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20 Sistema de Ensino A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA O ATO DE BRINCAR E APRENDIZAGEM: Jogos e Brincadeiras na Educação Especial e Inclusiva PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA O ATO DE BRINCAR E APRENDIZAGEM: Jogos e Brincadeiras na Educação Especial e Inclusiva Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia. SUMÁRIo INTRODUÇÃO............................................................................................................. 3 1 TEMA ....................................................................................................................... 4 2 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................4 3 PARTICIPANTES......................................................................................................5 4 OBJETIVOS............................................................................................................. 5 5 PROBLEMATIZAÇÃO ..............................................................................................6 6 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................6 7 METODOLOGIA......................................................................................................18 8 CRONOGRAMA......................................................................................................20 9 RECURSOS............................................................................................................21 10 AVALIAÇÃO..........................................................................................................21 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................23 REFERÊNCIAS..........................................................................................................24 INTRODUÇÃO A escola inclusiva diz respeito à identificação das crianças deficientes e a remoção de barreiras, o que implica na coleta contínua de informações valiosas para atender o desempenho dos alunos para planejamento e estabelecimento de metas neste sentido. Não obstante, a inclusão também pressupõe um maior envolvimento entre a família e a escola e entre a escola e a comunidade, onde todos buscam uma educação de qualidade para todas as crianças com deficiências. De acordo com o Plano Nacional de Educação – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, capítulo V da Educação Especial, artigo 58, define Educação Especial como “a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”. (BRASIL, 1996). Um dos princípios fundamentais da escola com práticas inclusivas é o de que “todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter” (UNESCO, 1994, p.4); e um dos grandes desafios encontrados atualmente para a realização de tais práticas nas escolas de ensino regular, está estritamente relacionado com as concepções dos professores que nelas atuam. A escola inclusiva tem como tarefa e objetivo, ensinar os alunos a compartilhar o saber, os sentidos diferentes das coisas, as emoções, as discussões e as trocas de experiências. Conforme SASSAKI, a educação inclusiva tem como objetivo a construção de uma sociedade para todos, e, assim, sua prática repousa em princípios até então considerados incomuns, tais como: a aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana, a aprendizagem através da cooperação (SASSAKI, 1999, p. 42). O desenvolvimento inclusivo das escolas é um processo contínuo que se fortalece quando inscrevemos na Constituição Estadual diretrizes fundamentadas nos princípios de igualdade de oportunidades, não discriminação, acessibilidade, participação e inclusão, respeito à diferença, aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana, tendo em vista o pleno exercício dos direitos, a autonomia e o respeito à dignidade inerente as pessoas com deficiência. 1 TEMA O tema do projeto a ser desenvolvido é o desafio de uma escola inclusiva para todos, sendo que este está inserido na linha de pesquisa o ensino regular e Inclusão. Deve-se entender que a Inclusão escolar consiste em acolher todas as pessoas, sem exceção, dentro do mesmo sistema de ensino, independentemente de sua cor, classe social, condições físicas ou psicológicas. O tema proposto é associado mais comumente à inclusão educacional de pessoas com deficiência física e mental, onde dentro do tema proposto será tratado da inclusão dos alunos com deficiência no ensino regular. A questão da Educação Inclusiva vem sendo também bastante discutida nos últimos anos, principalmente após a Declaração de Salamanca em 1994, que reconheceu a necessidade e a urgência de garantir a educação para as crianças, jovem e adulta com necessidades educativas especiais no quadro do sistema regular de educação. Sendo assim, as deficiências que os alunos possam apresentar, passam a ser vistas como uma das muitas características diferentes presentes nas salas de aula. A proposta da Inclusão Escolar não se restringe apenas à ideia de oferecer aos alunos com necessidades educacionais especiais, um lugar nas salas comuns das escolas como meros espectadores; mas sim uma proposta que visa atender as necessidades individuais dos alunos com respeito e responsabilidades. 2 JUSTIFICATIVA A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008) explicita a organização da educação especial como uma modalidade que perpassa todos os níveis de ensino e aponta para a necessidade da mesma constituir a proposta pedagógica da escola, atuando de forma articulada com o ensino comum para o atendimento às especificidades do seu público-alvo, os alunos com necessidades educativas especiais. O referido documento destaca ainda a formação do professor, ressaltando que a mesma, seja inicial ou continuada, deverá ter como base os conhecimentos gerais para o exercício da docência e os conhecimentos específicos da área, visando aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar desta modalidade em relação aos diferentes níveis de ensino. No contexto da sociedade atual, temos presenciado uma série de ações afirmativas do Estado que visam garantir tratamento igualitário às pessoas com deficiência no âmbito da educação, do trabalho e da sociedade em geral. Todavia, o processo histórico de exclusão imposto a este grupo requer profundas mudanças estruturais, de consciência e de comportamento. Assim, buscando refletir sobre esse contexto e as implicações para que a pessoa com deficiência, em especial, a pessoa com deficiência intelectual significativa, consiga se inserir e participar ativamente da vida social propõe-se o presente estudo, fazendo um recorte para analisar a função social e o funcionamento das Oficinas Pedagógicas. Justifica-se a escolha desse tema, como forma de entender como se processa a inclusão de pessoas com deficiência na rede regular de ensino, perante uma sociedade que precisa vencer preconceitos, rever valores e buscar novos paradigmas diante de uma educação para todos. 3 PARTICIPANTES O produto é voltado para coordenadores e professores da educação básica, que lidam ou podem lidar no futuro, com alunos público-alvo da educação inclusiva. Por meio das atividades propostas, buscamos suscitar o diálogo e interação entre os participantes, para que possam juntos delinear ações que visem a melhoria da aprendizagem e inclusão dos alunos com deficiência de acordo com o contexto da escola em que atuam, buscando abrir perspectivas para a efetivação de princípios da gestão democrática. E reconhecendo que a atuação do professor pode favorecer a inclusãotanto na escola quanto na sociedade e no mundo do trabalho, pois é o profissional que lida com a formação básica do aluno e pode estimular a autonomia e potencialidades dele, utilizando recursos didáticos que o levem a aprender, a se comunicar e a perceber seus potenciais em detrimento às suas limitações, afinal, o que fala e faz o professor tem papel muito importante no contexto de vida de todos os alunos (MANTOAN, 2015). 4 OBJETIVOS Objetivo Geral: Promover uma escola para todos, a partir de apoios e competências para uma resposta eficaz à diversidade dos alunos, a partir da utilização dos jogos como auxílio na aprendizagem. Objetivos Específicos: · Aumentar o sucesso escolar dos alunos com deficiência; · Apoiar e orientar os pais e encarregados de educação, para o envolvimento e participação no processo educativo dos alunos com deficiências, a partir das estratégias e procedimentos participativos; · Promover atividades de acompanhamento extracurriculares, visando socialização e ampliação de conhecimentos dos alunos; · Proporcionar acesso e sucesso educativo dos alunos; · Reconhecer o jogo como ferramenta didática imprescindível no processo ensino aprendizagem. 5 PROBLEMATIZAÇÃO O acesso ao trabalho é tema recorrente nos documentos nacionais e internacionais, sobretudo quando se trata da promoção de oportunidades de trabalho às pessoas que possuem deficiência. Dentre outros documentos legais, destacamos a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (BRASIL, 2007). Como se pode ver, diversos mecanismos e instrumentos formais vêm estimulando a inserção da pessoa com deficiência no processo produtivo, contudo, a lógica do sistema capitalista, repleta de contradições, tem como matriz a produção da mais valia, visto que, para se manter nessa ordem, o detentor dos meios de produção necessita obter o máximo de lucro e reduzir os seus gastos para fazer frente à concorrência. Portanto através deste projeto se tentará responder a problemática que trata sobre qual a importância da inserção de alunos com necessidades especiais nas escolas de ensino regular e em especial nas aulas de educação física, buscando assim abordar questões sobre: Como promover a inclusão de todos? As atividades a serem desenvolvidas, devem ser executadas da mesma forma para todos? Qual o objetivo dos jogos na educação especial? 6 REFERENCIAL TEÓRICO As discussões sobre a função da Educação Inclusiva e Especial tem se intensificado nas últimas décadas perguntando sobre a incoerência de uma prática pedagógica alienante, excludente e discriminatória que desconsidera as experiências prévias e cultura da criança. O movimento em favor da inclusão foi fortemente impulsionado pela Declaração de Salamanca, aprovada pelos representantes de vários países e organizações internacionais, em 1994. Uma das ideias difundidas por este documento é a de que: A escola regular deve ajustar-se a todas as crianças independentemente das suas condições físicas, sociais, linguísticas ou outras, isto é, crianças com deficiências ou superdotadas, crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de populações imigradas ou nômadas, crianças pertencentes a minoria linguísticas, étnicas ou culturais e criança de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais (UNESCO, 1994:6) Os jogos e brincadeiras em épocas passadas eram utilizados nas escolas apenas como recreação e fora dela como lazer. Nessa época o desenvolvimento motor e cognitivo acontecia de forma mecanizada, pela falta de melhores informações e formação dos professores sobre a importância de considerar a criança como um ser ativo de seu próprio processo de desenvolvimento, o professor é apenas o mediador entre a criança e o ambiente que circunda. Uma grande parte dos professores utiliza jogo e brincadeiras como prática pedagógica diária, defendendo seu uso, como excelente recurso á aprendizagem e desenvolvimento das crianças. Muitas vezes o jogo é entendido com certo equívoco pelas equipes pedagógicas e principalmente os professores que confundem jogo simbólico, ou simplesmente decidem pelo ‘’jogo livre’’ em que a criança fica livre solta, escolhendo o que quer fazer sem suporte de adulto. Em outra ocasião, ainda, alguns professores tratam o jogo como um elemento facilitador afasta o professor da aprendizagem, mas exercem controle por meio de jogos e brincadeiras (OLIVEIRA 2002). 3 O fato é que qualquer uma dessas concepções afasta o professor da parceria, da interação com seu aluno e é por isso que precisamos ter cuidado, pois a proposta que contemple jogos para a Educação Inclusiva e Especial deve oferecer as atividades específicas (jogos e brincadeiras); e a interação entre criança e criança, e criança e seu professores. Para Piaget (1998), os jogos são caracterizados em três grandes tipos: jogos de exercícios (0 a 2 anos), jogo simbólico (2 a 6 anos) e jogo de regras (6 em diante). Segundo o próprio autor, é a função é que vai diferenciar esses jogos que não tem outra finalidade a não ser o próprio prazer do funcionamento (PIAGET, 1978). A seguir, uma pequena explicação de cada um desses jogos: -Jogos de exercício: é a primeira forma de jogo que a criança conhece e aparece antes do desenvolvimento verbal completo. Tem como característica o fato de a criança brincar pelo prazer do desenvolvimento ou, como o conhecimento do objeto, da exploração, do desenvolvimento motor ou, como o próprio nome diz, do puro exercício. Nessa fase, a criança brinca basicamente sozinha ou com a mãe (ou quem represente a figura materna). -Jogos simbólicos: é forma de jogo em que a criança faz de conta que é outra pessoa ou se imagina em outra situação, outra situação, ou atribui outra função a um objeto. Por exemplo: criança que brinca de casinha faz comidinha de “mentira”, criança que de posse de um prato de papelão, imagina que é a direção de um carro, criança que brincando de casinha vivencia o papel da mãe em suas casas, reproduzindo trejeitos da sua própria mãe, O jogo simbólico é de certa forma, uma maneira de a criança comunicar com a outra aquilo que sente. - Jogos de regras: é caracterizado pelo conjunto de leis que é imposto pelo grupo social. Dessa forma, necessita de parceiros que aceitem o cumprimento das obrigações definidas nas regras. É um jogo estritamente social. A utilização de jogos e brincadeiras na Educação Inclusiva e Especial traz muitas vantagens para o processo de ensino aprendizagem tanto por ser uma forma de linguagem quanto por ser uma forma natural da criança se manifestar a respeito do mundo que a cerca, dos seus anseios, desejos e felicidades. O professor deve criar propostas pedagógicas que aliem o aprendizado e a grande diversão que o jogo e brincadeira proporcionem, elaborando atividades contextualizadas e envolventes. É pela brincadeira que a criança aprende sobre a natureza, os eventos sociais, a dinâmica interna e a estrutura e seu corpo: a criança que brinca livremente, no seu nível, a sua maneira, não está apenas explorando o mundo ao seu redor, mas também comunicando sentimentos, ideias, fantasias, intercambiando o real e o imaginário. A brincadeira tem sido explicando de diferentes maneiras por muitas correntes teóricas. Portanto, todas têm concordado sobre a importância das brincadeiras para o desenvolvimento, da criança, e que quando ela tem dificuldades de brincar, ou seja, nega a fazê-lo, merece atenção, especial, pois a brincadeira faz parte do cotidiano da criança saudável. Os estudos de Vygotsky afirmam que brincadeira cria uma zona de desenvolvimento proximal, permitindo que as ações ultrapassem o desenvolvimento já alcançado, impulsionando a conquistar novas possibilidades de compreensão e ação sobre o mundo. A imaginação e a imitação são instrumentos constituintes do brincar, pois é por meio delas que as crianças relacionam seus interesses e necessidades com a realidade de um mundo quase desconhecido. E pelo brincar que a criança ordena, organiza, desorganiza reconstrói o mundo a sua maneira intelectual e afetiva. Nessa construção, estãopresentes, de forma indissociável, afeto, e a emoção e cognição. Brincando a criança entra em contato com as diferenças culturais existentes no grupo, resolve problema e amplia sua forma de ver e entender o mundo, ampliando seus conceitos. Por exemplo, quando uma criança brinca de casinha entra em contato com diferentes olhares ou conceitos de mãe, o que pode ampliar seu próprio conceito. Nesse sentido, o brincar cria condições para o desenvolvimento, pois a brincadeira amplia as possibilidades de pensar e atuar sobre seu próprio cotidiano Sendo assim, o brincar não é apenas passatempo, mas uma atividade que lhe permite trabalhar com sonhos, fantasias, angústias e conhecimentos. As brincadeiras utilizam-se principalmente da imitação. E fundamental para a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, sobre o seu eu e sobre o outro pela representação e comunicação de que uma coisa pode ser outra, que uma pessoa pode ser um personagem, que uma criança pode ser um objeto ou animal. Ao brincar, as crianças enriquecem sua identidade, porque podem experimentar outras formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas e, ao desempenhar vários papeis, vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de convivências, das emoções e das construções humanas. A criança que brinca se tornará um adulto mais equilibrado físico e emocionalmente suportará melhor as pressões da vida adulta e terá mais criatividade para solucionar seus problemas. Na criança, a falta de criatividade lúdica pode deixar marcas profundas e muitos dos problemas apresentados em consultório médicos ou psicológicos surgidos pela privação de brincadeiras infantis. Ao ocupar seu tempo livre com brincadeiras, a criança tornará mais criativa e responsável (OLIVEIRA, 2002). Brincar é uma oportunidade de desenvolvimento psicomotor, assim a criança experimenta, e descobre, inventa, exercitam e confere suas habilidades. Brincando, a criança desenvolve a imaginação, fundamenta afetos, explora habilidades e na medida em que assumem múltiplos papéis, fecunda competências cognitivas e interativas. Como se isso tudo já não fizesse do ato de brincar o momento maior da vida infantil e de sua adequação aos desafios, é brincando que a criança elabora conflitos e ansiedades, demonstrando ativamente sofrimentos e angustias que não sabe como explicitar. As brincadeiras e os jogos têm caráter coletivo, pois permite que todo um grupo possa se estruturar. As próprias crianças estabelecem relações de troca, aprendem a lidar com regras, observando que poderão algumas vezes ganhar e também perder. Além disso, os jogos e as brincadeiras favorecem a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. O brincar é, portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para criança para criança, constituindo-se em uma peça importantíssima na sua formação. Seu papel transcende o mero controle de habilidades. É muito mais abrangente. Sua importância é notável, já que, por meio dessas atividades, a criança constrói o seu próprio mundo (SANTOS, 1995, p.4). A brincadeira bem conduzida estimula a memória, exalta sensações emocionais, desenvolve a linguagem interior e, às vezes, a exterior. Dessa maneira, a criança exercita níveis diferenciados de atenção e explora, com extrema criatividade, diversos estados de motivação. Em suas brincadeiras, as crianças constroem seus próprios mundos e deles fazem o vínculo essencial para compreender o mundo adulto, formam novos significados e reelaboram acontecimentos que estruturam seus esquemas de vivências e sua variedade de pensamentos. Portanto, brincar possibilita a percepção total da criança, e seus aspectos motores, afetivos, sociais ou morais. O brincar está também relacionado ao prazer. Uma brincadeira criativa ou não deve sempre proporcionar prazer á criança. Quando brincar livremente e se satisfaz, a criança demonstra isso por meio do sorriso. Esse processo traz inúmeros efeitos positivos aos aspectos corporais, morais e sociais das crianças. Além disso, enquanto estímulo o desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os hábitos mais necessários ao seu crescimento, como persistência, perseverança, raciocínio, companheirismo, entre outros. Dessa forma, o brincar, na Educação Inclusiva e Especial, deve ser visto como uma estratégia utilizada pelo educador e deve privilegiar o ensino dos conteúdos da realidade, tendo o brincar um lugar de destaque no planejamento pedagógico. Nesse sentido, o brincar requer presença ativa do professor enquanto mediador, atuando com uma ligação entre o individual e o social, entre o real e a fantasia e entre a criança em suas individualidades. O educador deve estar disponível para atender as crianças em suas necessidades, pois sua intenção é fundamental, quando se considera que não é a simples ação da criança sobre os objetos que lhe possibilitam conhecimento e sim uma ação de interatividade. Antigamente, existia uma separação entre o brincar e o aprender, em que os momentos de uma atividade e de outra eram separados e não se concebia que era possível aprender enquanto brincava. Com o passar do tempo, essa ideia foi mudando e hoje já se conhece que é no ato de brincar que a criança se apropria da realidade imediata, ou seja, ao mesmo tempo em que está brincando também está aprendendo e adquirindo novas habilidades. Brinquedos caros e professores despreparados constituem uma equação que agride os fundamentos da aprendizagem e atrapalham todos os estudos e progresso sobre a arte de brincar e o desafio de aprender. Uma escola ou creche em uma favela pode não dispor dos coloridos e atraentes brinquedos eletrônicos presentes em outros, mas com sucata e criatividade, com mestres verdadeiros e pesquisadores interessados, podem desenvolver estímulos que nada ficam devendo aos brinquedos e jogos caros. Um dos principais interesses das crianças está relacionado com o prazer, que é expresso por ela pelas brincadeiras e de forma simultânea aos desafios que a vida oferece, impulsionando-as para reações no individual e no coletivo. As experiências mais prazerosas para a criança são as brincadeiras, pois é brincando que aparecem as relações de afeto e atenção. Assim, é por meio de atividades lúdicas aliadas às reações interpessoais que ela aprende. Segundo Nhary (2006) As atividades lúdicas são importantes no desenvolvimento do sujeito que tenha ou não alguma limitação, durante as atividades lúdicas todos são vistos como capazes de realizar a atividade coletivamente, dentro das suas capacidades físicas, intelectuais, sociais. Desta maneira, o educando especial é incluído através da ação lúdica. Isso porque o mais importante nestas atividades é o desejo de estar junto com o outro, mesmo que seja para competir, é poder usufruir do movimento de prazer. Ao brincar, as crianças exploram e refletem sobre a realidade, a cultura na qual vivem, incorporando e, ao mesmo tempo, questionando regras e papeis sociais. Pode- se dizer que, nas brincadeiras, as crianças podem ultrapassar a realidade, transformando-as pela imaginação. Pela brincadeira expressam o que teriam dificuldades de colocar em palavras. Mesmo brincando espontaneamente, a criança não está brincada apenas para passar o tempo, já que sua escolha é motivada por razões e reações íntimas, desejos, problemas e ansiedades, onde o brincar é sua linguagem secreta. O brincar universal, facilita o crescimento e a saúde, conduz a relacionamentos grupais e é uma forma de comunicação consigo mesma e com os outros. Por meio de brincadeiras e jogos, a criança aprende a conhecer, a fazer, aprende a conviver e aprende a ser. A criança precisa ter espaço e tempo para brincar, pois esse ato é fundamental nas relações entre as crianças e o adulto, entre as próprias crianças e o meio ambiente. No ato de brincar, os sinais, os gestos e os objetos e espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser, criam e repensam os acontecimentos, sabendoque estão brincando. O principal indicador da brincadeira entre as crianças é o papel que assumem enquanto brincam. Adotando outros papeis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e característica do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. “No desenvolvimento a imitação e o ensino desempenham um papel de primeira importância. Põe em evidência as qualidades especificamente humanas do cérebro e conduzem a criança a atingir novos níveis de desenvolvimento. A criança fará amanhã sozinha aquilo que hoje é capaz de fazer em cooperação. Por conseguinte, ao desenvolvimento o único tipo correto de pedagogia é aquele que segue em avanço relativamente ao desenvolvimento e o guia; devem ter por objetivo não as funções maduras, mas as funções em vias de maturação”. (VYGOTSKY, 1979, pág.138). Brincar funciona como cenário no qual as crianças tornam-se capazes de não só imitar a vida como também transformá-la. Na brincadeira vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de convivência, assim como a elaboração de um sistema de representação dos diversos sentimentos, das emoções e das construções humanas. Os jogos e as brincadeiras favorecem a autoestima auxiliando- as superar progressivamente suas limitações de forma criativa no âmbito de grupos sociais diversos. Os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação em 1998. O documento trouxe a seguinte discussão à tona, afirmando que: “As brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro) jogos tradicionais, didáticos, corporais, etc., propiciam a ampliação dos conhecimentos da criança por meio da atividade lúdica”. (1998, v1. p.28). A criança aprende a seguir regras, experimenta formas de comportamento e socializa, descobrindo o mundo ao seu redor. Brincando com outras crianças, elas encontram seus pares e interagem socialmente, descobrindo que não são únicos sujeitos da ação, e que, para alcançar seus objetivos, precisam considerar o fato de que outros também têm objetivos próprios que querem satisfazer. Nas brincadeiras, as crianças transferem o conhecimento que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. Por exemplo, para assumir um determinado papel na brincadeira, a criança deve conhecer algumas de suas características. Seus conhecimentos provêm da imitação de alguém ou algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes. Para brincar, é preciso que as crianças tenham independência para escolher seus companheiros e os papeis que vão assumir no interior de um tema. Dessa maneira, cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e a internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos. Por meio de atividades lúdicas, a criança aprende a competir cooperar e respeitar as regras e viver como um ser social. Quando a criança brinca com seus colegas ela não está simplesmente brincando ou se divertindo, mas está desenvolvendo inúmeras funções cognitivas e sociais. Portanto, brincar é uma necessidade básica que ajuda no desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social. Reforçando esta afirmação, Santos destaca que: As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolver efetivamente, convive socialmente e opera mentalmente; Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação; ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói o seu próprio conhecimento; O jogo é essencial para a saúde física e mental; O jogo simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita a mediação entre o real e imaginário. (SANTOS 2000 p. 20). O lúdico proporciona à criança um desenvolvimento mais espontâneo e criativo, e é um dos aliados na educação, pois favorece a formação da personalidade, do cognitivo, do social, gerando benefícios didáticos, onde os conteúdos são transformados em atividades mais interessantes e envolventes o que ajuda o aluno a elaborar, de maneira dinâmica, o conhecimento. A ludicidade é uma necessidade da criança em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O brincar facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colaborar para boa saúde mental, facilita as pessoas da socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento. No brincar, quando mais papéis a criança representa, mais amplia sua expressividade, entendida como uma totalidade. A partir do brincar, ela constrói os conhecimentos pelo papeis que representa, ampliando seu universo linguístico psicomotor, além de ajustamento afetivo e emocional que atinge na representação desses papéis. Segundo Perrenoud: A escola em que se aprende brincando, em que a aquisição dos conhecimentos não é sinônima de sofrimento, de esforço e de competição, é uma escola que, é possível aprender brincando em todas as classes sociais, que ela sem dúvida pretende tornar as crianças mais felizes, fazer com que elas vão à escola sem angústia, com prazer. (2001, p. 129). O brincar é para a criança, uma possibilidade de se ter um espaço onde a ação praticada é de seu domínio, onde ela age em função de sua própria iniciativa. Brincando a criança toma decisões, desenvolve sua capacidade de liderança e trabalha a forma lúdica seus conflitos e ansiedades, demonstrando ativamente, enquanto brinca o que sofre passivamente. Para aprender, a criança com necessidades especiais precisa de obstáculos significativos e adequados. A atividade lúdica através de jogos é necessária e serve de estímulo para a interação, para o desenvolvimento ajudando na autoestima dos educandos, oportunizando uma aprendizagem prazerosa e significativa. Os educadores precisam ampliar seus conhecimentos a respeito do lúdico para que estes possam dar uma aula mais dinâmica e prazerosa. (Santos, 2000, p.34), A brincadeira faz parte da vida das crianças, pois elas vivem num mundo de fantasias de encantamento, de alegria, de sonhos, onde a realidade e o faz-de-conta se confundem. Pela brincadeira as crianças exploram os objetos que a cercam, melhoram seus sentidos e desenvolvem seu pensamento. Algumas vezes, realizam sozinhos, em outras, na companhia de outras crianças, desenvolvendo também o comportamento em grupo. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende, confere habilidades; além de estimular a curiosidade, autoconfiança e autonomia, proporcionam o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. É indispensável á saúde física, emocional e intelectual da criança. Vai contribuir, no futuro, para eficiência e equilíbrio do adulto. Brincando, sua inteligência e sua sensibilidade estão se desenvolvendo. A qualidade de oportunidade que estão sendo oferecidas à criança por meio das brincadeiras garante que suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem. As situações problema contidas na manipulação das brincadeiras fazem a criança crescer por meio da procura de soluções alternativas. O desempenho psicomotor da criança, enquanto brinca, alcança níveis que só mesmo a notificação interior consegue. Ao mesmo tempo, favorece a concentração, a atenção, engajamento e a imaginação. Como consequência, a criança fica mais calma, relaxada e aprende a pensar, estimulando sua inteligência. Partindo das considerações que a moral, a ética, a cidadania precisam ser construídas pelo sujeito nas interações que acontecem entre as experiências intra e extraescolares e que contribuem para sua formação, esse trabalho visa mostrar a necessidade de ser trabalhadacom maior intensidade as noções de cidadania, pois acredita-se que a escola é lugar capaz de desencadear uma educação humana digna, formando sujeitos capazes de partilhar novas relações humanas e sociais voltadas para a construção de um novo mundo. Segundo DELORS (1996. p. 38), “ Cabe a educação fornecer às crianças, as bases culturais que lhe permitam decifrar, na medida do possível, as mudanças em curso”. Nessa direção a moral e a ética estão implícitas no que se quer que os educadores incorporem ou aprendam para serem cidadãos íntegros. E a escola só poderá ter êxito nesta tarefa se contribuir para o desenvolvimento do respeito ao outro na sua diferença, seja ela de sexo, raça, etnia, religião, etc. É preciso buscar a igualdade, tendo por referência o senso da justiça, combatendo o preconceito e a discriminação, buscando a solidariedade com os desfavorecidos ou em dificuldades e o envolvimento em campanhas pela redução das disparidades sociais. Citando ainda DELORS (1996) quando este se refere aos quatro pilares da educação, apresenta-os da seguinte maneira para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, [...] “a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento. Aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão, aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente, aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas, finalmente aprender a ser, via essencial que integra os três precedentes”. (DELORS,1996. Pág. 39) Prioriza-se aqui o aprender a viver juntos, aprender com os outros. Sem dúvida, esta aprendizagem representa hoje em dia, um dos maiores desafios da educação. O mundo atual é, muitas vezes, um mundo que se opõe à esperança posta por alguns no progresso da humanidade. A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e interdependência entre todos os seres humanos do planeta. A escola deve, desde a mais tenra idade, aproveitar todas as ocasiões para esta dupla aprendizagem Passando à descoberta do outro, necessariamente, pela descoberta de si mesmo, e por dar à criança e ao adolescente uma visão ajustada do mundo. A educação, seja ela dada pela família, pela comunidade ou pela escola, deve antes de tudo ajudá-los a descobrir a si mesmos. Só então poderão por-se no lugar dos outros e compreender as suas reações. Com a presença o incentivo, a colaboração do outro, o ser humano torna-se mais capaz de expressar seu pensamento e de desenvolver suas potencialidades. Vygotsky chama a atenção para o significado da interação com o outro, mostrando que desde os primeiros dias de seu desenvolvimento as atividades da criança adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social. A interação com o outro tem um papel chave para a transformação da atividade prática. “ O caminho do objeto até a criança e desta até o objeto passa através de outra pessoa. Essa estrutura humana complexa é o produto de um processo de desenvolvimento profundamente enraizado nas ligações entre história individual e social. ” (VIGOTSKY, 1991. p. 33). A escola é um espaço privilegiado de troca de saberes, é depositária da esperança de tornar a sociedade mais justa e solidária, logo, desenvolver as identidades dos educandos, a partir da construção ou reconstrução de novos valores, conhecimentos, habilidades e atitudes, deve ser o compromisso ético dos envolvidos na tarefa de educar. As crianças de nossa época estão sendo chamadas a participar de uma vida intensa, num mundo novo de invenções e de técnica que o conturbam e o modificam constantemente. Por isso mesmo é dinâmico, confuso e exigente de conhecimentos e habilidades próprias. São frequentes as crises e os movimentos porque passam os tempos modernos em busca de soluções satisfatórias para os seus problemas e de conduta desejável de harmonia e entendimento entre os povos. Seu reflexo se observa nas escolas do mundo inteiro. A crise de identidade pelas quais passam as diversas instituições que nos cercam como a família, a escola, a segurança pública, as religiões, e outras mais, criou uma barreira nas relações humanas de tal forma que, levarmos o indivíduo a ver as possibilidades que se possa ter a mais, na partilha das responsabilidades e mesmo da vida com uma coletividade se tornou amedrontador, pois, esses indivíduos se tornaram cativos deles mesmos, esquecendo os valores morais e éticos que os circundam e incorporando valores importantes a umas propostas apenas capitalistas, que nada ou quase nada tem de humanista. De acordo com a concepção de FERREIRA (1996, p. 57), “na medida em que se estabelece a crise, o reconhecimento do outro é negado. O outro surge, então, como se fosse um exilado no espaço das relações humanas”. Há que se superar este desafio que hoje se impõe aos educadores, formar cidadãos eticamente corretos na maneira de pensar, agir, sentir, e, principalmente resgatar o papel que deve, o outro, ter na vida do ser humano. No Brasil, nossas crianças não são menos poupadas. Vivem-se direta ou indiretamente os problemas da civilização contemporânea, sofrem de perto os embates de mudanças sociais de uma cultura cuja sociedade se transforma de base economicamente artesanal e agrícola em tecnologia e industrial. Mais do que nunca, neste período de grandes mudanças, e, por conseguinte, de grandes exigências, a tarefa da educação para um tipo adequado de necessidades se faz sentir mais fortemente. Se mudanças sociais trazem impacto à sociedade, refletem-se no processo educacional, impondo alterações nos seus currículos, nos seus objetivos, no seu conteúdo programático e nas técnicas de aprendizagem. É evidente a obra da educação na participação do mundo moderno: a educação, não sendo considerada um processo de transmissão, mas de aquisição dos modos, crenças e padrões de uma sociedade e se a sociedade é algo de dinâmico, que muda, se transforma e evolui, compreende-se que os modos, crenças e padrões considerados estão sujeitos ao mesmo dinamismo. Faz-se necessário, na atual conjuntura, adaptar a ação pedagógica ao aprendiz e propiciar a ele uma aprendizagem diferenciada, que respeite seu ritmo de aprendizagem e contextualize os programas de ensino as suas experiências extraescolares tornando-a mais prazerosa e significativa. Fazer isso não é de maneira alguma deixar de ensinar, como alguns profissionais possam acreditar, e, portanto, resistir a uma pedagogia que contemple o educando em todos os aspectos, principalmente o sócio/cultural. PERRENOUD (1999) comenta: “Acrescentemos de imediato que adaptar a ação pedagógica ao aprendiz não é, no entanto, nem renunciar a instruí-lo, nem abdicar dos objetivos essenciais. Diferenciar é, pois, lutar para que as desigualdades diante da escola se atenuem, simultaneamente, para que o nível de ensino se eleve”. (PERRENOUD,1999. p. 37). Atualmente a tecnologia tem sido muito utilizada para a educação inclusiva, inclusive por alunos em escolas de nível superior e médio. Como exemplo, podemos citar audiobooks e softwares de acessibilidade, como o DosVOx, VirtualVision e o Liane TTS, garantindo assim que os alunos consigam adquirir novos conhecimentos. 7 METODOLOGIA Este projeto destina-se proporcionar atividades aos alunos com deficiências, que os permitem o desenvolvimento educativo e das suas habilidades, que serão importantes para torná-los mais independentes e autónomos no dia-a-dia, na família, na comunidade educativa e na sociedade em que estão inseridos, como também proporcionar estratégias de apoio para recuperação destes alunos em risco de insucesso escolar. Também proporcionará estratégias de apoio e orientação aos pais e encarregados de educação, no melhoramento da participação e envolvimento no processo educativo dos seus educandos. Além dessas atividades para a inclusão serefetiva serão utilizados jogos virtuais como o exemplo abaixo: Incluplay é um software desenvolvido para educação inclusiva, que visa explorar situações do mundo real em mundo controlado, determinado por um contexto pré-estabelecido (GARCIA, 2015). O jogo foi desenvolvido em forma de apresentação de slide, utilizando questionários sobre a temática da inclusão social e recompensas como forma de ensinar e motivar, tendo como público alvo, os professores e alunos. São muitas as Atividades e Jogos para fazeres com Amigos, Família e na Escola, Atividades: os Alfabetos, Palavras Associadas, outras e Jogos: Memória, Tato, Mímica, Palavras Soltas, outros. Fonte: Garcia (2015) Fonte: Garcia (2015) Cada fase é dividida de forma que o jogador possa sentir a vivência de uma pessoa com deficiência, considerando momento, local e deficiência diversificada. Em cada uma das fases é proposto para o jogador atividades, que buscam conscientizar sobre os temas discutidos na fase. 1. Atendimento Domiciliar Abordagem: Atendimento Escolar Domiciliar e Solidariedade. 2. Praça da Inclusão Abordagem: Inclusão Social/Convívio/Conscientização 3. Deficiência Física Abordagem: Deficiência Física/Respeito/Convívio 4. Super Celular Abordagem: Atendimento Escolar Domiciliar/TIC/Auxilio 5. Deficiência Visual Abordagem: Deficiência Visual/Tecnologia Assistiva 6. Faixa de Pedestre Abordagem: Deficiência Física/Respeito/Convívio O jogo é finalizado quando o jogador possuir 600 pontos, ou seja, quando ele tiver passado por todas as fases, com isso ele terá vivenciado situações de cooperação, conflitos e competição. Enfim, serão abordadas atividades como: Atividades que desenvolvam o contato e convício (visitar escolas ou lugares que facilita relacionar com diferentes pares); Atividades, onde possa haver participação de diferentes adultos e crianças nas atividades do grupo; Trabalhar a independência na utilização de espaços ou equipamentos (casa de banho, telefone), ou seja, mais independente possível; Atividades que possibilitam a utilização de equipamentos, que permitam trabalhar as habilidades motoras, como exemplo puxar, largar objetos. 8 CRONOGRAMA Meses Etapas Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Levantamento do tema e do problema X Levantamento bibliográfico X X X Leitura e realização de fichamentos X X X Escrita do projeto de pesquisa X X Entrega do projeto de pesquisa X 9 RECURSOS · HUMANOS: Professores, Estagiários, Pais e alunos. · MATERIAIS: · Tablets; · Smartphones, · Computadores; · Planilhas que serão utilizadas para analisar o desenvolvimento dos alunos; · Textos explicativos; · Imagens com explicações o sobre o conteúdo e jogos; · Jogos digitais. · CD com músicas instrumentais, · Som e vídeo 10 AVALIAÇÃO Utilizar a avaliação como um instrumento de apoio para compreender os sucessos e insucessos das atividades ou ações desenvolvidas. Pode ser um meio para melhorar sistematicamente o processo e o uso mais adequado dos recursos disponíveis, materiais e humanos e para alterar, se for necessário, o decorrer da realização das atividades. Facilita no conhecimento dos pontos fortes e fracos do projeto, rever as estratégias e os métodos do trabalho realizado. Para a realização do projeto, foi necessário a realizar a avaliação em dois momentos. A primeira será realizada logo no início, a avaliação diagnóstica que corresponde à avaliação inicial onde ficamos a conhecer o real estado dos sujeitos e da estrutura organizacional numa fase prévia à implementação do projeto. Avaliar a operacionalização e a gestão, ou seja, verificar o se o processo de gestão, divulgação e organização facilitaram a realização das atividades e seguida à concretização dos objetivos. CONSIDERAÇÕES FINAIS No Brasil, a política de inclusão escolar e social é reconhecida a partir do direito de todos os alunos matricularem-se na rede regular de ensino, de qualquer estado ou município. Essa política determina que as escolas devam estar aptas a trabalhar com as diferenças. No entanto, o que se observa é que a adaptação desses alunos é muito difícil. Principalmente, pela má preparação dos professores e consequentemente, de toda a instituição. Felizmente, o número de brasileiros que apresentam alguma deficiência e buscam as escolas regulares está aumentando. O aumento da chamada educação inclusiva está aumentando a cada ano que passa, procurando se fortalecer e se consolidar. A escola é um lugar que possibilita partilhar experiências e que se encontra em constante movimento, por isso precisamos mudar com a escola em desenvolvimento. Sabe-se da necessidade e da urgência de se enfrentar o desafio da inclusão escolar e de colocar em ação os meios pelos quais ela verdadeiramente se concretiza. Ensinar não é submeter o aluno a um conhecimento pronto, mas com liberdade e determinação, ampliar significados na medida de seus interesses e capacidades, valorizando todo o seu esforço para aprender. O processo de inclusão educacional exige planejamentos e mudanças sistêmicas político-administrativas em gestão educacional, que envolvem desde a alocação de recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de aula. Por fim, conclui-se que, a educação inclusiva procura responder às necessidades de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos transformando os sistemas educacionais, priorizando ações de ampliação da educação infantil, programas para a formação de professores e organização de recursos e serviços pedagógicos, fazendo crescer o direito daqueles que apresentam deficiência no processo educacional, exigindo mudanças na formação de professores e planejamento adaptados para efetivar a educação inclusiva, oferecendo alternativas de atendimento, de forma a estruturar uma nova forma de olhar a Educação, onde acaba por criar uma escuta mais precisa de cada criança. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da educação. Referencial curricular nacional para Educação. Brasília: MEC SEF, 1998. V. 1. Conferência Mundial sobre Educação Especial (1994). Espanha: Salamanca. 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