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A-guarda-compartilhada: Lei º 11.698 de 13/06/2008

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Guarda compartilhada
Lei º 11.698 de 13/06/2008
Profª Ms. Tamires
Jaqueline da Silva Nogueira
Leandra Maria Bezerra
A guarda dos filhos
Existem diferentes formas de os filhos conviverem com seus pais depois de uma separação. A Justiça regula a maneira como esta convivência acontecerá através do tipo de regime de guarda que é adotado em cada caso.
A guarda dos filhos é um assunto complexo e que costuma gerar sérios conflitos entre marido e mulher durante o processo de separação. Geralmente, a guarda dos menores é concedida à mãe, mas a Justiça tende a sempre observar o interesse da criança, gerando exceções.
Tipos de guarda
Guarda conjunta
O filho mora com um dos pais, que tem a guarda física, porém, os direitos e deveres em relação ao menor são conjuntos.
Guarda física
É compartilhada além das responsabilidades, partilham a guarda. O filho passa um período na casa da mãe e outro na do pai.
Guarda alternada
Há alternância da guarda e do poder de decisão sobre o filho. A criança muda de casa em períodos iguais e pré-estabelecidos.
Guarda unilateral
Um dos pais possui a guarda e o outro o direito à visitas.
Guarda unilateral temporária
Um dos pais cede a guarda por uma razão específica durante um período. Depois, pode solicitá-la outra vez.
Guarda compartilhada
A lei define guarda compartilhada como "a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns".
Na lei de nº 11.698/08, o artigo 1.584, § 2º, do Código Civil, afirma que "Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, será aplicada, sempre que possível, a guarda compartilhada". 
Ou seja, em caso de separação onde os pais não conseguem um acordo, o indicado é a guarda compartilhada.
 Guarda compartilhada
A separação conjugal cria a família monoparental e a autoridade parental, até então exercida pelo pai e pela mãe, se concentra em um só dos genitores, ficando o outro limitado a um papel verdadeiramente secundário (visita, alimentos, fiscalização). 
Isso quer dizer que um dos genitores exerce a guarda no âmbito da atuação prática, no cuidado diário e outro conserva as faculdades potenciais de atuação.
Com o crescente número de separações, aparecem também, os conflitos em relação à guarda de filhos de pais que não mais convivem. 
Cabe à Justiça estabelecer as soluções que privilegiem a manutenção dos laços que vinculam os pais a seus filhos, eliminando a dissimetria dos papéis parentais
Objetivos
A separação afeta diretamente a vida dos filhos, pois modifica a estrutura da família e atinge a organização de um de seus subsistemas, o parental. 
Diante desta situação, surge a necessidade de se manter os integrantes da família envolvidos, mesmo após a ruptura da vida em comum, tentando, assim, atenuar as consequências injustas que essa ruptura provoca.
O desejo de ambos os pais compartilharem a criação e a educação dos filhos, e o destes de manterem adequada comunicação com os pais motivou o surgimento dessa nova forma de guarda.
Com a GC busca-se atenuar o impacto negativo da ruptura conjugal, enquanto mantém os dois pais envolvidos na criação dos filhos, de formal permanente, ininterrupta e conjunta. Assim os filhos seguem sendo filhos e os pais seguem sendo pais: portanto, a família segue existindo, modificada, mas não destruída.
Guarda compartilhada não precisa ser alternância de casa
Mesmo com o regime de guarda compartilhada, a criança pode continuar morando em um só lugar. Isso é até recomendado, para que a criança não viva sendo transferida de uma casa para a outra. 
O que é igualmente dividido no regime de guarda compartilhada é a responsabilidade sobre a vida da criança, não o local de residência. 
Há uma frequência maior de visitas à casa do outro pai, e mais flexibilidade também, mas em geral a criança tem uma residência fixa.
Guarda compartilhada não influencia a pensão alimentícia
Nada muda em relação à pensão alimentícia (que abrange mais do que os alimentos -- inclui escola e outras despesas da criança), mesmo com a guarda compartilhada.
"Há as despesas específicas da criança e do núcleo onde ela vive, como água e luz. Somando a despesa de cada um dos pais, eles terão a noção do total do gasto com a criança." 
A divisão das despesas não é de 50% para cada um. Ela é definida pelo juiz de acordo com as possibilidades, que são os rendimentos de cada parte (salário, renda de aluguel, renda de aplicações financeiras), e com a análise da situação de ambos os pais. Os mesmos princípios devem governar o acordo entre os pais mesmo antes da decisão judicial. 
Compartilhar a guarda evita a alienação parental
A chamada alienação parental é quando um dos pais é totalmente afastado da vida do filho, ou quando uma das partes coloca a criança contra a outra.
 É mais comum de acontecer em situações de litígio, em que um lado se sente "vítima" e fala mal da outra para o filho, boicotando visitas ou desestabilizando o convívio. 
A guarda compartilhada não chega a eliminar o risco de alienação parental, mas o minimiza, já que a responsabilidade dividida exige a participação de pai e mãe nas decisões importantes, como escolha da escola, autorização para viagens, entre outras. 
A lei da guarda compartilhada prevê inclusive que as escolas ou qualquer outro estabelecimento público ou privado (como hospitais, por exemplo) não possam sonegar informações para um dos lados. A pena é uma multa diária por descumprimento. 
Ajuda em caso de problemas
Na lei sobre a guarda compartilhada há a previsão de que os pais podem recorrer a qualquer momento às equipes interdisciplinares (serviço psicológico e social) das Varas de Família, para que elas os ajudem a estabelecer as responsabilidades e o tempo de convívio, embora esse recurso seja pouco utilizado.
Os especialistas recomendam que se procurem esses profissionais em caso de problemas ou questões a serem resolvidas em relação à nova dinâmica com o filho.

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