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Fisiologia da gestação Fecundação, desenvolvimento embrionário e reconhecimento materno da gestação Considerações Sobre a Fisiologia da Gestação • Gestação : Intervalo entre fecundação do oócito até a completa expulsão do(s) feto(s) e suas membranas. o Período de adaptação progressiva do organismo materno! • Etapas: o Fecundação: União dos gametas; o Desenvolvimento embrionário; o Reconhecimento materno da gestação; o Implantação ou nidação; o Placentação; o Manutenção da gestação; o Parto; o Expulsão das membranas fetais . • Def inições: o Morte embrionária : Interrupção da gestação antes do processo de diferenciação embrionária. o Aborto : Expulsão do feto antes do período normal da gestação, porém sem condições de sobreviver. o Prematuro : Expulsão do feto antes do período normal da gestação, porém com condições de sobreviver. o Natimorto: Expulsão de um feto morto ao f inal do período normal da gestação (ou que tenha morrido nas primeiras 24 horas). • Duração da gestação: Fertilização • A fertilização acontece na ampola da tuba uterina ( junção istmo -ampola); • Geralmente os espermatozoides ‘esperam’ o oócito. o Oócitos tem viabilidade (‘tempo de vida útil, vivos, viáveis para fecundação’) menor que os espermatozoides. • Penetração somente da cabeça do espermatozoide no oócito. • O pró-núcleo feminino tende a ser maior que o pró-núcleo masculino. Períodos da Gestação • Ovo ou Zigoto : Acontece após a fecundação, até o 12° dia da gestação, quando inicia a formação das membranas embrionárias: o Transporte: Contrações peristálticas e cílios; ▪ Se encontra na tuba uterina, mas deve se implantar no útero . o Chegada ao útero: ▪ Zigoto em fase de mórula (16-32 células): Zigoto com 16 a 32 células ; ▪ Duração do transporte: 3 dias (suínos), 4-5 dias (ruminantes e equinos), 6-7 dia (cadela e gata); o Zigotos defeituosos morrem e são absorvidos antes mesmo de serem implantados no útero ; ▪ Não tem um atraso no cio, pode acontecer e nunca descobrir. o Ovário (s): Formação do corpo lúteo com produção de P4 (progesterona) crescente, a qual prepara o endométrio para receber o zigoto. • Um embrião se forma com a união dos gametas, seguido de mitose, para aumentar a quantidade de células, até se transformar em mórula, a qual vai chegar no útero. Depois a mórula vira um blastocisto (recomendado nas transferências de embrião utilizar um blastocisto). Embrião ou Organogênese • O zigoto passa a ser embrião no 12° dia; • Organogênese : É a formação dos órgãos. o 34º dia (ovelha e cadela); o 45º dia (vaca); o 55-60º (égua). • O embrião passa a ser chamado de feto depois que os órgãos terminam de se formar. • Eventos : o Fase de reconhecimento materno da gestação: ▪ O embrião precisa sinalizar para a mãe que ele está ali para que não ocorra a produção de prostaglandina (lise de corpo lúteo); ▪ Progesterona precisa existir para manter a gestação; o Trofoblasto se alonga (exceto: égua, cadela e gata) ; o Formação de todos os tecidos órgãos e sistemas; ▪ O primeiro sistema que se forma é o nervoso, mas o primeiro que é funcional é o circulatório (por volta de 22 dias); ▪ 22º dia coração primitivo já funciona (ultrassom). o Final desta fase: Identif ica-se a espécie; o Fase em que se desenvolve as alterações teratológicas; o Égua → Corpos lúteos acessórios (estro); ▪ Hormônio EcG. Placentário. o Morte e maceração → Pode passar despercebido. Fase de reconhecimento materno da gestação • Processo através do qual o concepto sinaliza à sua mãe, sua presença, antes do início da luteolíse, prevenindo a sua ocorrência. o Sinais originados do trofoderma (células que estão ao redor do embrião); o Sinais que atuam diretamente sobre o endométrio e/ou ovário. • Antiluteolítico : Previne ou bloqueia a luteolíse; • Luteotróf ico : Estimula o corpo lúteo a continuar sua função, mesmo na presença da PGF2α . • Princípio : Evitar LUTEÓLISE, evitar a produção de prostaglandinas ; • Mudanças endócrinas : Manutenção do corpo lúteo; o O animal sof re por mudanças endócrinas, ela para de ciclar, mantem o corpo lúteo e a produção de progesterona se torna constante. • Mudanças imunológicas; • Favorece crescimento e implantação embrionária; • Égua: Precocemente (embrião produz PGE2). Fase de Reconhecimento Materno da Gestação em Ruminantes • Luteolíse dos ruminantes : Quando não há gestação ou não há o reconhecimento da gestação: o Dia 12 após a ovulação: Receptores de estrógeno baixos e receptores de progesterona altos; o Dia 15 após a ovulação: Aumento nos receptores de estrógeno e receptores de progesterona baixos. ▪ Quando os receptores de estrógeno se ligam ao estrógeno eles aumentam os receptores de ocitocina (chave para a produção de prostaglandina) que vão se ligar as ocitocinas, fazendo acontecer a conversão de ácido araquidônico em prostaglandinas (PGF2). o Direcionamento da PGF2α em bovinos : ▪ A prostaglandina é responsável pela luteolíse é produzida pelo endométrio, nos ruminantes a prostaglandina não ganha corrente sanguínea, pois ela é metabolizada diretamente no pulmão. ▪ bTP (Proteína trofoblastica bovina); ▪ IFN-t: Age em conjunto com a bTP, fazendo a mesma função que é impedir a produção de prostaglandina; ▪ PGE2: Tem efeito luteoprotetor; ▪ EPSI: Inibidor sinetasse da PGF2 . ▪ Nos ruminantes a fase de reconhecimento materno ocorre entre o 12º e o 26º dia quando ocorre a secreção da proteína interferon-tau (INF-T), com pico entre os dias 15 e 16 . Como resposta, o INF-T inibe a transcrição de receptores de estrógenos e ocitocina no endométrio inibindo a luteólise. Nesta fase há o alongamento do embrião, que coincide com a máxima produção de IFN-T, a sua principal função é evitar o retorno à ciclicidade, preservando o funcionamento do corpo lúteo durante a gestação produzido pelo concepto tem um efeito parácrino no útero, inibindo a expressão dos receptores de estrógeno e de ocitocina no epitélio luminal do endométrio, evitando assim a liberação de PGF2α , hormônio responsável pela luteolíse. • Ovelhas: o Próximo a 12 dias até o 21° dia o embrião vai produzir o oTP1 (proteína trofoblastica ovina) que vai estabilizar os receptores de progesterona e consequentemente os receptores de estrógeno vão continuar baixos. Não permitindo a produção de prostaglandinas. o PGE: Prostaglandina. É a prostaglandina que tem efeito luteol ítico protetor, ajuda a proteger o corpo lúteo. • Suínos o As prostaglandinas ganham corrente sanguínea e depois voltam para o ovário; o Na porca gestante, o blastocisto produz uma substância chamada de sulfato de estrona, que dá um novo caminho para a prostaglandina, impedindo que ela caia na circulação, ela faz com que ela se direcione para a luz do útero para ser eliminada. Se ela é eliminada ela não chega no ovário ; o Para que haja uma quantidade de sulfato de estrona suf iciente para fazer efeito a porca deve ter pelo menos 2 conceptos, se não a gestação não é reconhecida. • Égua: o Direcionamento da PSF2 : ▪ Dias: 12-14; ▪ Produção de PGE2 pelo concepto durante a locomoção do embrião (não é comprovado). • Cadela e gatas : Não se sabe. • Primatas : hCG e mCG (1-2 dias pós-implantação). Implantação ou Nidação Embrionária • Deve acontecer no endométrio, a camada mais interna do útero; • Eclosão blastocisto : Primeira coisa que deve acontecer para que haja a implantação do zigoto, que até então era envolto por uma zona pelúcida que protegeu o zigoto até sua chega no útero (ela impede que o zigoto seja implantado em outro local que não seja no útero). • Adesão do embrião ao endométrio : O conteúdoque estava dentro da zona pelúcida ainda é chamado de trofoblasto, que é dividido em duas partes o embrioblasto e o trofoblasto. o Depois da adesão do embrião vai ocorrer uma invasão do embrião no endométrio (fusão endometrial). • Blastocisto eclodido : o Zona pelúcida no oviduto: Impede a adesão do embrião na parede do oviduto • no útero precisa eclodir para aderir na parede uterina (endométrio). o Lise da zona pelúcida : ▪ Aumento da pressão interna de líquidos e multiplicação celular, fazendo o espaço ser insuf iciente, causando uma alta pressão e posterior ruptura; ▪ Proteases (enzima tripsina) localizadas na membrana das células do trofoblasto digerem e degradam a zona pelúcida, permitindo a adesão do embrião ao endométrio. o Bovinos e suínos: Alongamento do embrião (antes era esférico), nos equinos permanece esférico; o Colagenase, estromalisina e ativador de plasminogênio: Digerem tecido uterino para auxiliar a implantação. • Mais correto dizer adesão placentária quando se fala de carnívoros; • A implantação dos animais de produção é superf icial e não invasiva (não invade todo o endométrio, só uma parte) , diferente dos carnívoros que é profunda (invade o endométrio por inteiro); • Envolve justaposição e adesão de células epiteliais uterinas com o trofoblasto; • Regulada pelo tempo que o endométrio f ica exposto à ação da progesterona; o Expressão de genes relacionados a adesão – janela de implantação; o MUC-1, PLAC-8... • Suínos: Embrião completamente aderido entre os dias 18 e 24; • Equinos: Aderência placentária e implantação embrionária ocorre por volta dos dias 24 e 40; • Ruminantes: Envolve áreas caruncular e intercaruncular do endométrio, entre o dia 17 e 24; • Cadela e gata: Completa com 15 a 18 dias após as ovulações. Considerações sobre Fisiologia da Gestação • Três fases do ponto de vista do desenvolvimento: o Fase de Zigoto: Desde a fecundação até o 12° dia; ▪ Fertilização a eclosão blastocisto; ▪ Desenvolvimento inicial ; ▪ Média: 12 dias. o Fase embrionária: 12° dia até.. . depende da espécie. ▪ Organogênese; ▪ Duração variável de acordo com a espécie ; ▪ Reconhecimento materno. o Fase Fetal : Acontece após a fase embrionária até o parto. ▪ Crescimento órgãos e tecidos ▪ Finaliza com o parto. ▪ Duração: • 34º dia até o f inal da gestação (ovelha e cadela); • 45º dia até o f inal da gestação (vaca); • 60º dia até o f inal da gestação (égua). ▪ Eventos: • Diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas ; • Crescimento acelerado do feto ao f inal da gestação (“secar a vaca”); o Parar de tirar o leite da vaca, importante para renovação celular das glândulas mamárias e formação do colostro. o Evitar competição leite X feto; o 60 dias antes do parto. • Vacas: “Cio do encabelamento”: o 5° mês de gestação; o É o animal gestante que manifesta cio, isso acontece, pois, a placenta começa a produzir progesterona também, o que desencadeia uma queda da produção de progesterona pelo corpo lúteo (ele entende que não precisa produzir muita progesterona pois chegou uma ajuda) e o animal apresenta cio. Placentação • Placenta → Órgão transitório formado por tecidos maternos e fetais, com a função de transportar substâncias nutritivas do organismo materno para o feto, bem como promover “trocas metabólicas” (nutrientes, gases...) e desempenhar funções endócrinas quanto à produção de hormônios na manutenção da gestação. ↓ Crescimento externo do mesoderma embrionário a partir do trofoblasto . • Membranas fetais: Formadas no processo de placentação o Saco vitelino: Função de nutrição inicial do embrião, que logo regride e se torna vestigial; ▪ Vestigial: Mamíferos; ▪ Mais importante em aves. o Âmnio: Contato direto com o embrião. ▪ Envolve o feto em camada cheia de líquido. o Alantóide: ▪ Drena os dejetos fetais; ▪ Funde-se com o córion: Placenta córionalantóide que vai se aderir ao endométrio. o Córion: Camada mais externa. ▪ Envolve o embrião e outras membranas ; ▪ Associado à delimitação interna do útero para formar a placenta , o córion que está em contato com o endométrio. Membranas fetais da placenta • Membrana Amniótica: o Contato direto com o embrião; o Formação: 13° ao 16° dia; o Funções: ▪ Proteção do embrião, tem líquido amniótico dentro, que ajuda na proteção e na movimentação do embrião; ▪ Movimentação; ▪ Distensão uterina: A quantidade de líquido aumenta conforme a progressão gestacional, distendendo o útero; ▪ Impedir desidratação do embrião; ▪ Nutrição. • Membrana alantóidea: o Formação: 2° a 3° semana; o Receptáculo de urina e feto; o Primeira ‘bolsa d’água’ ; o Se funde com o córion depois da 3° semana, formando a membrana coriônica. • Membrana coriônica: o Forma a placenta; o Responsável pelas trocas nutricionais. Vilosidades coriônica (onde acontece a troca mãe e feto) estabelecem relação entre a placenta fetal e o endométrio, possibilitando as trocas - Classif icação de acordo com a comunicação materno fetal. Classif icação morfológica da placenta • Placenta difusa: o Porca e égua; o Várias vilosidades coriônicas distribuídas por toda a placenta . • Placenta cotiledonária: o O útero da vaca tem as carúnculas uterinas no endométrio e a placenta dos ruminantes tem os cotilédones, que vão se ligar as carúnculas formando os placentomas, onde vai ocorrer a troca entre feto e mãe. • Placenta zonal ou circular: o Vilosidades coriônicas fazem uma faixa que envolve a placenta. • Placenta discoidal: o Vilosidades coriônicas em forma de disco. Classif icação Histológica da Placenta Número e tipo de camadas histológicas que separam a circulação materna e fetal . As camadas por parte do feto nunca mudam, só as barreiras da mãe. Quanto mais barreiras mais dif íceis serão as trocas entre mãe e feto, quanto menos barreiras mais ef icientes. • Placenta epitélio-corial (difusa): o Equino e suíno: Equinos abortam com facilidade; o Córion do feto está em contato com o epitélio do endométrio, 6 barreiras entre o sangue da mãe e o sangue do feto; o 6 camadas, 3 camadas da mãe (Endotélio capilar, tecido conjuntivo e epitélio endometrial ) 3 camadas do feto (endotélio capilar, tecido conjuntivo da membrana coriônica e epitélio da membrana coriônica). • Placenta sindesmo-corial (cotiledonária): o Ruminantes; o 5 camadas que separam o sangue da mãe e o sangue do feto; o O córion está em contato direto com o tecido conjuntivo do endométrio; o Cotilédone é o córion; o Placentoma: Unidade funcional da placenta dos ruminantes. • Placenta endotélio-corial (zonal ou circular): o Carnívoros; o 4 barreiras entre o sangue da mãe e o sangue do feto; o O endotélio capilar está em contato com o córion. • Placenta hemo-corial (discoidal): o 3 barreiras entre o sangue da mãe e o sangue do feto. Presente em primatas; o O sangue da mãe está em contato direto com o córion; o Máximo de ef iciência a transferência entre mãe e feto. Funções da placenta • Metabólicas : o Aa, peptídeos, ptnas de baixo PM; o Glicemia fetal; o Minerais: Mais evidente no f inal da gestação, quando há o desenvolvimento dos ossos; o Órgão de reserva; o Resíduos do metabolismo fetal (presença do úraco) ; o Troca gasosa. • Protetora : o Protege da passagem de microrganismos; • Endócrina : o eCG: Equinos; o hCG: Humanos; o Relaxina (gata, cadela, égua): Produzida pelos ovários, mas a placenta passa a produzir, passa a ser mais importante para o parto a produção placentária. o E2: Estradiol; o P4: Progesterona; ▪ Corpo lúteo dependentes (vaca, porca, primatas) : Até o f inal da gestação o corpo lúteo está ativo produzindoprogesterona, por mais que a placenta passe a produzir também, não é suf iciente para manter a gestação. ▪ Corpo lúteo independentes (gata – 45 dias, ovelha – 50 dias; égua 70 dias): Depois que a placenta passa a produzir progesterona, o corpo lúteo para de produzir progesterona e regride. • Respiração do feto: transferência de O2 ↔ CO2 materno fetal por difusão; • Alimentação do feto: o Água: Passa a barreira placentária nos dois sentidos, por difusão; o Metabólitos (glicose, ácidos graxos livres, aminoácidos e lactose); • Imunoproteção: A passagem transplacentária de imunoglobulinas , depende do tipo de placenta: o Ruminantes, suínos e equinos: ▪ Placenta impermeável às imunoglobulinas : Não acontece a passagem de imunoglobulinas, o feto nasce sem imunidade alguma, não há imunidade passiva; ▪ É vital a ingestão de colostro nas primeiras horas de vida . o Carnívoros: ▪ Permite a passagem de algumas imunoglobulinas, o animal já nasce com um pouco de imunidade; ▪ Imunidade relativa ao nascer; ▪ Transmissão passiva de imunoglobulinas durante a gestação. Função geral dos líquidos fetais • Proteção contra traumatismos, desidratação e variações de temperatura; • Permitir o crescimento do feto e seus movimentos sem prejudicar o útero ; • Promover a dilatação da cérvix, vagina e vulva durante o parto ; • Aumentar a lubrif icação da vagina após o rompimento das bolsas, facilitando a passagem do feto; • Inibir o crescimento bacteriano por sua ação mecânica de limpeza e prevenir aderências. Endocrinologia da Gestação Hormônios da Gestação • Estrógeno : Proliferação do epitélio, crescimento dos ductos das glândulas endometriais, preparação para a ação da progesterona. o Quando o folículo dominante produz estrógeno e le está preparando o endométrio para receber o embrião. • Progesterona : Ramif icação das glândulas endometriais, indução da secreção de leite uterino (endométrio que produz uma secreção inicial responsável pela nutrição do embrião até a formação da placenta), manutenção da f ixação da placenta, ação imunossupressora (queda da imunidade na gestação → auxilia no mecanismo de reconhecimento de gestação pela fêmea e para que a mãe não reconheça o embrião como alvo), leva a utilização mais ef iciente dos nutrientes, efeitos psíquicos (bem- vistos em cadelas – por que a cadela mantém o corpo lúteo por 60 dias, independente de ter gestação, o que resulta em uma gestação psicológica). • Prolactina : Efeito luteotrópico, aumenta colesterol livre na célula e receptores de LH e reduz a degradação da P4 (progesterona). • Relaxina : Principal hormônio do parto. Relaxamento da cérvix, sínf ise púbica, tecidos e ligamentos pélvicos, permitindo a passagem do feto. Estrógenos • Fonte: Ovário, placenta e gônada fetal (estrógeno fetal, muito relacionado ao parto) ; • Multiplicação de células epiteliais uterinas; • Hipertrof ia musculatura lisa do útero: Torna o útero propicio para que a progesterona atue, mantendo a gestação; o A musculatura tem que hipertrof iar para que o útero consiga segurar o peso da gestação, aumentar de tamanho junto ao feto e contrair no momento do parto. • Deposição de glicogênio em musculatura lisa: Fonte de energia para as células durante as contrações. • Síntese de colágeno: Fortalecimento do órgão para a gestação; • Síntese proteica; • Pré-requisito para ação da progesterona (P4): o P4 no endométrio; o P4 e Prolactina na glândula mamária; o Relaxina na sínf ise púbica; o Ocitocina no endométrio: Os receptores da ocitocina e do estrógeno estão interligados, então o aumento de um leva o aumento de outro , bem como a diminuição. Progesterona • Fonte: o Corpo lúteo e placenta; o Ação de hiperplasia na glândula mamária: Aumenta as células da glândula mamaria para a produção de leite; o Desenvolvimento das glândulas endometriais (nutrição do embrião): Para produzir o leite uterino; o Relaxamento e quiescência miometrial (exceto na égua): Relaxamento da musculatura do útero; o Alteração imunológica local: Reconhecimento materno da gestação, evita o corpo da mãe reconhecer o feto como ameaça/corpo estranho. Relaxina • Fonte: Corpo lúteo, placenta e endométrio; • Atua principalmente no momento do parto; • Flexibilidade uterina – acomodação: Permite melhor acomodação do feto no útero, age juntamente a progesterona; o Relaxamento do miométrio. • Maleabilidade do ligamento f ibro-cartilaginoso da sínf ise púbica: A parte pélvica da fêmea se prepara para o momento do parto; • Flexibilização e distensão da cérvix (parto). Hipóf ise Materna • FSH: o Desenvolvimento folicular na égua: Corpo lúteo acessório; o Independente da concentração de progesterona vai haver um certo desenvolvimento de folículo, mesmo que eles não se tornem folículos ovulatórios. • LH: Luteotróf ico (início gestação); o Responsável pela ovulação e transformação de células em células luteais, que vão formar o corpo lúteo que irá produzir a progesterona. • Prolactina: Luteotróf ico (f inal); • Ocitocina: o Contrações uterinas e alvéolos mamários; o Ação luteolítica: A ocitocina alta é quem faz a conversão de ácido araquidônico em prostaglandinas. ▪ Por que se aplica a ocitocina em vacas prenhas para descida do leite e a vaca não aborta? Placenta • Estrógeno e Progesterona; • hCG: Ação luteotróf ica, ajuda a formar o corpo lúteo gravídico; • eCG: Luteinização de folículos acessórios (40º dia de gestação) ; o Vai fazer com que haja a ovulação dos folículos mesmo durante a gestação, para que se formem corpos lúteos acessórios e consequente produção de progesterona. • Ação do lactogênio placentário (ruminantes): o Luteotróf ica; o Somatotróf ica (crescimento fetal): Direcionamento da glicose da mãe para o feto, estimulando o crescimento fetal ; o Mamogênica: Produção de leite da mãe. Controle hormonal • Vaca : o Espécie corpo-lúteo dependente; o Progesterona se mantem alta durante toda a gestação; o Estrógeno baixo durante toda a gestação com um pico no f inal da gestação no momento do parto (estrógeno fetal) . • Égua : o Espécie corpo-lúteo não dependente; o A concentração de progesterona não se mantem contante como na vaca, primeiramente produzida pelo corpo lúteo, depois é produzida pelos corpos lúteos acessórios (apresenta um pico) e em seguida pela placenta (120-160 dias); o Particularidade da égua: Estrógeno, o feto inicia a produção de estrógeno cedo, próximo ao terço médio da gestação, é chamado de estrógeno fetal. Diminui próximo ao parto. • Cálices endometriais: o São placas distintas, irregulares, pálidas, com 2 cm, que formam um anel descontínuo na parte caudal de um dos cornos. o São colônias de células do trofoblasto derivadas da cinta coriônica. ▪ Invadem o endométrio, induzem reação inflamatória e produzem eCG (35 d) . o Persistem por um período variável ; o Desaparecem por volta do 130°dia (componente imunológico); o Apenas na égua. • eCG: o 1ª detecção 35 – 42 dias; o Aumento rápido com pico: 55 – 65 dias; o Níveis baixos ou nãodetectáveis: 120 – 150 dias; ▪ Os cálices endometriais regridem. o Produção de novos corpos lúteos acessórios; o Ecg → Corpos lúteos suplementares → Através da: ▪ Luteinização de folículos 40° - 150° dia; ▪ Ovulação de folículos de corpos lúteos 40° - 70° dia para formação de corpos lúteos acessórios. • Ovelha e cabra : o Próximo ao momento do parto tem um pico de estrógeno fetal, que desencadeia o mecanismo do parto; o Progesterona inicialmente do corpo lúteo e posteriormente da placenta. • Cadela : o Fase luteínica prolongada (70 a 80 dias não gestante) : Maior que o corpo lúteo gravídico (60 dias); oConcentração de P4 semelhante no animal gestante e não gestante, portanto, não bom parâmetro; o Corpo lúteo essencial para a manutenção; o Progesterona se mantem durante a gestação e no f inal cai um pouco. Progesterona • Início da gestação: Sempre produzida pelo corpo lúteo o Papel do corpo lúteo na manutenção da prenhez varia entre as espécies . Alterações Fisiológicas da Gestação Alimentação • ↑ Apetite e sede; • ↑ Requerimentos nutricionais : Além de se manter tem que gerar e enviar os nutrientes ao feto. o (20% volume alimentar); • ↓ Motilidade estomacal e esvaziamento gástrico : Maior saciedade. Bom para melhor absorção dos nutrientes. Balanço Hídrico Eletrolítico • Expansão do volume intravascular (10 a 40%) : Mais sangue circulando; o Anemia gestacional (terço inicial) : Muito comum, primeiro terço da gestação, o requerimento de ferro pelo feto é maior ; o Segurança no parto. • Expansão líquidos corpóreos; • Retenção minerais (Na, Ca, K) para passar para o feto; • Estímulo produção de renina, angiotensina e aldosterona: Absorção de líquido para controle da pressão arterial . o Animais gestantes tendem a ter uma pressão mais baixa. Alterações Hemodinâmicas • ↑ Aumenta o débito cardíaco (volume e feto) ; o Taquicardia relativa: Só no momento da gestação, devido ao aumento do volume do sangue circulante. o Fisiológica no período gestacional. • ↑ Fluxo sanguíneo para o útero e redirecionamento (Placentoneo – 83%); • ↑ Fibrinogênio e fatores coagulação: Para prevenir uma possível hemorragia no momento do parto. Alterações Metabólicas • Maior consumo de energia e oxigênio; o Finalidade: Estoque para período neonatal ou para restrição durante a lactação; o Suprir: Fornecer alimentos alta digestibilidade e energicamente densos . • Balanço energético negativo: BEN; • Maior necessidade de proteína (40 a 70%) e Ca e P (1,1:1 a 1,5:1) ; o Pois a mãe vai passar para o feto, pode ter algum déf icit. • Resistência à insulina (reduz o consumo de lipídeos e glicose para diminuir a chance de resistência).