Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
MARIANA BORGES DE OLIVEIRA NUNES 
 
 
 
 
 
 
A FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER: ABORDAGENS TERAPÊUTICAS E 
FUNCIONAIS NAS DIFERENTES FASES DO CICLO VITAL FEMININO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POUSO ALEGRE – MG 
2025 
 
 
 
 
FAVENI 
 
 
 
 
 
 
MARIANA BORGES DE OLIVEIRA NUNES 
 
 
 
 
 
 
A FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER: ABORDAGENS TERAPÊUTICAS E 
FUNCIONAIS NAS DIFERENTES FASES DO CICLO VITAL FEMININO 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como requisito parcial à 
obtenção do título especialista em 
FISIOTERAPIA APLICADA A SAÚDE 
DA MULHER. 
 
 
 
 
 
 
 
POUSO ALEGRE – MG 
2025 
 
 
 
 
A FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER: ABORDAGENS TERAPÊUTICAS E 
FUNCIONAIS NAS DIFERENTES FASES DO CICLO VITAL FEMININO 
 
Mariana Borges de Oliveira Nunes 
 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo 
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou 
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente 
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por 
mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos 
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto 
no trabalho”. 
 
RESUMO - O presente trabalho aborda a fisioterapia pélvica como uma especialidade essencial na 
promoção da saúde feminina, destacando sua atuação preventiva e terapêutica frente às disfunções do 
assoalho pélvico. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, fundamentada em evidências científicas atuais, 
que visa analisar a eficácia das intervenções fisioterapêuticas em condições como incontinência urinária 
e fecal, disfunções sexuais, dor pélvica crônica e prolapso de órgãos pélvicos. O estudo explora recursos 
como exercícios de Kegel, biofeedback, eletroestimulação e técnicas manuais, bem como o papel da 
fisioterapia em momentos de transição hormonal, como gestação, puerpério e menopausa. Os resultados 
apontam para benefícios significativos na qualidade de vida das mulheres, promovendo autonomia, 
autoestima e bem-estar. Além disso, evidencia-se o potencial da telefisioterapia como ferramenta 
complementar de cuidado. Conclui-se que a fisioterapia pélvica contribui de forma decisiva para a saúde 
integral da mulher, sendo uma área que merece maior valorização e reconhecimento dentro das práticas 
de atenção à saúde. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia Pélvica. Saúde da Mulher. Assoalho Pélvico. Promoção da Saúde. 
Qualidade de Vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A saúde da mulher representa um campo fundamental da atenção à saúde 
pública, sendo marcada por demandas específicas que se estendem por todo o ciclo 
vital feminino. As transformações fisiológicas e hormonais que ocorrem desde a 
puberdade até a senescência impactam diretamente a funcionalidade, o bem-estar e a 
qualidade de vida da mulher. Nesse contexto, torna-se essencial desenvolver 
estratégias de cuidado que respeitem a individualidade feminina, promovendo a 
integralidade e a humanização do atendimento em saúde (BORGES; SILVA, 2020). 
A fisioterapia, enquanto ciência da saúde voltada à prevenção, promoção e 
reabilitação funcional, tem ampliado sua atuação na saúde da mulher, contribuindo 
significativamente em fases como a gestação, o pós-parto, o climatério e o 
envelhecimento. A inserção de abordagens fisioterapêuticas específicas para as 
diferentes etapas da vida da mulher permite não apenas a melhoria de condições 
clínicas, mas também a promoção da autonomia e do empoderamento feminino quanto 
ao autocuidado e à funcionalidade corporal (RICCI; ELIAS, 2022). 
Diante dessa perspectiva, este trabalho delimita-se à análise da atuação da 
fisioterapia na saúde da mulher, considerando as abordagens terapêuticas e funcionais 
que podem ser aplicadas durante as diferentes fases do ciclo vital feminino. O problema 
de pesquisa que orienta este estudo é: De que forma a fisioterapia contribui para a 
promoção da saúde e funcionalidade da mulher ao longo de seu ciclo vital? 
Como hipótese para a problemática levantada, acredita-se que a fisioterapia, por 
meio de intervenções específicas e baseadas em evidências, tem potencial de melhorar 
significativamente a qualidade de vida da mulher, atuando na prevenção e tratamento 
de disfunções físicas, principalmente no que se refere ao assoalho pélvico, à dor 
musculoesquelética e à perda funcional nas diferentes faixas etárias. 
O objetivo geral deste trabalho é analisar a contribuição da fisioterapia na saúde 
da mulher, considerando as abordagens terapêuticas voltadas às diferentes fases do 
ciclo vital. Os objetivos específicos são: compreender a saúde da mulher dentro do 
contexto da atenção integral; identificar as principais intervenções fisioterapêuticas 
 
 
 
 
aplicadas às diferentes fases da vida da mulher; e analisar a importância da fisioterapia 
pélvica na promoção da saúde feminina. 
A relevância deste trabalho está em destacar o papel da fisioterapia como área 
essencial para a saúde da mulher, reforçando sua atuação interdisciplinar e sua 
contribuição para políticas públicas de saúde e para a qualidade de vida feminina. A 
pesquisa também pretende incentivar a valorização do cuidado fisioterapêutico voltado 
às necessidades específicas das mulheres, promovendo maior visibilidade à 
especialidade. 
A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com base em livros, 
artigos científicos e documentos oficiais, especialmente nas diretrizes do Ministério da 
Saúde, publicações da área da fisioterapia e estudos recentes sobre saúde da mulher. 
O procedimento metodológico envolveu a seleção de materiais pertinentes ao tema, 
análise crítica dos conteúdos e organização dos dados em categorias temáticas. 
Este trabalho está estruturado em três capítulos principais. No primeiro capítulo, 
aborda-se o contexto da saúde da mulher dentro da perspectiva da atenção integral, 
destacando aspectos históricos, sociais e políticos. O segundo capítulo trata das 
intervenções fisioterapêuticas aplicadas em diferentes fases do ciclo vital feminino, 
evidenciando suas contribuições funcionais e preventivas. O terceiro capítulo apresenta 
a fisioterapia pélvica como área de destaque na promoção da saúde feminina, 
enfatizando suas técnicas e impactos na vida das mulheres. Por fim, são apresentadas 
as considerações finais e sugestões para estudos futuros. 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 A SAÚDE DA MULHER NO CONTEXTO DA ATENÇÃO INTEGRAL 
A atenção à saúde da mulher no Brasil tem evoluído significativamente nas 
últimas décadas, especialmente após a implementação da Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), em 2004. Essa política representa um marco na 
forma como as demandas femininas são percebidas e atendidas pelo sistema de 
saúde, ao propor uma abordagem que ultrapassa a visão tradicional centrada na 
reprodução. Ao considerar os diferentes ciclos da vida — infância, adolescência, idade 
adulta, climatério e senescência —, a PNAISM reforça a necessidade de estratégias 
 
 
 
 
específicas que garantam a equidade e a integralidade no cuidado à mulher (BORGES; 
SILVA, 2020). 
Nesse contexto, a fisioterapia se destaca como uma ciência da saúde essencial, 
promovendo ações que visam à prevenção, ao tratamento e à reabilitação de 
disfunções comuns na vida da mulher. A atuação fisioterapêutica é especialmente 
importante em fases como o puerpério, a menopausae o envelhecimento, nos quais há 
alterações hormonais e biomecânicas que podem comprometer a funcionalidade e a 
qualidade de vida feminina. Com base em evidências, a fisioterapia contribui não 
apenas com aspectos físicos, mas também psicossociais, consolidando-se como um 
recurso terapêutico indispensável (RICCI; ELIAS, 2022). 
Durante o ciclo gravídico-puerperal, por exemplo, a fisioterapia atua de maneira 
preventiva e curativa, sendo eficaz no controle da diástase abdominal, condição comum 
após o parto. A revisão sistemática realizada por Santos, Silva e Pereira (2018) aponta 
que protocolos de exercícios terapêuticos promovem a reaproximação dos músculos 
retos abdominais, além de melhorar a postura e aliviar dores lombares. Essa 
abordagem proporciona maior conforto funcional à mulher, além de contribuir para sua 
autoestima e retorno às atividades cotidianas. 
Outro ponto relevante é a atuação fisioterapêutica na prevenção e tratamento de 
disfunções do assoalho pélvico, como a incontinência urinária e fecal, o prolapso genital 
e as disfunções sexuais. Segundo Oliveira, Costa e Fernandes (2019), técnicas de 
biofeedback, eletroestimulação e exercícios de Kegel são amplamente utilizados para 
restaurar a função muscular pélvica, promover o equilíbrio postural e melhorar a 
qualidade de vida sexual da mulher. Essas intervenções, quando iniciadas 
precocemente, reduzem a progressão das disfunções e a necessidade de intervenções 
invasivas. 
A atuação da fisioterapia também se mostra relevante em contextos específicos, 
como o das mulheres atletas, que apresentam risco aumentado de desenvolver 
incontinência urinária de esforço devido às cargas repetitivas sobre o assoalho pélvico. 
Estudo de Rodrigues, Almeida e Souza (2020) demonstra que programas de fisioterapia 
preventiva, com foco no fortalecimento perineal, podem reduzir significativamente a 
prevalência dessa condição, contribuindo para o desempenho esportivo e a 
continuidade da prática física. 
 
 
 
 
Nas fases do climatério e pós-menopausa, a fisioterapia assume papel 
fundamental na prevenção e manejo da osteoporose, sarcopenia e dores 
musculoesqueléticas. A pesquisa de Silva, Pereira e Carvalho (2023) evidencia que os 
exercícios terapêuticos de impacto moderado, aliados ao treinamento resistido, auxiliam 
na manutenção da densidade mineral óssea, na melhoria do equilíbrio e na prevenção 
de quedas. Tais intervenções são cruciais para o envelhecimento saudável e funcional 
da mulher. 
A dor pélvica crônica, frequentemente negligenciada nos atendimentos clínicos, 
também encontra na fisioterapia uma abordagem eficaz. A abordagem 
miofascial, técnicas de liberação dos pontos-gatilho e reeducação postural 
global contribuem para o alívio da dor, restabelecendo a funcionalidade e 
minimizando o impacto emocional associado à condição. Além disso, essas 
técnicas integram-se ao cuidado humanizado, considerando a complexidade 
biopsicossocial da mulher (FERREIRA, MARTINS; ANDRADE, 2022, p. 63). 
Outro aspecto emergente é o impacto da fisioterapia pélvica na qualidade de vida 
de mulheres com endometriose. Lima, Barros e Castro (2021), em ensaio clínico 
randomizado, demonstraram melhora significativa nos escores de dor e funcionalidade 
em mulheres submetidas a programas de fisioterapia baseados em mobilizações 
viscerais, alongamentos e exercícios respiratórios. Isso revela o potencial terapêutico 
da abordagem fisioterapêutica complementar ao tratamento clínico e cirúrgico. 
Durante a pandemia de COVID-19, a fisioterapia também enfrentou o desafio de 
se reinventar, especialmente na assistência às mulheres em isolamento social. A 
modalidade da telefisioterapia, conforme apontado por Costa, Alves e Brito (2024), 
permitiu a continuidade do acompanhamento fisioterapêutico, especialmente no 
puerpério e no climatério. Embora apresente limitações, a prática revelou-se viável, 
segura e eficaz em contextos emergenciais, além de abrir caminhos para sua 
incorporação em políticas permanentes de saúde digital. 
A ampliação da atuação da fisioterapia na saúde da mulher demanda também 
um olhar interprofissional e integrado. A colaboração com ginecologistas, psicólogos, 
nutricionistas e enfermeiros potencializa os resultados terapêuticos e promove o 
cuidado centrado na pessoa. A atuação em equipe multiprofissional fortalece a 
autonomia da mulher e favorece intervenções mais assertivas e resolutivas, conforme 
preconiza a abordagem da integralidade no SUS (BORGES; SILVA, 2020). 
 
 
 
 
A formação acadêmica dos fisioterapeutas também deve acompanhar essas 
transformações, promovendo uma educação voltada à equidade de gênero e à 
especificidade da saúde feminina. Investir na qualificação profissional para o 
atendimento integral à mulher é fundamental para consolidar essa área como 
especialidade reconhecida e valorizada, tanto no âmbito clínico quanto no das políticas 
públicas. A valorização da fisioterapia na saúde da mulher passa, portanto, pela 
educação permanente e pela ampliação da pesquisa científica. 
Por conseguinte, é essencial que as ações fisioterapêuticas estejam inseridas 
em políticas de promoção à saúde e prevenção de agravos, reconhecendo a mulher 
como sujeito integral e com necessidades específicas em cada fase da vida. A 
fisioterapia, enquanto parte dessas estratégias, contribui não só para o 
restabelecimento funcional, mas também para o empoderamento feminino, promovendo 
bem-estar físico, emocional e social. Dessa forma, a atuação fisioterapêutica na saúde 
da mulher reafirma-se como componente indispensável de uma atenção integral, 
resolutiva e humanizada. 
2.2 INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NAS DIFERENTES FASES DO CICLO 
VITAL FEMININO 
A atuação da fisioterapia na saúde da mulher deve considerar a complexidade 
das mudanças fisiológicas, hormonais e psicossociais que ocorrem ao longo do ciclo 
vital feminino. Na adolescência, essa intervenção é essencial para promover o equilíbrio 
postural, prevenir disfunções musculoesqueléticas e orientar sobre aspectos como o 
ciclo menstrual e a percepção corporal. Nessa fase, hábitos inadequados, como o uso 
prolongado de dispositivos eletrônicos e mochilas mal ajustadas, podem desencadear 
alterações posturais significativas, que se estendem até a vida adulta. A fisioterapia 
preventiva contribui para o desenvolvimento saudável, promovendo a consciência 
corporal e a adoção de hábitos de vida mais saudáveis (BORGES; SILVA, 2020). 
Durante a gestação, a fisioterapia obstétrica torna-se uma aliada indispensável, 
contribuindo significativamente para o alívio de dores lombares, a melhora da 
circulação, a preparação perineal para o parto e o fortalecimento do assoalho pélvico. 
As alterações biomecânicas e hormonais dessa fase exigem intervenções específicas 
que visam à adaptação do corpo da gestante às demandas gestacionais. O trabalho 
 
 
 
 
fisioterapêutico também favorece a postura, o controle respiratório e o relaxamento, 
promovendo um parto mais seguro e humanizado (RICCI; ELIAS, 2022). 
No puerpério, o enfoque fisioterapêutico volta-se para a reabilitação da 
musculatura abdominal e perineal, com especial atenção à diástase do músculo reto 
abdominal, condição comum após a gestação. A literatura aponta que a intervenção 
precoce com exercícios específicos pode acelerar a recuperação da estabilidade 
abdominal e funcionalidade corporal, além de prevenir disfunções uroginecológicas 
(SANTOS; SILVA; PEREIRA, 2018). Além disso, o suporte fisioterapêutico contribui 
para o bem-estar psicológico da puérpera, auxiliando na readaptação às atividades 
diárias. 
Nas fases do climatério e menopausa, a fisioterapia assume um papel importante 
na prevenção e no tratamento da incontinência urinária, disfunções sexuais e perda de 
massa óssea. Os exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico demonstram eficácia 
na melhora da função urinária e da qualidadede vida das mulheres, mesmo diante das 
alterações hormonais típicas do período (OLIVEIRA, 2019). A reabilitação pélvica 
também auxilia na melhora da função sexual, promovendo maior lubrificação vaginal, 
propriocepção e autoestima (OLIVEIRA; COSTA; FERNANDES, 2019). 
O tratamento das disfunções sexuais femininas, especialmente frequentes no 
climatério, também integra o escopo da fisioterapia pélvica. Técnicas como 
biofeedback, eletroestimulação e exercícios terapêuticos específicos são utilizadas para 
melhorar o tônus muscular, aumentar a sensibilidade e promover a função sexual 
saudável. Estudos evidenciam que essas abordagens têm impacto positivo na função 
sexual e no bem-estar emocional, contribuindo para a redução de dores durante o coito 
e promovendo maior prazer sexual (FERREIRA; MARTINS; ANDRADE, 2022). 
A incontinência urinária, condição prevalente em diversas fases da vida da 
mulher, pode ser eficientemente manejada com fisioterapia, especialmente com a 
utilização de exercícios para o fortalecimento do assoalho pélvico. Em mulheres atletas, 
por exemplo, a incontinência de esforço pode ser tratada com intervenções baseadas 
em reeducação perineal e controle da pressão intra-abdominal durante os treinos, 
prevenindo o agravamento da disfunção (RODRIGUES; ALMEIDA; SOUZA, 2020). A 
atuação fisioterapêutica, nesse caso, visa restaurar a função muscular e proporcionar 
maior controle urinário sem necessidade de intervenção cirúrgica. 
 
 
 
 
No contexto da dor pélvica crônica, presente em várias faixas etárias e associada 
a condições como endometriose e disfunções miofasciais, a fisioterapia atua com 
técnicas manuais, liberação miofascial, exercícios de relaxamento e reeducação 
postural. A abordagem interdisciplinar, com foco na fisioterapia, demonstrou melhora 
significativa na dor, funcionalidade e qualidade de vida das mulheres acometidas (LIMA; 
BARROS; CASTRO, 2021). Esses métodos contribuem para a diminuição da 
sensibilização central e controle da dor a longo prazo. 
Nesse contexto, SILVA; PEREIRA e CARVALHO (2023) corrobora enfatizando: 
Com o avanço da idade, torna-se essencial o manejo da osteoporose e da 
sarcopenia, especialmente no período pós-menopausa, em que a perda de 
massa óssea e muscular é acelerada pela diminuição dos níveis de estrogênio. 
A fisioterapia atua com programas de exercícios resistidos e funcionais que 
promovem o fortalecimento muscular, aumento da densidade óssea e melhora 
do equilíbrio, prevenindo quedas e fraturas. Essa intervenção promove maior 
independência e qualidade de vida na terceira idade (SILVA; PEREIRA; 
CARVALHO, 2023, p. 76). 
 
 
Além das intervenções presenciais, a telefisioterapia emergiu como uma 
ferramenta relevante durante e após a pandemia de COVID-19, permitindo a 
continuidade do cuidado fisioterapêutico mesmo em contextos de isolamento social. No 
campo da saúde da mulher, essa modalidade ampliou o acesso a orientações sobre 
exercícios domiciliares, autocuidado e técnicas de relaxamento, revelando-se uma 
estratégia eficaz para a manutenção da saúde física e emocional das pacientes 
(COSTA; ALVES; BRITO, 2024). A adesão às tecnologias digitais demonstra um 
caminho promissor para o cuidado contínuo e humanizado. 
Portanto, é necessário destacar que a efetividade das intervenções 
fisioterapêuticas em todas as fases do ciclo vital feminino depende de uma abordagem 
personalizada, baseada em evidências e integrada a outras especialidades da saúde. A 
fisioterapia, ao reconhecer as especificidades do corpo feminino e suas transformações 
ao longo do tempo, contribui para uma assistência integral e centrada na mulher, 
fortalecendo sua autonomia, funcionalidade e qualidade de vida. Dessa forma, o 
cuidado fisioterapêutico não apenas trata disfunções, mas promove saúde de forma 
proativa e contínua. 
 
 
 
 
2.3 A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA PÉLVICA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE 
FEMININA 
A fisioterapia pélvica tem se consolidado como uma intervenção fundamental na 
promoção da saúde feminina, atuando diretamente na prevenção e reabilitação de 
disfunções relacionadas ao assoalho pélvico. Essa especialidade fisioterapêutica 
abrange desde quadros de incontinência urinária e fecal, disfunções sexuais e dor 
pélvica crônica até alterações decorrentes do envelhecimento e eventos fisiológicos 
como a gestação e o puerpério. De acordo com Borges e Silva (2020), a abordagem 
fisioterapêutica é individualizada, respeitando a complexidade e a subjetividade de cada 
paciente, o que contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida e 
bem-estar da mulher. 
Entre as intervenções mais utilizadas, destacam-se os exercícios de 
fortalecimento muscular, como os de Kegel, o biofeedback, a eletroestimulação 
funcional e as técnicas manuais. Esses recursos são aplicados com o objetivo de 
restaurar a função muscular, reduzir a dor e melhorar a percepção corporal. Ricci e 
Elias (2022) apontam que a combinação desses métodos, quando bem orientada, 
proporciona resultados satisfatórios no controle de sintomas e na recuperação 
funcional, promovendo autonomia e segurança para a paciente. 
Um dos principais focos da fisioterapia pélvica é a incontinência urinária, 
especialmente a de esforço, que acomete grande parte das mulheres em diferentes 
fases da vida, incluindo atletas. Rodrigues, Almeida e Souza (2020) destacam que, em 
mulheres atletas, o aumento da pressão intra-abdominal pode comprometer a função 
do assoalho pélvico, sendo essencial a prevenção e a correção por meio de programas 
fisioterapêuticos específicos, que visam à manutenção da continência e da performance 
esportiva. 
As disfunções sexuais femininas também são alvo da atuação fisioterapêutica, 
com impactos significativos na saúde biopsicossocial das pacientes. Oliveira, Costa e 
Fernandes (2019) evidenciam que a intervenção fisioterapêutica contribui para a 
melhora da função sexual, da lubrificação e da percepção sensorial, além de reduzir 
dores como a dispareunia. A abordagem inclui tanto técnicas físicas quanto orientações 
educativas, sendo essencial para restaurar o prazer e a autoestima. 
 
 
 
 
No contexto da dor pélvica crônica, a fisioterapia surge como uma alternativa não 
farmacológica de grande relevância. Ferreira, Martins e Andrade (2022) relatam que o 
tratamento fisioterapêutico, baseado na combinação de recursos analgésicos e de 
reeducação muscular, favorece a diminuição da dor, o ganho de mobilidade e a 
reabilitação funcional, proporcionando alívio sintomático e suporte emocional à mulher. 
Mulheres com endometriose também têm se beneficiado das intervenções 
fisioterapêuticas. Lima, Barros e Castro (2021) demonstram que o acompanhamento 
fisioterapêutico reduz significativamente a dor e melhora a qualidade de vida, uma vez 
que auxilia na modulação da resposta inflamatória e na mobilização de estruturas 
aderidas, o que é essencial para a funcionalidade da pelve. 
Durante o período pós-parto, a fisioterapia pélvica é essencial na recuperação 
das estruturas abdomino-pélvicas. A eficácia dos exercícios fisioterapêuticos no 
tratamento da diástase abdominal, promovendo a reaproximação dos músculos 
retos abdominais e a estabilização da musculatura central, o que previne 
disfunções futuras e melhora a funcionalidade da mulher (SANTOS, SILVA; 
PEREIRA, 2018, p. 106). 
Na pós-menopausa, a fisioterapia contribui de forma relevante para o tratamento 
de alterações osteomusculares e hormonais. Silva, Pereira e Carvalho (2023) enfatizam 
a importância dos exercícios terapêuticos na manutenção da densidade óssea, no 
fortalecimento muscular e na prevenção de quedas, fatores cruciais para a saúde global 
da mulher idosa, especialmente considerando os riscos aumentados de osteoporose e 
fragilidade muscular. 
Com os avanços tecnológicos, a telefisioterapia tem se mostrado uma alternativa 
viável para a continuidade do cuidado, especialmenteem situações de isolamento 
social como na pandemia de COVID-19. Costa, Alves e Brito (2024) apontam que, 
apesar dos desafios, a atenção fisioterapêutica remota permitiu a manutenção do 
vínculo terapêutico, o acompanhamento dos exercícios e a orientação contínua das 
pacientes, garantindo adesão ao tratamento e resultados positivos mesmo à distância. 
Diante desse panorama, a fisioterapia pélvica reafirma sua importância como 
ferramenta estratégica de cuidado integral à saúde da mulher. Sua abordagem 
multifatorial, baseada em evidências científicas e adaptada às necessidades de cada 
fase da vida, contribui não apenas para a reabilitação, mas também para a prevenção 
de disfunções, promovendo autonomia, bem-estar físico e emocional. Assim, investir 
nessa área é fortalecer as bases de uma assistência fisioterapêutica humanizada, 
eficaz e transformadora. 
 
 
 
 
3 CONCLUSÃO 
A presente pesquisa teve como objetivo evidenciar a importância da fisioterapia 
pélvica na promoção da saúde feminina, demonstrando sua contribuição significativa 
tanto na prevenção quanto no tratamento de diversas disfunções que afetam o 
assoalho pélvico. A análise aprofundada permitiu confirmar que essa especialidade 
fisioterapêutica desempenha um papel essencial na melhoria da qualidade de vida das 
mulheres, atuando diretamente sobre aspectos físicos, emocionais e sociais. 
Foram abordadas intervenções fisioterapêuticas como os exercícios de Kegel, 
biofeedback, eletroestimulação e técnicas manuais, todas comprovadamente eficazes 
segundo a literatura científica utilizada. Disfunções como a incontinência urinária e 
fecal, a dor pélvica crônica, as disfunções sexuais e alterações decorrentes da 
gestação, puerpério e menopausa, foram analisadas à luz de estudos atualizados, os 
quais reforçam a eficácia da fisioterapia pélvica nesses contextos. 
A pesquisa também demonstrou que, além de sua atuação curativa, a fisioterapia 
pélvica tem caráter preventivo, especialmente relevante em fases hormonais de 
transição da mulher. Ademais, o avanço da tecnologia e a utilização da telefisioterapia 
reforçam a versatilidade e a acessibilidade desse cuidado, especialmente em tempos 
de limitações físicas ou geográficas. 
Dessa forma, conclui-se que a fisioterapia pélvica representa um instrumento 
terapêutico indispensável na saúde da mulher, promovendo bem-estar, autonomia e 
valorização do cuidado individualizado. O estudo, portanto, confirma os objetivos 
propostos, ao destacar, com respaldo científico, o impacto positivo dessa especialidade 
fisioterapêutica na vida das mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 REFERÊNCIAS 
BORGES, F. S.; SILVA, R. C. Fisioterapia em ginecologia e obstetrícia. 3. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. 
COSTA, J. S.; ALVES, M. L.; BRITO, T. A. Telefisioterapia na saúde da mulher 
durante a pandemia de COVID-19: desafios e oportunidades. Revista de Atenção à 
Saúde, São Caetano do Sul, v. 25, n. 74, p. 87-95, 2024. 
FERREIRA, G. M.; MARTINS, N. R.; ANDRADE, S. F. Fisioterapia no manejo da dor 
pélvica crônica em mulheres: uma atualização. Dor, São Paulo, v. 23, n. 4, p. 315-
322, out./dez. 2022. 
LIMA, F. V. de; BARROS, T. P.; CASTRO, A. A. Impacto da fisioterapia pélvica na 
qualidade de vida de mulheres com endometriose: ensaio clínico randomizado. 
Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 37, n. 2, e00178920, 2021. 
OLIVEIRA, A. P. Efeitos de um programa de exercícios para o assoalho pélvico na 
qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária mista. 2019. 115 f. 
Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo 
Horizonte, 2019. 
OLIVEIRA, K. S.; COSTA, R. A.; FERNANDES, M. H. Intervenção fisioterapêutica 
nas disfunções sexuais femininas. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 32, 
e0032001, 2019. 
RICCI, M. S.; ELIAS, C. A. Recursos fisioterapêuticos na saúde da mulher. In: 
______. Fisioterapia baseada em evidências. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2022. cap. 
15, p. 305-328. 
RODRIGUES, I. L.; ALMEIDA, M. B.; SOUZA, P. R. Abordagem fisioterapêutica na 
incontinência urinária de esforço em mulheres atletas. Revista Brasileira de Medicina 
do Esporte, Niterói, v. 26, n. 3, p. 250-255, maio/jun. 2020. 
SANTOS, C. C. dos; SILVA, J. M. da; PEREIRA, A. L. Eficácia da fisioterapia no 
tratamento da diástase abdominal pós-parto: uma revisão sistemática. Revista 
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 40, n. 5, p. 289-295, maio 
2018. 
SILVA, R. C.; PEREIRA, L. G.; CARVALHO, D. M. Exercícios terapêuticos no 
tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa: revisão de literatura. 
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v. 26, n. 3, p. 1234-1245, 
2023.

Mais conteúdos dessa disciplina