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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL E DO NOVO
CONTADOR PARA A ADMINISTRAÇÃO.
Antonelyr Maria Barbosa de Vasconcelos
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Resumo
Em meio a um ambiente empresarial competitivo, como mostra o cenário econômico,
o trabalho tem como objetivo apontar, como a Contabilidade Gerencial, enquanto ciência
definida como processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação,
interpretação e comunicação de informações financeiras é importante na tomada de decisões
para a administração de linha. Em decorrência de todo o processo de desenvolvimento da
contabilidade gerencial, criou-se a necessidade, de um agente que pudesse quantificar,
qualificar e interpretar os efeitos de transações planejadas e outros eventos econômicos na
empresa, incluindo aspectos estratégicos, táticos e operacionais, requerendo assim, uma nova
postura do profissional de contabilidade. O novo contador, julga as implicações de eventos
históricos e esperados, ajudando na escolha do curso ótimo de ações, incluindo a tradução de
dados em tendências e relações, como a comunicação das conclusões derivadas, efetivamente
e prontamente, das análises. Com a otimização do processo, por meio da informação gerencial
contábil e atuação do novo contador, gera-se um nível de eficácia e eficiência satisfatórios
para pronto atendimento das necessidades dos "stakeholders".
1. INTRODUÇÃO
 Na atual vigorosa competição global, que as empresas estão vivenciando, o
desempenho medido pelos padrões históricos não faz mais sentido. A melhoria contínua de
desempenho é necessária para igualar-se à frente dos principais competidores. A melhoria
contínua refere-se aos processos avançados, pelos quais os funcionários solucionam
problemas e pesquisam métodos para reduzir e eliminar desperdícios, melhorar a qualidade e
reduzir defeitos. Neste trabalho, vamos encontrar o conceito e a importância da Contabilidade
Gerencial para a administração e principalmente, acentuando o papel da informação gerencial
contábil, para ajudar nas atividades decisórias e de resolução de problemas. Em vista deste
tema, temos a transitória função do contador, que deixa de ser caracterizado como um
profissional que somente olha para o passado, e passa a tratar de um futuro próximo,
desenvolvendo assim, agilidade, perspicácia e disponibilidade para resolução de problemas
que surgem, por causa principal da constante mudança do cenário econômico.
2. POR QUE A CONTABILIDADE É IMPORTANTE?
Como a Contabilidade é tão importante, é aconselhável que todos os administradores
de todos os tipos de organização compreendam sua utilidade e suas limitações. Os presidentes
de empresas, os gerentes de produção, os contadores públicos, os administradores de
hospitais, os controllers, os administradores de escolas, os gerentes de vendas e os políticos
ficam mais preparados para exercer suas funções quando conseguem entender razoavelmente
informações contábeis.
O estudo de contabilidade administrativa pode ser particularmente frutífero, pois ele
nos ajuda a entender o ponto de vista dos que estão sujeitos a medidas contábeis de
desempenho e que muitas vezes dependem muitíssimo de dados contábeis para se orientarem
em suas decisões. Não há escapatória para a relação entre contabilidade e administração. Por
isso, o estudo de contabilidade administrativa ajudará, independentemente de vir a ser um
gerente ou um contador ou vir a trabalhar no comércio varejista, na indústria, na área de
assistência à saúde, na administração pública.
Quanto mais os administradores souberem de contabilidade, melhor poderão planejar e
controlar as atividades de sua organização e suas subunidades. Os administradores ficarão
prejudicados em seu relacionamento com partes de dentro e de fora da empresa se seu
entendimento de contabilidade for por alto ou confuso. Portanto, o aprendizado de
contabilidade é quase sempre um investimento que vale a pena.
3. MEIOS E FINS DE UM SISTEMA CONTÁBIL
Um sistema contábil é um meio formal de se reunir dados para ajudar e coordenar
decisões coletivas à luz das metas ou objetivos gerais de uma organização. O sistema contábil
é o maior sistema de informações quantitativas de quase todas as organizações. Um sistema
contábil eficaz dá informações para três finalidades amplas:
Relatórios internos para administradores, para uso no planejamento e controle das
atividades de rotina;
Relatórios internos a administradores, para serem usados no planejamento
estratégico, quer dizer, na tomada de decisões especiais e na formulação de políticas globais e
de planos de longo prazo;
Relatórios externos para acionistas, para o governo e para outras partes externas.
Os meios que os sistemas contábeis se servem para cumprir os fins, de acordo com
determinados níveis organizacionais, é por meio de coleta, classificação e relatório de dados.
Em suma, a tarefa dos contadores de fornecer informações tem três facetas:
Registro. É a acumulação de dados. Este aspecto da contabilidade permite que partes
internas e externas avaliem o desempenho e a posição organizacional.
Direção da Atenção. É o relatório e a interpretação de informações que ajudam os
administradores a concentrar-se nos problemas, imperfeições, ineficiências e oportunidades
operacionais. Este aspecto da contabilidade ajuda os administradores a lidar com importantes
aspectos das operações com a devida rapidez para que possam tomar medidas eficazes com
um planejamento sensível ou com uma supervisão diária perspicaz. A direção da atenção está
comumente associada ao planejamento e controle do momento e à análise e investigação de
relatórios contábeis internos de rotina.
Solução de Problemas. Este aspecto da contabilidade envolve a quantificação concisa
dos méritos relativos de possíveis alternativas de ação, muitas vezes com recomendações para
o melhor procedimento. A solução de problemas está comumente relacionada a decisões não
repetitivas, a situações que exigem análises contábeis de relatórios.
As tentativas de se fazer às distinções acima, às vezes, superpõem umas as outras ou
se misturam, mas ajudam a entender os objetivas e as tarefas dos contadores e dos
administradores.
4. A CONTABILIDADE GERENCIAL
Algumas caracterizações:
 “A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um
enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e
tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de
balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou
numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes
das entidades em seu processo decisório”. *
 “A Contabilidade Gerencial preocupa-se com a informação contábil útil à
administração”. **
“Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração, acumulação,
análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela
administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para
assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos.” ***
4.1 DIFERENÇAS ENTRE CONTABILIDADE GERENCIAL E
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Os métodos da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial foram
desenvolvidos para diferentes propósitos e para diferentes usuários das informações
financeiras. Há, contudo, numerosas similaridades e áreas de sobreposição entre os métodos
da contabilidade financeira e gerencial.
1. Administradores para o planeja
mento estratégico e decisões espe
ciais.
2. Administradores para o planeja
mento e o controle das operações
de rotina.
3. Informações externas para
investidores, agentes fiscais,
órgão reguladores e outros.
Dados para a solução de
problemas.
Dados de Registros
Dados de direção da atenção
Dados para a solução de
problemas
Dados de Registros.
Principais Fins:
Ajudar as decisões:
Principais Meios:
Dados contábeis:
Meios e fins de um sistema contábil
Contabilidade financeira lida coma elaboração e a comunicação de informações
econômicas de uma empresa dirigidas a uma clientela externa: acionistas, credores (bancos,
debenturistas e fornecedores), entidades reguladoras e autoridades governamentais tributárias.
A informação contábil financeira comunica aos agentes externos as conseqüências das
decisões e das melhorias dos processos executadas por administradores e funcionários. O
processo contábil-financeiro está restrito aos requisitos obrigatórios de elaboração de
relatórios por parte das autoridades regulamentadoras externas , tais como o Financial
Accounting Standards Board (FASB) e a Securities and Exchange Comission (SEC) nos
Estados Unidos, assim como pelas agências governamentais de impostos. Conseqüentemente,
a contabilidade financeira tende a ser direcionada por regras, e os estudantes de contabilidade
financeira estudam lançamentos no diário e procedimentos que geram os demonstrativos
financeiros obrigatórios.
A Contabilidade Gerencial deve fornecer informações econômicas para a clientela
interna: operadores/funcionários, gerentes intermediários e executivos seniores. As empresas
são muito reservadas na elaboração de seus sistemas de contabilidade gerencial. Os
administradores devem usar essa discrição para desenhar sistemas que forneçam informações
que ajudem os funcionários a tomar boas decisões, não apenas sobre seus recursos
organizacionais (financeiros, físicos e humanos), mas, também, sobre seus produtos, serviços,
processos, fornecedores e clientes. As informações geradas pela contabilidade gerencial
podem auxiliar os funcionários a aprender como fazer o seguinte:
1. Melhorar a qualidade das operações.
2. Reduzir os custos operacionais.
3. Aumentar a adequação das operações às necessidades dos clientes.
Entretanto, os estudantes de contabilidade gerencial atentam para as decisões e
necessidades informacionais dos participantes da empresa.
Dessa descrição sucinta, pode parecer lógico que o processo contábil começaria pela
determinação da informação necessária para propósitos internos e, após elaborar um excelente
sistema de contabilidade gerencial, tratar das necessidades da clientela externa considerando o
impacto econômico dessas decisões internas. Decerto, no século XIX, os sistemas contábeis
das empresas foram desenhados para atender às tomadas de decisões e as necessidades de
controle dos administradores.
Características básicas da contabilidade financeira e gerencial
Contabilidade Financeira Contabilidade
Gerencial
Clientela Externa: acionistas,
credores, autoridades tributárias.
Interna: funcionários,
administradores, executivos.
Propósito Reportar o desempenho
passado às partes externas;
contratos com proprietários e
credores.
Informar decisões
internas tomadas pelos
funcionários e gerentes;
feedback e controle sobre
desempenho operacional;
contratos com proprietários e
credores.
Data Histórica, atrasada. Atual, orientada para o
futuro.
Restrições Regulamentada: dirigida
por regras e princípios
fundamentais da contabilidade e
por autoridades governamentais
Desregulamentada:
sistemas e informações
determinadas pela administração
para satisfazer necessidades
estratégicas e operacionais.
Tipos de
Informação
Somente para mensuração
financeira.
Mensuração física e
operacional dos processos,
tecnologia, fornecedores e
competidores.
Natureza da
informação
Objetiva, auditável,
confiável, consistente, precisa.
Mais subjetiva, e sujeita
a juízo de valor, válida,
relevante, acurada.
Escopo Muito agregada; reporta
toda a empresa.
Desagregada; informa as
decisões e ações locais.
4.2 CONTABILIDADE GERENCIAL COMO INSTRUMENTO DA
ADMINISTRAÇÃO
Entendemos que a Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação que
faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial se houver dentro dela
pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade
Gerencial significa gerenciamento da informação contábil.
4.3 COMO A INFORMAÇÃO GERENCIAL CONTÁBIL AJUDA AOS
ADMINISTRADORES?
Medidas da condição econômica da empresa, como as de custo e lucratividade dos
produtos, dos serviços, dos clientes e das atividades das empresas, são obtidas dos sistemas de
contabilidade gerencial. Além disso, a informação gerencial contábil mede o desempenho
econômico de unidades operacionais descentralizadas, como as unidades de negócios, as
divisões e os departamentos. Essas medidas de desempenho econômico ligam a estratégia da
empresa à execução da estratégia individual de cada unidade operacional. A informação
gerencial contábil é, também, um dos meios primários pelo qual operadores/funcionários,
gerentes intermediários e executivos recebem feedback sobre seus desempenhos, capacitando-
os a aprenderem com o passado e melhorarem para o futuro.
Por fim, as empresas obtêm sucesso e prosperam com base na elaboração de produtos
e de serviços que os clientes valorizam, produzindo-os e distribuindo-os aos clientes por meio
de processos operacionais eficientes, divulgando e vendendo, efetivamente, os resultados da
empresa aos clientes. Embora a informação gerencial contábil não possa garantir o sucesso
dessas atividades organizacionais críticas, seu mau funcionamento resultará em severas
dificuldades para as empresas. Sistema de contabilidade gerencial efetivos podem criar
valores consideráveis, fornecendo informações a tempo e precisas sobre as atividades
requeridas para o sucesso das empresas atuais.
A contabilidade formaliza o controle sob a forma de relatórios de desempenho, que
dão feedback pela comparação dos resultados com os planos, lançando luz sobre as variações,
isto é, desvio de planos (RISCOS).
Administração de Linha Sistema Contábil Interno
PLANEJAMENTO
(DECISÃO)
AÇÃO
(EXECUÇÃO)
AVALIAÇÃO
(FEEDBACK)
Orçamento
Documentos-fonte,
e.g., faturas.
Registros e
Mensuração das ações
Razão geral e
razões auxiliares
Classificações de ações
Relatório de
Desempenho
Relatórios de ações
Esquema contábil de planejamento e controle
4.4 FUNÇÕES DA CONTABILIDADE GERENCIAL
Informação gerencial contábil participa de várias funções organizacionais diferentes –
controle operacional, custeio do produto e do cliente, controle administrativo e controle
estratégico, segundo o quadro abaixo:
Funções da informação gerencial contábil
Controle operacional Fornece informações (feedback) sobre a
eficiência e a qualidade das tarefas executadas
Custeio do produto e do
cliente
Mensura os custos dos recursos para se
produzir, vender e entregar um produto ou serviço aos
clientes.
Controle administrativo Fornece informação sobre o desempenho de
gerentes e de unidades operacionais.
Controle estratégico Fornece informações sobre o desempenho
financeiro e competitivo de longo prazo, condições de
mercado, preferências dos clientes e inovações
tecnológicas.
Dependendo do nível organizacional, a demanda pela informação gerencial contábil é
diferente. Ao nível de operador (linha de frente), onde a matéria prima ou as peças adquiridas
são convertidas em produtos acabados e onde os serviços são executados para os clientes,
primariamente, a informação é necessária para controlar e melhorar as operações. A
informação é desagregada e freqüente; ela é mais física que financeira e econômica. À medida
que se sobe na empresa, os gerentes intermediários supervisionam o trabalho e tomam
decisões sobre recursos físicos e financeiros, produtos, serviços e clientes. Esses gerentes
podem receber informação gerencial contábil com menor freqüência e maior grau de
agregação. Eles a usam para receber sinais de alerta sobre aspectos operacionais que estão
diferentes das expectativas. Os gerentes intermediários, também, usam a informação gerencial
contábil para ajudá-los na elaboração de melhores planos e nas decisões.
Os executivos dos mais altos níveis da empresa recebem informação gerencial contábil
que resume as transações e eventos que ocorrem com cada operador, cliente e níveis
departamentais; eles usam essa informaçãopara apoiar decisões que têm conseqüências em
longo prazo para a empresa. Normalmente, os executivos recebem a informação com menor
freqüência, já que a utilizam para decisões estratégicas, em vez de usarem-na para decisões
operacionais. Historicamente, os executivos de nível sênior têm usado a informação
financeira, quase que exclusivamente, para avaliar os efeitos de eventos econômicos globais
sobre toda a empresa.
Recentemente, entretanto, executivos seniores, monitoram um conjunto maior de
indicadores balanceados que inclui muito mais informações não financeiras, particularmente,
sobre os seguintes fatores:
1. Clientes e mercador
2. Inovações em produtos e serviços
3. Qualidade total, tempo de processamento, e custo dos processos internos
críticos
4. Capacidade dos funcionários e dos sistemas da empresa.
Esse cartão de desempenho de negócios, o scorecard, capacita os executivos seniores a
não monitorar o desempenho passado, como também a entender os direcionadores do
desempenho futuro.
Os contadores gerenciais não podem esperar que um único conjunto padronizado de
relatórios vá atender a todas as necessidades dos funcionários e dos gerentes. Essa
necessidade de adequar a informação gerencial contábil para cada tipo de cliente, ou seja,
funcionários e gerentes, em termos de decisão, aprendizagem e controle.
 5. O PAPEL DO CONTADOR
Consideremos a distinção entre autoridade de linha e autoridade de assessoria. Quase
todas as organizações específicas certas atividades como sua missão básica, como, por
exemplo, a produção de vendas de bens e serviços. Todas as subunidades da organização
diretamente responsáveis pela execução destas atividades básicas chamam-se departamentos
de linha. As outras são chamadas de departamentos de assessoria, pois sua principal tarefa é
dar suporte ou prestar serviço aos departamentos de linha. Assim, as atividades de assessoria
estão indiretamente relacionadas com as atividades básicas da organização.
O controller tem um papel de assessoria, contrastando com os papéis de linhas dos
executivos de vendas e de produção. O departamento de contabilidade tem a incumbência de
prestar serviços especializados a outros administradores, inclusive aconselhamento e ajuda em
matéria de orçamento, análise de variações, determinação de preços e tomada de decisões
especiais. O departamento de contabilidade não tem autoridade direta sobre os departamentos
de linha: sua autoridade de prescrever métodos uniformes de contabilização e de relatórios é
delegada ao controller pela administração de linha superior. O procedimento contábil
uniforme é autorizado pelo presidente da empresa e implantado em seu nome pelo controller.
Quando este prescreve o papel do departamento de linha de fornecer informações contábeis,
não está agindo como o controller, isto é, como um membro da assessoria, está agindo em
nome da administração de linha superior.
5.1 TOMADA DE DECISÕES ESPECIAIS
Muito embora, o papel do contador no Brasil ainda esteja em transição, podemos
destacar, sua importante influência nas decisões especiais dentro de uma empresa, uma vez,
que a perfeita definição para a função seja de “maior intérprete da linguagem de negócios”,
interesse diretamente, os executivos de linha.
Os contadores têm um importante papel no processo de solução de problemas, não
como responsáveis por decisões, mas como responsáveis pelo levantamento e pela informação
de dados que interessam. Seus relatórios têm que apresentar dados válidos _ números que
meçam as quantidades pertinentes para a decisão a ser tomada. Muitos administradores
querem que o contador faça recomendações sobre a decisão apropriada, apesar de a escolha
final sempre ser do executivo de linha.
Deve-se Ter sempre em mente a distinção entre precisão e interesse. Em termos ideais,
os dados devem ser precisos (exatos) e de interesse (pertinentes).
Os aspectos de cada alternativa podem ser divididos em duas categorias amplas:
qualitativos e quantitativos. Os fatores qualitativos são aqueles para os quais é difícil e
imprecisa uma mensuração em unidades monetárias; no entanto, um fator qualitativo pode,
facilmente, ter um peso maior que uma economia de custo mensurável. Por exemplo, a
oposição de um sindicato ativo à aquisição de novas máquinas poupadoras de mão-de-obra,
pode fazer com que um executivo adie ou até rejeite de todo a instalação pretendida. Por outro
lado, a possibilidade de se fabricar um componente a um custo inferior ao preço de venda do
fornecedor pode ser rejeitado, porque, se fosse aceita, poderia fazer com que a empresa
passasse a depender do fornecedor, em longo prazo, para o fornecimento de outras
submontagens. Os fatores quantitativos são os que podem ser mais facilmente reduzidos a
valores monetários_ por exemplo, os custos projetados de materiais alternativos, de mão-de-
obra direta e de despesas indiretas. O contador, a estatístico e matemático procuram exprimir
o máximo possível de fatores de decisão em termos quantitativos. Este método diminui o
número de fatores qualitativos a serem avaliados.
5.2 O SIGNIFICADO DO CONTADOR
A solução de problemas é, em essência, decisão _ a escolha de um dentre vários
caminhos a serem seguidos. Estes caminhos são identificados por um processo de busca e
triagem quase sempre demorado, formal ou informal, levado a cabo, talvez, por uma equipe
da empresa formada por engenheiros, contadores e executivos de linha.
O papel do contador na solução de problemas é, basicamente, o de um técnico
especializado em análise de custos. A responsabilidade do contador é ter certeza de que o
administrador se oriente por dados que interessam, informações que o levam a tomar a
melhor decisão.
5.3 DEFINIÇÃO DE INTERESSE
Considerando as últimas etapas do processo decisório, dois (ou mais) caminhos são
propostos e comparados. A decisão baseia-se na diferença do efeito de ambas sobre o
desempenho futuro
Os dados históricos ou passados não têm influência alguma na decisão. Podem ser
úteis para se fazer previsões, mas os números passados, por si mesmos, são sem interesse pelo
simples fato de não serem os dados futuros esperados que os administradores têm que usar em
decisões inteligentes. As decisões afetam o futuro. Nada pode alterar o que já aconteceu;
todos os custos passados já se foram no que diz respeito às decisões atuais ou futuras.
Dos dados futuro esperado, só os que diferirão entre as alternativas é o que interessam.
Qualquer item é desprovido de qualquer interesse se continuar inalterado
independentemente da alternativa escolhida.
5.4 AS PREVISÕES
Embora os dados históricos sejam freqüentemente usados como orientação para a
previsão, não interessam por si mesmos para a própria decisão.
Estas previsões, por sua vez, tornam-se elementos do modelo de decisão, ou seja, o
método para se fazer a escolha.
O novo contador, além de atuar em todo processo decisório, de maneira a ser
considerado o “braço direito da administração”, ainda tem em seu papel atual como item
importante, prestar atenção a todos os “Stakeholders”, (clientes, fornecedores, empregados,
acionistas e sociedade em geral) para que todos os objetivos primários da empresa sejam
alcançados, e ainda está incluso, nos indicadores da aderência ao planejamento estratégico.
Processo Decisório e o papel da informação
Métodos de Previsão
Previsões como elementos de modelo de decisão
Modelo de DecisãoModelo de Decisão
Decisões dos administradores com
a ajuda do modelo de decisão
Execução e Avaliação
Feedback
Informações Históricas Outras informações
6. CONCLUSÃO
O trabalho não tem a pretensão de ter esgotado o tema proposto, porém espera ter
conseguido mostrar clara e objetivamente, o quanto a contabilidade, e em especial a
contabilidade gerencial e o atual papel do contador, que ainda passa por um processo de
mudança, tem enriquecido e otimizado na tomada de decisões do processo administrativo.
O modelo organizacional que deverá fazer face à sociedade da informação já está
sendo difundido, pois estábaseado na coleta e tratamento da informação que terá maior
impacto no processo decisório.
O contador vem assumindo uma função que oferece à sociedade vários benefícios,
incluindo menores riscos ao investir, e melhor destinação do recurso e, a indiscutível
capacidade de aprender a lidar com mudanças e com as idéias de melhorias.
Por fim, a maior intenção da pesquisa era relatar que dois universos que caminhavam
juntos, mas ao mesmo tempo em paralelo, vem se aproximando do cruzamento, formando
uma mistura homogênea por meio da contabilidade gerencial. E ao que tudo indica, “é
melhor estar aproximadamente certo, que precisamente errado”.
7. BIBLIOGRAFIA
HORNGREN, Charles T., Introdução à Contabilidade Gerencial, São Paulo,
Editora LTC, 1981.
ATKINSON, Anthony A. , BANKER, Rajiv D., KAPLAN, Robert S., YOUNG, S.
Mark, Contabilidade Gerencial, São Paulo, Editora Atlas, 2000.
TAVARES, Mauro Calixta, Gestão Estratégica, São Paulo, Editora Atlas, 2000.
NAKAGAWA, Masayuki. O Verdadeiro Papel do Contador No Brasil.
PADOVEZE, Clovis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de
informação contábil. São Paulo: Ed Atlas, 1993.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 4. Ed., São Paulo : Atlas, 1991.
CEI, Nena Gerusa. Contabilidade gerencial e o processo decisório. Belo
Horizonte, 1999.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2000.
NETO, Thomas Corbett. Contabilidade de Ganhos. A nova contabilidade
gerencial de acordo com a Teoria das Restrições. Editora Nobel. São Paulo. 1997.
(*) Sérgio de Iudícibus
(**) Robert N. Anthony
(***) Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos

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