AULA 11 - Sistema límbico

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LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG 
• Controle das emoções 
• Comportamento e impulsos 
• Memória 
• Giro do cíngulo, giro para-hipocampal e 
hipocampo → lobo límbico 
5 C’s 
✓ Comer 
✓ Comemorar 
✓ Comporte-se 
✓ Clã 
✓ Copular 
Componentes anatômicos 
• Área septal 
• Giros do cíngulo e para-hipocampal 
• Formação hipocampal 
• Corpo amigdaloide 
• Corpos mamilares 
• Núcleos anteriores do tálamo 
• James Papez → 1937 
• Mecanismo para explicar as emoções 
• Lobo límbico + hipotálamo + tálamo → unido 
pelo circuito de Papez 
• Circuto de Papez: hipocampo, fórnix, corpo 
mamilar, trato mamilo-talâmico, núcleos 
anteriores do tálamo, capsula interna, giro do 
cíngulo, giro para-hipocampal e novamente o 
hipocampo 
 
 
 
 
 
 
Lesões no circuito de Papez: 
• Domesticação completa 
• Perversões do apetite 
• Agnosia visual → incapacidade de reconhecer 
objetos e animais pela visão 
• Perda do medo 
• Tendência oral manifestada pelo ato de levar 
tudo na boca 
• Tendência hipersexual 
1952 → MacLean introduziu a expressão sistema 
límbico, adicionando mais duas estruturas ao circuito: 
• Amígdalas 
• Área septal 
Pesquisas mostraram que o circuito de Papez, com 
exceção da parte anterior do giro do cíngulo, está 
relacionado com a memória e não com emoções 
Assim, o sistema límbico é um conjunto de estruturas 
corticais e subcorticais interligadas morfologicamente e 
funcionalmente, relacionadas com as emoções e a 
memória. 
Córtex Cingular anterior 
• A ablação desse giro domestica o animal e 
pode ser usado para tratamento de psicóticos 
agressivos 
• Processa as emoções → tristeza 
• Conexões com amígdala e insulina 
Hipotálamo 
• Respostas emocionais complexas: raiva, 
medo, palidez 
• Coordenador das manifestações periféricas 
das emoções, através de suas conexões com 
o SNA 
Área septal 
• Possui conexões extremamente amplas e 
complexas através do feixe prosencefálico 
medial → recebe fibras dopaminérgicas 
• Faz parte do sistema mesolímbico → sistema 
de recompensa do cérebro 
• É um dos centros de prazer do cérebro e sua 
estimulação provoca euforia 
 
Circuito de Papez 
Emoções 
LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG 
Núcleo accumbens 
• Situado entre a cabeça do caudado e do 
putâmen 
• Recebe aferências dopaminérgicas do 
mesencéfalo 
• Projeta eferências para a parte orbitofrontal da 
área pré-frontal 
• Relacionado com o sistema de recompensa 
Habênula 
• Situada no epitálamo 
• Núcleos habenulares medial e lateral 
• Regula os níveis de dopamina nos neurônios 
do sistema mesolímbico os quais constituem a 
principal área do sistema de recompensa → 
ação inibitória 
Alguns sintomas da depressão como tristeza e a 
incapacidade de buscar o prazer podem ser explicados 
pela queda da atividade dopaminérgica na via 
mesolímbica. 
• Está relacionado com a frustração 
Amígdala 
• Possui 12 núcleos divididos em três grupos: 
corticomedial, basolateral e central 
• Corticomedial → conexões olfatórias e parece 
estar envolvido com os comportamentos 
sexuais 
• Basolateral → recebe a maioria das aferências 
• Central → dá origem às conexões eferentes 
• É a principal responsável pelo processamento 
das emoções 
Funções da amígdala 
• Basolateral → reações de medo e fuga 
• Corticomedial → reação defensiva e agressiva 
• Maior concentração de receptores para 
hormônios sexuais do SNC → sua lesão 
provoca hipersexualidade 
• Pacientes com lesões bilaterais na amígdala 
não sentem medo 
• Reconhecimento de faces que expressam 
emoções, como medo e alegria 
 
 
 
Amígdala e o medo 
A reação de medo resulta da ativação geral do sistema 
simpático e liberação de adrenalina pela glândula 
suprarrenal 
Informação visual e auditiva → tálamo → áreas visuais 
primárias e secundárias → 
• Via direta: a informação é levada e processada 
na amígdala basolateral → amígdala central → 
alarme do sistema nervoso simpático 
• Via indireta: a informação chega primeiro ao 
córtex pré-frontal e depois à amígdala 
O medo pode ser aprendido → a associação do 
estímulo que causa medo é feita no núcleo lateral da 
amígdala e a resposta é desencadeada pelo núcleo 
central. 
• Pacientes com lesão na amígdala não aprende 
a ter medo 
Sistema de recompensa / sistema dopaminérgico 
mesolímbico 
• 1954 por Olds e Milner 
• Estimulação da área septal → sensação boa 
que precedia um orgasmo 
• Formado por neurônios dopaminérgicos: 
tegmento ventral do mesencéfalo → feixe 
prosencefálico medial → núcleos septais e 
núcleo accumbens → córtex pré-frontal 
orbitofrontal 
Correlações anatomoclínicas 
Ansiedade e estresse 
A ansiedade é a expressão inapropriada do medo, que 
neste caso é duradouro e pode ser desencadeado por 
perigos pouco definidos ou pela recordação de eventos 
que supostamente podem ser perigosos 
• Em transtornos de ansiedade, o motivo pode 
não está presente, e mesmo assim resultar na 
ativação da amígdala → neurônios 
hipotalâmicos promovem a liberação de ACTH 
→ o córtex adrenal secreta cortisol 
• Esse eixo é inibido pelo hipocampo, mas a 
exposição crônica ao cortisol pode levar à 
morte dos neurônios hipocampais → resposta 
ao estresse acentuada 
 
LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG 
Tipos de memória 
• Natureza da memória e o tempo de retenção do 
evento memorizado 
Natureza da memória 
• Memória declarativa: os conhecimentos 
memorizados são explícitos, podendo ser 
descritos por meio de palavras ou outros 
símbolos 
• Memória não declarativa: os conhecimentos 
são implícitos e, assim, não podem ser 
descritos de maneira consciente 
Tempo de retenção 
• Memória operacional: permite que informações 
sejam retidas por segundos ou minutos, 
durante o tempo suficiente para dar sequência 
a um raciocínio → é organizada pelo córtex pré-
frontal e não deixa arquivos, esse córtex 
seleciona o conteúdo da memória que vai ser 
selecionado para o armazenamento, 
funcionado como uma gerenciadora da 
memória, definindo o que permanece e o que é 
esquecido. 
• Memória curta: permite a retenção durante 
algumas horas (3-6) até que sejam 
armazenadas de forma mais duradoura nas 
áreas responsáveis pela memória de longa 
duração → mantem a memória viva enquanto a 
de longa duração está sendo definitivamente 
armazenada 
• Memória de longa duração: depende de 
mecanismos mais complexos que levam horas 
para serem realizados, sendo consolidada por 
meio da atividade do hipocampo, ficando 
armazenada em áreas corticais de associação 
de acordo com o seu conteúdo 
Áreas cerebrais relacionadas com a memória 
declarativa 
• Abrangem áreas telencefálicas e diencefálicas 
unidas pelo fórnix, que liga o hipocampo ao 
corpo mamilar do hipotálamo 
 
Hipocampo 
• É uma eminência alongada e curva situada no 
assoalho do corno inferior do ventrículo lateral 
acima do giro para-hipocampal 
• Recebe aferência de áreas neocorticais 
através do córtex entorrinal 
• Projeta-se para os corpos mamilares do 
hipotálamo através do fórnix 
• Recebe fibras da amígdala → memória de 
eventos emocionais 
 
Pacientes com o hipocampo removido perde a 
capacidade de lembrar de eventos ocorridos depois da 
cirurgia (amnésia anterógrada) 
Perde a memória de eventos ocorridos pouco tempo 
antes da cirurgia (amnésia retrógrada) 
Embora o hipocampo seja indispensável para a 
consolidação das memórias de curta e longa duração, 
elas não são armazenadas no hipocampo, pois 
permanecem após a sua remoção. 
• O grau de consolidação da memória é 
modulado pela amígdala, assim a consolidação 
é maior quando a informação está associada a 
um episódio de grande impacto emocional 
• O hipocampo é também responsável pela 
memória espacial ou topográfica → por isso na 
doença de Alzheimer o paciente perde 
completamente a orientação e não consegue 
se dirigir de uma cadeira para a cama 
MemóriaLORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG 
Giro denteado 
• Situado entre a área entorrinal e o hipocampo 
• Constituído por uma só camada de neurônios 
• Conexões com a área entorrinal e o hipocampo 
→ formação do hipocampo 
• Dimensão temporal da memória 
Córtex entorrinal 
• Ocupa a parte anterior do giro para-hipocampal 
medialmente ao sulco rinal 
• Fórnix → córtex entorrinal → giro denteado → 
hipocampo 
• Lesões resultam em grande déficit de memória 
→ geralmente é a primeira área comprometida 
na doença de Alzheimer 
Córtex para-hipocampal 
• É ativado pela visão de cenários, 
especialmente os mais complexos, como uma 
rua ou uma paisagem → só ocorre com 
cenários novos 
• Lesões tornam os indivíduos incapazes de 
memorizar cenários novos 
Córtex cingular posterior 
Corpo mamilar → trato mamilotalâmico → tálamo → 
córtex cingular posterior (circuito de Papez) 
• Lesões no cíngulo posterior ou dos núcleos 
anteriores do tálamo resultam em amnésias 
• Memória topográfica 
• Sua lesão resulta em desorientação e 
incapacidade de encontrar caminhos 
anteriormente lesados 
Área pré-frontal dorsolateral → processamento da 
memória operacional 
Áreas de associação do neocórtex 
• Nessas áreas são armazenadas as memórias 
de longa duração, cuja consolidação depende 
da atividade do hipocampo. 
• Diferentes categorias do conhecimento são 
armazenadas em áreas distintas 
Áreas diencefálicas relacionadas à memória → 
Corpos mamilares do hipotálamo 
Mecanismos de formação das memórias 
• Na memória de trabalho ocorre uma excitação 
prolongada das espinhas dendríticas das 
sinapses da área pré-frontal → essa excitação 
dura pouco 
Nos neurônios relacionados com a memória ocorrem 
complexas reações bioquímicas, envolvendo 
segundos-mensageiros, ao final das quais há ativação 
de alguns genes que determinam a transcrição de 
proteínas utilizadas na formação de novas sinapses ou 
na ampliação da área da membrana pré-sináptica. 
• A consolidação da memória decorre da 
plasticidade dendrítica → aumento do número 
de espinhas dendríticas 
• Novos neurônios também proliferam na 
formação hipocampal, mas morrem depois de 
um tempo. 
Correlações anatomoclínicas 
• Amnésias retrógadas e anterógradas → lesões 
do hipocampo, fórnix e corpos mamilares 
Síndrome de Korsakoff 
• Resulta da degeneração dos corpos mamilares 
e dos núcleos anteriores do tálamo 
• Alcoolismo crônico 
• Amnésias anterógradas e retrógradas 
Doença de Alzheimer 
• É uma doença degenerativa que acomete 
pessoas idosas, na qual ocorrem graves 
problemas de memória 
• A doença se inicia com a degeneração 
progressiva dos neurônios da área entorrinal, 
que, com o tempo, leva a uma isolação do 
hipocampo 
• Há também perda dos neurônios colinérgicos 
do núcleo basal de meynert, o que leva à perda 
das projeções modulatórias colinérgicas de 
praticamente todo o córtex cerebral