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MECÂNICA DOS SOLOS PERÍODO ACADÊMICO 2016/1 AULA 03 – 29/02/2016 SEMANA 03 CARGA HORÁRIA – 03 HORAS (1,5 SALA + 1,5 CASA) PROFESSORA: LARISSA CAMPOREZ ARAÚJO I – TENSÕES NO SOLO I.3. Capilaridade II – TENSÕES VERTICAIS DEVIDAS A CARGAS EXTERNAS II.1. Distribuição de tensões II.2. Aplicação da Teoria da Elasticidade Ação da água capilar no solo A água apresenta uma tensão superficial. A tens â o superficial faz as mol é culas se atraírem; No contato da á gua com um corpo s ólido aparecem for ç as qu í micas de ades ã o que fazem com que a superf í cie livre da água forme uma curvatura. I – TENSÕES NO SOLO As mol é culas de á gua est ã o unidas atrav é s das pontes de hidrog ê nio. Essa uni ã o entre as moléculas é chamada de coesão. Coesão é a capacidade que uma substância tem de permanecer unida, resistindo à separação. Podemos observar essa coes ã o em uma gota de á gua sobre uma superf í cie, formando uma espécie de película resistente, pois as moléculas estão fortemente aderidas umas às outras. Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO Peso de água no tubo: Força resultante da tensão superficial: Igualando-se as expressões calculamos a altura de ascensão capilar: Altura de ascensão capilar: Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO Altura de ascensão capilar: A altura da ascensão capilar é inversamente proporcional ao raio do tubo; A tensão superficial da água, a 20º C, é de 0,073 N/m; Um tubo de 1 mm de diâmetro, a altura de ascensão é de 3 cm. Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO Pressões na água em meniscos capilares: Ação da água capilar no solo Ponto A: Pressão atmosférica; Ponto B e C: Pressão é acrescida do peso da água; Ponto D: Pressão atmosférica; Ponto E: Pressão atmosférica menos a altura até a superfície vezes o peso específico; Ponto F: Pressão atmosférica. I – TENSÕES NO SOLO Pressões na água em meniscos capilares: Ação da água capilar no solo A diferença de pressão entre os pontos E e F é suportada pela tensão superficial da água. I – TENSÕES NO SOLO Da mesma forma que nos tubos capilares, a água nos vazios do solo na faixa acima do lençol fre á tico, mas com ele comunicada, est á sob uma press ã o abaixo da press ã o atmosf é rica. A pressão neutra é negativa; Como a tensão efetiva é igual a tensão total menos a pressão neutra, com a pressão neutra negativa temos o valor da tensão efetiva maior que a tensão total; A press ã o neutra negativa provoca uma maior for ç a nos contatos dos gr ã os, aumentando a tensão efetiva que reflete estas forças. Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO [Exemplo 03] – Calcule para as cotas 0, -1 (N.A.),e -3 as tensões totais, as pressões neutras e as tensões efetivas. I – TENSÕES NO SOLO Tensões totais: [Exemplo 03] – Calcule para as cotas 0, -1 (N.A.),e -3 as tensões totais, as pressões neutras e as tensões efetivas. I – TENSÕES NO SOLO Pressões neutras: Tensões efetivas: [Exemplo 04] – Duas caixas cúbicas com 1 metro de aresta foram totalmente preenchidas com pedregulho grosso, cujo peso específico dos grãos é de 26,5 kN/m3. Na primeira caixa, o pedregulho foi colocado de maneira compacta, ficando com peso de 19,5 kN. Na segunda caixa, foram colocados 17,5 kN, ficando o pedregulho no estado fofo. A seguir, as duas caixas foram preenchidas com água até a metade da sua altura (0,5m). a) De quanto aumentou o peso específico natural do pedregulho submerso em relação ao seco? b) Que quantidade de água foi empregada em cada caso? c) Quais as tensões totais e efetivas no fundo da caixa antes de ser colocada água? d) Qual a pressão nutra no fundo da caixa, quando a água foi acrescentada? e) Quais as tensões totais e efetivas no fundo da caixa após a colocação da água? I – TENSÕES NO SOLO Duas caixas cúbicas com 1 metro de aresta foram totalmente preenchidas com pedregulho grosso, cujo peso específico dos grãos é de 26,5 kN/m3. Na primeira caixa, o pedregulho foi colocado de maneira compacta, ficando com peso de 19,5 kN. Na segunda caixa, foram colocados 17,5 kN, ficando o pedregulho no estado fofo. A seguir, as duas caixas foram preenchidas com água até a metade da sua altura (0,5m). a) De quanto aumentou o peso específico natural do pedregulho submerso em relação ao seco? b) Que quantidade de água foi empregada em cada caso? c) Quais as tensões totais e efetivas no fundo da caixa antes de ser colocada água? d) Qual a pressão neutra no fundo da caixa, quando a água foi acrescentada? e) Quais as tensões totais e efetivas no fundo da caixa após a colocação da água? CAIXA 1 CAIXA 2 CAIXA 1 CAIXA 2 I – TENSÕES NO SOLO EXERCÍCIO 03 (SOUSA PINTO – EXERCÍCIO 5.6) a) De quanto aumentou o peso específico natural do pedregulho submerso em relação ao seco? CAIXA 1: CAIXA 2: EXERCÍCIO 03 (SOUSA PINTO – EXERCÍCIO 5.6) b) Que quantidade de água foi empregada em cada caso? CAIXA 1: CAIXA 2: EXERCÍCIO 03 (SOUSA PINTO – EXERCÍCIO 5.6) c) Quais as tensões totais e efetivas no fundo da caixa antes de ser colocada água? CAIXA 1: CAIXA 2: EXERCÍCIO 03 (SOUSA PINTO – EXERCÍCIO 5.6) d) Qual a pressão neutra no fundo da caixa, quando a água foi acrescentada? CAIXA 1: CAIXA 2: EXERCÍCIO 03 (SOUSA PINTO – EXERCÍCIO 5.6) e) Quais as tensões totais e efetivas no fundo da caixa após a colocação da água? CAIXA 1: CAIXA 2: Nota-se a redução das tensões efetivas devido o empuxo hidrostático. EXERCÍCIO 04 (SOUSA PINTO – EXERCÍCIO 6.16) Determine a posição dos pontos em que a pressão neutra é nula: Os vazios dos solos são muito pequenos podendo ser associados a tubos capilares ainda que muito irregulares e interconectados; A situação da altura capilar no solo depende do histórico do depósito; Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO Altura máxima de ascensão capilar. Caso de um solo seco ser colocado em contato com a água. Depende da ordem de grandeza dos vazios. Pedregulho poucos centímetros Areia um a dois metros Siltes três a quatro metros Argilas dezenas de metros Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO Devido os vazios do solo serem com dimensões muito irregulares bolhas de ar ficam enclausuradas durante o processo de ascensão. Por isso em uma determinada altura o grau de saturação reduz. Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO Para o caso de um solo saturado que foi rebaixado o N.A. mais do que a altura de ascensão capilar: Ponto C Solo permanece saturado Entre C e D Canais contínuos comunicando com o lençol freático Acima de D gua nos vazios sem constituir um filme cont í nuo (meniscos capilares independentes do nível d’água) Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO Meniscos capilares independentes do nível d’água: A á gua existente nos solos que n ã o se comunica com o len ç ol fre á tico situa-se no contato entre os gr ãos, formando meniscos capilares; A exist ê ncia do menisco capilar indica que á á gua se encontra numa pressão abaixo da pressão atmosférica; Da tensão superficial T surge uma força P que aproxima as partículas. Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO Meniscos capilares independentes do nível d’água: Neste caso temos uma aumento da tensão efetiva; A tens ã o efetiva é a resultante das for ç as que se transmitem de grão a grão; Esta tensão efetiva aumentada devido o menisco capilar confere ao solo uma coesão aparente; Chama-se de coesão aparente porque não permanece se o solo se saturar o secar. Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO Meniscos capilares independentes do nível d’água: A coesão aparente é frequentemente referida às areias, pois podem se saturar ou secar com facilidade. Entretanto, é nas argilas que ela atinge valores maiores e é mais importante. Muitos taludes permanecem estáveis devido a ela. Chuvas intensas podem reduzir ou eliminar a coesão aparente, razão pela qual rupturas de encostas e de escavações ocorrem com muita frequência em épocas chuvosas. Ação da água capilar no solo I – TENSÕES NO SOLO II - TENSÕES VERTICAIS DEVIDAS A CARGAS EXTERNAS DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES Ao se aplicar uma carga na superfície com área bem definida, o acréscimo de tensões então provocado a uma certa profundidade n ã o se limite à á rea sob o carregamento. Os acréscimos de tensão aumentam lateralmente e diminuem com a profundidade. II - TENSÕES VERTICAIS DEVIDAS A CARGAS EXTERNAS ISÓBARAS E BULBO DE TENSÕES Quando de se unem os pontos no interior do subsolo em que os acréscimos de tensão são de mesmo valor (um mesmo percentual da tens ã o aplicada na superf í cie), t ê m-se linhas chamadas de isóbaras. O conjunto de isóbaras recebe o nome de bulbo de tensões. II - TENSÕES VERTICAIS DEVIDAS A CARGAS EXTERNAS MÉTODO APROXIMADO 2:1 Método simples e intuitivo. Admite que as tensões no solo se distribuam como um facho de luz, com intensidade constante e segundo um â ngulo a ou uma inclina ç ã o m:1, como no exemplo abaixo, no caso m=2. Q = força aplicada na superfície q0 = pressão aplicada na superfície B e L = dimensões da placa retangular na superfície, sendo B≤L z = profundidade considerada. II - TENSÕES VERTICAIS DEVIDAS A CARGAS EXTERNAS MÉTODO APROXIMADO 2:1 Pode ser derivado para outras formas de carregamento. M é todo muito simplificado, com aplica ç ã o razo á vel para profundidades z entre B e 4B. Mesmo assim, recomenda-se sua utiliza ç ã o apenas para efeito de estimativa e n ã o de projeto. II - TENSÕES VERTICAIS DEVIDAS A CARGAS EXTERNAS TEORIA DE BOUSSINESQ (CARGA PONTUAL) II - TENSÕES VERTICAIS DEVIDAS A CARGAS EXTERNAS SOLUÇÃO DE NEWMARK (CARGAS RETANGULARES) Desenvolvida a partir da solução proposta por Boussinesq. Superfície horizontal, carregamento uniformemente distribuído numa área retangular. O acréscimo de tensão é calculado num ponto abaixo da vertical passando pelo vértice da área retangular. II - TENSÕES VERTICAIS DEVIDAS A CARGAS EXTERNAS SOLUÇÃO DE NEWMARK (CARGAS RETANGULARES) II - TENSÕES VERTICAIS DEVIDAS A CARGAS EXTERNAS SOLUÇÃO DE NEWMARK (CARGAS RETANGULARES) II - TENSÕES VERTICAIS DEVIDAS A CARGAS EXTERNAS SOLUÇÃO DE NEWMARK (CARGAS RETANGULARES) Aplicações da solução proposta por Newmark.
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