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SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL TÉCNICO Edição 1 Impresso por: Sistema de Informação Gerencial Autoria: Carlos Eduardo Moreno Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722. Núcleo de Educação à Distância Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). Sistema de Informação Gerencial / Carlos Eduardo Moreno - Indaial, SC: Arqué, 2023. XXX p. : il. ISBN papel xxxxxxxxxxxxxxx ISBN digital xxxxxxxxxxxxxxx “Graduação - EaD”. 1. Palavra-chave 1 2. Palavra-chave 2 3. EaD. I. Título. CDD - XXXXX Universidade Cesumar - UniCesumarC397 1ª Edição 2023 Sumário APRESENTAÇÃO ...........................................................................11 CAPÍTULO 1................................................................................... 12 Inicie Sua Jornada........................................................................ 14 Desenvolva Seu Potencial .......................................................... 16 1 Business intelligence .............................................................. 16 1.1 Benefícios do bi ..................................................................... 18 1.2 Arquitetura bi ........................................................................ 19 1.3 Data arehouse ........................................................................ 20 1.4 Análise de negócios .............................................................. 21 1.5 Ferramentas para manipular e analisar dados ................ 21 1.6 Interface do usuário ............................................................ 22 1.7 Métodos tradicionais de coleta de dados ......................... 22 1.8 O bi aplicado na prática dentro de organizações ............ 23 2 Exploração de dados para tomada de decisões empresariais baseadas em ferramentas ......................................................... 23 2.1 Board ...................................................................................... 23 2.2 Domo ........................................................................................ 24 2.3 Dundas bi ................................................................................ 24 2.4 Microsoft power bi ............................................................... 24 2.5 Sisense bi ................................................................................ 24 2.6 Tableau .................................................................................... 25 2.7 Benefícios das ferramentas de bi ....................................... 25 2.8 Kpis para business intelligence .......................................... 27 2.9 Vantagens que as ferramentas de business intelligence oferecem ...................................................................................... 28 3 Banco de dados......................................................................... 29 3.1 Conceitos e apresentação de banco de dados ................. 30 3.2 Informação ............................................................................. 31 3.3 Conhecimento ........................................................................ 32 3.4 Como podemos armazenar os dados? ............................... 33 3.5 Conceitos de banco de dados sgbd .................................... 34 3.6 Estruturas dos modelos de dados ................................... 35 3.7 Modelos conceituais ........................................................... 36 3.8 Modelos lógicos .................................................................. 38 3.9 Modelos de bancos de dados .............................................. 38 3.9.1 Primeira geração: modelos pré-relacionais .................. 39 3.9.2 Segunda geração: modelo relacional ............................ 39 3.9.3 Terceira geração: modelos pós-relacionais ................. 39 3.10 Modelo relacional ............................................................. 40 3.11 Modelo entidade-relacionamento .................................... 42 3.12 Relacionamento ................................................................... 44 3.13 Entidade ................................................................................ 45 3.14 Atributos .............................................................................. 46 3.15 Entidade fraca ..................................................................... 48 3.16 Atributo simples .................................................................. 49 3.17 Atributo composto .............................................................. 49 3.18 Derivação do modelo conceitual para modelo relacional ....51 3.19 Mapear entidades ................................................................ 51 3.20 Mapear relacionamentos ................................................... 51 3.21 Considerar cardinalidades relacionamentos ................ 53 3.22 Lista de objetos ................................................................... 53 3.23 Listagem dos objetos e fatores que os objetos possuem ... 54 Novos Desafios ............................................................................ 57 AUTOATIVIDADE ........................................................................... 58 REFERÊNCIAS .............................................................................. 60 Sumário CAPÍTULO 2................................................................................... 62 Inicie Sua Jornada........................................................................ 64 Desenvolva Seu Potencial .......................................................... 65 1 sistemas de informação ........................................................... 65 1.1 Conceitos básicos de sistemas de informação ................. 66 1.2 Papel dos sistemas de informação nas organizações ..... 68 1.3. Benefícios dos sistemas de informação ........................... 70 1.4. Desafios dos sistemas de informação .............................. 70 1.5 Impacto da tecnologia emergente nos sistemas de informação ....................................................................................... 72 2 Sistema de informação e o gerenciamento das ferramentas de planejamento estratégico .................................................... 75 2.1 Introdução ao sistema de informação ............................... 75 2.2 Papel do sistema de informação no gerenciamento do planejamento estratégico ......................................................... 77 2.3 Ferramentas de planejamento estratégico apoiadas pelo sistema de informação ................................................................ 78 3 Programas e sistemas ............................................................. 79 3.1 O que é programação e qual é a sua importância? ........... 80 3.2 Desenvolvimento de software ............................................ 82 4 Sistemas operacionais ............................................................. 84 4.1 Tipos de sistemas operacionais: windows, macos, linux .... 85 Novos Desafios ............................................................................ 86 AUTOATIVIDADE ........................................................................... 87 REFERÊNCIAS .............................................................................. 89 Sumário CAPÍTULO 3................................................................................... 91 Inicie Sua Jornada........................................................................ 93 Desenvolva Seu Potencial .......................................................... 94 1 definição e conceito de e-business ........................................ 94 2 Importância do marketing digital ........................................... 95 3 Ferramentas do marketing digital ......................................... 96 4 Tendências futuras do e-business ......................................... 97 5 Processo gerencialprópria e sua existência está vinculada à existência de uma entidade forte. Assim, se caso um empre- gado for excluído, todos os seus dependentes serão excluídos. 49 Banco de dados Business Intelligence dependentes e estruturas complexas de dados. Ao definir corretamente as re- gras de dependência e identificação, é possível criar uma estrutura de dados co- erente e precisa. A compreensão adequada do conceito de entidade fraca e sua aplicação apropriada contribuem para a eficiência e a eficácia dos sistemas de banco de dados. 3.16 Atributo simples Não possui qualquer característica especial. O nome da empresa é um exem- plo de atributo simples, pois não possui nenhuma característica especial. Figura 14 - Exemplo de atributo simples Empresa Nome Fonte: elaborado pelo autor (2022). #ParaTodosVerem: figura mostra um exemplo de atributo simples. Do lado esquerdo, há um retângulo azul e dentro dele consta a palavra "empresa" escrita em letra maiúscula. Desse retângulo sai um traço, o qual aponta para a palavra "nome" que está escrita, também, em letra maiúscula. Portanto, os atributos simples desempenham um papel fundamental na re- presentação e organização dos dados em um banco de dados. Eles são os ele- mentos básicos que compõem as entidades, fornecendo informações específicas e distintas sobre cada registro. Os atributos simples são indivisíveis e não podem ser decompostos em partes menores. De maneira sucinta, os atributos simples são elementos-chave na represen- tação e organização dos dados em um banco de dados. Sua definição adequada, considerando tipos de dados apropriados e restrições necessárias, resulta em um banco de dados consistente, eficiente e capaz de fornecer informações precisas para as necessidades do sistema. 3.17 Atributo composto O seu conteúdo é formado por itens menores (sub-atributos). Como exemplo temos: a rua, o CEP, o bairro, a cidade, o estado, entre outros. 50 Banco de dados Business Intelligence Figura 15 - Exemplo de atributo composto Empresa Endereço CEP Rua Bairro Fonte: elaborado pelo autor (2022). Os atributos compostos desempenham um papel importante na modelagem e organização dos dados em um banco de dados. Eles permitem agrupar vários atributos relacionados em uma única estrutura, facilitando a representação de in- formações mais complexas e estruturadas. Segue abaixo um roteiro para você elaborar um diagrama de entidade-relacio- namento: 1. Criar uma lista de todas as entidades. 2. Identificar o relacionamento entre elas. 3. Definir cardinalidades. 4. Desenhar os retângulos para cada uma das entidades. 5. Ligar as entidades com suas subentidades*. 6. Ligar os retângulos com os losangos que representam os relacionamentos. 7. Indicar as cardinalidades. APROFUNDANDO Em conclusão, os atributos compostos são recursos valiosos na modela- gem de bancos de dados, permitindo representar informações complexas e hie- rárquicas de forma organizada. Sua utilização adequada contribui para a clareza, a eficiência e a redução da redundância nos dados. Ao considerar a estrutura e a natureza dos dados, é possível aproveitar ao máximo os atributos compostos e obter um banco de dados mais robusto e eficaz. #ParaTodosVerem: a figura mostra um exemplo de atributo composto. Nela, do lado esquerdo, há um retângulo azul e dentro dele consta a pala- vra "empresa" escrita em letra maiúscula. Desse retângulo sai um traço, o qual aponta para a palavra "endereço" que está escrita, também, em letra maiúscula. Da palavra "endereço" saem três traços direcionados às pala- vras "Rua, CEP, Bairro", respectivamente. 51 Banco de dados Business Intelligence 3.18 Derivação do modelo conceitual para modelo relacional Dentro do contexto da modelagem de dados, esta etapa é muito importante, pois realizaremos a transformação das entidades e relacionamentos advindos do modelo ER para o modelo Relacional. Por isso, devemos seguir regras bem defi- nidas para que realizemos essa etapa com sucesso, atendendo a todos os requi- sitos do modelo funcional. Será mediante essas regras que poderemos nos certificar que o projeto rela- cional estará devidamente adequado ao modelo conceitual e, principalmente, sem inconsistências. Como resultados esperados, serão gerados diagramas das tabe- las, com suas tabelas e respectivas chaves (primária, estrangeiras e etc.), consti- tuindo assim, o modelo lógico no qual servirá de base ao projeto físico. 3.19 Mapear entidades Devemos observar que toda entidade se tornará uma tabela no banco de da- dos, nos quais levará todos os atributos que foram definidos nesta entidade, que por sua vez, irão se tornar colunas nas tabelas a serem criadas. O principal iden- tificador dessa entidade se tornará a sua chave primária e esta, por sua vez, não permitirá repetições, nem valores nulos. Nessa etapa devemos gerar os atributos das entidades, bem como os rela- cionamentos de modo a minimizar o espaço de armazenamento, para assim, ser possível tornar a consulta de dados mais eficiente. Aqui, igualmente, devemos considerar as características do SGBD, que serão utilizados na implementação do banco de dados físico, como também os tipos de dados, tamanhos das colunas para cada tabela, entre outros. 3.20 Mapear relacionamentos Aqui, será implicada a transformação dos atributos das entidades em colunas que serão criadas nas tabelas, implicando também a criação de novas tabelas a partir desses relacionamentos e entidades. Mapear relacionamentos em bancos de dados é uma prática fundamental para projetar e organizar a estrutura de um sistema de banco de dados. Esse processo envolve a identificação e definição das relações entre as tabelas, que 52 Banco de dados Business Intelligence representam entidades e conceitos do domínio de aplicação. Existem vários tipos de relacionamentos que podem ser mapeados em um banco de dados, sendo os mais comuns: • Relacionamento um para um (1:1): nesse tipo de relacionamento, uma li- nha de uma tabela está associada a no máximo uma linha de outra tabela. Por exemplo, imagine uma tabela de “Clientes” e outra tabela de “Endereços”. Cada cliente possui apenas um endereço associado. • Relacionamento um para muitos (1:N): nesse tipo de relacionamento, uma linha de uma tabela está associada a várias linhas de outra tabela. Por exem- plo, uma tabela de “Clientes” e uma tabela de “Pedidos”. Cada cliente pode ter vários pedidos associados. • Relacionamento muitos para muitos (N:N): nesse tipo de relacionamento, várias linhas de uma tabela estão associadas a várias linhas de outra tabela. No entanto, esse tipo de relacionamento não pode ser diretamente represen- tado em um banco de dados relacional. Para mapeá-lo, é necessário criar uma tabela intermediária, chamada de tabela de junção ou tabela associativa. Por exemplo, imagine uma tabela de “Estudantes” e uma tabela de “Cursos”. Um estudante pode estar matriculado em vários cursos, e um curso pode ter vários estudantes matriculados. Para representar essa relação, seria neces- sário criar uma tabela intermediária que armazenasse os pares de estudantes e cursos. Ao mapear relacionamentos em um banco de dados, é comum utilizar cha- ves estrangeiras para estabelecer as conexões entre as tabelas. Uma chave es- trangeira é um campo em uma tabela que faz referência à chave primária de outra tabela. Isso permite estabelecer as relações entre as tabelas. Além do mais, é primordial considerar a cardinalidade dos relacionamentos, ou seja, o número máximo de ocorrências que podem existir em cada lado da re- lação. A cardinalidade ajuda a determinar o tipo de relacionamento adequado a ser mapeado. Há inúmeras abordagens e notações para mapear relacionamentos em ban- cos de dados, como o Modelo Entidade-Relacionamento (MER) e o Diagrama de Entidade-Relacionamento (DER). Essas ferramentas auxiliam na visualização e comunicação dos relacionamentos entre as entidades do sistema. 53 Banco de dados Business Intelligence3.21 Considerar cardinalidades relacionamentos Considerar as cardinalidades dos relacionamentos é um aspecto crucial ao projetar bancos de dados. A cardinalidade de um relacionamento se refere a quantidade de ocorrências que podem existir entre as entidades às quais estão relacionadas. Ela descreve como as entidades de um lado do relacionamento es- tão associadas às entidades do outro lado. • Relacionamentos que possuem atributos: estes relacionamentos se torna- rão tabelas nos casos em que os relacionamentos forem N:N. Caso os relacio- namentos sejam 1:N, os atributos desses relacionamentos serão transferidos para as tabelas que possuem as cardinalidades N. • Relacionamentos são representados por chaves estrangeiras (Foreign Key): todos os atributos correspondentes às chaves primárias de outro rela- cionamento, serão definidos como chave estrangeira. • Considerar outros tipos de relacionamentos: relacionamentos múltiplos (ternário); relacionamentos auto-relacionamento. • Considerar o uso das seguintes cardinalidades: relacionamento 1 para 1 (1:1), relacionamento 1 para Muitos (1:N), relacionamento Muitos para Muitos (M:N). 3.22 Lista de objetos Uma lista de objetos em bancos de dados se refere a uma coleção estrutu- rada de itens ou entidades que são armazenados em um banco de dados. Essa lista pode ser composta por diversos tipos de objetos, dependendo do sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD) utilizado e dos requisitos específicos da aplicação. • Entidade: objeto do mundo real do negócio do qual queremos manter infor- mações no banco de dados. Cite-se: funcionário, cliente, nota fiscal, aluno, curso. • Entidade associativa: surge de um relacionamento de cardinalidade N para N, no qual existe uma associação dos atributos identificadores das duas enti- dades relacionadas, sendo necessária a criação de uma nova entidade. Cite- -se: item do pedido, item da nota fiscal. 54 Banco de dados Business Intelligence • Atributo: dado associado a cada ocorrência de uma entidade ou de um re- lacionamento. Por exemplo: RA do aluno, nome do aluno, endereço, CPF do cliente, CEP, cidade, salário, data de nascimento. • Atributo identificador: é aquele atributo que é único, não permite armazena- mento de valores repetidos e seu preenchimento é obrigatório. Exemplo: RA do aluno, CPF do cliente, código do produto, número da nota fiscal. • Relacionamento: conjunto de associações entre entidades. • Grau de relacionamento: número de entidades que participam de um relacionamento. • Relacionamento binário: duas entidades associadas a um relacionamento. • Relacionamento ternário: três entidades associadas a um relacionamento. • Auto-Relacionamento: uma entidade associada a ela mesma. • Cardinalidade: número (mínimo/máximo) de ocorrências de uma entidade associada a outra entidade por meio de um relacionamento. Lembrando que a implementação da cardinalidade mínima e máxima se dá de acordo com le- vantamento de dados do negócio. • Generalização/Especialização: técnica utilizada em situações que podem apre- sentar ocorrências em que um conjunto dos atributos de uma entidade em deter- minados momento recebem valores e outro conjunto no mesmo momento, não recebe e vice-versa, sendo necessário separá-los em subgrupos (especializa- ções). A generalização/especialização pode ser classificada em dois tipos: total e parcial. Quando cada ocorrência da entidade generalizada possui, obrigatoria- mente, uma ocorrência correspondente a alguma das entidades especializadas ela é total, e quando existem ocorrências na entidade genérica, que não pos- suem ocorrências correspondentes na entidade especializada, ela é parcial. 3.23 Listagem dos objetos e fatores que os objetos possuem Um dos pilares do modelo de entidade e relacionamento são as entidades. Agora, irei traçar um paralelo entre entidade e relação. Em bancos de dados exis- te uma terminologia bastante vasta e, às vezes, vocês têm dois ou mais termos representando o mesmo conceito, e, às vezes, dois ou mais termos representan- do mais ou menos o mesmo conceito com pequenas diferenças entre si. 55 Banco de dados Business Intelligence • Uma Entidade é um conceito do mundo real, como, por exemplo, um Cliente ou um Produto. • Uma Relação é um conjunto de registros (tuplas – termo técnico de banco de dados), nos quais representam um modelo de uma entidade. • Cada registro representa uma instância de entidade, e o conjunto de todas as instâncias, com seus atributos, é chamado Relação. • Um relacionamento é uma tabela bidimensional com características especí- ficas, composta por linhas e colunas, criada a partir de uma entidade. Confira as características de uma relação, abaixo: • Linhas contém dados sobre instâncias de uma entidade (registros). • Colunas contém dados sobre atributos da entidade (campos). • Cada coluna da tabela armazena um único valor. • Todos os valores em uma coluna são do mesmo tipo (domínio). • Cada coluna possui um nome único. • Não há duas linhas idênticas. • As relações geralmente geram tabelas no banco. No exemplo acima estamos modelando em nosso banco de dados a relação Produto, e esta possui dados sobre os produtos como o ID do Produto, o Nome do Produto e o Preço do Produto. São informações qualitativas acerca da entidade Produto. Certamente, poderia se ter mais informações, por esse motivo, é impor- tante sabermos que a necessidade das informações precisam ser levantadas, por exemplo, levantarmos todos os requisitos necessários junto ao cliente, determi- nando o que será ou não armazenado no banco de dados. Cada linha em nosso exemplo, possui as instâncias de nossa entidade Pro- duto. No exemplo acima temos uma tabela completa contendo as instâncias da tabela Produto, com a chave Primária (Cod) e uma coluna contendo a chave-es- trangeira (Fornecedor). Garantir a consistência e a precisão dos dados é um elemento essencial no processo de design, implementação e utilização de sistemas de armazenamen- to de dados. A manutenção desses padrões é crucial para o bom funcionamento do sistema. A integridade dos dados é alcançada por meio da aplicação de res- trições de integridade. 56 Banco de dados Business Intelligence As restrições de integridade em bancos de dados são regras ou condições definidas para garantir a precisão, consistência e validade dos dados armazena- dos no banco de dados. Essas restrições são aplicadas para evitar a inserção, atualização ou exclusão de dados que possam comprometer a integridade dos dados ou violar as regras de negócio. Existem diferentes tipos de restrições de integridade que podem ser aplica- das em bancos de dados. Irei descrever algumas das mais comuns: • Restrições de Chave Primária (Primary Key Constraints): uma restrição de chave primária garante que cada linha em uma tabela tenha um valor exclusivo para a chave primária. Isso garante que não haja duplicação de registros e facilita a identificação única de cada registro na tabela. • Restrições de Chave Externa (Foreign Key Constraints): as restrições de chave externa garantem a consistência referencial entre duas tabelas. Elas definem uma relação entre duas tabelas, em que a chave estrangeira em uma tabela faz referência à chave primária em outra tabela. Essas restri- ções garantem que os relacionamentos entre as tabelas sejam válidos e que não ocorram referências a registros inexistentes. • Restrições de Unicidade (Unique Constraints): as restrições de unicida- de garantem que os valores de uma coluna ou conjunto de colunas em uma tabela sejam exclusivos. Isso evita a duplicação de valores e garante a inte- gridade dos dados. • Restrições de Verificação (Check Constraints): as restrições de verifi- cação são usadas para garantir que os valores inseridos em uma coluna atendam a uma condição específica. Por exemplo, você pode definir uma restrição de verificação para garantir que os valores em uma coluna “idade” esteja entre um determinado intervalo. • Restriçõesde Não Nulo (Not Null Constraints): as restrições de não nulo garantem que os valores em uma coluna não possam ser nulos. Isso garan- te que cada registro tenha um valor válido para essa coluna e evita a inser- ção de dados ausentes ou indefinidos. Chegou a hora de revisar os conteúdos desta unidade. Clique aqui e confira! EM FOCO 57 Banco de dados Business Intelligence NOVOS DESAFIOS Concluindo, o uso de banco de dados e Business Intelligence desempenha um papel fundamental nas organizações modernas, fornecendo insights valiosos e impulsionando a tomada de decisões informadas. Os bancos de dados são a base sólida para armazenar, gerenciar e recuperar dados relevantes para as ope- rações de uma empresa, permitindo o acesso eficiente a informações cruciais. Por sua vez, o Business Intelligence utiliza esses dados para transformá-los em conhecimento acionável. Com o auxílio de técnicas avançadas de análise, como mineração de dados, modelagem estatística e visualização de dados, as organizações podem identificar padrões, tendências e oportunidades de negócio que seriam difíceis de serem percebidos de outra forma. A combinação do banco de dados e Business Intelligence possibilita que as companhias tenham uma visão holística de suas operações, clientes, concorrên- cia e mercado. Isso permite a criação de estratégias mais eficazes, a identificação de áreas de melhoria e a antecipação de mudanças e demandas futuras. Além disso, o banco de dados e Business Intelligence são essenciais para a transformação digital das empresas, impulsionando a inovação e a competitivida- de. Com a adoção dessas tecnologias, as organizações podem agir de forma pro- ativa, antecipando mudanças no mercado, personalizando ofertas para os clientes e melhorando a eficiência operacional. No entanto, é importante ressaltar que o sucesso do uso de banco de dados e Business Intelligence depende de vários fatores, como a qualidade dos dados, a integridade dos sistemas, a capacidade de análise e interpretação dos profis- sionais envolvidos, entre outros. Além disso, as questões éticas e de privacidade dos dados também devem ser consideradas e gerenciadas de forma responsável. Em suma, o banco de dados e Business Intelligence exercem um papel vi- tal no mundo dos negócios atual, proporcionando uma vantagem competitiva sig- nificativa. As empresas que adotam essas tecnologias de forma estratégica e eficiente estão mais bem posicionadas para alcançar o sucesso, impulsionar o crescimento sustentável e se adaptar às mudanças do mercado de forma ágil. 58 Banco de dados Business Intelligence AUTOATIVIDADES 1 - A granularidade se trata do menor nível da informação e é definida de acordo com as necessidades levantadas no início do projeto. Assim, quanto maior for a granularidade, menor será o detalhe (ou maior será a sumarização). Quanto menor for a granularidade, maior será o detalhamento (ou menor será a sumarização). Diante disso, quais são as principais vantagens e desvantagens de traba- lhar com dados em diferentes níveis de granularidade no contexto do Business Intelligence? a) As vantagens são maior precisão e rapidez nas análises, enquanto as des- vantagens são maior complexidade e dificuldade de interpretação dos dados. b) As vantagens são maior flexibilidade e agilidade nas análises, enquanto as desvantagens são maior custo e necessidade de mais recursos. c) As vantagens são maior capacidade de detecção de tendências e padrões, en- quanto as desvantagens são maior necessidade de limpeza e tratamento dos dados. d) As vantagens são maior capacidade de segmentação e personalização das análises, enquanto as desvantagens são maior dificuldade de obtenção e co- leta dos dados. e) As vantagens são maior capacidade de generalização e simplificação das análises, enquanto as desvantagens são maior perda de informações e detalhes dos dados. 2 - Como sabemos, um Data Mart é um subconjunto de dados de um Data Warehouse (sistema de gerenciamento de dados projetado para armazenar gran- des quantidades de informações de várias fontes). Geralmente, são dados refe- rentes a um assunto em especial ou diferentes níveis de sumarização, nas quais focalizam uma ou mais áreas específicas. Diante disso, qual das alternativas a seguir apresenta a principal diferença entre um data warehouse e um data mart no contexto do Business Intelligence? a) Um data warehouse é uma base de dados centralizada e compartilhada, enquanto um data mart é uma base de dados descentralizada e específica. b) Um data warehouse é uma base de dados histórica, enquanto um data mart é uma base de dados atualizada em tempo real. c) Um data warehouse é uma base de dados estruturada, enquanto um data mart é uma base de dados não estruturada. d) Um data warehouse é uma base de dados voltada para análise de dados, en- quanto um data mart é uma base de dados voltada para armazenamento de dados. e) Um data warehouse é uma base de dados voltada para análise de dados multidimensional, enquanto um data mart é uma base de dados voltada para aná- lise de dados unidimensional. 59 Banco de dados Business Intelligence 3 - Acerca das etapas do processo para a transformação de dados em infor- mação, temos o conhecimento, que será transformado em dado e, por fim, em in- formação. Com base nesse entendimento, assinale a alternativa CORRETA sobre as etapas do processo de transformação de dados: a) A etapa 1 abarca as atividades que geram dados no sistema; na etapa 2, ocorre a coleta dos dados; na etapa 3, os dados coletados são armazenados; na etapa 4, temos o processamento de transformação dos dados; na etapa 5, inicia- -se o processo de geração das informações; e, na etapa 6, com as informações geradas, é possível tomar decisões. b) A etapa 1 inicia-se com a coleta dos dados; na etapa 2, são as atividades que geram dados no sistema; na etapa 3, os dados coletados são armazenados; na etapa 4, temos o processamento de transformação dos dados; na etapa 5, ini- cia-se o processo de geração das informações; e, na etapa 6, com as informações geradas, é possível tomar decisões. c) A etapa 1 são as atividades que geram dados no sistema; na etapa 2, te- mos a coleta dos dados; na etapa 3, os dados coletados são armazenados; na etapa 4, inicia-se o processo de geração das informações; na etapa 5, temos o processamento de transformação dos dados; e, na etapa 6, com as informações geradas, é possível tomar decisões. d) Na etapa 1, os dados coletados são armazenados; na etapa 2, temos a coleta dos dados; a etapa 3, são as atividades que geram dados no sistema; na etapa 4, temos o processamento de transformação dos dados; na etapa 5, inicia- -se o processo de geração das informações; e, na etapa 6, com as informações geradas, é possível tomar decisões. e) A etapa 1 são as atividades que geram dados no sistema; na etapa 2, te- mos o armazenamento; na etapa 3, os dados são coletados; na etapa 4, inicia-se o processo de geração das informações; na etapa 5, temos o processamento de transformação dos dados; e, na etapa 6, com as informações geradas, é possível tomar decisões. 60 Banco de dados Business Intelligence REFERÊNCIAS FRANÇA, F. A. A Inteligência por trás do Business Intelligence. Disponível em: https://flavioaf.wordpress.com/2011/09/28/a-inteligencia-por-traz-do-business-in- telligence/. Acesso em: 13 jun. 2023. MARÓSTICA, E. Inteligência de mercado. Cengage Learning Brasil, 2014. ISBN 9788522129546. E-book. PICHETTI, R. F.; VIDA, E. S.; CORTES, V. S. M. P. Banco de dados. Porto Ale- gre: Grupo A, 2021. ISBN 9786556900186. E-book. TURBAN, E.; SHARDA, R.; DELEN, D.. Business Intelligence e Análise de Da- dos para a gestão do negócio. Grupo A, 2019. ISNS 9788582605202. 2019. E-book. VALLE, R.; OLIVEIRA, S. B. Análise e modelagem de processos de negócio: foco na notação BPMN (Business Process Modeling Notation). São Paulo: Grupo GEN, 2013. ISBN 9788522479917. 2013. E-book. Sistema de Informação GerencialTÉCNICO Edição 1 CAPÍTULO 2 Potencializando o Planejamento Organizacional TEMA DE APRENDIZAGEM Minhas metas: 3 Compreender a definição e os componentes dos sistemas de informação. 3 Entender como os sistemas de informação apoiam a tomada de decisões. 3 Compreender a natureza da mudança organizacional necessária para implementar sistemas de informação. 3 Identificar oportunidades de melhorias nos processos de negó- cios mediante a implementação de sistemas de informação. 3 Compreender como um sistema de informação pode ser eficiente no processo decisório. 3 Saber utilizar um sistema de informação para suportar a tomada de decisões estratégicas. 3 Saber como promover o trabalho em equipe e a colaboração por intermédio do sistema de informação, melhorando a comunica- ção interna da empresa. 64 Potencializando o Planejamento Organizacional INICIE SUA JORNADA Os sistemas de informação oferecem uma série de benefícios para as or- ganizações, incluindo automatização de processos, melhoria da eficiência e da produtividade, apoio à tomada de decisões, melhoria da comunicação e colabora- ção da equipe e acesso rápido a informações e conhecimentos. Esses benefícios contribuem para o sucesso e a competitividade das organizações no mundo atual, impulsionado pela tecnologia. Ainda, os sistemas de informação enfrentam diver- sos desafios, incluindo a segurança da informação, a integração de sistemas, o gerenciamento de dados, a mudança organizacional e a manutenção e suporte contínuos. Que tal conferir agora o episódio “O Sistema de Informa- ções Gerenciais - SIG em 4 minutos - Sistemas De Infor- mações | Podcast on Spotify”. Nele, vamos explorar o fas- cinante mundo dos sistemas de informação nas empresas. Prepare-se para uma viagem pelos fundamentos, objetivos, complexidade sistêmica, tipos e níveis desses sistemas. Para finalizar, será apresentado um interessante comparati- vo entre diferentes tipos de sistemas. PLAY NO CONHECIMENTO Superar esses desafios requer o uso de estratégias adequadas, a adoção de tecnologias avançadas, o envolvimento de todos os níveis da organização e uma abordagem proativa para a gestão dos sistemas de informação. Os testes de software buscam identificar defeitos e problemas específicos nesse suporte, enquanto a garantia de qualidade engloba atividades mais abran- gentes que visam melhorar os processos e a qualidade geral do desenvolvimen- to de software. Ambas as áreas são essenciais para garantir que o software seja confiável, seguro e atenda às expectativas dos usuários. VAMOS RECORDAR? Chegou o momento de relembrar algumas informações sobre os sistemas de informação. Você sabe o que é business intelligence? Confira este vídeo e re- fresque sua memória! https://open.spotify.com/episode/5I7RTYJp9WGh0YKITvPnCU https://www.youtube.com/watch?v=rN3YnSg0WjM 65 Potencializando o Planejamento Organizacional DESENVOLVA SEU POTENCIAL No mundo atual, impulsionado pela era digital, é essencial que indivíduos e organizações estejam preparados para desenvolver seu potencial máximo. Nes- se sentido, compreender os programas e sistemas de informação, assim como os fundamentos dos sistemas de informação e seu papel no gerenciamento das fer- ramentas de planejamento estratégico, torna-se crucial para alcançar o sucesso e a eficiência desejados. 1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Na era digital, os sistemas de informação desempenham um papel funda- mental na gestão e no êxito das organizações. Eles oferecem suporte aos proces- sos de negócios, facilitam a tomada de decisões e promovem uma comunicação e colaboração mais eficientes entre os membros da organização. Figura 1 – Sistemas de informação Fonte: . Acesso em: 18 maio 2023. #ParaTodosVerem: imagem representando os sistemas de informação. Nela, há um computador conectado a diversos recursos tecnológicos. A partir daqui, exploraremos os fundamentos dos sistemas de informação, abordando seus componentes, tipos, benefícios e desafios. 66 Potencializando o Planejamento Organizacional 1.1 Conceitos básicos de sistemas de informação Os sistemas de informação são conjuntos organizados de recursos que cole- tam, processam, armazenam e distribuem informações com o objetivo de apoiar a tomada de decisões, o controle das atividades e a coordenação das operações de uma organização. Figura 2 – Processo Fonte: . Acesso em: 18 maio 2023. #ParaTodosVerem: imagem apresentando as mãos de uma pessoa de- senhando processos em uma folha de papel, do início ao fim. Um sistema de informação consiste em hardware, sistema operacional e software aplicativo, que trabalham juntos para coletar, processar e armazenar dados para indivíduos e organizações. Segurança de sistemas de informação é a coleção de atividades que protegem o sistema de informações e os dados armazenados nele. A Figura 1.3 analisa os tipos de informação normalmente encontrados dentro de uma infraestrutura de TI (KIM; SOLOMON, 2014, p. 6). Um sistema de informação é composto por diversos elementos interdepen- dentes, sendo que os principais estão representados a seguir: 67 Potencializando o Planejamento Organizacional HARDWARE O hardware engloba todos os dispositivos físicos utilizados para processar, armazenar e transmitir dados e informações. Isso inclui computadores, servido- res, dispositivos de armazenamento, redes de computadores, periféricos, entre outros. SOFTWARE O software refere-se aos programas e aplicativos que são executados no har- dware para realizar tarefas específicas. Isso inclui sistemas operacionais, aplicati- vos de produtividade, softwares de gerenciamento de banco de dados, sistemas de gestão empresarial (ERP), sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM), entre outros. DADOS Os dados são fatos brutos, como textos, números, imagens, vídeos, entre outros. Eles são a matéria-prima que é processada pelo sistema de informação para gerar informações significativas. Os dados podem ser estruturados (organizados em um formato específico, como tabelas de banco de dados) ou não estruturados (como documentos de texto livre e e-mails). PESSOAS As pessoas são os usuários finais que interagem com o sistema de informação. Isso inclui os usuários que fornecem os dados, os usuários que utilizam as infor- mações geradas pelo sistema e os profissionais de tecnologia da informação (TI) responsáveis pela administração, pela manutenção e pelo suporte do sistema. PROCESSOS Os processos são os procedimentos e atividades que são realizados para coletar, processar, armazenar, distribuir e utilizar as informações no sistema. Eles podem envolver tarefas manuais e automatizadas, fluxos de trabalho, regras de negócio e outras ações necessárias para atingir os objetivos do sistema de informação. 68 Potencializando o Planejamento Organizacional Os sistemas de informação necessitam de três elementos básicos para que possam gerar as informações necessárias para a tomada de decisão e resolução de problemas, seja em nossa vida pessoal, seja dentro de qualquer organização que atue em qualquer setor econômico (indústria – comércio – serviços) (GONÇALVES, 2017, p. 29). Todos esses componentes estão interconectados e são dependentes uns dos outros para o funcionamento eficaz de um sistema de informação. A combi- nação adequada desses componentes permite que as organizações utilizem a tecnologia da informação para obter vantagem competitiva, melhorar a eficiência operacional, tomar decisões mais informadas e atender às necessidades dos usu- ários finais. 1.2 Papel dos sistemas de informação nas organizações Os sistemas de informação desempenham um papel fundamental nas orga- nizações, auxiliando no gerenciamento e na tomada de decisões. Eles são res- ponsáveis por coletar, armazenar, processar e distribuir informações relevantes para o funcionamento e o sucesso das atividades empresariais. Figura3 – Hardware Fonte: . Acesso em: 18 maio 2023. #ParaTodosVerem: imagem apresentando uma placa-mãe de computa- dor com chips e processadores conectados. 69 Potencializando o Planejamento Organizacional Existem cinco tipos de sistemas de informação. A seguir, estão destacadas as características de cada um deles: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO TRANSACIONAIS Os sistemas de informação transacionais são responsáveis por capturar e registrar transações rotineiras que ocorrem no contexto das operações diárias de uma organização. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE SUPORTE À DECISÃO Os sistemas de informação de suporte à decisão fornecem informações e ferramentas analíticas que auxiliam os tomadores de decisão no processo de avaliação e seleção de alternativas. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAIS Os sistemas de informação gerenciais são projetados para fornecer informa- ções de suporte às atividades de gerenciamento e ao processo de controle dentro de uma organização. Eles se concentram na geração de relatórios regu- lares, como relatórios de desempenho, indicadores-chave de desempenho (KPIs) e painéis de controle, que permitem aos gerentes monitorar e avaliar o desempenho das operações e tomar ações corretivas, se necessário. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ESTRATÉGICOS Os sistemas de informação estratégicos são desenvolvidos para auxiliar a alta administração no processo de planejamento estratégico e a formulação de estratégias de longo prazo. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COLABORATIVOS Os sistemas de informação colaborativos são projetados para facilitar a comu- nicação, a colaboração e o compartilhamento de informações entre as equipes e os indivíduos dentro de uma organização. 70 Potencializando o Planejamento Organizacional 1.3. Benefícios dos sistemas de informação Os sistemas de informação desempenham um papel crucial nas organiza- ções, proporcionando uma ampla gama de benefícios. A seguir, estão alguns dos principais benefícios desses sistemas: • Automatização de processos de negócios: um dos principais benefícios dos sistemas de informação é a capacidade de automatizar processos de negócios. • Melhoria da eficiência e produtividade: os sistemas de informação ajudam a melhorar a eficiência e a produtividade das organizações. • Apoio à tomada de decisões: os sistemas de informação também de- sempenham um papel fundamental no apoio à tomada de decisões nas organizações. • Melhoria da comunicação e colaboração: os sistemas de informação fa- cilitam a comunicação e a colaboração dentro e entre as equipes de uma organização. • Acesso rápido a informações e conhecimentos: os sistemas de informação fornecem acesso rápido e fácil a informações e conhecimentos relevantes. Os sistemas podem ser classificados segundo suas diferenças e semelhanças. A seguir, apresentaremos uma classificação que poderá ser útil para que analistas, projetistas e administradores de sistemas falem a mesma linguagem (AUDY; ANDRADE; CIDRAL, 2005, p. 33). Em resumo, os sistemas de informação oferecem uma série de benefícios para as organizações, incluindo a automatização de processos, a melhoria da efi- ciência e da produtividade, o apoio à tomada de decisões, a melhoria da comuni- cação e colaboração da equipe e o acesso rápido a informações e conhecimentos. 1.4. Desafios dos sistemas de informação A segurança da informação é um dos principais desafios enfrentados pelos sistemas de informação. Com o aumento da dependência da tecnologia, os siste- mas de informação estão expostos a uma variedade de ameaças, como ataques cibernéticos, roubo de dados, malware e acesso não autorizado. 71 Potencializando o Planejamento Organizacional Figura 4 – Segurança da informação Fonte: . Acesso em: 18 maio 2023. #ParaTodosVerem: a imagem representa uma pessoa inserindo infor- mações de autenticação em um tablet. Garantir a segurança da informação requer a implementação de medidas de proteção, como firewalls, criptografia, autenticação de usuários e sistemas de de- tecção de intrusões. A integração de sistemas é outro desafio comum para as organizações que têm diferentes sistemas de informação em operação. O gerenciamento de dados é também um obstáculo para os sistemas de informação, especialmente com o aumento exponencial da quantidade de dados gerados pelas organizações. Muitas vezes, ainda, a implementação de sistemas de informação exige mudanças organizacionais significativas. Isso pode incluir a reestruturação de processos de negócios, a realocação de recursos, a adaptação das práticas de trabalho e a revisão das políticas e procedimentos existentes. 72 Potencializando o Planejamento Organizacional Figura 5 – Integração de sistemas Fonte: . Acesso em: 18 maio 2023. #ParaTodosVerem: a imagem apresenta uma pessoa digitando no note- book, realizando atividades de integração entre sistemas. Em resumo, os sistemas de informação enfrentam diversos desafios, incluin- do a segurança da informação, a integração de sistemas, o gerenciamento de da- dos, a mudança organizacional e a manutenção de suportes contínuos. 1.5 Impacto da tecnologia emergente nos sistemas de informação As tecnologias emergentes, como computação em nuvem, big data, inteli- gência artificial, IoT e blockchain, têm um impacto significativo nos sistemas de in- formação. Elas proporcionam mais flexibilidade, eficiência, capacidade de análise de dados e segurança às organizações, transformando a forma como as empre- sas operam e tomam decisões. A seguir, veja mais informações sobre cada uma dessas tecnologias. • Computação em nuvem: a computação em nuvem é uma tecnologia emer- gente que tem um impacto significativo nos sistemas de informação. Ela en- volve o fornecimento de recursos computacionais, como armazenamento, processamento e software, por meio da internet. 73 Potencializando o Planejamento Organizacional Figura 6 – Computação em nuvem Fonte: . Acesso em: 18 maio 2023. #ParaTodosVerem: a imagem mostra um homem utilizando um tablet. Ele faz o uso de dispositivos remotamente conectados pela computação em nuvem. Com a computação em nuvem, os sistemas de informação podem ser facil- mente dimensionados de acordo com as necessidades da empresa, permitindo que os recursos sejam provisionados e desativados rapidamente. Além disso, os dados e aplicativos podem ser acessados de qualquer lugar e a qualquer momen- to, o que promove colaboração e mobilidade. • Big data e análise de dados: o aumento exponencial na geração de dados nos últimos anos deu origem ao conceito de big data. Big data refere-se a conjuntos de dados extremamente grandes e complexos, que não podem ser facilmente processados por meios tradicionais. • Inteligência artificial e aprendizado de máquina: a inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina (machine learning) são áreas da ciência da com- putação que se concentram no desenvolvimento de sistemas que podem rea- lizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. 74 Potencializando o Planejamento Organizacional Figura 7 – Inteligência artificial Fonte: . Acesso em: 18 maio 2023. #ParaTodosVerem: a imagem apresenta o conceito de transformação digital. Na figura, há um microchip de tecnologia de IA. A IA e o aprendizado de máquina permitem que os sistemas de informação automatizem tarefas, tomem decisões baseadas em dados e aprendam com ex- periências anteriores. Isso pode melhorar a eficiência operacional, a personaliza- ção do serviço ao cliente e a detecção de padrões e anomalias nos dados. • Internet das Coisas (IoT): a Internet das Coisas (IoT) refere-se à conexão de dispositivos físicos, como sensores, atuadores e outros dispositivos eletrôni- cos, à internet. • Blockchain: blockchain é uma tecnologia de registro distribuído que permite a criação de um banco de dados compartilhado e seguro entre váriaspartes. Um banco de dados é uma coleção de dados bem projetados, organizados e cuidadosamente gerenciados. Assim como outros componentes de um sistema de informação, o banco de dados deve ajudar uma organização a atingir seus objetivos (STAIR et al., 2021, p. 173). O blockchain é caracterizado por sua natureza descentralizada e imutável, o que reduz a dependência de intermediários e aumenta a confiança entre as partes envolvidas. Ele pode ser usado para realizar transações seguras, rastrear a pro- cedência de produtos, garantir a integridade dos dados e automatizar processos mediante contratos inteligentes. 75 Potencializando o Planejamento Organizacional Figura 8 – Blockchain Fonte: . Acesso em: 18 maio 2023. #ParaTodosVerem: a imagem apresenta quatro cubos ligados por uma corrente, tendo um cubo ao centro, apresentando a ideia do blockchain. Em resumo, os sistemas de informação são fundamentais para a operação eficaz e a competitividade das organizações na atual era digital. Compreender os conceitos básicos, os tipos, os benefícios e os desafios dos sistemas de informa- ção é essencial para aproveitar ao máximo as tecnologias disponíveis. 2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO E O GERENCIAMENTO DAS FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2.1 Introdução ao Sistema de Informação Um sistema de informação é composto por pessoas, tecnologia da informa- ção, processos e dados. As pessoas são os usuários do sistema, responsáveis por inserir, processar e utilizar as informações. A tecnologia da informação refere- -se aos dispositivos, sistemas e software utilizados para coletar, armazenar, pro- cessar e transmitir informações. O sistema de informação busca fornecer informações precisas, oportunas e relevantes aos gestores, a fim de auxiliar o planejamento estratégico e a execu- ção das atividades da organização. Alguns dos principais objetivos de um sistema de informação incluem: 76 Potencializando o Planejamento Organizacional SUPORTE À TOMADA DE DECISÕES O sistema de informação fornece informações aos gestores que os ajudam a tomar decisões informadas e fundamentadas. Isso inclui informações sobre de- sempenho, tendências de mercado, concorrência e outros fatores relevantes. MELHORIA DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL O sistema de informação automatiza tarefas e processos, eliminando a necessi- dade de trabalho manual repetitivo, o que melhora a eficiência operacional, reduz custos e aumenta a produtividade. FACILITAÇÃO DA COMUNICAÇÃO E COLABORAÇÃO O sistema de informação permite a troca rápida e eficiente de informações entre os diferentes departamentos e níveis hierárquicos de uma organização, garantin- do a colaboração e o trabalho em equipe. APOIO AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO O sistema de informação fornece dados e informações que auxiliam os gestores no desenvolvimento de planos estratégicos para a organização. Isso inclui infor- mações sobre o ambiente externo, concorrência, clientes e recursos disponíveis. CONTROLE E MONITORAMENTO O sistema de informação permite que os gestores monitorem o desempenho da organização, identifiquem problemas e tomem medidas corretivas, o que ajuda a garantir o cumprimento dos objetivos organizacionais e a melhoria contínua. O planejamento estratégico desempenha um papel fundamental no sucesso das organizações, independentemente de serem empresas, instituições sem fins lucrativos ou agências governamentais. Aqui estão algumas das principais razões pelas quais o planejamento estratégico é importante: • Visão de longo prazo: o planejamento estratégico permite que uma organi- zação estabeleça uma visão clara de seu futuro desejado. Ele ajuda a definir metas e objetivos de longo prazo, fornecendo uma direção clara para todos os membros da organização. 77 Potencializando o Planejamento Organizacional • Identificação de oportunidades e ameaças: o planejamento estratégico en- volve uma análise abrangente do ambiente externo, bem como uma avaliação interna das capacidades e recursos da organização. • Alocação eficiente de recursos: o planejamento estratégico compreende a identificação dos recursos necessários para alcançar as metas estabelecidas. Isso inclui recursos financeiros, humanos, tecnológicos e materiais. • Tomada de decisão informada: o planejamento estratégico fornece uma base sólida para a tomada de decisões. Assim, ao analisar diferentes cursos de ação e suas consequências, a organização pode tomar decisões informa- das e embasadas. • Monitoramento e adaptação: o planejamento estratégico não é um processo estático, mas, sim, um ciclo contínuo. Uma vez que o plano estratégico seja implementado, é importante monitorar seu progresso e fazer ajustes confor- me necessário. Dessa forma, o planejamento estratégico desempenha um papel essencial no sucesso das organizações, independentemente de sua natureza. Ele propor- ciona uma visão de longo prazo, definindo metas e direção para toda a equipe. Além disso, ele permite a identificação de oportunidades e ameaças, possibilitan- do uma atuação proativa. 2.2 Papel do Sistema de Informação no Gerenciamento do Planejamento Estratégico O sistema de informação desempenha um papel fundamental no gerencia- mento do planejamento estratégico, fornecendo dados, informações e ferramentas para coletar, processar, analisar, armazenar, comunicar e monitorar informações estratégicas. A seguir, acompanhe os papéis que eles podem desempenhar: INTEGRAÇÃO E COMUNICAÇÃO O sistema de informação facilita a integração de diferentes áreas e níveis da organização, permitindo o compartilhamento de informações relevantes para o planejamento estratégico. 78 Potencializando o Planejamento Organizacional ARMAZENAMENTO E RECUPERAÇÃO DE DADOS O sistema de informação tem a capacidade de armazenar grandes quantidades de dados de forma organizada e acessível. Isso é fundamental para o planeja- mento estratégico, pois permite o acesso rápido e eficiente a informações histó- ricas, dados de mercado, análises anteriores e outros elementos relevantes para a tomada de decisões estratégicas. APOIO À CRIAÇÃO DE CENÁRIOS O sistema de informação pode ser utilizado para criar cenários futuros com base em diferentes variáveis e hipóteses, o que permite que os gestores avaliem os impactos potenciais de diferentes estratégias e tomem decisões mais informa- das e preparadas para diferentes situações. 2.3 Ferramentas de Planejamento Estratégico Apoiadas pelo Sistema de Informação Além das ferramentas mencionadas, existem outras ferramentas de planeja- mento estratégico que também podem ser apoiadas pelo sistema de informação. Aqui estão algumas delas: • Análise das 5 Forças de Porter: o sistema de informação pode forne- cer dados relevantes sobre concorrência, clientes, fornecedores e produtos substitutos, permitindo uma análise abrangente das forças que moldam a competitividade de uma organização. • Matriz de Ansoff: o sistema de informação auxilia na coleta e análise de da- dos de mercado, identificando oportunidades de crescimento mediante o de- senvolvimento de novos produtos em mercados existentes ou a expansão para novos mercados. • Mapa estratégico: o sistema de informação ajuda a capturar e comunicar visualmente a estratégia da organização, fornecendo informações relevantes sobre os objetivos estratégicos, as iniciativas e os indicadores de desempe- nho relacionados. • Análise de cenários: o sistema de informação pode fornecer dados e infor- mações sobre diferentes cenários possíveis, permitindo uma análise mais precisa dos riscos e oportunidades associados a cada cenário e auxiliando na tomada de decisões estratégicas. 79 Potencializando o Planejamento Organizacional • Análise de Stakeholders: o sistema de informação pode ajudar na identi- ficação e no mapeamento dos stakeholders relevantes para a organização, fornecendo informações sobre suas necessidades, interesses e influência, o que facilita a gestão dos relacionamentose a definição de estratégias de envolvimento. Essas são apenas algumas das ferramentas de planejamento estratégico que podem ser apoiadas pelo sistema de informação. A integração do sistema de informação com essas ferramentas permite uma análise mais completa e funda- mentada da organização, fornecendo dados relevantes e facilitando a tomada de decisões estratégicas. 3 PROGRAMAS E SISTEMAS A introdução à programação é um campo fundamental no mundo da tecno- logia e da computação. A programação envolve o desenvolvimento de algorit- mos e a escrita de instruções que permitem que um computador execute tarefas específicas. Figura 9 – Programas e sistemas Fonte: . Acesso em: 18 maio 2023. #ParaTodosVerem: a imagem apresenta uma mulher utilizando seu computador com várias imagens de telas ao redor, representando seu acesso e utilização de sistemas diversos. 80 Potencializando o Planejamento Organizacional Com a programação, é possível resolver problemas complexos, automati- zar processos e criar soluções inovadoras para diversas áreas, desde o desen- volvimento de jogos e aplicações móveis até a análise de dados e a inteligência artificial. Nesta era digital, em que a tecnologia está em todos os aspectos de nossas vidas, ter uma base sólida em programação é essencial para aproveitar ao máxi- mo as possibilidades oferecidas pelo mundo moderno. 3.1 O que é programação e qual é a sua importância? Programação é o processo de escrever e desenvolver instruções que podem ser executadas por um computador para realizar tarefas específicas. É a arte de criar programas de computador, que são conjuntos de instruções que controlam o comportamento de uma máquina. Figura 10 – Programação Fonte: . Acesso em: 18 maio 2023. #ParaTodosVerem: a imagem apresenta um homem em frente ao com- putador programando. A importância da programação é ampla e abrangente. Ela está presen- te em praticamente todas as áreas da sociedade moderna, desde aplicativos de 81 Potencializando o Planejamento Organizacional smartphones até sistemas de controle de tráfego aéreo. Aqui estão algumas ra- zões pelas quais a programação é importante: • Solução de problemas: a programação permite que os desenvolvedores re- solvam problemas complexos de maneira eficiente e automatizada. Com es- sas habilidades, é possível criar soluções personalizadas para uma ampla variedade de desafios. • Automatização: a programação permite automatizar tarefas repetitivas e de- moradas. Isso aumenta a eficiência e a produtividade, liberando tempo e re- cursos para outras atividades. • Inovação tecnológica: a programação impulsiona a inovação e o avanço tecnológico, permitindo o desenvolvimento de novos produtos e serviços. Mui- tas das tecnologias que usamos diariamente, como redes sociais, aplicativos móveis e assistentes virtuais, são possíveis graças à programação. • Empregabilidade: há uma demanda crescente por profissionais de pro- gramação em todo o mundo. Aprender a programar pode abrir portas para oportunidades de emprego em diversos setores, desde desenvolvimento de software até inteligência artificial e análise de dados. Existem várias linguagens de programação, cada uma com suas próprias ca- racterísticas e finalidades. Algumas das linguagens de programação mais popula- res incluem: PYTHON É uma linguagem de programação de alto nível, conhecida por sua sintaxe clara e legível. É amplamente utilizada em áreas como ciência de dados, aprendizado de máquina e automação de tarefas. JAVASCRIPT É uma linguagem de programação voltada para o desenvolvimento web. É usada para criar interatividade em sites e aplicativos web, além de ser amplamente ado- tada no desenvolvimento de aplicativos móveis. 82 Potencializando o Planejamento Organizacional C++ É uma linguagem de programação de propósito geral que oferece um alto de- sempenho. É amplamente utilizada em sistemas embarcados, jogos e desenvolvi- mento de software de baixo nível. JAVA É uma linguagem de programação versátil usada para desenvolvimento de aplicativos de desktop, web e móveis. É conhecida por sua portabilidade e segu- rança. As estruturas de dados referem-se à forma como os dados são organizados e armazenados em um programa de computador. Elas são fundamentais para manipular e gerenciar conjuntos de dados. Exemplos comuns de estruturas de dados incluem listas, pilhas, filas, árvores e grafos. 3.2 Desenvolvimento de software O ciclo de vida do desenvolvimento de software é uma abordagem sistemá- tica para sua criação, manutenção e aprimoramento. Ele descreve as fases pelas quais um projeto de software passa desde a concepção inicial até a sua conclu- são. Embora existam diferentes modelos de ciclo de vida, o mais utilizado é o mo- delo em cascata, que é dividido em sete etapas sequenciais, descritas a seguir: REQUISITOS Nesta fase, são identificadas as necessidades e os requisitos do software a ser desenvolvido. É importante entender as expectativas dos usuários finais, as res- trições e os objetivos do projeto. ANÁLISE Os requisitos identificados na fase anterior são analisados em detalhes. Os ana- listas de sistema trabalham em estreita colaboração com os clientes e usuários finais para entender completamente as funcionalidades necessárias do software. 83 Potencializando o Planejamento Organizacional DESIGN Com base na análise de requisitos, os engenheiros de software projetam a arqui- tetura do sistema e a estrutura de dados. O design de software define como os componentes do sistema se encaixam e interagem entre si. CODIFICAÇÃO Nesta fase, os desenvolvedores escrevem o código-fonte do software de acordo com as especificações definidas no design. São utilizadas linguagens de pro- gramação e ferramentas adequadas para implementar as funcionalidades do software. TESTES Após a conclusão da codificação, o software é submetido a testes rigorosos para verificar se atende aos requisitos definidos na fase de análise. Essa verificação pode incluir testes unitários, testes de integração, testes de sistema e testes de aceitação pelo usuário. IMPLANTAÇÃO Uma vez que o software tenha passado pelos testes e esteja considerado adequado para uso, ele é implantado em um ambiente de produção. Isso envolve a instalação do software nos sistemas do cliente e a preparação para o seu uso operacional. MANUTENÇÃO Após a implantação, o software precisa ser mantido para corrigir erros, realizar melhorias e fornecer suporte contínuo. Isso pode envolver a aplicação de atual- izações, correções de segurança e o desenvolvimento de novas funcionalidades. É importante ressaltar que o ciclo de vida do desenvolvimento de software não é necessariamente linear. Em muitos casos, as fases se sobrepõem ou são interativas, permitindo a volta a fases anteriores para correção ou aprimoramento. Os testes são atividades planejadas e executadas para avaliar a qualidade de um sistema de software. Eles são realizados em diferentes estágios do ciclo de vida do desenvolvimento de software e têm como objetivo descobrir defeitos, erros e fa- lhas no suporte. Existem várias abordagens e tipos de testes de software, incluindo: 84 Potencializando o Planejamento Organizacional • Testes de unidade: verificam a funcionalidade individual de componentes do software, como módulos, classes ou funções. • Testes de integração: verificam a interação entre diferentes componentes do software para garantir que eles funcionem corretamente em conjunto. • Testes de sistema: verificam o comportamento do software como um todo, testando-o em relação aos requisitos do sistema. • Testes de aceitação: determinam se o software atende aos critérios de acei- tação definidos pelo cliente. • Testes de desempenho: verificam o desempenho e a capacidade do softwa- re em condições de carga, estresse e uso intensivo. • Testes de segurança: avaliam a segurança do software, identificando vulne-rabilidades e possíveis brechas de segurança. A garantia de qualidade (QA — Quality Assurance) é um conjunto de ativi- dades planejadas e sistemáticas que visam garantir que os processos, padrões e procedimentos necessários sejam seguidos durante o desenvolvimento de software. Além disso, a garantia de qualidade também envolve a criação e implemen- tação de processos de controle de qualidade, métricas de qualidade e a definição de padrões e diretrizes que garantam a consistência e a excelência do software ao longo do seu desenvolvimento. 4 SISTEMAS OPERACIONAIS Os sistemas operacionais desempenham um papel fundamental na execu- ção de programas em computadores. Eles atuam como um intermediário entre o hardware e o software, fornecendo uma interface para que os programas possam interagir com os recursos do sistema. Os sistemas operacionais também gerenciam outros recursos do sistema, como dispositivos de entrada/saída (teclado, mouse, impressora etc.), armazena- mento em disco, rede e outros periféricos. Eles fornecem uma camada de abstra- ção que permite aos programas acessar esses recursos de maneira padronizada, independentemente do hardware subjacente. 85 Potencializando o Planejamento Organizacional 4.1 Tipos de sistemas operacionais: Windows, macOS, Linux Existem diversos tipos de sistemas operacionais disponíveis, sendo os mais comuns o Windows, macOS e Linux. • Windows: é um sistema operacional desenvolvido pela Microsoft. Ele é am- plamente utilizado em computadores pessoais e em muitas empresas ao re- dor do mundo. Esse sistema oferece uma interface gráfica amigável, suporte a uma ampla variedade de aplicativos e jogos, além de ser compatível com uma grande quantidade de hardware. • macOS: é o sistema operacional desenvolvido pela Apple para seus compu- tadores Mac. Ele é conhecido por sua interface elegante e intuitiva, integração com outros dispositivos da Apple, como iPhones e iPads, e por ser ampla- mente utilizado em ambientes de design, edição de mídia e desenvolvimento de software. • Linux: é um sistema operacional de código aberto, o que significa que seu código-fonte está disponível para todos e pode ser modificado e distribuído livremente. Ele é conhecido por sua estabilidade, segurança e flexibilidade. Cada um desses sistemas operacionais tem suas próprias características, in- terfaces e conjuntos de aplicativos, e a escolha entre eles depende das preferên- cias pessoais, das necessidades do usuário e das exigências de compatibilidade com o software que será executado. Chegou a hora de revisar os conteúdos desta unidade. Assista à videoaula ex- clusiva e descubra como utilizar os sistemas de informação de forma estraté- gica para impulsionar o sucesso organizacional. Não perca essa oportunidade de expandir seus horizontes e aprimorar suas habilidades. EM FOCO 86 Potencializando o Planejamento Organizacional NOVOS DESAFIOS Os fundamentos de sistemas de informação fornecem as bases teóricas e conceituais para compreendermos como as informações são capturadas, armaze- nadas, processadas e disseminadas em uma organização. Nesse sentido, os programas e sistemas desempenham um papel crucial na implementação eficiente das estratégias organizacionais. Eles permitem a auto- matização de processos, o acesso rápido a informações relevantes, a análise de dados em tempo real e a colaboração entre equipes. Portanto, compreender os fundamentos de sistemas de informação e utilizá- -los efetivamente no gerenciamento das ferramentas de planejamento estratégico e na implementação de programas e sistemas adequados são aspectos essen- ciais para o sucesso e a competitividade das organizações na era da informação. 87 Potencializando o Planejamento Organizacional AUTOATIVIDADES 1 - Um sistema operacional é um conjunto de programas e software que controla e gerencia os recursos de hardware e software de um computador. Ele atua como intermediário entre o usuário e o hardware do computador, fornecen- do uma interface para que os usuários possam interagir com o sistema e executar programas. Qual dos sistemas operacionais a seguir é conhecido por ser um sistema de código aberto, oferecendo estabilidade, segurança e flexibilidade? a) Linux. b) macOS. c) Windows. d) Ubuntu. e) Fedora. 2 - Programação é o processo de escrever e desenvolver instruções, também conhecidas como código, que podem ser executadas por um computador para realizar tarefas específicas. É a arte de criar programas de computador, que são conjuntos de instruções que controlam o comportamento de uma máquina. A pro- gramação envolve o desenvolvimento de algoritmos e a escrita de código em uma linguagem de programação específica, seguindo regras e sintaxes definidas, a fim de criar softwares, aplicativos e sistemas que executam determinadas funções ou resolvem problemas específicos. Assinale a alternativa correta que define algumas razões pelas quais a pro- gramação é importante. a) A programação permite a solução de problemas complexos de maneira eficiente e automatizada. b) A programação impulsiona a inovação e o avanço tecnológico. c) A programação aumenta a demanda por profissionais de saúde. d) A programação é uma forma de comunicação com os animais. e) A programação é uma forma de arte digital. 88 Potencializando o Planejamento Organizacional 3 - A programação abrange o desenvolvimento de algoritmos e a redação de instruções que capacitam os computadores a executar tarefas específicas. É uma linguagem de comunicação com as máquinas. Ela possibilita que os programado- res criem softwares, aplicativos e sistemas que impulsionam o avanço da socie- dade moderna. Qual é um dos principais benefícios de aprender programação? a) Adquirir habilidades de pensamento lógico e resolução de problemas. b) Desenvolver habilidades de comunicação oral e escrita. c) Aprender sobre a história da computação e da tecnologia. d) Explorar a programação orientada a objetos. e) Estudar tópicos especializados, como desenvolvimento web e ciência de dados. 89 Potencializando o Planejamento Organizacional REFERÊNCIAS AUDY, J. L N.; ANDRADE, G. K.; CIDRAL, A. Fundamentos de sistemas de in- formação. Porto Alegre: Grupo A, 2005. E-book. ISBN 978-85-7780-130-5. GONÇALVES, G. R B. Sistemas de informação. Porto Alegre: Grupo A, 2017. E-book. ISBN 978-85-9502-227-0. KIM, D.; SOLOMON, M. G. Fundamentos de segurança de sistemas de infor- mação. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2014. E-book. ISBN 978-85-2163-528-4. STAIR, R. M. et al. Princípios de sistemas de informação. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2021. E-book. ISBN 978-65-5558-416-5. Sistema de Informação Gerencial TÉCNICO Edição 1 CAPÍTULO 3 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação TEMA DE APRENDIZAGEM Minhas metas: 3 Compreender os conceitos de Marketing Digital. 3 Compreender os conceitos acerca do uso das ferramentas para Marketing Digital. 3 Compreender o funcionamento do processo gerencial e decisório. 3 Compreender quais etapas compõem um processo decisório. 3 Compreender os desafios e tendências no processo gerencial e decisório. 3 Compreender conceitos sobre Pesquisa Operacional. 3 Compreender como a Pesquisa Operacional pode ser aplicada. 93 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação INICIE SUA JORNADA Nesta Unidade, iremos explorar um conjunto abrangente de tópicos relacio- nados ao e-business, marketing digital, processo gerencial e decisório, e noções básicas de pesquisa operacional. Que tal conferir agora o episódio sobre marketing digital cli- cando aqui. Nesse podcast você aprenderá como construir um negócio on-line aplicando o Marketing Digital do Zero. PLAY NO CONHECIMENTO Vamos nos aprofundar nas etapas envolvidas sobre a tomada de decisão efi- caz, considerando os fatores internos e externos que influenciam esse processo. Também daremos ênfase aos desafios e às tendências no processo gerenciale decisório, examinando as mudanças que ocorrem no ambiente empresarial em constante evolução. VAMOS RECORDAR? Chegou o momento de relembrar acerca da Pesquisa Operacional. O que é e para que serve? Você ainda lembra como elas funcionam? Confira este vídeo e refresque sua memória! https://castbox.fm/episode/Quando-%C3%A9-que-voc%C3%AA-vai-usar-essa-Ferrari----EP-163-id2927533-id605910288?country=br https://castbox.fm/episode/Quando-%C3%A9-que-voc%C3%AA-vai-usar-essa-Ferrari----EP-163-id2927533-id605910288?country=br https://castbox.fm/episode/Quando-%C3%A9-que-voc%C3%AA-vai-usar-essa-Ferrari----EP-163-id2927533-id605910288?country=br https://castbox.fm/episode/Quando-%C3%A9-que-voc%C3%AA-vai-usar-essa-Ferrari----EP-163-id2927533-id605910288?country=br https://castbox.fm/episode/Quando-%C3%A9-que-voc%C3%AA-vai-usar-essa-Ferrari----EP-163-id2927533-id605910288?country=br 94 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação DESENVOLVA SEU POTENCIAL Em um mundo cada vez mais conectado e impulsionado pela tecnologia, é essencial desenvolver o seu potencial e aproveitar as oportunidades oferecidas pelo ambiente empresarial. Assim, dois tópicos de extrema relevância para esse desenvolvimento são o e-business e a apropriação de ferramentas para favorecer o marketing digital. 1 DEFINIÇÃO E CONCEITO DE E-BUSINESS O e-business, ou negócio eletrônico, refere-se à realização de transações co- merciais e atividades empresariais por meio da Internet. Ele abrange uma ampla gama de processos, incluindo compras, vendas, serviços e relacionamentos com clientes, que são realizados on-line. O e-business aproveita as tecnologias de in- formação e comunicação para melhorar a eficiência, a produtividade e a competi- tividade das empresas. Figura 1 - E-business Fonte: . Acesso em: 25 jun. 2023. #ParaTodosVerem: imagem de uma pessoa realizando compras na Internet. https://img.freepik.com/fotos-premium/comercio-eletronico-compras-online-o-negocio-internet-tecnologia_220873-8601.jpg?w=1060 https://img.freepik.com/fotos-premium/comercio-eletronico-compras-online-o-negocio-internet-tecnologia_220873-8601.jpg?w=1060 https://img.freepik.com/fotos-premium/comercio-eletronico-compras-online-o-negocio-internet-tecnologia_220873-8601.jpg?w=1060 95 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Uma de suas principais características é a capacidade de realizar transações comerciais on-line. Isso significa que as organizações podem vender produtos e serviços diretamente aos clientes por intermédio de uma loja virtual, oferecendo a conveniência de realizar compras em qualquer momento ou lugar. À vista disso, ele tem um papel fundamental na economia digital atual, pois permite que as empresas alcancem um público global, ultrapassando as barreiras geográficas e aumentando o seu alcance de mercado. Em resumo, o e-business é o uso da Internet e das tecnologias digitais para conduzir atividades comerciais e empresariais. Ele abrange transações on-line, relacionamentos com clientes e o uso de ferramentas digitais a fim de melhorar a eficiência e a competitividade das organizações. 2 IMPORTÂNCIA DO MARKETING DIGITAL O marketing digital se transformou em uma ferramenta essencial para o su- cesso do e-business proporcionando uma infinidade de oportunidades, a fim de alcançar e engajar o público-alvo de maneira eficiente. Figura 2 - Marketing digital Fonte: . Acesso em: 25 jun. 2023. #ParaTodosVerem: imagem apresentando o conceito de marketing digital. 96 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Além disso, é importante salientar o seu outro aspecto relevante, que é a possibilidade de personalização, pois ele permite às empresas criarem mensa- gens e campanhas altamente personalizadas, adaptadas aos interesses e prefe- rências individuais de cada cliente em potencial. Em resumo, o marketing digital exerce um papel fundamental no e-business, oferecendo às companhias uma forma altamente eficiente de alcançar e engajar o seu público-alvo. E, ainda, por meio da segmentação, personalização, diversi- dade de canais, mensuração e engajamento direto, ele proporciona resultados mensuráveis e um melhor retorno sobre o investimento. Portanto, é crucial que as empresas invistam em estratégias de marketing digital para se manterem compe- titivas no mercado atual. 3 FERRAMENTAS DO MARKETING DIGITAL Atualmente, as ferramentas de marketing digital desempenham uma fun- ção primordial no mundo dos negócios. Com o crescimento da internet e a ex- pansão do e-commerce, tornou-se essencial para as empresas aproveitarem ao máximo essas ferramentas, com o propósito de promover suas marcas, produtos e serviços. A seguir, iremos explorar como cada uma delas pode ser apropriada a fim de promover o e-business. MÍDIAS SOCIAIS Têm se tornado uma parte integrante das estratégias de marketing digital. As plataformas, como: Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn oferecem oportuni- dades únicas para alcançar um público amplo e direcionado. E-MAIL MARKETING É outra ferramenta eficaz para promover o e-business. Ao construir uma lista de contatos de clientes potenciais e existentes, as empresas podem enviar mensagens personalizadas e relevantes no intuito de promover seus produtos ou serviços. SEO (SEARCH ENGINE OPTIMIZATION) Desempenha um papel crucial na visibilidade on-line das empresas. É o processo de otimizar o conteúdo e o site para que sejam classificados mais alto nos resul- tados dos mecanismos de busca, como o Google. 97 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação MARKETING DE CONTEÚDO Envolve a criação e compartilhamento de conteúdo valioso e relevante para atrair e engajar o público-alvo. Isso pode incluir artigos de blog, vídeos, infográficos, e-books e muito mais. O objetivo é fornecer informações úteis e resolver proble- mas específicos do público-alvo. ANÚNCIOS ON-LINE São uma forma rápida e eficaz de promover o e-business. Por meio de platafor- mas de publicidade on-line, como o Google Ads, Facebook Ads e Instagram Ads, as empresas podem segmentar seu público-alvo com precisão e exibir anúncios relevantes. Resumidamente, as ferramentas de marketing digital são cruciais para promoverem o e-business atualmente. Ademais, as mídias sociais, o e-mail marketing, o SEO, marketing de conteúdo e os anúncios on-line oferecem diver- sas oportunidades para atingir e envolver o público-alvo, aumentar a visibilidade da marca, gerar leads qualificados e impulsionar as vendas. 4 TENDÊNCIAS FUTURAS DO E-BUSINESS Nos últimos anos, o e-business e o marketing digital têm experimentado um crescimento significativo, impulsionado pelo avanço da tecnologia e a mudança de comportamento dos consumidores. 98 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Figura 3 - Tendências futuras do e-business Fonte: . Acesso em: 25 jun. 2023. #ParaTodosVerem: imagem conceito apresentando um homem utili- zando óculos de realidade virtual, simulando estar em um ambiente de Marketing Digital para a realização de suas atividades. Uma das tendências mais proeminentes é a inteligência artificial (IA). Ela tem o potencial de revolucionar o e-business, fornecendo insights valiosos e automati- zando tarefas complexas. Com algoritmos avançados, a IA pode analisar grandes volumes de dados, identificar padrões e prever o comportamento do consumidor. A presença das marcas na internet deve ser desenhada de forma estratégica. Por isso, desenvolver um bom planejamento e definir claramente as métricas são ações cada vez mais fundamentais, seja para estabelecer uma comunicação eficaz junto ao público almejado, como na atuação em mídias sociais, seja no que tange às vendas,o que pode ser observado com a ascensão das vendas on-line (RÉVILLION; LESSA; NETO et al., 2020, p. 63). A automação de processos é outra tendência essencial no e-business, já que à medida que os avanços tecnológicos simplificam as tarefas operacionais, as empre- sas estão adotando a automação para aumentar a eficiência e reduzir erros. Dessa forma, processos como atendimento ao cliente, processamento de pe- didos e gerenciamento de inventário podem ser automatizados, liberando recur- sos humanos para se concentrarem em tarefas mais estratégicas. 99 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Marketing digital são atividades de marketing praticadas on-line por uma empresa ou indivíduo. As empresas que praticam a comercialização digital atuam de forma diferente e contam com recursos que podem diferenciá-las do modo tradicional na abordagem dos clientes (CASAS, 2021, p. 5). Assim, a inteligência artificial, a automação de processos, o marketing de in- fluência e a realidade virtual/aumentada são apenas o começo de uma nova era no e-business, repleta de oportunidades emocionantes e desafios únicos. 5 PROCESSO GERENCIAL E DECISÓRIO O processo gerencial e decisório desempenha um papel essencial no funcio- namento eficiente de uma organização. Ele abrange uma série de atividades en- volvidas na coordenação e direção de recursos, pessoas e esforços para atingir os objetivos estabelecidos. Figura 4 - Processo gerencial e decisório Fonte: . Acesso em: 25 jun. 2023. #ParaTodosVerem: na imagem temos a representação de um homem no centro com diversos símbolos do processo gerencial ao redor, tais como setas, dinheiro, engrenagens, conexões, pessoas, computador, gráficos, entre outros. 100 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Além disso, o processo decisório é crucial para o alcance dos objetivos da organi- zação. As decisões tomadas no processo gerencial influenciam a alocação de recursos, a definição de metas, a identificação de prioridades e a implementação de estratégias. Em suma, o processo gerencial e decisório é de extrema importância para o funcionamento eficiente de uma companhia, já que ele afeta o desempenho, a produtividade e o alcance dos objetivos, proporcionando direção, coordenação e controle das atividades organizacionais. 6 ETAPAS DO PROCESSO DECISÓRIO O processo gerencial é composto por várias etapas inter-relacionadas que visam garantir o alcance dos objetivos organizacionais e o bom desempenho das atividades. As principais delas são: planejamento, organização, liderança e con- trole. Essas etapas trabalham em conjunto e se complementam, contribuindo para a tomada de decisões eficazes. 6.1 Planejamento O planejamento é a primeira etapa do processo gerencial e envolve definir metas e objetivos organizacionais, identificar os recursos necessários e estabele- cer as estratégias para alcançá-los. Figura 5 - Planejamento Fonte: . Acesso em: 25 jun. 2023. #ParaTodosVerem: imagem apresentando o conceito de planejamento, por meio de pessoas em uma reunião e, sob a mesa, há diversos gráficos, papéis e post-its. 101 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Nessa etapa, são elaborados planos de curto, médio e longo prazo, levando em consideração fatores internos e externos da empresa. 6.2 Organização A etapa de organização diz respeito à alocação de recursos e à criação de uma estrutura organizacional eficiente. Nela, são definidas as responsabilidades, as funções e as hierarquias dentro da companhia. Figura 6 - Organização Fonte: . Acesso em: 25 jun. 2023. #ParaTodosVerem: a imagem apresenta o conceito de organização me- diante o uso do método Kanban, em que uma pessoa está colocando diversos post its em uma parede, para depois inserir as informações rele- vantes sobre processos e fluxos de um projeto. 6.3 Liderança A liderança exerce uma função relevante no processo gerencial. Os líderes são responsáveis por inspirar, motivar e guiar as equipes em direção aos objeti- vos estabelecidos. 102 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Figura 7 - Liderança Fonte: . Acesso em: 25 jun. 2023. #ParaTodosVerem: a imagem apresenta o conceito de liderança, por meio de um homem à esquerda puxando 3 pessoas por uma corda. Eles estão apoiados em 2 braços que se cumprimentam em sinal de respeito. Os líderes, portanto, devem ser capazes de tomar decisões eficazes, comu- nicar-se de forma clara e estabelecer um ambiente de trabalho positivo. Além dis- so, eles devem desenvolver habilidades de gestão de pessoas, promovendo o desenvolvimento dos colaboradores e incentivando o trabalho em equipe. 6.4 Controle O controle é a etapa final do processo gerencial e tem por finalidade monito- rar o desempenho organizacional em relação aos objetivos estabelecidos. Aqui, são estabelecidos indicadores-chave de desempenho (KPIs) para avaliar o pro- gresso e identificar os desvios. 103 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Figura 8 - Controle Fonte: . Acesso em: 25 jun. 2023. #ParaTodosVerem: a imagem mostra uma mulher colocando um cubo em cima do outro, no qual cada um deles está escrito as iniciais KPI, respectivamente. Desse modo, o controle permite a avaliação do sucesso das ações tomadas e fornece feedback para as etapas anteriores do processo gerencial. Figura 9 – Decisão Fonte: . Acesso em: 25 jun. 2023. #ParaTodosVerem: a imagem mostra o conceito sobre decisão por meio de um homem. Ele está posicionado no centro da imagem em frente a uma placa apontando para diversas direções. Ele se encontra em um pro- cesso de decisão para qual caminho irá seguir. 104 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Existem diferentes tipos de decisões gerenciais, cada qual com característi- cas distintas que afetam a gestão e os resultados organizacionais. Cabe ressaltar que os principais tipos são: as decisões estratégicas, táticas e operacionais. A se- guir, vamos explorar cada um deles: DECISÕES ESTRATÉGICAS As decisões estratégicas são tomadas no nível mais alto da organização e têm um impacto significativo em sua direção e posicionamento a longo prazo. DECISÕES TÁTICAS As decisões táticas estão relacionadas à implementação das decisões estraté- gicas. Elas são tomadas em níveis intermediários da hierarquia gerencial e visam traduzir os objetivos estratégicos em ações específicas. DECISÕES OPERACIONAIS As decisões operacionais são tomadas no nível mais baixo da organização e es- tão relacionadas às atividades diárias e rotineiras. Cada tipo de decisão gerencial influencia a gestão e o alcance dos resulta- dos organizacionais de maneiras diferentes. As decisões estratégicas estabele- cem a direção e a visão de longo prazo da empresa, definindo os objetivos gerais e as estratégias para atingi-los. Em síntese, as decisões gerenciais são fundamentais para o sucesso orga- nizacional. As decisões estratégicas definem a direção e os objetivos gerais; as decisões táticas asseguram a implementação das estratégias e a coordenação entre diferentes áreas; e as decisões operacionais garantem a execução eficiente das tarefas diárias. Todas essas decisões estão interligadas e devem ser toma- das de forma integrada, considerando o contexto organizacional e os resultados desejados. 105 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação 7 DESAFIOS E TENDÊNCIAS NO PROCESSO GERENCIAL E DECISÓRIO Os gestores enfrentam uma série de desafios no processo gerencial e deci- sório atualmente, os quais estão sendo moldados pela volatilidade do mercado, a transformação digital e a globalização. A modelagem é a maneira científica de se construir cenários ou mecanismos quee decisório ............................................ 99 6 Etapas do processo decisório ............................................. 100 6.1 Planejamento ....................................................................... 100 6.2 Organização ......................................................................... 101 6.3 Liderança .............................................................................. 101 6.4 Controle .............................................................................. 102 7 Desafio e tendências no processo gerencial e decisório . 105 8 Introdução à pesquisa operacional ..................................... 105 8.1 Definição e objetivo da pesquisa operacional ................ 105 8.2 Aplicações e importância da pesquisa operacional em diferentes setores ................................................................... 106 8.3 Interdisciplinaridade da pesquisa operacional .............. 107 9 Modelagem matemática .......................................................... 107 9.1 Formulação de problemas de pesquisa operacional em termos matemáticos .................................................................. 107 9.2 Variáveis de decisão, restrições e função objetivo ...... 108 9.3 Tipos de modelos matemáticos utilizados na pesquisa operacional ................................................................................ 108 10 Teoria dos jogos .................................................................. 109 11. Exemplos de aplicação da pesquisa operacional ............ 109 Novos Desafios ...........................................................................111 AUTOATIVIDADE ..........................................................................112 REFERÊNCIAS .............................................................................114 APRESENTAÇÃO No atual cenário empresarial, caracterizado por uma concorrência acirrada, tomar decisões rápidas e seguras é essencial para o sucesso de uma organiza- ção. No entanto, a tomada de decisão eficaz requer informações valiosas e rele- vantes sobre o negócio, e é aí que o Business Intelligence (BI) desempenha um papel fundamental. Nesta apresentação, vamos explorar a importância do BI na transformação de dados em decisões estratégicas. E, no que se refere aos Ban- cos de Dados, exploraremos os conceitos fundamentais em bancos de dados, fornecendo uma base sólida para entender como os dados são estruturados e recuperados. CAPÍTULO 1 Banco de dados Business Intelligence TEMA DE APRENDIZAGEM Minhas metas: 3 Compreender o conceito de Business Intelligence (BI) e a sua importância para as organizações. 3 Identificar os benefícios do uso do BI para as empresas, como fornecer informações precisas e ágeis, melhorar a tomada de de- cisões e reduzir custos. 3 Entender a arquitetura básica de um sistema de BI, incluindo os componentes de dados, informação e conhecimento. 3 Conhecer as principais ferramentas e técnicas utilizadas no BI, como ETL, data warehouse, análise de negócios e interfaces de usuário. 3 Compreender o papel dos bancos de dados na nossa realidade diária. 3 Entender os conceitos fundamentais e a apresentação de ban- cos de dados. 3 Compreender os conceitos de Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBDs). 14 Banco de dados Business Intelligence INICIE SUA JORNADA No atual cenário empresarial, o acesso às informações precisas e relevantes é essencial para tomar decisões estratégicas e manter uma vantagem competi- tiva. Nesse contexto, o Business Intelligence (BI) emerge como uma ferramenta poderosa, capaz de transformar dados em insights valiosos. O BI é uma disciplina que engloba processos, tecnologias e metodologias que permitem a coleta, organização, análise e interpretação de dados empresa- riais, visando à geração de conhecimento e suporte à tomada de decisão. Vamos, então, imaginar que você foi contratado como analista de negócios em uma empresa de varejo que está enfrentando uma queda nas vendas e quer entender o motivo por trás desse declínio. Essa organização possui um gran- de volume de dados, incluindo informações de vendas, dados demográficos dos clientes, dados de estoque e informações sobre a concorrência. No entanto, eles estão armazenados em diferentes sistemas e não estão integrados, dificultando a obtenção de uma visão abrangente do desempenho do negócio. Desse modo, a sua tarefa é utilizar as técnicas de Business Intelligence para analisar os dados disponíveis, identificar as principais causas da queda nas ven- das e fornecer recomendações estratégicas para reverter essa tendência. VAMOS RECORDAR? Chegou o momento de relembrar o Business Intelligence. Você sabe o que é o Business Intelligence? Confira este vídeo e refresque a sua memória! Com base nesses insights, a companhia poderá tomar decisões mais infor- madas e implementar ações corretivas para impulsionar as vendas, melhorar a eficiência operacional e manter a sua vantagem competitiva. Ademais, utilizando as técnicas de Business Intelligence, você será capaz de explorar os dados de vendas de uma empresa de comércio eletrônico e identificar padrões e tendên- cias, além de ser possível analisar os dados de estoque de uma empresa de ma- nufatura para otimizar a gestão de estoque. Portanto, o Business Intelligence exerce um papel essencial nas organiza- ções empresariais modernas, fornecendo uma base sólida para as tomadas de decisões estratégicas. Ao extrair insights valiosos dos dados empresariais, as em- presas podem identificar oportunidades, antecipar tendências e resolver proble- mas de forma mais eficiente. https://www.youtube.com/watch?v=ljD4wFCCv-g&t=2s 15 Banco de dados Business Intelligence Que tal conferir agora o episódio “A Nova Era do Business Intelligence”, o qual discute como ele se tornou uma força dominante no mundo dos negócios. Ao utilizar dados como um ativo estratégico, as empresas podem obter insights va- liosos que as ajudam a tomar decisões informadas e obter uma vantagem competitiva no mercado. PLAY NO CONHECIMENTO https://open.spotify.com/episode/2Ha7NYp399VPoE243cL8la 16 Banco de dados Business Intelligence DESENVOLVA SEU POTENCIAL A intensa concorrência no mercado de trabalho exige que as empresas ajam com rapidez e segurança ao tomar decisões relacionadas aos seus negócios. En- tretanto, para garantir que essas decisões sejam bem-sucedidas, as organizações precisam transformar seus dados em informações úteis e relevantes para o negó- cio. É aqui que o Business Intelligence entra em cena, fornecendo o suporte com- putacional necessário para uma tomada de decisão ágil, precisa e confiável. 1 BUSINESS INTELLIGENCE O termo Business Intelligence (BI), traduzido livremente como inteligência empresarial ou do negócio, refere-se a um conjunto de soluções que incluem apli- cações, bancos de dados, metodologias, arquiteturas e ferramentas para transfor- mar dados brutos em informações gerenciais úteis (TURBAN et al., 2009). Esse acesso pode ser em tempo real e permite que analistas, gerentes e di- retores consultem dados históricos e atuais acerca do movimento e do desempe- nho das organizações, proporcionando a base para as tomadas de decisões. A Figura 1 apresenta um conjunto de recursos, ferramentas e técnicas que servem de base para a criação e evolução do BI. Entre os principais recursos es- tão os bancos de dados de diferentes sistemas das organizações, ferramentas para extração e transformação de dados em informações condensadas (OLAP, data marts, sistemas ETL, metadados, portais) e análise de dados (consultas e re- latórios, planilhas Excel, indicadores e dashboards, alertas e notificações). 17 Banco de dados Business Intelligence Figura 1 - Recursos, Ferramentas e Técnicas de BI Business intelligence OLAP Planilhas (Excel) Cockpits digitais DSS Sistema ETL Indicadores e dashboards Data warehouses Fluxo de trabalho Data marts Alertas eajudem a atingir resultados ou objetivos desejados. À modelagem segue- se a simulação, que consiste em alterar as variáveis oferecidas ao modelo como dados de entrada e testar inúmeras vezes o funcionamento dele para obter o maior número de respostas possíveis ao problema analisado (VIRGILLITO, 2017, p.1). Os registros de atividades formais de pesquisa operacional (PO) ocorreram na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, quando uma equipe de cientistas britânicos decidiu tomar decisões com bases científicas sobre a melhor utilização do material de guerra (RODRIGUES, 2017, p.11). Logo, eles enfrentam desafios significativos no processo gerencial e decisó- rio, mas, igualmente, têm à disposição, tendências promissoras que podem ajudá- -los a superar tais adversidades. 8 INTRODUÇÃO À PESQUISA OPERACIONAL A Pesquisa Operacional é uma disciplina que utiliza técnicas matemá- ticas, estatísticas e de modelagem para ajudar a tomar decisões eficientes em organizações. Ela tem suas raízes na Segunda Guerra Mundial, quando foi amplamente usada para resolver problemas complexos relacionados à logística e à estratégia militar. Desde então, a Pesquisa Operacional tem se expandido e se tornado uma ferramenta valiosa em várias áreas, incluindo negócios, engenharia, saúde, trans- porte, finanças e governança. 8.1 Definição e objetivo da Pesquisa Operacional A Pesquisa Operacional pode ser definida como uma abordagem sistemáti- ca para a resolução de problemas complexos, por meio da aplicação de métodos quantitativos. 106 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Figura 10 - Pesquisa operacional Fonte: . Acesso em: 25 jun. 2023. #ParaTodosVerem: a imagem mostra o conceito sobre a Pesquisa Ope- racional por meio de uma mão dando um zoom em um gráfico; e ao redor, aparecem diversos outros gráficos e engrenagens. Ademais, ela busca encontrar soluções ótimas ou aproximadamente exce- lentes para problemas de tomada de decisão, levando em conta critérios como minimização de custos, maximização de lucros, maximização de eficiência, mini- mização de tempo ou minimização de riscos. 8.2 Aplicações e importância da Pesquisa Operacional em diferentes setores A Pesquisa Operacional é empregada em uma ampla variedade de setores, desempenhando um papel crucial na resolução de problemas complexos. A se- guir, veja alguns exemplos de sua aplicação em diferentes setores: • Setor de Transporte e Logística: a Pesquisa Operacional é usada para oti- mizar rotas de transporte, programação de transporte público, planejamento de redes de distribuição, gerenciamento de estoques e agendamento de ope- rações de carga e descarga. 107 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação • Setor de Manufatura: na indústria manufatureira, a Pesquisa Operacional é aplicada para otimizar o planejamento da produção, alocação de recursos, programação de máquinas, controle de qualidade e gestão de cadeia de suprimentos. • Setor de Saúde: a Pesquisa Operacional é utilizada em hospitais e sistemas de saúde para otimizar a programação de cirurgias, alocação de recursos mé- dicos, planejamento de leitos hospitalares e gestão de filas de espera. • Setor Financeiro: em instituições financeiras, a Pesquisa Operacional auxilia na otimização de portfólios de investimento, gestão de riscos, programação de operações de compra e venda de ativos e planejamento estratégico. • Setor de Energia: a Pesquisa Operacional desempenha um papel importante na otimização do planejamento e operação de sistemas de geração e distri- buição de energia, levando em consideração variáveis como demanda, oferta, custos e restrições técnicas. 8.3 Interdisciplinaridade da Pesquisa Operacional A interdisciplinaridade da Pesquisa Operacional possibilita abordar proble- mas complexos de forma abrangente, considerando diferentes perspectivas e in- tegrando conhecimentos de várias disciplinas. Isso ajuda a obter soluções mais completas e robustas, levando em conta as restrições e nuances específicas de cada dilema. 9 MODELAGEM MATEMÁTICA A modelagem matemática é uma parte fundamental da Pesquisa Operacio- nal, envolvendo a representação de problemas complexos em termos matemáti- cos. Essa abordagem permite a aplicação de técnicas quantitativas e algoritmos para encontrar soluções ótimas ou aproximadas. 9.1 Formulação de problemas de Pesquisa Operacional em termos matemáticos A formulação matemática de um problema de Pesquisa Operacional envolve identificar as variáveis de decisão, as restrições e a função objetivo relacionadas ao problema em questão. As variáveis de decisão representam as quantidades que podem ser ajustadas ou controladas para otimizar o sistema. 108 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação 9.2 Variáveis de decisão, restrições e função objetivo As variáveis de decisão são os elementos que o tomador de decisão pode con- trolar ou ajustar para atingir um objetivo desejado. Elas são representadas simboli- camente e podem assumir diferentes valores dentro de um intervalo específico. 9.3 Tipos de modelos matemáticos utilizados na Pesquisa Operacional: Há diferentes tipos de modelos matemáticos utilizados na Pesquisa Opera- cional, dependendo da natureza e das características específicas do problema. Alguns dos principais modelos matemáticos utilizados são: PROGRAMAÇÃO LINEAR É um modelo matemático que lida com problemas nos quais a função objetivo e as restrições podem ser expressas como equações lineares. É amplamente utili- zado em problemas de otimização de recursos, alocação de recursos limitados e planejamento da produção. PROGRAMAÇÃO INTEIRA Esse modelo é semelhante à programação linear, mas permite que as variáveis de decisão assumam apenas valores inteiros. É usado quando as decisões devem ser tomadas em números inteiros, como na programação de escalas de trabalho ou no planejamento de rotas de transporte. PROGRAMAÇÃO NÃO LINEAR Esse modelo lida com problemas nos quais a função objetivo ou as restrições envolvem relações não lineares. É aplicado em situações em que as relações entre as variáveis não podem ser representadas por equações lineares, como em problemas de otimização de custos com taxas não lineares. PROGRAMAÇÃO DE REDE É usado para resolver problemas que envolvem a alocação eficiente de recursos em uma rede. É comumente aplicado em problemas de programação de projetos, planejamento de cronogramas e otimização de fluxo em redes logísticas. 109 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação Esses são apenas alguns exemplos de modelos matemáticos utilizados na Pesquisa Operacional. Existem também outros modelos, como a programação di- nâmica, a teoria dos jogos, a simulação, entre outros, que são aplicados de acordo com a natureza do problema e os objetivos específicos da Pesquisa Operacional. 10 TEORIA DOS JOGOS A Teoria dos Jogos se baseia em alguns conceitos fundamentais. Um jogo é composto por jogadores, que são as entidades que tomam as decisões, e cada jogador possui um conjunto de estratégias possíveis, que são as opções dispo- níveis para ele. Além disso, o jogo possui um conjunto de payoffs, que são as recompensas ou ganhos que cada jogador recebe em função das estratégias es- colhidas por todos os demais. 11. Exemplos de aplicação da Pesquisa Operacional A Pesquisa Operacional é uma abordagem quantitativa que utiliza métodos matemáticos, estatísticos e computacionais para resolver problemas complexos de tomada de decisão em organizações. Ela busca otimizar processos, recursos e resultados, levando em consideração restrições e objetivos específicos. LOGÍSTICA A Pesquisa Operacional tem sido amplamente utilizada na área de logística para otimizar o planejamento de rotas, o agendamento de entregas, a gestão de estoques e a distribuição de produtos. Ela permiteque as empresas reduzam os custos de transporte, melhorem a eficiência da cadeia de suprimentos e atendam às demandas dos clientes de forma mais eficiente. PRODUÇÃO Na área de produção, a Pesquisa Operacional é aplicada para otimizar a progra- mação da produção, o planejamento da capacidade, a alocação de recursos e o gerenciamento de inventário. Com ela, as empresas podem melhorar a produti- vidade, reduzir custos e otimizar o uso de recursos, maximizando a eficiência e a lucratividade. 110 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação FINANÇAS A Pesquisa Operacional desempenha um papel importante no campo das finan- ças, especialmente, no gerenciamento de portfólios de investimento. Ela ajuda a determinar a alocação ideal de ativos, considerando riscos, retornos esperados e restrições de investimento. Além disso, a Pesquisa Operacional é usada em análises de risco, precificação de derivativos e tomada de decisões financeiras estratégicas. SAÚDE Na área da saúde, a Pesquisa Operacional é aplicada em diversos cenários, como o planejamento de escalas de trabalho para equipes médicas, a otimização do agendamento de cirurgias, a gestão de recursos hospitalares e a alocação de leitos. Ela permite maximizar a eficiência dos serviços de saúde, reduzir tempos de espera e melhorar a qualidade do atendimento ao paciente. Esses são apenas alguns exemplos de como a Pesquisa Operacional tem sido aplicada com sucesso em diferentes setores. Por intermédio da aplicação de métodos analíticos e algoritmos avançados, ela oferece uma abordagem siste- mática para tomar decisões complexas, proporcionando benefícios significativos para as organizações. Agora, vamos conferir um vídeo resumo sobre os temas desta Unidade? Cli- que aqui e confira! EM FOCO 111 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação NOVOS DESAFIOS Após entender os fundamentos do e-business e do marketing digital, vocês estarão preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades ofe- recidas pelo mercado de trabalho atual, visto que adquiriram habilidades práticas na criação de campanhas de marketing digital, otimização de sites para mecanis- mos de busca (SEO), gestão de redes sociais e análise de dados para melhorar o desempenho das estratégias digitais. Além disso, no processo gerencial e decisório, que é fundamental no am- biente profissional, vocês aprenderam a tomar decisões embasadas em análises de dados e informações relevantes, considerando fatores econômicos, tecnológi- cos e sociais. E, isso é crucial para um profissional bem-sucedido, uma vez que as empresas dependem de tomadas de decisão eficazes para alcançar metas e objetivos. E, quanto à Pesquisa Operacional, vimos que ela oferece uma abordagem sistemática para resolver problemas complexos no ambiente de trabalho. Nesse sentido, ao compreender as noções básicas desta disciplina, vocês já podem utilizar os modelos quantitativos e as técnicas de análise para melhorar a eficiência operacional, otimizar processos e tomar decisões estratégicas embasa- das em dados. Em resumo, ao conectar o conhecimento teórico sobre e-business, marketing digital, processo gerencial e Pesquisa Operacional ao ambiente profissional, vo- cês estarão preparados para enfrentar os desafios atuais do mercado de trabalho. 112 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação AUTOATIVIDADE 1 - Na atualidade, o comércio eletrônico ou e-business tem se tornado cada vez mais relevante, e uma das principais ferramentas utilizadas nesse ambiente é o marketing digital. O marketing digital engloba diversas estratégias e técnicas voltadas para promover produtos e serviços na internet, visando alcançar um pú- blico maior e aumentar as vendas. Qual das seguintes características é uma vantagem do marketing digital para o e-business? a) Possibilidade de personalização das mensagens e campanhas para os clientes individuais. b) Maior alcance geográfico e público global. c) Utilização de sistemas de gestão empresarial (ERP) para melhorar a efici- ência operacional. d) Engajamento direto com os clientes por meio das redes sociais. e) Utilização de anúncios on-line para promover a marca e os produtos. 2 - No mundo empresarial em constante evolução, as organizações estão enfrentando desafios frequentemente mais complexos e competitivos. Para se manterem relevantes e bem-sucedidas, os líderes e gestores precisam estar atua- lizados sobre as tendências emergentes no processo gerencial e decisório. Qual é uma das principais tendências emergentes no processo gerencial e decisório, de acordo com o texto? a) Análise de dados. b) Liderança eficaz. c) Tomada de decisão baseada em intuição. d) Estratégias de curto prazo. e) Hierarquia rígida na organização. 113 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação 3 - No mundo dos negócios, as empresas enfrentam constantemente desa- fios complexos que exigem a tomada de decisões estratégicas e eficientes. Nesse contexto, a Pesquisa Operacional desempenha um papel fundamental, pois ela é uma abordagem científica que utiliza técnicas matemáticas e estatísticas para resolver problemas complexos relacionados à gestão e otimização de sistemas e processos. Qual é o objetivo principal da Pesquisa Operacional e quais são alguns dos critérios considerados na tomada de decisão? a) O objetivo principal da Pesquisa Operacional é utilizar técnicas matemá- ticas e estatísticas para tomar decisões eficientes em organizações. Os critérios considerados na tomada de decisão incluem minimização de custos, maximiza- ção de lucros e minimização de riscos. b) O objetivo principal da Pesquisa Operacional é resolver problemas com- plexos relacionados à logística e à estratégia militar. Os critérios considerados na tomada de decisão incluem minimização de custos, maximização de lucros e efi- ciência operacional. c) O objetivo principal da Pesquisa Operacional é otimizar o desempenho de sistemas e processos em diferentes setores. Os critérios considerados na tomada de decisão incluem minimização de custos, maximização de lucros e maximiza- ção de eficiência. d) O objetivo principal da Pesquisa Operacional é aplicar métodos quantitati- vos para resolver problemas complexos em diferentes setores. Os critérios consi- derados na tomada de decisão incluem minimização de custos, maximização de lucros e minimização de tempo. e) O objetivo principal da Pesquisa Operacional é utilizar técnicas de mode- lagem para tomar decisões eficientes em organizações. Os critérios considerados na tomada de decisão incluem maximização de lucros, minimização de riscos e otimização de processos. 114 Apropriação de ferramentas de e-business para os sistemas de informação REFERÊNCIAS VIRGILLITO, Salvatore B. Pesquisa operacional. São Paulo: Editora Saraiva, 2017. ISBN 9788547221188. E-book. RODRIGUES, Rodrigo. Pesquisa operacional. Porto Alegre: Grupo A, 2017. ISBN 9788595020054. E-book. CASAS, Alexandre Luzzi L. Marketing Digital. São Paulo: Grupo GEN, 2021. ISBN 9786559771103. E-book. RÉVILLION, Anya S P.; LESSA, Bruno de S.; NETO, Rogério G.; et al. Marketing digital. Porto Alegre: Grupo A, 2020. ISBN 9786581492281. E-book. _heading=h.wvr5e8m7u6t4 _heading=h.54hpmes374g7 _heading=h.xc2fs87tdc35 _heading=h.313uw45rzgue _heading=h.yadzrocfyxr9 _heading=h.xk7740mkc1d7 _heading=h.7apuyg5ycy8m _heading=h.15qibmukx92m _heading=h.8ctk03dlf175 _heading=h.mvcqkjf8ddyy _heading=h.xzwmt113o0qs _heading=h.wsmmrwphshdnnotificações Consulta e relatórios Data mining Metadados Análise preditiva EIS/ESS Ferramentas de transmissão Relatórios financeiros Portais Fonte: Turban et al. (2009, p. 28). #ParaTodosVerem: a imagem apresenta um conjunto de recursos, fer- ramentas e técnicas que serviram de base para a criação e a evolução do Business Intelligence. Ao centro dela há uma caixa escrita Business in- telligence com diversas setas apontando para ela, representando todas as ligações que ela possui, como: planilhas, sistemas ETL, consulta e re- latórios, OLAP, indicadores e dashboards, fluxo de trabalho, alertas e no- tificações, ferramentas de transmissão, portais, entre outros. O termo Business Intelligence (BI) surgiu na década de 1990, estabelecido pela empresa de consultoria Gartner Group, a partir dos Sistemas de Geração de Gestão (SIG) dos anos 1970, e dos Executive Information Systems (EIS) dos anos 1980 (TURBAN et al., 2009). Esses sistemas, que evoluíram para o BI, apresenta- vam funcionalidades, tais como relatórios dinâmicos multidimensionais, prognósti- cos, previsões e análises de tendências e fatores críticos de sucesso. Atualmente, as ferramentas de BI utilizam tecnologias modernas, como a inteligência artificial (IA), para análise de dados. No sistema de BI, os dados são transformados em informações úteis por meio de ferramentas, como Extract, Transform, Load (ETL). Uma ferramenta 18 Banco de dados Business Intelligence ETL é composta por três fases: extração, transformação e carregamento (PRI- MAK, 2008). 1.1 Benefícios do bi O Business Intelligence pode trazer diversos benefícios para as organiza- ções, tais como a capacidade de fornecer informações precisas e ágeis a respeito do desempenho dos negócios, facilitando as tomadas de decisões e o planeja- mento. Além disso, segundo Turban et al. (2009), existem outros benefícios se- cundários, como geração de relatórios mais rápidos e precisos, economia de tempo e custos, melhoria das tomadas de decisões, entre outros. Figura 2 - Ciclo de implantação de BI Fonte: Turban et al. (2009, p.35). Devido aos inúmeros benefícios proporcionados pelo BI, muitos executivos não precisam justificar detalhadamente o custo do investimento em projetos de Análise Produção Di ss em in aç ão Usu ári o Avaliação Exigência/ feedback Planejamento// atribuição de tarefas C oleta Proce ss am en to/ ex ploraç ão Avaliação #ParaTodosVerem: a figura abarca o Ciclo de implantação de Business Intelligence (BI), o qual é um processo que envolve várias etapas para im- plementar com sucesso uma solução de BI em uma organização. Esse ci- clo consiste em diversas fases interconectadas, desde o planejamento inicial até a manutenção contínua do sistema. 19 Banco de dados Business Intelligence implantação. Isso se deve ao valor agregado ao negócio, como a análise de ven- das e marketing, as séries históricas comparativas, a consolidação financeira, entre outros. Contudo, a falta de uma solução adequada de BI pode levar a des- vantagens competitivas para a empresa. 1.2 Arquitetura bi A arquitetura de um sistema de Business Intelligence (BI) é composta por vá- rios componentes, incluindo servidores de alta performance, discos com grande capacidade de armazenamento e sistemas inteligentes que convertem dados bru- tos em informações relevantes para os usuários em diferentes níveis hierárquicos de uma organização (PRIMAK, 2008). Na figura abaixo, é apresentado um modelo básico de arquitetura de BI, com três camadas: Dados (dados brutos), Informação (informações) e Conhecimento (knowledge). Figura 3 - Arquitetura básica de um BI Fonte: Acesso em: 13 maio 2023. #ParaTodosVerem: o diagrama ilustra o processo de uma Ferramenta de Inteligência de Negócios (BI). No ambiente transacional, existe um Banco de Dados Relacional, no qual os dados são obtidos. Esses dados são extra- ídos do Banco de Dados Relacional e transferidos para um banco de dados temporário chamado Banco de Dados Staging. Em seguida, os dados pas- sam por transformações utilizando scripts e são carregados em um Banco de Dados Multidimensional, também conhecido como Data Warehouse. 20 Banco de dados Business Intelligence Na figura apresentada, é ilustrado o funcionamento de uma Ferramenta de Inteligência de Negócios (BI). No Ambiente Transacional, encontra-se um Ban- co de Dados Relacional, no qual os dados são extraídos. Esses dados extraídos são, então, direcionados para um banco de dados temporário, chamado Banco de Dados Staging. Nesse estágio, os dados passam por transformações utilizando scripts específicos e são carregados em um Banco de Dados Multidimensional, conhecido como Data Warehouse. Esse processo, conhecido como ETL (Extra- ção, Transformação e Carga), é responsável por essa sequência de ações. Após a conclusão do processo de ETL, os dados armazenados no Data Wa- rehouse são estruturados na forma de um Cubo, no Ambiente Analítico. Esse Cubo OLAP alimenta o Front-End OLAP, que é a interface utilizada pelo usuário final, sendo a tela que muitos estão familiarizados nas ferramentas de BI. DADOS Envolve a extração de dados de vários bancos de dados da organização, incluin- do sistemas legados. INFORMAÇÃO Trata-se da transformação de dados em informações de acordo com as necessi- dades e interesses do negócio, a fim de criar data marts especializados. CONHECIMENTO Abrange a geração de conhecimento em diversos níveis da organização, com base na análise das informações disponibilizadas aos usuários. De acordo com Turban et al. (2009), a arquitetura BI pode ser compreendida em quatro grandes componentes: data warehouse (DW), análise de negócios, fer- ramentas para manipular e analisar dados e interface do usuário. 1.3 Data warehouse Uma vez que os dados brutos são transformados em informações consolida- das, é possível gerar relatórios que exibem séries históricas. Isso permite a visu- alização e análise de eventos passados, bem como comparações com eventos atuais, fornecendo insights para as tomadas de decisões na organização. Algu- mas das principais características do data warehousing, incluem: 21 Banco de dados Business Intelligence • Orientação por assunto: os dados brutos são consolidados por assunto, como contratos, clientes, serviços, produtos, etc. Isso permite que os usuários avaliem o desempenho atual das operações da organização de uma perspec- tiva mais ampla e identifiquem as causas desse desempenho. • Integração: a integração está diretamente relacionada à orientação por as- sunto, uma vez que as informações devem ser disponibilizadas de maneira centralizada e em um formato unificado, facilitando o acesso aos dados. • Séries temporais: as informações apresentam variáveis no tempo em forma- to de séries históricas, permitindo comparações de desempenho com perío- dos anteriores e, até mesmo, projeções de comportamento futuro. • Não volatilidade: as informações disponibilizadas são apenas para consulta e, portanto, não podem ser modificadas. Essas informações também podem ser armazenadas por longos períodos de tempo, dependendo da relevância dos dados. 1.4 Análise de negócios Os usuários realizam a análise de negócios com o auxílio de ferramentas, como softwares middleware, os quais permitem a extração de relatórios e consul- tas personalizadas sobre as informações produzidas. Com essas ferramentas, é possível analisar diferentes dimensões de dados a partir de diversas perspectivas com rapidez e eficiência. Entre as ferramentas mais conhecidas, destaca-se o Online Analytical Pro- cessing (OLAP), que permite a manipulação e análise de grandes conjuntos de dados por meio de diversas categorizações e perspectivas. Com tal ferramenta, os usuários podem personalizar a visualização das informações, gerar relatórios sob demanda para análise e comparação de diferentes cenários, e projetar ten- dências com base nos dados corporativos (PRIMAK, 2008). 1.5 Ferramentas paramanipular e analisar dados Os usuários contam com o suporte de ferramentas para realizar a análise de negócios. Essas ferramentas, conhecidas como Decision Automatization Systems (DAS), permitem que os dados das áreas funcionais, como vendas, sejam utiliza- dos para solucionar problemas de gestão. 22 Banco de dados Business Intelligence Existem diversas ferramentas de gestão, tais como: • Data mart: trata-se de uma base de dados corporativa especializada em ar- mazenar informações de uma determinada área de negócios da organização. A sua estrutura organizada privilegia a extração de informações importantes para o negócio, como dados de vendas por clientes e segmentos de mercado. • Data mining: é o processo de busca de informações em bancos de dados com o objetivo de encontrar padrões que permitam a projeção de compor- tamentos. Ela auxilia as empresas na prospecção de clientes que possuem interesses em comum. • Business Performance Management (BPM): utiliza a metodologia balanced scorecard para implementar e gerenciar estratégias de negócio das organiza- ções, relacionando metas a desempenhos reais. O BPM monitora indicadores para apresentar diagnósticos das diversas fontes de negócio. 1.6 Interface do usuário As interfaces do usuário são ferramentas ou dashboards que permitem aos usuários ter uma visão geral dos indicadores de desempenho e tendências por meio de gráficos, tabelas e quadros com informações sobre o negócio. Tais infor- mações são geralmente acessíveis aos usuários em portais corporativos, intra- nets, sistemas de gestão e ferramentas de visualização. 1.7 Métodos tradicionais de coleta de dados A coleta de dados é um passo crítico na estratégia de Business Intelligence (BI), que pode, de acordo com Valle e Oliveira (2013), apoiar a geração de relatórios geren- ciais quando integrado a outras ferramentas como o BPMS (Business Process Ma- nagement Suite — Pacote de gerenciamento de processos de negócios —). Além do mais, há diferentes métodos tradicionais usados, a fim de coletar dados para serem utili- zados no BI, incluindo questionários, entrevistas, observação e análise de documentos. Os bancos de dados da organização, geralmente, são estruturados e estão disponíveis em formatos acessíveis para análise, como tabelas ou planilhas. Isso, portanto, permite aos usuários do BI, realizar análises avançadas, tais como aná- lise de tendências e segmentação de clientes, por exemplo. Além disso, os bancos de dados da organização podem ser usados para criar indicadores-chave de desempenho (KPIs) e dashboards com o intuito de mo- nitorar o desempenho da empresa em tempo real. 23 Banco de dados Business Intelligence 1.8 O bi aplicado na prática dentro de organizações As aplicações do Business Intelligence (BI) são amplas e variam de acordo com as necessidades de cada organização. Aqui, estão alguns exemplos de como o BI é utilizado em diferentes setores em grandes empresas: • ETL (Extração, Transformação e Carga): é o processo de integração e pre- paração de dados de diferentes fontes para serem utilizados em sistemas de Business Intelligence (BI). Ele é composto de três etapas principais: extração, transformação e carga. O processo de ETL é importante para garantir que os dados armazenados no Data Warehouse sejam precisos, consistentes e estruturados para análise. Isso permite que as companhias integrem e tirem insights de uma variedade de fontes de dados, melhorando a qualidade das informações disponíveis para a tomada de decisão. Com o uso do ETL, os dados coletados são limpos, transformados e combinados de forma a garantir precisão e consistência. • Data Marts: possuem algumas vantagens para ferramentas de BI, como a possibilidade de fornecer informações mais específicas para uma determina- da área da organização e podem ser implementados e gerenciados de for- ma mais rápida e econômica que um Data Warehouse, pois eles requerem menos recursos e tempo para serem construídos e mantidos. Além disso, os Data Marts podem ser menos complexos do que um Data Warehouse, tornan- do-se mais fácil. 2 EXPLORAÇÃO DE DADOS PARA TOMADA DE DECISÕES EMPRESARIAIS BASEADAS EM FERRAMENTAS Nesta unidade iremos apresentar algumas das ferramentas de BI as quais, atualmente, são muito utilizadas pelas organizações. Certamente, não serão apre- sentadas todas elas, contudo elencamos doze delas, a fim de que possam guiar os nossos estudos e termos uma visão geral de seus recursos e funcionalidades. 2.1 Board A Board International combina inteligência de negócios, análise preditiva e gerenciamento de desempenho em uma única ferramenta. Ela possui módulos 24 Banco de dados Business Intelligence em finanças (planejamento, consolidação); recursos humanos (mapeamento de recursos humanos, planejamento de força); marketing (análise de mídia social, monitoramento de retenção e fidelização de clientes); gestão da cadeia de supri- mentos (otimização de entrega, gestão de fornecedores); vendas (cross análise de venda e up-selling); e tecnologia (KPIs, níveis de serviço). 2.2 Domo Domo é uma plataforma baseada em nuvem com foco em usabilidade e pai- néis de controle utilizados por usuários corporativos. Fornece ferramentas de Bu- siness Intelligence adaptadas a uma variedade de setores e funções (incluindo finanças, saúde, recursos humanos e educação para CEOs, vendedores, profis- sionais de BI e trabalhadores de TI). 2.3 Dundas bi O Dundas BI da Dundas Data Visualization é usado, principalmente, para criar scorecards e cartazes, que são as fortalezas históricas da empresa, mas também pode ser utilizado para executar relatórios padrão e personalizados. 2.4 Microsoft power bi Os usuários da ferramenta Power BI Desktop para Windows podem analisar e exibir dados de fontes locais ou remotas ao publicar relatórios na plataforma Power BI. A versão gratuita do Power BI Desktop atende a usuários básicos, mas a versão Pro facilita a análise colaborativa por uma taxa mensal, utilizando Micro- soft Office365, SharePoint e Teams para garantir acesso frequente a dados brutos e relatórios publicados. 2.5 Sisense bi O Sisense BI é uma plataforma de Business Intelligence (BI), que oferece recursos avançados para a análise e visualização de dados. Ele permite às em- presas transformar os dados brutos em informações acionáveis, fornecendo uma visão abrangente do desempenho dos negócios. Uma das principais características do Sisense BI é a sua capacidade de integrar e consolidar dados de várias fontes, sejam eles bancos de dados 25 Banco de dados Business Intelligence internos, nuvem, planilhas ou aplicativos de terceiros. Isso permite que os usuá- rios tenham acesso a uma visão unificada e holística dos dados da organização. 2.6 Tableau O programa Tableau cobre todas as bases usando-o. Você tem a opção de executar seu software localmente, por meio de uma rede pública, ou optar por hos- pedá-lo totalmente no Tableau. Embora já seja bastante padronizado, ele oferece versões personalizadas para mais de uma dezena de outros setores, incluindo bancos, saúde e manufatura, além de suporte para os departamentos financeiro, RH, TI, marketing e vendas. 2.7 Benefícios das ferramentas de bi Cada vez mais, as organizações empresariais estão se esforçando para en- tender melhor seus negócios e, especialmente, o mercado competitivo. Assim, os seus principais objetivos são o de obter vantagens competitivas sobre o seu mer- cado-alvo e encontrar oportunidades. Nesse cenário, as ferramentas de Business Intelligence proporcionaram excelentes experiências aos proprietários de negó- cios, organizando e extraindo dados acerca de processos internos, clientes, forne- cedores e rivais. Ademais, as ferramentas de Business Intelligence (BI) oferecem uma varie- dade de benefícios para as organizações. E, aqui, estão alguns de seus principais benefícios: TOMADA DE DECISÕES EMBASADA EM DADOS As ferramentas de BI permitem que as organizações coletem, processem eana- lisem grandes volumes de dados de várias fontes. Isso permite uma tomada de decisão mais informada e embasada em dados concretos, em vez de depender apenas de intuição ou experiência pessoal. MELHOR VISIBILIDADE E COMPREENSÃO DOS DADOS As ferramentas de BI fornecem visualizações de dados intuitivas, como gráficos, tabelas e painéis interativos, que facilitam a compreensão dos dados. Isso permi- te que os usuários identifiquem tendências, padrões e insights valiosos de forma mais rápida e eficiente. 26 Banco de dados Business Intelligence ACESSO FÁCIL A INFORMAÇÕES RELEVANTES Com as ferramentas de BI, os usuários podem acessar rapidamente as informa- ções relevantes de que precisam. Isso elimina a necessidade de depender de equipes de TI ou especialistas em dados para obter relatórios personalizados, permitindo que os usuários acessem dados em tempo real e gerem seus próprios insights. MONITORAMENTO DE DESEMPENHO As ferramentas de BI permitem que as organizações monitorem o desempenho em tempo real, definindo indicadores-chave de desempenho (KPIs) e métricas relevantes. Isso ajuda a identificar áreas de melhoria, detectar problemas ou des- vios rapidamente e tomar medidas corretivas oportunas. DESCOBERTA DE INSIGHTS OCULTOS Com o uso de técnicas avançadas de análise de dados, como mineração de da- dos, aprendizado de máquina e inteligência artificial, as ferramentas de BI podem ajudar a descobrir insights ocultos nos dados. Esses insights podem revelar padrões complexos, correlações e relações causais que podem ser usados para impulsionar a inovação, identificar novas oportunidades de negócios ou otimizar processos existentes. MELHORIA DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL Ao fornecer informações acionáveis e insights valiosos, as ferramentas de BI podem ajudar a otimizar processos operacionais, identificar gargalos, eliminar atividades redundantes e melhorar a eficiência geral da organização. ANÁLISE PREDITIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO As ferramentas de BI podem realizar análises preditivas com base em dados his- tóricos, permitindo que as organizações identifiquem tendências futuras, façam previsões e conduzam um planejamento estratégico mais informado. Esses são apenas alguns dos muitos benefícios que as ferramentas de BI podem oferecer. No entanto, é importante ressaltar que os benefícios específicos podem variar dependendo das necessidades, da implementação e do uso das fer- ramentas em cada organização. 27 Banco de dados Business Intelligence 2.8 Kpis para business intelligence As ferramentas de BI são softwares, plataformas ou sistemas tipicamente 100% on-line e com grande capacidade de coleta e processamento de dados “ale- atórios” e sua conversão em KPIs (Key Performance Indicators). Os KPIs (Key Performance Indicators, ou Indicadores-Chave de Desempe- nho) são métricas essenciais para avaliar o desempenho e o sucesso das fer- ramentas de Business Intelligence (BI), uma vez que eles ajudam a medir o progresso em relação aos objetivos e metas estabelecidos, fornecendo insights úteis para as tomadas de decisões informadas. A seguir, estão alguns exemplos de KPIs relevantes para ferramentas de BI: TEMPO MÉDIO DE RESPOSTA Mede o tempo necessário para gerar relatórios, consultas ou análises por meio da ferramenta de BI. Um tempo de resposta mais curto indica eficiência e agilidade no processamento de dados. NÚMERO DE USUÁRIOS ATIVOS Acompanha a quantidade de usuários que estão utilizando a ferramenta de BI regularmente. Isso pode indicar o nível de adoção e engajamento dos usuários, bem como a eficácia da ferramenta em atender às necessidades da organização. TAXA DE ADOÇÃO Mede a proporção de usuários ou equipes que estão utilizando ativamente a fer- ramenta de BI em comparação com o número total de usuários potenciais. Uma alta taxa de adoção, pode indicar a eficácia da ferramenta na entrega de valor aos usuários. RETENÇÃO DE USUÁRIOS Avalia a capacidade da ferramenta de BI de manter os usuários engajados e sa- tisfeitos ao longo do tempo. Uma alta taxa de retenção sugere que a ferramenta esteja atendendo às expectativas e fornecendo informações relevantes para os usuários. 28 Banco de dados Business Intelligence PRECISÃO DOS DADOS Monitora a qualidade dos dados fornecidos pela ferramenta de BI. Erros ou in- consistências nos dados podem levar a análises equivocadas e decisões erradas. Manter uma alta precisão dos dados é fundamental para garantir a confiabilidade das informações apresentadas. TEMPO DE DISPONIBILIDADE Mede o tempo em que a ferramenta de BI está disponível para os usuários. Uma alta disponibilidade é crucial para garantir o acesso contínuo aos dados e às aná- lises, permitindo que os usuários tomem decisões oportunas. TEMPO DE GERAÇÃO DE RELATÓRIOS Avalia o tempo necessário para gerar relatórios ou atualizar dados na ferramenta de BI. Um tempo de resposta rápido é essencial para atender às necessidades de análise em tempo real e suportar a tomada de decisões ágeis. RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (ROI) Avalia o valor econômico gerado pela ferramenta de BI em relação ao investimen- to realizado. O ROI pode ser medido por meio do impacto positivo nos resultados da empresa, como o aumento da receita, a redução de custos ou a otimização dos processos. Esses são apenas alguns exemplos de KPIs comumente utilizados em re- lação a ferramentas de BI. É importante escolher os KPIs mais relevantes para os objetivos e necessidades específicas da organização, ajustando-os conforme necessário para acompanhar o desempenho da ferramenta de BI ao longo do tempo. 2.9 Vantagens que as ferramentas de business intelligence oferecem Uma de suas vantagens é a integração. Quando não anotamos uma quan- tidade explícita de planilhas de planos de controle interno, é prática comum verifi- car diversos softwares para cada divisão de uma organização, como sistemas de gestão de vendas e estoques, entre outros. Dessa forma, as ferramentas de BI 29 Banco de dados Business Intelligence são capazes de combinar dados dos mais diversos sistemas e processá-los, pos- sibilitando uma visualização mais inteligente e integrada das áreas de negócio. Tal ação permite identificar falhas e erros quando os processos são examinados mi- nuciosamente, podendo reduzir custos e despesas. Outra vantagem, é a eficiência, visto que com apenas alguns cliques, é pos- sível obter informações exatas, precisas e atuais, pois todas as importações de dados e métricas do painel são criadas de forma automática e instantânea. Como resultado, as ferramentas de BI reduzem significativamente o tempo gasto em processos internos e oferecem suporte a um gerenciamento mais eficaz. Aliás, um benefício fantástico das ferramentas de inteligência de negócios é a capacidade de entender completamente seu mercado, o que é essencial para garantir que as estratégias de marketing e vendas estejam alinhadas com o que o consumidor deseja. Assim, utilizando os KPIs de um software de BI, é possível entender melhor quem são os consumidores, as tendências de consumo, as melhores formas de investir em anúncios e publicidade, o grau de satisfação dos clientes com produtos e serviços e o subsídio para realização de pós-vendas, atividades de venda, entre outras coisas. Por seu turno, as informações em Real-Time (tempo real) tem como prin- cipal vantagem a capacidade de trabalho remoto. As informações são constante- mente atualizadas. E, dessa forma, é sempre possível acessá-lo, navegar pelas informações necessárias e obter métricas em tempo real. Esse fator impacta na execução de uma campanha ou de vendas sazonais, por exemplo, quando os re- sultados são percebidos na hora. Por fim, confirmamos que a decisão foi tomada com mais precisão à luz das métricas do mundo real do negócio, que foram obtidas a partir de dados os quais, muitas vezes, a empresa já possuía, mas eram errôneos. Ao ter uma visão holística do negócio,também é possível entender quais processos precisam ser aprimora- dos para conquistar o público e aumentar a rentabilidade do empreendimento. 3 BANCO DE DADOS Afinal de contas, o que é um Banco de Dados? Um Banco de Dados pode ser definido como uma coleção de dados relacio- nados, como uma lista de alunos de uma universidade, um acervo de livros de uma biblioteca, e assim por diante, mas observem, um banco de dados deve ser projeta- do, construído e ter seus dados povoados atendendo propostas específicas. 30 Banco de dados Business Intelligence Desse modo, é possível afirmar que um banco de dados é uma coleção or- ganizada de informações relacionadas, estruturadas de forma a permitir o arma- zenamento, a recuperação, a manipulação e a análise eficiente desses dados. Eles são fundamentais para muitas aplicações modernas, tais como sistemas de gerenciamento de conteúdo, sistemas de comércio eletrônico, sistemas de geren- ciamento de relacionamento com o cliente (CRM) e muito mais. Geralmente, a apresentação de um banco de dados envolve uma linguagem de consulta, como a SQL (Structured Query Language), que permite a criação, a modificação e a recuperação dos dados. Os comandos SQL são utilizados para realizar operações como inserção, exclusão, atualização e seleção de registros em tabelas. Além disso, as interfaces gráficas do usuário (GUIs) também forne- cem meios visuais para interagir com o banco de dados. Cabe ressaltar que os Bancos de dados (Data Base ou DB) se transforma- ram em essenciais componentes da nossa realidade diária, pois praticamente em todos os recursos tecnológicos que utilizamos, há por trás, um banco de dados, conforme se verificará nos exemplos a seguir: • Fazer saque ou depósito bancário. • Solicitar reserva em hotel. • Comprar passagens aéreas. • Realizar pesquisas em buscadores na Internet. • Agendar consultas médicas por meio de sites/aplicativos. 3.1 Conceitos e apresentação de banco de dados Há alguns anos, novas tecnologias surgiram, possibilitando assim que novas aplicações fossem desenvolvidas para o Bancos de Dados. Veja alguns exemplos abaixo: • Bancos de dados multimídia: utilizadas para armazenamento de imagens, som e vídeo. • Sistemas de Informações Geográficas (SlGS): utilizadas para armazena- mento e análise de mapas, tempo e imagens por satélite. 31 Banco de dados Business Intelligence • Sistemas em Tempo Real: utilizadas para controle de chão de fábrica e pro- cessos relacionados à manufatura. Figura 4 - Evolução dos Sistemas de Informação Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2005 Sistema de informação Mudanças técnicas Sistema de informação Controle gerencial Sistema de informação Atividades institucionais centrais Sistema de informação Fornecedores, clientes além das fronteiras da empresa Fonte:.Acessoem:13maio2023. Desta feita, um dado é um fato do mundo real ou a forma de representar um fato. Um fato ou forma de representar um fato. Dados são fatos brutos, observações ou valores não processados. Eles podem ser representados por números, palavras, símbolos, imagens, entre outros formatos. Os dados não têm contexto ou significado imediato por si só, sendo apenas uma representação objetiva de algo. Exemplos: Texto/ Números/Datas; Imagem: desenhos e figuras; e Mídia: som e vídeo. 3.2 Informação Dizemos que a informação são dados organizados, processados e inter- pretados, que adquirem significado e utilidade. As informações são derivadas dos dados, mediante análises, estruturação e contextualização. Elas fornecem #ParaTodosVerem: o gráfico apresenta a evolução dos sistemas de in- formação em quatro pilares, sendo, a partir dos anos 50 com as mudan- ças técnicas, indo entre os anos 60 e 70, por meio do controle gerencial. Entre os anos 80 e 90, temos as atividades institucionais centrais e, a partir dos anos 2000, com a inclusão de novos papéis, tais como forne- cedores, clientes além das fronteiras geográficas das empresas. 32 Banco de dados Business Intelligence conhecimento, entendimento ou insights sobre determinado assunto ou situação, e são determinadas por um contexto. Temos como exemplo de informação: o total da folha de pagamentos e a média de horas extras no mês. 3.3 Conhecimento O conhecimento são regras usadas para selecionar, organizar ou combinar informações e dados. A transformação dos dados aplica o conhecimento para a obtenção de informações relevantes. No contexto da Tecnologia da Informação (TI), o conhecimento é geralmente definido como a informação e a compreensão adquiridas sobre os sistemas, os pro- cessos, as tecnologias e as práticas relacionadas à área de TI. Ele envolve a fami- liaridade com conceitos, princípios, métodos, ferramentas e técnicas utilizadas no desenvolvimento, implementação, operação e suporte de sistemas de informação. O conhecimento em TI abrange uma ampla gama de áreas, incluindo redes de computadores, programação, segurança da informação, bancos de dados, sis- temas operacionais, desenvolvimento de software, gerenciamento de projetos, análise de dados, entre outros. Ele engloba tanto conhecimentos teóricos quanto habilidades práticas necessárias para lidar com os desafios e demandas da área. Figura 5 - Processo de transformação de dados em informação Conhecimento TransformaçãoDado Informação Fonte: elaborado pelo autor (2022). O processo de transformação de dados em informação envolve várias etapas, desde a coleta dos dados brutos até a sua análise e interpretação para obter insights significativos. Vale salientar que ele é iterativo e contínuo. À medida que novos dados são coletados e analisados, é possível refinar as análises, aprimorar a qualidade dos dados e obter insights mais valiosos, alimentando um ciclo de melhoria contínua. #ParaTodosVerem: na figura são apresentados quatro processos de trans- formação de dados em informação, sendo eles: Dado; Conhecimento; Trans- formação; e Informação. Eles estão separados em retângulos da cor azul. 33 Banco de dados Business Intelligence Figura 6 - Etapas do processo de transformação de dados Atividades que geram dados ao sistema O processa- mento transfor- ma os dados Sistemas de Informação Com as informações tomam-se decisões Dados coletados são armazenados Geram-se as informações Dados são coletados 1 2 3 4 5 6 Fonte: elaborado pelo autor (2022). Com isso, as etapas do processo de transformação de dados podem variar dependendo do contexto e dos objetivos específicos do projeto, sendo assim, ite- rativas e contínuas, permitindo a melhoria contínua dos dados e a obtenção de in- sights cada vez mais relevantes. Resumidamente, o conhecimento desempenha um papel fundamental na transformação de dados em informações relevantes. No contexto da Tecnologia da Informação (TI), ele abrange uma vasta gama de áreas e envolve a compreen- são dos sistemas, processos, tecnologias e práticas relacionadas a essa área em constante evolução. Ele abarca tanto o conhecimento teórico como as habilidades práticas necessárias para enfrentar os desafios e atender às demandas da TI. Nesse sentido, ao aplicar esse conhecimento na transformação de dados, é possível selecionar, organizar e combinar as informações de forma significativa, gerando insights úteis que impulsionam a tomada de decisões informadas e o pro- gresso contínuo na área da Tecnologia da Informação. #ParaTodosVerem: aqui são apresentados as seis etapas dos sistemas de informação, sendo elas: Atividades que geram dados no sistema; Da- dos coletados; Dados coletados e armazenados; Processo de transfor- mação dos dados coletados; Geração das informações a partir dos dados coletados; e a tomada de decisão a partir das informações. 34 Banco de dados Business Intelligence 3.4 Como podemos armazenar os dados? Existem várias formas de armazenar dados, cada uma adequada para dife- rentes necessidades e contextos. No contexto de banco de dados, há diversosmétodos de armazenamento para gerenciar e organizar os dados de forma eficiente: • Disco Rígido (Hard Disk Drive – HDD). • Unidades de Estado Sólido (Solid-State Drives – SSD). • Armazenamento em Nuvem (Cloud Storage). • Armazenamento em Rede (Network Attached Storage – NAS). • Armazenamento em Servidores (Server Storage). • Armazenamento em Memória (In-Memory Storage). 3.5 Conceitos de banco de dados sgbd Os Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBDs) são softwares projetados para gerenciar e manipular bancos de dados. Eles fornecem uma interfa- ce para criar, organizar, recuperar, modificar e manipular dados de forma eficiente e segura. A seguir, trazemos alguns conceitos-chave relacionados aos SGBDs: BANCO DE DADOS É uma coleção organizada de dados relacionados, geralmente, armazenados eletronicamente. Os bancos de dados são projetados para armazenar grandes volumes de informações que podem ser acessadas, gerenciadas e atualizadas de forma eficiente. MODELO DE DADOS É uma representação abstrata dos dados em um banco de dados. Existem vários modelos de dados, como o modelo relacional, o modelo hierárquico, o modelo de rede e o modelo orientado a objetos. O modelo relacional é o mais amplamente utilizado, atualmente. 35 Banco de dados Business Intelligence MODELO RELACIONAL É o modelo de dados mais comum em SGBDs modernos. Ele organiza os dados em tabelas com linhas e colunas, em que cada tabela representa uma entidade e cada linha representa uma instância dessa entidade. As relações entre as tabelas são estabelecidas por meio de chaves primárias e estrangeiras. CONSULTA É uma solicitação feita ao SGBD para recuperar ou manipular dados em um banco de dados. As consultas são escritas usando uma linguagem de consulta, como SQL (Structured Query Language), que permite especificar as condições e opera- ções desejadas. TRANSAÇÃO É uma unidade lógica de trabalho realizada em um banco de dados. Uma tran- sação consiste em uma ou várias operações de leitura e escrita que devem ser executadas de forma atômica, consistente, isolada e durável (propriedades conhecidas como ACID). ÍNDICE É uma estrutura de dados usada para acelerar a recuperação de informações em um banco de dados. Um índice cria uma cópia organizada dos dados em uma ou mais colunas, permitindo que o SGBD localize rapidamente os registros que correspondem a determinados critérios de busca. NORMALIZAÇÃO É um processo de projeto de banco de dados que visa eliminar redundâncias e in- consistências, garantindo a integridade dos dados. A normalização divide as tabelas em estruturas mais simples e elimina dependências indesejadas entre os dados. 3.6 Estruturas dos modelos de dados Nos bancos de dados, os modelos de dados exercem uma função crucial na definição da organização, do armazenamento e da manipulação dos dados. Eles oferecem uma representação abstrata dos dados e estabelecem as regras e rela- cionamentos que regem o acesso e a manipulação desses dados. 36 Banco de dados Business Intelligence Existem vários modelos de dados comumente usados em bancos de dados, cada qual com suas próprias características e abordagens. Alguns dos modelos de dados mais populares, incluem: • Modelo Hierárquico: nesse modelo, os dados são organizados em uma es- trutura de árvore hierárquica, no qual cada registro tem um pai e pode ter vários filhos. É uma estrutura rígida e inflexível, geralmente usada em main- frames antigos. • Modelo em Rede: esse modelo permite relações mais complexas entre os dados, permitindo que um registro tenha diversos pais e filhos. Ele usa uma estrutura de grafo para representar os relacionamentos entre os registros. Embora mais flexível do que o modelo hierárquico, ainda é considerado com- plexo de se trabalhar. • Modelo Relacional: ele é amplamente adotado e fundamentado na utilização de tabelas, nas quais os dados são organizados em linhas e colunas. Cada tabela representa uma entidade, e as relações entre as entidades são esta- belecidas por meio de chaves primárias e chaves estrangeiras. Esse modelo é altamente flexível e de fácil compreensão, sendo a base para a maioria dos sistemas de gerenciamento de banco de dados modernos. • Modelo Orientado a Objetos: nesse modelo, os dados são tratados como objetos que possuem atributos e comportamentos. Ele permite a representa- ção direta de estruturas complexas de dados e é amplamente usado em siste- mas que utilizam programação orientada a objetos. • Modelo de Documentos: esse modelo é baseado em documentos semies- truturados, como XML ou JSON. Os dados são armazenados em documentos que podem ter estruturas diferentes, mas são organizados em uma hierar- quia. É amplamente utilizado em bancos de dados NoSQL. 3.7 Modelos conceituais Os modelos conceituais em bancos de dados são representações abstratas que descrevem a estrutura e os relacionamentos dos dados de uma forma inde- pendente de qualquer sistema de gerenciamento de banco de dados específico. Eles ajudam a capturar os requisitos e a visão geral do sistema, fornecendo uma representação visual e semântica dos dados. Os modelos conceituais são usados na fase de projeto de banco de dados, com o intuito de entender e comunicar as necessidades dos usuários e as regras 37 Banco de dados Business Intelligence de negócio subjacentes. Eles são mais focados na perspectiva do usuário e nas informações importantes, as quais precisam ser armazenadas e manipuladas pelo sistema. Vejamos um exemplo, a seguir: • Modela de forma mais natural as entidades do mundo real, suas propriedades e seus relacionamentos. • Independente de Banco de Dados. • Exemplo: modelo entidade-relacionamento. Figura 7 - Modelo conceitual de banco de dados Alunos matrícula nome Lotação Cursos Código Nome N M Fonte: elaborado pelo autor (2022). Como é possível notar, a estrutura dos modelos de dados desempenha um papel primordial no design e na implementação dos bancos de dados. Os diferen- tes modelos, como o hierárquico; em rede; relacional; orientado a objetos; e de documentos, oferecem abordagens distintas para a organização e a manipula- ção dos dados. Dessa feita, cada modelo tem as suas próprias características e é adequado para necessidades e contextos distintos. O modelo relacional, em particular, é amplamente adotado e fornece uma es- trutura flexível e compreensível baseada em tabelas, chaves primárias e chaves estrangeiras. Além disso, os modelos conceituais desempenham uma função im- portante na fase de projeto do banco de dados, ajudando a capturar requisitos e fornecer uma representação visual e semântica dos dados. #ParaTodosVerem: a figura mostra um relacionamento N para M, tam- bém conhecido como relacionamento muitos-para-muitos, ele é um tipo de relacionamento em bancos de dados e modelagem de dados, no qual várias instâncias de uma entidade estão relacionadas com diversas ins- tâncias de outra entidade. Isso significa que uma instância de uma en- tidade pode estar associada a várias instâncias de outra entidade, e vice-versa. Nesse exemplo, podemos ver vários alunos (N), lotando ou re- alizando, vários cursos (M). 38 Banco de dados Business Intelligence Desse modo, esses modelos abstraem as características específicas de um sistema de gerenciamento de banco de dados e fornecem uma visão independen- te, permitindo uma compreensão clara dos relacionamentos e propriedades das entidades do mundo real. No geral, a escolha adequada e a compreensão dos modelos de dados são essenciais para criar bancos de dados eficientes e capazes de atender às neces- sidades de armazenamento e manipulação de informações. 3.8 Modelos lógicos Os modelos lógicos em bancos de dados são usados para descrever a estru- tura dos dados em um nível mais detalhado do que os modelos conceituais, mas ainda independentes de qualquer sistema de gerenciamento de banco de dados específico. Eles fornecem uma representação lógica dos dadosque é mais próxi- ma da implementação real em um sistema de banco de dados. Os modelos lógicos são usados, principalmente, na fase de projeto de banco de dados, após a criação do modelo conceitual. Eles auxiliam a traduzir os requi- sitos do sistema e a estrutura dos dados em uma forma na qual possa ser imple- mentada em um sistema de gerenciamento de banco de dados específico. Abaixo, segue alguns exemplos de modelos lógicos: • Modelo relacional (tabelas). • Modelo hierárquico (árvore). • Modelo orientado a objetos (classes objetos complexos). 3.9 Modelos de bancos de dados Os modelos de bancos de dados se referem às diferentes abordagens e es- truturas utilizadas para organizar, armazenar e gerenciar dados em um sistema de banco de dados. Ao longo do tempo, diferentes gerações de modelos de bancos de dados surgiram, cada uma com suas características e propósitos distintos. Aqui, iremos discutir brevemente as três principais gerações, a saber: a pri- meira, a segunda e a terceira gerações de modelos de bancos de dados. 39 Banco de dados Business Intelligence 3.9.1 Primeira geração: modelos pré-relacionais Na primeira geração de modelos de bancos de dados, predominaram os mo- delos hierárquicos e de rede. Esses modelos foram desenvolvidos nas décadas de 1960 e 1970, quando os computadores estavam se tornando mais acessíveis e as organizações precisavam armazenar grandes quantidades de dados de forma estruturada. O modelo hierárquico organiza os dados em uma estrutura no formato de ár- vore, em que os registros são organizados em níveis hierárquicos. Cada registro tem apenas um pai, exceto o registro raiz. Esse modelo foi amplamente utilizado em sistemas de gerenciamento de bancos de dados (SGBDs) como o IMS (Infor- mation Management System). O modelo de rede, por sua vez, permite que os registros tenham vários pais, formando uma estrutura de grafo. Os relacionamentos entre os registros são de- finidos por meio de conjuntos de ponteiros. O modelo de rede foi implementado em SGBDs como o CODASYL DBTG (Conference on Data Systems Languages Database Task Group). 3.9.2 Segunda geração: modelo relacional A segunda geração de modelos de bancos de dados introduziu o modelo re- lacional, que se tornou amplamente adotado e continua sendo a base da maioria dos sistemas de gerenciamento de bancos de dados modernos. Nesse modelo, as relações entre as tabelas são estabelecidas por meio de chaves primárias e chaves estrangeiras. Isso permite a normalização dos dados e a eliminação de redundância, tornando o modelo relacional flexível, escalável e eficiente para consultas. 3.9.3 Terceira geração: modelos pós-relacionais A terceira geração de modelos de bancos de dados é conhecida como mo- delos pós-relacionais ou modelos NoSQL (Not Only SQL). Eles surgiram no início dos anos 2000, como resposta a requisitos específicos que o modelo relacional não conseguia atender com eficiência. 40 Banco de dados Business Intelligence Os modelos pós-relacionais são projetados para lidar com volumes massivos de dados, alta velocidade de leitura/gravação, escalabilidade horizontal e flexibi- lidade de esquema. Eles são especialmente adequados para aplicativos web, re- des sociais, análise de big data e sistemas distribuídos. Existem diferentes tipos de modelos pós-relacionais, como o modelo de do- cumentos, o modelo de chave-valor, o modelo de coluna ampla (wide column) e o modelo de grafo. Cada um deles tem suas próprias características e é otimizado para diferentes tipos de dados e casos de uso específicos. 3.10 Modelo relacional Os modelos relacionais em bancos de dados são usados para descrever a estrutura dos dados em um nível mais detalhado do que os modelos conceituais, mas ainda independentes de qualquer sistema de gerenciamento de banco de da- dos específico. Eles fornecem uma representação lógica dos dados que é mais próxima da implementação real em um sistema de banco de dados. Sublinhe-se que, os modelos relacionais são usados principalmente na fase de projeto de banco de dados, após a criação do modelo conceitual. Eles ajudam a traduzir os requisitos do sistema e a estrutura dos dados em uma forma que possa ser implementada em um sistema de gerenciamento de banco de dados específico. 41 Banco de dados Business Intelligence Figura 8 - Contexto do Modelo Relacional Negócio Modelo Hierárquico Modelo Rede Real MER - Mercado Entidade - Relacionamento Normalização MER - Mercado Entidade - Relacionamento Fonte: elaborado pelo autor (2022). O modelo conceitual, portanto, permite a visualização das regras de negócio, independentes de limitações tecnológicas, bem como a sua implementação. Por isso, ela é a etapa mais importante, pois o key-user (usuários do sistema), deve- rão ser envolvidos, pois não se faz necessário conhecimentos técnicos. Dessa forma, temos: • Visão geral das regras de negócio. • Interação entre usuários do sistema com os desenvolvedores. • Contém somente as entidades e atributos (os principais). • Relacionamentos M para M podem existir. #ParaTodosVerem: o quadro mostra o contexto do modelo relacional, sendo que, o primeiro passo no desenvolvimento desse tipo de modelo, é entender o contexto de negócio para o qual o banco de dados está sendo projetado. Após obter o contexto do negócio, a próxima etapa é a criação do Modelo Entidade-Relacionamento (MER). O MER é uma representação gráfica das entidades envolvidas no sistema. A normalização é uma téc- nica que organiza as tabelas em um banco de dados relacional para mi- nimizar a duplicação de informações e manter a consistência dos dados. 42 Banco de dados Business Intelligence 3.11 Modelo entidade-relacionamento O modelo Entidade-Relacionamento (modelo relacional) teve sua definição em 1976, por Peter Chen. Segundo ele, uma visão da realidade, baseia-se no re- lacionamento entre conceitos dessa mesma realidade, nos quais os fatos são re- tratados e que governam esta mesma realidade. Ao abstrair o problema, é permitido ao analista trabalhar as partes que real- mente são importantes ao desenvolvimento do sistema, excluindo da modelagem de dados todos os aspectos irrelevantes ao ambiente pretendido. Na modelagem tem-se por objetivo a apresentação resumida de uma visão sem redundâncias dos dados, contribuindo ao entendimento do problema, bem como sua estrutura e significância desses dados. Dessa forma, o Modelo Entidade-Relacionamento (E-R) é utilizado para re- presentar o entendimento dos dados que compõem o problema e o objetivo que se pretende entregar. Ele tem por objetivo realizar o mapeamento do mundo real sendo convertido em um modelo gráfico, no qual irá representar o modelo e o relacionamento existentes entre os dados, propondo, suas regras, definições para o projeto e implementação do Banco de Dados. Abaixo, segue algumas características: • Modelo mais utilizado atualmente. • Simplicidade e eficiência. • Baseia-se na percepção de mundo real, que consiste em uma coleção de ob- jetos básicos, chamados entidades e em relacionamentos entre esses objetos. 43 Banco de dados Business Intelligence Figura 9 - Notações mais utilizadas Entidade Entidade Atributo Chave X X X X X X X AtributoX X X X X X X Relacionamento Entidade Associativa Especialização Atributo Atributo Chave Dependência (Min Máx) Cardinalidade Atributo Derivado Atributo Multivalorado NOTAÇÃO PETER CHEN NOTAÇÃO JAMES MARTIN Relacionamento Entidade Dependente Especialização Cardinalidade Fonte: elaborado pelo autor (2022). #ParaTodosVerem: as figuras mostram a notação Peter Chen e a nota- ção James Martin, respectivamente. Elas, por sua vez, são dois sistemas diferentes de representação gráfica de modelos de dados usados na área de modelagem de dados e projeto de sistemas de informação. Ambas, são amplamente utilizadas no campo da engenharia de software e pos- suem suas próprias características distintas. 44 Banco de dados Business Intelligence Comovimos, o modelo relacional é um dos modelos de dados mais ampla- mente adotados e fundamentais no campo dos bancos de dados. Ele oferece uma estrutura flexível e organizada para a representação e manipulação de dados. Mediante o uso de tabelas, linhas e colunas, o modelo relacional permite a criação de relações entre entidades por intermédio de chaves primárias e chaves estran- geiras. Essa abordagem simplifica a organização dos dados e facilita a consulta e a recuperação de informações. Além disso, o modelo relacional é independente do sistema de gerenciamen- to de banco de dados específico, o que significa que pode ser implementado em diferentes plataformas. Sua compreensibilidade e sua ampla adoção ao longo dos anos tornaram-no a base para a maioria dos sistemas de gerenciamento de ban- co de dados modernos. Com a capacidade de representar uma ampla variedade de relacionamentos e a flexibilidade para evoluir com as necessidades do usuário, o modelo relacional continua sendo uma escolha sólida para o armazenamento e a manipulação efi- ciente de dados em muitas aplicações. 3.12 Relacionamento É o tipo de ocorrência existente entre entidades. O símbolo que representa o relacionamento no modelo E-R é um losango com o nome do relacionamento es- crito no seu interior. Figura 10 - Símbolo que representa relacionamento no modelo E-R PERTENCE Fonte: elaborado pelo autor (2022). #ParaTodosVerem: a figura mostra o símbolo que representa o relacio- namento no modelo E-R, o qual é um losango com o nome da entidade escrito no seu interior 45 Banco de dados Business Intelligence Assim sendo, os relacionamentos em bancos de dados desempenham um papel crucial na organização e na interconexão dos dados. Eles permitem esta- belecer conexões lógicas entre entidades, possibilitando a representação precisa das relações do mundo real. Existem diferentes tipos de relacionamentos, como um para um, um para muitos e muitos para muitos, cada qual com suas próprias características e im- plicações na estrutura do banco de dados. Por meio desses relacionamentos, é possível obter informações mais completas e significativas, permitindo consultas complexas e análises avançadas. Aliás, o entendimento e a gestão adequada dos relacionamentos são funda- mentais para garantir a consistência e a confiabilidade dos dados, possibilitando um melhor uso das informações armazenadas e contribuindo para a tomada de decisões informadas e eficazes. 3.13 Entidade A Entidade pode ser definida como um objeto do mundo real no qual possui seus atributos, e estes, por sua vez, são capazes de fazer com que sejam identifi- cáveis e com existência física independente, como, por exemplo, pessoas e note- books. Podendo ter também sua existência no âmbito conceitual como, serviços, consultas, entre outros. Para entendimento prático, as entidades irão dar origem às tabelas no Banco de Dados. Abaixo, segue algumas características: • É um “objeto” que existe e é distinguível de outros “objetos”. • No banco de dados de uma empresa, por exemplo, são entidades: Funcio- nário, Cliente, Departamento etc. Cada entidade representa objetos com as mesmas características. 46 Banco de dados Business Intelligence Figura 11 - Representação de uma entidade DEPARTAMENTO Fonte: Elaborado pelo autor (2022). Em resumo, as entidades em bancos de dados desempenham um papel central na modelagem e organização dos dados. Elas representam objetos ou elementos do mundo real que possuem atributos e características distintas. Ao identificar e definir corretamente as entidades relevantes em um contexto especí- fico, é possível criar uma estrutura eficiente e coerente para armazenar e manipu- lar os dados. Destaque-se ainda que as entidades são representadas por tabelas no mo- delo relacional e possuem chaves primárias que as identificam de forma exclusi- va. A modelagem adequada das entidades garante a precisão e a integridade dos dados, além de permitir consultas e análises significativas. Além disso, as entidades podem estar relacionadas umas às outras por meio de relacionamentos, estabelecendo conexões lógicas entre diferentes objetos. Com uma compreensão clara das entidades em um banco de dados, é possí- vel criar sistemas de informação mais robustos e capazes de lidar com as ne- cessidades de armazenamento e manipulação de informações de forma eficaz. O cuidado na identificação e definição das entidades é essencial para garantir a consistência e a qualidade dos dados, possibilitando uma melhor compreensão e utilização das informações contidas no banco de dados. 3.14 Atributos Basicamente, são todos os dados que podemos armazenar a partir das enti- dades. São eles que darão origem aos campos das tabelas no Banco de Dados. Portanto, os atributos são propriedades (características) que identificam as enti- dades. A seguir, segue-se um exemplo: #ParaTodosVerem: a figura mostra o símbolo que representa a entidade no modelo E-R, o qual é um retângulo com o nome da entidade escrito no seu interior. 47 Banco de dados Business Intelligence • Uma entidade chamada CLIENTE tem como propriedades NOME, CPF, EN- DEREÇO, CIDADE, BAIRRO, CEP. Essas propriedades são importantes para que seja possível identificarmos o cliente. Chamamos essas propriedades de atributos. Figura 12 - Exemplo de Entidades com seus respectivos atributos Cadastro do Aluno Cadastro do Paciente Entidade Aluno Entidade Paciente Atributos Registro de Matrícula Nome do Aluno Data de nascimento RG CPF Telefone Endereço Bairro Cidade CEP Atributos Código do Paciente Nome do Paciente Endereço CPF RG Telefone Data de Nascimento Código do Convênio Código do Conveniado Sexo Estado Civil Fonte: elaborado pelo autor (2022). Em suma, os atributos em bancos de dados exercem um papel crucial na defi- nição e descrição das características das entidades. Eles representam as proprie- dades ou características específicas que descrevem uma entidade em particular. #ParaTodosVerem: atributos são propriedades (características) que identificam as entidades. Uma entidade é representada por um conjun- to de atributos. A imagem representa exemplos dos atributos de um ca- dastro de aluno, como: registro de matrícula, nome do estudante, data de nascimento, RG, CPF, telefone, endereço, bairro, cidade e CEP. E, ao lado, temos uma lista de exemplos com os atributos de um cadastro de pa- ciente, como: código do paciente, nome do paciente, endereço, CPF, RG, telefone, entre outros. 48 Banco de dados Business Intelligence A seleção cuidadosa dos atributos relevantes e a definição correta de seus tipos e restrições contribuem para a eficiência e a precisão das consultas e ope- rações realizadas no banco de dados. E, a correta gestão dos atributos em um banco de dados é essencial para garantir a qualidade e a confiabilidade das infor- mações armazenadas, permitindo a tomada de decisões embasadas e o correto funcionamento dos sistemas de informação. 3.15 Entidade fraca As entidades fracas possuem os identificadores internos que determinam com exclusividade a existência de instâncias de entidade, mas entidades fracas derivam sua identidade dos atributos de identificação de uma ou mais “entidades- -pai”. Elas são normalmente representadas com um retângulo de borda dupla, o que indica que todas as instâncias (ocorrências) dessa entidade, dependem de uma entidade associada para a sua existência no Banco de Dados. Essas entidades possuem como características: • Não possuir chave própria. • Ter sua existência vinculada à existência de outra entidade. • Ter uma considerável possibilidade de não ter ocorrências. Figura 13 - Entidade fraca Empregado Possui Dependente 1 N Fonte: elaborado pelo autor (2022). Em conclusão, as entidades fracas são uma ferramenta poderosa na mo- delagem de bancos de dados, permitindo a representação de relacionamentos #ParaTodosVerem: uma entidade fraca é aquela que depende de outra entidade para existir. Ela não tem identidade