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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO 
 
 
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ÍNDICE 
1-INTRODUÇÃO. 
2-O QUE É DIREITO? 
3-MÚTUA DEPENDÊNCIA ENTRE O DIREITO E A SOCIEDADE. 
4-QUAL A FINALIDADE DO DIREITO? 
5-DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO. 
6-DIREITO NATURAL. 
7-DIREITO POSITIVO. 
8-DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO. 
9-CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS SUBJETIVOS. 
10-FONTES DO DIREITO. 
11-DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO. 
12-VERTENTES DO DIREITO PÚBLICO. 
13-VERTENTES DO DIREITO PRIVADO. 
14-DIREITOS COLETIVOS. 
15-PRINCÍPIOS JURÍDICOS. 
16-PRINCÍPIOS ÉTICOS E MORAIS. 
17-DEONTOLOGIA. 
18-NORMA JURÍDICA. 
19-DIREITO E JUSTIÇA. 
20-LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO . 
21-CLASSIFICAÇÕES GERAIS. 
22-CONCLUSÃO. 
23-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 
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A Introdução ao Estudo do Direito tem por escopo 
prover ao aprendiz uma concepção ampla do Direito, que não 
pode ser requerida estudando isoladamente os ramos desta 
ciência. Todos questionamentos, análises e informações são 
abordadas na referida disciplina. 
Todos os conceitos e definições de Direito são 
estudados na disciplina Introdução ao Estudo do Direito. Todas 
as ideias e noções como fato jurídico, relação jurídica, lei, justiça 
e segurança jurídica, por serem aplicáveis a todos os ramos do 
Direito, são objetos de estudo da Introdução. 
As definições mais específicas, como o de crime, mar 
territorial, hipoteca, desapropriação, aviso prévio, não fazem 
parte da Introdução, por serem institutos próprios de 
determinadas disciplinas. 
A Introdução ao Estudo do Direito tem por principal 
objetivo fornecer aos alunos uma familiarização com a 
linguagem jurídica. 
Em detrimento dos novos conhecimentos é comum os 
estudantes sentirem dificuldades com as terminologias e 
institutos inerentes a ciência jurídica. 
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O jurista e escritor belga Edmond Picard, no seu famoso 
livro O Direito Puro, obra introdutória ao estudo do Direito, 
conta-nos a angústia que sentiu, ao início de seu curso de 
Direito, com a falta de uma disciplina prévia, diante da 
“abundância prodigiosa dos fatos” e da dificuldade em relacioná-
los. 
A disciplina Introdução ao Estudo do Direito é o 
primeiro desafio do estudante ante o universo jurídico que virá 
adiante. A ciência jurídica além de ampla e técnica, acompanha a 
evolução da sociedade e costumes sociais, fazendo com que 
surja novos termos e institutos e, para que sejamos excelentes 
operadores do direito, o estudo deve ser diário. 
A importância da disciplina que juntos iremos estudar, 
irá possibilitar aos estudantes a adaptação ao curso de Direito e 
noções essenciais para a formação de uma consciência jurídica. 
Sendo assim, seguiremos juntos no universo jurídico que 
inicia-se. 
“Se vives de acordo com as leis da natureza, nunca 
serás pobre; se vives de acordo com as opiniões 
alheias, nunca serás rico” 
 Sêneca 
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A nomenclatura direito nos remete a ideia do que é 
certo, correto, justo, honesto, digno e decente. O vocábulo 
direito pode ser empregado como substantivo, adjetivo e 
advérbio. Exemplos: “Eu sou uma pessoa direita” (adjetivo) ou 
“Eu me comporto de forma honesta e direita” (advérbio) ou “Eu 
tenho o direito de frequentar aquele lugar” (substantivo), 
portanto a palavra direito no uso comum é ampla e pode ser 
utilizada para definir diversas situações. 
O termo direito é, por conseguinte, uma palavra 
plurívoca, porque possui vários significados, ainda que ligados e 
entrelaçados. 
O Direito não se limita a apenas apresentar e classificar 
regras, normas e leis, mas tem também como propósito analisar 
os fenômenos sociais tais como os negócios jurídicos, a 
propriedade, a obrigação, o casamento, a filiação, o poder 
familiar e etc. 
O direito se apresenta como direito posto pelo Estado, 
ou seja, direito positivo ou positivismo, que denominamos de 
ordenamento jurídico. Noutra seara, temos a manifestação do 
idealismo, do chamado direito natural, o jusnaturalismo, direito 
este que é aplicado independente das normas, é inerente à 
natureza humana. 
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O direito positivo é o imposto pelo Estado, através das 
leis criadas por nossos representantes, enquanto o direito 
natural é o que nasce com o homem, é próprio da natureza 
humana, como o direito à vida. 
O direito acompanha a evolução da sociedade no tempo 
e no espaço. O que é permitido atualmente, poderá ser proibido 
no futuro e vice-versa. O que é crime hoje, poderá deixar de ser 
crime amanhã. O que se permite no Brasil, pode ser proibido em 
outros países. Há inúmeros exemplos a serem citados no que se 
refere a essas proibições e permissões, e um deles é a poligamia, 
que é crime no Brasil, mas aceito em vários países do Oriente 
Médio. 
Sob o aspecto geral, o direito se apresenta em três 
acepções. Como regra de conduta obrigatória, que se traduz no 
direito objetivo; como um sistema ordenado de conhecimentos, 
o que se traduz na ciência do direito; e como uma faculdade que 
a pessoa tem de agir para obter de outrem o que entende 
cabível, que se traduz no direito subjetivo. Falaremos adiante 
desses três aspectos. 
A-DEFINIÇÃO DE DIREITO: “Conjunto de normas/leis 
estabelecidas por um poder soberano, que disciplinam a vida 
social de um povo” (Dicionário Aurélio). 
 
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B-DEFINIÇÃO DE DIREITO: “O Direito é processo de 
adaptação social, que consiste em se estabelecerem regras de 
conduta, cuja incidência é independente da adesão daqueles a 
que a incidência da regra jurídica possa interessar”. (Pontes de 
Miranda) 
Os fatos históricos, as guerras, as doenças e a evolução 
da sociedade ao longo da história nos mostram o quão é 
necessário o direito. Onde há sociedade e onde há 
relacionamento humano, o direito deve se fazer presente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O Direito não tem existência em si, ele existe na 
sociedade. A sociedade está para o direito, assim como o direito 
está para a sociedade. O direito está inserido na sociedade e 
está depende do direito para regular as suas relações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 “O Direito está em função da vida social. A sua 
finalidade é a de favorecer o amplo 
relacionamento entre as pessoas e os grupos 
sociais, que é uma das bases do progresso da 
sociedade” (Paulo Nader)“ 
O direito é um instrumento de pacificação social, 
favorecendo um vasto relacionamento entre as pessoas e os 
grupos sociais, com a finalidade de manter a ordem e coordenar 
os interesses individuais e coletivos. 
O direito, como instrumento de pacificação social, é 
baseado em três pilares, fato, norma e valor. FATO: Fato social, 
conflito entre pessoas. (Sociologia). NORMA: Regula o fato 
social. (Dogmática). VALOR: Avaliação de caso, importância que 
se dá ao fato. (Filosofia). 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO POSITIVO (corrente): É o conjunto de normas 
estatais em vigor, em determinado país, numa determinada 
época. Limita o estudo do direito sobre as legislações jurídicas. 
Acredita que a lei resolva tudo e está acima de tudo. Surge do 
Estado, é mutável e particular à sociedade política que o cria (Ex.: 
Constituição, lei complementar, lei ordinária, decreto). 
DIREITO NATURAL (corrente): É o conjunto mínimo de 
preceitos dotados de caráter universal, imutável, que surge da 
natureza humana e que se configura como um dos princípios de 
legitimidade do direito. Adota o “direito universal”. Ligado à 
moral e aos costumes. 
Essas duas correntes entram em conflito, pois uma se 
considera superior à outra. Porém, quando as duas correntes 
entram em conflito, a do Direito Natural prevalece sobre a do 
Direito Positivo.

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