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Competencia Tributaria

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13/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/3
Competência Tributária
Competência tributária é a faculdade atribuída pela Constituição Federal às
pessoas jurídicas de direito público com capacidade política (que desfrutam de
poder legislativo próprio) para criarem tributos. São elas: a União, os Estados os
Municípios e o Distrito Federal.
Assim, é na nossa Lei Maior onde estão prescritos taxativamente quais tributos
podem ser criados por cada uma das Pessoas Políticas. A isto se chama
“Discriminação Constitucional de Rendas”. Não obstante, para que um Ente possa
cobrar um tributo a ele discriminado, não basta dispor da competência tributária
conferida pela Constituição. Ela (a competência) deve ser exercida mediante Lei
do próprio Ente.
Para criar o tributo, estas pessoas devem observar o processo legislativo que
culmina na edição de um lei tributária, isso é, que contenha a definição da
hipótese de incidência, a base de cálculo, a alíquota e a discriminação dos sujeitos
ativo e passivo. 
A competência tributária não se confunde com a capacidade tributária
ativa,ou seja, com capacidade de ser sujeito ativo da relação jurídica tributária.
 Vejamos:
Art. 7º – A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito
público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
Isso porque a pessoa de direito público, a União, por exemplo, pode atribuir a
alguém a capacidade de figurar no polo ativo de uma relação jurídica tributária,
como acontece com o INSS, ao cobrar a contribuição previdenciária. Note-se que,
a despeito de se tratar de uma Autarquia Federal, é com base neste dispositivo
que o INSS fiscalizava e arrecadava diversos tributos (no caso, contribuições) da
competência tributária da União.
- Características ou atributos da competência tributária
a) Indelegabilidade - competência tributária é indelegável a terceiros. Pode-se
até não exercê-la, mas nunca delegá-la. (v. art. 7º do CTN;
b) Irrenunciabilidade – não há razão para permitir a renúncia, que poderia
justificar desvios de propósitos;
c) Incaducabilidade- a competência tributária não decai caso não seja
exercida;
d) privatividade – cada ente político recebeu suas competências privativas;
e) Inalterabilidade: a competência tributária não pode ser ampliada pelo ente
político que a detém.
 
2. Repartição das competências tributárias:
13/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/3
Como vimos, a competência tributária é, em síntese, a competência legislativa
conferida a uma Pessoa Política – dotada, portanto, de Poder Legislativo – para
instituir tributos discriminados a ela pela Constituição Federal.
A instituição de tributos é normalmente realizada por meio de lei ordinária. Há,
porém, várias exceções, como a instituição por lei complementar do imposto
sobre grandes fortunas. Tais exceções, contudo, devem ser expressas.
2.1- Competência da União
A União detém a competência comum com os Estados, Distrito Federal e os
Municípios para instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. (art.
145, I, II e III da CF)
É competência privativa da União: os empréstimos compulsórios (art. 148), a
grande maioria das contribuições especiais (art. 149) e, os sete impostos
previstos no artigo 153 da Constituição Federal ( II, IE, IR, IPI,IOF, ITR, IEG).
Só a União possui competência residual para instituir impostos outros além
daqueles de sua competência privativa. É o artigo 154, inciso I, da Carta
Constitucional que a prevê:
Art. 154 – A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde
que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprios dos discriminados nesta Constituição.
Vale destacar que os impostos, pelo exercício desta competência, devem ser
instituídos por meio de lei complementar e não por lei ordinária. Não podem
apresentar fato gerador ou base de cálculo dos outros impostos já expressamente
discriminados, isto para evitar que a União invada a competência privativa das
outras Pessoas Políticas. Ressalte-se que a competência residual diz respeito a
impostos, e não a tributos em geral.
É da competência residual também o poder conferido à União de criar outras
contribuições para a seguridade social além daquelas previstas expressamente no
art. 195 da Constituição Federal. É o que determina o parágrafo 4° deste artigo.
À semelhança da competência residual, só a União dispõe de competência
extraordinária prevista no inciso II do mesmo artigo 154:
Art. 154 – A União poderá instituir:
(...)
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários,
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos,
gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
O motivo da criação: guerra externa (não é possível a criação de impostos
extraordinários na hipótese de guerra civil, isto é, guerra contra grupos
nacionais).
Cabe frisar que tal imposto deve ser suprimido, gradativamente. A CF não
estabelece o prazo, ficando o disposto no CTN, no artigo 76: cinco anos a partir da
celebração da paz.
13/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/3
2.2- A competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispõem de competência comum
para instituírem impostos, taxas e contribuições de melhoria.
A CF confere aos Estados e ao Distrito Federal, a competência privativa para
instituir os três impostos discriminados no artigo 155 (ICMS, IPVA e ITCMD).
Cabe aos Municípios, a competência privativa para instituir outros três impostos
previstos no artigo 156 (IPTU, ISS, ITBI).
Além de o Distrito Federal possuir a mesma competência dos Estados, segundo o
artigo 155, possui também a competência para instituir os impostos municipais
(CF, art. 147). Portanto, o Distrito Federal tem competência para instituir:
ICMS, IPVA, ITCMD + IPTU, ISS e ITBI.

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