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CORROSÃO METÁLICA Tópicos de aula ◊ Velocidade de corrosão. ◊ Polarização. ◊ Passivação. ◊ Diagrama de Pourbaix. VELOCIDADE DE CORROSÃO VELOCIDADES DE CORROSÃO ◊ Velocidade média: permite estimar o tempo de vida útil de uma determinada estrutura. ◊ Pode ser medida pela diferença de peso do material metálico ou pela determinação da concentração de íons metálicos em solução. ◊ Velocidade instantânea: permite verificar a necessidade de aumentar/diminuir a concentração de um inibidor em um dado momento. ◊ Pode ser determinada pela seguinte equação: m: massa do metal (g) K: equivalente eletroquímico do metal (massa molar/carga) i: corrente de corrosão (Ampére) t: tempo (segundo) F: constante de Faraday (96.487 Coulomb) Determinações de velocidade válidas apenas para corrosões uniformes (não localizadas) Curvas representativas de velocidades de corrosão Curvas representativas de velocidades de corrosão Curva A: velocidade de corrosão eletroquímica. Ocorre quando a superfície metálica não varia, o produto de corrosão é inerte e a concentração do agente corrosivo é constante. Curva B: idêntica a A, porém há um período de indução que está relacionado ao tempo gasto pelo agente corrosivo para destruir películas protetoras previamente existentes. Curva C: velocidade inversamente proporcional à quantidade do produto de corrosão formado. Ocorre quando o produto de corrosão é insolúvel e adere à superfície metálica. Curva D: velocidade de cresce rapidamente. Ocorre quando os produtos de corrosão são solúveis. FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE CORROSÃO ◊ Efeito do oxigênio dissolvido: velocidade no início é rápida, tendendo a diminuir com a formação da camada de óxido. ◊ Aumento da concentração de oxigênio, inicialmente acelera a corrosão do ferro, pois O2 consome os elétrons gerados na reação anódica, de acordo com: 42 ++ 4e- OH-O2H2O Concentração crítica de O2: a partir da qual a velocidade de corrosão decresce (formação de película passivadora). Películas passivadoras podem sofrer fraturas e dar origem a pilhas locais (ativa-passiva): severa corrosão localizada. FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE CORROSÃO ◊ Efeito do pH: na corrosão do ferro, em água aerada e temperatura ambiente. pH > 10: taxa de corrosão diminui, pois o Fe se torna passivo na presença de álcalis (formação de hidróxidos insolúveis) e O2 dissolvido (formação de óxidos insolúveis). pH < 4: aumento da taxa de corrosão devido ao fato da possibilidade de redução do H+, além do O2, presente no meio. nH + ne - H2n/2+ nH + +O2n/4 ne - H2On/2+ pH < 4: aumento da taxa de corrosão devido ao fato da possibilidade de redução do H+, além do O2, presente no meio. nH + ne - H2n/2+ nH + +O2n/4 ne - H2On/2+ FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE CORROSÃO ◊ Efeito da temperatura: geralmente, o aumento da temperatura acelera a corrosão, pois aumenta a condutividade do eletrólito. ◊ Efeito de sais dissolvidos: sais podem agir acelerando (aumento condutividade) ou retardando (precipitação de produtos de corrosão, diminuição solubilidade O2, ação passivadora) a velocidade de corrosão. POLARIZAÇÃO RELAÇÃO DA POLARIZAÇÃO COM A VELOCIDADE DE CORROSÃO ◊ Em princípio: quanto maior a ddp entre dois eletrodos, maior seria a velocidade de corrosão. ◊ Entretanto, E é um parâmetro termodinâmico (G) e, utilizá-lo na análise cinética, sem levar em consideração outros fatores, pode induzir a conclusões errôneas. ◊ A ddp indica apenas quem atuará como anodo ou catodo. ◊ A velocidade das reações anódica e catódica dependerá das características de polarização do sistema. SOBREPOTENCIAL () ◊ Todo metal imerso em solução contendo seus próprios íons, possui um potencial (E). ◊ Se uma corrente (I) circular por esse eletrodo, E variará, e o novo valor E’ dependerá de I aplicada. ◊ A diferença entre esses dois potenciais é conhecida como sobrepotencial, dado por: = E’ - E POTENCIAL DE CORROSÃO (Ecorr) ◊ Caso em que o potencial inicial é diferente do potencial de equilíbrio termodinâmico, devido a reações e fenômenos que interferem no processo. POLARIZAÇÃO ◊ Variação de Ecorr ao circular uma corrente pelo eletrodo. ◊ Dois metais ligados e mergulhados em um eletrólito estabelecem uma diferença de potencial que diminui com o tempo (Eanodo se aproxima Ecatodo e vice-versa). ◊ Polarização dos eletrodos: polarização catódica e polarização anódica. Se anodo e catodo estiverem em curto-circuito e o eletrólito for de alta condutividade, R é muito pequeno e, então, a corrente de corrosão será máxima (ponto de intersecção das curvas de polarização). Em cada ponto da curva, a voltagem da célula E’cel é dada por: E’cel = E’Cu – E’Zn = I’R PASSIVAÇÃO PASSIVAÇÃO ◊ Nas condições em que o material se torna passivo, seu comportamento eletroquímico revela um potencial mais nobre (menos ativo), sofrendo corrosão mais lenta. ◊ A passivação é um processo que depende do material e do meio. ◊ Alguns metais e ligas se passivam ao ar (Cr, Ni, Zr etc), enquanto outros sofrem passivação em meios muito específicos (Pb em H2SO4, Mg em H2O, Fe em HNO3). ◊ A passivação melhora a resistência à corrosão e é conseguida por oxidação usando-se substâncias convenientes (HNO3 conc., K2Cr2O7, O2 do ar) ou por polarização anódica. PASSIVAÇÃO ◊ A passivação é causada pela deposição de um filme de óxido ou hidróxido sobre a superfície metálica ou por um estado oxidado da superfície, que impedem o contato entre o metal e o meio corrosivo. ◊ A passividade de um metal pode ser destruída por substâncias redutoras, polarização catódica e íons halogenetos (principalmente, Cl-), que penetra na camada passivadora ou a dispersa. ◊ Na pilha ativa-passiva que se forma, a área anódica está localizada nos pontos em que houve destruição da passividade e, como essas áreas são muito pequenas em relação à área catódica, haverá corrosão acelerada nesses pontos. DIAGRAMA DE POURBAIX DIAGRAMA DE POURBAIX ◊ As reações mais relevantes nos processos corrosivos são: ◊ Reação (1) só depende do potencial (termo em e-); (2) e (3) dependem do potencial e do pH (termos em H+ ou OH-); (4) e (5) dependem somente do pH. ◊ Para representar essas reações dependentes de ambos, pH e potencial, Marcel Pourbaix desenvolveu diagramas do tipo E vs pH. + ne - M n+ M M + ++H2On M(OH)n nH + ne - ne - MOn - H2O+ ++M 2n(OH - ) M + n(OH - ) M(OH)n MOn - nH + + M(OH)n (1) (2) (3) (4) (5) DIAGRAMA DE POURBAIX ◊ Método gráfico que relaciona E e pH, e apresenta uma possibilidade para se prever as condições sob as quais pode-se ter corrosão, imunidade ou passividade. ◊ Apenas um metal é representado em cada diagrama. ◊ O diagrama é, normalmente, simplificado e mostra de forma sumária o comportamento previsto para um metal puro imerso em água pura. ◊ Extremamente útil no estudo da corrosão e da proteção contra corrosão dos metais em meio aquoso. Reações que só dependem do pH são representadas por um conjunto de retas paralelas ao eixo das ordenadas. Reações que só dependem de E são representadas por um conjunto de paralelas ao eixo das abscissas. Reações que dependem do pH e de E são representadas por um conjunto de retas paralelas e inclinadasem relação aos eixos coordenados. Diagrama simplificado de potencial e pH para o sistema Fe-H2O FIM DA AULA
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