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SLIDES MONTESQUIEU

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UNIVERSIDADE CEUMA
FUNDAMENTOS DE CIÊNCIA POLÍTICA
PROF.: PAULO CÂMARA
MONTESQUIEU: SOCIEDADE E PODER
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DAS LEIS, EM SUA RELAÇÃO COM OS DIVERSOS SERES
As leis, em seu significado mais amplo, são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas; neste sentido, todos os seres possuem suas leis; a divindade tem suas leis, o mundo material tem suas leis, as inteligências superiores ao homem têm suas leis, os animais têm suas leis, o homem tem suas leis.
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DAS LEIS POSITIVAS
Considerados como habitantes de um planeta tão grande que é necessário haver diferentes povos, eles possuem leis na relação que esses povos mantêm entre si, esse é o direito das gentes. Considerados enquanto vivendo numa sociedade que deve ser mantida, possuem leis na relação que os que governam mantêm com os que são governados; esse é o direito político. E também possuem leis na relação que todos os cidadãos mantêm entre si; e esse é o direito civil.
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DAS LEIS POSITIVAS
O direito das gentes é fundado, naturalmente, sobre o seguinte princípio: as diversas nações devem, na paz e, com maior razão, na guerra, fazer a si próprias o menor mal possível, sem prejudicar seus verdadeiros interesses.
Além do direito das gentes, que existe em todas as sociedades, há um direito político para cada uma delas. Uma sociedade não seria capaz de subsistir sem um governo.
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DAS LEIS POSITIVAS
É melhor dizer que o governo mais conforme à natureza é aquele cuja disposição particular se relaciona melhor com a disposição do povo para o qual foi estabelecido.
As forças particulares não podem se reunir sem que todas as vontades se reúnam. A reunião destas vontades é o que se chama de estado civil.
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DA NATUREZA DOS TRÊS DIVERSOS GOVERNOS
Há três espécies de governo: o republicano, o monárquico e o despótico.
 Suponho três definições: o governo republicano é aquele em que todo o povo, ou apenas uma parte do povo, tem o poder soberano; o monárquico, aquele em que uma só pessoa governa, mas por meio de leis fixas e estabelecidas; enquanto, no despótico, uma só pessoa, sem lei e sem regra, tudo conduz, por sua vontade e por seus caprichos.
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DO GOVERNO REPUBLICANO E DAS LEIS RELATIVAS À DEMOCRACIA
Quando, na república, o povo todo detém o poder soberano, isso é uma democracia. Quando o poder soberano está nas mãos de uma parte do povo, isto se chama aristocracia.
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DAS LEIS EM SUA RELAÇÃO COM A NATUREZA DO GOVERNO MONÁRQUICO
Os poderes intermediários subordinados e dependentes constituem a natureza do governo monárquico, isto é, daquele em que uma única pessoa governa por meio de leis fundamentais. Disse poderes intermediários, subordinados e dependentes: de fato, na monarquia, o príncipe é a fonte de todo poder político e civil.
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DAS LEIS RELATIVAS À NATUREZA DO ESTADO DESPÓTICO
Da natureza do poder despótico resulta que o único homem que o exerce faça-o igualmente exercer por um só homem. Um homem, a quem os cinco sentidos dizem sem cessar que ele é tudo e que os outros, nada, é naturalmente preguiçoso, ignorante e voluptuoso. Abandona, pois, os negócios públicos.
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DIFERENÇA ENTRE A NATUREZA DO GOVERNO E SEU PRINCÍPIO
A diferença que existe entre a natureza do governo e seu princípio é que sua natureza é aquilo que o faz ser como é, e seu princípio, o que o faz atuar.
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DO PRINCÍPIO DA DEMOCRACIA
Num Estado popular o princípio do governo é a virtude.
O que digo está confirmado por todo o conjunto da história e é muito conforme à natureza das coisas. Pois claro está que numa monarquia, onde quem faz executar as leis julga-se acima delas, há necessidade de menos virtude do que num governo popular, onde quem faz executar as leis sente que, ele próprio, está sujeito a elas, e que sofrerá seu peso.
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DO PRINCÍPIO DA MONARQUIA
O governo monárquico supõe, como dissemos, preeminências, categorias e até mesmo uma nobreza de origem. É da natureza da honra exigir preferências e distinções; por isso mesmo, ela tem lugar nesse governo.
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DO PRINCÍPIO DO GOVERNO DESPÓTICO
Assim como a virtude é necessária numa república e a honra numa monarquia, é necessário o temor num governo despótico.
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DA CORRUPÇÃO DO PRINCÍPIO DA ARISTOCRACIA
A aristocracia se corrompe quando o poder dos nobres se torna arbitrário: não pode mais haver virtude nos que governam, nem nos que são governados.
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DA CORRUPÇÃO DO PRINCÍPIO DA MONARQUIA
Do mesmo modo que as democracias se perdem quando o povo despoja de suas funções o senado, os magistrados e os juízes, as monarquias se corrompem quando se eliminam pouco a pouco as prerrogativas dos corpos ou os privilégios das cidades. No primeiro caso, chaga-se ao despotismo de todos; no segundo, ao despotismo de um só.
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DA CORRUPÇÃO DO PRINCÍPIO DO GOVERNO DESPÓTICO
O princípio do governo despótico corrompe-se incessantemente, porque é corrompido pela própria natureza. Os outros governos perecem porque acidentes particulares violentam seu princípio; este perece por seu vício interior.

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