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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA QUÍMICA – UAEQ FÍSICA EXPERIEMENTAL II: OSCILOSCÓPIO Aluno: José Eduardo Coutinho De Mello Professor(a): Pedro Luiz Do Nascimento Turma: 0 CAMPINA GRANDE – PB 2023 1. INTRODUÇÃO O osciloscópio é um equipamento essencial no campo da eletrônica, oferecendo uma perspectiva visual e detalhada dos sinais elétricos. Ele é fundamental para entender como os sinais elétricos se comportam ao longo do tempo. Ao mostrar graficamente as variações temporais, o osciloscópio proporciona uma representação visual clara de fenômenos elétricos complexos. O princípio básico do osciloscópio é capturar sinais elétricos e exibi-los em um gráfico, onde o eixo horizontal representa o tempo e o eixo vertical representa a amplitude do sinal. Isso permite aos engenheiros e técnicos analisar a forma de onda, a frequência, a amplitude e outras características dos sinais elétricos em tempo real. Em aplicações práticas, o osciloscópio é amplamente utilizado em laboratórios, oficinas de eletrônica, setores de pesquisa e desenvolvimento, e em qualquer cenário onde a análise precisa de sinais elétricos seja necessária. Sua capacidade de detectar e exibir até mesmo as variações mais sutis em sinais torna-o uma ferramenta indispensável para diagnósticos precisos e solução de problemas em circuitos eletrônicos. Sinais periódicos, comumente chamados de ondas, são representações de grandezas que se repetem ao longo do tempo. Um exemplo clássico desses sinais são as ondas senoidais, que exibem variações regulares e previsíveis em sua forma e frequência ao longo de um período especifico. Estes sinais são essenciais em diversas áreas da física e engenharia, sendo fundamentais para analises e estudos em eletrônica, comunicação e muitas outras disciplinas são exemplos típicos as ondas senoidais, As ondas quadradas, E as ondas triangulares O osciloscópio é capaz de medir diversas grandezas elétricas, sendo as mais comuns as seguintes: 1.1 Tensão ou amplitude: Os diferentes tipos de medidas de tensão são: A tensão de pico (𝑉𝑝): representa o valor máximo que um sinal elétrico atinge durante um ciclo completo. É a medida da amplitude máxima da onda. A tensão de pico a pico (𝑉𝑝𝑝): é a diferença entre os valores de pico positivo e pico negativo de um sinal elétrico. Em outras palavras, é a medida da amplitude total da onda, considerando tanto os picos positivos quanto os picos negativos. A Tensão RMS (Root Mean Square) é um valor de tensão alternada que produziria a mesma potência em uma carga resistiva que uma quantidade equivalente de tensão contínua. É uma medida importante para quantificar a magnitude de uma forma de onda alternada. 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑎𝑙: 𝑉𝐸𝐹 = 𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 √2 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟: 𝑉𝐸𝐹 = 𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 √3 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑄𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎: 𝑉𝐸𝐹 = 𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 1.2 Frequência: A frequência (f) representa o número de ciclos completos de um fenômeno que ocorrem em um segundo, sendo medida em Hertz (Hz). Por outro lado, o período (T) indica o tempo necessário para que um ciclo completo do fenômeno se complete, sendo medido em segundos (s), representando o intervalo de tempo para a ocorrência de um ciclo. A frequência e o período estão relacionados da seguinte maneira: 𝑓 = 1 𝑇 O período é determinado por: 𝑇 = 𝑋 ∙ 𝑀 Onde, x = número de divisões horizontais de 1 ciclo e M = tempo de uma divisão. O número de divisões horizontais em um osciloscópio é determinado pela escala da tela, enquanto o tempo correspondente a uma divisão é definido pela configuração da chave seletora da base de tempo. 2. OBJETIVOS Neste experimento, pretendemos não apenas observar as formas de onda no osciloscópio, mas também compreender as nuances de cada tipo de sinal - seja ele quadrado, triangular ou senoidal. Isso nos permitirá não apenas identificar as características visuais desses sinais, mas também entender as relações entre suas amplitudes, frequências e períodos. Além disso, ao explorar o osciloscópio, teremos a oportunidade de adquirir habilidades práticas essenciais para futuras medições em ambientes de laboratório e projetos eletrônicos. A compreensão das escalas, das divisões na tela e da correlação entre a posição da chave seletora da base de tempo e o tempo de uma divisão será fundamental. Esses conhecimentos não apenas tornarão nossas observações mais precisas, mas também nos capacitarão para realizar análises mais aprofundadas dos sinais elétricos em contextos diversos. Ademais, este experimento nos fornecerá uma base sólida para a aplicação prática de conceitos teóricos, ajudando-nos a solidificar nosso entendimento sobre como as grandezas elétricas se comportam e se relacionam entre si. Ao final, seremos capazes de interpretar com confiança as leituras do osciloscópio, facilitando futuras investigações e projetos no campo da eletrônica. 3. MATERIAL UTILIZADO Osciloscópio; Gerador de ondas quadradas; Painel com plugs de conexão; Cabos de ligação; Fonte de tensão DC; Multímetro digital; 4. METODOLOGIA Primeiramente, conectou-se o gerador de sinal, ajustando cuidadosamente o controle de saída para obter o sinal desejado. Após essa etapa, procedeu-se com a medição da tensão de saída do gerador de sinal usando um multímetro. Essa medida foi realizada para permitir a comparação dos resultados obtidos posteriormente, através das observações feitas no osciloscópio, com os dados obtidos pelo multímetro. Em seguida, o osciloscópio foi ligado e a saída do gerador de sinal foi conectada à entrada vertical do osciloscópio. Foram então medidas as tensões de pico e pico a pico utilizando o osciloscópio. Posteriormente, foram calculados os valores RMS correspondentes para cada sinal analisado. 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑎𝑙: 𝑉𝐸𝐹 = 𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 √2 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟: 𝑉𝐸𝐹 = 𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 √3 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑄𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎: 𝑉𝐸𝐹 = 𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 Esse procedimento foi feito para sinais de onda quadrada, triangular e senoidal. Os dados obtidos foram anotados na tabela I. O período foi determinado multiplicando-se o número de divisões horizontais da onda pela largura de um ciclo, expressa em unidades de tempo por divisão (M), conforme ajustado pela chave seletora da base de tempo. Em seguida, a frequência de oscilação foi calculada como o inverso do período, e os desvios correspondentes foram calculados. Esses dados foram registrados na Tabela II para análise. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Sinal VOLT/DIV DIV Vp N div(Vpp=Ypp) Vpp Ve=Vrms V multimetro δ(%) Senoidal 1V 2,5 2,5 5 5 2,5 √2 = 1,76 1,73 1,7% Triangular 1V 2,5 2,5 5 5 2,5 √3 = 1,44 1,41 2,1% Quadrada 1V 2,5 2,5 5 5 2,5 2,24 10% Tabela-1 Sinal ValPico Vmax Vmin Vrms Vrms(calculado) Vmultimetro δ(%) Senoidal 4,88V 2,44V 1,68V 1,68V 2,44 √2 =1,725 1,723 0,1% Triangular 4,88V 2,44V 1,36V 1,36V 2,44 √3 = 1,408V 1,4 0,5% Quadrada 4,96V 2,48V 2,36V 2,36V Vmax = 2,48V 2,24 9,6% Tabela – II Sinal Tempo//div(M)ms Larg. De um ciclo Tempo de um ciclo(s) Periodo do sinal- T(s) Freq. Prevista Freq. Medida δ(%) Senoidal250 4 1000µs 1000µs 1000Hz 1000Hz 0 Triangular 250 4 1000µs 1000µs 1000Hz 1000Hz 0 Quadrada 250 4 1000µs 1000µs 1000Hz 1000Hz 0 6. CONCLUSÃO Após a conclusão do experimento, notamos que na Tabela I, os valores medidos no osciloscópio e no multímetro exibem desvios percentuais mínimos. No entanto, ao examinar a Tabela II, observamos que algumas medições mostram desvios aceitáveis, enquanto outras apresentam desvios significativos. Essas discrepâncias podem ser atribuídas a imprecisões na observação dos equipamentos, bem como a possíveis erros nos cálculos realizados. A pequena variação entre as frequências medidas pode explicar a semelhança entre os valores da Tabela II, o que resulta em uma discreta variação e métodos de cálculo da frequência com base no período. 7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS NASCIMENTO, Pedro Luiz do. Apostila auxiliar do Laboratório de Eletricidade e Magnetismo da Universidade Federal de Campina Grande, 2014. http://www.ft.unicamp.br/~leobravo/TT%20305/O%20Osciloscopio.pdf