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Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 2/198 SUMÁRIO FONTES E PRINCÍPIOS ............................................................................................................. 4 CONSTITUIÇÃO FEDERAL ...................................................................................................... 11 TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO ........................................................... 11 CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ................................................... 11 SEÇÃO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS ........................................................................... 11 SEÇÃO II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR ........................................... 17 SEÇÃO III – DOS IMPOSTOS DA UNIÃO ...................................................................... 31 SEÇÃO IV - DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL ................. 38 SEÇÃO V - DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS ........................................................... 49 SEÇÃO VI - DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS ................................... 55 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL.......................................................................................... 62 LIVRO PRIMEIRO - SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL .................................................... 62 TÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................. 65 TÍTULO II - COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA........................................................................ 66 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................... 66 CAPÍTULO II - LIMITAÇÕES DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ................................... 68 TÍTULO III - IMPOSTOS ..................................................................................................... 71 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................... 71 CAPÍTULO II - IMPOSTOS SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR .................................... 72 CAPÍTULO III - IMPOSTOS SOBRE O PATRIMÔNIO E A RENDA ............................... 74 CAPÍTULO IV - IMPOSTOS SOBRE A PRODUÇÃO E A CIRCULAÇÃO ...................... 79 CAPÍTULO V - IMPOSTOS ESPECIAIS ......................................................................... 81 TÍTULO IV - TAXAS ........................................................................................................... 82 TÍTULO V - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA................................................................... 87 LIVRO SEGUNDO - NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO ................................... 89 TÍTULO I - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ........................................................................... 89 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................... 89 CAPÍTULO II - VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ........................................... 91 CAPÍTULO III - APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ....................................... 91 CAPÍTULO IV - INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA . 92 TÍTULO II - OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ............................................................................ 93 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................... 93 CAPÍTULO II - FATO GERADOR .................................................................................... 94 CAPÍTULO III - SUJEITO ATIVO .................................................................................... 96 CAPÍTULO IV - SUJEITO PASSIVO ............................................................................... 96 CAPÍTULO V - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ..................................................... 99 TÍTULO III - CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............................................................................... 104 Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 3/198 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................ 104 CAPÍTULO II - CONSTITUIÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO...................................... 105 CAPÍTULO III - SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ......................................... 111 CAPÍTULO IV - EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO............................................. 114 CAPÍTULO V - EXCLUSÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............................................. 121 CAPÍTULO VI - GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............... 125 TÍTULO IV - ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ................................................................ 128 CAPÍTULO I - FISCALIZAÇÃO ..................................................................................... 128 CAPÍTULO II - DÍVIDA ATIVA ....................................................................................... 130 CAPÍTULO III - CERTIDÕES NEGATIVAS ................................................................... 131 LEI Nº 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 1980....................................................................... 136 LEI COMPLEMENTAR Nº 116, DE 31 DE JULHO DE 2003 .................................................. 165 LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1990. ..................................................................... 182 LEI Nº 8.397, DE 6 DE JANEIRO DE 1992. ............................................................................ 190 LEI COMPLEMENTAR Nº 160, DE 7 DE AGOSTO DE 2017 ................................................. 193 LEI COMPLEMENTAR Nº 24, DE 7 DE JANEIRO DE 1975 .................................................. 196 Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 4/198 FONTES E PRINCÍPIOS Fontes do Direito Tributário Primárias ➢ CF; ➢ Emenda Constitucional; ➢ Lei Ordinária, Complementar e Delegada; ➢ Medida provisória; ➢ Decreto Legislativo; ➢ Resolução; ➢ Tratados e Convenções Internacionais. Secundárias ➢ Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas (Decretos, Regulamentos, Portarias, Instruções Normativas); ➢ Decisões administrativas com eficácia normativa; ➢ Práticas reiteradas das autoridades administrativas; ➢ Convênios celebrados por entes políticos. Legislação Tributária Regra Lei Ordinária. Exceção ➢ Lei Complementar (Hipóteses): ✓ Conflito de competência tributária; (Art. 146, I) ✓ Limitações Constitucionais ao poder de tributar; (Art. 146, II) ✓ Normas gerais sobre: (Art. 146, III) a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as ME e para as EPP, inclusive regimes especiais ou simplificados; ✓ Empréstimo Compulsório (Competência da União); (Art. 148, I) ✓ IGF (Competência da União); (Art. 153.VII) ✓ Imposto Residual (Competência da União); (Art. 154, I) ✓ ITCMD (Competência dos Estados/DF): (Art. 155, § 1º, III, a e b) a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; ✓ ICMS (Competência dos Estados/DF): (Art. 155, § 2º, XII, a ao i) a) definir seusconsagrada na Corte, a imunidade tributária subjetiva (no caso do art. 150, VI, da Constituição Federal, em relação aos impostos) aplica-se ao ente beneficiário na condição de contribuinte de direito, sendo irrelevante, para resolver essa questão, investigar se o tributo repercute economicamente. O ente beneficiário de imunidade tributária subjetiva ocupante da posição de simples contribuinte de fato – como ocorre no presente caso –, embora possa arcar com os ônus financeiros dos impostos envolvidos nas compras de mercadorias (a exemplo do IPI e do ICMS), caso tenham sido transladados pelo vendedor contribuinte de direito, desembolsa importe que juridicamente não é tributo, mas sim preço, decorrente de uma relação contratual. Imunidade Tributária Subjetiva Contribuinte de Direito Contribuinte de Fato Aplica-se. Não se aplica. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 26/198 FGV (Assertiva: Correta) A instituição de assistência social ZZ, sem fins lucrativos, adquiriu, junto à sociedade empresária XX, diversos equipamentos que seriam integrados ao seu ativo permanente, visando ao pleno desenvolvimento de suas atividades regulares. Para surpresa dos seus diretores, constatou-se que, na nota fiscal emitida por XX, constava o imposto sobre circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e comunicação (ICMS) devido pela operação de venda, na qual ZZ figurava como adquirente. Nas circunstâncias indicadas, a incidência do ICMS é correta, pois a imunidade tributária subjetiva de ZZ somente incide quando figure como contribuinte de direito, não de fato; Imunidade Tributária Cultural – CF. Art. 150. VI. D Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – instituir impostos sobre: d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. STF/Súmula Vinculante 57 A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se à importação e comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (e-book) e dos suportes exclusivamente utilizados para 26ixa-los, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que possuam funcionalidades acessórias. STF/Súmula 657 A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. STF/RE 330.817/RJ A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal (CF), aplica-se somente ao livro eletrônico (“e-book”), não se estendendo aos suportes exclusivamente utilizados para 26ixa-lo. STF/RE 595.676/RJ A imunidade da alínea d do inciso VI do artigo 150 da Constituição Federal alcança componentes eletrônicos destinados, exclusivamente, a integrar unidade didática com fascículos. STF/RE 213.094 Veículo publicitário que, em face de sua natureza propagandística, de exclusiva índole comercial, não pode ser considerado como destinado à cultura e à educação, razão pela qual não está abrangido pela imunidade de impostos prevista no dispositivo constitucional sob referência, a qual, ademais, não se estenderia, de qualquer forma, às empresas por eles responsáveis, no que concerne à renda bruta auferida pelo serviço prestado e ao lucro líquido obtido. Recurso não conhecido. § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. Sintetizando! ➢ A vedação de cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (Princípio da Anterioridade Anual), não se aplica aos tributos de: ✓ Empréstimos compulsórios da União para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ✓ Impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação; ✓ Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; ✓ Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; ✓ Importação de produtos estrangeiros; ✓ Produtos industrializados; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 27/198 ➢ A vedação de cobrar tributos antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, no mesmo exercício financeiro, não se aplica aos tributos de: ✓ Empréstimos compulsórios da União para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ✓ Impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação; ✓ Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; ✓ Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; ✓ Renda e proventos de qualquer natureza; ✓ Propriedade predial e territorial urbana; ✓ Propriedade de veículos automotores. ✓ Importação de produtos estrangeiros; STF/Súmula 336 A imunidade da autarquia financiadora, quanto ao contrato de financiamento, não se estende a compra e venda entre particulares, embora constantes os dois atos de um só instrumento. § 2º A vedação do inciso VI, “a” (Instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros – Imunidade Recíproca), é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Sintetizando! A imunidade recíproca prevista na Constituição Federal de 1988 se estende às autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. STF/RE 831.381 A imunidade tributária recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da CF – extensiva às autarquias e fundações públicas – tem aplicabilidade restrita a impostos, não se estendendo, em consequência, a outras espécies tributárias, a exemplo das contribuições sociais. § 3º As vedações do inciso VI, “a” (Instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros – Imunidade Recíproca), e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. Sintetizando! A imunidade recíproca às autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público, não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços: ✓ Com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados; ✓ Em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. STF/RE 597.854 A garantia constitucional da gratuidade de ensino não obsta a cobrança, por universidades públicas, de mensalidade em curso de especialização.Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 28/198 § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” (Instituição de impostos sobre templos de qualquer culto) e “c” (Instituição de impostos sobre partidos políticos, fundações, entidades sindicais dos trabalhadores, educação e assistência social, sem fins lucrativos), compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. CESPE/PGE-PB/2021 Embora a Constituição Federal confira imunidade tributária aos partidos políticos, admitem-se a instituição e a cobrança do ICMS sobre eventuais vendas de mercadorias pelos partidos. (Correto.) STF/ADI 3.421 ICMS – SERVIÇOS PÚBLICOS ESTADUAIS PRÓPRIOS, DELEGADOS, TERCEIRIZADOS OU PRIVATIZADOS DE ÁGUA, LUZ, TELEFONE E GÁS – IGREJAS E TEMPLOS DE QUALQUER CRENÇA – CONTAS – AFASTAMENTO – “GUERRA FISCAL” – AUSÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO. Longe fica de exigir consenso dos Estados a outorga de benefício a igrejas e templos de qualquer crença para excluir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços nas contas de serviços públicos de água, luz, telefone e gás § 5º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. (Princípio da Transparência dos Impostos) § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. Atenção! Imunidade Tributária ➢ Não existe fato gerador do tributo; ➢ Previsão constitucional; ➢ Irrevogável; ➢ Admite todos os métodos de interpretação; ➢ Normas negativas de competência tributária; Isenção Tributária ➢ O fato gerador do tributo existe, mas a legislação isenta o pagamento; ➢ Previsão legislativa; ➢ Ato discricionário; ➢ Revogável; ➢ Aceita apenas interpretação literal; ➢ Benefícios fiscais que pressupõem a existência de competência tributária. Exemplo: A previsão constitucional que desonera a entidade religiosa do pagamento de impostos é exemplo de Imunidade. STF/RE 200.844 O postulado da proporcionalidade qualifica-se como parâmetro de aferição da própria constitucionalidade material dos atos estatais. Hipótese em que a legislação tributária reveste-se do necessário coeficiente de razoabilidade. STF/ADI 6.025 1. A concessão de isenção tributária configura ato discricionário do ente federativo competente para a instituição do tributo e deve estrito respeito ao princípio da reserva legal (art. 150, § 6º, da Constituição Federal). Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 29/198 2. A legislação optou por critérios cumulativos absolutamente razoáveis à concessão do benefício tributário, quais sejam, inatividade e enfermidade grave, ainda que contraída após a aposentadoria ou reforma. Respeito à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da Constituição Federal), aos valores sociais do trabalho (art. 1º, IV, da CF) e ao princípio da igualdade (art. 5º, caput, da CF). 3. Impossibilidade de atuação do Poder Judiciário como legislador positivo, ampliando a incidência da concessão de benefício tributário, de modo a incluir contribuintes não expressamente abrangidos pela legislação pertinente. Respeito à Separação de Poderes. Precedentes. 4. Os poderes de Estado devem atuar de maneira harmônica, privilegiando a cooperação e a lealdade institucional e afastando as práticas de guerrilhas institucionais, que acabam minando a coesão governamental e a confiança popular na condução dos negócios públicos pelos agentes políticos. 5.Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada improcedente. § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. STF/ADI 2.675 Com base no § 7° do art. 150 da Constituição Federal, é constitucional exigir-se a restituição de quantia cobrada a maior, nas hipóteses de substituição tributária para frente em que a operação final resultou em valores inferiores àqueles utilizados para efeito de incidência do ICMS. Responsabilidade por Substituição Tributária A norma tributária determina um terceiro se responsabilizar pelo pagamento do tributo no lugar da pessoa que exerceu o fato gerador com a finalidade de facilitar a fiscalização e arrecadação. Progressiva Regressiva A legislação aplica ao substituto o dever de recolher as obrigações de fatos geradores que ainda irão ocorrer (futuros) levando em consideração uma base de cálculo presumida. O primeiro da cadeia é o que paga o tributo. Pagamento do Tributo Presumido → Fato gerador. Ocorre primeiro a criação do fato gerador do tributo e posteriormente o seu recolhimento pelo consumidor final da cadeia. O último da cadeia é o que paga o tributo. Fato gerador → Pagamento do Tributo. CF. Art. 150. § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. Art. 151. É vedado à União: I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País; II – tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (Princípio da Vedação às Isenções Heterônomas) Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 30/198 Isenção Autônoma x Heterônoma Autônoma: Consiste na isenção tributária concedida por lei pela entidade federativa que possui competência de instituir tal tributo. Heterônoma: Trata-se de quando um determinado ente federativo, que não possui competência de criar certo tributo, acaba por conceder a isenção tributária deste. A isenção heterônoma é vedada, conforme Art. 151, III. Ou seja, só é possível a isenção de determinado tributo pelo ente federativo que tem a competência de cria-lo. CF/88. Art. 151. É vedado à União: III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Ex: A União não pode determinar a isenção de IPTU, poiseste imposto é de competência dos Municípios. Isenção Heterônoma – Exceções A vedação à isenção heterônoma não é absoluta, sendo possível sua aplicação, pela União (no papel de sujeito de direito internacional), mediante lei complementar federal, na isenção de: ✓ ICMS, no caso de exportações para o exterior; ✓ ISS, nas exportações de serviços para o exterior. CF. Art. 155. § 2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte: X – não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; XII – cabe à lei complementar: e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, “a”; CF. Art. 156. § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III (ISS) do caput deste artigo, cabe à lei complementar: II – excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Atenção! A União não entra na proibição de estabelecer diferença tributária entre bens e serviços em razão de sua procedência ou destino. Impostos União II – Imposto sobre Importação; IOF – Imposto sobre Operações Financeiras; IR – Imposto de Renda; IE – Imposto de Exportação; ITR – Imposto sobre Propriedade Territorial Rural; IEG – Imposto Extraordinário Guerra; IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados; IGF – Impostos sobre Grandes Fortunas; Estaduais ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços; IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores; ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação; Municipais IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano; ISS – Imposto Sobre Serviços; ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 31/198 Seção III – DOS IMPOSTOS DA UNIÃO Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I – importação de produtos estrangeiros; (II) II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; (IE) III – renda e proventos de qualquer natureza; (IR) IV – produtos industrializados; (IPI) V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; (IOF) VI – propriedade territorial rural; (ITR) VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar. (IGF) § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I (II), II (IE), IV (IPI) e V (IOF). Alíquotas – Possibilidade de Alteração ➢ Tributos → Sempre serão instituídos por lei em sentido estrito; ➢ Alíquotas dos impostos: ✓ Regra → são alteradas por lei; ✓ Exceção ao Princípio da Legalidade → Podem ser alteradas por ato infralegal (Decreto ou Portaria) as alíquotas de: • Imposto de Importação; (II) • Imposto de Exportação; (IE) • Imposto sobre Produtos Industrializados; (IPI) • Imposto sobre Operações Financeiras. (IOF) • CIDE-Combustível (Redução e Restabelecimento – Art. 177. § 4º, I, b); • ICMS-Combustível (Fixação). CESPE (Assertiva: Correta) Considerando-se as limitações do poder de tributar, consiste em exceção ao princípio da legalidade tributária a redução ou o restabelecimento de alíquotas de contribuição de intervenção no domínio econômico incidente sobre combustíveis (CIDE-combustíveis) por decreto. CESPE (Assertiva: Correta) Com base nas disposições da CF quanto à contribuição de intervenção no domínio econômico incidente sobre combustíveis (CIDE), assinale a opção correta. A alíquota da referida contribuição pode ser reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo Federal. CESPE (Assertiva: Errada) A majoração de alíquotas do imposto sobre produtos industrializados depende de lei complementar (pode ser alterado por ato infralegal) aprovada pelo Congresso Nacional, sendo vedada sua implementação no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada lei que aumentou tal tributo. STF/RE 570.680 É compatível com a Carta Magna a norma infraconstitucional que atribui a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação. Competência que não é privativa do Presidente da República. Inocorrência de ofensa aos arts. 84, caput, IV, e parágrafo único, e 153, § 1º, da CF ou ao princípio de reserva legal. Precedentes. Faculdade discricionária atribuída à Câmara de Comércio Exterior – CAMEX, que se circunscreve ao disposto no Decreto-Lei 1.578/1977 e às demais normas regulamentares. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 32/198 § 2º O imposto previsto no inciso III (IR): I – será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; STF/Súmula 93 Não está isenta do imposto de renda a atividade profissional do arquiteto. STF/Súmula 586 Incide imposto de renda sobre os juros remetidos para o exterior, com base em contrato de mútuo. STF/Súmula 587 Incide imposto de renda sobre o pagamento de serviços técnicos contratados no exterior e prestados no Brasil. STJ/Súmula 125 O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito à incidência do Imposto de Renda. STJ/Súmula 136 O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está sujeito ao Imposto de Renda. STJ/Súmula 215 A indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária não está sujeita à incidência do Imposto de Renda. STJ/Súmula 262 Incide o Imposto de Renda sobre o resultado das aplicações financeiras realizadas pelas cooperativas. STJ/Súmula 386 São isentas de Imposto de Renda as indenizações de férias proporcionais e o respectivo adicional. STJ/Súmula 447 Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto retido na fonte proposta por seus servidores. STJ/Súmula 463 Incide Imposto de Renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo. STJ/Súmula 498 Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. STJ/Súmula 556 É indevida a incidência de imposto de renda sobre o valor da complementação de aposentadoria pago por entidade de previdência privada e em relação ao resgate de contribuições recolhidas para referidas entidades patrocinadoras no período de 1º/1/1989 a 31/12/1995, em razão da isenção concedida pelo art. 6º, VII, b, da Lei n. 7.713/1988, na redação anterior à que lhe foi dada pela Lei n. 9.250/1995. STJ/Súmula 590 Constitui acréscimo patrimonial a atrair a incidência do Imposto de Renda, em caso de liquidação de entidade de previdência privada, a quantia que couber a cada participante, por rateio do patrimônio, superior ao valor das respectivas contribuições à entidade em liquidação, devidamente atualizadas e corrigidas. STJ/Súmula 598 É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento judicial da isenção do Imposto de Renda, desde que o magistrado entenda suficientemente demonstrada a doença grave por outros meios de prova. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizadawww.quebrandoquestoes.com 33/198 STJ/Súmula 627 O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade. Teses do STJ sobre Imposto de Renda – Edição 28 Tese 01 As verbas concedidas ao empregado, por mera liberalidade do empregador, quando da rescisão unilateral de seu contrato de trabalho sujeitam-se à incidência do imposto de renda. Tese 02 Incide imposto de renda sobre os valores recebidos a título de antecipação dos direitos à Aposentadoria Complementar Móvel Vitalícia – ACMV, pois tais valores decorrem de renúncia de direito trabalhista de natureza remuneratória, configurando acréscimo patrimonial. Tese 03 Por força da isenção concedida pelo art. 6º, VII, b, da Lei n. 7.713/88, na redação anterior à que lhe foi dada pela Lei n. 9.250/95, é indevida a cobrança de imposto de renda sobre o valor da complementação de aposentadoria e o do resgate de contribuições correspondentes a recolhimentos para entidade de previdência privada ocorridos no período de 01/01/1989 a 31/12/1995. Tese 04 Não incide imposto de renda sobre os juros de mora percebidos na situação de rescisão do contrato de trabalho decorrente da perda do emprego, independentemente da natureza da verba principal. Tese 05 São isentas de imposto de renda as indenizações de férias proporcionais e o respectivo adicional. Tese 06 A restituição do imposto de renda incidente sobre a complementação de aposentadoria, sob o regime da Lei n. 7.713/88, exige apenas a comprovação do recolhimento da contribuição para a entidade de previdência complementar, cabendo à Fazenda Nacional fazer prova sobre a tributação dos valores. Tese 07 Incide imposto de renda sobre os valores recebidos a título de complementação temporária de aposentadoria. Tese 08 Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. Tese 09 Não incide imposto de renda sobre os valores recebidos a título de licença-prêmio não gozada, verba de natureza indenizatória que não implica acréscimo patrimonial. Tese 10 (Sem Validade) Incide imposto de renda sobre os juros de mora decorrentes de verbas previdenciárias pagas a destempo, exceto se o principal era verba isenta de recolhimento da exação. STF/RE 855.091/RS: Os juros de mora devidos em razão do atraso no adimplemento de remuneração por exercício de emprego, cargo ou função estão fora do campo de incidência do imposto de renda. Eles visam recompor, de modo estimado, os gastos a mais que o credor precisa suportar em razão do atraso no pagamento da verba de natureza alimentar a que tinha direito. Logo, tais juros de mora abrangem danos emergentes, parcela que não se adequa à materialidade do tributo, por não resultar em acréscimo patrimonial. Tese 11 Não incide imposto de renda sobre a verba paga a título de indenização por rompimento do contrato de trabalho no período de estabilidade provisória. Tese 12 Não incide imposto de renda sobre os proventos de aposentadoria e pensão dos anistiados políticos, nos termos da Lei n. 10.559/2002. Tese 13 A indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária não está sujeita à incidência do imposto de renda. Tese 14 A isenção do imposto de renda decorrente de doença grave pode ser deferida independentemente de laudo pericial oficial, bastando a existência de provas suficientes nos autos. Tese 15 O termo inicial da isenção do imposto de renda prevista no art. 6º da Lei n. 7.713/88 deve ser fixado na data em que a moléstia grave foi comprovada através de diagnóstico médico, e não a partir da emissão do laudo oficial. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 34/198 Tese 16 É taxativo o rol de moléstias graves previstas no art. 6º, XIV, da Lei n. 7.713/88 que dá direito à isenção do imposto de renda sobre os proventos decorrentes de aposentadoria ou reforma. Tese 17 A isenção do imposto de renda sobre a aposentadoria ou reforma concedida aos portadores de moléstias graves, nos termos do art. 6º, inciso XIV, da Lei n. 7.713/88, não exige do contribuinte a demonstração da contemporaneidade dos sintomas, nem a indicação de validade do laudo pericial, ou a comprovação de recidiva da enfermidade, para o gozo do benefício isencional. § 3º O imposto previsto no inciso IV (IPI): I – será seletivo, em função da essencialidade do produto; II – será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; (Princípio da Não Cumulatividade do IPI) III – não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. IV – terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados ➢ Instituído pela União; ➢ Seletivo; ➢ Não-cumulativo; ➢ É plurifásico, incidindo mais de uma vez em na cadeia de industrialização; ➢ Compensa-se com o montante cobrado nas operações anteriores; ➢ Não incide produtos industrializados destinados ao exterior; ➢ Terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto. STF/Súmula Vinculante 58 Inexiste direito a crédito presumido de IPI relativamente à entrada de insumos isentos, sujeitos à alíquota zero ou não tributáveis, o que não contraria o princípio da não cumulatividade. STF/Súmula 591 A imunidade ou a isenção tributária do comprador não se estende ao produtor, contribuinte do imposto sobre produtos industrializados. STF/RE 606.314 É constitucional a fixação de alíquotas de IPI superiores a zero sobre garrafões, garrafas e tampas plásticas, ainda que utilizados para o acondicionamento de produtos essenciais. STF/RE 605.506/RS É legítima a inclusão do IPI na base de cálculo presumida do PIS e da Cofins, a ser considerada pelos industriais e importadores de veículos, em regime de substituição tributária. É constitucional a inclusão do valor do IPI incidente nas operações de venda feitas por fabricantes ou importadores de veículos na base de cálculo presumida fixada para propiciar, em regime de substituição tributária, a cobrança e o recolhimento antecipados, na forma do art. 43 da Medida Provisória nº 2.158- 35/2001, de contribuições para o PIS e da Cofins devidas pelos comerciantes varejistas. STJ/Súmula 124 A taxa de melhoramento dos portos tem base de cálculo diversa do imposto de importação, sendo legítima a sua cobrança sobre a importação de mercadorias de países signatários do GATT, da ALALC ou ALADI. STJ/Súmula 411 É devida a correção monetária ao creditamento do IPI quando há oposição ao seu aproveitamento decorrente de resistência ilegítima do Fisco. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 35/198 STJ/Súmula 494 O benefício fiscal do ressarcimento do crédito presumido do IPI relativo às exportações incide mesmo quando as matérias-primas ou os insumos sejam adquiridos de pessoa física ou jurídica não contribuinte do PIS/PASEP. STJ/Súmula 495 A aquisição de bens integrantes do ativo permanente da empresa não gera direito a creditamento de IPI. STJ/REsp 1.396.488/SC Incide IPI sobre veículo importado para uso próprio, haja vista que tal cobrança não viola o princípio da não cumulatividade nem configura bitributação. Teses do STJ sobre Imposto de Produtos Industrializados – Edição 118 Tese 01 O fato gerador do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, incidente sobre mercadoria importada, é o desembaraço aduaneiro (art. 46, I, do Código Tributário Nacional – CTN), sendo irrelevantese o bem é adquirido a título de compra e venda ou de arrendamento, incidindo o tributo sobre a base de cálculo proporcional nos casos de ingresso do bem em caráter temporário no território nacional, nos termos do art. 79 da Lei n. 9.430/1996. Tese 02 Os produtos importados estão sujeitos a uma nova incidência do IPI quando de sua saída do estabelecimento importador na operação de revenda, mesmo que não tenham sofrido industrialização no Brasil. Tese 03 Não incide o IPI sobre alimentos e outras preparações utilizadas na alimentação de cães e gatos quando acondicionados e comercializados em embalagens com peso superior a 10 kg (dez quilos). Tese 04 Não incide Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI nos serviços de composição e de impressão gráfica. Tese 05 Combustíveis, lubrificantes e energia elétrica, embora consumidos durante o processo de industrialização, não podem ser considerados como matéria-prima, insumos ou produtos intermediários, para o fim de inclusão no cálculo do crédito presumido de IPI. Tese 06 Não incide Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI sobre a venda de produtos, na hipótese em que ocorre roubo ou furto de mercadoria, antes da entrega ao comprador, porquanto não configurado o fator gerador, com a efetivação da operação mercantil. Tese 07 A ficção jurídica prevista no art. 11 da Lei n. 9.779/1999 não alcança situação reveladora de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI que a antecedeu. Tese 08 Não se admite interpretação extensiva do art. 11 da Lei n. 9.779/1999 para permitir o creditamento, após a sua vigência, dos produtos finais não tributados, pois o benefício somente foi reconhecido pela lei para os produtos finais isentos ou sujeitos ao regime de alíquota zero. Tese 09 É legítima a aplicação das alíquotas previstas na Resolução da Comissão de Incentivo à Exportação – CIEX 02/1979, para fins de cálculo do crédito-prêmio do IPI. Tese 10 Em se tratando de ressarcimento de crédito-prêmio de IPI, a liquidação da sentença se dará por artigos, oportunidade em que a parte deverá apresentar toda a documentação suficiente à comprovação da efetiva operação de exportação, bem como do ingresso de divisas no País, sem o que não se habilita à fruição do benefício, mesmo estando ele reconhecido na sentença. § 4º O imposto previsto no inciso VI (ITR) do caput: I – será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 36/198 III – será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. CESPE (Assertiva: Errada) O ITR pode ser instituído (Fiscalizado ou cobrado) pelos municípios, desde que assim seja autorizado pela União (não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.). FCC (Assertiva: Correta) De acordo com a Constituição Federal, aos Municípios pertencem 50% do produto da arrecadação do ITR, relativamente aos imóveis neles situados, desde que optem por não fiscalizar nem cobrar este imposto. CESPE (Assertiva: Errada) A CF prevê a imunidade fiscal para os proprietários de pequenas glebas rurais que tenham idade igual ou superior a sessenta e cinco anos (quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel). CESPE (Assertiva: Correta) O ITR é um imposto de competência da União, não podendo o município reduzi-lo ou adotar qualquer renúncia fiscal. ITR – Imposto sobre Propriedade Territorial Rural ➢ Progressivo; ➢ Alíquotas fixadas para desestimular propriedades improdutivas; ➢ Não incide em pequenas glebas rurais; ➢ Os Municípios podem optar por fiscalizar e cobrar o ITR, desde que não implique: ✓ Redução do imposto; ✓ Qualquer outra forma de renúncia fiscal. ➢ Sujeita-se aos princípios da: ✓ Legalidade Estrita; (CF. Art. 150. I) ✓ Anterioridade Anual; (CF. Art. 150, III, b) ✓ Anterioridade Nonagesimal. (CF. Art. 150, III, c) CESPE (Assertiva: Errada) O imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) deve ser, em regra, não progressivo e não cumulativo. STJ/Súmula 139 Cabe à Procuradoria da Fazenda Nacional propor execução fiscal para cobrança de crédito relativo ao ITR. STJ/REsp 1.112.646/SP Incide ITR (e não IPTU) sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial. FGV (Assertiva: Correta) Mário, proprietário de imóvel localizado em área urbana, mas voltado a finalidades de produção agrícola de hortaliças orgânicas, celebra promessa de compra e venda por escritura pública com João, em 2016, transmitindo imediatamente a posse do imóvel e mantida a mesma exploração, mas sem que a escritura tenha sido levada a registro. Em 2020, Mário é surpreendido com cobrança pelo Fisco de imposto incidente sobre a propriedade do imóvel referente aos anos de 2017, 2018 e 2019. Diante desse cenário, o imposto devido é o ITR, e o promitente vendedor pode ser responsabilizado pelas dívidas posteriores à lavratura da escritura pública de promessa de compra e venda com transmissão da posse; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 37/198 VUNESP (Assertiva: Correta) João é proprietário de imóvel situado na área urbana do Município, onde explora atividade agropecuária, própria de zona rural, com a produção de hortifrutigranjeiros para consumo próprio e revenda. A propriedade é servida por rede de abastecimento de água, rede de iluminação pública e de esgotamento sanitário. Considerando-se as disposições do CTN e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que apesar de se encontrar em área urbana, o imóvel tem destinação rural, sujeitando-se ao ITR. § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do “caput” deste artigo (IOF), devido na operação de origem; a alíquota mínima será de 1%, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I – 30% para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II – 70% para o Município de origem. Ouro ➢ Ativo financeiro ou instrumento cambial (Definido por lei); ➢ Sujeito exclusivamente à incidência de IOF, devido na operação de origem; ➢ Alíquota mínima: 1%; ➢ Transferência da arrecadação de: ✓ 30% → E/DF/T; ✓ 70% → Município de origem. CESPE (Assertiva: Errada) Toda a arrecadação do IOF feita pela União sobre o ouro como ativo financeiro deve ser destinada aos estados e municípios de origem. (Faltou DF e Territórios) STF/Súmula 664 É inconstitucional o inciso V do art. 1º da Lei 8.033/90, que instituiu a incidência do imposto nas operações de crédito, câmbio e seguros – IOF sobre saques efetuados em caderneta de poupança. STJ/Súmula 185 Nos depósitos judiciais, não incide o imposto sobre operações financeiras. Art. 154. A União poderá instituir: I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; (Impostos Residuais) II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente,cessadas as causas de sua criação. Impostos Residuais – Requisitos (Art. 154. I) ✓ Competência da União mediante Lei Complementar; ✓ Deve ser original, sem previsão aos atuais impostos; ✓ Não-cumulativo; ✓ Não pode ter fato gerador ou base de cálculo já discriminados dos impostos na CF. ✓ Repartição da receita → 20% pertencerão aos Estados e ao Distrito Federal; ✓ Respeitam os princípios da: • Anterioridade anual; • Anterioridade nonagesimal. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 38/198 Impostos Extraordinários – Requisitos ✓ Competência da União mediante Lei Ordinária; ✓ Fato gerador: guerra externa ou iminente; ✓ Compreendidos ou não na competência tributária da União; ✓ Suprimidos, gradativamente, conforme a finalização da causa de sua criação. ✓ É possível a bitributação. Bis in Idem x Bitributação Bis in Idem Bitributação Ocorre quando uma entidade federativa tributa 2 ou mais vezes o mesmo fato gerador. Ocorre quando entes tributantes diversos exigem tributos com o mesmo fato gerador. ➢ É possível em tributos como: ✓ PIS e COFINS; ✓ Lucro pelo IRPJ; ✓ CSLL. ➢ Regra → É vedada a bitributação; ➢ Exceção: ✓ Impostos Extraordinários usados em Guerra Externa ou iminente. ✓ Tributação entre países soberanos. Não Confundir! Impostos Extraordinários Empréstimos Compulsórios ✓ Competência da União; ✓ Temporário; ✓ Não se aplica o princípio da anterioridade; ✓ Lei ordinária; ✓ Irrestituível; ✓ Não vinculado. ✓ Competência da União; ✓ Temporário; ✓ Não se aplica o princípio da anterioridade; ✓ Lei Complementar; ✓ Restituível; ✓ Vinculado. Seção IV - DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (ITCMD) II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (ICMS) III – propriedade de veículos automotores. (IPVA) § 1º O imposto previsto no inciso I (ITCMD): I – relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal; II – relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; ITCMD Bem Imóvel Estado da situação do bem. Bem móvel, Título e crédito Causa mortis → Estado onde se processa o inventário ou arrolamento. Doação → Domicílio do doador. CESPE (Assertiva: Correta) Caso uma pessoa domiciliada em Maceió, no estado de Alagoas, faça uma doação de créditos a um filho domiciliado em Recife, no estado de Pernambuco, incidirá sobre essa operação o imposto de transmissão causa mortis e doações (ITCMD), que deverá ser cobrado pelo estado de Alagoas. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 39/198 III – terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV – terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; STF/Súmula 112 O imposto de transmissão “causa mortis” é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. STF/Súmula 113 O imposto de transmissão “causa mortis” é calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação. STF/Súmula 114 O imposto de transmissão “causa mortis” não é exigível antes da homologação do cálculo. STF/Súmula 115 Sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante, com a homologação do juiz, não incide o imposto de transmissão causa mortis. STF/Súmula 331 É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no inventário por morte presumida. STF/Súmula 590 Calcula-se o imposto de transmissão causa mortis sobre o saldo credor da promessa de compra e venda de imóvel, no momento da abertura da sucessão do promitente vendedor. STF/RE 562.045/RS É constitucional a fixação de alíquota progressiva para o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação — ITCD. FCC (Assertiva: Errada) O ITCMD não pode ter alíquotas progressivas, de acordo com o valor dos bens transferidos na herança. STF/RE 851.108/SP É vedado aos estados e ao Distrito Federal instituir o ITCMD nas hipóteses referidas no art. 155, § 1º, III, da Constituição Federal sem a intervenção da lei complementar exigida pelo referido dispositivo constitucional. FCC (Assertiva: Correta) Os Estados podem instituir, por lei, o ITCMD sobre transmissão causa mortis de bens situados no exterior, desde que haja previsão em lei complementar federal. STJ/REsp 1.841.771/MG O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCDM, referente a doação não oportunamente declarada pelo contribuinte ao fisco estadual, a contagem do prazo decadencial tem início no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, observado o fato gerador, em conformidade com os arts. 144 e 173, I, ambos do CTN. § 2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte: I – será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; (Princípio da Não Cumulatividade do ICMS) II – a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 40/198 CESPE (Assertiva: Correta) Caso uma empresa venda determinada mercadoria com isenção de ICMS, não havendo dispositivo específico em sentido contrário, tal isenção provocará a anulação do crédito relativo às operações anteriores. III – poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; Atenção! IPI ICMS É obrigatoriamente seletivo. É facultada a seletividade. CESPE (Assertiva: Errada) A seletividade em razão da essencialidade do bem é obrigatória tanto para o IPI quanto para o ICMS. CESPE (Assertiva: Correta) O ICMS é espécie tributária que pode ser classificada como um imposto indireto e real, que poderá ser seletivo. IV – resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de 1/3 dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; CESPE (Assertiva: Correta) Lei estadual é apta a aumentar alíquotas de ICMS sobre operações internas, e resolução do Senado Federal, sobre operações interestaduais. V – é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de 1/3 e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por 2/3 de seus membros; ICMS – Alíquotas ➢ Alíquotas interestaduais e de exportação: ✓ É obrigatória; ✓ Resolução do SF; ✓ Iniciativado PR ou 1/3 dos Senadores + Aprovação da maioria absoluta; ➢ Alíquotas nas operações internas: ✓ É facultativa; ✓ Alíquota mínima → Resolução do SF de iniciativa de 1/3 + aprovação de maioria absoluta do SF; ✓ Alíquota máxima → Resolução do SF de iniciativa da maioria absoluta + aprovação de 2/3 do SF; CESPE (Assertiva: Errada) Para a fixação das alíquotas mínimas de ICMS nas operações internas, o Senado Federal deverá obter aprovação de dois terços (maioria absoluta) de seus membros, mediante iniciativa de um terço dos senadores. VI – salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, “g”, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; VII – nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 41/198 CESPE (Assertiva: Correta) Determinado produto, oriundo do estado de São Paulo, foi comprado, pela Internet, por consumidor final residente no estado do Rio Grande do Sul. Nesse caso, com relação ao ICMS devido nessa negociação, é correto afirmar que o estado do Rio Grande do Sul fará jus ao diferencial entre a alíquota interna de ICMS do estado do Rio Grande do Sul e a alíquota interestadual. VIII – a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; CESPE (Assertiva: Correta) A empresa Alfa Tecnologia S.A., sediada em Santa Maria – RS, forneceu à empresa Beta Suprimentos e Tecnologia Ltda., localizada em Vitória – ES, em julho de 2018, um computador e uma impressora, os quais foram revendidos no mesmo mês, respectivamente, a Pedro, em Brasília – DF, e a Paulo, em São Luís – MA, os dois consumidores finais dos referidos produtos. Pedro e Paulo, ao contrário das duas empresas, não são contribuintes do ICMS. Nessa situação hipotética, o recolhimento do diferencial entre a alíquota de ICMS interna e a interestadual é responsabilidade de Beta Suprimentos e Tecnologia Ltda (Remetente). IX – incidirá também: a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; STF/ARE 665.134 O sujeito ativo da obrigação tributária de ICMS incidente sobre mercadoria importada é o Estado-membro no qual está domiciliado ou estabelecido o destinatário legal da operação que deu causa à circulação da mercadoria, com a transferência de domínio. X – não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; STF/RE 1.221.330 É constitucional a incidência de ICMS sobre operações de importação efetuadas por pessoa, física ou jurídica, que não se dedica habitualmente ao comércio ou à prestação de serviços. XI – não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados (IPI), quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 42/198 XII – cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, “a”; f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. CESPE (Assertiva: Correta) As isenções relativas ao ICMS dependem de deliberações prévias conjuntas dos estados e do Distrito Federal. STF/RE 608.872-MG A norma estadual, ao pretender ampliar o alcance da imunidade prevista na Constituição, veiculou benefício fiscal em matéria de ICMS, providência que, embora não viole o art. 155, § 2º, XII, “g", da CF – à luz do precedente da CORTE que afastou a caracterização de guerra fiscal nessa hipótese (ADI 3421, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 5/5/2010, DJ de 58/5/2010) –, exige a apresentação da estimativa de impacto orçamentário e financeiro no curso do processo legislativo para a sua aprovação. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. CESPE (Assertiva: Correta) Um parlamentar federal, desejando ampliar a possibilidade de cobrança de ICMS em favor dos Estados, propôs projeto de lei ordinária que incluía novos sujeitos passivos para cobrança (definir contribuintes) de ICMS. Diante desse cenário, tal matéria somente poderia ser veiculada por lei complementar. CESPE (Assertiva: Correta) Cabe à lei complementar dispor sobre substituição tributária relativa ao ICMS. § 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. § 4º Na hipótese do inciso XII, h (Combustíveis e lubrificantes), observar-se-á o seguinte: I – nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo; II – nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias; III – nas operações interestaduaiscom gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 43/198 Atenção! ➢ Combustível e lubrificante derivado de petróleo → Imposto cabe ao Estado onde ocorrer o consumo; ➢ Gás Natural, lubrificantes e combustíveis não petrolíferos entre contribuintes → Imposto repartido, proporcionalmente, entre Estados de origem e de destino. ➢ Gás Natural, lubrificantes e combustíveis não petrolíferos entre não contribuintes → Imposto cabe ao Estado de origem; IV – as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b (Princípio da Anterioridade). CESPE (Assertiva: Correta) Em uma operação interestadual de fornecimento de gás natural entre contribuintes do ICMS, a receita desse imposto será repartida entre o estado de origem e o de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias. § 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g. STF/Súmula Vinculante 32 O ICMS não incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras. STF/Súmula Vinculante 48 Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. STF/Súmula 573 Não constitui fato gerador do ICMS a saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de comodato. STF/Súmula 574 Sem lei estadual que a estabeleça, é ilegítima a cobrança do imposto de circulação de mercadorias sobre o fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou estabelecimento similar. STF/Súmula 662 É legítima a incidência do ICMS na comercialização de exemplares de obras cinematográficas, gravados em fitas de videocassete. STF/RE 912.888/SP O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incide sobre a tarifa de assinatura básica mensal cobrada pelas prestadoras de serviço de telefonia, independentemente da franquia de minutos concedida ou não ao usuário. STF/ARE 1.255.885 Não incide ICMS no deslocamento de bens de um estabelecimento para outro do mesmo contribuinte localizados em estados distintos, visto não haver a transferência da titularidade ou a realização de ato de mercancia. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 44/198 STF/RE 1.187.264/SP É constitucional a inclusão do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS na base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta – CPRB. STF/RE 574.706 O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se tenha a escrituração da parcela ainda a se compensar do ICMS, não se incluir todo ele na definição de faturamento aproveitado por este Supremo Tribunal Federal. O ICMS não compõe a base de cálculo para incidência do PIS e da COFINS. STF/RE 582.461 É constitucional a inclusão do montante do ICMS em sua própria base de cálculo. STF/ADI 5.469/DF A cobrança do diferencial de alíquota alusivo ao ICMS, conforme introduzido pela Emenda Constitucional nº 87/2015, pressupõe edição de lei complementar veiculando normas gerais. São válidas as leis estaduais ou distritais editadas após a EC 87/2015, que preveem a cobrança do Difal nas operações e prestações interestaduais com consumidor final não contribuinte do imposto. No entanto, não produzem efeitos enquanto não editada lei complementar dispondo sobre o assunto. STF/RE 628.075 O estorno proporcional de crédito de ICMS efetuado pelo Estado de destino, em razão de crédito fiscal presumido concedido pelo Estado de origem sem autorização do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), não viola o princípio constitucional da não cumulatividade. STF/ADI 5.576/SP É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) sobre o licenciamento ou cessão do direito de uso de programas de computador. STF/RE 607.056 O fornecimento de água potável por empresas concessionárias desse serviço público não é tributável por meio do ICMS. STJ/Súmula 20 A mercadoria importada de país signatário do GATT é isenta do ICM, quando contemplado com esse favor o similar nacional. STJ/Súmula 49 Na exportação de café em grão, não se inclui na base de cálculo do ICM a quota de contribuição, a que e refere o art. 2. Do Decreto-Lei 2.295, de 21.11.86. STJ/Súmula 71 O bacalhau importado de país signatário do GATT é isento do ICM. STJ/Súmula 80 A taxa de melhoramento dos portos não se inclui na base de cálculo do ICMS. STJ/Súmula 87 A isenção do ICMS relativa a rações balanceadas para animais abrange o concentrado e o suplemento. STJ/Súmula 95 A redução da alíquota do imposto sobre produtos industrializados ou do imposto de importação não implica redução do ICMS. STJ/Súmula 129 O exportador adquire o direito de transferência de crédito do ICMS quando realiza a exportação do produto e não ao estocar a matéria-prima. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 45/198 STJ/Súmula 135 O ICMS não incide na gravação e distribuição de filmes e videoteipes. STJ/Súmula 155 O ICMS incide na importação de aeronave, por pessoa física, para uso próprio. STJ/Súmula 163 O fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação. STJ/Súmula 166 Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte. STJ/Súmula 198 Na importação de veículo por pessoa física, destinado a uso próprio, incide o ICMS. STJ/Súmula 237 Nas operações com cartão de crédito, os encargos relativos ao financiamento não são considerados no cálculo do ICMS. STJ/Súmula 334 O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à Internet. STJ/Súmula 350 O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de telefone celular. STJ/Súmula 391 O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada. STJ/Súmula 395 O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo constante da nota fiscal. STJ/Súmula 431 É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. STJ/Súmula 432 As empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em operações interestaduais. STJ/Súmula 433 O produto semielaborado, para fins de incidência de ICMS, é aquele que preenche cumulativamente os três requisitos do art. 1º da Lei Complementar n. 65/1991. STJ/Súmula 457Os descontos incondicionais nas operações mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS. STJ/Súmula 509 É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da compra e venda. STJ/Súmula 649 Não incide ICMS sobre o serviço de transporte interestadual de mercadorias destinadas ao exterior. STJ/REsp 1.001.713/MG Inexistindo a garantia de que a bonificação concedida pelo substituto tributário ao substituído não vai ser transferida ao consumidor final, o recolhimento do ICMS sobre o regime de substituição tributária deve ser realizado integralmente. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 46/198 Teses do STJ sobre ICMS – Edição 121 Tese 01 Não é possível a inclusão de crédito presumido de ICMS na base de cálculo do imposto de renda da pessoa jurídica – IRPJ e da contribuição social sobre o lucro líquido – CSLL. Tese 02 O crédito presumido de ICMS não integra a base de cálculo da contribuição para o programa de integração social – PIS e da contribuição para o financiamento da seguridade social – COFINS. Tese 03 O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da COFINS. Tese 04 É legítima a inclusão da subvenção econômica instituída pela Lei n. 10.604/2002 na base de cálculo do ICMS sobre a energia elétrica, uma vez que se enquadra no conceito do termo “valor da operação”, à luz do disposto nos arts. 12, XII, e 13, VII e § 1°, da Lei Complementar n. 87/1996. Tese 05 O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada. Tese 06 Diante do que dispõe a legislação que disciplina as concessões de serviço público e da peculiar relação envolvendo o Estado-concedente, a concessionária e o consumidor, esse último tem legitimidade para propor ação declaratória c/c repetição de indébito na qual se busca afastar, no tocante ao fornecimento de energia elétrica, a incidência do ICMS sobre a demanda contratada e não utilizada. Tese 07 Nos casos em que a substituta tributária (a montadora/fabricante de veículos) não efetua o transporte nem o engendra por sua conta e ordem, o valor do frete não deve ser incluído na base de cálculo do ICMS, ante o disposto no art. 13, § 1º, inciso II, alínea “b”, da Lei Complementar n. 87/1996. Tese 08 Não incide ICMS sobre serviço de transporte interestadual de mercadorias destinadas ao exterior. Tese 09 As operações de importação de bacalhau (peixe seco e salgado, espécie do gênero pescado), provenientes de países signatários do GATT – General Agreement on Tariffs and Trade, realizadas até 30 de abril de 1999, são isentas de recolhimento do ICMS. Tese 10 O Estado de Minas Gerais por meio do Decreto n. 27.281, de 27.08.1987, que ratificou o Convênio n. 29, de 18.08.1987, revogou expressamente a isenção do ICMS ao peixe seco e salgado nacional, assim, em consequência, finda a isenção do produto nacional, encerra-se, igualmente, no Estado, o benefício concedido ao bacalhau importado de país signatário do GATT, não sendo aplicável o entendimento firmado pelo REsp 871.760/BA, julgado sob o regime dos recursos repetitivos. Tese 11 A isenção do ICMS para pescados no âmbito do Estado de Pernambuco foi extinta em 13.3.1997 pelo Decreto estadual n. 19.631, que efetivou a revogação autorizada pelo Convênio ICMS 102/1995, de modo que, a partir de então, não há falar em benefício fiscal em favor do similar importado de país signatário do GATT para referida unidade da federação. Teses do STJ sobre ICMS II – Edição 175 Tese 01 A superveniência da Lei Complementar n. 160/2017, que promoveu alteração no art. 30 da Lei n. 12.973/2014 e passou a enquadrar o incentivo fiscal estadual como subvenção para investimento, não tem o condão de alterar o entendimento de que a tributação federal do crédito presumido de ICMS representa violação do princípio federativo. Tese 02 O arrendamento mercantil, contratado pela indústria aeronáutica de grande porte para viabilizar o uso, pelas companhias de navegação aérea, de aeronaves por ela construídas, não constitui operação relativa à circulação de mercadoria sujeita à incidência do ICMS. Tese 03 As empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em operações interestaduais. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 47/198 Tese 04 As atividades de panificação e de congelamento de produtos perecíveis realizadas por supermercados não configuram processo de industrialização de alimentos, razão pela qual não existe direito ao crédito do ICMS recolhido em relação à energia elétrica consumida na realização de tais atividades. Tese 05 O ICMS incide sobre o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos congêneres, cuja base de cálculo compreende o valor total das operações realizadas, inclusive aquelas correspondentes à prestação de serviço. Tese 06 Não incide ICMS sobre a prestação de serviços conexos ao de comunicação por meio da telefonia móvel por assumirem o caráter de atividade meio e não constituírem efetivamente serviço de comunicação (transmissão de informação de qualquer natureza), este sim, passível de incidência de ICMS. Tese 07 No regime de substituição tributária, as mercadorias dadas em bonificação e os descontos incondicionais integram a base de cálculo do ICMS. Tese 08 O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo constante da nota fiscal. Tese 09 Incide ICMS sobre o valor total da operação (preço de venda à vista, acrescido do valor referente ao parcelamento), quando a venda a prazo for realizada sem a intermediação de instituição financeira. Tese 10 É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da compra e venda. Tese 11 Sob a égide do Convênio ICMS n. 66/88 (antes, portanto, da entrada em vigor da Lei Complementar n. 87/96) não havia direito do contribuinte ao crédito de ICMS recolhido quando pago em razão de operações de consumo de energia elétrica. Tese 12 Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte. Tese 13 Ainda que, em tese, o deslocamento de bens do ativo imobilizado e de material de uso e consumo entre estabelecimentos de uma mesma instituição financeira não configure hipótese de incidência do ICMS, compete ao Fisco Estadual averiguar a veracidade da aludida operação, sobressaindo a razoabilidade e proporcionalidade da norma jurídica que tão-somente exige que os bens da pessoa jurídica sejam acompanhados das respectivas notas fiscais. Teses do STJ sobre ICMS III – Edição 177 Tese 01 Não é possível a compensação de débito de ICMS com crédito de precatório cuja titularidade seja de pessoa jurídica distinta da que compõe a relação jurídico-tributária. Tese 02 É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago a mais no regime de substituição tributária para frente quando a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida. (Repercussão Geral – Tema n. 201/STF). Tese 03 O ICMS incidente sobre a energia elétrica consumida pelas empresas de telefonia, que promovem processo industrial por equiparação, pode ser creditado para abatimento do imposto devido quando da prestação de serviço. Tese 04 Não incide ICMS sobre as operações financeiras realizadas no Mercado de Curto Prazo da Câmara de Comercialização deEnergia Elétrica (CCEE), pois trata-se de cessões de direitos entre consumidores e não de contratos de compra e venda de energia elétrica. Tese 05 Não incide ICMS sobre as operações de transferência de excedentes de redução de meta de consumo de energia elétrica, regulamentadas pela Resolução n. 13/2001 da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica – CGE. Tese 06 O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à Internet. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 48/198 Tese 07 Incide ICMS nas operações de produção de embalagens sob encomenda destinadas à integração ou utilização direta em processo subsequente de industrialização ou de posterior circulação de mercadoria. Tese 08 Na apuração do ICMS/ST para medicamentos destinados exclusivamente para uso de hospitais e clínicas, não se aplicam os valores constantes da tabela de Preços Máximos ao Consumidor (PMC) publicada pela ABCFARMA. Tese 09 O produto semielaborado, para fins de incidência de ICMS, é aquele que preenche cumulativamente os três requisitos do art. 1º da Lei Complementar n. 65/1991. Tese 10 O exportador adquire o direito de transferência de crédito do ICMS quando realiza a exportação do produto e não ao estocar a matéria-prima. Tese 11 É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. § 6º O imposto previsto no inciso III (IPVA): I – terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; II – poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. CESPE (Assertiva: Correta) As alíquotas do IPVA, imposto de competência dos estados e do Distrito Federal, podem ser diferenciadas em função do tipo e da utilização dos veículos. Impostos sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA ➢ Imposto de Competência Estadual ou DF; ➢ Tem como fato gerador os veículos automotores; ➢ A base de cálculo do IPVA é em relação ao valor do veículo; ➢ O pagador do IPVA é o proprietário do veículo; ➢ Senado Federal fixa suas alíquotas mínimas mediante resolução; ➢ Os veículos de domínio dos entes federados terão imunidade perante o IPVA; ➢ As embarcações e aeronaves não pagam IPVA (STF/RE 379.572). Fixação de Alíquotas ➢ ICMS → Senado fixa alíquotas máximas e mínimas; ➢ ITCMD → Senado fixa alíquotas máximas; ➢ IPVA → Senado fixa alíquotas mínimas; OBS: A fixação ocorre por resolução. STF/ADI 4858/DF É constitucional resolução do Senado Federal que fixa alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aplicável às operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior. STJ/Súmula 585 A responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, não abrange o IPVA incidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao período posterior à sua alienação. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 49/198 Seção V - DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I – propriedade predial e territorial urbana; (IPTU) II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; (ITBI) III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (ISSQN) CESPE (Assertiva: Correta) Um município, para instituir o imposto sobre serviços (ISS), deve observar a lei complementar federal e instituir o imposto por lei ordinária municipal, não podendo criar novos serviços. STF/RE 1.167.509 É incompatível com a Constituição Federal disposição normativa a prever a obrigatoriedade de cadastro, em órgão da Administração municipal, de prestador de serviços não estabelecido no território do Município e imposição ao tomador da retenção do Imposto Sobre Serviços – ISS quando descumprida a obrigação acessória. § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I (IPTU) poderá: I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. IPTU – Alíquotas ➢ Pode ter alíquotas progressivas por conta do: ✓ Valor do imóvel; ✓ Tempo de uso inadequado do solo urbano (CF. Art. 182. § 4. II). ➢ Pode ter alíquotas diferenciadas devido à localização e o uso do imóvel. CF. Art. 182. § 4. II Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; § 1º-A O imposto previsto no inciso I (IPTU) do caput deste artigo não incide sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea “b” do inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem imóvel. STF/Súmula Vinculante 52 Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. STF/Súmula 539 É constitucional a lei do município que reduz o imposto predial urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 50/198 STF/Súmula 583 Promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano. STF/Súmula 589 É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto predial e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte. STF/Súmula 668 É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000,alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. STF/ADI 2.732 1. No julgamento do RE nº 423.768/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário do STF refutou a tese da inconstitucionalidade da EC nº 29/03, na parte em que modificou o arquétipo constitucional do IPTU para permitir o uso do critério da progressividade como regra geral de tributação, em acréscimo à previsão originária da Carta Magna, calcada no art. 185, § 4º, inciso II, que trata da progressividade sancionatória do imposto pelo desatendimento da função social da propriedade imobiliária urbana. Não se vislumbra a presença de incompatibilidade entre a técnica da progressividade e o caráter real do IPTU, uma vez que a progressividade constitui forma de consagração dos princípios da justiça fiscal e da isonomia tributária. STF/ADI 2.732 1. No julgamento do RE nº 423.768/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário do STF refutou a tese da inconstitucionalidade da EC nº 29/03, na parte em que modificou o arquétipo constitucional do IPTU paracontribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, a f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b ; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 5/198 i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. ✓ ISS (Competência dos Municípios): (Art. 156, § 3º, I ao III) I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. ✓ Contribuições Previdenciárias Residuais (Art. 195 § 4º) Atenção: É vedada medidas provisórias sobre matéria de lei complementar. ➢ Norma Infralegal (Hipóteses): ✓ Alíquotas dos impostos: ✓ Regra → são alteradas por lei; ✓ Exceção ao Princípio da Legalidade → Podem ser alteradas por ato infralegal (Decreto ou Portaria) as alíquotas de: • Imposto de Importação; (II) • Imposto de Exportação; (IE) • Imposto sobre Produtos Industrializados; (IPI) • Imposto sobre Operações Financeiras. (IOF) • CIDE-Combustível (Redução e Restabelecimento – Art. 177. § 4º, I, b); • ICMS-Combustível (Fixação). ➢ Medida provisória ✓ Art. 62. § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de IMPOSTOS, exceto os previstos nos arts. 153, I (II), II (IE), IV (IPI), V (IOF), e 154, II (Impostos Extraordinários), só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. ➢ Resolução do Senado (Hipóteses): ✓ ICMS → Senado fixa alíquotas máximas e mínimas; ✓ ITCMD → Senado fixa alíquotas máximas; ✓ IPVA → Senado fixa alíquotas mínimas; CF/88 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; Art. 61. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: II - disponham sobre: b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; Art. 62. § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I (II), II (IE), IV (IPI), V (IOF), e 154, II (Impostos Extraordinários), só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Atenção! Medida provisória pode instituir ou majorar imposto e, neste caso, a obediência à anterioridade anual tributária pressupõe a sua conversão em lei até o último dia do exercício financeiro em que for editada, para que a nova norma possa ser aplicada no ano seguinte. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 6/198 STF/RE 743.480 Inexiste, na Constituição Federal de 1988, reserva de iniciativa para leis de natureza tributária, inclusive para as que concedam renúncia fiscal. Princípios Constitucionais Tributários Princípios Conceitos Capacidade Contributiva CF/88. Art. 145. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Legalidade ou da Reserva Legal A U/E/DF/M não pode criar ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. O princípio da legalidade é um importante princípio tributário e está ligado à ideia de proibição de imposição de exações tributárias ilegítimas, isto é, não decorrentes da manifestação dos representantes legítimos da população. A rigidez do princípio da legalidade encontra mitigação na própria Constituição Federal, na medida em que o constituinte viu em certos tributos um veículo para introduzir no ordenamento jurídico normas indutoras de comportamento. ➢ Tributos → Sempre serão instituídos por lei em sentido estrito; ➢ Alíquotas dos impostos: ✓ Regra → são alteradas por lei; ✓ Exceção ao Princípio da Legalidade → Podem ser alteradas por ato infralegal (Decreto ou Portaria) as alíquotas de: • Imposto de Importação; (II) • Imposto de Exportação; (IE) • Imposto sobre Produtos Industrializados; (IPI) • Imposto sobre Operações Financeiras. (IOF) • CIDE-Combustível (Redução e Restabelecimento – Art. 177. § 4º, I, b); • ICMS-Combustível (Fixação). OBS: É possível a instituição ou aumento de impostos por Medida Provisória. CF. Art. 62. § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I (II), II (IE), IV (IPI), V (IOF), e 154, II (Impostos Extraordinários), só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Anterioridade O Princípio da Anterioridade (art. 150, III, “b") tem a finalidade de preservar a segurança jurídica tributária. Tal princípio estabelece que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos, no mesmo exercício financeiro, em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; Tributos que observam o Princípio da Anterioridade ➢ Impostos: ✓ IR; ✓ ITR; ✓ IGF; ✓ Fixação do aumento da base de cálculo do IPVA; ✓ Fixação do aumento da base de cálculo do IPTU; ✓ Impostos Residuais (CF. Art. 154. I) ✓ ICMS-Combustíveis (No aumento de alíquota); ➢ Taxas Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 7/198 ➢ Contribuição de Melhoria ➢ Empréstimos Compulsórios: ✓ Para investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional; (CF. Art. 148, II); ➢ Contribuições Especiais: ✓ COFINS; ✓ CSLL; ✓ PIS/PASEP; ✓ CIDE-Combustíveis (No aumento da alíquota). Contribuição sobre o serviço de iluminação pública – COSIP. O Princípio da Anterioridade não é absoluto sendo mitigado nos casos de: ➢ Impostos ✓ II; ✓ IE; ✓ IPI; ✓ IOF; ✓ Impostos extraordinários (Guerra Externa ou iminente – Art. 154. II); ✓ ICMS-Combustíveis (No caso de redução e restabelecimento de alíquota); ➢ Empréstimos Compulsórios ✓ Para despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou iminente; ➢ Contribuições Especiais ✓ CIDE-Combustíveis (Na redução e restabelecimento de alíquota); ✓ Contribuições Sociais para Seguridade Social (Art. 195. § 6º). Anterioridade Nonagesimal Sinônimos: Princípio da anterioridade tributária qualificada; Princípio da Carência; Princípio da Noventena; Princípio da Anterioridadepermitir o uso do critério da progressividade como regra geral de tributação, em acréscimo à previsão originária da Carta Magna, calcada no art. 185, § 4º, inciso II, que trata da progressividade sancionatória do imposto pelo desatendimento da função social da propriedade imobiliária urbana. Não se vislumbra a presença de incompatibilidade entre a técnica da progressividade e o caráter real do IPTU, uma vez que a progressividade constitui forma de consagração dos princípios da justiça fiscal e da isonomia tributária. STF/RE 666.156 São constitucionais as leis municipais anteriores à Emenda Constitucional n° 29/2000, que instituíram alíquotas diferenciadas de IPTU para imóveis edificados e não edificados, residenciais e não residenciais. STF/RE 601.720 Incide o IPTU, considerado imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a pessoa jurídica de direito privado, devedora do tributo. STJ/Súmula 160 É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. STJ/Súmula 397 O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço. STJ/Súmula 399 Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU. STJ/Súmula 614 O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos. STJ/Súmula 626 A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 51/198 § 2º O imposto previsto no inciso II (ITBI): I – não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II – compete ao Município da situação do bem. ITBI ➢ Ato oneroso; ➢ Somente bens imóveis; ➢ Não incide sobre os bens imóveis de garantia e os de cessão de direitos a sua aquisição. ➢ Não incide sobre a transmissão de bens ou direitos: ✓ Incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital; ✓ Decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica. ➢ Incide se a atividade preponderante do adquirente for: ✓ Compra e venda dos bens; ✓ Locação de bens imóveis; ✓ Arrendamento mercantil. ➢ Compete ao Município da situação do bem. FGV (Assertiva: Correta) A sociedade empresária Locação 100% Ltda., ativa no setor de locação de bens imóveis, seus e de terceiros, foi incorporada, em operação de alguns milhões de reais, pela sociedade empresária Locações Especiais Ltda., atuante no mesmo ramo de atividade. À luz da Constituição Federal, sobre a transmissão de bens imóveis da sociedade empresária Locação 100% Ltda. para a sociedade Locações Especiais Ltda. decorrente da incorporação, incide ITBI, por ser a locação de imóveis a atividade preponderante da incorporadora. STF/Súmula 75 Sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não compreende o imposto de transmissão “inter vivos”, que é encargo do comprador. STJ/Súmula 110 O imposto de transmissão “intervivos” não incide sobre a construção, ou parte dela, realizada pelo adquirente, mas sobre o que tiver sido construído ao tempo da alienação do terreno. STJ/Súmula 329 O Imposto de Transmissão “Inter Vivos” não incide sobre a transferência de ações de sociedade imobiliária. STJ/Súmula 470 O imposto de transmissão “intervivos” não incide sobre a construção, ou parte dela, realizada, inequivocamente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que tiver sido construído antes da promessa de venda. STF/Súmula 656 É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel. STF/RE 796.376 A imunidade em relação ao ITBI, prevista no inciso I do § 2º do art. 156 da Constituição Federal, não alcança o valor dos bens que exceder o limite do capital social a ser integralizado. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 52/198 STF/ARE 1.294.969 RG O fato gerador do imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) somente ocorre com a efetiva transferência da propriedade imobiliária, que se dá mediante o registro. FGV (Assertiva: Correta) José comprou de João, em julho de 2021, um imóvel situado em Curitiba (PR), tendo sido lavrada a escritura pública de compra e venda sem o recolhimento do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). O Fisco Municipal pretende lavrar auto de infração para fins de lançamento e cobrança do ITBI, que entende devido, acrescido de multa de 10% sobre o valor do imposto. À luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal, no momento da lavratura desta escritura pública de compra e venda o tabelião, o comprador e o vendedor não poderão ser responsabilizados pelo pagamento de tal ITBI não recolhido. Teses do STJ sobre Impostos Municipais I – Edição 55 Tese 01 É legítima a cobrança do Imposto Predial Territorial Urbano – IPTU sobre imóveis situados em área de expansão urbana, ainda que não dotada dos melhoramentos previstos no art. 32, § 1º, do CTN. Tese 02 O cessionário de direito uso de imóvel público não é contribuinte do IPTU, pois detém a posse mediante relação de natureza pessoal, sem animus domini. Tese 03 O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço. Tese 04 Cabe ao contribuinte comprovar a ausência de notificação do lançamento tributário pelo não recebimento do carnê de cobrança do IPTU. Tese 05 É defeso ao município atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. Tese 06 Nos tributos em que o lançamento se dá de ofício, como é o caso do IPTU, o prazo prescricional para se pleitear a repetição de indébito é de cinco anos, contados a partir da data em que se deu o pagamento do tributo, nos termos do art. 168, I, do CTN. Tese 07 O locatário, por não ostentar a condição de contribuinte ou de responsável, não tem legitimidade ativa para litigar em ações de natureza tributária envolvendo o IPTU. Tese 08 O usufrutuário de imóvel urbano possui legitimidade ativa para questionar o IPTU. Tese 09 É possível a utilização da metragem do imóvel como base de cálculo da cobrança da taxa de coleta de lixo. Tese 10 A publicação oficial da planta de valores imobiliários é obrigatória para fins de apuração da base de cálculo do IPTU. Tese 11 Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966). Tese 12 O ônus de provar que o imóvel não está afetado à destinação institucional da autarquia ou da fundação recai sobre o ente tributante que pretende afastar a imunidade. Tese 13 Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. Tese 14 A arrematação em hasta públicaexonera a reponsabilidade do adquirente pelo pagamento do IPTU, havendo a sub-rogação do crédito tributário sobre o preço pelo qual foi arrematado o bem (art. 130, parágrafo único, do CTN). Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 53/198 Tese 15 A previsão expressa no edital acerca da existência de débitos de IPTU sobre o imóvel arrematado transfere ao arrematante a responsabilidade pela sua quitação, o que não acarreta ofensa ao parágrafo único do art. 130 do CTN. Tese 16 Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU. Tese 17 O promitente comprador do imóvel e o proprietário/promitente vendedor são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU. Tese 18 O fato gerador do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis – ITBI é a transmissão do domínio do bem, não incidindo o tributo sobre a promessa de compra e venda na medida que se trata de contrato preliminar que poderá ou não se concretizar em contrato definitivo, este sim ensejador da cobrança do aludido tributo. Tese 19 O valor venal do imóvel apurado para fins de IPTU não coincide, necessariamente, com aquele adotado para lançamento do ITBI. Tese 20 O valor venal do imóvel para efeito de definição da base de cálculo do ITBI, no caso de alienação judicial, é o montante alcançado em hasta pública. § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III (ISSQN) do caput deste artigo, cabe à lei complementar: I – fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; II – excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. STF/Súmula Vinculante 31 É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis. STF/Súmula 69 A Constituição estadual não pode estabelecer limite para o aumento de tributos municipais. STF/Súmula 588 O ISS não incide sobre os depósitos, as comissões e taxas de desconto, cobrados pelos estabelecimentos bancários. STJ/Súmula 138 O ISS incide na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis. STF/RE 547.245 O arrendamento mercantil compreende três modalidades: a) o leasing operacional; b) o leasing financeiro; c) lease-back. No primeiro caso (leasing operacional) há locação, nos outros dois (leasing financeiro e lease-back), serviço. A lei complementar não define o que é serviço, apenas o declara, para os fins do inciso III do artigo 156 da Constituição (ISS). Não o inventa, simplesmente descobre o que é serviço para os efeitos do inciso III do artigo 156 da Constituição. No arrendamento mercantil (leasing financeiro), contrato autônomo que não é misto, o núcleo é o financiamento, não uma prestação de dar. E financiamento é serviço, sobre o qual o ISS pode incidir, resultando irrelevante a existência de uma compra nas hipóteses do leasing financeiro e do lease-back. STF/RE 605.552 Incide o ISS sobre as operações realizadas por farmácias de manipulação envolvendo o preparo e o fornecimento de medicamentos encomendados para posterior entrega ao fregueses, em caráter pessoal, para consumo; por sua vez, incide o ICMS sobre os medicamentos de prateleira, ofertados ao público consumidor. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 54/198 STF/RE 651.703 As operadoras de planos de saúde e de seguro-saúde realizam prestação de serviço sujeita ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, previsto no art. 156, III, da CRFB/88. STJ/Súmula 156 A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, ainda que envolva fornecimento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS. STJ/Súmula 167 O fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil, preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se apenas a incidência do ISS. STJ/Súmula 274 O ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as refeições, os medicamentos e as diárias hospitalares. STJ/Súmula 424 É legítima a incidência de ISS sobre os serviços bancários congêneres da lista anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n. 56/1987. STJ/Súmula 524 No tocante à base de cálculo, o ISSQN incide apenas sobre a taxa de agenciamento quando o serviço prestado por sociedade empresária de trabalho temporário for de intermediação, devendo, entretanto, englobar também os valores dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela contratados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra. Teses do STJ sobre Impostos Municipais II – ISS – Edição 64 Tese 01 A listagem de serviços que constituem fatos geradores do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN (anexa ao Decreto-Lei n. 406/1968 e à Lei Complementar n. 116/2003) comporta interpretação extensiva para abarcar os serviços congêneres àqueles previstos taxativamente. Tese 02 O ISS é espécie tributária que pode se caracterizar como tributo direto ou indireto, sendo necessário avaliar se seu valor é repassado ou não ao preço cobrado pelo serviço. Tese 03 A partir da vigência da Lei Complementar n. 116/03, a competência tributária ativa para a cobrança do ISSQN recai sobre o município em que o serviço é efetivamente realizado, desde que, no local, haja unidade econômica ou profissional do estabelecimento prestador. Tese 04 Incide ISSQN e não ICMS nas hipóteses em que são desenvolvidas operações mistas de fornecimento de mercadorias e prestação de serviço, desde que este esteja expressamente previsto na listagem anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n. 116/2003. Tese 05 O tratamento diferenciado que assegura a alíquota fixa do ISS às sociedades profissionais, nos moldes do art. 9º do Decreto-Lei n. 406/68, não foi revogado pelo art. 10 da Lei Complementar n. 116/03. Tese 06 O benefício da alíquota fixa do Imposto sobre Serviços estabelecida no art. 9º, §§ 1º e 3º, do DL n. 406/68 somente é concedido às sociedades uni ou pluripessoais integradas por profissionais que atuam com responsabilidade pessoal e sem caráter empresarial. Tese 07 A tributação fixa do ISS não alcança as sociedades constituídas sob a forma de responsabilidade limitada, em razão do caráter empresarial de que se reveste este tipo societário. Tese 08 As sociedades simples constituídas sob a forma societária limitada fazem jus ao benefício da tributação por alíquota fixa desde que os seus sócios prestem serviços de forma pessoal e sem caráter empresarial. Tese 09 Não incide ISS sobre os serviços de rebocagem na vigência do Decreto-Lei n. 406/68, tanto por ausência de expressa previsão legal (art. 108, §1º, do CTN), como por não ser serviço congênere ao de atracação. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 55/198 Tese 10 A base de cálculo do ISSQN incidente na prestação do serviço público de transporte coletivo é o valor pago pelo usuário no momento da aquisição da passagem, e não o valor da tarifa vigente na data da sua utilização. Tese 11 O valor suportado pelo beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia referente ao ISSQN, compõe o conceito de receita ou faturamento para fins de adequação à hipótese de incidência do PIS e da COFINS. Tese 12 É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis dissociadas da prestação de serviços. Tese 13 É legítima a incidência de ISS sobreos serviços bancários congêneres da lista anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n. 56/1987. Tese 14 Não se aplica à prestação de serviços de registros públicos cartorários e notariais o regime especial de alíquota fixa do ISS previsto no § 1º do art. 9º do DL n. 406/1968. Tese 15 A competência para o recolhimento do ISS nas hipóteses de construção civil é do município onde a obra foi realizada, independentemente do serviço ter sido prestado antes ou após a edição da LC n. 116/03. Tese 16 O custo dos materiais empregados na construção civil pode ser deduzido da base de cálculo do Imposto sobre Serviços. Tese 17 O ISSQN incide apenas sobre a taxa de agenciamento quando o serviço prestado por sociedade empresária de trabalho temporário for de intermediação, devendo, entretanto, englobar também os valores dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela contratados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra. Tese 18 Não incide ISS sobre o serviço de provedor de acesso à internet, por ausência de previsão legal. Tese 19 Incide ISS sobre a intermediação de negócios na Bolsa de Mercadorias e Futuro – BM&F, cuja atividade é voltada para a comercialização de mercadorias. Seção VI - DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS Repartição Direta Indireta A repartição é feita diretamente pelo ente que faz a arrecadação para o ente que irá receber o benefício, não existindo intermediário. A repartição é feita do ente que arrecadou a receita para o ente beneficiário, porém existindo um fundo intermediador, sendo preciso cumprir alguns requisitos para ocorrer o repasse. Arrecadador → Beneficiário. Arrecadador → Intermediário → Beneficiário CF. Arts. 157 e 158 CF. Art. 159. I Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I – o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte (IRRF), sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II – 20% do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I (Impostos residuais). Repartição para Estados e Municípios 100% do IRRF (Autarquias e Fundações) 20% dos Impostos Residuais Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 56/198 CESPE (Assertiva: Correta) O produto da arrecadação do imposto sobre a renda da pessoa física (IRPF), cobrado na fonte e incidente sobre os rendimentos pagos por uma autarquia do estado do Pará a seus servidores, pertence ao estado do Pará. CESPE (Assertiva: Correta) Do produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Municípios, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem, pertence aos Municípios o percentual de 100%. STF/RE 607.886/RJ É dos Estados e Distrito Federal a titularidade do que arrecadado, considerado Imposto de Renda, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por si, autarquias e fundações que instituírem e mantiverem. STF/ACO n.º 571/AgR O art. 157, I, da CF, que dispõe acerca da destinação aos Estados do produto de arrecadação do IRPF, não contempla os pagamentos originados das estatais, integrantes da administração pública indireta, não cabendo interpretação ampliativa. STF/ADPF 523/DF A repartição de receitas prevista no art. 157, II, da Constituição Federal não se estende aos recursos provenientes de receitas de contribuições sociais desafetadas por meio do instituto da Desvinculação de Receitas da União (DRU) na forma do art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Art. 158. Pertencem aos Municípios: I – o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II – 50% do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade (100%) na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III (Caso os Municípios optem por fiscalizar e cobrar o ITR); III – 50% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; (IPVA) IV – 25% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. (ICMS) Pertencem aos Municípios ➢ 100% do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte – Pessoa Física ou Jurídica) pelas autarquias e fundações do Município; ➢ ITR (Imposto Sobre Propriedade Territorial Rural) ✓ 50% da arrecadação → Se fiscalizado e cobrado pela União; ✓ 100% da arrecadação → Se os Municípios optarem por fiscalizar e cobrar o ITR. ➢ 50% da arrecadação do IPVA; ➢ 25% da arrecadação do ICMS. FGV (Assertiva: Errada) O produto da arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, incluídos os acréscimos correspondentes, será destinado 55% (50%) para o Estado e 45% (50%) para o Município onde o veículo estiver licenciado, inscrito ou matriculado. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 57/198 STF/RE 1.293.453/RS Pertence ao Município, aos Estados e ao Distrito Federal a titularidade das receitas arrecadadas a título de imposto de renda retido na fonte incidente sobre valores pagos por eles, suas autarquias e fundações a pessoas físicas ou jurídicas contratadas para a prestação de bens ou serviços, conforme disposto nos arts. 158, I, e 157, I, da Constituição Federal. STF/RE 572.762 I – A parcela do imposto estadual sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, a que se refere o art. 158, IV, da Carta Magna pertence de pleno direito aos Municípios. II – O repasse da quota constitucionalmente devida aos Municípios não pode sujeitar-se à condição prevista em programa de benefício fiscal de âmbito estadual. III – Limitação que configura indevida interferência do Estado no sistema constitucional de repartição de receitas tributárias. Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV (25% do ICMS), serão creditadas conforme os seguintes critérios: I – 65%, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; II – até 35%, de acordo com o que dispuser lei estadual, observada, obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10% com base em indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos. Art. 159. A União entregará: I – do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos (IR) de qualquer natureza e sobre produtos industrializados (IPI), 50%, da seguinte forma: a) 21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPEDF); b) 22,5% ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM); c) 3%, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semiárido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região,na forma que a lei estabelecer; d) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; e) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que será entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; f) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que será entregue no primeiro decêndio do mês de setembro de cada ano; 50% IR e IPI da União 21,5% - FPEDF 25,5% - FPM 3% - Financiamento ao setor produtivo da Região NO, NE, CO. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 58/198 II – do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, 10% aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. III – do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo. FGV (Assertiva: Correta) O Governo Federal sempre que fala em reduzir as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados sofre críticas, especialmente de Estados e Municípios. Pela repartição das receitas tributárias, o Fundo de Participação dos Estados perde 21,5 % e o dos Municípios 25,5% da arrecadação do IPI, tendo imediato efeito para ambos. CESPE (Assertiva: Correta) A União é obrigada a destinar parte da arrecadação do IPI para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, por meio de suas instituições financeiras de caráter regional. Repartições das Receitas Tributárias x União → E/DF União → Municípios E → Municípios IR e IPI 21,5% 22,5% + 1% (Jul.) + 1% (Set.) + 1% (Dez.) - IRRF (Autarquias e Fundações) 100% 100% - IPI-Exportação 10% - 25% dos 10% = 2,5% IOF-Ouro 30% 70% - ITR - 50% ou 100% - Se o Município fiscaliza e cobra ITR. - Impostos Residuais (Novos Impostos) 20% - - CIDE-Combustíveis 29% 25% dos 29% = 7,25% - ICMS - - 25% IPVA - - 50% União → FCO/FNE/NFO 3% do IR e IPI, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semiárido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; Pertence aos Estados e ao DF ➢ União Reparte aos Estados: ✓ Imposto de Renda (IR) → 21,5%; ✓ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) → 21,5%; ✓ Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF – Autarquias e Fundações) → 100%; ✓ Imposto sobre Operações Financeiras do Ouro (IOF-Ouro) → 30%; ✓ Imposto Residual → 20%; ✓ IPI-Exportação → 10%; ✓ CIDE-Combustíveis → 29%; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 59/198 Pertence aos Municípios ➢ União Reparte aos Municípios: ✓ Imposto de Renda (IR) → 25,5%; ✓ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) → 25,5%; ✓ Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF – Autarquias e Fundações) → 100%; ✓ Imposto sobre Operações Financeiras sobre o Ouro (IOF-Ouro) → 70%; ✓ IPI-Exportação → 25% dos 10% = 2,5%. ✓ ITR → 50% (Se a União cobra) ou 100% (Se fiscalizado e cobrado pelo Município); ✓ CIDE-Combustíveis → 25% dos 29% = 7,25%. ➢ Estados Repartem aos Municípios: ✓ ICMS → 25%; ✓ IPVA → 50%. Receitas Não Repartidas União Estado Municípios II; IE; IGF; IEG. ITCMD ISS ou ISSQN; IPTU; ITBI. STF/RE 705.423 É constitucional a concessão regular de incentivos, benefícios e isenções fiscais relativos ao Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados por parte da União em relação ao Fundo de Participação de Municípios e respectivas quotas devidas às Municipalidades. FGV (Assertiva: Correta) A União concede isenção de IPI a um setor produtivo. Em virtude disso, vários Municípios ajuízam ações contra o ente federal, sob alegação de lesão de seus interesses, por diminuição da arrecadação do IPI, o que afetará a parcela arrecadada deste imposto a ser entregue ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Diante desse cenário, é correto afirmar que a União pode conceder tal benefício fiscal, desde que obedecidos os requisitos constitucionais e legais para concessão de isenções, em razão do livre exercício de sua competência tributária; VUNESP (Assertiva: Correta) A União entregará, do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, 10% aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados; dos recursos que receberem a esse título, os Estados entregarão aos Municípios o percentual de 25%. § 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. § 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido. § 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios 25% dos recursos que receberem nos termos do inciso II (10%), observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. § 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 60/198 Impostos Não Repartidos ➢ Todos os impostos arrecadados pelo Município e DF; ➢ ITCD (estadual); ➢ Imposto de importação e exportação; ➢ Imposto sobre grandes fortunas; ➢ Impostos extraordinários de guerra. Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. § 1º A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos: I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. § 2º Os contratos, os acordos, os ajustes, os convênios, os parcelamentos ou as renegociações de débitos de qualquer espécie, inclusive tributários, firmados pela União com os entes federativos conterão cláusulas para autorizar a dedução dos valores devidos dos montantes a serem repassados relacionados às respectivas cotas nos Fundos de Participação ou aos precatórios federais. Art. 161. Cabe à lei complementar: I – definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I; II – estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios; III – dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. Parágrafo único. O Tribunal de Contasda União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II. Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio. Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município; os dos Estados, por Município. Obrigação de Divulgação pela U/E/DF/M ➢ O que deve ser divulgado? ✓ Montantes de cada um dos tributos arrecadados; ✓ Recursos recebidos; ✓ Valores de origem tributária entregues e a entregar; ✓ Expressão numérica dos critérios de rateio; ➢ Prazo → Até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, ➢ Dados: ✓ União → Discriminados pelos Estados e Municípios; ✓ Estados → Discriminados pelos Municípios. STF/ADI 724 A Constituição de 1988 admite a iniciativa parlamentar na instauração do processo legislativo em tema de direito tributário. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 61/198 A iniciativa reservada, por constituir matéria de direito estrito, não se presume e nem comporta interpretação ampliativa, na medida em que – por implicar limitação ao poder de instauração do processo legislativo – deve necessariamente derivar de norma constitucional explícita e inequívoca. O ato de legislar sobre direito tributário, ainda que para conceder benefícios jurídicos de ordem fiscal, não se equipara – especialmente para os fins de instauração do respectivo processo legislativo – ao ato de legislar sobre o orçamento do Estado. STF/RE 940.769/RS É inconstitucional lei municipal que estabelece impeditivos à submissão de sociedades profissionais de advogados ao regime de tributação fixa em bases anuais na forma estabelecida por lei nacional. STF/ADI 4.846 1. Os royalties possuem natureza jurídica de receita transferida não tributária de cunho originário emanada da exploração econômica do patrimônio público, afastada sua caracterização seja como tributo, seja como indenização. Precedente: RE 228.800, de relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 16.11.2011. 2. Os royalties são receitas originárias da União, tendo em vista a propriedade federal dos recursos minerais, e obrigatoriamente transferidas aos Estados e Municípios. 3. A legislação prevista no parágrafo único do art. 20 da Constituição da República possui natureza ordinária e federal. Precedente: ADI 4.606, de relatoria do Ministro Alexandre de Moraes, Tribunal Pleno, j. 28.02.2019. 4. É constitucional a imposição legal de repasse de parcela das receitas transferidas aos Estados para os municípios integrantes da territorialidade do ente maior. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 62/198 LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1º Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, o sistema tributário nacional e estabelece, com fundamento no artigo 5º, inciso XV, alínea b, da Constituição Federal as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva legislação complementar, supletiva ou regulamentar. LIVRO PRIMEIRO - SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Tributos ➢ Prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir; ➢ Não constitui sanção de ato ilícito; ➢ Instituído em lei; ➢ Cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Estrutura Tributária Brasileira ➢ Excessivamente complexa – estudos internacionais indicam que o Brasil é um dos países do mundo em que as empresas mais perdem tempo com a burocracia tributária. ➢ Sofre com o dilema do federalismo fiscal – que consiste na busca de um equilíbrio entre a necessidade de garantir um grau razoável de autonomia financeira e política aos diferentes níveis de governo e a necessidade de coordenação e sistematização dos instrumentos fiscais em termos nacionais. Tributos – Teorias ➢ Teoria Dicotômica: ✓ O gênero tributo se divide em duas espécies: impostos e taxas. ➢ Teoria Tripartite: ✓ Adotada pelo Código Tributário Nacional (Art. 5°); ✓ Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria; ➢ Teoria Pentapartida ou Quíntupla: ✓ Adotada pelo STF; ✓ Conforme o STF, a CF adotou a teoria da Pentapartida; ✓ Os tributos se dividem em: • Impostos; • Taxas; • Contribuição de melhoria; • Empréstimo compulsório; • Contribuições especiais. ➢ Os empréstimos compulsórios são instituídos pela União mediante Lei Complementar. ➢ As Contribuições Especiais podem ser: ✓ Contribuições Sociais; ✓ De Intervenção no domínio econômico; (Competência Exclusiva da União) ✓ De interesse das categorias profissionais ou econômicas; (Competência Exclusiva da União) ✓ Para o custeio do RPPS (Competência: U/E/DF/M). CESPE (Assertiva: Correta) Enquadram-se nas espécies tributárias constantes do ordenamento jurídico brasileiro as contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 63/198 Classificação dos Tributos Quanto à Finalidade ou Função Fiscalidade Consiste na função de arrecadação de tributos pelo Estado com a finalidade de adquirir capital para custear seus deveres legais, contratuais e constitucionais. São tributos com caráter predominantemente fiscal: IR (Imposto de Renda) ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) Extrafiscalidade A extrafiscalidade pode ser conceituada como o emprego de instrumentos tributários para o alcance das finalidades não arrecadatórias, mas incentivadoras ou inibidoras de comportamentos, com vista à realização de valores constitucionalmente relevantes. O efeito extrafiscal de um tributo pode tanto ser uma decorrência secundária da tributação como ser deliberadamente planejado para dissuadir ou estimular certas condutas econômicas. São tributos com caráter predominantemente extrafiscal: Imposto sobre Importação (II); Imposto sobre Exportação (IE); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Parafiscalidade Um tributo é parafiscal, quando é direcionado para abastecer os recursos financeiros de entidades com atribuições específicas. Ou seja, quando o tributo está relacionado com a descentralização da atividade pública, sendo instituído para o fim de dotar de recursos determinadas entidades, encarregadas pelo Estado de atender necessidades sociais específicas. São tributos com caráter predominantemente parafiscal: Contribuição sindical; Contribuições para Seguridade Social; Pessoal x Real Pessoal Relacionado a cada pessoa, de forma individual. Ex: IRPF; Real Tem relação aos tributos direcionados a objetos; Ex: IPTU e IPVA; Vinculado x Não Vinculado Vinculado Consiste em tributos que são arrecadados já tendo como contraprestação uma atividade específica. O tributo possui como fato gerador uma atividade estatal específica; Tributos Vinculados: Taxas e contribuiçõesde melhorias Não Vinculado O fato gerador do tributo decorre do próprio contribuinte, não sendo gerado diretamente da Administração Pública. O tributo independe de qualquer atividade específica da Administração Pública. Tributos Não vinculados: Impostos. Diretos x Indiretos Diretos Os tributos diretos são aqueles que não permitem a transferência de seu encargo financeiro para pessoa diferente daquela definida em lei como sujeito passivo, já que a pessoa definida em lei como sujeito passivo é a mesma que sofre o impacto financeiro. Ou seja, o contribuinte de direito é o contribuinte de fato. Ex: IR, IPTU, IPVA. Indiretos Consiste naqueles em que o valor do tributo não é custeado pelo contribuinte de direito, mas sim pelo consumidor dos produtos e serviços, ou seja, pelo contribuinte de fato; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 64/198 Os tributos indiretos são aqueles cuja configuração jurídica permite a transferência de seu encargo financeiro para pessoa diferente daquela definida em lei como sujeito passivo. Ex: IPI, ICMS e ISS. Fixos x Proporcionais Fixos O valor cobrado pelo tributo não varia, sendo assim, a variação de cobrança pelo serviço prestado não influi no valor do tributo. Ex: ISS; Proporcionais A alíquota do tributo é fixa, no entanto o valor a ser arrecadado terá uma variação conforme o aumento ou diminuição da base de cálculo de incidência do tributo. Ex: IPTU. Progressivo x Regressivo Progressivo Ocorre quando a alíquota é elevada de acordo com o aumento dos valores em que ela incide. Quanto maior o valor, mais elevada será a alíquota. Um imposto é considerado progressivo quando os cidadãos mais ricos pagam proporcionalmente mais impostos sobre sua renda do que os cidadãos mais pobres. Ex: IR, ITR, IPTU; Regressivo A alíquota diminui à medida que o valor a ser incidido vai aumentando. Quanto maior o valor, menor será a alíquota. OBS:O sistema regressivo acaba impactando as classes de renda mais baixa, sendo seu foco nos tributos indiretos, como por exemplo o consumo. Cumulatividade x Não Cumulatividade Cumulatividade Consiste na tributação em cascata, os tributos são considerados cumulativos quando são cobrados em todos os estágios da cadeia produtiva com base no valor de venda de cada estágio. Não Cumulatividade Estabelece que o tributo pago e recolhido, em fase anterior de determinada cadeia produtiva, não pode ser cobrado novamente em uma fase posterior do processo produtivo. Consiste na cobrança de tributo em cada fase da cadeia produtiva, porém o tributo posterior não se acumula com o mesmo tributo pago e recolhido na fase anterior do processo produtivo. Não é possível a cumulatividade de tributos, conforme o Princípio da Não Cumulatividade. CTN. Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados. ➢ Tributos Não Cumulativos Expressos na CF/88: ✓ IPI (CF/88, art. 153, §3º, II); ✓ Imposto Residual (CF/88, art. 154, I); ✓ ICMS (CF/88, art. 155, §2º, I); ✓ Contribuições sociais residuais (CF/88, art. 195, §4º). VUNESP (Assertiva: Correta) São tributos com caráter predominantemente extrafiscal o imposto de importação, a contribuição de intervenção no domínio econômico e o imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 65/198 CESPE (Assertiva: Errada) O imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) deve ser, em regra, não progressivo e não cumulativo. TÍTULO I - Disposições Gerais Art. 2º O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. Tributos - Disposições Gerais ➢ Características: ✓ Prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir; ✓ Não constitui sanção de ato ilícito; (Multa não é tributo.) ✓ Instituído em lei; ✓ Cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. ➢ Natureza Jurídica Específica: ✓ Determinada pelo fato gerador; ➢ São irrelevantes para determinação: ✓ Denominação; ✓ Destinação legal do produto; ✓ Demais características formais. ➢ Tributos Espécies (Teoria adotada pelo CTN → Tripartite): ✓ Impostos; ✓ Taxas; ✓ Contribuições de melhoria. ➢ Tributos Espécies (Teoria adotada pelo STF → Pentapartite): ✓ Impostos; ✓ Taxas; ✓ Contribuições de melhoria; ✓ Empréstimos Compulsórios; ✓ Contribuições Especiais. ➢ A penalidade pecuniária, como a multa, não pode caracterizar um tributo. Tributo – Definição na Lei 4.320/64 Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da Constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 66/198 Atenção! Receita Originária Receita Derivada São aquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. São receitas não tributárias. Ex: Exploração do patrimônio do Estado como vias públicas, mercados, Royalties, Compensações, Preços Públicos. São aquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva perante o particular (Pessoa Física ou Jurídica). Dessa forma, o Estado exige que o particular entregue uma determinada quantia na forma de tributos ou de multas. Ex: Tributos (Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria) e multas. STF/ADI 1.378 MC A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais possuem natureza tributária, qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no que concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime jurídico- constitucional pertinente a essa especial modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que proclamam, dentre outras, as garantias essenciais: (a) da reserva de competência impositiva; (b) da legalidade; (c) da isonomia; e (d) da anterioridade. STJ/Súmula 353 As disposições do Código Tributário Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS TÍTULO II - Competência Tributária CAPÍTULO I - Disposições Gerais Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitaçõescontidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. Competência Tributária Institui/Cria tributos Indelegável Capacidade Tributária Ativa Arrecada, fiscaliza ou executa tributos Delegável Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 67/198 § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. Capacidade Tributária Ocorre quando o sujeito tem o direito de cobrar o tributo ou a obrigação de pagar o tributo. Capacidade Tributária Ativa Capacidade Tributária Passiva O sujeito tem o direito de cobrar o tributo. O sujeito tem a obrigação de pagar o tributo. Não Confundir! Competência Tributária Capacidade Tributária Ativa Cria ou Institui tributos Arrecada ou fiscaliza tributos. Executa leis, atos e decisões administrativas tributárias. Função legislativa (U/E/DF/M). Função administrativa ou executiva. Indelegável Delegável → PJ de Direito Público. Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Atenção! O não-exercício de competência tributária não caduca. FCC (Assertiva: Correta) Determinado Estado brasileiro, ao criar sua lei estadual referente ao ITCMD, optou, conscientemente, por tributar as transmissões causa mortis e as doações de bens móveis e de direitos a eles relativos, deixando de fora, deliberadamente, a tributação das transmissões de bens imóveis e de direitos a eles relativos, seja causa mortis, seja por doação. Vários Municípios localizados nesse Estado, tomando ciência desse fato, decidiram incluir a tributação das transmissões causa mortis e das doações de bens imóveis e de direitos a eles relativos, nas suas respectivas legislações do ITBI. Considerando, nesse caso, as disposições do Código Tributário Nacional acerca dessa matéria, verifica-se que os Municípios, em suas leis do ITBI, não poderiam ter incluído hipóteses de incidência próprias do ITCMD. STF/Súmula 69 A Constituição estadual não pode estabelecer limite para o aumento de tributos municipais. • Indelegável; • Irrenunciável; • Incaducável; • Inalterável; • Facultativa. Competência Tributária Características Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 68/198 CAPÍTULO II - Limitações da Competência Tributária SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (Seguir CF) I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça, ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos artigos 21, 26 e 65; II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda; III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais; IV - cobrar imposto sobre: a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros. Seguir CF/88 CF/88. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; (Princípio da Legalidade) II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (Princípio da Igualdade) III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; (Princípio da Irretroatividade) b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; (Princípio da Anterioridade Anual) c) antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Princípio da Anterioridade Nonagesimal) IV – utilizar tributo com efeito de confisco; (Princípio da Vedação de Confisco) V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; (Princípio da Liberdade de Tráfego) VI – instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; (Imunidade Tributária Recíproca) b) templos de qualquer culto; (Imunidade Tributária Religiosa) Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 69/198 c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. (Imunidade Tributária Cultural) e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. CF/88. Art. 153. § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I (II), II (IE), IV (IPI) e V (IOF). § 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros. § 2º O disposto na alínea a do inciso IV aplica-se, exclusivamente, aos serviços próprios das pessoas jurídicas de direito público a que se refere este artigo, e inerentes aos seus objetivos. Art. 10. É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Município. (Seguir CF) Art. 11. É vedado aos Estados,ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino. (Seguir CF) Seguir CF/88 CF/88. Art. 151. É vedado à União: I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País; CF/88. Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. STF/ADI 3.770 Os Estados possuem competência para dispor sobre instituição de taxas de polícia cobradas em função de atividades tais como: fiscalização e vistoria em estabelecimentos comerciais abertos ao público (casas noturnas, restaurantes, cinemas, shows); expedição de alvarás para o funcionamento de estabelecimentos de que fabriquem, transportem ou comercializem armas de fogo, munição, explosivos, inflamáveis ou produtos químicos; expedição de atestados de idoneidade para porte de arma de fogo, tráfego de explosivos, trânsito de armas em hipóteses determinadas; e atividades diversas com impacto na ordem social, no intuito de verificar o atendimento de condições de segurança e emitir as correspondentes autorizações essenciais ao funcionamento de tais estabelecimentos. SEÇÃO II Disposições Especiais Art. 12. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º, observado o disposto nos seus §§ 1º e 2º, é extensivo às autarquias criadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, tão-somente no que se refere ao patrimônio, à renda ou aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais, ou delas decorrentes. Art. 13. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º não se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo tratamento tributário é estabelecido pelo poder concedente, no que se refere aos tributos de sua competência, ressalvado o que dispõe o parágrafo único. (Seguir CF) Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 70/198 Seguir CF/88 CF/88. Art. 150. § 3º As vedações do inciso VI, “a” (Instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros – Imunidade Recíproca), e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo em vista o interesse comum, a União pode instituir isenção de tributos federais, estaduais e municipais para os serviços públicos que conceder, observado o disposto no § 1º do artigo 9º. (Seguir CF) Seguir CF/88 CF/88. Art. 151. É vedado à União: III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Ex: A União não pode determinar a isenção de IPTU, pois este imposto é de competência dos Municípios. Isenção Heterônoma: Trata-se de quando um determinado ente federativo, que não possui competência de criar certo tributo, acaba por conceder a isenção tributária deste. A vedação à isenção heterônoma não é absoluta, sendo possível sua aplicação, pela União (no papel de sujeito de direito internacional), mediante lei complementar federal, na isenção de: ✓ ICMS, no caso de exportações para o exterior; ✓ ISS, nas exportações de serviços para o exterior. CF. Art. 155. § 2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte: X – não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; XII – cabe à lei complementar: e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, “a”; CF. Art. 156. § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III (ISS) do caput deste artigo, cabe à lei complementar: II – excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º (Imunidade Recíproca) é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. Aplicação da Imunidade Recíproca - Requisitos ➢ Não distribuição de qualquer parcela (Patrimônio e rendas); ➢ Aplicação integral dos recursos no País; ➢ Manter escrituração das receitas e despesas em livros formais. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 71/198 § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. § 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º (Imunidade Recíproca) são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos. Seguir CF/88 CF/88. Art. 150. § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” (Instituição de impostos sobre templos de qualquer culto) e “c” (Instituição de impostos sobre partidos políticos, fundações, entidades sindicais dos trabalhadores, educação e assistência social, sem fins lucrativos), compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I - guerra externa, ou sua iminência; II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis; III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. (Não Recepcionado pela CF/88). Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei. TÍTULO III - Impostos CAPÍTULO I - Disposições Gerais Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Impostos ➢ Tributo; ➢ O fato gerador consiste em uma situação independente de qualquer atividade estatal específica ao contribuinte, ou seja, são tributos não vinculados. Art. 18. Compete: (Seguir CF) I - à União, instituir, nos Territórios Federais, os impostos atribuídos aos Estados e, se aqueles não forem divididos em Municípios, cumulativamente, os atribuídos a estes; Empréstimos Compulsórios Competência somente da União Lei Complementar Usado em casos Excepcionais Hipóteses Guerra externa ou iminente. Calamidade Pública. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 72/198 II - ao Distrito Federal eaos Estados não divididos em Municípios, instituir, cumulativamente, os impostos atribuídos aos Estados e aos Municípios. Seguir CF/88 Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. Art. 18-A. Para fins da incidência do imposto de que trata o inciso II do caput do art. 155 da Constituição Federal (ICMS), os combustíveis, o gás natural, a energia elétrica, as comunicações e o transporte coletivo são considerados bens e serviços essenciais e indispensáveis, que não podem ser tratados como supérfluos. Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo: I - é vedada a fixação de alíquotas sobre as operações referidas no caput deste artigo em patamar superior ao das operações em geral, considerada a essencialidade dos bens e serviços; II - é facultada ao ente federativo competente a aplicação de alíquotas reduzidas em relação aos bens referidos no caput deste artigo, como forma de beneficiar os consumidores em geral; e III - é vedada a fixação de alíquotas reduzidas de que trata o inciso II deste parágrafo, para os combustíveis, a energia elétrica e o gás natural, em percentual superior ao da alíquota vigente por ocasião da publicação deste artigo. CAPÍTULO II - Impostos sobre o Comércio Exterior SEÇÃO I Impostos sobre a Importação Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. CESPE (Assertiva: Errada) Conforme o Código Tributário Nacional (CTN), no que se refere ao imposto de importação, o fato gerador é o desembaraço aduaneiro em alfândega nacional ou em EADI (Estação Aduaneira do Interior) (entrada destes no território nacional). CESPE (Assertiva: Correta) Para a ocorrência do fato gerador do imposto sobre a importação de produtos estrangeiros, é necessário que o bem seja incorporado à economia interna. Art. 20. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação. CESPE (Assertiva: Correta) Conforme o Código Tributário Nacional (CTN), no que se refere ao imposto de importação, a base de cálculo é, quando a alíquota for específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária. Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. (Seguir CF) Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 73/198 Seguir CF/88 CF/88. Art. 153. § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I (II), II (IE), IV (IPI) e V (IOF). Art. 22. Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados. CESPE (Assertiva: Correta) De acordo com o CTN, o arrematante de produtos importados apreendidos pela aduana é contribuinte do imposto sobre a importação. Impostos sobre Importação de Produtos Estrangeiros (II) ➢ Competência: União; ➢ Fato gerador: Entrada de produtos estrangeiros em território nacional; ➢ Contribuinte: ✓ Importador; ✓ Quem a lei equiparar; ✓ Arrematante de produtos apreendidos ou abandonados. ➢ Base de cálculo: ✓ Alíquota Específica → Unidade de medida adotada pela lei tributária; ✓ Alíquota Ad valorem → Preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; ✓ Preço da arrematação em leilão → Produto apreendido ou abandonado. ➢ É possível a alteração das alíquotas, mas não as bases de cálculo do Imposto sobre Importação pelo Poder Executivo para alinhar com os objetivos da política cambial e do comércio exterior; SEÇÃO II Imposto sobre a Exportação Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional. Art. 24. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento. Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos no artigo anterior, excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites por ela estabelecidos. Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. Seguir CF/88 CF/88. Art. 153. § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I (II), II (IE), IV (IPI) e V (IOF). Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 74/198 Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar. Art. 28. A receita líquida do imposto destina-se à formação de reservas monetárias, na forma da lei. (Incompatível com CF) Princípio da Não Afetação das Receitas (CF. Art. 167, IV) Regra É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Exceção É possível a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa no caso de: ✓ Repartição Constitucional dos Impostos; ✓ Serviços Públicos de Saúde; ✓ Manutenção e Desenvolvimento do Ensino; ✓ Administração Tributária; ✓ Prestação de Garantias à ARO; ✓ Garantia ou Contragarantia à União e para com esta; ✓ 0,5% da Receita Tributária Líquida a programa de apoio à Inclusão e Promoção Social (art. 204, p. ú.); ✓ 0,5% da Receita Tributária Líquida a programas e projetos Culturais (art. 216, §6°); ✓ Montante precatório e RPV ultrapassada a média (art. 100, §19); ✓ DRU (art. 76 do ADCT). Imposto Sobre Exportação (IE) ➢ Competência: União; ➢ Fato gerador: Saída de produtos nacionais ou nacionalizados para território estrangeiro; ➢ Contribuinte: Exportador. ➢ Base de cálculo: ✓ Alíquota Específica → Unidade de medida adotada pela lei tributária; ✓ Alíquota Ad valorem → Preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. ➢ É possível a alteração das alíquotas, mas não as bases de cálculo do Imposto sobre Importação pelo Poder Executivo para alinhar com os objetivos da política cambial e do comércio exterior; CAPÍTULO III - Impostos sobre o Patrimônio e a Renda SEÇÃOI Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural (ITR) tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município. Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário. Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 75/198 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) ➢ Competência: União; ➢ Fato gerador: Propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município.; ➢ Contribuinte: Proprietário do Imóvel, Titular de seu domínio útil e possuidor. ➢ Base de cálculo: Valor fundiário. CESPE (Assertiva: Errada) A base de cálculo do ITR é o valor da terra nua (fundiário). SEÇÃO II Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 KM do imóvel considerado. STJ/Súmula 626 A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN. § 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) ➢ Competência: Municípios; ➢ Fato gerador: Propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município; ➢ Requisitos para caracterizar zona urbana: ✓ Definição em lei municipal; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 76/198 ✓ O poder público deve manter ou construir ao menos 2 dos requisitos a seguir: • Meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; • Abastecimento de água; • Sistema de esgotos sanitários; • Rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; • Escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 quilômetros do imóvel considerado. ➢ Contribuinte: Proprietário do Imóvel, Titular de seu domínio útil e possuidor. ➢ Base de cálculo: Valor venal do imóvel. ➢ Na base de cálculo não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel. SEÇÃO III Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. CF/88 ITCMD Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (ITCMD) § 1º O imposto previsto no inciso I (ITCMD): I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal; II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; ITBI Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; (ITBI) Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 77/198 § 2º O imposto previsto no inciso II (ITBI): I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II - compete ao Município da situação do bem. FCC (Assertiva: Errada) O ITCMD incide uma única vez, sobre o valor global dos bens transferidos, independentemente da quantidade de herdeiros ou legatários (ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários). Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior: I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra. Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos. Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição. § 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais deMínima; Princípio da Eficácia Mitigada; Princípio da Carência Trimensal. Determina que é vedada aos Entes Federativos cobrar tributos antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Tributos que observam o Princípio da Anterioridade Nonagesimal ➢ Impostos: ✓ IPI; ✓ ITR; ✓ IGF; ✓ Impostos Residuais (CF. Art. 154. I) ✓ ICMS combustível; ➢ Taxas ➢ Contribuição de Melhoria ➢ Empréstimos Compulsórios: ✓ Para investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional; (CF. Art. 148, II); ➢ Contribuições Especiais: ✓ COFINS; ✓ CSLL; ✓ PIS/PASEP; ✓ CIDE-Combustíveis. ✓ Contribuições Sociais para Seguridade Social (Art. 195. § 6º) Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 8/198 ➢ Contribuição sobre o serviço de iluminação pública – COSIP. O Princípio da Anterioridade Nonagesimal não é absoluto sendo mitigado nos casos de: ➢ Impostos ✓ II; ✓ IR; ✓ IE; ✓ IPI; ✓ IOF; ✓ Impostos extraordinários (Guerra Externa ou iminente – Art. 154. II); ✓ Fixação do aumento da base de cálculo do IPVA; ✓ Fixação do aumento da base de cálculo do IPTU; ➢ Empréstimos Compulsórios; ✓ Para despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou iminente (CF. Art. 148, I); Irretroatividade Estabelece que uma pessoa não pode ser tributada sobre um determinado fato gerador que, quando foi feito, não havia legislação indicando recolhimento de tributo sobre o ato. A legislação que institui ou aumenta certo tributo se aplica a fatos geradores futuros. CF. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; (Princípio da Irretroatividade) O princípio da irretroatividade não é absoluto, sendo possível ser retroativo no caso de leis meramente interpretativas (CTN. Art. 106, I), que não geram inovações, e leis benignas (CTN. Art. 106, II); CTN. Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; C) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Igualdade Determina que os Entes Federativos devem instituir tratamento igual aos contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Vale destacar que o princípio da igualdade não é violado no caso de imposto progressivo, pois a pessoa que tem maior capacidade de contribuição acaba por pagar um imposto maior, já a que tem menor capacidade possui uma carga de imposto menor, variando conforme a proporcionalidade da riqueza de cada um. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 9/198 Uniformidade Geográfica Apresentado no Art. 151 da CF/88, o princípio da Uniformidade Geográfica estabelece que a União deve instituir tributos, de forma igual, em todo território nacional. O princípio da uniformidade geográfica admite excepcionalmente que sejam concedidos incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do país. Não-Confisco Tal princípio consiste na proibição do Estado de se apossar de forma irregular dos bens dos contribuintes diante da criação de tributo excessivo que atinja o patrimônio do contribuinte. CF. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - utilizar tributo com efeito de confisco; Liberdade de Tráfego Atendendo ao princípio da liberdade de tráfego, os titulares de competência tributária não podem, de regra, estabelecer limites ao fluxo de pessoas ou mercadorias por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; Transparência dos Impostos A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. Impõe que a atividade fiscal deve desenvolver-se com clareza, abertura e simplicidade. Não-cumulatividade de IPI e ICMS O princípio constitucional da não cumulatividade é uma garantia do emprego de técnica escritural que evite a sobreposição de incidências. As minúcias desse sistema nas hipóteses de crédito financeiro e o contencioso que daí se origina repousam na esfera da legalidade. Tem previsão expressa na Constituição Federal para o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) e o imposto sobre produtos industrializados (IPI); A tributação não cumulativa reduz a carga tributária final incidente sobre bens de consumo; A isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação, acarretará a anulação do crédito do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) relativo às operações anteriores; É vedado o crédito do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto se trata-se de saída para o exterior. CF/88. Art. 153. § 3º O imposto previsto no inciso IV (IPI): II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; CF/88. Art. 155. § 2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 10/198 Neutralidade Estabelece que a tributação deve ser otimizada de forma a interferir o mínimo possível na alocação de recursos da economia, visto que quaisquer alterações nos preços relativos de bens e serviços provocadas por modificações da tributação poderiam causar uma redução do bem-estar; Vedação à isenção heterônoma Isenção Heterônoma: Trata-se de quando um determinado ente federativo, que não possui competência de criar certo tributo, acaba por conceder a isenção tributária deste. A isenção heterônoma é vedada, conforme Art. 151, III. Ou seja, só é possível a isenção de determinado tributo pelo ente federativo que tem a competência de cria- lo. CF/88. Art. 151. É vedado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos50% da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 anos anteriores e nos 2 anos subsequentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo. § 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição. § 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data. § 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante. Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites fixados em resolução do Senado Federal, que distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que atendam à política nacional de habitação. Art. 40. O montante do imposto é dedutível do devido à União, a título do imposto de que trata o artigo 43, sobre o provento decorrente da mesma transmissão. Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, ou sobre que versarem os direitos cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta no estrangeiro. Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 78/198 SEÇÃO IV Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. § 1º. A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. § 2º. Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. FGV (Assertiva: Correta) A destinação da CSLL é para a Seguridade Social, enquanto a do IRPJ pode ser utilizada para qualquer despesa do Fisco, após a repartição com Estados e Municípios. CESGRANRIO (Assertiva: Correta) Nos termos do Código Tributário Nacional, o fato gerador do imposto de renda é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda do capital da pessoa física. VUNESP (Assertiva: Correta) O imposto, de competência da União, cujo fato gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; e de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos anteriormente, é o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR) ➢ Competência: União; ➢ Fato gerador → Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de: ✓ Renda (Produto do capital, trabalho ou combinação de ambos); ✓ Proventos de Qualquer Natureza (Demais acréscimos patrimoniais); ✓ Cessão de direitos relativos às transmissões referidas acima. ➢ Contribuinte: titular da disponibilidade econômica ou jurídica. ➢ Base de cálculo: Montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. STJ/Súmula 125 O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito a incidência do imposto de renda. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 79/198 STJ/REsp 1.864.227-SP O momento do fato gerador do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF a ser recolhido pela sociedade empresária brasileira, em razão de pagamento feito a pessoa jurídica domiciliada no exterior, se dá no vencimento ou pagamento da dívida, o que ocorrer primeiro. STJ/RMS 52.051-AP Incide Imposto de Renda sobre verba paga como contraprestação de plantões médicos. FCC (Assertiva: Correta) De acordo com o Código Tributário Nacional, a base de cálculo do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza - IR é o montante real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. FCC (Assertiva: Correta) De acordo com o Código Tributário Nacional, o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza - IR tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade, econômica ou jurídica, de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos. CAPÍTULO IV - Impostos sobre a Produção e a Circulação SEÇÃO I Imposto sobre Produtos Industrializados Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador: I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. STJ/REsp 1.402.138-RS Havendo mero deslocamento para outro estabelecimento ou para outra localidade, permanecendo o produto sob o domínio do contribuinte, não haverá incidência do IPI. Art. 47. A base de cálculo do imposto é: I - no caso do inciso I do artigo anterior (importação), o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante: a) do imposto sobre a importação; b) das taxas exigidas para entrada do produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; II - no caso do inciso II do artigo anterior: a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente; III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação. Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 80/198 Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados. Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte transfere-se para o período ou períodosseguintes. Art. 50. Os produtos sujeitos ao imposto, quando remetidos de um para outro Estado, ou do ou para o Distrito Federal, serão acompanhados de nota fiscal de modelo especial, emitida em séries próprias e contendo, além dos elementos necessários ao controle fiscal, os dados indispensáveis à elaboração da estatística do comércio por cabotagem e demais vias internas. Art. 51. Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar; III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior; IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante. SEÇÃO IV Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador: I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado; II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este; III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma mesma operação de crédito. Art. 64. A base de cálculo do imposto é: I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 81/198 b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; c) no pagamento ou resgate, o preço. Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política monetária. Seguir CF/88 CF/88. Art. 153. § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I (II), II (IE), IV (IPI) e V (IOF). Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. Art. 67. A receita líquida do imposto destina-se a formação de reservas monetárias, na forma da lei. (Incompatível com CF) Princípio da Não Afetação das Receitas (CF. Art. 167, IV) Regra É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Exceção É possível a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa no caso de: ✓ Repartição Constitucional dos Impostos; ✓ Serviços Públicos de Saúde; ✓ Manutenção e Desenvolvimento do Ensino; ✓ Administração Tributária; ✓ Prestação de Garantias à ARO; ✓ Garantia ou Contragarantia à União e para com esta; ✓ 0,5% da Receita Tributária Líquida a programa de apoio à Inclusão e Promoção Social (art. 204, p. ú.); ✓ 0,5% da Receita Tributária Líquida a programas e projetos Culturais (art. 216, §6°); ✓ Montante precatório e RPV ultrapassada a média (art. 100, §19); ✓ DRU (art. 76 do ADCT). CAPÍTULO V - Impostos Especiais SEÇÃO II Impostos Extraordinários Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de 5 anos, contados da celebração da paz. Impostos Extraordinários – Requisitos ✓ Competência da União mediante Lei Ordinária; ✓ Temporários; ✓ Fato gerador: guerra externa ou iminente; ✓ Compreendidos ou não na competência tributária da União; ✓ Suprimidos, gradativamente, conforme a finalização da causa de sua criação. ✓ Prazo: Máx. 5 anos a partir da celebração da paz. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 82/198 TÍTULO IV - Taxas Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. Taxas ➢ Regras de direito público; ➢ Possui limitações constitucionais ao poder de tributar; ➢ Natureza legal; ➢ Prestação compulsória; ➢ Cobrada por Pessoa Jurídica de Direito Público; ➢ Fato Gerador: ✓ Exercício do poder de polícia; ✓ Uso, efetivo ou potencial, de serviço público específico e divisível. ➢ Não é possível ter taxas com: ✓ Base de cálculo ou fato gerador idênticos aos impostos; ✓ Base de cálculo em função do capital das empresas. ➢ É um tributo vinculado, retributivo, sinalagmático, bilateral e contraprestacional. ➢ Não pode ser utilizada para fins extrafiscais. ➢ Para a instituição de novas taxas, deve-se observar tanto a anterioridade anual quanto a anterioridade nonagesimal. STF/RE 556.854 Taxa e preço público diferem quanto à compulsoriedade de seu pagamento. A taxa é cobrada em razão de uma obrigação legal enquanto o preço público é de pagamento facultativo por quem pretende se beneficiar de um serviço prestado. Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Poder de Polícia ➢ Atividade da Administração Pública; ➢ Limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade em prol do interesse público; ➢ Regula a prática de ato ou abstenção de fato em razão de interesse público concernentes à: ✓ Segurança; higiene, ordem, costumes, disciplina da produção e do mercado, ✓ Exercício de atividades econômicas dependentes de concessãoou autorização do Poder Público; ✓ Tranquilidade pública; ✓ Respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 83/198 STF/RE 633.782 – 23/10/20 É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial. Teses do STJ sobre Poder de Polícia – Edição 82 Tese 01 A administração pública possui interesse de agir para tutelar em juízo atos em que ela poderia atuar com base em seu poder de polícia, em razão da inafastabilidade do controle jurisdicional. Tese 02 O prazo prescricional para as ações administrativas punitivas desenvolvidas por Estados e Municípios, quando não existir legislação local específica, é quinquenal, conforme previsto no art. 1º do Decreto n. 20.910/32, sendo inaplicáveis as disposições contidas na Lei n. 9.873/99, cuja incidência limita-se à Administração Pública Federal Direta e Indireta. Tese 03 Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. Tese 04 A prerrogativa de fiscalizar as atividades nocivas ao meio ambiente concede ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA interesse jurídico suficiente para exercer seu poder de polícia administrativa, ainda que o bem esteja situado dentro de área cuja competência para o licenciamento seja do município ou do estado. Tese 05 Ante a omissão do órgão estadual na fiscalização, mesmo que outorgante da licença ambiental, o IBAMA pode exercer o seu poder de polícia administrativa, já que não se confunde a competência para licenciar com a competência para fiscalizar. Tese 06 O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor - PROCON detém poder de polícia para impor sanções administrativas relacionadas à transgressão dos preceitos ditados pelo Código de Defesa do Consumidor - art. 57 da Lei n. 8.078/90. Tese 07 O PROCON tem competência para aplicar multa à Caixa Econômica Federal CEF por infração às normas do Código de Defesa do Consumidor, independentemente da atuação do Banco Central do Brasil. Tese 08 A atividade fiscalizatória exercida pelos conselhos profissionais, decorrente da delegação do poder de polícia, está inserida no âmbito do direito administrativo, não podendo ser considerada relação de trabalho e, por consequência, não está incluída na esfera de competência da Justiça Trabalhista. Tese 09 Não é possível a aplicação de sanções pecuniárias por sociedade de economia mista, facultado o exercício do poder de polícia fiscalizatório. É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial. Tese 10 É legítima a cobrança da taxa de localização, fiscalização e funcionamento quando notório o exercício do poder de polícia pelo aparato administrativo do ente municipal, sendo dispensável a comprovação do exercício efetivo de fiscalização. Tese 11 Quando as balanças de aferição de peso estiverem relacionadas intrinsecamente ao serviço prestado pelas empresas ao consumidor, incidirá a Taxa de Serviços Metrológicos, decorrente do poder de polícia do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial - Inmetro em fiscalizar a regularidade desses equipamentos. Tese 12 É legitima a cobrança da Taxa de Fiscalização dos Mercados de Títulos e Valores Mobiliários decorrente do poder de polícia atribuído à Comissão de Valores Mobiliários - CVM, visto que os efeitos da Lei n. 7.940/89 são de aplicação imediata e se prolongam enquanto perdurar o enquadramento da empresa na categoria de beneficiária de incentivos fiscais. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 84/198 Tese 13 Os valores cobrados a título de contribuição para o Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - FUNDAF têm natureza jurídica de taxa, tendo em vista que o seu pagamento é compulsório e decorre do exercício regular de poder de polícia. Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. Serviços Públicos ➢ Utilizados pelo Contribuinte: ✓ Efetivamente → Usufruídos a qualquer título pelo contribuinte; ✓ Potencialmente → São de utilização compulsória e postos a disposição do contribuinte por atividade administrativa. ➢ Específicos: ✓ Destacados em unidades autônomas de intervenção, utilidade e necessidades públicas. ➢ Divisíveis: ✓ Suscetíveis de utilização, separadamente, por cada um dos usuários. Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público. •Regras de direito público; •Possui limitações constitucionais ao poder de tributar; •Natureza legal; •Prestação compulsória, paga mesmo não usufruindo. •Receita arrecadada é derivada; •Cobrada por Pessoa Jurídica de Direito Público. Taxa •Regras de direito privado; •Não possui limitações constitucionais ao poder de tributar; •Natureza contratutal; •Prestação facultativa, paga apenas se usufruir do serviço; •Receita arrecadada é originária; •Pode ser cobrada por PJ de Direito Público ou Privada. Preço Público (Tarifa) Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 85/198 Caso Hipotético - Preço Público Caso o poder público municipal decida cobrar determinado valor em dinheiro como contrapartida pela ocupação de praça pública por comerciantes, na forma de feira livre, em dia específico da semana, sem concomitante exercício do poder de polícia por parte da Administração, essa cobrança deverá ocorrer por meio de preço público cobrado em decorrência da utilização de bem público. Não Confundir! Taxa Preço Público (Tarifa) ➢ Serviço judiciário; ➢ Emissão de passaportes; ➢ Distribuição de água; ➢ Coleta de lixo, de esgoto, de sepultamento. ➢ Serviço postal; ➢ Serviços telefônicos, telegráficos; ➢ Distribuição de gás, de energia. ➢ Pedágio cobrado pelo uso de rodovias. Inaplicabilidade de Taxa - Hipóteses ➢ A taxa não se aplica para: ✓ Serviço de Iluminação Pública; ✓ Matrícula nas universidades públicas; ✓ Serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos; ✓ Emissão ou remessa de guia de pagamento de outros tributos.; ✓ Serviço de prevenção e o combate a incêndios; ✓ Policiamento; ✓Serviço postal; ✓ Serviços telefônicos, telegráficos; ✓ Distribuição de gás, de energia; ✓ Pedágio cobrado pelo uso de rodovias. STF/Súmula Vinculante 12 A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal. STF/Súmula Vinculante 19 A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal. STF/Súmula Vinculante 29 É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. STF/Súmula Vinculante 41 O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. STF/Súmula 545 Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. STF/Súmula 595 É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto territorial rural. STF/Súmula 665 É constitucional a Taxa de Fiscalização dos Mercados de Títulos e Valores Mobiliários instituída pela Lei 7.940/89. STF/Súmula 667 Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 86/198 STF/RE 643.247 Descabe introduzir no cenário tributário, como obrigação do contribuinte, taxa visando a prevenção e o combate a incêndios, sendo imprópria a atuação do Município em tal campo. A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim. STF/RE 789.218 RG É inconstitucional a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos. 1. A emissão de guia de recolhimento de tributos é de interesse exclusivo da Administração, sendo mero instrumento de arrecadação, não envolvendo a prestação de um serviço público ao contribuinte. 2. Possui repercussão geral a questão constitucional suscitada no apelo extremo. Ratifica-se, no caso, a jurisprudência da Corte consolidada no sentido de ser inconstitucional a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos. STF/ADI 4.411 A atividade desenvolvida pelo Estado no âmbito da segurança pública é mantida ante impostos, sendo imprópria a substituição, para tal fim, de taxa. STF/ADI 1.145 As custas, a taxa judiciária e os emolumentos constituem espécie tributária, são taxas, segundo a jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal Federal. STF/ADI 5.688 Fixados valores máximos e mínimos, é legítima utilização do valor da causa como critério para a estipulação dos valores das custas judiciais e das taxas judiciárias. STF/ADI 6.211 A onerosidade excessiva do valor total exigido para determinada taxa em relação ao custo da atividade estatal configura ofensa à cláusula vedatória constitucional do não confisco. STF/RE 433.335 A decisão agravada está em conformidade com o entendimento firmado nesta Corte no sentido de que é inconstitucional a cobrança da Taxa de Limpeza Pública instituída pela Lei 6.945/1981, alterada pela Lei 989/1995, do Distrito Federal. STF/RE 583.463 Pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido da inconstitucionalidade da referida taxa, quando vinculada a serviços em benefício da população em geral, como limpeza de vias e logradouros públicos. STF/ADI 447 Serviços públicos não essenciais e que, não utilizados, disso não resulta dano ou prejuízo para a comunidade ou para o interesse público. Esses serviços são, de regra, delegáveis, vale dizer, podem ser concedidos e podem ser remunerados mediante preço público (Tarifa). Exemplo: O serviço postal, os serviços telefônicos, telegráficos, de distribuição de energia elétrica, de gás, etc. STF/RE nº 89.876 Serviços públicos propriamente estatais, em cuja prestação o Estado atue no exercício de sua soberania, visualizada esta sob o ponto de vista interno e externo: esses serviços são indelegáveis, porque somente o Estado pode prestá-lo. São remunerados, por isso, mesmo mediante taxa, mas o particular pode, de regra, optar por sua utilização ou não. Esses serviços, não custa repetir, por sua natureza, são remunerados mediante taxa e a sua cobrança somente ocorrerá em razão da utilização do serviço, não sendo possível a cobrança pela mera potencialidade de sua utilização. Ex: Serviço judiciário e emissão de passaportes. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 87/198 Serviços públicos essenciais ao interesse público: são serviços prestados no interesse da comunidade. São remunerados mediante taxa. E porque são essenciais ao interesse público, porque essenciais à comunidade ou à coletividade, a taxa incidirá sobre a utilização efetiva ou potencial do serviço. É necessário que a lei – para cuja edição será observado o princípio da razoabilidade estabeleça a cobrança sobre a prestação potencial, ou admita essa cobrança por razão de interesse público. Ex: Distribuição de água, coleta de lixo, de esgoto, de sepultamento. Serviços públicos não essenciais: se não utilizados, disso não resulta dano ou prejuízo para a comunidade ou para o interesse público. Esses serviços são, de regra, delegáveis, vale dizer, podem ser concedidos e podem ser remunerados mediante preço público (Tarifa). Ex: Serviço postal, serviços telefônicos, telegráficos, distribuição de gás, de energia. STF/ADI 800 O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita. STF/RE 856.185 Nos termos da jurisprudência da Corte, a taxa de renovação de licença de funcionamento é constitucional, desde que haja o efetivo exercício do poder de polícia, o qual é demonstrado pela mera existência de órgão administrativo que possua estrutura e competência para a realização da atividade de fiscalização. STJ/Ag 1.320.125/MG O Superior Tribunal de Justiça tem entendido ser prescindível (dispensável) a comprovação, pelo ente tributante, do efetivo exercício do poder de polícia, a fim de legitimar a cobrança da Taxa de Fiscalização. TÍTULO V - Contribuição de Melhoria Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. FGV (Assertiva: Correta) Determinado município aprovou uma lei para passar a cobrar um tributo dos moradores dos bairros próximos às novas estações de metrô, para custear as obras e considerando a valorização dos imóveis neles situados. O tributo que faz jus a hipótese é o de Contribuição de Melhoria. Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada; e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; II - fixação de prazo não inferior a 30 dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 88/198 III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. Contribuição de Melhoria ➢ U/E/DF/M podem cobrar em suas atribuições; (Competência Comum) ➢ Fato Gerador: custo de obras públicas decorrentes de valorização imobiliária; ➢ Limite Total → Despesa realizada para obra pública. ➢ Limite Individual → Acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. ➢ Exige lei específica para cada obra realizada, não bastando a previsão genérica no CTN; ➢ O valor da cobrança só é realizado no final da obra para verificar quanto ocorreu de valorização; ➢ Requisitos Mínimos na Instituição da Contribuição de Melhoria: ✓ Publicação prévia do: • Memorial descritivo; • Orçamento da obra; • Determinação da parcela da obra a ser financiada; • Delimitação da zona beneficiada; • Determinação do fator de absorção do benefício da valorização. ✓ Prazo não inferior a 30 dias para impugnação; ✓ Regulamentação do processo administrativo e julgamento da impugnação. Atenção! É nulo o consentimento prévio do particular beneficiário que aceita pagar contribuição de melhoria com base de cálculo superior ao quantum da valorização imobiliária, apenas quanto ao excesso. Hipótese de Contribuição de Melhoria Verificado que uma obra municipal de reforma de uma praça pública com aformoseamento em conjunto com recapeamento asfáltico em vias de um bairro residencial periférico acarretou valorização dos imóveis particulares localizados nas proximidades das intervenções, o Município poderá, em tese, instituir contribuição de melhoria. STJ/REsp 1.326.502 RS A cobrança da contribuição de melhoria exige, por aplicação do princípio da legalidade tributária, lei específica para cada obra realizada, não bastando a previsão genérica em Código Tributário Municipal ou Lei Orgânica Municipal. STJ/REsp 615.495/RS Consectariamente, o fato gerador de contribuição de melhoria se perfaz somente após a conclusão da obra que lhe deu origem e quando for possível aferir a valorização do bem imóvel beneficiado pelo empreendimento estatal. STJ/Ag 1.107.172/PR A contribuição de melhoria pressupõe a valorização do imóvel, devidamente apurada e demonstrada pelo Fisco. A singela alegação de que a pavimentação asfáltica necessariamente acarretou ganho em favor do proprietário é insuficiente para viabilizar a imposição tributária, mesmo porque se faz necessária a identificação do quantum. § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 89/198 LIVRO SEGUNDO - NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO TÍTULO I - Legislação Tributária CAPÍTULO I - Disposições Gerais SEÇÃO I Disposição Preliminar Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. Legislação Tributária ✓ Leis; ✓ Tratados; ✓ Convenções Internacionais; ✓ Decretos; ✓ Normas Complementares. SEÇÃO II Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52 (Art. 52 - Revogado), e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. Sintetizando! ➢ Em relação aos tributos, somente a lei poderá: ✓ Criar ou extinguir; ✓ Majorar ou reduzir, exceto no caso dos Arts. 21, 26, 39, 57 e 65; ✓ Definir fato gerador da obrigação tributária principal e do sujeito passivo; ✓ Fixar alíquota do tributo, exceto no caso dos Arts. 21, 26, 39, 57 e 65. ✓ Cominar penalidades; ✓ Estabelecer exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários; ✓ Dispensar ou reduzir penalidades. Exceções ➢ Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites fixados em resolução do Senado Federal, que distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que atendam à política nacional de habitação. ➢ O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da: ✓ Política monetária; (Art. 65) ✓ Política cambial e do comércio exterior; (Arts. 21 e 26) Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 90/198 Alíquotas – Possibilidade de Alteração ➢ Tributos → Sempre serão instituídos por lei em sentido estrito; ➢ Alíquotas dos impostos: ✓ Regra → são alteradas por lei; ✓ Exceção ao Princípio da Legalidade → Podem ser alteradas por ato infralegal (Decreto ou Portaria) as alíquotas de: • Imposto de Importação; (II) • Imposto de Exportação; (IE) • Imposto sobre Produtos Industrializados; (IPI) • Imposto sobre Operações Financeiras. (IOF) • CIDE-Combustível (Redução e Restabelecimento – Art. 177. § 4º, I, b); • ICMS-Combustível (Fixação). § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. FGV (Assertiva: Correta) Lei do Estado Alfa publicada em 31/12/2021 majorou as bases de cálculo do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) pelo valor de mercado, estabelecendo que as alterações teriam efeitos a partir de 01/01/2022. Também em 31/12/2021, Decreto do Prefeito da Capital do Estado Alfa estabeleceu a atualização, pelo índice inflacionário oficial, do valor monetário da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), determinando que as alterações também teriam efeitos a partir de 01/01/2022. Diante desse cenário o decreto municipal não violou o princípio da legalidade tributária. Art. 98. Os tratados e as convenções internacionaisrevogam ou modificam a legislação tributária interna (U/E/DF/M), e serão observados pela que lhes sobrevenha. Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei. SEÇÃO III Normas Complementares Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; (Costumes) IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Normas Complementares Atos Normativos das Autoridades Admin. Decisões dos órgãos singulares ou coletivos Administrativos Práticas reiteradas Convênios Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 91/198 Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. STJ/REsp 88.179/PR Apesar de os atos normativos objeto de análise não revogarem a lei, sua observância, nos termos do parágrafo único· do art. 100 do CTN, impede a exigência de qualquer acréscimo legal - sejam juros, correção monetária ou multas - ao valor pago pelo contribuinte a título de tributo. CAPÍTULO II - Vigência da Legislação Tributária Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo. Atenção! É possível a aplicação da LINDB à legislação tributária. Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação; II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 dias após a data da sua publicação; III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista. Sintetizando! Norma Complementar Vigência Atos Normativos das Autoridades Administrativas Data da publicação Decisões Administrativas dos órgãos singulares e colegiados 30 dias após a data da publicação. Convênios entre U/E/DF/M Data neles prevista Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: I - que instituem ou majoram tais impostos; II - que definem novas hipóteses de incidência; III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178. CAPÍTULO III - Aplicação da Legislação Tributária Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. (Princípio da Irretroatividade) Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: (Retroatividade da Lei Tributária) I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 92/198 b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. CAPÍTULO IV - Interpretação e Integração da Legislação Tributária Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo. Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I - a analogia; II - os princípios gerais de direito tributário; III - os princípios gerais de direito público; IV - a equidade. § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. § 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. Atenção! Os costumes, como as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas, não são expressamente citados entre as fontes destinadas a colmatar lacunas na legislação tributária; eles são, sim, considerados normas complementares das leis, dos tratados e convenções internacionais e dos decretos. Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários. Princípios Gerais de Direito Privado ➢ Utilizados para pesquisa de: ✓ Definição; ✓ Conteúdo; ✓ Alcance de seus institutos; ✓ Conceitos e Formas. ➢ Não podem ser utilizados para: ✓ Definição dos efeitos tributários. Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II - outorga de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. Analogia Princípios Gerais de Direito Tributário Princípios Gerais de Direito Público Equidade Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 93/198 Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: I - à capitulação legal do fato; II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. Interpretação da Legislação Tributária ➢ Literal no caso de: ✓ Suspensão ou exclusão do crédito tributário; ✓ Outorga de isenção; ✓ Dispensa das obrigações tributárias acessórias; ➢ Da maneira mais favorável ao acusado (caso de dúvida): ✓ Capitulação legal do fato; ✓ Natureza ou circunstâncias materiais do fato; ✓ Natureza ou extensão dos efeitos do fato; ✓ Autoria, imputabilidade ou punibilidade; ✓ Natureza da penalidade aplicável ou graduação. TÍTULO II - Obrigação Tributária Regra-Matriz de Incidência Tributária A Regra Matriz de Incidência Tributária (RMIT) possibilita definir o fato jurídico tributário, delimitando sua hipótese, bem como identificar a obrigação tributária em seu consequente. Sua funcionalidade é determinaros critérios de identificação do fato jurídico tributário, de forma a demarcar o âmbito na incidência normativa, possibilitando o controle da legalidade e constitucionalidade desta.¹ Doutrinariamente, a regra-matriz de incidência tributária pode ser dividida em: ✓ Aspectos antecedentes: que definem a hipótese de incidência, que se divide em aspecto: • Material → Matéria descrita em lei que origina obrigação tributária. (Como?) Ex: Transmitir bens, Ser proprietário de imóvel; • Espacial → Lugar onde acontece o fato gerador; (Onde?) Ex: Cidade onde o imóvel urbano se encontra. • Temporal → Momento que acontece o fato gerador. (Quando?) ✓ Obrigação decorrente: Aspectos ligados às consequências da norma, podendo ser: • Pessoal → Sujeito ativo (PJ de Direito Público) e passivo (Contribuinte ou responsável); • Quantitativo ou Prestacional → Alíquota e base de cálculo. Fonte¹: https://brunocaparroti.jusbrasil.com.br/artigos/ CAPÍTULO I - Disposições Gerais Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 94/198 Obrigação Tributária ➢ Divide-se em: Principal e Acessória. ➢ Principal: ✓ Surge com o fato gerador; ✓ Objeto → Pagamento de tributo ou Penalidade pecuniária; ✓ Extingue-se juntamente com o crédito decorrente. ➢ Acessória: ✓ Decorre da legislação tributária; ✓ Objeto → Prestações, positivas ou negativas, no interesse de arrecadação ou fiscalização de tributos. ➢ Pela inobservância da obrigação acessória, esta converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. CAPÍTULO II - Fato Gerador Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Fato Gerador ➢ Divide-se em Fato gerador de Obrigação: ✓ Principal → Situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. ✓ Acessória → Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. ➢ Hipóteses de Ocorrência e Efeitos de Fato Gerador: ✓ Situação de Fato → Desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; ✓ Situação Jurídica → Desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. Não Confundir! Obrigação Principal Obrigação Acessória ✓ Obrigação de dar (pagar); ✓ Caráter pecuniário; ✓ Situação definida por lei; ✓ Pagamento de tributos e penalidade tributária; ✓ Natureza patrimonial; ✓ Obrigação de fazer ou não fazer; ✓ Não tem caráter pecuniário; ✓ Prevista em Norma tributária; ✓ Interesse fiscalizatório e arrecadatório; ✓ Natureza não patrimonial ✓ Pode existir mesmo sem obrigação principal; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 95/198 STF/ADI 2.446/DF Não viola o texto constitucional a previsão contida no parágrafo único do art. 116 do Código Tributário Nacional. Essa previsão legal não constitui ofensa aos princípios constitucionais da legalidade, da estrita legalidade e da tipicidade tributária, e da separação dos Poderes. Em verdade, ela confere máxima efetividade a esses preceitos, objetivando, primordialmente, combater a evasão fiscal, sem que isso represente permissão para a autoridade fiscal de cobrar tributo por analogia ou fora das hipóteses descritas em lei, mediante interpretação econômica. Nesse contexto, apenas viabiliza que a autoridade tributária aplique base de cálculo e alíquota a uma hipótese de incidência estabelecida em lei e que tenha efetivamente se realizado. Conceitos Elisão Fiscal Ocorre quando um contribuinte, dentro da legalidade, procura meios de obter a redução no pagamento de tributos antes da incidência tributária. A elisão é realizada antes do fato gerador. Evasão Fiscal Consiste na prática ilegal de ocultar a ocorrência do fato gerador, sonegando impostos por meio de fraudes. A evasão é realizada após o fato gerador ocorrer. Elusão Fiscal Elusão Fiscal, ou Elisão ineficaz, conduta em que o contribuinte simula determinado negócio jurídico com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador para escapar da tributação, tal simulação poderá ser desconsiderada pela autoridade administrativa para a cobrança do tributo. Art. 117. Para os efeitos do inciso II (situação jurídica) do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio. Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se (não levando-se em conta): I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. STJ/REsp 1128981/SP A restrição à utilização da propriedade referente a área de preservação permanente em parte de imóvel urbano (loteamento) não afasta a incidência do Imposto Predial e Territorial Urbano, uma vez que o fato gerador da exação permanece íntegro, qual seja, a propriedade localizada na zona urbana do município. Cuida-se de um ônus a ser suportado, o que não gera o cerceamento total da disposição, utilização ou alienação da propriedade, como ocorre, por exemplo, nas desapropriações. Suspensiva Implemento. Resolutória Prática do ato ou celebração do negócio. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 96/198 Fato Gerador Quanto à Periodicidade Instantâneo ou Simples Trata-se de um acontecimento em um momento determinado, sendo concluído com um só ato. Cada ato que concretiza um determinado acontecimento acarreta uma obrigação tributária autônoma. Ex: IPI, ICMS, IE, ISS, IOF, ITBI. Continuado Simples: O fato gerador é originado por apenasum acontecimento que se estende no tempo. Ex: IPTU, IPVA e ITR. Complexivo O fato gerador cria-se com um conjunto de diversos acontecimentos que se estende ao longo do tempo. Ex: Imposto de Renda. CESPE (Assertiva: Correta) No que se refere à periodicidade, o IPVA e o ICMS possuem, respectivamente, fato gerador classificado como continuado e instantâneo. CAPÍTULO III - Sujeito Ativo Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. Obrigação Principal Sujeito ativo Sujeito Passivo É a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. Ente Político (U/E/DF/M). É a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Contribuinte ou Responsável. Atenção! Somente pessoas jurídicas de direito público podem figurar como sujeitos ativos de obrigações tributárias. Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria. Exemplo! O Município de “Nova Reriutaba” resultou do desmembramento territorial do Município de “Cabral de Vaz”, que perdeu parte de seu território. No tocante, por exemplo, ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no território que passou a constituir o novo Município, o Código Tributário Nacional estabelece que o Município de “Nova Reriutaba”, salvo disposição de lei em contrário, sub-roga-se nos direitos do Município de “Cabral de Vaz”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no território do Município que acaba de ser criado. CAPÍTULO IV - Sujeito Passivo SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 97/198 I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto. Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. SEÇÃO II Solidariedade Art. 124. São solidariamente obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; II - as pessoas expressamente designadas por lei. Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem. STJ/REsp 1.686.916/SP Nos termos do art. 124 do CTN, somente por lei específica pode ser instituída a solidariedade quanto à responsabilidade pelo pagamento de tributos, de modo que a atribuição da responsabilidade solidária, por débitos de IPVA, ao ex-proprietário do veículo é condicionada à previsão da lei estadual. Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade: I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Sujeito Passivo Contribuinte Relação pessoal e direta com o fato gerador. Responsável Obrigação decorre de lei. Pessoas Solidariamente Obrigadas Interesse Comum Designadas por Lei Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 98/198 Efeitos da Solidariedade ➢ Pagamento Efetuado → Aproveita aos demais; ➢ Isenção ou remissão de crédito: ✓ Regra → Exonera todos os obrigados, exceto se outorgada pessoalmente a um deles. ➢ Interrupção da prescrição → Favorece ou prejudica aos demais. SEÇÃO III Capacidade Tributária Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: I - da capacidade civil das pessoas naturais; II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. Atenção! Para que uma pessoa jurídica tenha capacidade tributária, é necessário e suficiente que ela configure uma unidade econômica ou profissional. FGV (Assertiva: Correta) Alexandre Peres, com 14 anos, passou a receber valores a título de propaganda no seu canal de Youtube, com receita superior à isenção do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas. Alexandre, por ele ser menor, diante do IRPF por auferir renda, pode ser contribuinte. SEÇÃO IV Domicílio Tributário Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal: I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade; II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento; III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. Domicílio Tributário do Contribuinte ➢ Regra → O próprio contribuinte pode optar pela escolha do domicílio que o tributo chegará. ➢ Exceção → No caso de falta de eleição de domicílio tributário, considera-se quanto às: ✓ Pessoas Naturais: → Sua residência habitual. → Se incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. ✓ PJ de Direito Privado: → Sede. → No caso de atos ou fatos que derem origem à obrigação → O lugar de cada estabelecimento. ✓ PJ de Direito Público: → Qualquer repartição no território da entidade tributante. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 99/198 § 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação. § 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior. CAPÍTULO V - Responsabilidade Tributária SEÇÃO I Disposição Geral Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. SEÇÃO II Responsabilidade dos Sucessores Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributáriosdefinitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data. Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço. Art. 131. São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Adquirente ou Remitente Tributos dos bens adquiridos ou remidos. Sucessor e cônjuge meeiro Até a data da partilha ou adjudicação. Espólio Até a data da abertura da sucessão. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 100/198 Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. § 1º. O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: I – em processo de falência; II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. Atenção! ➢ Não há responsabilidade do adquirente na hipótese de alienação judicial em: ✓ Processo de Falência; ✓ Recuperação judicial. FGV (Assertiva: Correta) A pessoa jurídica Espectro, em processo de falência, foi alienada judicialmente para a sociedade empresária Ômega, que manteve o mesmo nome e as mesmas lojas daquela. Em relação aos tributos devidos, a empresa Ômega não responderá, por ter havido alienação judicial em processo de falência. § 2º. Não se aplica o disposto no § 1º. deste artigo quando o adquirente for: I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º. grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. Atenção! ➢ A responsabilidade do adquirente na alienação judicial continua sendo aplicada se este for: ✓ Sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial; ✓ Parente até o 4º. Grau do devedor falido ou em recuperação judicial; ✓ Identificado como agente do falido ou do devedor com o objetivo de fraudar. Responde Integralmente Se cessar a exploração. Responde Subsidiariamente Se prosseguir na exploração ou Iniciar dentro de 6 meses. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 101/198 § 3º. Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. SEÇÃO III Responsabilidade de Terceiros Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. Sintetizando! ➢ Pais → filhos menores; ➢ Tutores e curadores → tutelados ou curatelados; ➢ Administradores de bens de terceiros → tributos devidos por estes; ➢ Inventariante → espólio. ➢ Síndico e o comissário → massa falida ou concordatário; ➢ Tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício → atos praticados ou razão do seu ofício; ➢ Sócios → sociedade de pessoas. Exemplo! Aberta a sucessão após o falecimento de Eriberto, foram verificadas, antes da sentença de partilha, dívidas oriundas do não pagamento de IPVA referente a veículo de propriedade de Eriberto, com fato gerador posterior ao óbito, e do não recolhimento do imposto de renda (IR) referente ao período anterior a sua morte. Nessa situação hipotética, conforme o disposto no Código Tributário Nacional (CTN) o inventariante será o responsável tributário pela dívida do IPVA. STJ/Súmula 585 A responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, não abrange o IPVA incidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao período posterior à sua alienação. STJ/REsp 1.876.549-RS No caso de micro e pequenas empresas é possível a responsabilização dos sócios pelo inadimplemento do tributo, com base no art. 134, VII, do CTN, cabendo-lhes demonstrar a insuficiência do patrimônio quando da liquidação para exoneraração da responsabilidade pelos débitos. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 102/198 Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.STJ/Súmula 430 O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente. STJ/Súmula 435 Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio gerente. STJ/REsp 1.377.019-SP O redirecionamento da execução fiscal, quando fundado na dissolução irregular da pessoa jurídica executada ou na presunção de sua ocorrência, não pode ser autorizado contra o sócio ou o terceiro não sócio que, embora exercessem poderes de gerência ao tempo do fato gerador, sem incorrer em prática de atos com excesso de poderes ou infração à lei, ao contrato social ou aos estatutos, dela regularmente se retirou e não deu causa à sua posterior dissolução irregular, conforme art. 135, III do CTN. STJ/REsp 1.645.333/SP O redirecionamento da execução fiscal, quando fundado na dissolução irregular da pessoa jurídica executada ou na presunção de sua ocorrência, pode ser autorizado contra o sócio ou o terceiro não sócio, com poderes de administração na data em que configurada ou presumida a dissolução irregular, ainda que não tenha exercido poderes de gerência quando ocorrido o fato gerador do tributo não adimplido, conforme art. 135, III, do CTN. SEÇÃO IV Responsabilidade por Infrações Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente: I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar; III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico: a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem; b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas. Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 103/198 Denúncia Espontânea ➢ A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada: ✓ Pagamento do tributo devido e dos juros de mora. ✓ Depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, dependendo o montante de apuração. ➢ Não se considera espontânea a denúncia após o início do procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. ➢ Não se aplica a denúncia espontânea quanto: ✓ Aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo; (STJ/Súmula 360) ✓ Às obrigações acessórias autônomas; (STJ/REsp 1.129.202/SP) ✓ Ao parcelamento do débito tributário. (STJ/REsp 378.795/GO) STJ/Súmula 554 Nas hipóteses de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão. STJ/Súmula 208 A simples confissão da dívida, acompanhado do seu pedido de parcelamento, não configura denúncia espontânea. STJ/Súmula 360 O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo. STJ/Súmula 554 Nas hipóteses de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão. STJ/REsp 1.129.202/SP A denúncia espontânea não tem o condão de afastar a multa decorrente do atraso na entrega da declaração de rendimentos, uma vez que os efeitos do artigo 138 do CTN não se estendem às obrigações acessórias autônomas. STJ/REsp 378.795/GO Nos casos em que há parcelamento do débito tributário, não deve ser aplicado o benefício da denúncia espontânea da infração, visto que o cumprimento da obrigação foi desmembrado, e só será quitada quando satisfeito integralmente o crédito. O parcelamento, pois, não é pagamento, e a este não substitui, mesmo porque não há a presunção de que, pagas algumas parcelas, as demais igualmente serão adimplidas, nos termos do artigo art. 158, I, do mencionado Codex. CESPE (Assertiva: Correta) Situação hipotética: Pedro deve R$ 50.000 de imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) à prefeitura de determinado município brasileiro e soube por telejornal que a administração tributária municipal havia determinado a instauração de processo administrativo para o lançamento dos créditos municipais não pagos, o que inclui o débito de Pedro. Assertiva: Até que se inicie o referido procedimento administrativo, com a formalização de notificação, a responsabilidade de Pedro será excluída se houver denúncia espontânea. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 104/198 Responsabilidade Tributária por Substituição (Originária) Chamada de responsabilidade originária, ocorre quando um terceiro (substituto) se responsabiliza pelos tributos do contribuinte (substituído), antes de ocorrer o fato gerador. A pessoa que substitui o contribuinte é chamada de responsável por substituição ou contribuinte substituto. ➢ A Responsabilidade por Substituição divide-se nas seguintes espécies: ✓ Progressiva; ✓ Regressiva. Progressiva Regressiva A legislação aplica ao substituto o dever de recolher as obrigações de fatos geradores que ainda irão ocorrer (futuros) levando em consideração uma base de cálculo presumida. O primeiro da cadeia é o que paga o tributo. Pagamento do Tributo Presumido → Fato gerador. Ocorre primeiro a criação do fato gerador do tributo e posteriormente o seu recolhimento pelo consumidor final da cadeia. O último da cadeia é o que paga o tributo. Fato gerador → Pagamento do Tributo. CF. Art. 150. § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. Responsabilidade Tributária por Transferência (Derivada) Chamada de responsabilidade derivada, ocorre quando um terceiro se responsabiliza pelos tributos do contribuinte após o fato gerador, por conta de uma circunstância que acaba por transferir o pagamentoMunicípios. Ex: A União não pode determinar a isenção de IPTU, pois este imposto é de competência dos Municípios. A vedação à isenção heterônoma não é absoluta, sendo possível sua aplicação, pela União (no papel de sujeito de direito internacional), mediante lei complementar federal, na isenção de: ✓ ICMS, no caso de exportações para o exterior; ✓ ISS, nas exportações de serviços para o exterior. CF. Art. 155. § 2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte: X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; XII - cabe à lei complementar: e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a"; CF. Art. 156. § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III (ISS) do caput deste artigo, cabe à lei complementar: II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. Princípio da Não Afetação das Receitas (CF. Art. 167, IV) Regra É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Exceção É possível a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa no caso de: ✓ Repartição Constitucional dos Impostos; ✓ Serviços Públicos de Saúde; ✓ Manutenção e Desenvolvimento do Ensino; ✓ Administração Tributária; ✓ Prestação de Garantias à ARO; ✓ Garantia ou Contragarantia à União e para com esta; ✓ 0,5% da Receita Tributária Líquida a programa de apoio à Inclusão e Promoção Social (art. 204, p. ú.); ✓ 0,5% da Receita Tributária Líquida a programas e projetos Culturais (art. 216, §6°); ✓ Montante precatório e RPV ultrapassada a média (art. 100, §19); ✓ DRU (art. 76 do ADCT). Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 11/198 CONSTITUIÇÃO FEDERAL TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Seção I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Tributos – U/E/DF/M (Art. 145) ➢ Impostos; ➢ Taxas (Em razão dos serviços públicos e poder de polícia); ➢ Contribuição de melhoria (obras públicas). Não Confundir! Tributos → Gênero Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria → Espécies Tributos - Teorias ➢ Teoria Dicotômica: ✓ O gênero tributo se divide em duas espécies: impostos e taxas. ➢ Teoria Tripartite: ✓ Adotada pelo Código Tributário Nacional (Art. 5°); ✓ Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria; ➢ Teoria Pentapartida ou Quíntupla: ✓ Adotada pelo STF; ✓ Conforme o STF, a CF adotou a teoria da Pentapartida; ✓ Os tributos se dividem em: impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. ➢ Os empréstimos compulsórios são instituídos pela União mediante Lei Complementar. ➢ As Contribuições Especiais podem ser: ✓ Contribuições Sociais; ✓ De Intervenção no domínio econômico (CIDE); (Competência Exclusiva da União) ✓ De interesse das categorias profissionais ou econômicas; (Competência Exclusiva da União) § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. (Princípio da Capacidade Contributiva) § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. STF/Súmula Vinculante 12 A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal. STF/Súmula Vinculante 19 A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 12/198 STF/Súmula Vinculante 29 É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. STF/Súmula 545 Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. STF/Súmula 595 É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto territorial rural. STF/Súmula 665 É constitucional a Taxa de Fiscalização dos Mercados de Títulos e Valores Mobiliários instituída pela Lei 7.940/89. STF/Súmula 667 Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. STF/RE 643.247 Descabe introduzir no cenário tributário, como obrigação do contribuinte, taxa visando a prevenção e o combate a incêndios, sendo imprópria a atuação do Município em tal campo. A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim. STF/RE 789.218 RG É inconstitucional a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos. 1. A emissão de guia de recolhimento de tributos é de interesse exclusivo da Administração, sendo mero instrumento de arrecadação, não envolvendo a prestação de um serviço público ao contribuinte. 2. Possui repercussão geral a questão constitucional suscitada no apelo extremo. Ratifica-se, no caso, a jurisprudência da Corte consolidada no sentido de ser inconstitucional a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos. STF/ADI 4.411 A atividade desenvolvida pelo Estado no âmbito da segurança pública é mantida ante impostos, sendo imprópria a substituição, para tal fim, de taxa. STF/ADI 1.145 As custas, a taxa judiciária e os emolumentos constituem espécie tributária, são taxas, segundo a jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal Federal. STF/ADI 5.688 Fixados valores máximos e mínimos, é legítima utilização do valor da causa como critério para a estipulação dos valores das custas judiciais e das taxas judiciárias. STF/RE 433.335 A decisão agravada está em conformidade com o entendimento firmado nesta Corte no sentido de que é inconstitucional a cobrança da Taxa de Limpeza Pública instituída pela Lei 6.945/1981, alterada pela Lei 989/1995, do Distrito Federal. STF/RE 583.463 Pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido da inconstitucionalidade da referida taxa, quando vinculada a serviços em benefício da população em geral, como limpeza de vias e logradouros públicos. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 13/198tributário do contribuinte para um terceiro definido por lei. A pessoa que fica responsável pelo tributo é chamada de responsável tributário. ➢ A Responsabilidade por transferência divide-se nas seguintes espécies: ✓ Sucessores (CTN. Art. 129); ✓ Terceiros (CTN. Art. 134); ✓ Infrações (CTN. Art. 136). TÍTULO III - Crédito Tributário CAPÍTULO I - Disposições Gerais Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 105/198 CAPÍTULO II - Constituição de Crédito Tributário SEÇÃO I Lançamento Lançamento do Crédito Tributário Natureza Jurídica Constitutiva (CTN ADOTA) Estabelece que o crédito tributário se constitui após o lançamento. Declarativista O crédito tributário origina-se no mesmo instante do fato gerador. Mista ou Dúplice O lançamento é considerado instituidor do crédito tributário e também declaratório da obrigação tributária a ser cumprida. FCC (Assertiva: Correta) A respeito da natureza jurídica do lançamento do crédito tributário, a doutrina adotada expressamente pelo Código Tributário Nacional, é a que entende que o crédito tributário não existe antes do seu lançamento. Tal corrente é conhecida como constitutivista. Lançamento do Crédito Tributário - Características ➢ Instrumento que constitui crédito tributário; (Corrente Constitutiva – CTN Adota) ➢ Competência privativa da autoridade administrativa. ➢ Procedimento administrativo com a finalidade de: ✓ Verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente; ✓ Determinar a matéria tributável; ✓ Calcular o montante do tributo devido; ✓ Identificar o sujeito passivo; ✓ Propor a aplicação da penalidade cabível. ➢ Atividade vinculada e obrigatória. FCC (Assertiva: Correta) De acordo com o art. 142 do Código Tributário Nacional, compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento. De acordo com este Código, os créditos tributários podem ser constituídos por meio dos seguintes lançamentos de ofício, por homologação e por declaração. FGV (Assertiva: Correta) O estágio de lançamento da receita é o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal, a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. O IPTU é um exemplo de lançamento direto (de ofício). Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Lançamento - Conceito Legal – Lei 4.320 Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Estágios da Receita Orçamentária Previsão → Lançamento → Arrecadação → Recolhimento Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 106/198 STJ/Súmula 622 A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial. Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação. CESPE (Assertiva: Correta) A secretaria de fazenda de determinado estado da Federação realizará o lançamento de tributo de sua competência na importação de mercadoria; o valor tributário está expresso em moeda estrangeira e discriminado em documento idôneo. Nesse caso, de acordo com o CTN, o lançamento será feito por conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação. FCC (Assertiva: Correta) A empresa de Marcelo está considerando a hipótese de importar cestas de natal do exterior, para revendê- las por ocasião das festas de fim de ano. Se ela efetivamente realizar essas importações, terá de recolher todos os tributos incidentes sobre a mercadoria importada. Não havendo disposição de lei em contrário, e considerando que essa importação será feita em dólares americanos, o valor tributário dessa transação, em reais, de acordo com o CTN, será apurado mediante sua conversão em moeda nacional, ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação, salvo disposição de lei em contrário. Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. Destrinchando! ➢ Regra → Aplica-se ao lançamento a lei vigente na data da ocorrência do fato gerador, ainda que posteriormente seja modificada ou revogada. ➢ Exceção → Aplica-se, após a ocorrência do fato gerador, lei nova que: ✓ Tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas; ✓ Outorgue ao crédito maiores garantias ou privilégios, sem atribuir responsabilidade tributária a terceiros; OBS: Aplica-se a regra (Lei vigente na data da ocorrência do fato gerador) no caso de nova legislação que outorgue ao crédito maiores garantias ou privilégios, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. CESPE (Assertiva: Correta) Situação hipotética: Em 2010, vigia lei que estabelecia a alíquota de 3% para o tributo X. Em anos posteriores, essa alíquota foi modificada sucessivamente: no exercício de 2012, passou a ser de 1,5%; em 2013, de 2,5%; e, em 2014, de 4%. Assertiva: Nesse caso, se o fisco viesse a lavrar auto de infração em 2014 para efetuar o lançamento do imposto X sobre fato gerador de 2010, deveria adotar, naquele ano, a alíquota de 3% (Lei vigente na data da ocorrência do fato gerador). Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 107/198 VUNESP (Assertiva: Correta) O artigo 144 do Código Tributário Nacional dispõe que o lançamento se reporta à data da ocorrência dofato gerador da obrigação, regendo-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. O Código Tributário Nacional excepciona essa regra, admitindo a aplicação da legislação tributária que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, institua novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas. FGV (Assertiva: Correta) Uma nova lei, que tenha estabelecido novos procedimentos fiscalizatórios para a apuração do tributo, é plenamente aplicável ao fato gerador já ocorrido, porém com crédito ainda não lançado. § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. STJ/REsp 1.841.798/MG O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCDM, referente a doação não oportunamente declarada pelo contribuinte ao fisco estadual, a contagem do prazo decadencial tem início no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, observado o fato gerador, em conformidade com os arts. 144 e 173, I, ambos do CTN. Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I - impugnação do sujeito passivo; II - recurso de ofício; III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. CESPE (Assertiva: Correta) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser modificado em razão do provimento de recurso de ofício. Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. Modificação de Critérios Jurídicos Ocorre de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial; Somente pode ser efetivada quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução, a um mesmo sujeito passivo. Hipóteses de Alteração do Lançamento Impugnação do sujeito passivo Recurso de ofício Iniciativa de ofício da autoridade administrativa Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 108/198 SEÇÃO II Modalidades de Lançamento Modalidades de Lançamentos ➢ Por Declaração O contribuinte presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação por parte do fisco. Contribuinte: Informa os dados sobre a matéria de fato; Fiscal: Calcula e exige o pagamento. Ex: ITBI, ITCMD. ➢ De ofício ou Direto A autoridade fiscal analisa as informações já conservadas, identifica o fato gerador, faz o cálculo do tributo e exige o pagamento. Contribuinte: não há participação. Fiscal: Analisa as informações, identifica o fato gerador, calcula e exige o pagamento. Ex: IPTU, IPVA, Contribuições dos Conselhos profissionais. ➢ Por Homologação ou autolançamento O contribuinte é responsável por antecipar o pagamento sem prévio exame do fisco, devendo este tomar conhecimento da atividade e homologar; Contribuinte: Calcula e paga antecipadamente; Fiscal: Homologa. Ex: ICMS, ISS, IPI, CONFINS, II, IE, IR. Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela. Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I - quando a lei assim o determine; II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 109/198 IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. CESPE (Assertiva: Correta) Suponha que o fisco tenha comprovado a ocorrência de fraude em um lançamento tributário, configurada pelo fato de um agente público tê-lo efetuado com valor inferior ao devido. Nesse caso, o fisco deve promover lançamento de ofício. VUNESP (Assertiva: Correta) Quando comprovada omissão ou inexatidão por parte do sujeito passivo obrigado a antecipar o pagamento do tributo sem prévio exame da autoridade administrativa, estar-se-á diante de caso que autoriza, por parte da Administração, o lançamento de ofício. FCC (Assertiva: Correta) Determinado Município constitui o crédito tributário relativo ao ITBI por meio de lançamento de ofício. A Fazenda Pública desse Município, por meio de autoridade fiscal municipal, constatou que certo contribuinte do ITBI, pessoa legalmente obrigada a prestar declaração para fins de lançamento do imposto, fê-lo no prazo e na forma da legislação tributária. Instado pela referida autoridade a prestar esclarecimentos a respeito das informações constantes da referida declaração, o contribuinte as prestou de forma insatisfatória, no entender da citada autoridade fiscal. De acordo com o Código Tributário Nacional, a referida autoridade fiscal poderá efetuar o lançamento do referido tributo, de ofício. VUNESP (Assertiva: Correta) Mário recebeu notificação para recolhimento do IPTU incidente sobre imóvel de sua propriedade, no qual realizou, no exercício anterior, reforma que culminou na ampliação da área construída, não tendo ainda adotadoas providências necessárias para atualização da Ficha Cadastral do mesmo imóvel. Na hipótese de a fiscalização constatar, no exercício em curso, a omissão do contribuinte deverá rever de ofício o ato de lançamento, em razão da constatação posterior de fato desconhecido por ocasião do lançamento tributário. STJ/Súmula 397 O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço. STJ/REsp 1.320.825/RJ 1. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é lançado de ofício no início de cada exercício (art. 142 do CTN) e constituído definitivamente com a cientificação do contribuinte para o recolhimento da exação, a qual pode ser realizada por qualquer meio idôneo, como o envio de carnê ou a publicação de calendário de pagamento, com instruções para a sua efetivação. 2. Reconhecida a regular constituição do crédito tributário, não há mais que falar em prazo decadencial, mas sim em prescricional, cuja contagem deve se iniciar no dia seguinte à data do vencimento para o pagamento da exação, porquanto antes desse momento o crédito não é exigível do contribuinte. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 110/198 3. Para o fim preconizado no art. 1.039 do CPC/2015, firma-se a seguinte tese: "A notificação do contribuinte para o recolhimento do IPVA perfectibiliza a constituição definitiva do crédito tributário, iniciando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia seguinte à data estipulada para o vencimento da exação." CESPE (Assertiva: Correta) Considera-se válida e regular a notificação do lançamento de ofício do imposto predial e territorial urbano por meio de envio de carnê ou da publicação de calendário de pagamento juntamente com as instruções para o cumprimento da obrigação tributária. Art. 150. O lançamento por homologação (autolançamento), que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. Atenção! A declaração do contribuinte exigida por lei constitui o próprio crédito tributário, sendo desnecessária qualquer atividade subsequente da administração tributária para a formalização do lançamento fiscal ou a notificação do contribuinte para pagamento. § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. § 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. CESPE (Assertiva: Correta) No caso de lançamento por homologação, não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. CESPE (Assertiva: Correta) O lançamento por homologação, também denominado pela doutrina como autolançamento, exige a antecipação do pagamento do tributo sem prévio exame da autoridade administrativa. § 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de 5 anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. STJ/AREsp 1.471.958-RS Na hipótese de lançamento suplementar de ICMS, em decorrência de dimensionamento incorreto do crédito tributário (creditamento a maior e diferencial de alíquotas), deve ser aplicado o art. 150, § 4º, e não o art. 173, I, ambos do CTN. Prazo Prescricional Decadencial Relacionado à cobrança. Relacionado ao lançamento. Perca do direito de cobrar o pagamento de crédito tributário. Perca do direito de constituir crédito tributário. Ocorre depois do lançamento Ocorre antes do lançamento. CTN. Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 anos, contados da data da sua constituição definitiva. CTN. Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 111/198 VUNESP (Assertiva: Correta) Passados cinco anos da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado, é certo que a Fazenda Pública não poderá realizar novo lançamento, em razão do mesmo fato gerador, por ter se operado a decadência. STJ/Súmula 436 A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. VUNESP (Assertiva: Correta) Um contribuinte impetra mandado de segurança em face do Secretário Municipal da Fazenda, alegando ofensa ao seu direito líquido e certo à ampla defesa e ao contraditório em sede administrativa, pois não foi notificado da homologação do lançamento e do ato de inscrição do débito tributário em dívida ativa. O tributo é sujeito a lançamento por homologação. A alegação do contribuinte não se sustenta em relação a nenhuma das alegações, pois a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. CAPÍTULO III - Suspensão do Crédito Tributário SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI – o parcelamento. Crédito Tributário – Não Confundir! Suspensão (CTN. Art. 151) ➢ Moratória; ➢ Deposito integral; ➢ Parcelamento; ➢ Reclamações e recursos; ➢ Medida Liminar em MS; ➢ Medida liminar ou tutela antecipada em outras ações judiciais. Extinção (CTN. Art. 156) ➢ Pagamento; ➢ Compensação; ➢ Transação; ➢ Remissão; ➢ Prescrição e a decadência; ➢ Conversão de depósito em renda; ➢ Pagamento antecipado e a homologação do lançamento; ➢ Consignação em pagamento; ➢ Decisão administrativa irreformável, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; ➢ Decisão judicial passada em julgado; ➢ Dação em pagamento em bens imóveis. Exclusão (CTN. Art. 175) ➢ Isenção; ➢ Anistia. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 112/198 CESPE (Assertiva: Correta) Considere que um contribuinte, devedor de crédito tributário inscrito em dívida ativa, tenha aderido a um programa de parcelamento e que, preenchidos todos os requisitos legais, tenha efetuado o pagamento da primeira parcela do programa. Nesse caso, a exigibilidade do crédito tributário será suspensa. CESPE (Assertiva: Correta)Uma empresa, que comercializa mercadorias próprias e mercadorias adquiridas de terceiros, foi autuada por autoridade fiscal do Estado em que se localiza, sob a alegação de falta de emissão de documento fiscal relativo ao ICMS. O lançamento de ofício efetuado em seu nome reclama o ICMS considerado devido, multa pela infração de falta de emissão de documento fiscal, bem como os devidos consectários legais incidentes sobre o imposto e a multa reclamados. Inconformada com essa autuação, a empresa abriu mão de se defender administrativamente e impetrou mandado de segurança, formulando diversos pedidos, inclusive o de concessão de medida liminar, visando a não inscrição do crédito tributário em dívida ativa. A eventual concessão dessa liminar suspenderá a exigibilidade do crédito tributário. CESPE (Assertiva: Correta) Senhora X foi cientificada, pela Fazenda Pública do Estado de Santa Catarina, da emissão de Notificação Fiscal em seu nome, em razão de irregularidade relacionada ao pagamento do ITCMD. Inconformada com o ocorrido, ela protocolizou reclamação junto ao Tribunal Administrativo Tributário do Estado de Santa Catarina (TAT), alegando, em síntese, não ter cometido a irregularidade que lhe imputaram. A apresentação dessa reclamação, de acordo com o Código Tributário Nacional, e nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo, suspende a exigibilidade do crédito tributário. Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. STF/Súmula Vinculante 28 É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. STF/RE 233.582 O direito constitucional de petição e o princípio da legalidade não implicam a necessidade de esgotamento da via administrativa para discussão judicial da validade de crédito inscrito em Dívida Ativa da Fazenda Pública. É constitucional o art. 38, par. ún., da Lei 6.830/1980 (Lei da Execução Fiscal - LEF), que dispõe que "a propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo [ações destinadas à discussão judicial da validade de crédito inscrito em dívida ativa] importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto". STJ/Súmula 112 O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro. STJ/REsp 1.658.517-PA O parcelamento de ofício da dívida tributária não configura causa interruptiva da contagem da prescrição, uma vez que o contribuinte não anuiu. SEÇÃO II Moratória Art. 152. A moratória somente pode ser concedida: I - em caráter geral: a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira; b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 113/198 II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior. Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos. Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos: I - o prazo de duração do favor; II - as condições da concessão do favor em caráter individual; III - sendo caso: a) os tributos a que se aplica; b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual. STF/ADI 2.304/RS Para o respeito do princípio da legalidade, seria essencial que a lei (em sentido estrito), além de prescrever o tributo a que se aplica (IPVA) e a categoria de contribuintes afetados pela medida legislativa (inadimplentes), também definisse o prazo de duração da medida, com indicação do número de prestações, com seus vencimentos, e as garantias que o contribuinte deva oferecer, conforme determina o art. 153 do Código Tributário Nacional. Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele. Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II - sem imposição de penalidade, nos demais casos. Concessão de Moratória em Caráter Individual Sempre que se apure que o beneficiado não satisfaça ou deixe de satisfazer as condições ou não cumprir ou deixar de cumprir os requisitos para a concessão do favor, a concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sendo cobrado nos: ✓ Casos de dolo ou simulação → Penalidade cabível + acréscimo de juros de mora; ✓ Demais casos → apenas Juros de mora. Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 114/198 § 1º. Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas. § 2º. Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória. § 3º. Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. § 4º. A inexistência da lei específica a que se refere o § 3º. deste artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica. STJ/Súmula 653 O pedido de parcelamento fiscal, ainda que indeferido, interrompe o prazo prescricional, pois caracteriza confissão extrajudicial do débito. STJ/REsp 1.739.641/RS 1. O art. 155-A do CTN dispõe que o parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica, enquanto o art.153 do CTN, aplicado subsidiariamente ao parcelamento, estabelece que "a lei" especificará i) o prazo do benefício, ii) as condições da concessão do favor em caráter individual e iii) sendo o caso:a) os tributos a que se aplica; b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual; e c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual. 2. A concessão do parcelamento deve estrita observância ao princípio da legalidade, não havendo autorização para que atos infralegais, como portarias, tratem de requisitos não previstos na lei de regência do benefício. 3. Os arts. 11 e 13 da Lei n. 10.522/2002 delegam ao Ministro da Fazenda a atribuição para estabelecer limites e condições para o parcelamento exclusivamente quanto ao valor da prestação mínima e à apresentação de garantias, não havendo autorização para a regulamentação de limite financeiro máximo do crédito tributário para sua inclusão no parcelamento. CAPÍTULO IV - Extinção do Crédito Tributário SEÇÃO I Modalidades de Extinção Art. 156. Extinguem o crédito tributário: (Rol Exemplificativo) I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 115/198 X - a decisão judicial passada em julgado. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. Crédito Tributário – Não Confundir! Suspensão (CTN. Art. 151) ➢ Moratória; ➢ Deposito integral; ➢ Parcelamento; ➢ Reclamações e recursos; ➢ Medida Liminar em MS; ➢ Medida liminar ou tutela antecipada em outras ações judiciais. Extinção (CTN. Art. 156) ➢ Pagamento; ➢ Compensação; ➢ Transação; ➢ Remissão; ➢ Prescrição e a decadência; ➢ Conversão de depósito em renda; ➢ Pagamento antecipado e a homologação do lançamento; ➢ Consignação em pagamento; ➢ Decisão administrativa irreformável, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; ➢ Decisão judicial passada em julgado; ➢ Dação em pagamento em bens imóveis. Exclusão (CTN. Art. 175) ➢ Isenção; ➢ Anistia. VUNESP (Assertiva: Correta) São modalidades de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário, respectivamente, o parcelamento; a conversão de depósito em renda; a anistia. FCC (Assertiva: Correta) De acordo com o que prevê expressamente o Código Tributário Nacional, extinguem o crédito tributário o pagamento, a decadência, a prescrição e a transação. Quadrix (Assertiva: Errada) É permitida a dação em pagamento de bens móveis (imóveis) como modalidade de extinção do crédito tributário. STF/ADI 2.405 (...) a Constituição Federal não reservou à lei complementar o tratamento das modalidades de extinção e suspensão dos créditos tributários, a exceção da prescrição e decadência, previstos no art. 146, III, b, da CF. (...) A partir dessa ideia, e considerando também que as modalidades de extinção de crédito tributário, estabelecidas pelo CTN (art. 156), não formam um rol exaustivo, tem-se a possibilidade de previsão em lei estadual de extinção do credito por dação em pagamento de bens moveis. FGV (Assertiva: Correta) Lei ordinária do Estado X prevê a quitação de débitos tributários estaduais por meio de dação em pagamento de bens imóveis, após prévia avaliação e aceitação pela Secretaria Estadual de Fazenda. Diante desse cenário, podemos afirmar que a lei estadual ordinária poderia instituir esta nova modalidade de pagamento de tributos. STJ/Súmula 213 O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária. STJ/Súmula 460 É incabível mandado de segurança para convalidar compensação tributária realizada pelo contribuinte. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 116/198 STJ/EREsp 1.770.495-RS A pretensão em mandado de segurança que visa exclusivamente à declaração do direito à compensação de eventuais indébitos recolhidos anteriormente à impetração, ainda não atingidos pela prescrição, não importa em produção de efeito patrimonial pretérito, aproveitando apenas o valor referente a indébitos recolhidos nos cinco anos anteriores ao manejo da ação mandamental. STJ/REsp 1.251.513/PR De acordo com o art. 156, I, do CTN, o pagamento extingue o crédito tributário. Se o pagamento por parte do contribuinte ou a transformação do depósito em pagamento definitivo por ordem judicial (art. 1º, § 3º, II, da Lei n. 9.703/98) somente ocorre depois de encerrada a lide, o crédito tributário tem vida após o trânsito em julgado que o confirma. Se tem vida, pode ser objeto de remissão e/ou anistia neste ínterim (entre o trânsito em julgado e a ordem para transformação em pagamento definitivo, antiga conversão em renda) quando a lei não exclui expressamente tal situação do seu âmbito de incidência. O crédito tributário, mesmo após o transito em julgado, pode ser objeto de remissão e/ou anistia, desde que não tenha havido ordem para transformação em pagamento definitivo e a lei instituidora da remissão e/ou anistia não exclua expressamente tal situação do seu âmbito de incidência. STJ/REsp 1.355.947/SP A decadência, consoante disposto no art. 156, V, do referido diploma legal, é forma de extinção do crédito tributário. Sendo assim, uma vez extinto o direito, não pode ser reavivado por qualquer sistemática de lançamento ou autolançamento, seja ela via documento de confissão de dívida, declaração de débitos, parcelamento seja de outra espécie qualquer (DCTF, GIA, DCOMP, GFIP etc.). SEÇÃO II Pagamento Art. 157. A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário. Art. 158. O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento: I - quando parcial, das prestações em que se decomponha; II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. Art. 159. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre 30 dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça. Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. § 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês. § 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito. Art. 162. O pagamento é efetuado: I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. § 1º A legislação tributária pode determinaras garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 117/198 § 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado. § 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com a inutilização regular daquela, ressalvado o disposto no artigo 150. § 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casos expressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja imputável à autoridade administrativa. FCC (Assertiva: Errada) O sujeito passivo tem direito à restituição total ou parcial do tributo se, dentre outros casos, houver cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, inclusive no caso de perda ou destruição da estampilha, sem qualquer exceção. § 5º O pagamento em papel selado ou por processo mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha. STF/Súmula 547 Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em débito adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades profissionais. Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas: I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; (Obrigação Própria → Responsabilidade tributária) II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; (Contribuição de Melhoria → Taxas → Impostos) III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; (Prescrição → Crescente) IV - na ordem decrescente dos montantes. (Montante → Decrescente) FCC (Assertiva: Errada) O crédito tributário tem características distintas do crédito civil e, conforme o Código Tributário Nacional (CTN), existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos, do mesmo sujeito passivo, para com o mesmo ou diferentes credores, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos, a autoridade administrativa que receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras: primeiro os créditos da União, e depois os dos estados e municípios, em conjunto e proporcionalmente. Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. § 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. § 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 118/198 Consignação Procedente Improcedente (Total ou Parcialmente) Pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; Cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. SEÇÃO III Pagamento Indevido Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. STF/Súmula 162 Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir do pagamento indevido. STF/RE 1.063.187/SC É inconstitucional a incidência do IRPJ e da CSLL sobre os valores atinentes à taxa Selic recebidos em razão de repetição de indébito tributário. Os valores relativos à taxa Selic recebidos pelo contribuinte na repetição de indébito tributário não compõem a base de incidência do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). STJ/Súmula 213 O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária. STJ/Súmula 460 É incabível mandado de segurança para convalidar compensação tributária realizada pelo contribuinte. Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. STF/Súmula 546 Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão, que o contribuinte de jure não recuperou do contribuinte de facto o quantum respectivo. CESPE (Assertiva: Correta) Determinados tributos autorizam a denominada repercussão financeira do encargo tributário, de modo que, havendo pagamento de crédito tributário a maior, somente aquele sujeito que comprovar ter assumido o referido encargo tributário ou estar por esse autorizado pode demandar a restituição do indébito. Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. STF/Súmula 188 Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 119/198 Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 anos, contados: I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. STJ/Súmula 625 O pedido administrativo de compensação ou de restituição não interrompe o prazo prescricional para a ação de repetição de indébito tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra a Fazenda Pública. FCC (Assertiva: Correta) O Supremo Tribunal Federal reconheceu ser inconstitucionala majoração de determinado tributo com decisão transitada em julgado em 25/10/2019. Ao perceber que tinha recolhido tributo a maior em pagamento de 26/10/2015, Heitor Fortificações Ltda. efetua compensação tributária correspondente em 23/12/2020, deixando de recolher o tributo na mesma data. Ao ser contestado por autoridades fazendárias, Heitor Fortificações Ltda. imediatamente ingressa com mandado de segurança em 25/10/2021. De acordo com o Código Tributário Nacional e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o mandado de segurança não é instrumento adequado à hipótese e houve prescrição do indébito tributário. CESPE (Assertiva: Correta) Maurício recebeu em sua residência o carnê do IPVA do exercício de 2015, em 5 de janeiro daquele ano. A notificação foi acompanhada de opção de pagamento à vista, com vencimento em 26 de janeiro de 2015. Caso Maurício não realizasse o pagamento nesta data, seria automaticamente incluído na opção de parcelamento, com vencimento da primeira parcela em 26 de fevereiro de 2015 e das demais no mesmo dia dos cinco meses subsequentes, independentemente de sua anuência. Maurício não realizou o pagamento à vista nem o parcelado. Ao tentar vender seu veículo em 2020, identificou o débito e pagou as parcelas vencidas do IPVA de 2015, acrescidas de juros e multa, em 17 de fevereiro de 2020. Caso Maurício realize pedido administrativo de restituição do IPVA pago, não será interrompido o prazo prescricional para eventual ação judicial com a mesma finalidade. Art. 169. Prescreve em 2 anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Prazo para Prescrição 5 anos ➢ Extinção do direito de pleitear a restituição contados da data da extinção do crédito tributário no caso de: Cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; Erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; ➢ Extinção do direito de pleitear a restituição contados da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória no caso de. 2 anos ➢ A ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada. STJ/Súmula 54 Os juros de mora, nos casos de responsabilidade extracontratual, ainda que objetiva, têm como termo inicial a data em que ocorreu o evento danoso. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 120/198 STJ/Súmula 362 A correção monetária não pode ser considerada acréscimo, por representar apenas simples atualização do valor da dívida, em decorrência da desvalorização da moeda. Possível, portanto, a sua inclusão de ofício na liquidação. FCC (Assertiva: Correta) Por engano, José da Silva pagou duas vezes o IPTU (Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbano), uma vez ao Município de Teresina e outra vez ao município vizinho, relativamente ao exercício de 2010, efetuando esses pagamentos em dobro no dia 10 de janeiro de 2010. Um mês após o pagamento, José apresentou a uma das administrações tributárias um pedido de restituição do indébito, demonstrando que houve pagamento em dobro de um mesmo débito e que sua sede fica em Teresina. Entretanto, os julgadores de primeiro e segundo graus decidiram pelo indeferimento do pedido de restituição, em decisão final publicada no dia 05 de janeiro de 2017. Esgotada a fase administrativa, com impossibilidade de novo recurso, José procurou, no dia 20 de dezembro de 2018, um advogado para saber se podia ingressar com ação judicial, com objetivo de receber do município vizinho o que foi pago indevidamente. Com base no Código Tributário Nacional (CTN), o advogado respondeu: Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição e, por esse motivo, José poderá ingressar em juízo com ação de repetição de indébito, no prazo de dois anos, a partir de 05 de janeiro de 2017, data da publicação da decisão citada. SEÇÃO IV Demais Modalidades de Extinção Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e consequente extinção de crédito tributário. Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso. Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I - à situação econômica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário; IV - a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos, contados: (Decadência) Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 121/198 I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. STJ/Súmula 555 Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer atojudicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. Prazo Prescricional Decadencial Relacionado à cobrança. Relacionado ao lançamento. Perca do direito de cobrar o pagamento de crédito tributário. Perca do direito de constituir crédito tributário. Ocorre depois do lançamento Ocorre antes do lançamento. CTN. Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 anos, contados da data da sua constituição definitiva. CTN. Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. CAPÍTULO V - Exclusão de Crédito Tributário SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 175. Excluem o crédito tributário: I - a isenção; II - a anistia. Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. CESPE (Assertiva: Correta) Uma das diferenças entre a moratória e a anistia é que a moratória apenas suspende a exigibilidade do crédito tributário, ao passo que a anistia exclui o referido crédito. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 122/198 CESPE (Assertiva: Correta) Deve-se aplicar o método de interpretação literal ao se interpretar a legislação tributária que disponha sobre casos que envolvam a anistia e a isenção tributárias. VUNESP (Assertiva: Correta) Sobre a exclusão do crédito tributário, é correto afirmar que se interpreta literalmente a legislação que disponha sobre exclusão do crédito tributário. SEÇÃO II Isenção Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. FCC (Assertiva: Errada) No que tange às isenções de impostos, inclusive municipais, o Código Tributário Nacional estabelece que a isenção concedida a contribuintes do IPTU não pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. Atenção! Imunidade Tributária ➢ Não existe fato gerador do tributo; ➢ Previsão constitucional; ➢ Irrevogável; ➢ Admite todos os métodos de interpretação; ➢ Normas negativas de competência tributária; Isenção Tributária ➢ O fato gerador do tributo existe, mas a legislação isenta o pagamento; ➢ Previsão legislativa; ➢ Ato discricionário; ➢ Revogável; ➢ Aceita apenas interpretação literal; ➢ Benefícios fiscais que pressupõem a existência de competência tributária. Exemplo: A previsão constitucional que desonera a entidade religiosa do pagamento de impostos é exemplo de Imunidade. CESPE (Assertiva: Correta) Um incentivo fiscal correspondente ao não pagamento de contribuições sociais conferido a partir de certificação concedida nos termos de lei específica a pessoas jurídicas que preencham os requisitos nela previstos constitui exemplo de exclusão do crédito tributário mediante isenção. CESPE (Assertiva: Correta) A respeito de imunidade tributária e isenção tributária, é correto afirmar que a imunidade está no plano constitucional e proíbe a própria instituição do tributo relativamente às situações e pessoas imunizadas. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 123/198 Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas e às contribuições de melhoria; II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. CESPE (Assertiva: Errada) A isenção, salvo disposição de lei em contrário, é extensiva aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão. § 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção. § 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. STF/Súmula 544 Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas. STF/ADI 6025 1. A concessão de isenção tributária configura ato discricionário do ente federativo competente para a instituição do tributo e deve estrito respeito ao princípio da reserva legal (art. 150, § 6º, da Constituição Federal). 2. A legislação optou por critérios cumulativos absolutamente razoáveis à concessão do benefício tributário, quais sejam, inatividade e enfermidade grave, ainda que contraída após a aposentadoria ou reforma. Respeito à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da Constituição Federal), aos valores sociais do trabalho (art. 1º, IV, da CF) e ao princípio da igualdade (art. 5º, caput, da CF). 3. Impossibilidade de atuação do Poder Judiciário como legislador positivo, ampliando a incidência da concessão de benefício tributário, de modo a incluir contribuintes não expressamente abrangidos pela legislação pertinente. Respeito à Separação de Poderes. STF/RE 480.107 A concessão do benefício da isenção fiscal é ato discricionário, fundado em juízo de conveniência e oportunidade do Poder Executivo, cujo controle é vedado ao Judiciário. CESPE (Assertiva: Errada) A concessão do benefício de isenção fiscal decorrente da implementação de política de governo com vistas ao atendimento do interesse da sociedade é ato vinculado (discricionário), não envolve juízo de conveniência e oportunidade pelo poder público concedente e pode (não pode) submeter-se ao controle do Poder Judiciário. STJ/REsp 1.150.356/SP O juízo do inventário, na modalidade de arrolamento sumário, não detém competência para apreciar pedido de reconhecimento da isenção do ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos), à luz do disposto no caput do artigo 179, do CTN. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 124/198 SEÇÃO III Anistia Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturaisou jurídicas. FCC (Assertiva: Correta) De acordo com o Código Tributário Nacional, a anistia não se aplica aos atos que sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo. Art. 181. A anistia pode ser concedida: I - em caráter geral; II - limitadamente: a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares; d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa. Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão. Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. Atenção! Anistia Isenção Hipótese de exclusão Hipótese de exclusão Ocorre antes do lançamento tributário Ocorre antes do lançamento tributário Dispensa penalidade (infração) Dispensa tributos CESPE (Assertiva: Correta) A exclusão do crédito tributário decorrente de infração à legislação tributária, concedida em caráter geral ou por despacho da autoridade administrativa, é chamada de anistia. Isenção Exclusão Dispensa do pagamento de tributo. Anistia Exclusão Perdoa as infrações. Remissão Extinção Perdoa o crédito tributário. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 125/198 CAPÍTULO VI - Garantias e Privilégios do Crédito Tributário SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram. Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda. Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. VUNESP (Assertiva: Correta) “A” faz doação a “B” de automóvel raro no valor de R$ 500 mil, gravando-o com cláusula de inalienabilidade, incomunicabilidade e impenhorabilidade. Cerca de dois anos após a doação, “B” é executado por dívidas fiscais relativas a fatos geradores anteriores à doação. A respeito da situação descrita, é correto afirmar, com base no Código Tributário Nacional, que responde pelo pagamento da dívida a totalidade dos bens de “B”, de qualquer origem ou natureza, inclusive os gravados por cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, excetuados apenas os casos de impenhorabilidade absoluta legalmente prevista. Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. CESPE (Assertiva: Errada) Independentemente da inscrição em dívida ativa, pode-se presumir como fraudulenta a alienação de bens realizada pelo sujeito passivo que esteja em débito com a fazenda pública, desde que exista o crédito tributário. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. CESPE (Assertiva: Errada) No caso de o crédito tributário já ter sido inscrito em dívida ativa, eventual alienação de bens que tenha sido feita pelo devedor e que não tenha sido tempestivamente comunicada ao fisco é presumida como fraudulenta, ainda que o devedor tenha reservado renda suficiente para o pagamento da dívida. CESPE (Assertiva: Correta) Não há presunção de fraude na alienação de bens feita por sujeito passivo se o devedor reservar bens ou rendas suficientes ao pagamento da dívida regularmente inscrita. Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. STJ/Súmula 560 A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 126/198 § 1º. A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite. § 2º. Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido. CESPE (Assertiva: Correta) As garantias do crédito tributário incluem a presunção relativa de fraude à execução e a indisponibilidade judicial de bens do devedor regularmente citado que não paga, não indica bens à penhora tempestivamente e em cujo patrimônio não há bens penhoráveis. SEÇÃO II Preferências Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. CESPE (Assertiva: Errada) Independentemente da natureza ou do tempo de sua constituição, o crédito tributário tem preferência sobre qualquer outro, inclusive sobre os créditos decorrentes da legislação trabalhista ou de acidentes de trabalho. Parágrafo único. Na falência: I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: (Não recepcionado) I - União; II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; III -Art. 146. Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. STF/ADI 4.845 É inconstitucional lei estadual que disciplina a responsabilidade de terceiros por infrações de forma diversa da matriz geral estabelecida pelo Código Tributário Nacional. Base de Cálculo Base de cálculo é o valor sobre o qual se aplica a alíquota do tributo, devendo ser definida em lei complementar. Princípios Aplicáveis à base de cálculo: Legalidade, Capacidade Contributiva e Anterioridade. Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d (Regime Diferenciado para ME e EPP), também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: I - será opcional para o contribuinte; II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. Regime Diferenciado para ME e EPP ➢ Lei Complementar 123/06; ➢ Poderá instituir regime único de arrecadação de Tributos; ➢ Opcional para o contribuinte; ➢ Condições de enquadramento diferenciadas por Estado; ➢ Recolhimento unificado e centralizado; ➢ A arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas, adotado cadastro nacional único. Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 14/198 Território Federal Dividido em Municípios Competência da União → Impostos Federais e Estaduais. Competência Municipal → Impostos Municipais. Não Dividido em Municípios Competência da União → Impostos Federais, Estaduais e Municipais. Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b" (Princípio da Anterioridade). Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Empréstimos Compulsórios ➢ Instituídos pela União mediante Lei Complementar; ➢ Hipóteses: ✓ Despesas extraordinárias (Calamidade Pública/Guerra externa ou iminente); ✓ Investimento de caráter urgente e relevante interesse nacional (Segue o Princípio da Anterioridade). ➢ Empréstimo Compulsório NÃO É IMPOSTO! Princípio da Anterioridade – Empréstimos Compulsórios Aplica-se Não se aplica Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Despesas extraordinárias de calamidade pública, guerra externa ou iminente. STF/ADI 1.933 O depósito judicial consubstancia faculdade do contribuinte. Não se confunde com o empréstimo compulsório. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais (CS), de intervenção no domínio econômico (CIDE) e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III (Lei Complementar para normas gerais), e 150, I (Princípio da Legalidade) e III (Princípio da Irretroatividade, Anterioridade Anual, Anterioridade Nonagesimal), e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º (Princípio da Anterioridade Nonagesimal), relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Atenção! ➢ É competência exclusiva da União instituir: ✓ Contribuições Sociais (PIS, COFINS, PASEP); (CS) ✓ Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico; (CIDE) ✓ Contribuição de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas. (Contribuição Coorporativa) ➢ Competência de Todos os Entes (U/E/DF/M) → Contribuição Social Previdenciária (RPPS). ➢ A criação das CS, CIDE e CICPE deve observar: ✓ Lei Complementar para normas gerais; ✓ Princípio da Legalidade; ✓ Princípio da Irretroatividade, Anterioridade Anual e Anterioridade Nonagesimal. CESPE (Assertiva: Errada) Compete à União e aos estados federados instituir contribuições sociais que sejam de interesse das categorias profissionais. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 15/198 STF/RE 630.898/RS A contribuição devida ao Incra subsiste e tem natureza jurídica de contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE). É constitucional a contribuição de intervenção no domínio econômico destinada ao INCRA devida pelas empresas urbanas e rurais, inclusive após o advento da EC nº 33/2001. STJ/REsp 1.066.288/PR Os valores cobrados para custeio das entidades de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas, exceto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), são espécie de tributo denominado contribuição corporativa. (CF. Art. 149) Conforme o STJ (REsp 1.066.288/PR), as contribuições cobradas à OAB não têm natureza tributária. As contribuições cobradas pela OAB são créditos civis e como tal submetem-se às regras pertinentes a esta seara jurídica. § 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. § 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo. § 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas. § 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída simultaneamente com outras medidas para equacionamento do deficit e vigorará por período determinado, contadocinco anos, independentemente de estarem ou não prescritos os créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas. Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 129/198 Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: (Disponibilização de informações dos corretores e oficiais de registro) I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos, comissários e liquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. § 1º. Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes: I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. § 2º. O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. FGV (Assertiva: Correta) Autoridade fiscal federal recebeu pedido de autoridade de autarquia estadual para fornecimento de informações protegidas pelo sigilo fiscal de servidor público estadual que respondia a processo administrativo disciplinar perante a autarquia estadual onde está lotado. O objetivo de tal pedido era investigar o referido servidor estadual por prática de infração administrativa referente a possíveis atos de corrupção no exercício da função pública. À luz do Código Tributário Nacional, tais informações protegidas pelo sigilo fiscal só poderiam ser entregues pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo. § 3º. Não é vedada a divulgação de informações relativas a: I – representações fiscais para fins penais; II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; III - parcelamento ou moratória; e IV - incentivo, renúncia, benefício ou imunidade de natureza tributária cujo beneficiário seja pessoa jurídica. Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 130/198 estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. (Compartilhamento de Informações entre os fiscos) Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. (Acesso Forçado ao Estabelecimento Comercial em caso de resistência à fiscalização) STF/RE 1.055.941 É constitucional o compartilhamento dos relatórios de inteligência financeira da UIF e da íntegra do procedimento fiscalizatório da Receita Federal do Brasil - em que se define o lançamento do tributo - com os órgãos de persecução penal para fins criminais sem prévia autorização judicial, devendo ser resguardado o sigilo das informações em procedimentos formalmente instaurados e sujeitos a posterior controle jurisdicional; CAPÍTULO II - Dívida Ativa Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito. CESPE (Assertiva: Correta) No mês de janeiro de 20X1, o município de Petrolina efetuou a emissão dos boletos de pagamento do IPTU municipal com vencimento para março, abril e maio de 20X1. Com base nessa situação hipotética, esgotado o prazo fixado para o pagamento do IPTU, o município deverá fazer a inscrição no cadastro de dívida ativa daqueles que não tiverem recolhido o imposto municipal, para viabilizar a cobrança judicial do IPTU. Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. CESPE (Assertiva: Correta) É obrigatório constar no termo de inscrição da dívida ativa o número do processo administrativo de que se origina o crédito tributário. CESPE (Assertiva: Errada) É facultativo (OBRIGATÓRIO) constar no termo de inscrição da dívida ativa a maneira de calcular os juros de mora acrescidos à quantia devida. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 131/198 Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula,da data de sua instituição. STF/ARE 875.958/GO A ausência de estudo atuarial específico e prévio à edição de lei que aumente a contribuição previdenciária dos servidores públicos não implica vício de inconstitucionalidade, mas mera irregularidade que pode ser sanada pela demonstração do déficit financeiro ou atuarial que justificava a medida. A majoração da alíquota da contribuição previdenciária do servidor público para 13,25% não afronta os princípios da razoabilidade e da vedação ao confisco. A falta de estudo atuarial específico e prévio não inviabiliza o aumento da alíquota da contribuição previdenciária dos servidores. A majoração da alíquota de 11% para 13,25% não afronta os princípios da razoabilidade e da vedação ao confisco. § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico (CIDE) de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. VUNESP (Assertiva: Correta) De acordo com a Constituição Federal, as alíquotas de contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico poderão ser ad valorem tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 16/198 VUNESP (Assertiva: Errada) Em relação às contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, de competência exclusiva da União Federal, é correto afirmar que não incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços. § 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. § 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP), observado o disposto no art. 150, I (Princípio da Legalidade) e III (Princípio da Irretroatividade, Anterioridade Anual, Anterioridade Nonagesimal). Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. VUNESP (Assertiva: Errada) Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, sendo vedada (Facultada) a cobrança da contribuição, na fatura de consumo de energia elétrica. STF/Súmula Vinculante 40 A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. STF/Súmula Vinculante 41 O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. STF/Súmula 659 É legítima a cobrança da COFINS, do PIS e do FINSOCIAL sobre as operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. STF/Súmula 732 É constitucional a cobrança da contribuição do salário-educação, seja sob a Carta de 1969, seja sob a Constituição Federal de 1988, e no regime da Lei 9.424/96. STF/RE 724.104 AgR I – Esta Corte, ao julgar o RE 573.675-RG/SC, de minha relatoria, reconheceu a repercussão geral do tema em exame e assentou que a contribuição para custeio do serviço de iluminação pública constitui, dentro do gênero tributo, um novo tipo de contribuição que não se confunde com taxa ou imposto. II – Concluiu-se, ainda, pela possibilidade de se eleger como contribuintes os consumidores de energia elétrica, bem como de se calcular a base de cálculo conforme o consumo e de se variar a alíquota de forma progressiva, consideradas a quantidade de consumo e as características dos diversos tipos de consumidor. Contribuições Especiais (Regra) União Contribuição de Melhoria U/E/DF/M Contribuição RPPS U/E/DF/M COSIP Municípios e DF. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 17/198 STJ/Súmula 351 A alíquota de contribuição para o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) é aferida pelo grau de risco desenvolvido em cada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco da atividade preponderante quando houver apenas um registro. STJ/Súmula 423 A contribuição para financiamento da Seguridade Social – Cofins incide sobre as receitas provenientes das operações de locação de bens móveis. STJ/Súmula 508 A isenção da Cofins concedida pelo artigo 6º, II, da LC 70/91 às sociedades civis de prestação de serviços profissionais foi revogada pelo artigo 56 da Lei 9.430/96. STJ/Súmula 516 A contribuição de intervenção no domínio econômico para o Incra (Decreto-Lei n. 1.110/1970), devida por empregadores rurais e urbanos, não foi extinta pelas Leis ns. 7.787/1989, 8.212/1991 e 8.213/1991, não podendo ser compensada com a contribuição ao INSS. Seção II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR Atenção! ➢ As limitações ao poder de tributar previstas na CF não são taxativas, tendo como objetivo assegurar a: ✓ Segurança Jurídica (Art. 150, I e III da CF); ✓ Justiça Tributária (Art. 150, II e IV da CF); ✓ Liberdade (Art. 150, VI, “b” e “d” da CF) e ✓ Federação (Art. 150, V; VI, “a”; 151 e 152 da CF). ➢ Cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; (Princípio da Legalidade) STF/RE 838.284 Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos. STF/RE 704.292/PR É inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que delega aos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas a competência de fixar ou majorar, sem parâmetro legal, o valor das contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas, usualmente cobradas sob o título de anuidades, vedada, ademais, a atualização desse valor pelos conselhos em percentual superior aos índices legalmente previstos. STF/ADI 2.304/RS Para o respeito do princípio da legalidade, seria essencial que a lei (em sentido estrito), além de prescrever o tributo a que se aplica (IPVA) e a categoria de contribuintes afetados pela medida legislativa (inadimplentes), também definisse o prazo de duração da medida, com indicação do número de prestações, com seus vencimentos, e as garantias que o contribuinte deva oferecer, conforme determina o art. 153 do Código Tributário Nacional. STF/ADI 1.709/MT A instituição dos emolumentos cartorários pelo Tribunal de Justiça afronta o princípio da reserva legal. Somente a lei pode criar, majorar ou reduzir os valores das taxas judiciárias. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 18/198 II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibidaqualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (Princípio da Igualdade) III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; (Princípio da Irretroatividade) b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; (Princípio da Anterioridade Anual) c) antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Princípio da Anterioridade Nonagesimal) Atenção! Aplica-se a Anterioridade Anual ➢ Impostos: ✓ IR; ✓ ITR; ✓ IGF; ✓ Fixação do aumento da base de cálculo do IPVA; ✓ Fixação do aumento da base de cálculo do IPTU; ✓ Impostos Residuais (CF. Art. 154. I) ✓ ICMS-Combustíveis (No aumento de alíquota); ✓ ISS ou ISSQN; ✓ ITBI. ➢ Taxas ➢ Contribuição de Melhoria ➢ Empréstimos Compulsórios: ✓ Para investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional; (CF. Art. 148, II); ➢ Contribuições Especiais: ✓ COFINS; ✓ CSLL; ✓ PIS/PASEP; ✓ CIDE-Combustíveis (No aumento da alíquota). ➢ Contribuição sobre o serviço de iluminação pública – COSIP. Aplica-se a Anterioridade Nonagesimal ➢ Impostos: ✓ IPI; ✓ ITR; ✓ IGF; ✓ Impostos Residuais (CF. Art. 154. I) ✓ ICMS combustível; ✓ ISS ou ISSQN; ✓ ITBI. ➢ Taxas ➢ Contribuição de Melhoria ➢ Empréstimos Compulsórios: ✓ Para investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional; (CF. Art. 148, II); Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 19/198 ➢ Contribuições Especiais: ✓ COFINS; ✓ CSLL; ✓ PIS/PASEP; ✓ CIDE-Combustíveis. ✓ Contribuições Sociais para Seguridade Social (Art. 195. § 6º) ➢ Contribuição sobre o serviço de iluminação pública – COSIP. Exceções à Anterioridade Anual ➢ Impostos ✓ II; ✓ IE; ✓ IPI; ✓ IOF; ✓ Impostos extraordinários (Guerra Externa ou iminente – Art. 154. II); ✓ ICMS-Combustíveis (No caso de redução e restabelecimento de alíquota); ➢ Empréstimos Compulsórios ✓ Para despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou iminente; ➢ Contribuições Especiais ✓ CIDE-Combustíveis (Na redução e restabelecimento de alíquota); ✓ Contribuições Sociais para Seguridade Social (Art. 195. § 6º) Exceções à Anterioridade Nonagesimal ➢ Impostos ✓ II; ✓ IR; ✓ IE; ✓ IPI; ✓ IOF; ✓ Impostos extraordinários (Guerra Externa ou iminente – Art. 154. II); ✓ Fixação do aumento da base de cálculo do IPVA; ✓ Fixação do aumento da base de cálculo do IPTU; ➢ Empréstimos Compulsórios ✓ Para despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou iminente (CF. Art. 148, I); CESPE (Assertiva: Correta) Considere que o governo federal tenha instituído por lei complementar, publicada em 4 de agosto de 2021, imposto não previsto na competência tributária da União, que seja não cumulativo e que não tenha fato gerador ou base de cálculo próprio dos discriminados na CF (Imposto Residual); considere também que o governo federal tenha instituído por lei ordinária, publicada em 4 de setembro de 2021, o imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR). Nessa situação hipotética, os referidos impostos podem ser cobrados em janeiro de 2022 e janeiro de 2022, respectivamente, pois obedecem aos princípios da Anterioridade Anual e nonagesimal. CESPE (Assertiva: Errada) O aumento da alíquota do imposto de renda está sujeito tanto à anterioridade anual quanto à nonagesimal. FGV (Assertiva: Correta) Conforme previsto na Constituição da República de 1988, deve obediência integral aos princípios da legalidade, anterioridade anual e anterioridade nonagesimal, o ISSQN; FCC (Assertiva: Errada) Estão sujeitos aos princípios da anterioridade de exercícios e da anterioridade nonagesimal (noventena), o IR (Exceção ao nonagesimal), o IOF (Exceção à anterioridade anual e ao nonagesimal) e o ITBI. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 20/198 CESPE (Assertiva: Correta) De acordo com as limitações constitucionais ao poder de tributar, a fixação da base de cálculo do IPVA se submete à anterioridade anual, sem necessidade de observância da anterioridade nonagesimal. STF/Súmula Vinculante 50 A Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. CESPE (Assertiva: Errada) A empresa XZY Ltda., contribuinte do ICMS, pagava mensalmente esse tributo a determinado estado da Federação, no dia 15 de cada mês. No dia 30/6/2017, esse estado editou ato normativo que alterava a data do pagamento do referido tributo para o dia 10 de cada mês, entrando tal ato em vigor no dia 1.º/7/2017. Sem saber da alteração, a empresa XZY Ltda. pagou o tributo no dia 15/7/2017, o que acarretou multa e juros de mora pelo pagamento com atraso. Nessa situação hipotética a antecipação do prazo para o pagamento do ICMS só poderia ter sido feita por lei e somente poderia ter entrado em vigor no exercício financeiro seguinte. STF/RE 564.225 AgR Promovido aumento indireto do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS por meio da revogação de benefício fiscal, surge o dever de observância ao princípio da anterioridade, geral e nonagesimal, constante das alíneas “b” e “c” do inciso III do artigo 150, da Carta. STF/RE 1.258.934 A inconstitucionalidade de majoração excessiva de taxa tributária fixada em ato infralegal a partir de delegação legislativa defeituosa não conduz à invalidade do tributo nem impede que o Poder Executivo atualize os valores previamente fixados em lei de acordo com percentual não superior aos índices oficiais de correção monetária. STF/RE 584.100 O prazo nonagesimal previsto no art. 150, III, c, da Constituição Federal somente deve ser utilizado nos casos de criação ou majoração de tributos, não na hipótese de simples prorrogação de alíquota já aplicada anteriormente. STF/Súmula 239 Decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa julgada em relação aos posteriores. IV – utilizar tributo com efeito de confisco; (Princípio da Vedação de Confisco) STF/ADI 1.075 MC É cabível, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal examinar se determinado tributo ofende, ou não, o princípio constitucional da não-confiscatoriedade consagrado no art. 150, IV, da Constituição da República. Hipótese que versa o exame de diploma legislativo (Lei 8.846/94, art. 3º e seu parágrafo único) que instituiu multa fiscal de 300%. A proibição constitucional do confisco em matéria tributária – ainda que se trate de multa fiscal resultante do inadimplemento, pelo contribuinte, de suas obrigações tributárias – nada mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais básicas. STF/AI 727.872 AgR/RS A aplicação de multa moratória acima do patamar de 20% detém caráter confiscatório. Trata-se de montante que se coaduna com a ideia de que a impontualidade é uma falta menos grave, aproximando-se, inclusive, do valor que um dia jáfoi positivado na CF. V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; (Princípio da Liberdade de Tráfego) Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 21/198 VI – instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; (Imunidade Tributária Recíproca) Imunidade Recíproca ➢ Limitação constitucional ao poder de tributar; ➢ Status de cláusula pétrea; ➢ É princípio garantidor da Federação, motivo pelo qual não pode ser restringida nem mesmo por emenda constitucional; ➢ Visa assegurar a autonomia dos entes políticos; ➢ Retira a possibilidade de preferência entre as unidades federativas; ➢ Aplicabilidade restrita aos IMPOSTOS. ➢ Aplicável aos entes políticos, autarquias e fundações públicas; ➢ Em regra, não se aplica às Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista, exceto se prestaram serviço público essencial em regime de monopólio (Correios e Infraero). b) templos de qualquer culto; (Imunidade Tributária Religiosa) c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. (Imunidade Tributária Cultural) e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. Não Confundir! Imunidade Tributária ➢ Não existe fato gerador do tributo; ➢ Limitação Constitucional ao poder de tributar. ➢ Previsão na CF. Exemplo: A previsão constitucional que desonera a entidade religiosa do pagamento de impostos é exemplo de Imunidade. Isenção Tributária ➢ O fato gerador do tributo existe, mas a legislação isenta o pagamento. ➢ Previsão legislativa. Alíquota Zero ➢ É uma desoneração tributária; ➢ Existe base de cálculo, mas a alíquota é zero; ➢ É aplicada com o objetivo de estimular o aumento de consumo em um setor econômico específico. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 22/198 Imunidade Tributária – Classificação Genérica São imunidades aplicáveis a diversos tributos ao mesmo tempo. ➢ Imunidade: ✓ Recíproca; ✓ Religiosa; ✓ Cultural; ✓ De Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil; ✓ De Partidos Políticos. Sindicato de Trabalhadores, Instituições de Assistência Social e Educação; Específica São imunidades aplicáveis a tributos específicos. ➢ Imunidade de: ✓ Contribuições Especiais decorrentes de exportação (CF. Art. 149. § 2º. I); ✓ IPI destinados ao exterior (Art. 153. § 3º. III); ✓ ITR sobre pequenas glebas rurais (CF. Art. 153. § 4º. II); ✓ ICMS (CF. Art. 155. § 2º. X); ✓ ITBI (CF. Art. 156. § 2º. I); ✓ Contribuições sociais para custeio da seguridade social (CF. Art. 195. § 7º). Condicionada Precisa de uma norma infraconstitucional para sua regulamentação. Incondicionada Possui eficácia plena, sendo autoaplicável e não precisa ser regulamentada. Objetivas ou reais Direcionadas a situações, fatos ou bens. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – instituir impostos sobre: d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. (Imunidade Tributária Cultural) Subjetivas ou pessoais Direcionadas a pessoas físicas ou jurídicas. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; Imunidade Tributária Condicionada Incondicionada Precisa de uma norma infraconstitucional para sua regulamentação. Possui eficácia plena, sendo autoaplicável e não precisa ser regulamentada. VUNESP (Assertiva: Errada) Possui imunidade específica, observadas as condições estabelecidas pela Constituição Federal, o imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 23/198 Súmulas e Jurisprudências Imunidade Tributária Recíproca (CF. Art. 150. VI. A) STF/RE 727.851/MG Incide a imunidade prevista no artigo 150, inciso VI, alínea “a” (impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros), da Constituição Federal, em se tratando de contrato de alienação fiduciária em que pessoa jurídica de direito público surge como devedora. Não incide IPVA sobre veículo automotor adquirido, mediante alienação fiduciária, por pessoa jurídica de direito público. STF/RE 594.015 A imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da Constituição não se estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é constitucional a cobrança do IPTU pelo Município. STF/RE 600.867 A imunidade tributária recíproca (art. 150, IV, “a”, da Constituição) não é aplicável às sociedades de economia mista cuja participação acionária é negociada em Bolsas de Valores, e que, inequivocamente, estão voltadas à remuneração do capital de seus controladores ou acionistas, unicamente em razão das atividades desempenhadas. STF/AC-QO 1.851/RO As empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado são abrangidas pela imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, VI, a, da CF. STF/ACO 1.098 1. Compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer e julgar originariamente causas que envolvam a interpretação de normas relativas à imunidade tributária recíproca, em razão do potencial abalo ao pacto federativo. Precedentes. 2. A obrigação acessória decorre da legislação tributária (art. 113, § 2º, do Código Tributário Nacional). Esse termo não engloba apenas as leis, mas também “os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes” (art. 96 do Código Tributário Nacional). 3. A imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, a, da Constituição) impede que os entes públicos criem uns para os outros obrigações relacionadas à cobrança de impostos, mas não veda a imposição de obrigações acessórias. STF/RE 259.976 AgR 1. A imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil é da espécie recíproca (art. 150, VI, a da Constituição), na medida em que a OAB desempenha atividade própria de Estado (defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos humanos, da justiça social, bem como a seleção e controle disciplinar dos advogados). 2. A imunidade tributária recíproca alcança apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da imunidade tributária às operações financeiras não impedea autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crédito tributário e de tomar as demais medidas legais cabíveis. Natureza plenamente vinculada do lançamento tributário, que não admite excesso de carga. Agravo regimental ao qual se nega provimento. STF/AI-AgR 458.856/SP A imunidade tributária recíproca somente é aplicável a impostos, não alcançando as taxas. STF/RE 405.267 A Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais encontra-se tutelada pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, “a”, do Texto Constitucional, tendo em vista a impossibilidade de se conceder tratamento tributário diferenciado a órgãos da OAB, de acordo com as finalidades que lhe são atribuídas por lei. STF/RE 434.251/RJ Não é aplicável a imunidade tributária recíproca quando o bem estiver desvinculado de finalidade estatal. STF/RE 741.938 AgR O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que a imunidade tributária recíproca alcança a autarquia que presta serviço público remunerado por meio de tarifas. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 24/198 STF/RE 599.176/PR A imunidade tributária recíproca não exonera o sucessor das obrigações tributárias relativas aos fatos jurídicos tributários ocorridos antes da sucessão (aplicação “retroativa” da imunidade tributária). Recurso Extraordinário ao qual se dá provimento. STF/RE 773.992 A imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, a, da Constituição, alcança o IPTU que incidiria sobre os imóveis de propriedade da ECT e por ela utilizados. STF/RE 407.099-RS As empresas públicas prestadoras de serviço público distinguem-se das que exercem atividade econômica. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida pela imunidade tributária recíproca: C.F., art. 150, VI, a. STF/AI-AgR 458.856/SP A imunidade tributária recíproca somente é aplicável a impostos, não alcançando as taxas. STF/RE 580.264 As sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo capital social seja majoritariamente estatal, gozam da imunidade tributária prevista na alínea “a” do inciso VI do art. 150 da . STF/RE 253.472 A imunidade tributária recíproca pode ser estendida a empresas públicas ou sociedades de economia mista prestadoras de serviço público de cunho essencial e exclusivo. STF/AgRg 174.808 A Imunidade Recíproca é considerada corolário da forma federativa de Estado dada a igualdade político jurídica existente entre os entes federativos. É uma decorrência pronta e imediata de postulado da isonomia dos entes constitucionais sustentado pela estrutura federativa do Estado brasileiro e pela Autonomia dos Municípios”. STJ/REsp 1.642.250-SP A Empresa de Correios e Telégrafo pode pleitear à repetição do indébito relativo ao ISS sobre serviços postais, independentemente de provar ter assumido o encargo pelo tributo ou estar expressamente autorizada pelos tomadores dos serviços. Imunidade Tributária Religiosa (CF. Art. 150. VI. B) STF/RE 325.822 A imunidade prevista no art. 150, VI, “b”, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços “relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas”. STF/ARE 800.395 AgR O Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que não cabe à entidade religiosa demonstrar que utiliza o bem de acordo com suas finalidades institucionais. Ao contrário, compete à Administração tributária demonstrar a eventual tredestinação do bem gravado pela imunidade. Nos termos da jurisprudência da Corte, a imunidade tributária em questão alcança não somente imóveis alugados, mas também imóveis vagos. STF/RE 578.562 Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. STF/ADI 5.816 A imunidade de templos não afasta a incidência de tributos sobre operações em que as entidades imunes figurem como contribuintes de fato. A norma estadual, ao pretender ampliar o alcance da imunidade prevista na Constituição, veiculou benefício fiscal em matéria de ICMS, providência que, embora não viole o art. 155, § 2º, XII, “g”, da CF – à luz do precedente da CORTE que afastou a caracterização de guerra fiscal nessa hipótese (ADI 3421, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 5/5/2010, DJ de 58/5/2010) –, exige a apresentação da estimativa de impacto orçamentário e financeiro no curso do processo legislativo para a sua aprovação. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 25/198 Imunidade Tributária – CF. Art. 150. VI. C Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; STF/Súmula Vinculante 52 Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. STF/Súmula 730 A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. STF/ARE 800.395 AgR O Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que não cabe à entidade religiosa demonstrar que utiliza o bem de acordo com suas finalidades institucionais. Ao contrário, compete à Administração tributária demonstrar a eventual tredestinação do bem gravado pela imunidade. Nos termos da jurisprudência da Corte, a imunidade tributária em questão alcança não somente imóveis alugados, mas também imóveis vagos. STF/RE 767.332 RG A imunidade tributária, prevista no art. 150, VI, c, da CF/88, aplica-se aos bens imóveis, temporariamente ociosos, de propriedade das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos que atendam os requisitos legais. STF/RE 611.510/SP A imunidade assegurada pelo art. 150, VI, ‘c’, da Constituição da República aos partidos políticos, inclusive suas fundações, às entidades sindicais dos trabalhadores e às instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, que atendam aos requisitos da lei, alcança o IOF, inclusive o incidente sobre aplicações financeiras. STF/RE 630.790/SP As entidades religiosas podem se caracterizar como instituições de assistência social a fim de se beneficiarem da imunidade tributária prevista no art. 150, VI, ‘c’, da Constituição, que abrangerá não só os impostos sobre o seu patrimônio, renda e serviços, mas também os impostos sobre a importação de bens a serem utilizados na consecução de seus objetivos estatutários. STF/RE 608.872 A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante, para a verificação da existência do beneplácito constitucional, a repercussão econômica do tributo envolvido. À luz da jurisprudênciacinco anos, independentemente de estarem ou não prescritos os créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas. Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 129/198 Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: (Disponibilização de informações dos corretores e oficiais de registro) I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos, comissários e liquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. § 1º. Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes: I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. § 2º. O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. FGV (Assertiva: Correta) Autoridade fiscal federal recebeu pedido de autoridade de autarquia estadual para fornecimento de informações protegidas pelo sigilo fiscal de servidor público estadual que respondia a processo administrativo disciplinar perante a autarquia estadual onde está lotado. O objetivo de tal pedido era investigar o referido servidor estadual por prática de infração administrativa referente a possíveis atos de corrupção no exercício da função pública. À luz do Código Tributário Nacional, tais informações protegidas pelo sigilo fiscal só poderiam ser entregues pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo. § 3º. Não é vedada a divulgação de informações relativas a: I – representações fiscais para fins penais; II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; III - parcelamento ou moratória; e IV - incentivo, renúncia, benefício ou imunidade de natureza tributária cujo beneficiário seja pessoa jurídica. Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 130/198 estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. (Compartilhamento de Informações entre os fiscos) Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. (Acesso Forçado ao Estabelecimento Comercial em caso de resistência à fiscalização) STF/RE 1.055.941 É constitucional o compartilhamento dos relatórios de inteligência financeira da UIF e da íntegra do procedimento fiscalizatório da Receita Federal do Brasil - em que se define o lançamento do tributo - com os órgãos de persecução penal para fins criminais sem prévia autorização judicial, devendo ser resguardado o sigilo das informações em procedimentos formalmente instaurados e sujeitos a posterior controle jurisdicional; CAPÍTULO II - Dívida Ativa Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito. CESPE (Assertiva: Correta) No mês de janeiro de 20X1, o município de Petrolina efetuou a emissão dos boletos de pagamento do IPTU municipal com vencimento para março, abril e maio de 20X1. Com base nessa situação hipotética, esgotado o prazo fixado para o pagamento do IPTU, o município deverá fazer a inscrição no cadastro de dívida ativa daqueles que não tiverem recolhido o imposto municipal, para viabilizar a cobrança judicial do IPTU. Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. CESPE (Assertiva: Correta) É obrigatório constar no termo de inscrição da dívida ativa o número do processo administrativo de que se origina o crédito tributário. CESPE (Assertiva: Errada) É facultativo (OBRIGATÓRIO) constar no termo de inscrição da dívida ativa a maneira de calcular os juros de mora acrescidos à quantia devida. Licenciado para - A LE X A N D R E - 10914873679 - P rotegido por E duzz.com http://www.quebrandoquestoes.com/ Direito Tributário - Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 131/198 Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula,