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LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Gram positivas: • Staphylococcus aureus • Bacillus cereus • Clostridium perfringens Gram negativas: • Helicobacter pylori • Campylobacter jejuni • Vibrio cholerae • Klebsiella sp. Família enterobacteriaceae • Escherichia coli • Enterobacter sp. • Citrobacter sp. • Serratia sp • Shigella sp. • Salmonella sp. • Proteus mirabilis • Yersinia pestis Alta mobilidade genética → resistentes a antimicrobianos e variadas • Possibilidade de septicemia – LPS • Divisão entre as bactérias aeróbicas obrigatórias e anaeróbias facultativas • Bactérias que fazem fermentação utilizam glicose O trato digestório e a sua microbiota • TGI = Boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos e ânuos • Dentes, línguas, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas – acessórias • A microbiota é importante para manter um equilíbrio o PH saudável o Pode ser um mecanismo de tratamento • Algumas bactérias da microbiota podem vir a ser patogênicas, caso ocorra algum desequilíbrio. Ex: Helicobacter pylori Cavidade bucal: • Lactobacilos • Estreptococos do grupo viridans • Fusobacterium • Corynebacterium • Provotella • Veillonella Estômago: • Microrganismos ácidos-tolerantes • Lactobacilos • Estreptococos • Helicobacter pylori Intestino • Enterobactérias • Enterococos • Bacteroides fragilis • Pseudomonas • Clostridium difficile As bacterioses do trato digestório geralmente resultam da ingestão de microrganismos ou toxinas em alimentos ou água • A transmissão fecal-oral pode ser quebrada através do destino de lixo, desinfecção de água e preparo e armazenamento de alimentos adequadamente LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Doenças bacterianas da boca Cárie dental • Streptococcus mutans entre outros (acidogênicos) formam uma placa dentária (biofilme) • Fermentação de açúcares da dieta, sendo a sacarose um dos principais, formando ácidos que iniciam a descalcificação dos dentes • Em seguida microrganismos proteolíticos degradam a matriz proteica do esmalte que resulta na descalcificação dos dentes Doenças periodontais • Gengivites são frequentemente causadas por estreptococos, actinomicetos e bactérias gram-negativas anaeróbicas • Prevotella intermedia e espiroquetas estão associados a gengivite ulcerativanecrotizanteaguda. Doenças gastrointestinal Infecção gastrointestinal • Crescimento de patógenos no intestino • Período de incubação: 12 horas a 2 semanas o O período de incubação é maior que na toxinfecção, pois compreende o espaço de tempo necessário para o patógeno se multiplicar • Geralmente acompanhado de febre Toxinfecção • Resulta da ingestão de toxinas • Sintomas aparecem em 1 a 48 horas • A febre não é frequente • Principal tratamento: reposição de fluidos e eletrólitos, pois o microrganismo não está presente para se utilizar antibióticos Infecção e toxinfecção causam diarreia, disenteria ou gastroenterites Toxinfecção por toxina estafilocócicas • Staphylococcus aureus é inoculado no alimento durante o seu preparo o É um cocos gram-positivo • Bactérias crescem devido ao armazenamento inapropriado a temperatura ambiente e produzem toxinas • Bactérias Sthapylococcus são halofílicas (7% NaCl) – classificação com relação nas condições osmóticas o Conseguem sobreviver em altas concentrações de sal – osmóticas • O S. aureus também possui resistência ao calor (60° por 30m), ao ressecamento e à radiação • As toxinas podem ser desnaturadas se fervidas por 30 minutos • Alimentos com alta pressão osmótica e aqueles que não são cozidos próximo ao momento do consumo são as principais fontes de enterotoxinas estafilocócicas Mecanismo • A ação parece estar envolvida com estimulação do sistema nervoso autônomo o Induz o reflexo do vômito • Funciona como um super-antígeno o Permite com que o MHC estimule TCR, desencadeando uma resposta inflamatória • Diagnóstico baseado no sintomas: enjoos, vômitos e diarreia nas primeiras 6 horas após ingestão e duram por cerca de 24 horas A maioria das bactérias do trato digestório são gram-negativas • O LPS é composto por uma parte lipídica (faz parte da membrana) – parte constante (lipídeo A – reconhecido pelo TLR4) • A outra parte é variável e é composta por carboidratos (antígeno O) • TLR5 → reconhece o flagelo (H) • A indução de uma resposta excessiva pode desencadear sepse • Cápsula – K LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Cólera: Vibrio cholerae • A bactéria Vibrio cholerae é um vibrião gram negativo • Infecção através da ingestão de água suja o Geralmente associado a condições de higiene, saneamento e catástrofes • Dor forte • Vibrio cholerae O:1 e O:139 → contém a toxina • Incubação de 3 dias • Os sintomas duram alguns dias • Mortalidade sem tratamento de 50% • Diagnóstico baseado no isolamento de vibrio nas fezes • Tratamento: reposição de fluidos e eletrólitos Produz uma exotoxina que altera a permeabilidade da mucosa intestinal, resultando em vômito e diarreia que podem resultar em perda de líquido corporal Enterobacteriaceae • Grande variedade de espécies • Bastonetes Gram-negativos, oxidase negativos que são capazes de fermentar a glicose • Escherichia, Salmonella, Shigella, Yersinia, Klebsiella, Proteus • Outras: Enterobacter, citrobacter, Morganella, Serratia Ecologia • Solo, água, plantas e flora microbiana dos animais e humanos • Alguns sempre estão associados com doença o Ex: Shigella, Salmonella, Yersinia pestis (peste bubônica) • Alguns fazem parte da microbiota normal mas podem se tornar patógenos oportunistas o Ex: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, proteus mirabilis Epidemiologia • Reservatório animal: maioria das infecções por salmonella • Carreadores humanos: Salmonella typhi, Shigella • Disseminação endógena em um paciente suscetível o Pode atingir todos os sítios anatômicos o 5% dos pacientes hospitalizados desenvolvem infecções nosocomiais (hospitalares) o Infecção hospitalar – 3 dias ou mais do que quando foi internado Morfologia • Bastonetes gram negativos • Não formam esporos → diferencia de gram + • Podem ser móveis com flagelos peritríqueos ou não-móveis • Todos são anaeróbios facultativos o Sobrevivem na ausência ou na presença de oxigênio • Fermentadores da glicose • Reduzem nitrato a nitrito Características diferenciais Oxidase negativos: • Distingue entre outros bastonetes gram negativos fermentadores e não fermentadores o As pseudomonas são oxidases positivas • Oxidação do citocromo C pelo O2 o Ou seja, se a bactéria é capaz de atuar tendo o O2 como o aceptor final de elétrons • Pinga um reagente (substrato da oxidase) → se ela é positiva o reagente muda de cor LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG o Para fenilenodiamina é oxidado pela enzima adquirindo uma cor avermelhada Fermentação da lactose • Colônias em Ágar MacConkey • Distingue gram negativas, pois ele é seletivo para elas, já que os sais biliares e cristal violeta são tóxicos para as positivas • Distingue Escherichia, Klebsiella, Enterobacter das outras Enterobacteriaceae lactose negativas • Meio seletivo e diferencial Foi semeado 2 culturas de bactérias • Vermelha: consegue fermentar a lactose (produz ácido) As que não fermentam a lactose ela consegue oxidar outras moléculas, como lipídeos e aminoácidos → produção de amônia, deixando o PH ácido Fatores de virulência LPS somático • Principal antígeno da membrana • Termo-resistente • Antígenos O específicos estão associados com cada gênero, podendo haver reações cruzadas o Salmonella e Citrobacter o Escherichiae Shigella Capsular K • Termolábil • Carboidrato • Presente em diferentes gêneros dentro e fora do grupo • Reações cruzadas o E. coli K1 com N. meningitidis e Haemophilus meningitidis o K. pneumoniae com S. pneumoniae • Alguns antígenos específicos foram associados com virulência acentuada (ex: E. coli K1 e meningite neonatal) Flagelo H • Proteínas termolábeis • Existem antígenos H específicos associados com doenças Fatores da patogênese: • Endotoxina LPS → liberada com a lise da bactéria o Induz ativação do sistema imune: Ativação do complemento, liberação de citocinas e leucocitose o Consequências: Trombocitopenia , coagulação intravascular disseminada, febre, diminuição da circulação periférica, choque e morte • Cápsula o Impede a fagocitose o Anticorpos do hospedeiro contra a capsula podem compensar o efeito neutralizando-a • Secreção do tipo III o Consiste em uma forma de secreção celular que permite o direcionamento de fatores de virulência da bactéria para o interior do hospedeiro o Yersinia, Salmonella, Shigella, E. coli enteropatogênica • Enterobactina – capturam o ferro liberado pela lise das hemácias • Hemolisinas – liberam ferro através da lise de hemácias • Plasmídeos – resistência aos antimicrobianos, podendo ser transferidos de uma bactéria para outra Patogênese da Escherichia • Cinco espécies – E. coli é a mais importante • E. coli está presente no TGI como microbiota normal, mas nem todas as E. coli são iguais • Associados a diversas doenças o Sepse, ITUs (infecções do trato urinário), meningites e gastroenterites • Classificação baseada nos antígenos O, H e K Fatores de virulência • Adesinas (CFA, AAF, Bfb, intimina e fímbrias) • Exotoxinas o Toxinas termoestáveis (resistentes ao calor) STa, STb o Toxinas de shiga: Stx o Hemolisinas: HlyA o Toxinas termolábeis: LT-I e LT-II LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Doenças clínicas de Escherichia Sepse • Decorrente de infecções do trato urinário ou gastrointestinal (ascendente ou perfuração) Infecção do trato urinário (ITU) • Origem no cólon • Por colonização da uretra (papel das adesinas) e posterior ascensão Meningite neonatal • E. Coli K1 → meningites neonatos • Está presente no TGI de mulheres grávidas Gastroenterites • EPEC, ETEC, EHEC, EIEC e EAEC → sorogrupos • Classificação de acordo com a sua patogenia EPEC (E.coli enteropatogênica) • Lesa o epitélio destruindo sua vilosidades • Diarreia, principalmente em bebês, por destruição das microvilosidades • Alta mortalidade Ao entrar em contato com a célula epitelial, a EPEC secreta (tipo III = agulha) Tir para a célula epitelial • Tir se insere na membrana da célula da mucosa e funciona como um receptor para intimina (uma adesina) • A porção intracelular de Tir transduz sinal que vai induzir polimerização de actina formando um pedestal • A EPEC fica sobre esse pedestal Interação com a célula do hospedeiro por meio de adesinas, possuindo uma forma de garantir que os seus fatores de virulência atinjam o interior da célula dos hospedeiros → secreção tipo III (fator de virulência) • Garante o contato da bactéria com o citoplasma da célula hospedeira • Desagregação das fibras de actina e miosina ETEC (E.coli enterotoxigênica) • Diarreia em crianças de regiões endêmicas ou em adultos que viajam para estas regiões • ETEC produz enterotoxinas termolábeis (LT-I e LT-II) e termoestáveis (STa e STb). • LTI semelhante a toxina colérica – perda de eletrólitos e água (diarreia aquosa). • STa também induz hipersecreção de líquidos • Incubação 1 a 2 dias EHEC (E. coli entero-hemorrágica) • Mais comum das que provocam doenças em países desenvolvidos • Desde diarreia leve até colite hemorrágica com dor abdominal severa e diarreia sanguinolenta, com pouca ou nenhuma febre. • Principal sorogrupo O157:H7 (mais perigosa, patogênica) • Incubação 3 a 4 dias • EHEC produzem toxinas Shiga (Stx 1 e/ou Stx 2 • Não é frequente no brasil EIEC (E. coli enteroinvasora) • Mais raras, sorotipos O124, O143 e O164 • Invadem e destroem o epitélio do cólon • Diarreia aquosa, e infrequentemente progridem para disenteria (febre, cólicas abdominais, sangue e leucócitos nas fezes) • Ela penetra no interior das células EAEC (E. coli enteroagregativa) • Diarreia aquosa persistente, com desidratação, em bebês de países em desenvolvimento e viajantes para estas regiões Salmonella • Grupo Salmonella entérica subsp. enterica com mais de 2500 sorotipos, mas que são conhecidos como S. typhi, S. tyhimurium, S. enteritidis. o Não são espécies diferentes o São geneticamente muito próximos – sorogrupos de uma mesma espécie LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG • Reservatório – animais • Maioria das infecções resulta da ingestão de alimentos contaminados (aves, ovos e produtos lácteos), e em crianças transmissão fecal-oral • Necessidade de inoculação grande para desenvolvimento da doença Patogênese da salmonella • Aderência específica pelas células M • A Salmonella consegue invadir (com ajuda do sec III) e se multiplicar nos fagossomos das células M (intestino delgado). • Impedem a ação do suco gástrico através do gene de resposta de tolerância ao ácido (ATR) • Produzem catalase e superóxido dismutase permitindo sobreviver no interior da célula do hospedeiro o Produção em alta quantidade • Resposta inflamatória restringe a infecção ao trato gastrointestinal • Estimula produção de cAMP e secreção ativa de líquidos Doenças clínicas causadas por salmonela Gastroenterites: forma não tão grave e mais comum • Incubação de 6 a 48 horas • Vômitos, dores abdominais e diarreia não sanguinolenta • Febre, cólicas abdominais, mialgias, cefaleia • Sintomas persistem por 2 dias a 1 semana • Salmoneloses Sepse: osteomieliete, endocardite, artrite (criança, idoso ou AIDS) Febre entérica = febre tifoide • Bactérias atravessam o epitélio intestinal e são transportadas para o fígado, baço e medula óssea. • 14 dias após a ingestão dos bastonetes o Os sintomas se manifestam com febre progressiva, cefaleia, mialgias mal estar e anorexia. • Colonização assintomática, preferencialmente na vesícula biliar. • Tratamento: Sintomático. Antibióticos são evitados em casos leves para evitar desenvolvimento de resistência e estado de portador Shigella • Espécies: o Shigella sonnei – países desenvolvidos o Shigella flexneri – países em desenvolvimento • Geneticamente muito próxima de E. coli • Toxina de Shiga Doenças pediátricas (1-4 anos) • Associada a crianças, creches, enfermarias → maiores agrupamentos de crianças • Transmissão fecal-oral via mãos contaminadas • A infecção se dá com poucas células iniciais → 200 bastonetes são suficientes Os sintomas aparecem de 1-3 dias após a ingestão: • Cólicas abdominais baixa e tenesmo • Diarreia, febre • Fezes sanguinolenta Diagnóstico: isolamento e identificação em fezes e alimentos • Swab retal Tratamento: • Antibiótico para evitar transmissão • Fluoroquinolonas Patogênese da shigella • Colonizam o intestino delgado • Tropismo pela célula M → invadem essas células o Participação de sec III e proteínas IpaA, IpaB, IpaC e IpaD • Elas saem do fagolisossoma das células M e induzem rearranjo de filamentos de actina para células adjacentes • Induz apoptose e liberação de IL-1 o Atração de polimorfonucleares, que por sua vez desestabiliza a integridade da parede intestinal e permite as bactérias alcançarem as células mais profundas • Toxina Shiga que, como em EHEC, lesa o epitélio • Em um pequeno subgrupo de pacientes ocorre lesões de células endoteliais glomerulares resultando em insuficiência renalYersina • 11 espécies: Y. pestis, Y. enterocolitica e Y. pseudotuberculosis Y-pestis • Causadora da peste bubônica – Y. pestis • Infecções zoonóticas • Peste urbana – ratos • Peste silvestre – doença em coelhos, ratos silvestres e gatos domésticos • Grandes pandemias • Mantida na população de ratos através das pulgas que, por sua vez, podem transmitir ao homem LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Y. enterocolítica • Associada a ingestão de alimentos contaminados (carne ou leite) – crescem na geladeira – psicrófilas • Maioria das manifestações consistem em enterocolites • Incubação de 1 a 10 dias • Diarreia, febre e dor abdominal • Pode ser confundida com apendicite (crianças) • Adultos podem desenvolver septicemia, artrite, abscesso intra-abdominal, hepatite e osteomielite Diagnóstico laboratorial de enterobacteriaceae • Geralmente usa-se fezes • Meios seletivos para gram negativos • Materiais provenientes de sítios estéreis (LCR) podem ser semeados em meios não seletivos • Meios seletivos e diferenciais são usados para amostras de fezes e escarro - ágar McConkey, ágar azul de metileno • Provas bioquímicas Ágar McConkey • Meio seletivo → sais biliares e cristal violeta inibem o crescimento de gram-positivas • Meio diferencial → analisa a fermentação da lactose – indicador vermelho de fenol o Se for lactose + o meio vai mudar de cor para vermelho o Lac +: Escherichia o Lac -: Shigela, salmonella, Yersinia Mas são dezenas de gêneros e centenas de espécies, como identificar? Meio de triagem TAF – tríplice açúcar ferro • O Agar Tríplice Açúcar Ferro (TSI) é um meio utilizado para diferenciação de enterobactérias de acordo com: fermentação de lactose, glicose e sacarose e produção de sulfito de hidrogênio e dióxido de carbono. • Vermelho – não fermenta glicose • Ápice amarelo – consegue fermentar a glicose e a sacarose e lactose Provas bioquímicas que diferenciam as enterobactérias: • Prod gás glic • Fermentação de açúcares: glicose, sacarose, manitol • Utilização do citrato • Ureia Tratamento, prevenção e controle das enterobacteriaceae • É difícil • Muitas são da microbiota normal Prevenção: • Peste o Existe vacina? o Profilaxia para trabalhadores da saúde com tetraciclina?? Tratamento • Teste de suscetibilidade aos antimicrobianos • E. coli e Proteus mirabilis "geralmente" são suscetíveis a muitos antibióticos • Em ambiente hospitalar tomar cuidado adicional • Não recomendado o uso de antibiótico para alguns casos (Gastroenterites por E. coli ou Salmonella) • Tratar infecções sistêmicas com antibiótico adequada LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Interromper a infecção exógena • Cuidados na manipulação, preparo e armazenamento de alimentos e água • Hábitos de higiene pessoal Campylobacter jejuni • Campylobacter é a segunda causa principal de diarreia nos EUA (depois de salmonelose). • Campylobacter é transmitido principalmente através de carne de frango (reservatório assintomático) • Campilobacteriose é caracterizada por diarreia líquida ou sanguinolenta com dores abdominais e enjôo • A doença é auto-limitante na maioria das vezes mas pode ocorrer sequelas como a síndrome do intestino irritável Úlcera péptica por Helicobacter • Helicobacter pylori produz amônia, a qual neutraliza o ácido estomacal. • A bactéria coloniza a mucosa estomacal a causa úlcera péptica Clostridium perfringes • Auto-limitante • Os endósporos sobrevivem ao aquecimento e germinam quando o alimento (carne) é armazenado em temperatura ambiente • A exotoxina produzida quando a bactéria cresce no intestino é a responsável pelos sintomas • Baixa concentração na nossa microbiota • Esporulam • Bacilos gram+ • Diagnóstico baseado no isolamento e identificação em amostras de fezes Clostridium difficile • Produz toxina, associado com tratamento com antibióticos, desiquilíbrio da microbiota, colite • Diagnóstico: detecção da toxina nas fezes Bacillus cereus • Ingestão de alimentos contaminados • Bactéria saprófita de solo que pode causar enjoos, diarreias e vômitos • Esporos resistem ao cozimento de alimentos e podem germinar em caso de armazenamento indevido • Produzem toxinas responsáveis pelo vômito (termoestável) e diarreias (termolábil) Síndrome do intestino irritável • Diferença em populações bacterinas em indivíduos com doença de Chron e saudáveis • As diferenças são mais pronunciadas em algumas populações bacterianas • O uso de antibióticos acentua essa disbiose • + proteobacterias Microbiota normal x sobrevivência do hospedeiro: • Inibem o crescimento de organismos patogênicos • Contribuem para a digestão e eliminação de toxinas e drogas • Influenciam o desenvolvimento e funcionamento do sistema imune – modulam a inflamação • Agem diretamente através de metabólitos no desenvolvimento e função do sistema nervoso