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Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Ciências Contábeis Atualizada conforme a Lei 11.638/2007 e na Lei 11.941/2009 IASB: IAS 28 – Investments in Associates A Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09 aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18, que dispõe sobre Investimento em Coligada e em Controlada. Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Os investimentos societários são avaliados: Pelo Método do Custo ou da Equivalência Patrimonial MÉTODO DO CUSTO (Aspectos relevantes) • São avaliados pelo custo quando a participação no capital votante da investida for inferior a 20% (desde que não haja influência significativa); • Os investimentos são registrados pelo valor efetivamente pago; • Os dividendos recebidos antes de seis meses da aquisição são deduzidos da própria conta investimentos. Caso contrário, são reconhecidos como Outras Receitas operacionais. Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Pouca ou Nenhuma Influência Controle Compartilhado Controle Preponderante Influência Significativa CPC 38 Instrumentos Financeiro CPC 18 Coligada CPC 18/36 Controlada CPC Negócios em Conjunto MEP Até 2013 – Cons.Prop Após 2013 – SEM Cons MEP e Consolidação MEP Valor Justo Ou Custo Part. < 20% Part = demais acionistasPart. > 50%20% < Part. <= 50% Presunção: IAS 28 / 31 e CPC 18 / 19 - Avaliação de Investimentos em Controladas, Coligadas e Controladas em Conjunto Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTO CUSTO / VALOR JUSTO - Avaliados inicialmente pelo custo de aquisição e, a partir daí, ajustados pelo valor justo (se o caso) e deduzidos das perdas estimadas, quando necessário. EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL - Avaliados inicialmente pelo custo (segregado entre investimentos e ágio) e, a partir daí, é ajustados pelas variações sobre os ativos líquidos da investida. Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 OBRIGATORIEDADE DE APLICAÇÃO DO MEP Art. 248 da Lei das Sas - No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas... Capítulo 2 do CPC 18 - Este Pronunciamento deve ser aplicado por todas as entidades que sejam investidoras com o controle individual ou conjunto de investida ou com influência significativa sobre ela. Art 348 do RIR/99 – Serão avaliados pelo valor do patrimônio líquido das investidas, os investimentos relevantes em (i) sociedades controladas; e (ii) sociedades coligadas sobre cuja administração o investidor tenha influência ou de que participe com vinte por cento ou mais do capital social. (Res.1.598/77 – Lucro PELA Lei das SAs) Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 DEFINIÇÕES CONTROLE - Poder de definir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade visando beneficiar-se de suas atividades. - Pressupõe controle quando a investidora detém mais de 50% das ações com voto. Essa presunção pode ser afastada à medida em que haja evidências em contrário. CONTROLE CONJUNTO - Controle compartilhado sobre determinada atividade econômica, conforme estabelecido em contrato (estatuto). Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 COLIGAÇÃO - Uma coligada é uma entidade, sobre a qual o investidor tenha influência significativa e que não seja nem uma uma subsidiária nem um interesse num empreendimento conjunto. INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA - Poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais da investida, sem contudo, exercer controle sobre tais políticas. - Presume influência significativa quando a investidora detiver (direta ou indiretamente) 20% ou mais do poder de voto da investida, a menos que possa demonstrar claramente que este não é o caso. DEFINIÇÕES Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 9 Cia Alfa Cia Beta Cia Gama Cia Ômega A figura do controle comum Exemplo: A empresa Alfa controla as empresas: Beta, Gama e Ômega. A Cia Beta é uma empresa de capital aberto com participação de 10% no capital votante das empresas Gama e Ômega. Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA A existência de influência significativa por um investidor é geralmente evidenciada por uma ou mais das seguintes formas: (a) representação no órgão de direção ou órgão de gestão equivalente da investida; (b) participação em processos de decisão de políticas, incluindo a participação em decisões sobre dividendos e outras distribuições; (c) transações materiais entre o investidor e a investida; (d) intercâmbio de pessoal de gestão; ou (e) fornecimento de informação técnica essencial. DEFINIÇÕES Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 POTENCIAIS DIREITOS DE VOTO - A existência e a efetivação dos potenciais direitos de voto prontamente exercíveis ou conversíveis, incluindo os potenciais direitos de voto detidos por outras entidades, devem ser consideradas na avaliação de a entidade possuir ou não influência significativa ou controle. DEFINIÇÕES Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 50,1% 9,9% 20% 20% Quem controla a empresa? GDF Suez Energy Latin America Participações Ltda GSELA Energia Sustentável do Brasil - ESBR (UHE JIRAU) 50,1% 20%9,9% 20% Camargo Corrêa Investimentos em Infra-Estrutura CCIE Companhia Hidro Elétrica do São Francisco CHESF Eletrosul Centrais Elétricas S.A. ELETROSUL Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Quem controla a empresa? Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Capital Social: ON = 57% PN = 43% Quem controlaa empresa? Ações ordinárias (ON), e preferenciais (PN). Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Investidas com perda de continuidade: Mantido o controle ou a influência, devem continuar a ser avaliadas pelo MEP, ainda que operando com restrições que indiquem a perda de continuidade. Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Devem ser avaliadas pelo menor entre o seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda (CPC 31/IFRS 5 - Ativos não circulantes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas). Se houver mudança de intenção, deve ser adotado o MEP retrospectivamente, desde a data da classificação como destinado a venda e as demonstrações contábeis devem ser refeitas desde esta data. Investidas destinadas à venda: Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 CONTROLADA E COLIGADA Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o exercício. Previsão Legal: art. 243, §2º da Lei 6.404/76 § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. Pelo entendimento do dispositivo legal, depreende-se que controladora é a sociedade que possui a titularidade de mais de 50% das cotas ou ações com direito a voto de outra sociedade. Podendo este controle ser exercido de forma direta ou indireta. 17 Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 CONTROLADA E COLIGADA - Continuação Exemplo: Imagine, agora, a situação abaixo: - Empresa J possui 60% do capital votante da empresa K; - Empresa J possui 30% do capital votante da empresa L; e - Empresa K possui 25% do capital votante da empresa L. Conglomerado Alfabético: Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 APLICAÇÃO DO MEP – RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO O Investimento deve ser inicialmente reconhecido pelo custo, e o seu valor contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. Lucro ou Prejuízo do período da investida deve ser reconhecida no resultado do período do investidor. As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento. Outros resultados abrangentes da investida, reconhecidos, de forma reflexa, diretamente em seu patrimônio líquido. Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Na aquisição do investimento, diferenças entre o custo do investimento e a parte do investidor no valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da controlada ou da coligada devem ser contabilizadas como segue: (a) o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) relativo a uma coligada deve ser incluído no valor contábil do investimento e sua amortização não é permitida. (b) qualquer excedente da parte do investidor no valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da coligada sobre o custo do investimento deve ser incluído como Receita (Ganho por Compra Vantajosa) na determinação da parte do investidor nos resultados da coligada no período em que o investimento for adquirido. APLICAÇÃO DO MEP – ÁGIO / DESÁGIO Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Na data da obtenção do controle (também coligada e controlada em conjunto), o montante do investimento deve ser registrado nas demonstrações contábeis individuais da adquirente, de forma segregada, da seguinte forma: 1) parcela relativa à equivalência patrimonial (aplicação da percentagem de participação adquirida) sobre o patrimônio líquido contábil da adquirida; 2) parcela relativa à diferença entre o valor obtido no item acima e a parte da adquirente no valor justo dos ativos líquidos da adquirida - Mais Valia. 3) diferença positiva entre o valor pago (ou valores a pagar) e o montante líquido proporcional adquirido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida - Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill). APLICAÇÃO DO MEP - ÁGIO Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 - Resultados não realizados de operações ascendentes (upstream) ou descendentes (downstream) devem ser eliminados. - Resultados não realizados de operações ascendentes ou descendentes com coligadas, devem ser eliminados proporcionalmente. - Resultados não realizados de operações ascendentes ou descendente com controladas, devem ser eliminados integralmente. RESULTADOS NÃO REALIZADOS Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Resultados não realizados, positivos ou negativos (lucro ou prejuízo*), devem ser eliminados. No entanto, a existência de transações que gerem prejuízos é, normalmente, evidência de necessidade de reconhecimento anterior de impairment, o que leva a não eliminação da figura desse prejuízo. RESULTADOS NÃO REALIZADOS Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 REQUISITOS DE DIVULGAÇÃO 1. O fair value (valor de mercado) dos investimentos em associadas para as quais existam cotações publicadas; 2. Resumo das informações financeiras das associadas, incluindo os montantes globais de ativos, passivos, receitas e lucros ou prejuízos; 3. A justificativa de não aplicação do MEP nos casos em que há presunção de influência significativa; 4. Ao contrário, se a influência não é presumida, deve ser incluída a justificativa para a aplicação do MEP; Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 5. A data das demonstrações financeiras da associada quando é utilizada com defasagem, bem como as razões para a utilização de uma data de relato diferente; 6. A natureza e a extensão das eventuais restrições à capacidade das investidas em transferir recursos para o investidor, sob a forma de dividendos em dinheiro, amortização de empréstimos ou adiantamentos, etc; 7. Eventuais perdas (líquidas) não registradas de associadas,para o período e cumulativamente. Além dessas divulgações, o investidor deve divulgar a sua parte nos passivos contingentes de um associado para os quais também é responsável. REQUISITOS DE DIVULGAÇÃO Caso Prático: Questão (TCU ESAF): A empresa Cia. Aços Especiais investiu 200.000,00 em ações da empresa S.A. Armamentos Gerais e contabilizou o investimento em “Ações de Coligadas”, constituindo uma participação acionária de 30%, a ser avaliada pelo método da equivalência patrimonial. No fim do exercício de 2014 a S.A. Armamentos Gerais contabilizou um lucro líquido anual de 20.000,00 e destinou 25% desse lucro para dividendos na forma do lançamento abaixo: Lucros Acumulados a Dividendos a Pagar Valor que ora se distribui aos acionistas...................................................5.000,00 Ao receber a comunicação sobre os dividendos propostos e contabilizados na forma acima, o Contador da empresa investidora, Cia. Aços Especiais, deverá promover o seguinte lançamento: a) Dividendos a Receber a Receitas de Dividendos..........................................1.500,00 b) Ações de Coligadas a Receitas de Dividendos.........................................1.500,00 c) Dividendos a Receber a Ações de Coligadas................................................1.500,00 d) Dividendos a Receber a Receitas de Dividendos.........................................5.000,00 e) Ações de Coligadas a Receitas de Dividendos.........................................6.000,00 Gabarito: C Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 A Cia. Investidora adquiriu por $ 72.000, em 31-12-X9, 60% das ações da Cia. Investida, cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 120.000. Em 31-12-X10, a Cia. Investida apurou um lucro líquido de $ 15.000, do qual a administração propõe a distribuição de $ 5.000 de dividendos. Assumindo que o investimento seja relevante, efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra, da avaliação do investimento e dos dividendos. Diário: Investimentos Disponibilidade (1) 72.000 xxxxx 72.000 (1) (2) 9.000 3.000 (3) 78.000 Resultado da equivalência patrimonial Dividendos a receber 9.000 (2) (3) 3.000 Caso Prático: Razonete: 1) Investimentos 3) Dividendos a Receber a Disponibilidade (Caixa/Bco c/Movimento Investimentos Aquisição, em 31/12/X9 de 60% das ações da Cia 72.000R$ Distribuição de R$ 5.000 x 60% de dividendos 3.000R$ 2) Investimento a Resultado da Equivalência Patrimonial Avaliação do Investimento pelo MEP, R$ 15.000 x 60%. 9.000R$ Aquisição de investimento em coligadas ou controladas – contabilização – com mais valia e goodwill. O ágio na aquisição de investimentos em coligadas e controladas deve ser classificado em duas parcelas: 1) MAIS VALIA dos ativos líquidos e 2) GOODWILL. Vamos explicar como ficam classificados no balanço individual e no balanço consolidado. Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo valor justo. A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos é a Mais Valia (antigamente chamada de “ágio por diferença de valor de mercado dos ativos”). E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o GOODWILL (também chamado de “ágio por expectativa de rentabilidade futura”). Um exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por $100.000. O valor justo do ativo líquido da XYZ é de $ 80.000 e o valor contábil é de $70.000. Cálculo da Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil Mais Valia: $80.000 – $70.000 = $10.000 Cálculo do Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e o valor justo do ativo líquido: Goodwill: $100.000 - $ 80.000 = $20.000. Nas demonstrações individuais da controladora, a Mais Valia e o Goodwill ficam classificados em Investimento, controlados em sub-contas: Diversos a Caixa/bancos Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial.................... 70.000 Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido..... 10.000 Investimento controlada XYZ – Goodwill................................. 20.000 100.000 ou D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial.................... 70.000 D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido..... 10.000 D – Investimento controlada XYZ – Goodwill................................. 20.000 C – Caixa/bancos............................................................................. 100.000 Observação: no balanço, pode aparecer apenas o valor do investimento, sem as sub-contas: investimento controlada XYZ.........100.000. No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos e passivos que lhe deram origem. E o goodwill será transferido para o Intangível, em conta específica. A Mais Valia será realizada conforme a realização do ativo e passivo que a originaram. E o Goodwill não é amortizado (não é realizado), apenas deve ser submetido ao teste de recuperabilidade. Se o valor pago for menor que o valor justo, surge a “Compra Vantajosa”, que era chamada de “Deságio”. A Compra Vantajosa deve ser reconhecida (contabilizada) no Resultado do Período. Exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 78.000. O valor justo do ativo líquido da XYZ é de $80.000 e o valor contábil é de $70.000. Cálculo da Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil Mais Valia: $80.000 – $70.000 = $10.000 Cálculo do Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e o valor justo do ativo líquido: Goodwill: $78.000 - $ 80.000 = - $2.000. (Goodwill Negativo = Compra Vantajosa). Contabilização na Controladora Cia KLR: Diversos a Diversos Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial........................ 70.000 Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido......... 10.000................80.000 a Compra Vantajosa – Controlada XYZ (resultado)...................... 2.000 a Caixa/bancos........................................................................... 78.000................80.000 ou D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial........................ 70.000 D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido......... 10.000 C – Compra Vantajosa – Controlada XYZ (resultado)......................... 2.000 C – Caixa/bancos.............................................................................. 78.000 A Cia. Rio Grande adquiriu, em 31/12/2013, 30% das ações da Cia. Rio Sul por R$ 3.000.000,00 à vista. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Rio Sul era R$ 5.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis dessa Cia. era R$ 6.000.000,00, sendo a diferença decorrente da variação entre o valor contabilizado pelo custo e o valor justo de um terreno. No período de 01/01/2014 a 31/12/2014, a Cia. Rio Sul reconheceu as seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido: - Lucro líquido de 2014: R$ 300.000,00 - Pagamento de dividendos: R$ 100.000,00 Com base nestas informações, o valor reconhecido em Investimentos em Coligadas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Rio Grande, em 31/12/2014, foi, em reais, a) 3.090.000,00. b) 1.590.000,00. c) 1.890.000,00. d) 3.060.000,00. e) 1.560.000,00. Gabarito: D Gabarito Comentado: Valor reconhecido em Investimento = valor pago pelas ações que corresponde a 3.000.000 PL de 5.000.000 x 30% = 1.500.000 O ágio mais-valia de ativos líquidos tem origem na aquisição de investimentos avaliados pelo MEP, sendo obtido pelaaplicação da percentagem de participação da investidora na diferença entre o patrimônio líquido a valor justo e o patrimônio líquido a valor contábil da investida. Mais valia de 300.000 % valor justo 1.800.000 (R$ 6.000.000 x 30%) - % PL 1.500.000 (R$ 5.000.000 x 30%) O ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago (ou valores a pagar) e o montante líquido proporcional adquirido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. Goodwill de 1.200.000 valor pago de 3.000.000 - % do valor justo 1.800.000 (R$ 6.000.000 x 30%) Avaliação do Investimento pelo MEP = LL de 300.000 x 30% = 90.000 Pgto de Dividendos 100.000 x 30% = 30.000 1.500.000 + 300.000 + 1.200.000 + 90.000 - 30.000 = 3.060.000 Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 Bibliografia Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e pela Lei no 11.941/09. Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). www.cpc.org.br Normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). www.cfc.org.br Normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). www.cvm.gov.br FIPECAFI, Manual de Contabilidade Societária (aplicável a todas as sociedades). São Paulo. Editora Atlas. 2010. MORAES JUNIOR, José Jayme. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro. Elsevier Editora. 3a Edição. 2011. NEVES, Silvério das; VICECONTTI, Paulo Eduardo V. CONTABILIDADE AVANÇADA E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. 17. ed. São Paulo: Frase, 2012.