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Capítulo 10
e 
Capítulo 11
(Resumo)
Crescimento Econômico
Blanchard 5ª edição
Os fatos do crescimento
Passamos agora do estudo da determinação do produto no curto e médio prazos — em que predominam as flutuações — para a determinação do produto no longo prazo — em que predomina o crescimento.
Crescimento é o aumento contínuo do produto agregado ao longo do tempo.
 Crescimento nos países ricos desde 1950
PIB dos Estados Unidos desde 1890
O produto agregado dos Estados Unidos aumentou por um fator de 39 desde 1890.
10.1
Figura 10.1
Reflexão sobre o crescimento: uma introdução
Para pensar sobre os fatos do crescimento utilizamos um modelo desenvolvido originalmente por Robert Solow, do MIT, no final da década de 1950. Em particular estuda-se:
▪ O que determina o crescimento?
▪ Qual é o papel da acumulação de capital?
▪ Qual é o papel do progresso tecnológico?
10.3
Função de produção agregada
A função de produção agregada é uma especificação da relação entre produto agregado e os insumos utilizados na produção.
Y = produto agregado.
K = capital — a soma de todas as máquinas, fábricas e dos prédios de escritórios na economia.
N = trabalho — o número de trabalhadores da economia.
A função F nos mostra a quantidade obtida de produto para dadas quantidades de capital e trabalho.
Função de produção agregada
A função de produção agregada depende do estado da tecnologia. Quanto maior o estado da tecnologia, maior será 
para dado K e dado N. 
O estado da tecnologia é uma lista de projetos que determina tanto a gama de produtos quanto as técnicas disponíveis para produzi-los.
Retornos de escala e rendimentos dos fatores
Vamos supor a propriedade de retornos constantes de escala.
Retornos constantes de escala se referem à propriedade da economia em que, se, por exemplo, a escala da operação dobrar — isto é, se as quantidades dos insumos (ou fatores de produção) capital e trabalho dobrarem —, então o produto também dobrará.
Ou, de forma mais geral, para qualquer número ,
Retornos de escala e rendimentos dos fatores
Vamos supor também que há rendimentos decrescentes dos fatores de produção.
Rendimentos decrescentes de capital referem-se à propriedade de que os aumentos de capital levam a aumentos cada vez menores do produto enquanto o nível de capital aumenta.
Rendimentos decrescentes de trabalho referem-se à propriedade de que os aumentos do trabalho, para dado capital, levam a aumentos cada vez menores do produto enquanto o nível de trabalho aumenta.
Produto por trabalhador e capital por trabalhador
Retornos constantes de escala implicam que podemos reescrever a função de produção agregada desta forma:
O montante de produto por trabalhador,Y/N, depende do montante de capital por trabalhador, K/N.
Se o capital por trabalhador aumenta, também aumenta o produto por trabalhador.
Produto por trabalhador e capital por trabalhador
Produto por trabalhador e capital por trabalhador
Aumentos de capital por trabalhador levam a aumentos cada vez menores do produto por trabalhador.
Um aumento do capital por trabalhador, K/N, leva a um movimento ao longo da função de produção.
Figura 10.5
Fontes do crescimento
Efeitos de um aperfeiçoamento no estado da tecnologia 
Um aperfeiçoamento na tecnologia desloca para cima a função da produção, levando a um aumento do produto por trabalhador para umdado (fixo) nível de capital por trabalhador.
Figura 10.6
Fontes do crescimento
Usando a equação acima, podemos agora determinar de onde vem o crescimento:
Aumentos do produto por trabalhador (Y/N) podem vir de aumentos do capital por trabalhador (K/N).
Ou eles podem vir de aperfeiçoamentos no estado da tecnologia, que deslocam a função de produção, F, e levam a mais produto por trabalhador, dado o capital por trabalhador. 
Fontes do crescimento
Podemos inferir até agora que:
O crescimento provém da acumulação de capital e do progresso tecnológico.
Porém a evolução do crescimento econômico não para aí!
Pois, devido aos rendimentos decrescentes de capital, a acumulação de capital, por si só, não pode sustentar o crescimento.
Precisamos analisar as demais fontes do crescimento!
Fontes do crescimento
Podemos considerar o crescimento como proveniente da acumulação de capital e do progresso tecnológico, mas esses dois fatores desempenham papéis muito diferentes no processo de crescimento:
A acumulação de capital, por si só, não pode sustentar o crescimento.
Devido aos rendimentos decrescentes do capital, sustentar um aumento constante do produto por trabalhador exigirá aumentos cada vez maiores do nível de capital por trabalhador. Assim, em algum momento, a economia não conseguirá ou não estará mais disposta a poupar e investir o suficiente para aumentar o capital. Neste momento o produto por trabalhador não crescerá mais.
Assim, a poupança embora seja também importante fonte do crescimento – pois viabiliza o investimento em acumulação de capital – não é capaz de “sustentar” sozinha o crescimento econômico (de longo prazo).
Fontes do crescimento
Isto significaria que a taxa de poupança é irrelevante? Não!
A taxa de poupança é a proporção da renda que é poupada.
Embora uma taxa de poupança elevada não seja capaz de isoladamente elevar de forma permanente (sustentada) a taxa de crescimento do produto,
Uma taxa de poupança mais elevada é capaz de sustentar um nível de produto mais alto.
Podemos entender isto considerando duas economias que diferem só em relação à taxa de poupança. Aquela com taxa de poupança mais alta terá um nível de produto per capita mais alto do que a outra.
Fontes do crescimento
Porém, a chave do crescimento econômico sustentado é o progresso tecnológico (sustentado)
Assim, a taxa de crescimento do produto per capita é determinada, em última instância, pela taxa de progresso tecnológico da economia.
Isto decorre do fato de que os dois fatores que podem levar a um crescimento do produto são a acumulação de capital (AC) e o progresso tecnológico.
Se a AC não tem condições de sustentar o crescimento para sempre (crescimento sustentado), então caberá ao progresso tecnológico ser a chave para o crescimento sustentado.
Assim, em última análise, a taxa de crescimento do produto da economia é determinada pela taxa de progresso tecnológico desta economia.
A Determinação do Produto no Longo Prazo
Resumindo:
Acumulação de capital e progresso tecnológico são determinantes para o crescimento econômico.
Porém, como a acumulação de capital não tem condições sozinha de determinar o crescimento para sempre, então caberá ao progresso tecnológico determinar o crescimento sustentável.
A taxa de poupança não determina um crescimento sustentável, isto é, não afeta de forma permanente a taxa de crescimento. Mas ela afeta o nível de produto e o padrão de vida por algum tempo.
Interfaces entre produto e capital
A determinação do produto no longo prazo está fundamentada em duas relações entre produto e capital:
O volume de capital determina o montante de produto que pode ser obtido (efeito do capital (K) sobre o produto (Y)).
O montante de produto determina o montante de poupança e, por sua vez, o montante de capital acumulado ao longo do tempo (efeito do produto (Y) sobre a acumulação de capital (AC))
Juntas, estas relações determinam a evolução do produto e do capital ao longo do tempo.
11.1
Efeitos do capital sobre o produto 
Sob a hipótese de retornos constantes de escala, podemos escrever a relação entre produto por trabalhador e capital por trabalhador desta forma:
Em palavras: quanto maior o capital por trabalhador, maior o produto por trabalhador.
Efeitos do capital sobre o produto 
Já que o foco aqui é o papel da acumulação de capital, levantaremos as seguintes hipóteses:
O tamanho da população, a taxa de atividade econômica e a taxa de desemprego são constantes. Logo, temos que N é constante.
Não há progresso tecnológico.
Efeitos do capital sobre o produto 
Com essas hipóteses, a primeira relação que queremos expressar é entre o produto e o capitalpor trabalhador:
Em palavras: quanto maior o capital por trabalhador, maior o produto por trabalhador.
Efeitos do produto sobre a acumulação de capital
Para prosseguirmos, dois passos são necessários:
▪ Primeiro, derivamos a relação entre produto (Y) e investimento (I).
▪ Então, derivamos a relação entre investimento e acumulação de capital.
A Relação entre Produto e Investimento
Para derivar a relação entre produto e investimento, formulamos três hipóteses:
Supomos uma economia fechada.
Supomos que a poupança pública, T – G, seja igual a zero.
Supomos que a poupança privada seja proporcional à renda; portanto
Combinando essas duas relações, temos:
A Relação entre Investimento e Acumulação de Capital
A evolução do estoque de capital é dada por:
 representa a taxa de depreciação.
Combinando a relação entre produto e investimento, , com a relação entre investimento e acumulação de capital, obtemos a segunda relação importante para expressar a relação entre produto e acumulação de capital:
Investimento e acumulação de capital
Rearranjando os termos da equação acima, podemos articular a evolução do capital por trabalhador ao longo do tempo:
Em palavras: a mudança no estoque de capital por trabalhador (lado esquerdo) é igual à poupança por trabalhador menos a depreciação (lado direito).
Produto e capital por trabalhador:
Nossas duas relações principais são:
Combinando as duas relações, podemos estudar o comportamento do produto e do capital ao longo do tempo.
 Primeira relação:
O capital determina o produto.
 Segunda relação:
O produto determina a acumulação de capital
11-2
Dinâmica do capital e do produto
Com nossas relações principais acima, expressamos o produto por trabalhador (Y/N) em termos de capital por trabalhador para derivar a equação abaixo:
mudança no capital do ano t para o ano t + 1
 Investimento durante o ano t
 depreciação durante o ano t
Dinâmica do capital e do produto
Se o investimento por trabalhador supera a depreciação por trabalhador, a mudança no capital por trabalhador é positiva: o capital por trabalhador aumenta.
Se o investimento por trabalhador é inferior à depreciação por trabalhador, a mudança no capital por trabalhador é negativa. O capital por trabalhador diminui.
mudança no capital do ano t para o ano t + 1
investimento
durante o ano t
Depreciação
durante o ano t
Dinâmica do capital e do produto
Dinâmica do capital e do produto
Quando o capital e o produto são baixos, o investimento supera a depreciação e o capital aumenta. Quando o capital e o produto são altos, o investimento é inferior à depreciação e o capital diminui.
Figura 11.2
Dinâmica do capital e do produto
Em K0/N, o capital por trabalhador é baixo, o investimento supera a depreciação, portanto o capital por trabalhador e o produto por trabalhador tendem a crescer ao longo do tempo.
Dinâmica do capital e do produto
Em K*/N, o produto por trabalhador e o capital por trabalhador permancem constantes em seus níveis de equilíbrio de longo prazo.
O investimento por trabalhador cresce conforme aumenta o capital por trabalhador, mas cada vez menos à medida que o capital por trabalhador aumenta.
A depreciação por trabalhador cresce proporcionalmente ao capital por trabalhador.
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