não efetuou o recolhimento do INSS nos anos de 2018 e 2019, requerendo, 
pois, que a empresa fosse condenada a regularizar a situação. 
Nos termos do Art. 114, VIII, CF/88, Art. 876, § único, CLT, Súmula 368, I, TST e Súmula Vinculante 53, STF, a Justiça 
do Trabalho é incompetente para executar contribuições previdenciárias incidentes sobre os salários pagos durante o 
contrato de trabalho. 
Esclarece-se que a incompetência da Justiça do Trabalho é matéria que deve ser tratada em preliminar de 
contestação, nos termos do Art. 337, II, CPC. 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do Art. 485, IV, CPC, 
quanto ao pedido de recolhimento do INSS. 
 
2. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL 
 
A reclamante alega que, desde o início de seu contrato, realizava as mesmas atividades que Silvana Céu Azul, outra 
gerente do setor de auditoria de médias empresas, admitida na Auditoria Pente Fino S.A. em 15/01/2009, já na função 
de gerente, mas que ganhava salário 10% superior ao da reclamante. Entretanto, não formula qualquer pedido em 
relação ao fato. 
Nos termosdo Art. 330, § 1º, I, CPC, a petição inicial é inepta quando lhe faltar o pedido. 
Esclarece-se que a inépcia da petição inicial é matéria que deve ser tratada em preliminar de contestação, nos 
termos do Art. 337, IV, CPC. 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos dos Arts. 485, I e 330, § 
1º, I, CPC, quanto à equiparação salarial. 
 
II. PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
1. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 
 
A reclamante ajuizou a reclamação trabalhista em 30/01/2020, postulando verbas que retroagem ao início do 
contrato de trabalho, em 29/09/2011. 
De acordo com os Arts. 7º, XXIX, CF/88 e Art. 11, CLT, as verbas trabalhistas prescrevem em 5 anos, contados da 
data de ajuizamento da ação, com base na Súmula 308, I, TST. 
Diante do exposto, requer a extinção do processo com resolução do mérito, nos termos do Art. 487, II, CPC, quanto 
às verbas postuladas anteriores aos últimos 5 anos, contados do ajuizamento da ação, isto é, anteriores a 30/01/2015. 
 
III. DO MÉRITO 
 
1. DAS HORAS EXTRAS 
 
A reclamante postulou o pagamento de horas extras, alegando que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 8h 
às 20h, com intervalo de 1 hora para refeição, sendo que não marcava folha de ponto. 
Não assiste razão à reclamante, pois, a reclamante era gerente, ocupando cargo de confiança, tendo efetivamente 
poder de gestão, comandando 25 auditores, designando suas atividades junto aos clientes do empregador, bem como 
fiscalizando e validando as auditorias por eles realizadas. Além disso recebia salário diferenciado, com gratificação de 
função superior a 40%. Assim, a reclamante não possui controle de jornada e, consequentemente, não tem direito ao 
pagamento de horas extras, nos termos do Art. 62, II, CLT. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido da reclamante. 
 
2. DA MULTA DE 40% DO FGTS 
 
A reclamante postulou o pagamento da indenização de 40% sobre o FGTS, alegando que não foi depositada na 
sua conta vinculada. 
Não assiste razão à reclamante, pois, nos termos do Art. 18, § 1º, Lei 8036/90, apenas na hipótese de dispensa 
sem justa causa, o empregador é obrigado a depositar a multa de 40% do FGTS e, no caso em questão, foi a reclamante 
quem pediu demissão. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido da reclamante. 
 
3. DOS PRÊMIOS 
 
A reclamante postulou a integração à sua remuneração do valor dos prêmios recebidos a partir de 2018, com 
reflexos nas demais verbas salariais e rescisórias, inclusive FGTS, e o pagamento das diferenças daí decorrentes. 
Não assiste razão à reclamante, pois, nos termos do Art. 457, § 2º, CLT, os prêmios, ainda que habituais, não 
integram a remuneração, por ter natureza meramente indenizatória. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido da reclamante. 
 
4. DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
 
A reclamante alega que, desde o início de seu contrato, realizava as mesmas atividades que Silvana Céu Azul, outra 
gerente do setor de auditoria de médias empresas, admitida na empresa reclamada em 15/01/2009, já na função de 
gerente, mas que ganhava salário 10% superior ao seu. 
Não assiste razão à reclamante, pois, nos termos do Art. 461, § 1º, CLT, é indevida a equiparação salarial quando 
a diferença de tempo na função for superior a 2 anos, como ocorreu no presente caso, em que a paradigma foi admitida 
em 15/01/2009 e a reclamante, em 29/09/2011, ou seja, mais de 2 anos depois. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido da reclamante. 
 
5. DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
 
A reclamante postulou a condenação da reclamada ao pagamento do adicional de periculosidade, ao argumento 
de que trabalhava em prédio da sociedade empresária localizado ao lado de uma comunidade muito violenta, tendo 
ouvido diversas vezes disparos de arma de fogo e assistido, da janela de sua sala de trabalho, a várias operações policiais 
que combatiam o tráfico de drogas no local. 
Não assiste razão à reclamante, pois, nos termos do Art. 193, CLT, a situação retratada não autoriza o pagamento 
do adicional, ou seja, não existe previsão legal para tal fato. 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido da reclamante. 
 
6. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
A reclamante requereu o pagamento de honorários advocatícios de 20% sobre o valor da condenação. 
Não assiste razão à reclamante, pois, nos termos do Art. 791-A, CLT, caso sejam devidos, os honorários 
advocatícios devem limitar-se a 15%. 
Diante do exposto, requer que, se devidos, sejam os honorários arbitrados em no máximo 15%. 
 
IV. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, o 
depoimento pessoal do reclamante, sob pena de confissão. 
Requer o acolhimento da preliminar de mérito para extinguir o processo sem resolução de mérito quanto aos 
pedidos de pagamento das contribuições previdenciárias e das diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial, 
sucessivamente, o acolhimento da prejudicial de mérito para declarar a prescrição quinquenal e, sucessivamente, no 
mérito, a improcedência dos pedidos formulados pela autora, condenando-a ao pagamento das custas processuais e 
honorários advocatícios, nos termos do Art. 791-A, CLT. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB n.º 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 8: ENUNCIADO 
 
Ronaldo Lourenço, auxiliar de escritório, trabalhou nesta função para a sociedade empresária Inventários 
Empresariais Ltda., no período de 20/01/2018 a 08/03/2023. 
A ex-empregadora atualmente tem, na sua composição societária, dois sócios, Lúcio Gonçalves e Antônio 
Amarante, cada um com 50% das cotas, conforme modificação do contrato social averbada nos órgãos competentes, em 
30/01/2018. A modificação do contrato social deu-se em virtude da retirada da sociedade do sócio Jorge Machado, que 
alienou suas cotas para Antônio Amarante. 
Após ser dispensado Ronaldo Lourenço ingressou com reclamação trabalhista em face de Inventários 
Empresariais Ltda., Lúcio Gonçalves, Antônio Amarante e Jorge Machado, tendo juntado, com a petição inicial, os 
contratos sociais da sociedade empresária Inventários Empresariais Ltda. alegando receio de eventuais dificuldades em 
futura execução, já que o ramo de inventários comerciais passa por momento de dificuldades econômico financeiras, em 
razão das ferramentas tecnológicas disponíveis. 
A ação foi distribuída no dia 15/03/2023 para a 85ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro/RJ sob o número 0123- 
12.2022.5.01.0085. Na inicial Ronaldo Lourenço aduz que trabalhava de segunda a sexta-feira das 8h às 17h, quando 
trabalhava na sede da empresa. Porém, três vezes por semana, os inventários eram realizados em clientes de outros 
municípios. Nestes dias, Ronaldo apresentava-se às 8h na sede da empresa, horário em que saía um ônibus com vários 
funcionários para o destino final. O inventário era realizado em média das 10h às 14h, sendo certo que, às 17h, o ônibus 
já estava de volta à sede da empresa com os funcionários. Por conta destas situações, pretende adicional de transferência, 
em razão do trabalho em outros municípios. 
Ronaldo residia e reside em local distante da sede da empresa, razão pela qual necessitava de dois ônibus para 
chegar ao centro da cidade, onde estava localizada a sede da empresa. Assim sendo, por residir em local de difícil acesso, 
requer o pagamento de horas in itinere. 
O trabalho de Ronaldo consistia na coleta de dados, notadamente a quantidade de mercadorias, o que obtinha 
por informação pessoal e telefônica dos funcionários dos clientes. Munido dessas informações, Ronaldo lançava a 
quantidade em um programa específico, que comparava estes dados com os de anos anteriores. Por conta disso, aduziu 
que tinha, em parte da jornada, funções similares às de digitador, razão pela qual requereu intervalo de 10 minutos a 
cada 90 minutos trabalhados. 
Pelas mesmas razões Ronaldo pleiteia receber um plus salarial de 30%, alegando acúmulo de função de

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