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Processo de Conhecimento Parte 2

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Respostas do Réu: O réu pode apresentar duas respostas: contestação e/ ou reconvenção. A chamada revelia é ausência de contestação. 
Contestação: é considerada a defesa mais importante a ser apresentada pelo réu, pois nela o réu apresentará toda a matéria de defesa que tenha para alegar ao seu favor. O réu apresentará defesas processuais e defesas de mérito – ataca os fatos que contribuíram o direito do auto-, suscitando razões de fato e de direito para impugnar a demanda proposta pelo autor, devendo ainda, indicar as provas que pretende produzir, podendo nesse primeiro momento – como na petição inicial poderá ser feito um requerimento genérico de apresentação de provas. 
O prazo para oferecimento de contestação é de quinze dias a partir do termo inicial.
Princípio da eventualidade: incube ao réu apresentar, de uma só vez, todas as alegações que tenha em seu favor, ainda que contraditórias entre si, sob pena de preclusão (perda de possibilidade de alegar posteriormente). Alguns argumentos são permitidos como: “se por hipótese eu tenha causado dano ao autor, o valor cobrado em juízo é extremamente absurdo”. 
Cabe ao réu, na contestação, alegar todas as defesas que tenham relacionadas à regularidade do processo e defesa de mérito. 
Alegações quanto à regularidade do processo: suscitar a falta de alguma “condição de ação” ou de um pressuposto processual. 
Defesa de mérito: Se divide em: a) direta: quando o réu negar fato constitutivo do direito do autor; b) indireta: quando o réu admitir fato constitutivo e lhe opuser a outro, impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do demandante. 
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Preliminares ao mérito: diz respeito a questões que dizem respeito à própria possibilidade de examinar-se o mérito da causa. Divide-se em: 
Preliminares impróprias ou dilatórias: defesas processuais cujo acolhimento não acarreta extinção do processo. (artigo 337, I, II, III, VIII e XIII):
I- inexistência ou nulidade da citação: nos casos em que não tenha havido citação ou tenha esta sido viciada, se demonstrará não ser intempestivo o ato.
II- incompetência absoluta e relativa;
III- incorreção do valor da causa:
VIII- conexão: reputam-se conexas duas ou mais ações, quando for comum o objeto ou a causa de pedir.
XIII- indevida concessão do beneficio de gratuidade de justiça:
Preliminares próprias ou peremptórias: defesas processuais cujo acolhimento não acarreta extinção do processo. (artigo 337, IV, V,VI,VII, IX, X, XI,XII):
IV- inépcia da petição inicial: 
V- perempção:
VI – litispendência:
VII – coisa julgada:
IX- incapacidade da parte defeito de representação ou falta de autorização: 
X – convenção de arbitragem: 
XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual:
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
Contestação:
Cabe ao réu o ônus da impugnação especificada que incube ao réu manifestar-se de forma precisa sobre todos os fatos alegados na petição inicial, presumindo-se verdadeiro as alegações da petição inicial que não tenham sido expressamente impugnadas, exceto nos casos de fatos que não admitem confissão e se a petição inicial não estiver acompanhada de documento que a lei repute integrante da substancia do ato. 
Não se aplica o ônus da impugnação especificada dos fatos aos defensores públicos, advogados dativos e curador especial. 
A contestação é o momento em que o réu tem para apresentar toda sua matéria de defesa. Não é permitido pelo código de processo civil que o réu posteriormente queira apresentar matéria de defesa, exceto nos casos de direito ou fatos supervenientes. 
Decorrido o prazo para apresentar a defesa e o réu não fizer, será ele considerado revel.
Revelia: ausência de contestação. 
Efeito material: presunção relativa de veracidade das alegações de fato feitas pelo autor. A presunção está relacionada a veracidade dos fatos e não do pedido do autor. Essa presunção de veracidade não impede que o réu apresente contraprovas para impugnar direitos alegados, pois é permitido ao réu o ingresso no processo a qualquer momento e a oportunidade de apresentar provas. 
Efeitos processuais: 
a) julgamento antecipado de mérito – nos casos em que o efeito material tiver sido produzido e o réu não tiver requerimento de provas.
b) o réu pode intervir a qualquer tempo e recebe o processo no estado em que se encontrar.
c) os prazos contra o réu revel sem advogado fluem da publicidade dos atos judiciais no Diário Oficial.
Exceções dos efeitos da revelia: quando haverá revelia mas não acarretará na presunção de veracidade dos fatos.
a) litisconsórcio passivo e um deles contesta;
b) direitos indisponíveis: envolvem incapazes e entes públicos;
c) fatos alegados pelo autor que dependem de documento;
d) se as alegações de fato forem inverossímeis ou estiverem em contradição com as provas já existentes nos autos do processo. EX: A diz ser ganhador da mega sena mas não apresenta bilhete que comprove;
e) revel citado de forma ficta;
f) revel apresenta a reconvenção;
g) quando terceiro ingressar como assistente do revel passando a ser substituto processual. 
Reconvenção: é o contra ataque do réu – demanda do réu em face do autor dentro do mesmo processo. O réu deverá enviar a peça de reconvenção junto à contestação, podendo o réu apresentar apenas a reconvenção, sem apresentar a contestação. 
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Das Providências Preliminares e do saneamento do processo: 
	Decorrido prazo de resposta, sendo ela oferecida ou não, deverão os autor do processo ser enviados à conclusão do juiz para que este verifique se é preciso tomar alguma das providências preliminares (especificação de provas ou réplica). 
a) Especificação de provas: nos casos em que houver réu revel, mas não incidir os efeitos da revelia, designará o juiz à especificação de provas que o autor pretende produzir (não se operando a presunção de veracidade dos fatos, caberá ao autor produção de provas e ônus probatório). Poderá o juiz requerer produção de provas pelo réu revel quando este ingressar posteriormente no processo. 
b) Réplica: resposta do autor à contestação. Nos casos em que o réu apresentar defesa de mérito indireta, defeitos processuais e apresentação de novos fatos haverá o fenômeno da réplica. Vale ressaltar que o autor, na réplica, só pode impugnar as alegações apresentadas pelo réu na contestação, não admitindo apresentação de fato superveniente. 
	Verificado qualquer defeito processual sanável, cabe ao juiz determinar a correção no prazo de 30 dias. Depois de toda fase postulatória caberá ao juiz três caminhos: a) extinção do processo; b) julgamento antecipado (total ou parcial) do mérito; c) saneamento e organização do processo. (FASE PROCEDIMENTAL).
a) Extinção do processo: Quando incidir qualquer uma das hipóteses do CPC em que haver extinção do processo com ou sem resolução de mérito. 
a.1) sem resolução de mérito: artigo 485 CPC.
a.2) com resolução de mérito: acordo entre as partes, autor renunciar direito, reconhecimento da procedência do pedido do autor e quando houver prescrição ou decadência. 
A extinção do processo pode ser total ou parcial. Quando for parcial não é considerada uma extinção parcial e sim apenas um uma redução subjetiva ou objetiva do processo, por decisão interlocutória, impugnável por agravo de instrumento. 
b) Julgamento antecipado (total ou parcial) do mérito: quando concluídas as providências preliminares o juiz se depara com uma situação cujo mérito já se encontra em condições de receber julgamento imediato. Haverá julgamento imediato, em primeiro lugar quando o juiz verificar que não há necessidade de produção de outras provas, pois as que já foram apresentadas são suficientes. Em segundo lugar, quando o réu revel sofrer as consequências e não tiver apresentado requerimento de contraprova. O novo CPC admite o julgamento antecipado parcial do mérito quando houver pedido incontroverso (autor diz que réu deve, réu admite dever, mas a quantia formulada pelo autor é inferior) ou estiver em condições de julgamentoimediato. 
c) Saneamento e organização do processo: Se não ocorrer alguma das hipóteses anterirores o juiz deverá proferir decisão interlocutória de saneamento e organização do processo. 
I- resolverá questões processuais pendentes;
II- delimitará as questões de fato que serão objeto da prova e quais provas será realizada (rol de testemunhas – prazo 15 dias);
III- definirá a (re) distribuição do ônus da prova;
IV- delimitará as questões de direito relevantes para o julgamento de mérito;
V- designará, se necessário, A.I.J. 
Consiste em saneamento a resolução de questões processuais pendentes – como exemplo, exame de regularidade da representação processual.
Consiste organização, a delimitação das questões de fato e de direito. O processo civil se desenvolve em duas fases bem distintas: fase introdutória e fase principal, destinada à instrução e julgamento. É preciso designar (organizar) as questões de fato e de direito na primeira fase que devem ser discutidas na segunda fase. Não há possibilidade de se trazer para o contraditório, após saneamento e organização do processo, questões novas de fato ou direito, exceto casos previstos em lei, como direito superveniente. 
Definido os pontos controvertidos, o juiz determinará os meios de prova que serão admitidos no processo, designará audiência de instrução e julgamento em caso de prova oral, fixará prazo para as partes apresentar testemunhas, produção de prova pericial... Proferida a decisão de saneamento, as partes podem pedir esclarecimentos, solicitar ajustes no prazo de 5 dias. 
OBS: O novo CPC permite que o saneamento e organização do processo aconteçam com as partes e seus respectivos advogados com questões de grande complexidade. Dessa forma as partes e advogados de forma cooperativa, dialogal, deverão buscar juntos, organizar o processo para que sua fase seguinte, destinada à instrução e ao julgamento da causa, possa desenvolver-se de forma mais eficiente possível. 
 
Fase Probatória: fase em que as partes vão apresentar todas as provas permitidas e designadas para o julgamento. 
Prova: todo elemento que, de forma lícita, contribui para a formação de convicção e convencimento do juiz sobre determinado fato.
Juiz pode determinar produção de provas, embora, em rega, é incumbência das partes.
A prova é qualquer coisa que pode ser levada ao processo para convencimento do juiz, desde que lícita e legitimada. 
A legitimidade das provas é atinente às regras do código de processo civil.
Provas ilícitas não serão usadas no processo.
Ônus da prova: art. 373 CPC
Fatos que não dependem de provas: a) fato notório: fato de ciência de todos; b) fato incontroverso: fato em que uma parte alega e a outra reconhece; c) fatos confessados: admissão de fatos contrários a outra parte. 
Sistema de Valoração de provas: três teorias de sistema de valoração da prova podem ser reconhecidas, embora apenas uma é adotada pelo código civil brasileiro. 
a) Prova tarifada (hierarquia de prova): uma prova vale mais que a outra. Critério NÃO adotado pelo ordenamento brasileiro, em que o conteúdo da prova vale mais do que qualquer critério hierárquico. Exemplo: prova testemunhal vale mais que prova documental. 
b) Livre convencimento: o juiz considera uma prova melhor que a outra e ele livremente tem convicção e decisão de qual prova será mais contundente. NÃO adotado pelo código de processo civil brasileiro.
c) Livre convencimento motivado: ADOTADO pelo código de processo civil brasileiro – persuasão racional: de forma justificada e fundamentada pelo juiz o conteúdo das provas é analisado. 
Provas em espécie: 
1) Ata notorial: é o tabelião atestando a existência de um fato. É um documento de fé publica registrado em cartório. É novo no código de processo civil e um exemplo é uma conversa de Whats App pode ser registrada e atestada no tabelião como forma de prova. 
2) Depoimento pessoal das partes: é o depoimento dado pelas partes sobre os fatos relacionados ao processo. Acontece durante a audiência de instrução e julgamento. É uma prova requerida pelo juiz ou parte contrária. Trata-se de uma prova intuito personae, ou seja, personalista, apenas a parte poderá prestar os esclarecimentos. O não comparecimento da parte gera a pena de confesso que é que todos os fatos que ela iria depor serão considerados confessados fictamente. 
Recusa legítima: são situações em que a parte não é obrigada a prestar esclarecimentos, como em casos de depor sobre crimes que lhe são imputados, por estado ou profissão (sigilo), fatos que possam acarretar desonra própria, de seu cônjuge, parente em grau sucessível, ou que coloque a vida do depoente ou das pessoas de sua família. Não se aplica essa recusa nas ações de estado e Direito de Família. 
3) Prova testemunhal: A testemunha é um terceiro que não é parte que presta informações sobre os fatos presenciados por ele que são relevantes para o julgamento/convencimento do juiz. A testemunha é intimada e ela possui dever de comparecer espontaneamente e não fazendo poderá ser forçada a comparecer. A testemunha em alguns casos pode ser ouvida como informante. 
Qualquer pessoa pode ser testemunha, exceto:
a) Incapaz: menores de 16 anos, cego e surdo (para fatos que a deficiência não permite reconhecer e prestar informações), pessoa interdita por deficiência mental, e aqueles que por causa transitória não puderem exprimir sua vontade. Pode ser ouvido como informante. 
b) Suspeita: amiga intima ou inimiga da parte contraria. A testemunha que por motivos muito favoráveis ou desfavoráveis são consideradas suspeitas para prestar informações dos fatos. São pessoas interessadas no processo. 
c) Impedida: vínculo objetivo tutor, curador, advogado da parte, cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente em qualquer grau e colateral em terceiro grau. Em casos de família, pode o juiz permitir que parentes sejam testemunhas em casos em que fatos só poderão ser comprovados pelo depoimento dos parentes. 
Limite de testemunhas: 10 por parte e 3 por ato
Prazo para apresentar rol de testemunhas: 15 dias úteis da decisão de sanear o processo. 
As testemunhas serão ouvidas no A.I.J, com exceção em alguns casos que a testemunha residir fora (carta precatória ou rogatória, testemunha doente, testemunha de cargos especiais (prefeitos, ministros, juízes, desembargadores, presidente...) art. 454 CPC. 
Comparecimento espontâneo: testemunha comparece por conta própria.
Comparecimento forçado: situações que a testemunha é intimada e deve comparecer obrigatoriamente e se não fizer comete crime e poderá ser forçada a comparecer. 
O advogado é responsável por intimar as testemunhas, subsidiariamente pode o judiciário fazer intimação. 
Ritos: 
a) qualificação: conhecimento das testemunhas.
b) contradita: quando o advogado da parte contrária contradita através de provas que a testemunha é incapaz, suspeita ou impedida. 
c) recusa legítima: testemunha recusa testemunhar.
4) Prova pericial: laudo pericial – comprovação técnica de um profissional – especialistas de áreas diferentes do direito – acerca de um fato. 
É um profissional nomeado e de confiança do juiz. As partes têm direito de apresentar assistentes técnicos que podem estar junto ao perito no momento de realização do exame, vistoria ou avaliação.
O juiz não é obrigado acatar os resultados da pericia ao julgar o processo. 
Pericia se dá através de: 
a) exame: bens móveis, documentos e pessoas.
b) vistoria: bens imóveis.
c) avaliação: bens suscetíveis de apreciação econômica.
Audiência de Instrução e Julgamento:
A audiência de instrução e julgamento é um conjunto de atos processuais de natureza pública destinada aos processos em que haja necessidade de prova oral. Essa audiência será designada no dia da decisão de organização e saneamento do processo. Em caso de segredo de justiça (vara de família, por exemplo) a audiência não será pública. 
O juiz preside a audiência e exerce poder de policia. Deve ele registrar em ata, todos os requerimentos apresentados em audiência.Em alguns casos poderá a A.I.J ser adiada: artigo 362:
I- Por convenção das partes;
II- se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoas que dela deva necessariamente participar; 
II- por atraso injustificado de seu início em tempo superior a trinta minutos do horário marcado; 
Este impedimento deve ser comprovado até a abertura da audiência e, não sendo feita essa prova, o juiz realizará a instrução. 
O juiz poderá dispensar a produção de provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor publico não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público. 
Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas. 
A AIJ é uma e contínua, e só pode ser cindida de forma justificada, se ausente perito ou testemunha, com consentimento das partes. Diante de processos e audiências longas pode o juiz marcar o prosseguimento para data mais próxima possível. 
O juiz durante a audiência deve sempre buscar a solução consensual do conflito, mesmo que já esgotado tentativas de formas alternativas de resolução da lide.
Ritos da audiência:
a) partes e advogados são apregoados: são chamados a audiência;
b) tentativa de conciliação: o juiz deverá buscar mais uma vez a solução consensual da lide, antes que se inicie ao provas.
c) produção de provas: ordem legal: artigo 361: I- prova pericial, peritos e assistentes técnicos; II- o autor e, em seguida, o réu prestarão depoimentos; III- as testemunhas indicadas pelo autor e pelo réu. 
d) Razões finais: artigo 364 – finalizada a instrução, o juiz dará palavra ao advogado do autor e do réu, bem como membro do Ministério Público, pelo prazo de 20 minutos, podendo ser prorrogado por mais 10 minutos a critério do juiz. Em questões complexas de fato ou direito, o debate oral poderá ser feito escrito e entregue no prazo de 15 dias. 
e) Sentença: O juiz pode proferir sentença ao final da audiência ou no prazo de 30 dias. 
Sentença: é o ato do juiz que põe fim ao processo ou a alguma de suas fases. É o ato do juiz que encerra a fase de conhecimento ou extingue a execução. 
-Despacho: são atos do juiz que impulsionam e dão andamento ao processo;
-Decisões interlocutórias: são resoluções dadas pelos juízes fundamentadas, ao longo do processo;
- Sentença: finalização do processo solução do conflito/lide.
Elementos da sentença: 
a) Relatório: o juiz conta e relata os fatos e atos importantes ocorridos no processo. É apenas um relato dado pelo juiz da análise do processo. Como exemplo: as provas apresentadas, depoimentos, andamento do processo...
b) Fundamentação: o juiz deve considerar cada caso e nunca julgar contra uma súmula vinculante. É a motivação jurídica e fática que o juiz levou em consideração para o julgamento de mérito. 
c) Dispositivo: é através do dispositivo que o juiz da a tutela jurisdicional. Pode ser conhecido como a conclusão do processo. 
Princípio da irretratabilidade: é o princípio que rege a sentença. Esse princípio não permite que o juiz volte atrás da sentença proferida, alterando o julgamento. É a não permissão da revogação da sentença, mas deve ser relativizado, como consta no artigo 494 do CPC que permite a mudança da sentença, nas seguintes ocasiões:
a) quando ocorrer erro material – erro de digitação, por exemplo – equivoco não intencional ou quando ocorrer erros de cálculo. OBS: pode ser de ofício ou por meio de requerimento das partes. 
b) Quando houver embargos de declaração = contradição entre fundamentação e dispositivo. OBS: Prazo: 5 dias. 
c) Recurso de apelação contra sentença sem julgamento de mérito. 
Princípio da congruência (adstrição): A sentença deve estar em congruência/conformidade/coerência com os pedidos apresentados na petição inicial.
Classificação da sentença: 
a) Definitiva: a sentença definitiva é a sentença que resolve a lide e o conflito, julgando o mérito, cabendo recursos. Pode-se tornar imutável, quando esgotar a possibilidade de recursos. 
Efeitos da sentença definitiva:
a.1) Teoria trinaria: teoria clássica, majoritária: 
a.1.1) Sentença declaratória: declaração do direito – eficácia futura e retroativa – reconhecimento do direito. EX: reconhecimento de paternidade. 
a.1.2) Sentença condenatória: sentença que força ou impões cumprimento de obrigações. EX: pensão alimentícia.
a.1.3) sentença constitutiva ou des-constitutiva: sentença que cria, modifica ou extingue relações jurídicas. EX: divórcio, despejo...
a.2) Teoria quinária: sentença declaratória + condenatória + constitutiva e executiva latu sensu e mandamental.
a.2.1) executiva latu sensu: sentença que contém determinação para que se instaure a execução, desenvolvendo-se no mesmo processo – obrigação de dar, fazer, não fazer – exceto dinheiro. 
a.2.2) Mandamental: sentença condenatória cuja efetivação se dá exclusivamente através do emprego de meios coercitivos (como multas, por exemplo), o que resulta da natureza do dever jurídico a ser cumprido. 
Vícios da sentença: Sentença pode-se tornar inválida, se encontrado vícios entre pedido e dispositivo, ferindo o princípio da congruência.
a)infra-petita: sentença está aquém ao pedido. O juiz ao dar sentença é omisso a algum pedido = sentença incompleta.
b) ultra-petita: o juiz, na sentença, inclui pedidos que não estavam na petição inicial. Vale ressaltar, que pedidos implícitos não são considerados como vícios de sentença (honorários advocatícios, juros e correção monetária e custas processuais).
c) extra-petita: é a sentença absurda, o juiz julga diferentemente dos pedidos, ou seja, não elabora dispositivo que esteja em acordo com nenhum dos pedidos formulados pelo autor, dando uma tutela jurisdicional a pedidos que não foram expostos na petição.

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