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Filosofia_Grega Resumo

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Aula n. 1
A FILOSOFIA GREGA
1.1 – Considerações iniciais.
O direito não é algo estático e o seu operador deve estar atento à sua evolução e, por não menos importante, também deve ter a compreensão de sua gênese, sob pena de permanecer com uma visão míope, fragmentada no direito positivado, sem perspectiva de vislumbrar uma imagem contextual e do seu real significado. 
Essa visão global se faz necessária para que ocorra uma postura transformadora de criação do direito e não a mera reprodução do que já está posto de tal maneira que possibilite sua inserção no processo de evolução, transformando-o em agente útil à contribuição do crescimento e aprimoramento do direito. 
Para que se possa obter essa visão contextual faz-se necessário sair do “casulo” de normas positivadas com o qual a grande maioria dos profissionais do direito trabalha no dia a dia (o qual funciona como uma esfera onde o indivíduo enxerga e fica conhecendo só o interior da mesma) e olhar o sistema pelo lado de fora, de tal maneira que possa vislumbrar o seu todo, sem se deixar envolver por suas paixões e valores, de tal forma a obter o diagnóstico mais completo. Para que a investigação possa ser proveitosa deve ser isenta, sem um apego exagerado a uma determinada direção ou tendência, sob pena de pecar pelo desprezo ou esquecimento de possíveis caminhos que podem ser mais seguros, confortáveis e úteis. Para tanto, é necessário despojar-se “da parcialidade das idéias e conceitos jurídicos” atuais para compreender corretamente a evolução ocorrida e o sentido da mesma.�
Se esta observação externa começar por suas raízes ou origens ter-se-á uma probabilidade de êxito muito maior, uma vez que não se pode compreender o presente sem saber o que ocorreu no passado. O Direito é um fenômeno histórico, até mesmo pelo fato de que o “homem é um ser histórico”, pois “o seu passado” “é uma parte integrante do seu ser actual”.� É o conhecimento dos fatos passados que permitem a identificação do caminho percorrido e a tendência do rumo que irá seguir no futuro, de tal forma, que subsidiará uma decisão mais segura e sábia no presente. 
[...] Quem quiser compreender o Direito do presente no seu estádio actual tem também que ter em vista o seu devir histórico, bem como a sua abertura face ao futuro. A persistência do passado no Direito historicamente deveniente é o tema da história do Direito.�
Neste contexto torna-se imprescindível percorrer e apreciar, mesmo que de forma superficial, alguns dos principais registros filosóficos que contribuíram de forma significativa para a formação de um direito individualista e que prevalece na nossa atual realidade jurídica em que vivemos. Entre os aspectos que consideramos mais relevantes que levaram à formação desta concepção de direito individual encontra-se o pensamento de Sócrates, Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, São Tomás, Guilherme de Ockham e outros. Nessa trajetória há que se considerar a visão e o entendimento manifestado pelos mesmos e sua contribuição para o aprimoramento do direito individual. Esta viagem pela história das doutrinas começa com a apreciação da formação dos valores e fundamentos filosóficos ocidentais que permanecem vivos até hoje.
1.2 – Grécia Antiga e a Escola Sofista.
É interessante notar que em praticamente todo o planeta, até o surgimento dos primeiros pensadores gregos (por volta do século VIII a. c.) não haviam normas que organizassem o Estado, o qual era moldado segundo a vontade do governante (rei, imperador ou príncipe). Sendo isto acatado pelo povo, na maioria das vezes, porque Deus se manifestava através deste governante, tendo-se este como uma manifestação divina e a fé dos súditos o mantinha. Ou seja, o governante detinha o poder de interpretar a vontade divina e se ele fosse desobedecido o transgressor cometeria pecado. Desta forma, conviveu-se por muito tempo com normas fundidas na vontade divina e na tradição ou costume. Sendo que neste período o direito sempre foi utilizado para servir os interesses do governante e não os da população.� 
A Grécia foi o local que protagonizou o desenvolvimento da filosofia do direito, tendo principiado com Sócrates, que foi o primeiro dos grandes intelectuais. Posteriormente Platão e depois Aristóteles, vieram a estabelecer os fundamentos filosóficos da cultura ocidental. A filosofia grega é extraordinariamente prodigiosa e nela podemos descobrir “os germes da teoria do direito natural” e “os germes do positivismo jurídico”.� Essa riqueza filosófica decorre do sistema democrático existente que propiciava condições favoráveis ao seu desenvolvimento.
Mas antes de falar de Sócrates é necessário ter uma idéia do que ocorreu na Grécia um pouco antes de sua época. Neste período anterior o senso de justiça exprimia-se sob o enfoque mitológico e nos costumes que só após muito os filósofos passaram a laicisar a noção de justiça. A partir do século VI a. C. novas classes de comerciantes chegam ao poder, mudaram as leis e desenvolveu-se um sistema democrático e um clima propício para a filosofia do direito. Nesse período os aristocratas gregos vão perdendo espaço para um sistema verdadeiramente democrático, muito avançado para a época, principalmente em Atenas onde o cidadão participava ativamente da vida pública, pois a discussão do direito e da política era assunto de todos. O cidadão ateniense tinha a oportunidade de se manifestar no Conselho em praça pública, surgindo assim a escola sofista que desenvolvia e preparava os jovens de famílias mais abonadas na arte da argumentação e da oratória. Este movimento sofista se constituiu num estágio fundamental no pensamento grego, que se caracterizou pela dominação de quem estava mais preparado para argumentar e convencer os demais cidadãos sobre sua posição. Tratava-se de uma habilidade que privilegiava a dialética e a retórica sem a busca da verdade, como forma de fazer prevalecer o seu argumento independente do mesmo ser o mais correto ou justo. Essa forma fazia prevalecer o argumento em detrimento dos valores permanentes ou regras fixas, de tal forma que o direito era construído momentaneamente conforme o interesse dominante, uma vez que em determinado instante ou situação prevalecia um entendimento que já não era mais válido em outra circunstância idêntica, pois se rejeitava a tradição, pregando-se a relatividade dos critérios morais e negava-se a verdade absoluta.
1.3 – Sócrates.
Em oposição a esta filosofia sofista surge Sócrates (470 a 339 a. C.), o qual embora fosse crítico e gostasse de discutir os assuntos, era um bom cidadão e respeitava a ordem jurídica. Participou da formação sofista e passou a contestá-la se transformando no primeiro grande crítico que mais tarde levou ao declínio do sofismo. Combatia os sofistas por entender que a melhor maneira de abordar um tema era pelo diálogo, através do meio indutivo em que era possível obter a verdade a qual é universal, pois o homem é portador de valores permanentes. Ou seja, fundado no raciocínio. Por desafiar o poder dominante da época com suas posições e teorias acabou sendo condenado à morte sob a acusação de corromper os jovens e desprezar o culto aos deuses. Poderia ter evitado esta condenação, mas como sempre, se portou de forma irônica perante os juízes, inclusive sem esboçar qualquer chance de retratação, conduzindo-se à imputação da pena de morte. Após a sua condenação teve várias oportunidades de fuga, recusando-as por respeitar as instituições e ter convicção que embora o argumento utilizado fosse falho o processo foi regular e por isto não poderia rejeitar as leis e este sistema que defendeu a vida toda. Permaneceu firme em suas posições até o fim, vindo a cumprir a sentença, mediante a ingestão da cicuta, sem se retratar.
Ele não deixou obras escritas e tudo o que se sabe dele foi escrito por Platão, Xenofontes e outros discípulos do mesmo.� Mas deixou um legado e seguidores que desencadearam a substituição do sistema sofista pela filosofia do direito. Com seu ensinamento e revide aosofisma “parece ter iniciado uma reação a favor do direito e ter tentado, pela primeira vez, fundar racionalmente a autoridade das regras do direito”.�
1.4 – Platão.
Platão (427 a 347 a. C.), discípulo de Sócrates, decepcionado com a política e o regime democrático que condenou seu mestre, chega a conclusão de que “uma ação política direta, conduzida com honestidade, é impossível”� mesmo em Atenas e que para chegar a mesma, é necessário educar a elite dos futuros cidadãos, passando assim a difundir a doutrina filosófica dos ensinamentos de Sócrates com ênfase na política. Entre suas obras, para o direito, destaca-se a República, através da qual, descreve uma Cidade Estado hipoteticamente ideal e no Político analisa a justiça e o papel das leis.
Á definição de direito é algo penoso para a filosofia, justamente pela abstração e de difícil rotulagem, uma vez que o seu sentido e seus valores não são estáticos, os quais mudam conforme a época e o local. Fato este que não fugiu a percepção de Platão, vindo a afirmar que a missão do homem político é descobrir a justiça e de forma indireta as normas. Tendo esta tese resultado em dois tratados (da República e das Leis). Neles fica expresso sua rejeição ao positivismo jurídico, pois entende que uma lei quando injusta não deve ser aplicada. Ou seja, a atividade do operador do direito não se resume em conhecer e aplicar textos de leis, mas ir, além disto, para encontrar a melhor solução. Mas esta solução não é a satisfação de prazeres, portanto a finalidade do direito deve ser a justiça, a qual, por sua vez, significa a “virtude que atribui a cada um sua parte”.� Por outro lado, a lei justa é aquela que é aceita pelos homens. Em síntese, para Platão direito é o conhecimento do justo.
Entendia Platão que o direito deve ser abstraído através de um método de observação do mundo. Mas não a observação dos fatos aparentes, de primeiro plano, pois é uma apreciação externa e objetiva dos seres que tem como objeto a natureza num segundo plano, a qual deve ser observada sem se deixar influenciar pelas sensibilidades, a fim de elevar-se a um nível superior de inteligência. De tal forma, que a natureza é um ponto de partida para se chegar a um direito ideal, o que leva a conclusão de que Sócrates não aceitava o direito natural, na concepção de hoje, mas um direito hipoteticamente perfeito, que deveria ser.� Esta concepção mística e utópica dará os fundamentos necessários para o direito canônico muito bem elaborado, mais tarde, por Santo Agostinho.
Entendia que na vida da polis e no seu governo os ideais privados, individualistas eram indesejados,� demonstrando a necessidade de uma vida pública, em sociedade, coletiva num grupo de indivíduos, o qual não é materializado na Idade Média e nem na Modernidade.
Entendia que para se alcançar um estágio ideal de justiça, às leis não poderiam ser escritas, uma vez que se tornam rígidas e o mundo dos fatos (mundo dos homens) está em perpétuo movimento. Pelo qual, para Platão o Estado deve ser governado por um filósofo-rei ou por uma Aristocracia composta de filósofos.
Mas ao mesmo tempo em que vislumbrava uma concepção hipoteticamente perfeita do que deveria ser o direito, Platão também aceitava a idéia de que embora sendo imperfeitas as normas existentes, elas eram necessárias no nosso mundo real assim como ele é. No entanto, como o filósofo não é o soberano ele entendia que é muito difícil que ele chegasse ao poder, deveria ele se aliar ao detentor do poder e participar do mesmo com a confecção destas leis. Mas diante desta exigência demasiada da perfeição, Platão acaba por “lavar as mãos” e deixa o poder ser exercido pelos príncipes ditadores que se valem desta fundamentação, pois já que o direito perfeito é uma utopia a ditadura se faz necessária para manter a ordem no mundo real.
1.5 - Aristoteles
Em seqüência vem Aristóteles (384 a 322 a. C.), o qual foi aluno de Platão desde os seus dezessete anos até a morte do seu mestre, quando Aristóteles contava com trinta e sete anos de idade. Viveu numa época em que a plenitude democrática de Atenas já havia decaído e não tivera uma vida política tão intensa quanto seus antecessores (Platão e Sócrates). Caracteriza-se como grande estudioso e conselheiro de príncipes e educador dos filhos destes, entre os quais se destaca Alexandre (o grande). Embora tenha sido pupilo de Platão desenvolve uma doutrina diversa do mesmo, pois tem o olhar voltado para a terra, para a captação das sensibilidades do mundo prático ao contrário de Platão que tinha o olhar voltado para o céu, para algo ideal e hipotético. Aristóteles não tem a pretensão de transformar o mundo, mas apenas de compreendê-lo e descrevê-lo de forma fidedigna.
Grande parte de sua obra foi perdida e da que restou, entre outras, destaca-se a Ética a Nicômaco que ao que tudo indica são relatos de aulas preparadas para o seu filho Nicômaco. Nesta obra o Livro V trata da justiça e do direito, no qual fica demonstrado que a sua teoria está baseada em experiências concretas e não numa utopia abstrata inventada como havia idealizado Platão. Aristóteles busca estabelecer um conceito de justo como sendo o meio-termo, que se traduz no equacionamento da igualdade, que é antes de tudo uma proporção. Ou seja, há que se estabelecer uma relação equânime entre os valores, assim, por exemplo, um sapateiro deve produzir um número considerável de sapatos para que tenha o mesmo valor de uma casa construída pelo trabalho de um arquiteto. Sempre que há um desequilíbrio ou uma desvantagem para um dos indivíduos na relação, haverá uma injustiça que precisa ser corrigida mediante uma restituição igual ao dano. 
Com essa concepção a justiça irá ocorrer em dois planos: o primeiro deles seria através do Estado (direito público) que efetuará uma distribuição igualitária dos bens entre os cidadãos, entendo-se como tal os atuais direitos fundamentais (de vida, liberdade, propriedade, etc.); no outro plano está a manutenção deste equilíbrio entre os cidadãos, nas relações entre os mesmos (direito privado) que é exercida pelos juízes com o objetivo de repor eventual dano ocorrido por um dos cidadãos em face do outro (fundamento do enriquecimento sem causa que vigora até nossos dias). Em resumo, para Aristóteles o objetivo da justiça é a igualdade entre proporções.
Desta concepção também resulta o tratamento eqüitativo que segue a mesma posição de Platão em que a lei deve se amoldar à situação concreta para realizar justiça. Ou seja, uma norma que se torne injusta deve ser afastada porque não representa justiça, que é a sua finalidade. A lei não pode ser rígida a ponto de ter que ser aplicada mesmo quando se torne injusta, mas deve se ajustar ao fato conformando-o de maneira justa. 
Aristóteles pensava em um direito natural diferente do atual (baseado em princípios da razão). Para ele, pelo direito natural se encontrariam as soluções através de observações de experiências ocorridas. Assim, embora Aristóteles não efetuasse uma divisão, como é efetuado contemporaneamente, de direito positivo e direito natural, ele efetua uma separação de direito e da moral. Posição esta contrária de Platão, pois a obra de Aristóteles diferencia direito de moral, demonstrando que o homem pode ser justo e bem intencionado, mas em função de erros, pode praticar injustiças ou, por outro lado, ser em seu íntimo injusto e praticar justiça por coação da lei. Ou seja, pratica o ato conforme a lei por força desta, mas não por vontade e intenção própria. Disto chega-se à conclusão de que para o direito o que importa é a manifestação exterior e para a moral o que interessa é o sentimento ou consciência interior. Assim ao moralista cabe a apreciação da intenção e ao operador do direito a manifestação externa, ou seja, só existirá se sua manifestação vier para o mundo jurídico. Foi sobre esta separação do direito e da moral que se construiu o direito romano clássico e o direito europeu moderno. 
A exemplo de Sócrates, Aristóteles reconhece a necessidade doordenamento positivo dotado de normas com autoridade, uma vez que, mesmo havendo juízes sábios e instruídos (que possam julgar segundo a moral), podem se tornar imparciais em relação ao caso concreto o que não ocorre com o legislador que estabelece a norma de forma abstrata, portanto sem paixão alguma.
Em resumo, a doutrina de Aristóteles é conservadora, pois por entender que é a natureza das coisas que determina como elas devem ser, reforça a tese de que os escravos serão sempre escravos, os pobres serão sempre pobres, os nobres serão sempre nobres e as coisas devem ser aceitas como são. Não se comove com estas desigualdades sociais, pois o direito só deve intervir quando esta ordem natural for alterada. Em outras palavras, enquanto Platão era inquietante e imaginava um mundo melhor e mais justo, Aristóteles, sob a ótica atual, foi um positivista, uma vez que se limitou, de forma honesta, em estudar o existente e ver o mundo posto da forma nua e crua como é para, destas observações, indicar quais são as melhores.
1.6 – Considerações finais
Observando-se o passado, percebe-se que o “circulo fecha”. Ou seja, as teses atuais, que consomem rios de tinta, já eram apreciadas a mais de dois mil anos. Isso justifica e torna importantíssimo conhecer as raízes dos atuais institutos de direito para poder compreendê-los de forma correta. Muitas áreas evoluíram extraordinariamente, como se pode observar na química, física, mecânica e outras. No entanto, as ciências sociais continuam com praticamente os mesmos valores. Pois, os anseios do homem do passado e o atual continuam sendo os mesmos. A busca da felicidade.
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BIBLIOGRAFIA
BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Granda. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo:Saraiva, v. 1, 1988.
LARENZ, Karl. Metodologia da ciência do direito. 2. ed. Trad. José Lamego. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989.
SALDANHA, Nelson. O Jardim e a Praça; Ensaio Sobre o Lado Privado e o Lado Público da Vida Social e Histórica. Porto Alegre:Fabris, 1986.
VILLEY, Michel. A Formação do Pensamento Jurídico Moderno. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
� LARENZ, Karl. Metodologia da ciência do direito. 2. ed. Trad. José Lamego. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989. p. 263.
� LARENZ, Karl. Metodologia da ciência do direito. 2. ed. Trad. José Lamego. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989. p. 262.
� LARENZ, Karl. Metodologia da ciência do direito. 2. ed. Trad. José Lamego. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989. p. 263.
� BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Granda. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo:Saraiva, v. 1, 1988, p. 20.
� VILLEY, Michel. A Formação do Pensamento Jurídico Moderno. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 16.
� Nova Enciclopédia Barsa. V. 13. 6. ed., São Paulo: Barsa Planeta, 2002, p. 330 a 333.
� VILLEY, Michel. A Formação do Pensamento Jurídico Moderno. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 21.
� VILLEY, Michel. A Formação do Pensamento Jurídico Moderno. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 22.
� VILLEY, Michel. A Formação do Pensamento Jurídico Moderno. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 26.
� Sua concepção nos faz lembrar do ficcionismo do filme dos irmãos Wachowski denominado Matrix, onde os indivíduos, em sua ignorância, são induzidos a viver um mundo virtual hipotéticamente adequado.
� SALDANHA, Nelson. O Jardim e a Praça; Ensaio Sobre o Lado Privado e o Lado Público da Vida Social e Histórica. Porto Alegre:Fabris, 1986, p.35.

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