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Resumo da aula anterior – Direito e sociedade
As praticas que se tinham acerca do direito na atualidade já não se tinha na idade média, porque o direito é mutável o tempo todo, pois o homem mudou suas concepções política, social, filosófica, daí começamos a perceber que não se tem como pensar o direito fora de toda realidade na qual ela esta inserida, e isso é tão importante que na idade média a grande influencia da igreja suscitou na criação de um direito canônico que não se contentou em mediar sobre a vida das pessoas da igreja transpassando das muralhas da igreja e começou a regulamentar a vida das pessoas fora da igreja. Percebemos, portanto que a idade media foi um período excelente para experimentarmos o que foi o pluralismo político que é a coexistência de múltiplas ordens jurídicas no mesmo tempo com legitimidades diferentes e que regulamentavam a vida das pessoas em sociedade.
Com esses processos pudemos perceber em compreender as coisas dentro do contexto e também pudemos analisar o primeiro ponto do programa, discutindo acerca das diversas ordens normativas como, por exemplo: o direito e a moral, vamos perceber que qualquer teoria que explique isso, tem que ser entendida no seu próprio contexto, pois tanto a teoria do mínimo ético quanto a teoria dos campos do direito amoral e imoral, não valem exatamente pra explicar a mistura que existiam nessas ordens, na antiguidade e na idade média.
Temos uma imensa dificuldade em definir o direito tendo em vista a pluralidade jurídica que é algo comum naquela época.
Ao ter essa pluralidade jurídica, diversidade, como achar a essência do direito? Foi o que vimos O problema ontológico do direito e pluralismo jurídico e dai encerramos o tópico direito e sociedade.
 Para entrar em modernidade agente inicialmente analisou bastante o que significou a idade moderna, e ai a gente viu que para entender o que significou a idade moderna a gente precisou compreender a idade média, pois para compreender a necessidade do absolutismo e da razão., a agonia que se tinha contra os elementos da fé, a realidade da ascensão da burguesia e enaltecimento dos seus valores, só compreendendo o que é que eles querem tanto se contrapor, o que eles querem tanto negar, por isso a idade media nos ajudou a entender o pluralismo como também nos ajudou a entender a própria modernidade tendo em vista essas contraposições entre antropocentrismo e teocentrismo, fé e razão, Deus e monarquia absolutista.
Pensamento jurídico moderno
É tão importante para se entender na nossa realidade.
Exemplo: em uma arvore, a modernidade estaria no ápice (na copa da arvore), o caule seria paraque daria a sustentação e esta mais aparente e evidente significa (o pensamento jurídico moderno) e as raízes que não so indicam à sustentabilidade, a vitalidade, mas sobretudo, a consciência da derivação historicista daquilo, ali seria a (antiguidade).
Se nos hoje ao lermos o corpus iuris civilis achamos institutos, os mesmo institutos que temos em nosso direito atual, é porque de alguma forma o estimulo derivativo daquilo ali existiu, agora, como foi, como se aprimorou, e as diferenças substanciais entre eles é que não podemos perder de vista, porque senão agente incorre num obstáculo de ficar considerando tudo do ponto de vista ideal e desconsiderar de fato a historia de cada um, exemplo: o instituto do casamento, do usucapião na antiguidade, não é igual ao da atualidade, embora o próprio direito romano já tenha disciplinado coisas como o casamento o regime de bens e de tantas outras coisas.
Então porque a modernidade é tão importante? Porque ela significa todo esse processo que dá sustentação ao que temos hoje, ou seja, nossa forma de organização política, social e a nossa forma jurídica, bebem diretamente dessa fonte chamada modernidade.
Dentro dessa pespectiva a gente entendeu que a modernidade se caracteriza em 4 coisas importantíssimas: o absolutismo da razão, o subjetivismo individualista, o antropocentrismo e a ascensão da burguesia e enaltecimento dos seus valores, isso tudo significou uma nova configuração política, social e jurídica, por exemplo : tivemos, com as monarquias absolutistas a primeira concepção do que é estado, seu funcionamento e a relação juridica entre o soberano e o súdito.
na ânsia de tentar compreender e explicar o que esta na base da formação do estado, na base da formação do direito e quais os direitos fundamentais a serem protegidos pelo estado, eu tenho uma gama de teóricos, que, mais á frente foram entendidos como teóricos jusnatutralistas, então agente, agora começa a afunilar o entedimento da modernidade para um campo estritamente jurídico, mas sabendo que essa dobradinha com o estado é fundamental, para o entendimento dos dois.
Vimos que a consequência disso tudo que vimos é a formação do estado moderno e do direito moderno e quem melhor dispôs a explicar foi um jusnaturalista chamado Hobbes, segundo Hobbes antes de se viver num estado de natureza civil, o homem vivia num estado de natureza e nesse estado de natureza os homens viviam em guerras efetivas (era chamado de todos contra todos) porque embora nesse estado de natureza os homens fossem livres e iguais, os homens não lidavam bem com isso, ou seja, eles aproveitavam isso para assumir uma realidade que era uma desigualdade firme e existente, havia igualdade porque não havia uma ordem constituida que se determinasse a submissao, entao, como não havia esse poder, então todos eram iguais, porém na pratica não existia essa igualdade, existia o mais forte e o mais fraco, e o mais forte submetia o mais fraco, ao invés de dar-lhe proteção. Era um estado que o homem era movido pelos seus instintos, suas paixões, seus medos, porque o homem tinha medo do outro homem, pois o outro podia domina-lo, tentar contra a sua vida. Era um estado defitivamente negativo, porque os homens viviam em guerras, mas, apesar disso o homem sempre foi dotado de razão, e ai, por serem todos iguais e livres, eles resolveram pactuar consensualmente entre eles, uma outra forma de viver que pudessem garantir coisas que eles não tinham no estado de natureza, e ai, eles resolveram viver num estado social, num estado civil, onde nesse estado, eles perdiam a liberdade que eles tinham no estado de natureza (liberdade plena) e eles passaram a viver limitado por uma ordem constituída pelo soberano através do direito, essa ordem tornava esses homens inferior ao soberano, liberdade era tolhida, e agora é o direito que diz onde você pode ou não ir, com isso, esses súditos transferiam direitos, sua liberdade, para esse soberano, para em troca eles terem uma vida concêntrica e ter a paz que o estado de natureza não tinha, então a sociedade civil era um estado extremamente positivo, ou seja, era contrario ao estado de natureza.
Esse consenso que esta na formação do estado moderno, é o que legitima o próprio estado, por isso Hobbes dizia, “o povo jamais pode se opor ao soberano” ate porque o soberano foi uma decisão do povo, então se o povo decidiu pelo soberano é melhor ele se submeter a qualquer tipo de ordem desse soberano, do que se opor a ele, pq se é ruim com ele, pior seria sem ele. (a ausência de um poder constituído, ou seja de um soberano, empurrava os homens de volta para o estado de natureza que era um estado negativo de guerra efetiva, onde imperava o medo e não a paz e a tranquilidade).
Isso significou o modelo explicativo da formação do estado moderno e do direito moderno, é isso que faz de Hobbes um dos teóricos contratualistas que tentaram explicar a formação do estado.
Hobbes, Locke e Rousseau, foram teóricos contratualistas que tentaram explicar a formação do estado a partir desse consenso, desse acordo por parte dos súditos.
Hobbes foi muito atacado, por ter sido um dos teóricos que legitimou as teorias absolutistas, foi muito importante e volta a ter muita importância, diante dessa ordem internacional, pois hoje vivemos um momento tenso, possibilidade de guerra, e isso, essa convivência, faz com que nos tentemos fortalecer essa ordem internacional,submeter a ela pra ver se ela consegue garantir a ausência de guerra.
Outros teóricos alem de Hobbes também pensaram e tentaram explicar a formação do estado e a formacao do direito moderno, estes eram de épocas diferentes de nacionalidades diferentes que nunca se conheceram, mas que compartilharam algo em comum que é essa formação do estado e a formação do direito, por isso que esses teóricos foram enquadrados numa escola que começa a nascer aqui na modernidade, chamada jusnaturalismo.
Escola jusnaturalismo
Essa escola nunca existiu de fato, esse nome foi dado pelos juspositivistas que esses sim se constituíram numa escola e para se diferenciar do pensamento anterior a eles, então denominaram aqueles teóricos que vinheram antes deles de jusnaturalistas.
O jusnaturalismo não foi uma escola constituída, mas acabou que muita gente foi dita jusnaturalista e isso porque? Porque os juspositivistas queriam se desvencilhar daquele tipo de produção que tinha a concepção que o direito era o verdadeiro direito natural e que esse direito natural era o grande objetivo de estudo do jurista, e como se estuda esse direito natural? Estudando a natureza, e a natureza humana, pois o direito natural esta escrita na natureza e cabe ao jurista investigar essa natureza extraindo dali essas concepções universais que valem pra sempre(não muda), por exemplo: a gravidade é uma lei natural e acomete a todos, a morte tambem é uma lei natural, pois esses fenômenos não podem ser impedidos, alem delas existem diversas leis naturais, essa era o papel de um jurista para o jusnaturalista.
O pensamento do jusnaturalista não nasce com a modernidade, ou seja, a sua concepção de que o verdadeiro direito esta escrito na natureza, ele de certa forma nos remete a própria antiguidade, ou seja, na antiguidade já se também se tinha essa noção de que o direito estava escrito na natureza e era importante conhecer isso para entender, o que diferencia sobretudo é o método investigativo e explicativo, na idade média também existiu o jusnaturalismo, por exemplo: são tomas de Aquino era um filosofo que vinha de orientação aristotélicas.
Na filosofia grega tem uns marcos importantes, Socrates por exemplo, divide a filosofia. 
Dois discípulos, determinaram grandes linhas filosóficas: o primeiro foi Platão que era discípulo de Sócrates e Aristóteles que era discípulo de Platão.
Platao tinha uma linha voltado para lógica da dualidade: mundo real e mundo das ideias
Aristóteles: foi um teórico que foi se carcterizando como um filosofo racionalista (racionalismo antigo)
Na idade média a igreja tinha santo Agostinho que era filosofo oficial, e este tinha concepções filosóficas atrelados a ideia platônica, e tomas de Aquino era um cara que tinha uma concepção atrelada a Aristóteles e por isso ele foi muito rejeitado no inicio, porque Aristóteles no inicio tinha muitos livros queimados pela igreja, pq se a fé tinha que ser a explicação de todas as coisas, então o que assombrava a igreja era justamente a razão, logo, como poderíamos explicar teses racionalistas? Mas , tomas de Aquino passou a ser aceito e se tornou o filosofo oficial da igreja, a sua grande proeza foi juntar coisas que aparentemente eram impossível de serem concebidas juntas que era a fé a a razão, e ai ele criou um modelo explicativo sobre as leis naturais atrelados a essa leis, ás leis divinas, ele dizia que enquanto a lei humana é completamente mutável, a lei divina é perene (ela existe sempre) e o homem precisava conhecer a lei divina através da natureza, e quem melhor iria compreender isso era quem estivesse em sintonia com os elementos da fé.
Então o jusnaturalismo que se estrutura um pouco na antiguidade, se restrutura um pouco na idade media e também na modernidade, mas cada um deles tinham um formato e uma concepção e isso os torna diferentes. Existem jusnaturalismos, antigo, medieval e moderno.
O jusnaturalismo medieval era a lógica de sempre perceber o direito atrelado aos elementos da fé.
Na antiguidade tem um episodio que carcteriza bem esse episodio Antígona, ela teve seu irmão morto e essas pessoas não tinham o direito de ser enterrado, e ela vai e enterra o irmão, ela vai ser julgada por isso, e ela diz “quem é que pode me proibir de interrar o meu irmão? Que É um direito que nasce comigo e que ninguém pode tolher, Quando ela faz essa afirmação, ela lança um grande paradigma, a diferença entre o direito pertecente a você pelo simples fato de você existir e o direito que o estado diz que é (certo ou errado), ou seja é a dicotomia, entre aquilo que parece ser obvio na natureza e aquilo que de certa forma, por atos de poder que se institucionalizam em leis que as vezes afrontam o que é seu por natureza. Como é que o estado pode ser permitir que se matem uma pessoa? que se trate duas pessoas de maneiras desiguias? Então, são questionamentos que fazemos invocando um direito que deveria estar acima de qualquer configuração política. Essa indagação de Antígona lança essa dicotomia que também evidencia o direito natural na antiguidade.
Para enterdermos melhor o jus naturalismo moderno, bobbio propõe uma espécie de comparação entre o significado do jusnaturalismo na antiguidade e na modernidade, e para isso ele toma dois modelos paradgmaticos que é o que melhor explica o jusnaturalismo antigo.
que m melhor explica a formação do estado e a concepção do direito (Aristóteles)
quem melhor explica o a titulo de modelo o jusnaturalismo moderno? Hobbes.
Modelo aristotélico e modelo hobesiano, com influência do próprio bobbio. O que é que explica o estado para Hobbes? No modelo do modelo hobesiano, nos temos o modelo de natureza se contrapondo ao estado civil, enquanto estado de natureza é não político (anárquico , não tem hierarquia) e segundo Hobbes não tem normas. Já a sociedade civil é produto de uma cultura e de certa forma é artificial. (é artificial na medida em que eu nego tudo que me constituiu no estado de natureza) para viver na sociedade e ter noção de civilidade precisamos reprimir desejos e paixões e conviver em com seus medos. então aquilo que é natural precisa ser tolhido para uma vida em sociedade civil, o grande pacto entre viver em sociedade civil é reprimir tudo isso e se pautar na razão, daí a artificialidade, as pessoas não são espontâneas.
O estado de natureza se tornou uma concepção ideológica de Hobbes para explicar uma realidade que se constituiu que foi as monarquias absolutistas e para discutir isso ele criou uma ideia para discutir, saber quem era o homem fora daquela condição de civilização e mostrar a importância dessa vida civilizada.
Esse modelo foi dicotimico, onde so tem dois momentos,o estado de natureza e o estado de sociedade civil, é também fechado e também é antitético(uma fase é extremamente contraria a outra) se o de natureza era negativo o estado civil era positivo.
O que explica a construção do estado é a razão, o estado também é fruto da razão, através da razão podemos explicar um acontecimento, foi a razão dos homens no estado de natureza que fez 	com que quisessem sair pra viver no estado civil (submeter-se a um soberano) entao é a razão que ta na base da formação do estado, esse estado concentra toda racionalidade e se exprime de maneira racional, pois a forma de expressão do estado é a lei que é extremamente racionail, pois vc pode conhecer e compreender.O estado age de maneira racional através das leis
Aristóteles no livro a política, tentou explicar a formação do estado (antiguidade), mas claro que o estado na antiguidade não tem nada haver com o estado moderno. Entao Aristóteles tentou explicar essa linha, um núcleo mínimo do homem que era a família e como isso chegou a forma mais desenvolvida de todas que ele chamou de sociedade perfeita que era a representação da poles grega (da cidade estado grega ou seja, a poles) Aristoteles diz que a poles, a cidade grega era a sociedade da época. (Aristóteles era do século 5 a.c) e Hobbes viveu no sec XVII, diferença temporal enorme, um esta na antiguidade e o outro na modernidade, e Aristótelesdiz que a cidade grega era a forma mais complexa de relação social que tinham, e procurava entender suas constituição, como se formou, e ele disse que era fruto da evolução da colunas mais primitivas ate chegar a época, onde tudo começa? Como no grupo familiar, os homens agregados naquele núcleo familiar vão se agrupando com outras pessoas ate formarem tribos e aquelas tribos vão desenvolvendo em cidades, então a formação do estado (a poles) surge da família , da tribo para a cidade. O que promove essa agregação? São as causas naturais, necessidade de proteção, ampliação do território, o aumento da população, necessidade de defesa, divisão do trabalho tudo isso são fatores naturais ate chegar na poles Grega, isso é a explicação de Aristóteles para a agregação, para a formação da cidade grega. !Quando Aristóteles criam essas hipóteses, ele não foi estudar as outras cidades, também não estudou todos os fatores a minúcias, Buscando na razão.
Enquanto que em Hobbes o sistema é dicotômico fechado, em Aristóteles era plural e aberto a uma continuidade. É plural, pois existem varias causas para explicar aquilo, e aberto porque o homem pode estar em qualquer momento nesse processo evolutivo e não somente em um canto ou em outro, então é uma evolução que vai explicar as coisas. Outra diferença é o subjetivismo individualista, ou seja, para Hobbes uma pessoa esta na base e que se agregou com outras para formar a sociedade, a base era de sujeitos livres e iguais, já para Aristóteles a base era o núcleo familiar, ele não podia conceber algo menor do que a familia, porque pra ele o homem é sujeito político e também social, o homem não nasce so, ele convive com alguém (coletividade).
Para Hobbes: os homem viviam igualmente, mas para Aristóteles tinham desigualdade, pois existia sempre um maior e outro menor exemplo: família, pai e filho por exemplo (essa ordem hierarquia é estável, Aristóteles disse que mas pra frente o homem sempre teria essa relação de hierarquia), de certa forma aristoteles esta certo, pois antes eram no feudalismo tínhamos o serviço do servo, na modernidade era o burguês e o proletário e hoje temos o rico e o pobre. 
É nos que damos legitimação ao estado, pois se o estado é desse ou daquele jeito eu concordei com isso para a própria existência dele. No modelo de Aristóteles a legitimação se da pelo estado de necessidade, pela natureza social do homem de se agregar e também o estado de necessidade de ampliação do território, de troca, de contato, de tudo isso.
Para entender o jusnaturalismo
- período do século 17 ao 18, formado por uma serie de teóricos que entendiam que o direito era o direito natural e o método de investigação deveria ser, descobrir o direito através da estudo da natureza e o método de explicação deveria ser o racional demonstrativo, se eu posso conhecer pela razão , eu posso explicar pela razão. Se a vida é um direito natural é porque precisa ser garantida pelo direito que foi criado pelo estado e este por sua vez foi criado pelo homem que espera uma retribuição, ou seja a paz social, entao não temos como pensar o direito fora do estado e o estado fora do direito. A própria concepção de estado de natureza, sociedade, estado de direito, essses elementos em interação explicam o que foi o jusnaturalismo e a importância disso no mundo e pensamento atual, entao é o desenrolar de tudo isso que se vai compreendendo.
Pequeno resumo da aula anterior
Não se pode entender o direito sem sua carga completa que efetivamente constrói a sua atuação na sociedade, entender o direito é entender a sociedade, as relações econômicas, as relações de poder, as relações estruturais que vão naturalmente florescer dentro do aspecto jurídico, ou seja, estudar o direito apartado disso é o mesmo que não compreender realmente.
Inicio da aula pensamento jurídico moderno
Direito religião e moral era a mesma coisa dentro daquela sociedade, ou seja, a pessoa que concentrava o poder familiar também concentrava o poder político, jurídico e o poder religioso sobre a família, eleito o poder dentro daquela faria, cúria, cidade. então naquela pessoa se concentrava todos aqueles poderes. Também falei dessas cidades na perspectiva de colagens e também falei dos códigos de amurai e etc e também falei dos códigos de solon e dracon, depois falamos sobre a idade media, como aconteceu a queda do império romano, cristianismo religião oficial, igreja como instituição principal, tudo foi dito para construir um discurso para saber o que significou a idade media dentro do discurso jurídico da época.
Também na idade media aconteceu um pluralismo jurídico , coexistência de diversas ordens, dentro de um mesmo espaço, num mesmo objetivo e cada uma com sua legitimidade, que é justamente a convivência entre o direito romano, o direito canônica, o direito comum, os direitos próprios ou dos reinos e o direito dos rústicos, quando analisamos a idade media, isso foi derivado de lá, foi exatamente isso, esse pluralismo jurídico.
O que podemos resgatar é que dentro dessa realidade, tendo a igreja como mais referencial na idade media o modelo explicativo para todas as coisas é o modelo teocentrico é a fé era o principal motor de explicação de tudo e de funcionamento das pessoas e isso tem uma relegação tão grande que para entender a modernidade é preciso compreender esses episódios anteriores, porque se ali vai ter uma gana de se rebelar contra um modelo constituído, esse modelo foi um modelo bem rigoroso estabelecido pela igreja, então pra entender o nível de revolta daquelas pessoas é preciso entender o que se passou porque ninguém é revoltado a troco de nada, há uma causa de alguém se rebelar.
Tudo isso foi pra que pudéssemos com segurança analisar os 3 problemas básicos que o programa nos traz que é o tema direito e sociedade, pluralismo jurídico, problema ontológico do direito.
Existiam formas de concentração política que não são próprios da idade medica, outras civilizações existiam concentração de poder em uma pessoa, isso também é uma forma de concentração política, mas ainda não poderíamos chamar de estado, estado é uma instituição moderna.
No final da idade media inicio da idade moderna, com a formação dos reinos há uma nova configuração e ai começam a surgir para comandar aqueles reinos os grandes monarcas, as monarquias absolutistas, os estados liberal e a democracia, mais ou menos depois disso ai, agente fala numa instituição chamada estado.
Quando eu digo estado, eu pego o nome estado e levo pra dimensão de uma época que esta muito distante da gente, isso trará uma maior compreensão sobre o estado moderno e o direito moderno, a noção de estado nasce dessas monarquias absolutistas.
Para refletir melhor sobre a relação sobre a sociedade, o estado e o direito, eu vou refletir esses direitos historicamente a partir da relação entre direito e outras ordens normativas, o que seria uma ordem uma ordem normativa? O direito é uma, mais não é a única, quais são as outras ordens normativas que regulam a sua vida? (ela impõe o que é certo e o que é errado, ou seja um conflito sobre o que é ou não moral, gera problemas sociais graves por exemplo)  exemplo;Moral, ética, religião.
Tudo isso faz parte de um emaranhado de coisa, pois vc nasce e recebe informações que se relacionam com todas essas dimensões ao mesmo tempo, sejam elas de ordens religiosas, moral, cultura, práticas, costumes, dai quando chega a um determinado momento isso é separado.
Entre moral,religião e direito não havia separação, lembram quando falei do código de hámurabi? Tinha lá no meio dos artigos, prescrições liturgicas, orações tudo lá nesse código, hámurabi era um chefe político (como se fosse um imperador) ele concentrava o poder político, religioso e poder jurídico, o código de hámurabi por isso era um código de normas jurídicas e religiosas,muitos historiadores não aceitam a nomenclatura código de hámurabi, preferem chamar de outra forma que refletisse melhor o que significava esse código, pois não é um código só de normas jurídicas e simde ordem moral e religiosa.
quando estudávamos a formação da do pater famílias (chefe família) concentrava não só a representação daquele que faria o culto aos antepassados(poder religioso) e também o poder jurídico e político sobre aquela família sabemos que não houve separação desses universos, essa forma de conhecer separando foi produto também do pensamento e das ciências modernas, antes não tinha essa separação, então isso foi uma forma que o homem entendeu que seria mais fácil de compreender a realidade, tornando-a menos complexas, enquadrando-as em conceitos em modelos em coisas separadas, exemplo: pedra, vegetais, reinos, antes ninguém se importava o que isso significava, mas o homem moderno não, ele tem uma ânsia de buscar explicações em tudo, pois se ele pudesse compreender tudo, ele poderia controlar os episódios porque conhecimento é uma forma de controle, o poder do conhecimento, exemplo: vivemos em 3reinos; animal, mineral e vegetal e agora eu vou explorar e compreender a variedade de espécie, de gêneros e etc que existem em cada reinos e compreender seus detalhes.
A nossa forma de se relacionar com o conhecimento é dessa maneira a gente tenta enquadrar as coisas, e esse formato de separação foi um formato longo, de adaptação chagamos o que foi hoje.
Então existem pelo menos 3 ordens normativas que ditam, organizam nosso comportamento; a moral, o direito e a religião, antes não tinha separação, mas hoje tem separação, porém se relacionam, por exemplo: temos bancadas no congresso nacional que tem posições religiosas e que interferem nas posições jurídicas a partir daquelas posições religiosas.
Essas ordens tem influência direta na nossa vida o tempo todo, agora como elas se relacionam? Dois teóricos do século XIX criaram uma teoria dos círculos concêntricos cujo nome é teoria do mínimo ético, essa teoria também é chamada de concepção ideal, essa teoria diz que o direito esta dentro da moral, não existe nada no direito que não seja moral, (como seria a norma jurídica então?) veja só, existe uma ordem moral na sociedade, mas, como a moral ela é particular, cada um tem a sua, por mais que exista uma consciência coletiva sobre o que é certo e o que é errado, há alguns aspectos que vão criando divergências e singularidades, que é como vc interage com aquela ordem moral, por exemplo; numa família de 5 pessoas podem haver claras divergências em algumas práticas.
Explicação extra
Um cidadão do século XIX veio do iluminismo, o que um iluminista tinha horror? A igreja, exemplo; marx diz que não existe o que a religião faz, outros autores diziam que nao existiam religião, era ilusão, era coisa criada pelo estado para manipular as pessoas.mas os iluminista não tinham aversão ao sentido de espiritualidade e sim o que a igreja impunha como elemento religioso, era o cerceamento da liberdade.
Volta a aula
É possível refletir sobre direito destacado do tempo? Não.
Nao podemos presumir a separação das ordens morais na idade media, era uma confusão das ordem religiosa, jurídicas e morais.
Dentro dessa teoria do mínimo ético, jllinek um alemão, ( para os alemães o tal do dever ser, a ordem, tem efeito imediato, na Alemanha são orientados com essa ordem do dever ser).para eles era o direito era o mínimo ético da moral, o direito era aquela ordem que mesmo que a moral não fosse suficiente para ordenar a vida das pessoas, o direito deveria concentrar o mínimo de moral para tornar isso possível exemplo; se a moral não pode controlar, evitar com que as pessoas mantêm umas as outras( a moral não tem coercibilidade, ou seja ninguém pode ser preso de ninguém desobedecer uma normal moral, só tem coercibilidade a norma jurídica) , se a moral não é um freio então o direito vai ser, porém, o direito nao pode controlar todos os aspectos da vida social ele tem que controlar aquele mínimo, que não podia ser descumprido. É a explicação é que o direito abriga normas que protegem bens jurídicos que não podemos flexibilizar, numa sociedade eu posso admitir que comportamentos morais convivam, mas ao que tange ao direito não posso ter essa flexibilidade.(teoria pragmática, fantasiosa)
Hoje em dia chama-se essa concepção de ideal, mas se criou uma outra teoria.
Esses teóricos querem dizer? Há o direito e a moral, é claro que eles tem coisa em comum e se tocam, a questão toda, que isso quer dizer que há campos no direito amoral e essa teoria é a teoria pragmática( a mais coerente com a realidade, também chamada de teoria concreta) há campos do direito que são so do direito, e há campos na moral que são só da moral.
Existem normas jurídicas que são;
Imoral; contrario a moral
Amoral: ausência de moral
Então há normas que não tem conteúdo moral como as normas de trânsito, também há outras que são imoral: exemplo, após 5 anos prescreve uma dívida, não é moral, mas em relação ao direito é moral o não pagamento.
Há sim, campos no direito que não tem nada haver com moral.
E ai esse é o modelo mais aceito atualmente, é o que mais condiz com nosso momento, era o que vigorava na Alemanha, porém não podemos pegar como modelo explicativo fiel, porque essa concepção nasce de pessoas que tem suas experiências e vai construindo formas de pensar para aquele momento, mas pra outras realidades não pode afirmar que isso se encaixaria.
So pra concluir,
A moral é uma ordem particular, significa que cada uma tem a sua e a ética tende a ser universal, tende a ser válida universal, é como se fosse o supra sumo da moral, aquilo que há consenso e não há disenso.
Pergunta pra moral; bem ou mal, certo ou errado?tende a ser inconstante.
Pergunta pra ética; é bom ou ruim? Vai ser bem pra mim? Vai fazer mal pra alguém, ( tende a ser constante) se coloque no lugar do outro, é muito importante para ilustrar.
O que é o direito ( falando do texto de Maria Helena)
Há uma essência no direito? Tem tanta variedade no conceito que nao se conceitua
O grande problema ontológico  do direito é a realidade do pluralismo jurídico.
Onto é ser.
A essência do direito pra muito é lei e ordem, lei como meio e ordem como finalidade é para outros é impossível determinar uma essência porque a obviedade é da diferença, nao existe duas folhas da mesma ordem idêntica.
Tem tanto

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