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CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO I
PROFª Msc. LÍRIA KÉDINA CUIMAR DE SOUSA E MORAES
ALUNO:
TURMA:
DATA: 
UNIDADE 6
Poder de tributar e competência tributária: conceitos, atributos, espécies. Capacidade tributária ativa: delegação das funções de arrecadar e fiscalizar.
. PODER DE TRIBUTAR E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
COMPETÊNCIA  é o poder, capacidade ou aptidão legal que tem a pessoa, em razão de sua função ou cargo público, de praticar os atos inerentes a este ou àquela, e resolver qualquer assunto.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é o poder de cobrança atribuído às entidades de direito público (União, Estados, DF e Municípios), de modo que possam prover, através dos tributos, os meios necessários à satisfação das necessidades coletivas e do bem comum, de acordo com a Constituição Federal.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA (arts. 6o ao 8o)
DISPOSICÕES GERAIS
Todo ente político tem poder de tributar, mas nem todos têm competência em relação a determinados tributos. Assim, a competência tributária é a medida do poder de tributar.
– Conceito e espécies segundo Emygdio Rosa Jr. é a parcela do poder de tributar conferida pela CRFB a cada ente político para criar tributos. Espécies  legislativa, administrativa e de julgar tributos.
Nesse sentido deve ser entendido o art. 6o do CTN quando reza “a atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena”.
b) - Competência legislativa plena significa poder legislar sobre todos os aspectos dos tributos, tais como a quantia, a época, a forma de pagamento, a competência administrativa dos órgãos e repartições que o devem lançar, cobrar, fiscalizar, etc., enfim, todos os detalhes que não constam das NORMAS GERAIS, ou seja, abrange a legislativa, a administrativa e a de julgar tributos. 
A atribuição constitucional de competência tributária está prevista no Sistema Tributário Nacional e compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as imunidades (limitações) previstas na CRFB (art. 6o CTN e 145 CRFB). A competência tributária é um ordenamento do mundo jurídico que determina quem pode legislar sobre cada tributo, a quem ele pertence. Caso não existisse uma competência estabelecida, tanto a União, Estados, DF ou Municípios poderiam arrecadar o tributo que lhe conviesse.
Compete à União, aos Estados e ao DF legislar CONCORRENTEMENTE sobre normas gerais de direito tributário (art. 24 da CRFB/88).
A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados, que podem exercer a competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades, na hipótese de inexistir lei federal sobre àquelas normas (Ex: IPVA não tem Lei Complementar Federal). Mas, a superveniência de lei federal sobre normas gerais SUSPENDE a eficácia de lei estadual, no que for contrário. 
De outra parte, os Municípios têm competência para instituir e legislar sobre tributos especificamente deles; NÃO possuem competência para legislar concorrentemente sobre normas gerais de direito tributário (art. 24, § 4º da CRFB/88).
c) – Competência indelegável  O art. 7o do CTN estabelece que a competência tributária é indelegável, entendendo Aliomar Baleeiro que tal indelegabilidade refere-se apenas à competência legislativa, pois a pessoa de direito público interno beneficiada com competência exclusiva para instituir tributo não poderá delegar à outra.
O § 3o do art. 7o do CTN prescreve que “não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos”. Tal dispositivo quer significar tão-somente que a delegação prevista no caput do dispositivo não se refere à competência legislativa de instituir tributos, mas de exigir e arrecadar.
Quanto à competência tributária legislativa, o seu não-exercício pela pessoa jurídica de direito público não a defere a ente político diverso (art. 8o CTN).
Capacidade tributária é a aptidão para figurar no pólo ativo (direito de cobrar) ou passivo (dever de pagar) de obrigações tributárias. Difere-se da competência tributária, que nada mais é do que a aptidão para criar tributos em abstrato.
	Em Direito tributário, capacidade tributária é a aptidão para figurar no pólo ativo (direito de cobrar, sendo portanto sujeito ativo) ou passivo (dever de pagar, sendo portanto sujeito passivo) da obrigação tributária. A depender do pólo ocupado, nos referimos a ela como "capacidade tributária ativa", ou "capacidade tributária passiva".
A capacidade tributária ativa é delegável por meio de lei à terceira pessoa que poderá arrecadar o tributo em nome e por conta da pessoa política tributante ou poderá arrecadá-lo para implemento de suas atividades. Difere-se da competência tributária, que é indelegável até mesmo por meio de lei.
A capacidade tributária passiva alcança todas as pessoas sujeitas à incidência tributária em razão de sua atividade ou situação. Esta capacidade independe da capacidade civil.(vide art. 126)
	A capacidade tributária passiva independe: I - da capacidade civil das pessoas naturais; II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
	A capacidade tributária passiva é independente, pois o tributo é uma obrigação que decorre da lei.
 	O nosso CTN deixa claro que consagrou a orientação pela qual o que interessa ao Direito Tributário é o aspecto econômico, a relação econômica subjacente existente na situação tributária. Daí, se um menor, por seu representante legal, ou um dentista impedido de exercer a profissão, ou ainda uma sociedade não regularmente constituída nos termos da lei mercantil (sociedade de fato ou irregular), praticarem atos sujeitos à incidência de tributos, não poderão invocar (OPOR) a menoridade, a proibição do exercício da profissão ou a existência ilegal da pessoa jurídica para escaparem ao cumprimento da obrigação tributária. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA = é atribuída, exclusivamente, pela CRFB, e classifica-se em: Privativa, Comum, Residual, Extraordinária e Cumulativa.
=>PRIVATIVA  A competência é PRIVATIVA quando o tributo pode ser instituído pela entidade estatal à qual se refere a CRFB, em termos de exclusividade. Somente os impostos são tributos de competência privativa. Vamos aproveitar e enumerar os impostos e sua respectiva competência tributária.
Competência privativa da União (art. 153 CRFB)II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, grandes fortunas
Competência privativa dos Estados e DF (art. 155 CRFB) ICMS, IPVA, ITCD
Competência privativa dos Municípios (art. 156 CRFB) IPTU, ISS, ITBI
As contribuições especiais só podem ser cobrados pela União (arts. 148 e 149 da CRFB/88), o que alguns autores classificam como competência especial, em razão da polêmica doutrinária acerca da sua natureza tributária (se são ou não tributos).
=>COMUM  A competência é COMUM quando as 3 órbitas do governo podem criar tributo de idêntica natureza jurídica.
As taxas e as contribuições de melhoria, contudo, são tributos que pertencem à competência comum dos 3 níveis de governo. Os três podem cobrá-las, quando for o caso. Já os impostos só podem ser cobrados pelo nível de governo que o administra. Por exemplo, só os Estados e o Distrito Federal podem cobrar o ICMS; a União e os Municípios não.
=> RESIDUAL  A competência é RESIDUAL quando apenas uma pessoa de Direito Público pode instituir impostos além dos previstos na CRFB/88. Essa competência, pela nossa CRFB, só poderá ser exercida pela União. São características da competência residual (art. 154, I CRFB): instituir um novo imposto, ou seja, que não tenha base de cálculo ou fato gerador própriosdos discriminados pela CRFB, mediante Lei Complementar, e o imposto deverá ser não-cumulativo, ou seja, para calcular o imposto em uma operação abate-se o que foi pago na operação anterior. OBS: CUIDADO! O exercício da competência residual é instituir um novo IMPOSTO e não um novo TRIBUTO.
=>EXTRAORDINÁRIA  (art. 154, II, CRFB), somente a União poderá exercer, na iminência ou no caso de guerra externa. A União poderá instituir impostos, compreendidos ou não na sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação, através de Lei Ordinária Federal.
=>CUMULATIVA  é a competência da União para instituir, em territórios federais, impostos estaduais e municipais (na hipótese do território não ser dividido em municípios), e ao DF para instituir os impostos estaduais e minicipais (CRFBe. art. 147 e 155 da CRFB/88).
– A tributação nos Territórios Federais (art. 147 CRFB) como se sabe, os TF não possuem competência tributária, pois a CRFB não atribuiu. Competem à União, nos Territórios Federais, os impostos estaduais. Caso o TF não seja dividido em Municípios, competem também à União os impostos municipais. É claro que se for dividido em Municípios, os impostos municipais competem ao próprio Município, eis que os Municípios possuem competência tributária.
Já no caso do Distrito Federal, competem ao próprio DF os impostos municipais, eis que o DF não pode ser dividido em Municípios.

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