Logo Passei Direto
Buscar
Material

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 2 
1. CONCEITO .................................................................................................................................................. 2 
2. CAMPO DE APLICAÇÃO .............................................................................................................................. 2 
3. OBJETO ...................................................................................................................................................... 3 
4. BENS PÚBLICOS .......................................................................................................................................... 4 
5. OBJETIVO ................................................................................................................................................... 4 
6. USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ................................................................................................... 6 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – APRESENTAÇÃO 
1. CONCEITO 
 
De acordo com a NBCT 16.1, contabilidade pública “é o ramo da ciência contábil que 
aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas 
contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público”. 
 
Cabe ressaltar que a referida norma foi revogada em 2017 e substituída pela NBCT 
SP Estrutura Conceitual. 
 
No entanto, é incorreto afirmar que tal conceito não existe mais, pois os princípios gerais 
desta norma e de outras estão implícitos na Estrutura Conceitual que veremos mais a 
frente. 
 
2. CAMPO DE APLICAÇÃO 
 
Aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades do setor público quanto à elaboração e 
divulgação dos RCPGs (Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor 
Público): 
 
Os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus respectivos poderes 
(abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos, secretarias, 
departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder público), 
fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações direta 
e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes). 
 
O QUE SÃO EMPRESAS ESTATAIS DEPENDENTES? 
 
São empresas controladas que recebem do ente controlador recursos financeiros 
para pagamento de despesas com pessoal, despesas de custeio em geral ou despesas de 
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. 
 
E AS DEMAIS ENTIDADES? 
 
As demais entidades não compreendidas no conceito de “entidades do setor público”, 
incluídas as empresas estatais independentes, poderão aplicar a estrutura conceitual e as 
demais NBCTs SP de maneira facultativa ou por determinação dos respectivos órgãos 
reguladores, fiscalizadores e congêneres. 
 
Exemplo: 
 
Empresa Pública Economia Mista 
Dependente Embrapa Indústrias Nucleares do Brasil 
Independente Caixa Econômica Petrobrás 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
IMPORTANTE: 
 
Podemos dizer que estão obrigadas à aplicação da Contabilidade Pública, 
aquelas entidades incluídas no Orçamento Fiscal (OF) e no Orçamento da 
Seguridade Social (OSS) da Lei Orçamentária Anual (LOA). 
 
E aquelas entidades que estão incluídas no Orçamento de Investimento (OI) 
aplicam de forma facultativa ou por determinação de órgãos reguladores e 
fiscalizadores. 
 
 
 
Casos especiais 
 
Conselhos de regulamentação profissional: CRC por exemplo. 
 
Pelo entendimento do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) tem aplicação obrigatória. 
Pelo entendimento da Secretaria de Tesouro Nacional (STN) tem aplicação facultativa. 
 
Sistema “S” (Serviços Sociais Autônomos): SENAC por exemplo. 
 
Pelo entendimento do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) tem aplicação facultativa. 
Pelo entendimento do Tribunal de Contas da União tem aplicação obrigatória. 
 
 
3. OBJETO 
 
O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio público. 
 
Patrimônio público: Conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou 
não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do 
setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, 
inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor 
público e suas obrigações. 
 
Ou seja: 
 
Bens: 
 
 Adquiridos (aquisição de um imóvel). 
 Formados e produzidos (geração de energia elétrica). 
 Recebidos (bem imóvel doado à entidade pública). 
 Mantidos (imóvel mantido para aluguel). 
 Utilizados (veículo utilizado pela entidade). 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 
 
4. BENS PÚBLICOS 
 
Dentre as classificações de bens púbicos, podemos listar: 
 
I - Uso comum, bens em que a sociedade como um todo usufrui (rios, mares, estradas, ruas, 
praças, etc.). 
 
II - Uso especial, são aqueles em que a Administração Pública utiliza para atingir seus fins 
(hospitais, escolas, bibliotecas, etc.). 
 
III - Dominicais, bens que não possuem um fim específico (terrenos de posse do Poder Público 
que estejam sem um uso, por exemplo). 
 
IV - Imóveis em andamento, compreendem os valores de bens imóveis em andamento, ainda 
não concluídos (obras em andamento, por exemplo). 
 
 
Será que todos os bens são objetos da contabilidade pública? 
 
Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles 
eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da 
entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade 
operacional (Exemplo: Praças, ruas, pontes, etc.). 
 
Os bens públicos de uso comum e os de uso especial são inalienáveis, enquanto os 
bens públicos dominicais, por sua vez, podem ser alienados, observadas as exigências legais. 
 
 
 
5. OBJETIVO 
 
A Contabilidade Pública tem como objetivo fornecer aos usuários informações sobre os 
resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e 
física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de 
tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a 
instrumentalização do controle social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
 
Esquematização: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
 
6. USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
 
Os usuários primários dos RCPGs são os usuários dos serviços e seus representantes 
(membros do Poder Legislativo) e os provedores de recursos e seus representantes 
(Exemplos: contribuintes, doadores, credores por empréstimos e de outros provedores de 
recursos). 
 
IMPORTANTE: 
 
Embora os RCPGs não sejam elaborados e divulgados para atender a 
necessidades de informações específicas ou particulares, podem também fornecer 
informações úteis para outros indivíduos ou entidades para propósitos distintos 
(Exemplos: Responsáveis pelas estatísticas de finanças públicas, Analistas, Mídia, 
Consultores financeiros, Agências reguladoras e supervisoras, Entidades de auditoria, 
etc.). 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – LEGISLAÇÃO BÁSICA E DOCUMENTOS AUXILIARES .............................................. 2 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................
antes do término do exercício em curso, sem que se tenha procedido o 
estágio da liquidação. 
 
4.2. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 
 
São as despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo 
consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham 
processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os 
compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. 
 
Poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada 
por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica (são despesas 
orçamentárias). 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (CONCEITO, ESTRUTURA, FORMA DE 
APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E NOTAS EXPLICATIVAS) .......................................................................................... 2 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 2 
2. DEFINIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................... 3 
3. NOTAS EXPLICATIVAS ................................................................................................................................ 5 
4. ANÁLISE DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO ................................................................................................... 5 
4.1. RESULTADO DA EXECUÇÃO DA RECEITA ............................................................................................ 5 
4.2. RESULTADO DA EXECUÇÃO DA DESPESA ........................................................................................... 5 
4.3. RESULTADO ORÇAMENTÁRIO ............................................................................................................ 6 
5. ANÁLISE DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO ................................................................................................... 6 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO 
(CONCEITO, ESTRUTURA, FORMA DE 
APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E NOTAS EXPLICATIVAS) 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas detalhadas por categoria 
econômica e origem, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, 
a receita realizada e o saldo, que corresponde ao excesso ou déficit de arrecadação. 
 
Demonstrará, também, as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da 
despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas 
empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação. 
 
Além disso, devem ser incluídos dois quadros demonstrativos de execução de restos a pagar, 
um relativo aos restos a pagar não processados, outro relativo aos restos a pagar 
processados. 
 
Segue estrutura de Balanço Orçamentário: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
 
 
2. DEFINIÇÕES GERAIS 
 
 Seguem abaixo as definições dos itens que compõem o Balanço Orçamentário: 
 
Previsão inicial: É a discriminação da receita prevista na LOA. 
 
Previsão atualizada: Demonstra os valores da previsão atualizada das receitas, que refletem 
a reestimativa da receita decorrente de, por exemplo: 
 
a) abertura de créditos adicionais, seja mediante excesso de arrecadação ou contratação de 
operações de crédito; 
b) criação de novas naturezas de receita não previstas na LOA; 
c) remanejamento entre naturezas de receita; ou 
d) atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas após a data da publicação da LOA. 
 
Receitas Realizadas: Correspondem às receitas arrecadadas diretamente pelo órgão, ou por 
meio de outras instituições como, por exemplo, a rede bancária. 
 
Operações de crédito/Refinanciamento: Demonstra o valor da receita decorrente da 
emissão de títulos públicos e da obtenção de empréstimos, inclusive as destinadas ao 
refinanciamento da dívida pública. 
 
Déficit: Demonstra a diferença negativa entre as receitas realizadas e as despesas empenhadas, 
se for o caso. Caso as receitas realizadas forem superiores às despesas empenhadas, essa 
diferença será lançada na linha Superávit. 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
Saldo de Exercícios Anteriores: Demonstra o valor dos recursos provenientes de superávit 
financeiro de exercícios anteriores que está sendo utilizado como fonte para abertura de 
créditos adicionais. 
 
Demonstra também os valores referentes aos créditos adicionais autorizados nos últimos 
quatro meses do exercício anterior ao de referência e reabertos no exercício de referência. 
 
 
IMPORTANTE: 
O saldo de exercícios anteriores apresenta valores somente nas colunas 
Previsão Atualizada e Receita Realizada e deverá corresponder ao valor utilizado 
para a abertura de créditos adicionais e valor efetivamente utilizado para o 
empenhamento das despesas. 
Não são considerados na receita orçamentária do exercício em referência e 
nem serão considerados no cálculo do déficit ou superávit orçamentário já que foram 
arrecadados em exercícios anteriores. 
 
 
Dotação Inicial: Assim como a previsão inicial, nada mais é do que a discriminação da despesa 
fixada (créditos iniciais) na LOA. 
 
Dotação Atualizada: Demonstra a dotação inicial somada aos créditos adicionais abertos ou 
reabertos durante o exercício de referência, deduzidos das respectivas anulações e 
cancelamentos. 
 
Despesas Empenhadas (Executadas): Demonstra os valores das despesas empenhadas no 
exercício, inclusive das despesas em liquidação, liquidadas ou pagas. 
 
Despesas Liquidadas: Demonstra os valores das despesas liquidadas no exercício de 
referência, inclusive das despesas pagas. 
 
Despesas Pagas: Demonstra os valores das despesas pagas no exercício de referência. 
 
Reserva de Contingência: É a destinação de parte das receitas orçamentárias para o 
atendimento de passivos contingentes e outros riscos. 
 
Reserva do RPPS: É a destinação de parte das receitas orçamentárias do Regime Próprio de 
Previdência Social (RPPS) para o pagamento de aposentadorias e pensões futuras. 
 
Amortização da Dívida/Refinanciamento: Demonstra o valor da despesa orçamentária 
decorrente do pagamento ou da transferência de outros ativos para a quitação do valor 
principal da dívida, inclusive de seu refinanciamento. 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
3. NOTAS EXPLICATIVAS 
 
O Balanço Orçamentário deverá ser acompanhado de notas explicativas que divulguem, 
ao menos: 
 
a) Entidades abrangidas; 
b) Regime orçamentário, critério de classificação e período; 
c) O detalhamento das receitas e despesas intraorçamentárias, quando relevante; 
d) O detalhamento das despesas executadas por tipos de créditos (inicial, suplementar, especial 
e extraordinário); 
e) A utilização do superávit financeiro e da reabertura de créditos especiais e extraordinários; 
f) As atualizações monetárias autorizadas por lei; 
g) O procedimento adotado em relação aos restos a pagar não processados; 
h) O detalhamento dos “recursos de exercícios anteriores” utilizados para financiar as despesas 
orçamentárias do exercício corrente. 
 
4. ANÁLISE DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO 
 
A partir da execução orçamentária podemos realizar três tipos de análises, quais sejam: 
 
 Resultado da Execução da Receita; 
 Resultado da Execução da Despesa; 
 Resultado Orçamentário. 
 
4.1. RESULTADO DA EXECUÇÃO DA RECEITA 
 
Trata-se da comparação das receitas previstas com as arrecadadas. 
 
Situações previstas: 
 
Receita Prevista > Receita Arrecadada = Insuficiência na arrecadação. 
Receita Prevista
Receita Prevista = Receita Arrecadada = Equilíbrio na arrecadação. 
 
4.2. RESULTADO DA EXECUÇÃO DA DESPESA 
 
Trata-se da comparação das despesas fixadas com as empenhadas. 
 
Situações previstas: 
Despesa fixada > Despesa Executada = Economia de despesa. 
Despesa fixada Despesa Executada = Superávit orçamentário. 
Receita Arrecadada
5. ANÁLISE DO RESULTADO FINANCEIRO 
Exemplo: 
As seguintes transações foram contabilizadas no encerramento do primeiro exercício 
financeiro de determinada entidade governamental: 
 Saldo em espécie do exercício anterior no valor de R$ 28.000,00; 
 Previsão da receita orçamentária e fixação da despesa orçamentária no valor de 
R$ 220.000, sendo 50% na categoria econômica corrente e 50% na categoria 
econômica de capital; 
 Lançamento de impostos no valor de R$ 110.000, com arrecadação de 80% desse 
valor; 
 Empenho, liquidação e pagamento de folha de pessoal no valor de R$ 65.000; 
 Recebimento de veículo em doação no valor de R$ 30.000; 
 Contratação, empenho e liquidação de serviços de manutenção no valor de R$ 
40.000, totalmente inscritos em restos a pagar; 
 Recebimento de depósito judicial no valor de R$ 20.000. 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
INGRESSOS 
Receitas orçamentárias = 88.000,00 (80% de 110.000,00 do imposto lançado); 
Recebimentos Extraorçamentários = 60.000,00 (depósito judicial + Restos a pagar); 
Total de ingressos: 148.000,00. 
DISPÊNDIOS 
Despesa Orçamentária = 105.000,00 (folha de pessoal + empenho de manutenção); 
Total de dispêndios: 105.000,00. 
 
Resultado Financeiro = Ingressos – Dispêndios; 
Resultado Financeiro = 148.000,00 – 105.000,00 = 43.000,00; 
 
Ou... 
 
Saldo em espécie para o exercício seguinte = 71.000,00 (Saldo em espécie do exercício anterior 
de R$ 28.000,00 + Resultado Financeiro de R$ 43.000,00); 
Resultado Financeiro = 71.000,00 – 28.000,00 = 43.000,00. 
 
INGRESSOS DISPÊNDIOS 
Orçamentários 88.000,00 Orçamentários 105.000,00 
Receita de Impostos 88.000,00 Folha de Pagamento 65.000,00 
 Serviços Prestados 40.000,00 
Transferências Recebidas Transferências Concedidas 
Extraorçamentários 60.000,00 Extraorçamentários 
Restos a pagar 40.000,00 
Depósito judicial 20.000,00 
 
Saldo Espécie Exercício Anterior 28.000,00 
Saldo Espécie Exercício 
Seguinte 71.000,00 
 
Total 176.000,00 Total 176.000,00 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – BALANÇO PATRIMONIAL ...................................................................................... 2 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 2 
1.1. ATIVO CIRCULANTE ........................................................................................................................ 3 
1.2. ATIVO NÃO CIRCULANTE ............................................................................................................... 3 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – BALANÇO PATRIMONIAL 
1. INTRODUÇÃO 
 É a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação 
patrimonial da entidade pública por meio de contas representativas do patrimônio público, 
bem como os atos potenciais, que são registrados em contas de compensação (natureza 
de informação de controle). 
A NBC TSP 11 prevê a adoção, preferencialmente, das seguintes formas de apresentação dos 
ativos e passivos: Segregação em ativos circulantes e não circulantes e passivos 
circulantes e não circulantes, além do Patrimônio Líquido. 
A Lei nº 4.320/1964 confere viés orçamentário ao Balanço Patrimonial ao separar o 
ativo e o passivo em dois grupos, Financeiro e Permanente, em função da dependência ou 
não de autorização legislativa ou orçamentária para realização dos itens que o compõem. 
Nesse primeiro momento, vamos apresentar os elementos do ativo com base na 
NBC TSP 11. 
De acordo com a norma, o ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer 
a qualquer dos seguintes critérios: 
a) Espera-se que esse ativo seja realizado, ou pretende-se que seja mantido com a 
finalidade de ser vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da 
entidade; 
b) O ativo está mantido essencialmente com a finalidade de ser negociado; 
c) Espera-se que o ativo seja realizado em até doze meses após a data das 
demonstrações contábeis; ou 
d) O ativo seja caixa ou equivalente de caixa (conforme definido na NBC TSP 12), a menos 
que sua troca ou uso para pagamento de passivo se encontre vedada durante pelo menos 
doze meses após a data das demonstrações contábeis. 
IMPORTANTE 
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. 
Segue abaixo a estrutura do BP prevista na norma: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
- Realizável a Longo Prazo 
- Investimentos 
- Imobilizado 
- Intangível 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
 
 
 
1.1. ATIVO CIRCULANTE 
O ativo circulante de uma entidade pública é composto por: 
 Caixa e Equivalentes de Caixa; 
 Créditos a Curto Prazo; 
 Investimentos e Aplicações Temporárias a Curto Prazo; 
 Estoques; 
 Ativo Não Circulante Mantido para Venda; 
 VPD Pagas Antecipadamente. 
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 
Compreende o somatório dos valores em caixa e em bancos, bem como equivalentes, 
que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da entidade 
e para os quais não haja restrições para uso imediato. 
CRÉDITOS A CURTO PRAZO 
Compreende os valores a receber por fornecimento de bens, serviços, créditos 
tributários, dívida ativa, transferências e empréstimos e financiamentos concedidos realizáveis 
até doze meses da data das demonstrações contábeis. 
INVESTIMENTOS E APLICAÇÕES TEMPORÁRIAS A CURTO PRAZO 
Compreendem as aplicações de recursos em títulos e valores mobiliários, não destinadas 
à negociação e que não façam parte das atividades operacionais da entidade, resgatáveis 
no curto prazo, além das aplicações temporárias em metais preciosos. 
ESTOQUES 
Compreende o valor dos bens adquiridos, produzidos ou em processo de elaboração 
pela entidade com o objetivo de venda ou utilização própria no curso normal das atividades. 
 
ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA 
Compreende os ativos não circulantes cuja recuperação esperada do seu valor contábil 
venha a ocorrer por meio de uma transação de venda em vez do uso contínuo, segundo 
um plano de venda com prazo inferior a 12 meses. 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS (VPD) PAGAS ANTECIPADAMENTE 
Compreende pagamentos de variações patrimoniais diminutivas (VPD) de forma 
antecipada, cujos benefícios ou prestação de serviço à entidade ocorrerão no futuro. 
1.2. ATIVO NÃO CIRCULANTE 
O ativo não circulante de uma entidade pública é composto por: 
 Realizável a longo prazo; 
 Investimentos; 
 Imobilizado; 
 Intangível. 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
Compreende os bens, direitos e despesas (VPD) antecipadas realizáveis no longo 
prazo. 
INVESTIMENTOS 
Compreende as participações permanentes em outras sociedades, bem como os bens 
e direitos não classificáveis no ativo circulante nem no ativo realizável a longo prazo e 
que não se destinem a manutenção da atividade da entidade. 
IMOBILIZADO 
Compreende os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados a 
manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os 
decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens. 
INTANGÍVEL 
Compreende os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados a 
manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – BALANÇO PATRIMONIAL (PARTE II) .....................................................................
2 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 2 
1.1. PASSIVO CIRCULANTE .................................................................................................................... 2 
1.2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE ........................................................................................................... 3 
1.3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................................................. 4 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – BALANÇO PATRIMONIAL 
1. INTRODUÇÃO 
 Dando continuidade a apresentação do Balanço Patrimonial agora vamos analisar os 
seguintes subgrupos: 
 Passivo Circulante; 
 Passivo não circulante; 
 Patrimônio Líquido. 
Segundo a norma, o passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer a 
qualquer dos seguintes critérios: 
a) Espera-se que o passivo seja pago durante o ciclo operacional normal da entidade; 
b) Passivo está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; 
c) O passivo deve ser pago no período de até doze meses após a data das 
demonstrações contábeis; ou 
d) A entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante 
pelo menos doze meses após a data do balanço. 
IMPORTANTE 
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes. 
E o Patrimônio Líquido compreende o valor residual dos ativos depois de deduzidos todos 
os passivos. 
1.1. PASSIVO CIRCULANTE 
O passivo circulante de uma entidade pública é composto por: 
 Obrigações Trab., Prev. e Assistenciais a Pagar a Curto Prazo; 
 Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo; 
 Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo; 
 Obrigações Fiscais a Curto Prazo; 
 Obrigações de Repartições a Outros Entes; 
 Provisões a Curto Prazo; 
 Demais Obrigações a Curto Prazo. 
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, PREVIDENCIÁRIAS E ASSISTENCIAIS E PAGAR A 
CURTO PRAZO 
Compreende as obrigações referentes a salários ou remunerações, bem como 
benefícios aos quais o empregado ou servidor tenha direito, aposentadorias, reformas, 
pensões e encargos a pagar, benefícios assistenciais, inclusive os precatórios decorrentes 
dessas obrigações, com vencimento no curto prazo. 
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A CURTO PRAZO 
Compreende as obrigações financeiras externas e internas da entidade a título de 
empréstimos, bem como as aquisições efetuadas diretamente com o fornecedor, com 
vencimentos no curto prazo. 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A CURTO PRAZO 
Compreende as obrigações junto a fornecedores de matérias-primas, mercadorias e 
outros materiais utilizados nas atividades operacionais da entidade, bem como as obrigações 
decorrentes do fornecimento de utilidades e da prestação de serviços, tais como de energia 
elétrica, água, telefone, propaganda, aluguéis e todas as outras contas a pagar, inclusive os 
precatórios decorrentes dessas obrigações, com vencimento no curto prazo. 
OBRIGAÇÕES FISCAIS A CURTO PRAZO 
Compreende as obrigações das entidades com o governo relativas a impostos, taxas e 
contribuições com vencimento no curto prazo. 
 
OBRIGAÇÕES DE REPARTIÇÕES A OUTROS ENTES 
Compreende os valores arrecadados de impostos e outras receitas a serem 
repartidos aos estados, Distrito Federal e municípios. 
PROVISÕES A CURTO PRAZO 
Compreende os passivos de prazo ou de valor incertos, com probabilidade de 
ocorrerem no curto prazo. 
DEMAIS OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO 
Compreende as obrigações da entidade junto a terceiros não inclusas nos subgrupos 
anteriores, com vencimento no curto prazo, inclusive os precatórios decorrentes dessas 
obrigações, com vencimento no curto prazo. 
1.2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
O passivo não circulante de uma entidade pública é composto por: 
 Obrigações Trab., Prev. e Assistenciais a Pagar a Longo Prazo; 
 Empréstimos e Financiamentos a Longo Prazo; 
 Fornecedores e Contas a Pagar a Longo Prazo; 
 Obrigações Fiscais a Longo Prazo; 
 Provisões a Longo Prazo; 
 Demais Obrigações a Longo Prazo; 
 Resultado Diferido. 
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, PREVIDENCIÁRIAS E ASSISTENCIAIS E PAGAR A 
LONGO PRAZO 
Compreende as obrigações referentes a salários ou remunerações, bem como 
benefícios aos quais o empregado ou servidor tenha direito, aposentadorias, reformas, 
pensões e encargos a pagar, benefícios assistenciais, inclusive os precatórios decorrentes 
dessas obrigações, com vencimento no longo prazo. 
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO 
Compreende as obrigações financeiras externas e internas da entidade a título de 
empréstimos, bem como as aquisições efetuadas diretamente com o fornecedor, com 
vencimentos no longo prazo. 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A LONGO PRAZO 
Compreende as obrigações junto a fornecedores de matérias-primas, mercadorias e 
outros materiais utilizados nas atividades operacionais da entidade, inclusive os precatórios 
decorrentes dessas obrigações, com vencimento no longo prazo. 
OBRIGAÇÕES FISCAIS A LONGO PRAZO 
Compreende as obrigações das entidades com o governo relativas a impostos, taxas e 
contribuições com vencimento no longo prazo. 
PROVISÕES A LONGO PRAZO 
Compreende os passivos de prazo ou de valor incertos, com probabilidade de 
ocorrerem no longo prazo. 
DEMAIS OBRIGAÇÕES A LONGO PRAZO 
Compreende as obrigações da entidade junto a terceiros não inclusas nos subgrupos 
anteriores, com vencimento no curto prazo, inclusive os precatórios decorrentes dessas 
obrigações, com vencimento no longo prazo. 
RESULTADO DIFERIDO 
Compreende o valor das variações patrimoniais aumentativas já recebidas que 
efetivamente devem ser reconhecidas em resultados em anos futuros e que não haja 
qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da entidade. 
Compreende também o saldo existente na antiga conta resultado de exercícios futuros 
em 31 de dezembro de 2008. 
1.3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
O patrimônio líquido de uma entidade pública é composto por: 
 Patrimônio Social e Capital Social; 
 Adiantamento Para Futuro Aumento de Capital; 
 Reservas de Capital; 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial; 
 Reservas de Lucros; 
 Demais Reservas; 
 Resultados Acumulados; 
 (-) Ações / Cotas em Tesouraria. 
PATRIMONIAL SOCIAL E CAPITAL SOCIAL 
Compreende o patrimônio social das autarquias, fundações e fundos e o capital social 
das demais entidades da administração indireta. 
ADIANTAMENTO PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL 
Compreende os recursos recebidos pela entidade de seus acionistas ou quotistas 
destinados a serem utilizados para aumento de capital, quando não haja a possibilidade de 
devolução destes recursos. 
RESERVAS DE CAPITAL 
Compreende os valores acrescidos ao patrimônio que não transitaram pelo resultado 
como variações patrimoniais aumentativas (VPA). 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 
Compreende as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a 
elementos do ativo e do passivo em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos 
previstos pela lei 6.404/76 ou em normas expedidas pela comissão de valores mobiliários, 
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência. 
RESERVAS DE LUCROS 
Compreende as reservas constituídas com parcelas do lucro líquido das entidades 
para finalidades especificas. 
DEMAIS RESERVAS 
Compreende as demais reservas, não classificadas como reservas de capital ou de lucro, 
inclusive aquelas que terão seus saldos realizados por terem sido extintas pela legislação. 
RESULTADOS ACUMULADOS 
Compreende o saldo remanescente dos lucros ou prejuízos
líquidos das empresas e 
os superávits ou déficits acumulados da administração direta, autarquias, fundações e 
fundos. 
AÇÕES/COTAS EM TESOURARIA 
Compreende o valor das ações ou cotas da entidade que foram adquiridas pela própria 
entidade. 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – BALANÇO PATRIMONIAL (PARTE III) .................................................................... 2 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 2 
1.1. QUADRO PRINCIPAL ...................................................................................................................... 3 
1.2. QUADRO DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS E PERMANTENTES ........................................... 4 
1.3. QUADRO DAS CONTAS DE COMPENSAÇÃO .................................................................................. 5 
1.4. QUADRO DO SUPERÁVIT/DÉFICIT FINANCEIRO ............................................................................ 6 
1.5. NOTAS EXPLICATIVAS .................................................................................................................... 6 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – BALANÇO PATRIMONIAL 
(PARTE III) 
1. INTRODUÇÃO 
 
Para atender às determinações legais e às normas contábeis vigentes, atualmente o 
Balanço Patrimonial é composto por: 
 
a. Quadro Principal; 
b. Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes; 
c. Quadro das Contas de Compensação (controle); e 
d. Quadro do Superávit / Déficit Financeiro. 
 
Quadro Principal 
 
Ativo (classe 1). 
Passivo e Patrimônio Líquido (classe 2). 
 
Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes 
 
Ativo (classe 1). 
Passivo e Patrimônio Líquido (classe 2). 
 
Quadro das Contas de Compensação (controle) 
 
Apresenta os atos potenciais do ativo e do passivo a executar, que potencialmente 
podem afetar o patrimônio do ente. Os valores dos atos potenciais já executados não devem ser 
considerados. Será elaborado utilizando-se a classe 8 (Controles Credores) do PCASP. 
 
Quadro do Superávit / Déficit Financeiro 
 
Esse quadro apresenta o superávit / déficit financeiro apurado conforme o § 2º do art. 
43 da Lei nº 4.320/1964. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
1.1. QUADRO PRINCIPAL 
 
Com base na explicação dos blocos anteriores, segue a estrutura de apresentação do 
quadro principal do balanço patrimonial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 
1.2. QUADRO DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS E 
PERMANTENTES 
 
Pertencem ao quadro dos ativos e passivos financeiros e permanentes: 
 
Ativo Financeiro 
 
Compreende os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização 
orçamentária e os valores numerários. 
 
Ativo Permanente 
 
Compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de 
autorização legislativa. 
 
Passivo Financeiro 
 
Compreende as dívidas fundadas e outros compromissos exigíveis cujo pagamento 
independa de autorização orçamentária. 
 
Passivo Permanente 
 
Compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa 
para amortização ou resgate. 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
 
 
1.3. QUADRO DAS CONTAS DE COMPENSAÇÃO 
 
Pertencem ao quadro das contas de compensação: 
 
Atos Potenciais Ativos 
 
Compreende os atos a executar que podem vir a afetar positivamente o patrimônio, 
imediata ou indiretamente. 
 
Atos Potenciais Passivos 
 
Compreende os atos a executar que podem vir a afetar negativamente o patrimônio, 
imediata ou indiretamente. 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
1.4. QUADRO DO SUPERÁVIT/DÉFICIT FINANCEIRO 
 
Pertencem ao quadro das contas de compensação: 
 
Superávit financeiro 
 
Corresponde à diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro. O 
superávit financeiro do exercício anterior é fonte de recursos para abertura de créditos 
suplementares e especiais. 
 
Déficit financeiro 
 
Corresponde à diferença negativa entre o ativo financeiro e o passivo financeiro. 
 
 
 
1.5. NOTAS EXPLICATIVAS 
 
Recomenda-se o detalhamento das seguintes contas: 
 
 Créditos a Curto Prazo e a Longo Prazo; 
 Imobilizado e Intangível; 
 Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Curto Prazo e a Longo 
Prazo; 
 Provisões a Curto Prazo e a Longo Prazo. 
 Demais elementos patrimoniais, quando relevantes. 
 
Também é recomendado que as políticas contábeis relevantes que tenham reflexos no 
patrimônio sejam evidenciadas, como as políticas de depreciação, amortização e exaustão. 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
7 
 
Exemplo: 
 
Seguem saldos finais das contas patrimoniais de determinado ente público: 
 
CONTA SALDO 
 
CONTA SALDO 
Depósitos Restituíveis - Caução (F) 3.000,00 Fornecedores CP (F) 55.000,00 
Tributos a receber CP (P) 35.000,00 Obrigações Trab. e Prev. CP (P) 65.000,00 
Dívida Ativa LP (P) 70.000,00 Valores restituíveis - Caução (F) 3.000,00 
Depreciação acumulada (P) 8.000,00 Estoques CP (P) 4.000,00 
Resultado Acumulado 241.000,00 Precatórios a pagar CP (P) 35.000,00 
Imóveis (P) 400.000,00 Outras obrigações LP (P) 40.000,00 
VPD paga antecipadamente (P) 10.000,00 Empréstimos a pagar CP (P) 
80.000,00 
Veículos (P) 20.000,00 Ajuste Perdas de Dívida Ativa (P) 25.000,00 
Empréstimos a pagar LP (P) 180.000,00 Caixa e Equivalentes de Caixa 190.000,00 
 
Analisando as informações e elaborando o quadro principal: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL - QUADRO PRINCIPAL 
ATIVO PASSIVO 
CIRCULANTE 242.000,00 
CIRCULANTE 238.000,00 
Caixa e Equivalentes de Caixa (F) 190.000,00 Obrigações Trab. e Prev. CP (P) 65.000,00 
Depósitos Restituíveis - Caução (F) 3.000,00 Fornecedores CP (F) 55.000,00 
Tributos a receber CP (P) 35.000,00 Valores restituíveis - Caução (F) 3.000,00 
Estoques CP (P) 4.000,00 Precatórios a pagar CP (P) 35.000,00 
VPD paga antecipadamente CP (P) 10.000,00 Empréstimos a pagar CP (P) 80.000,00 
NÃO CIRCULANTE 457.000,00 
NÃO CIRCULANTE 220.000,00 
Dívida Ativa LP (P) 70.000,00 Empréstimos a pagar LP (P) 180.000,00 
(-) Ajuste Perdas de Dívida Ativa -25.000,00 Outras obrigações LP (P) 40.000,00 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
8 
 
Imóveis (P) 400.000,00 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 241.000,00 
Veículos (P) 20.000,00 Resultado Acumulado 241.000,00 
(-) Depreciação -8.000,00 
TOTAL 699.000,00 TOTAL 699.000,00 
 
 
Em seguida, elaborando o quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL - QUADRO ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS E PERMANENTES 
ATIVO 
PASSIVO 
FINANCEIRO 193.000,00 
FINANCEIRO 58.000,00 
Caixa e Equivalentes de Caixa (F) 190.000,00 Valores restituíveis - Caução (F) 3.000,00 
Depósitos Restituíveis - Caução (F) 3.000,00 Fornecedores CP (F) 55.000,00 
PERMANENTE 506.000,00 
PERMANENTE 400.000,00 
Tributos a receber CP (P) 35.000,00 Obrigações Trab. e Prev. CP (P) 65.000,00 
Estoques CP (P) 4.000,00 Precatórios a pagar CP (P) 35.000,00 
VPD paga antecipadamente CP (P) 10.000,00 Empréstimos a pagar CP (P) 80.000,00 
Dívida Ativa LP (P) 70.000,00 Empréstimos a pagar LP (P) 180.000,00 
(-) Ajuste Perdas de Dívida Ativa -25.000,00 Outras obrigações LP (P) 40.000,00 
Imóveis (P) 400.000,00 
 
Veículos (P) 20.000,00 SALDO PATRIMONIAL 241.000,00 
(-) Depreciação -8.000,00 
TOTAL 699.000,00 TOTAL 
699.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
9 
 
Considerando os seguintes saldos de atos
potenciais: 
 
Obrigações Contratuais de Serviços a Executar R$ 46.000,00 
Convênios com a União a Receber R$ 30.000,00 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL - QUADRO DAS CONTAS DE COMPENSAÇÃO 
ATOS POTENCIAIS ATIVOS ATOS POTENCIAIS PASSIVOS 
Convênios com a União a 
Receber 30.000,00 
Obrigações Contratuais de Serviços 
a Executar 46.000,00 
TOTAL 30.000,00 TOTAL 46.000,00 
 
 
Por fim, apresentado o quadro do superávit/déficit financeiro: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL - QUADRO DO SUPERÁVIT 
/ DÉFICIT FINANCEIRO 
ATIVO FINANCEIRO 193.000,00 
PASSIVO FINANCEIRO 58.000,00 
SUPERÁVIT FINANCEIRO 135.000,00 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS (CONCEITO, ESTRUTURA, 
FORMA DE APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E NOTAS EXPLICATIVAS) ....................................................................... 2 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 2 
2. ELABORAÇÃO DA DVP ............................................................................................................................... 3 
3. NOTAS EXPLICATIVAS ................................................................................................................................ 5 
4. ELABORAÇÃO DA DVP ............................................................................................................................... 6 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – DEMONSTRAÇÃO DAS 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS (CONCEITO, ESTRUTURA, 
FORMA DE APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E NOTAS 
EXPLICATIVAS) 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da 
execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 
 
O resultado patrimonial do período é apurado na DVP pelo confronto entre as 
variações patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas. 
 
O valor apurado passa a compor o saldo patrimonial do Balanço Patrimonial (BP) do 
exercício. 
 
As variações patrimoniais podem ser classificadas em: 
 
Quantitativas: são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam 
ou diminuem o patrimônio líquido (fatos modificativos). 
 
Qualitativas: são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a 
composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido (fatos 
permutativos). 
 
Este Demonstrativo tem função semelhante à Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE) do setor privado. 
 
Contudo, é importante ressaltar que a DRE apura o resultado em termos de lucro ou 
prejuízo líquido, como um dos principais indicadores de desempenho da entidade. 
 
Já no setor público, o resultado patrimonial não é um indicador de desempenho, 
mas um medidor do quanto o serviço público ofertado promoveu alterações quantitativas dos 
elementos patrimoniais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
2. ELABORAÇÃO DA DVP 
 
 A DVP será elaborada utilizando-se as classes 3 (variações patrimoniais diminutivas) e 
4 (variações patrimoniais aumentativas) do PCASP. 
 
 
 
Os itens de VPA e VPD não devem ser compensados, exceto quando exigido ou 
permitido por norma específica. 
 
Caso haja contas intraorçamentárias, estas devem ser excluídas para fins de 
consolidação das demonstrações contábeis no âmbito de cada ente. 
 
A DVP deve incluir itens que apresentam os seguintes valores do período contábil: 
 
• receita, correspondente às variações patrimoniais aumentativas; 
• despesa, correspondente às variações patrimoniais diminutivas; 
• parcela do resultado de coligadas e empreendimento controlado em conjunto 
mensurada pelo método da equivalência patrimonial; 
• ganhos ou perdas antes dos tributos reconhecidos na alienação de ativos ou pagamento 
de passivos relativos a operações em descontinuidade; e 
• resultado do período. 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
3. NOTAS EXPLICATIVAS 
 
A DVP deverá ser acompanhada de notas explicativas quando os itens que compõem as 
VPA e as VPD forem relevantes. 
 
Entretanto, algumas circunstâncias poderão ser apresentadas em notas explicativas, 
ainda que seus valores não sejam relevantes, quais sejam: 
 
a) Redução ao valor recuperável no ativo imobilizado; 
b) Baixas de investimento; 
c) Constituição ou reversão de provisões. 
 
Fique atento a estas expressões: 
 
Superveniências (acréscimos) e insubsistências (decréscimos). 
 
São variações patrimoniais aumentativas ou diminutivas decorrentes de fatos 
administrativos imprevistos ou fortuitos. 
 
Na DVP são classificadas como variações patrimoniais independentes da execução 
orçamentária, tendo em vista que não foram previstos em orçamento. 
 
Exemplos: 
 
FATO OCORRIDO ALTERAÇÃO CLASSIFICAÇÃO IMPACTO NA SL 
INCORPORAÇÃO DE 
BENS DOADOS AUMENTO DO ATIVO 
SUPERVENIÊNCIA 
DO ATIVO 
SUPERVENIÊNCIA 
ATIVA (+) 
RECONHECIMENTO 
DE DÍVIDAS AUMENTO DO PASSIVO 
SUPERVENIÊNCIA DO 
PASSIVO 
SUPERVENIÊNCIA 
PASSIVA (-) 
BAIXA DE BENS 
ROUBADOS DIMINUIÇÃO DO ATIVO 
INSUBSISTÊNCIA DO 
ATIVO 
INSUBSISTÊNCIA 
PASSIVA (-) 
CANCELAMENTO 
DE DÍVIDAS 
DIMINUIÇÃO DO 
PASSIVO 
INSUBSISTÊNCIA DO 
PASSIVO 
INSUBSISTÊNCIA 
ATIVA (+) 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
4. ELABORAÇÃO DA DVP 
 
Exemplo: Seguem as informações de determinado ente público: 
 
RECEITAS COM IMPOSTOS 50.000,00 FATO MODIFICATIVO AUMENTATIVO 
RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO 60.000,00 FATO PERMUTATIVO 
RECEITAS COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 70.000,00 FATO MODIFICATIVO AUMENTATIVO 
RECEITAS COM ALIENAÇÃO DE BENS 80.000,00 FATO PERMUTATIVO 
DESPESAS COM PESSOAL 20.000,00 FATO MODIFICATIVO DIMINUTIVO 
DESPESAS COM SERVIÇOS 30.000,00 FATO MODIFICATIVO DIMINUTIVO 
DESPESAS COM AQUISIÇÃO DE BENS 10.000,00 FATO PERMUTATIVO 
DESPESAS COM JUROS 40.000,00 FATO MODIFICATIVO DIMINUTIVO 
RECEBIMENTO DE BENS EM DOAÇÃO 90.000,00 FATO MODIFICATIVO AUMENTATIVO 
BAIXA DE BENS POR FURTO 60.000,00 FATO MODIFICATIVO DIMINUTIVO 
DEVOLUÇÃO DE GARANTIAS (CAUÇÃO) 50.000,00 FATO PERMUTATIVO 
 
Elaboração da DVP para a prova (itens que de fato provocaram efeito no patrimônio). 
 
 
DVP 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 
AUMENTATIVAS 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 
DIMINUTIVAS 
 
RECEITAS COM IMPOSTOS 50.000,00 DESPESAS COM PESSOAL 20.000,00 
RECEITAS COM PREST. SERVIÇOS 70.000,00 DESPESAS COM SERVIÇOS 30.000,00 
RECEBIMENTO DE BENS EM DOAÇÃO 90.000,00 DESPESAS COM JUROS 40.000,00 
 BAIXA DE BENS POR FURTO 60.000,00 
 150.000,00 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
7 
 
 RESULTADO PATRIMONIAL 60.000,00 
TOTAL 210.000,00 TOTAL 210.000,00 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (CONCEITO, ESTRUTURA, FORMA DE 
APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E NOTAS EXPLICATIVAS) .......................................................................................... 2 
1. CONCEITO .................................................................................................................................................. 2 
2. ESTRUTURA DA DFC ................................................................................................................................... 2 
3. NOTAS EXPLICATIVAS ................................................................................................................................ 5 
4. ELABORAÇÃO DA DFC ................................................................................................................................
5 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – DEMONSTRAÇÃO DOS 
FLUXOS DE CAIXA (CONCEITO, ESTRUTURA, FORMA 
DE APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E NOTAS 
EXPLICATIVAS) 
1. CONCEITO 
 
Apresenta as entradas e saídas de caixa e de equivalentes de caixa de determinada 
entidade pública, sendo classificados como fluxos: 
 
Operacionais; 
Investimentos; 
Financiamentos. 
 
Cabe ressaltar que caixa e equivalentes de caixa compreendem numerário em espécie, 
depósitos bancários disponíveis bem como aplicações financeiras de liquidez imediata. 
 
IMPORTANTE: 
Diferença entre o Balanço Financeiro e a Demonstração dos Fluxos de Caixa: 
Balanço Financeiro: receitas e despesas orçamentárias, ingressos e 
dispêndios extraorçamentários, saldos inicial e final em espécie. 
Demonstração dos Fluxos de caixa: entradas e saídas de caixa e 
equivalentes de caixa. 
 
 
2. ESTRUTURA DA DFC 
 
A DFC identificará: 
 
a) as fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa; 
b) os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações contábeis; e 
c) o saldo do caixa na data das demonstrações contábeis. 
 
A informação dos fluxos de caixa permite aos usuários avaliar como a entidade do setor 
público obteve recursos para financiar suas atividades e a maneira como os recursos de caixa 
foram utilizados. 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
 A DFC é dividida em: 
 
Atividades operacionais são aquelas decorrentes da atividade-fim de determinada 
entidade púbica (receitas arrecadadas provenientes de tributos e desembolsos de caixa com 
despesas de pessoal, por exemplo). 
 
Atividades de investimentos são aquelas referentes à aquisição e à venda de ativos de 
longo prazo (recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais e 
aquisição à vista de ativos imobilizados). 
 
Atividades de financiamentos são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na 
composição do capital próprio e no endividamento da entidade (empréstimos contraídos e 
amortização de financiamentos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
3. NOTAS EXPLICATIVAS 
 
A DFC deverá ser acompanhada de notas explicativas quando os itens que compõem os 
fluxos de caixa forem relevantes. 
 
Informações adicionais podem ser importantes para que os usuários entendam a posição 
financeira e a liquidez da entidade. 
 
Transações que não envolvem o uso de caixa ou equivalentes de caixa, como aquisições 
financiadas de bens e arrendamentos, devem ser divulgadas nas notas explicativas. 
 
 
4. ELABORAÇÃO DA DFC 
 
Considere as seguintes informações de determinado ente público: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 X1 X0 X1 X0 
ATIVO CIRCULANTE 336.000,00 259.000,00 PASSIVO CIRCULANTE 188.000,00 199.000,00 
Caixa e Equivalentes de Caixa 99.000,00 78.000,00 Obrigações Prev. e Trab. 57.000,00 43.000,00 
Dívida Ativa 179.000,00 145.000,00 Fornecedores 25.000,00 71.000,00 
Estoques 58.000,00 36.000,00 Empréstimos 106.000,00 85.000,00 
 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 440.000,00 380.000,00 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 120.000,00 120.000,00 
Investimentos 150.000,00 100.000,00 Financiamentos 120.000,00 120.000,00 
Imobilizado 290.000,00 280.000,00 
Máquinas e Equipamentos 500.000,00 400.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 468.000,00 320.000,00 
(-) Depreciação -210.000,00 -120.000,00 Patrimônio Social 320.000,00 320.000,00 
 Resultados cumulados 148.000,00 
TOTAL 776.000,00 639.000,00 TOTAL 776.000,00 639.000,00 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
Houve uma variação de caixa entre o ano X0 para X1 de R$ 21.000,00. 
Como se deu a variação? Seguem fatos que afetaram o caixa em X1: 
• Recebimento de receitas orçamentárias no valor de R$ 210.000,00; 
• Contratação de novas operações de crédito no valor de R$ 71.000,00; 
• Pagamento de fornecedores de bens e serviços no valor de R$ 114.000,00; 
• Aumento de investimentos permanentes no valor de R$ 50.000,00; 
• Recebimento de valores inscritos em dívida ativa no valor de R$ 39.000,00; 
• Pagamento de empréstimos no valor de R$ 50.000,00; 
• Pagamento de obrigações trab. e prev. no valor de R$ 85.000,00. 
 
Com base nas informações acima, é possível elaborar a DFC: 
OPERACIONAL 50.000,00 
Recebimento de Receitas Orçamentárias 210.000,00 
Recebimento de Dívida Ativa 39.000,00 
Pagamento de fornecedores -114.000,00 
Pagamento de Obrigações Trab. e Prev. -85.000,00 
INVESTIMENTO -50.000,00 
Aumento de Investimentos Permanentes -50.000,00 
FINANCIAMENTO 21.000,00 
Obtenção de Empréstimos 71.000,00 
Pagamento de Empréstimos -50.000,00 
Resultado do Período 21.000,00 
Saldo Anterior 78.000,00 
Saldo Final 99.000,00 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
7 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONCEITO, 
ESTRUTURA, FORMA DE APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E NOTAS EXPLICATIVAS) .................................................. 2 
1. CONCEITO .................................................................................................................................................. 2 
2. ESTRUTURA DA DMPL................................................................................................................................ 3 
3. NOTAS EXPLICATIVAS ................................................................................................................................ 3 
4. ELABORAÇÃO DA DMPL ............................................................................................................................. 3 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – DEMONSTRAÇÃO DAS 
MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONCEITO, 
ESTRUTURA, FORMA DE APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E 
NOTAS EXPLICATIVAS) 
1. CONCEITO 
 
Demonstrará a evolução (aumento ou redução) do patrimônio líquido da entidade 
durante um período. 
 
A alteração total no patrimônio líquido durante um período representa o valor total do 
resultado desse período, adicionado a outras receitas e despesas reconhecidas diretamente 
como alterações no patrimônio líquido (sem passar pelo resultado do período), junto com 
qualquer contribuição dos proprietários e deduzindo-se as distribuições para os proprietários 
agindo na sua capacidade de detentores do capital próprio da entidade. 
 
Dentre os itens demonstrados, podemos citar: 
• O resultado do período; 
• Receitas e despesas do período que sejam reconhecidas diretamente no patrimônio 
líquido em virtude de norma específica; 
• Ajustes de exercícios anteriores; 
• Constituição de reservas e distribuição de dividendos; 
• Transações de capital com os proprietários como, por exemplo: o aumento de capital, a 
aquisição ou venda de ações em tesouraria e as distribuições aos proprietários. 
 
A DMPL é obrigatória para as empresas estatais dependentes constituídas sob a forma de 
sociedades anônimas e facultativa para os demais órgãos e entidades dos entes da Federação. 
 
Ressalta-se ainda que a DMPL complementa o Anexo de Metas Fiscais, integrante do 
Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
 
A DMPL será elaborada utilizando-se o grupo 3 (patrimônio líquido) da classe 2 (passivo) 
do PCASP. 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
 
2. ESTRUTURA DA DMPL 
 
A DMPL possui a seguinte estrutura: 
 
 
 
 
3. NOTAS EXPLICATIVAS 
 
Qualquer alteração relevante no patrimônio líquido, seja pelo valor ou pela natureza 
da informação, deve ser divulgada
em notas explicativas. 
 
Podem ser citadas como exemplo de alteração relevante: 
 
a) Efeito no resultado acumulado em decorrência da adoção inicial das disposições 
contidas neste manual ou nas normas brasileiras de contabilidade; 
 
b) Efeitos das alterações nas políticas contábeis ou correção de erros. 
 
 
4. ELABORAÇÃO DA DMPL 
 
Exemplo: 
 
Seguem informações sobre o Patrimônio Líquido de uma empresa pública dependente 
no ano X0: 
 
Patrimônio Líquido R$ 550.000,00 
Patrimônio Social R$ 340.000,00 
Reservas R$ 85.000,00 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
Resultados Acumulados R$ 125.000,00 
 
Fatos que ocorreram no ano X1: 
 
Resultado do período R$ 200.000,00 
Constituição de Reservas 20% do resultado 
Distribuição de resultado 25% do resultado 
Aquisição de próprias cotas em tesouraria R$ 30.000,00 
 
Com base nas informações acima, é possível elaborar a DMPL: 
 
ESPECIFICAÇÃO 
Patrimônio 
Social 
 
 
 
Reservas 
 
 
 
 
Resultados 
Acumulados 
 
 
 
Ações/Cotas 
em Tesouraria 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
 
Saldos Iniciais 340.000,00 85.000,00 125.000,00 550.000,00 
Ações/Cotas em Tesouraria -30.000,00 -30.000,00 
Resultado do Exercício 200.000,00 200.000,00 
Constituição de Reservas 40.000,00 -40.000,00 0,00 
Dividendos a distribuir -50.000,00 -50.000,00 
Saldos Finais 340.000,00 125.000,00 235.000,00 -30.000,00 670.000,00 
 
 
Posição do Patrimônio Líquido em X1: 
Patrimônio Líquido R$ 670.000,00 
Patrimônio Social R$ 340.000,00 
Reservas R$ 125.000,00 
Resultados Acumulados R$ 235.000,00 
(-) Ações/Cotas em Tesouraria (R$ 30.000,00) 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
CONTABILIDADE 
PÚBLICA
DEMONSTRATIVOS 
FISCAIS 
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – DEMONSTRATIVOS 
FISCAIS (RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO 
ORÇAMENTÁRIA E RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL)
1. DEMONSTRATIVOS FISCAIS
Compreendem a apuração e evidenciação, por meio da contabilidade, dos indicadores estabe-
lecidos pela LRF, dentre os quais se destacam os da despesa com pessoal, das operações de crédito 
e da dívida consolidada, além da apuração da disponibilidade de caixa, do resultado primário e do 
resultado nominal, a fim de verificar-se o equilíbrio das contas públicas.
O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) 
representam os principais instrumentos para evidenciar esse aspecto.
Embora as demonstrações contábeis e os relatórios fiscais tenham informações em comum, 
os objetivos são bem diferentes.
As demonstrações contábeis fornecem informações úteis sobre a entidade voltadas para fins 
de prestação de contas e para a tomada de decisão, enquanto os relatórios fiscais são utilizados, 
principalmente, para: (a) analisar opções de política fiscal, definir essas políticas e avaliar os seus 
impactos; (b) determinar o impacto sobre a economia; e (c) comparar os resultados fiscais nacional 
e internacionalmente.
2. RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA 
(RREO)
De acordo a CF/1988, o Poder Executivo publicará, até 30 dias após o encerramento de cada 
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária (RREO).
A finalidade dessa periodicidade é permitir que a sociedade conheça, acompanhe e analise 
o desempenho da execução orçamentária de cada ente ainda durante o exercício financeiro.
Ele é exigido pela Constituição Federal, em seu art. 165, §3º:
o Poder Executivo publicará, no prazo de trinta dias após o encerramento de cada bimestre, o 
Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO).
Sua regulamentação foi feita pela Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 − Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF) −, que estabelece as normas para sua elaboração e publicação.
O RREO será elaborado e publicado pelo Poder Executivo de cada ente: da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios.
Abrange todos os órgãos da administração direta e entidades da administração indireta de 
todos os poderes (incluindo o Ministério Público), que recebam recursos dos orçamentos 
fiscal e da seguridade social, inclusive sob a forma de subvenções para pagamento de pes-
soal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de 
aumento de participação acionária.
CONTABILIDADE PÚBLICA – DEMONSTRATIVOS FISCAIS (RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL) 3
As limitações impostas ao empenho de dotações devem ser justificadas, assim como rela-
cionadas as medidas destinadas à elevação da arrecadação, no caso de frustração na previsão 
de receitas.
Todos os Municípios brasileiros (inclusive aqueles que possuírem menos de 50 mil habitantes) 
deverão apresentar o RREO a cada bimestre, sob risco de punições fiscais e penais (recebi-
mento de transferências voluntárias e contratação operações de crédito, por exemplo).
Compõe-se de duas peças básicas e alguns demonstrativos de suporte.
Peças básicas:
 » Balanço orçamentário;
 » Demonstração de Execução das Receitas (por categoria econômica e fonte) e Des-
pesas (por categoria econômica, grupo de natureza, função e subfunção).
Os demonstrativos de suporte visam evidenciar:
 » a receita corrente líquida;
 » as receitas e despesas previdenciárias;
 » os resultados primário e nominal;
 » as despesas com juros; e
 » os valores inscritos em restos a pagar.
IMPORTANTE:
Apenas o no último bimestre, será acompanhado também de demonstrativos:
I. das receitas de operações de crédito e despesas de capital;
II. das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos;
III. da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes.
2.1. RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (RCL)
Qualquer alteração relevante no patrimônio líquido, seja pelo valor ou pela natureza da 
informação, deve ser divulgada em notas explicativas.
É o total das Receitas Correntes (tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agrope-
cuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes) subtraindo 
as transferências constitucionais, as contribuições previdenciárias, assistenciais, compensações 
financeiras e demais deduções previstas em lei.
Receitas Correntes
(-) Transferências constitucionais
(-) Contribuições previdenciárias e assistenciais
(-) Compensações financeiras
(-) Demais deduções previstas em lei
= Receita Corrente Líquida
No caso dos Municípios, não há despesas com transferências constitucionais.
4
Cabe ressaltar que a RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em refe-
rência e nos 11 anteriores, excluídas as duplicidades.
Assim, a apuração da RCL é feita durante o período de um ano, não necessariamente coinci-
dente com o ano civil.
Por exemplo, se formos calcular a RCL do mês de setembro de 2020, para divulgação em 
outubro, devemos somar a RCL do mês de referência (setembro/2020) e nos 11 anteriores 
(setembro/2020 a outubro/2019)
3. RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL (RGF)
É um dos instrumentos de Transparência da Gestão Fiscal criados pela Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF).
O RGF objetiva o controle, o monitoramento e a publicidade do cumprimento dos limites 
estabelecidos pela LRF, tais como:
 » despesas com pessoal;
 » dívida consolidada líquida;
 » concessão de garantias; e
 » contratação de operações de crédito.
Diz respeito ao acompanhamento das atividades financeiras do Estado, abrangendo todas as 
variáveis imprescindíveis à consecução das metas fiscais e à observância dos limites fixados para 
despesas e dívida.
Emitido pelos titulares de cada um dos Poderes, além do Ministério Público, sendo assinado 
também pelas autoridades responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno.
Será publicado até 30 dias após o final de cada quadrimestre.
Municípios com população inferior a 50 mil habitantes podem optar por encaminhá-lo 
semestralmente.
A não divulgação do referido relatório,
nos prazos e condições estabelecidos em lei, é punida 
com multa de trinta por cento dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo o 
pagamento da multa de sua responsabilidade pessoal.
Além disso, o ente da Federação estará impedido de receber transferências voluntárias e 
contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado 
da dívida mobiliária.
Constam do relatório:
As informações necessárias à verificação da conformidade com os limites de que trata a LRF:
I) das despesas com pessoal;
II) das dívidas consolidada e mobiliária;
III) da concessão de garantias;
IV) das operações de crédito; e
V) das despesas com juros.
CONTABILIDADE PÚBLICA – DEMONSTRATIVOS FISCAIS (RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL) 5
Além disso, um elenco de medidas adotadas com vistas à adequação das variáveis fiscais aos 
seus respectivos limites
Tratando-se do último quadrimestre, demonstração do montante das disponibilidades ao final 
do exercício financeiro e das despesas inscritas em restos a pagar.
O saldo global das garantias concedidas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios 
não poderá exceder a 22% (vinte e dois por cento) da RCL. A contratação de novas 
operações de crédito estará limitada a 16% da RCL anual.
O comprometimento anual com amortizações, juros e demais encargos da dívida consolidada 
estará limitado a 11,5% da RCL anual.
As antecipações de receitas orçamentárias não poderão ultrapassar 7% da RCL.
Segue abaixo um exemplo do RGF:
6
CONTABILIDADE 
PÚBLICA – PLANO 
DE CONTAS 
APLICADO AO SETOR 
PÚBLICO (PCASP)
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – PLANO DE CONTAS 
APLICADO AO SETOR PÚBLICO (PCASP)
1. INTRODUÇÃO
A contabilidade aplicada ao setor público (CASP) foi estruturada, no Brasil, com foco no registro 
dos atos e fatos relativos ao controle da execução orçamentária e financeira. No entanto, a evolução 
da ciência contábil, marcada pela edição das International Public Sector Accounting Standards 
(IPSAS) pelo International Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB) e das Normas Bra-
sileiras de Contabilidade Técnicas Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) pelo Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC), impulsionaram relevantes mudanças na CASP.
Nesse processo, identificou-se a necessidade de instituição de um novo modelo de gestão 
pública, com a adoção de conceitos e procedimentos reconhecidos e utilizados internacionalmente, 
com foco na contabilidade patrimonial.
Outro fator que impactou a CASP foi a exigência de consolidação nacional das contas públicas 
trazida pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Essa competência é exercida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), materializada por 
meio da publicação do Balanço do Setor Público Nacional (BSPN).
Dessa forma, a necessidade de evidenciar com qualidade os fenômenos patrimoniais e a busca 
por um tratamento contábil padronizado dos atos e fatos administrativos no âmbito do setor público 
tornaram imprescindível a elaboração de um plano de contas com abrangência nacional, cuja 
metodologia, estrutura, regras, conceitos e funcionalidades permitissem a obtenção de dados 
que atendessem aos diversos usuários da informação contábil.
Visando a atender a essas necessidades, a STN editou o Plano de Contas Aplicado ao Setor 
Público (PCASP).
Nesta Parte do MCASP serão apresentados a estrutura do PCASP, baseada na natureza da infor-
mação contábil; o mecanismo de consolidação das contas nacionais em cada ente da Federação; 
o uso dos atributos da conta contábil, que permitem o cumprimento de determinações legais; as 
principais regras de integridade do PCASP, dentre outras informações.
2. PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO (PCASP)
Plano de contas é a estrutura básica da escrituração contábil, formada por uma relação padro-
nizada de contas contábeis, que permite o registro contábil dos atos e fatos praticados pela 
entidade de maneira padronizada e sistematizada, bem como a elaboração de relatórios geren-
ciais e demonstrações contábeis de acordo com as necessidades de informações dos usuários.
O PCASP tem como objetivos:
a) Padronizar os registros contábeis das entidades do setor público
b) Distinguir os registros de natureza patrimonial, orçamentária e de controle
c) Atender à administração direta e à administração indireta das três esferas de governo
d) Permitir o detalhamento das contas contábeis
e) Permitir a consolidação nacional das contas públicas
f) Permitir a elaboração dos RCPGs
CONTABILIDADE PÚBLICA – PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO (PCASP) 3
g) Permitir a adequada prestação de contas e o levantamento das estatísticas de finan-
ças públicas
h) Contribuir para a adequada tomada de decisão e para a racionalização de custos no 
setor público
i) Contribuir para a transparência da gestão fiscal e para o controle social
2.1. COMPETÊNCIA PARA INSTITUIÇÃO E MANUTENÇÃO
A competência para a edição de normas gerais para consolidação das contas públicas foi 
atribuída pela LRF à Secretaria de Tesouro Nacional (STN), enquanto órgão central de con-
tabilidade da União.
Dessa forma, cabe à STN criar, alterar, excluir, codificar, especificar, desdobrar e detalhar as 
contas contábeis.
No que se refere ao detalhamento, vale destacar que a STN estabelece nível mínimo a partir 
do qual os entes poderão detalhar as contas do PCASP de acordo com suas peculiaridades.
2.2. ALCANCE DO PCASP
O PCASP é:
Obrigatório: Para todos os poderes de cada ente da Federação, seus órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, incluindo fundos, autarquias, inclusive especiais, fundações 
e empresas estatais dependentes
Facultativo: Empresas estatais independentes
2.3. PRAZO PARA IMPLANTAÇÃO
Os entes e entidades obrigados a utilizar o PCASP tiveram o prazo de até o término do exercício 
de 2014 para alterarem seus planos de contas.
A partir de 2015, a consolidação nacional das contas públicas passou a ser realizada seguindo 
o novo padrão.
O PCASP é atualizado anualmente e publicado exclusivamente na internet para uso obrigatório 
no exercício seguinte através do endereço:
https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pcasp
2.4. SUBSISTEMAS DE INFORMAÇÕES
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é organizada na forma de sistema de informações:
4
Como forma de estruturar o PCASP, a STN utilizou uma metodologia na qual as contas con-
tábeis foram segregadas em três grandes grupos de acordo com as características dos atos e 
fatos nelas registrados.
Nesse sentido, o PCASP está estruturado de acordo com as seguintes naturezas das informa-
ções contábeis:
Natureza de Informação Orçamentária
Natureza de Informação Patrimonial
Natureza de Informação de Controle
IMPORTANTE: O subsistema de custos foi incorporado à natureza de controle.
2.5. ESTRUTURA DO PCASP
O PCASP é dividido em 8 classes, sendo as contas contábeis classificadas segundo a natureza 
das informações que evidenciam:
CONTABILIDADE PÚBLICA – PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO (PCASP) 5
CONTABILIDADE 
PÚBLICA
CONTA CONTÁBIL
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – CONTA CONTÁBIL
1. CONTA CONTÁBIL
Conta é a expressão qualitativa e quantitativa de fatos de mesma natureza, evidenciando a 
composição, variação e estado do patrimônio, bem como de bens, direitos, obrigações e situações 
nele não compreendidas, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo.
Cabe à STN criar, alterar, excluir, codificar, especificar, desdobrar e detalhar as contas contá-
beis, estabelecendo nível mínimo a partir do qual os entes poderão detalhar as contas do PCASP 
de acordo com suas peculiaridades.
As contas contábeis são agrupadas segundo suas funções, possibilitando:
identificar, classificar e efetuar a escrituração contábil, pelo método das partidas dobradas, 
dos atos e fatos de gestão, de maneira uniforme e sistematizada;
determinar os custos das operações do governo;
acompanhar e controlar a aprovação e a execução do planejamento e do orçamento,
eviden-
ciando a receita prevista, lançada, realizada e a realizar, bem como a despesa autorizada, empenhada, 
realizada, liquidada, paga e as dotações disponíveis;
elaborar os Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a Demonstração das Variações 
Patrimoniais, de Fluxo de Caixa, das Mutações do Patrimônio Líquido e do Resultado Econômico;
conhecer a composição e situação do patrimônio analisado, por meio da evidenciação de 
todos os ativos e passivos;
analisar e interpretar os resultados econômicos e financeiros;
individualizar os devedores e credores, com a especificação necessária ao controle contábil 
do direito ou obrigação; e
h) controlar contabilmente os atos potenciais oriundos de contratos, convênios, acordos, 
ajustes e outros instrumentos congêneres.
As contas contábeis do PCASP são identificadas por códigos com sete níveis de desdobramento, 
compostos por nove dígitos, de acordo com a seguinte estrutura:
IMPORTANTE:
Os entes da Federação somente poderão detalhar a conta contábil nos níveis posteriores ao nível apresentado 
na relação de contas do PCASP.
CONTABILIDADE PÚBLICA – CONTA CONTÁBIL 3
Por exemplo, caso uma conta esteja detalhada no PCASP até o 6º nível (item), o ente poderá detalhá-la apenas a 
partir do 7º nível (subitem), sendo vedada a alteração dos seis primeiros níveis.
A única exceção a esta regra corresponde à abertura do 5º nível (subtítulo) das contas de 
Natureza de Informação Patrimonial, que obrigatoriamente será classificado em Intra OFSS, Inter 
OFSS (União, estados ou municípios) ou Consolidação.
Quando o ente entender ser necessário e a conta não estiver detalhada neste nível no PCASP, 
deverá seguir essa classificação, em tal nível.
Caso o 5º nível seja detalhado, pelo PCASP Federação, em Intra OFSS e Inter OFSS, as operações 
entre entidades relacionadas a tal classificação deve obedecer, obrigatoriamente, ao detalhamento 
a que pertence.
Caso a conta não esteja detalhada até o quarto nível e seja necessário utilizar o 5º nível (subtí-
tulo), poderá ser utilizado o dígito 0 (zero) para chegar-se ao nível de consolidação, por exemplo: 
“3.4.4.0.1.00.00 Descontos Financeiros Concedidos – Consolidação”.
Os planos de contas dos entes da Federação deverão ter pelo menos sete níveis.
Eventuais níveis não detalhados deverão ser codificados com o dígito 0 (zero).
Caso algum ente entenda necessário, poderão, também, desdobrar as contas contábeis além 
do 7º nível (subitem). Outros níveis poderão ser utilizados, por exemplo, para o registro de infor-
mações complementares na conta contábil.
Exemplo: Conta caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional:
Código: 1.1.1.x.x.xx.xx
1. Ativo
1.1. Ativo Circulante
1.1.1. Caixa e equivalentes de caixa
1.1. ATRIBUTOS DA CONTA CONTÁBIL
São características próprias que as distinguem de outras contas do plano de contas.
Podem ser decorrentes de conceitos teóricos, da lei ou do sistema operacional utilizado.
Atributos conceituais
Código: estrutura numérica que identifica cada uma das contas que compõem o plano de 
contas.
Título/Nome: designação que identifica o objeto de uma conta.
Função: descrição da natureza dos atos e fatos registráveis na conta.
Natureza do Saldo: identifica se a conta tem saldo devedor, credor ou ambos.
i. Conta Devedora: possui saldo predominantemente devedor.
ii. Conta Credora: possui saldo predominantemente credor.
iii. Conta Mista / Híbrida: possui saldo devedor ou credor.
Atributos legais
4
Além do atributo legal citado a seguir, poderão ser criados outros, de acordo com as necessi-
dades do ente para o atendimento das normas vigentes, a exemplo do indicador do superávit 
primário e da dívida consolidada líquida.
A classificação do ativo e do passivo em financeiro e permanente permite a apuração do supe-
rávit financeiro no Balanço Patrimonial (BP) de acordo com a Lei nº 4.320/1964.
Os passivos considerados no cálculo da Dívida Consolidada Líquida − DCL e que não tenham 
execução orçamentária associada serão controlados por esse indicador desde o momento 
do registro da obrigação. As obrigações consideradas na DCL serão controladas pelo atributo 
com valor zero (0) e as excluídas do cálculo serão controladas pelo atributo com valor um (1).
2.2. REGRAS DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
A fim de garantir a integridade dos procedimentos contábeis, assim como a qualidade, con-
sistência e transparência das informações geradas, o MCASP dispõe sobre algumas regras de 
integridade relativas ao PCASP quanto a lançamentos contábeis:
O REGISTRO CONTÁBIL DEVE SER FEITO PELO MÉTODO DAS 
PARTIDAS DOBRADAS E OS LANÇAMENTOS DEVEM DEBITAR E 
CREDITAR CONTAS QUE APRESENTEM A MESMA NATUREZA DE 
INFORMAÇÃO.
Assim, os lançamentos estarão fechados dentro das classes 1 a 4 ou das classes 5 e 6 ou das 
classes 7 e 8:
Lançamentos de natureza patrimonial: apenas debitam e creditam contas das classes 1, 2, 3 e 4;
Lançamentos de natureza orçamentária: apenas debitam e creditam contas das classes 5 e 6;
Lançamentos de natureza de controle: apenas debitam e creditam contas das classes 7 e 8.
Exemplo:
Não é permitido um lançamento na conta Clientes (classe 1) em contrapartida à conta Receita 
Realizada (classe 6).
Nessa hipótese, apesar de ser utilizado o método das partidas dobradas e de os valores lan-
çados a débito e a crédito apresentados no balancete contábil não apresentarem diferença, 
observa-se uma inconsistência.
Dessa forma, o MCASP ressalta que os totais lançados a débito e a crédito em contas de 
mesma natureza de informação devem apresentar valores iguais.
Além disso, o MCASP estabelece algumas equações que podem ser utilizadas para fins de 
conferência e validação das informações geradas, por exemplo:
Conferência de Saldos das Contas de Natureza Patrimonial:
1 Ativo + 3 VPD = 2 Passivo + 4 VPA
(natureza devedora = natureza credora)
CONTABILIDADE PÚBLICA – CONTA CONTÁBIL 5
Assim, ao final do exercício o Balanço Patrimonial (BP) apresentará os valores da Classe 1 
(Ativo) iguais aos da Classe 2 (Passivo e Patrimônio Líquido).
Os valores registrados ao longo do período na Classe 3 (VPD) e na Classe 4 (VPA) são encer-
rados ao final do exercício, representando o resultado patrimonial levado para a conta de 
patrimônio líquido.
CONTABILIDADE 
PÚBLICA 
ESCRITURAÇÃO 
(PARTE I)
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – ESCRITURAÇÃO (PARTE 
I)
ESCRITURAÇÃO
É a técnica contábil utilizada para o registro das transações realizadas pelas entidades.
Deverá ser efetuada por meio de lançamentos em livros próprios destinados ao registro das 
operações que afetam ou podem vir a afetar o patrimônio das entidades.
Utiliza-se o método das partidas dobradas (para cada crédito, haverá um débito de igual valor).
São elementos essenciais do registro contábil:
(a) a data da ocorrência da transação;
(b) a conta debitada;
(c) a conta creditada;
(d) o histórico da transação;
(e) o valor da transação; e
(f) o número de controle para identificar os registros eletrônicos que integram um mesmo 
lançamento contábil.
A escrituração faz parte do processo contábil, conforme figura a seguir:
Fonte: AUTOR, 2021.
Passo a passo para realização do lançamento:
1º passo: identificar as contas envolvidas no fato.
2º passo: identificar a natureza das contas, ou seja, a que grupo pertencem.
3º passo: identificar o que o fato provoca sobre os saldos das contas, ou seja, se o saldo 
aumentará ou diminuirá.
4º passo: efetuar o lançamento contábil de acordo com o mecanismo de débito e crédito.
Mecanismo de débito e crédito
CONTAS NATUREZA AUMENTOS REDUÇÕES
ATIVO (1) DEVEDORA DÉBITO CRÉDITO
REDUTORA ATIVO (1) CREDORA CRÉDITO DÉBITO
CONTABILIDADE PÚBLICA – ESCRITURAÇÃO (PARTE I) 3
PASSIVO (2) CREDORA CRÉDITO DÉBITO
REDUTORA PASSIVO 
(2) DEVEDORA DÉBITO CRÉDITO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
(2) CREDORA CRÉDITO DÉBITO
REDUTORA DO PL (2) DEVEDORA DÉBITO CRÉDITO
VPD (DESPESA) (3) DEVEDORA DÉBITO CRÉDITO
VPA (RECEITA) (4) CREDORA CRÉDITO DÉBITO
CONTROLES DA 
APROVAÇÃO DO 
PLANEJAMENTO E 
ORÇAMENTO (5)
2 
1.1. LEI 4.320/1964 ............................................................................................................................... 2 
1.2. LEI 101/2000 .................................................................................................................................. 3 
1.3. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO (NBC TSP) .............. 3 
1.4. MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO (MCASP) ....................................... 5 
1.5. MANUAL TÉCNICO DO ORÇAMENTO (MTO) ................................................................................. 6 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – LEGISLAÇÃO BÁSICA E 
DOCUMENTOS AUXILIARES 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Contabilidade Pública está regida por algumas normas básicas e documentos 
auxiliares, são eles: 
 
Legislação básica: 
 
 Lei nº 4.320/1964; 
 Lei nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal); 
 Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCT SP). 
 
Documentos auxiliares: 
 
 Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP); 
 Manual Técnico do Orçamento (MTO). 
 
 
1.1. LEI 4.320/1964 
 
Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e 
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal e dispõe sobre os seguintes 
assuntos: 
 
• Planejamento e Execução da Lei Orçamentária Anual (LOA); 
• Classificação das Receitas e Despesas Orçamentárias; 
• O exercício financeiro; 
• Créditos Adicionais; 
• Controle da Execução Orçamentária; 
• Contabilidade orçamentária, financeira e patrimonial; 
• Balanços (Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial e 
Demonstração das Variações Patrimoniais). 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
1.2. LEI 101/2000 
 
Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal 
e dá outras providências e dispõe sobre os seguintes assuntos: 
 
• Planejamento, Execução Orçamentária e Cumprimento de Metas; 
 
• Renúncia de Receitas e Despesas Obrigatórias de caráter continuado; 
 
• Limites com despesas de pessoal; 
 
• Despesas com seguridade social; 
 
• Transferências voluntárias; 
 
• Limites de endividamento; 
 
• Limites de operação de crédito; 
 
• Restos a pagar; 
 
• Gestão patrimonial; 
 
• Transparência; 
 
• Escrituração e Consolidação das Contas Públicas; 
 
• Relatório Resumido da Execução Orçamentária e Relatório de Gestão Fiscal. 
 
 
1.3. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR 
PÚBLICO (NBC TSP) 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao setor público foram editadas para 
atender os seguintes objetivos: 
 
• Promover o desenvolvimento conceitual da Contabilidade aplicada ao setor público no 
Brasil. 
 
• Estimular a convergência aos padrões internacionais de Contabilidade aplicada ao setor 
público. 
 
• Fortalecer institucionalmente a Contabilidade aplicada ao setor público no seu papel de 
fonte de informação da situação patrimonial das entidades governamentais e similares. 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 Atualmente, são essas as NBC TSP: 
 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público 
NBC TSP ESTRUTURA 
CONCEITUAL 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação 
Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público 
NBC TSP 01 Receita de Transação sem Contraprestação 
NBC TSP 02 Receita de Transação com Contraprestação 
NBC TSP 03 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 
NBC TSP 04 
Estoques 
NBC TSP 05 Contratos de Concessão de Serviços Públicos: Concedente 
NBC TSP 06 Propriedade para Investimento 
NBC TSP 07 
Ativo Imobilizado 
NBC TSP 08 Ativo Intangível 
NBC TSP 09 Redução ao Valor Recuperável de Ativo Não Gerador de Caixa 
NBC TSP 10 Redução ao Valor Recuperável de Ativo Gerador de Caixa 
NBC TSP 11 Apresentação das Demonstrações Contábeis 
NBC TSP 12 Demonstração dos Fluxos de Caixa 
NBC TSP 13 
Apresentação de Informação Orçamentária nas Demonstrações 
Contábeis 
NBC TSP 14 Custos de Empréstimos 
NBC TSP 15 Benefícios a Empregados 
NBC TSP 16 Demonstrações Contábeis Separadas 
NBC TSP 17 Demonstrações Contábeis Consolidadas 
NBC TSP 18 
Investimento em Coligada e em Empreendimento Controlado em 
Conjunto 
NBC TSP 19 Acordos em Conjunto 
NBC TSP 20 Divulgação de Participações em Outras Entidades 
NBC TSP 21 Combinações No Setor Público 
NBC TSP 22 Divulgação sobre Partes Relacionadas 
NBC TSP 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 
NBC TSP 24 
Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de 
Demonstrações Contábeis 
NBC TSP 25 Evento Subsequente 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
NBC TSP 26 Ativo Biológico e Produto Agrícola 
NBC T 16.7 
Consolidação das Demonstrações Contábeis (revogada a partir de 
1º/1/21) 
NBC T 16.11 Sistema de Informação de Custos do Setor Público 
NBC TSP 27 Informações por segmento 
NBC TSP 29 Benefícios sociais 
 
 
1.4. MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO 
(MCASP) 
 
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público não é necessariamente uma norma, 
mas um conjunto de procedimentos que orientam os gestores na aplicação de todo o arcabouço 
legislativo e normativo relacionado a Contabilidade Aplicada ao Setor Público, sendo elaborado 
pela STN. 
 
Nesse contexto, o MCASP visa colaborar com o processo de elaboração e execução do 
orçamento, além de contribuir para resgatar o objeto da contabilidade como ciência, que é o 
patrimônio. 
 
Com isso, a contabilidade poderá atender a demanda de informações requeridas por seus 
usuários, possibilitando a análise de demonstrações contábeis adequadas aos padrões 
internacionais, sob os enfoques orçamentário e patrimonial, com base em um Plano de Contas 
Nacional. 
 
O MCASP é dividido nas seguintes partes: 
 
• Parte Geral; 
 
• Parte I – Procedimentos Contábeis Orçamentários; 
 
• Parte II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais; 
 
• Parte III – Procedimentos Contábeis Específicos; 
 
• Parte IV – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público; 
 
• Parte V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público; 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
1.5. MANUAL TÉCNICO DO ORÇAMENTO (MTO) 
 
É um instrumento de apoio aos processos orçamentários da União, elaborado pela 
Secretaria de Orçamento Federal (SOF) e editado anualmente no início do processo de 
elaboração da proposta orçamentária, dispondo sobre: 
 
• Sistema de planejamento e orçamento federal; 
 
• Conceitos orçamentários; 
 
• Classificação da receita; 
 
• Classificação da despesa; 
 
• Elaboração do projeto de lei de diretrizes orçamentárias; 
 
• Elaboração da proposta orçamentária; 
 
• Estimativas de receitas orçamentárias; 
 
• Acompanhamento e controle da execução; 
 
• Tabelas de classificações orçamentárias; 
 
• Legislação orçamentária. 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – ESTRUTURA CONCEITUAL (PARTE I) ..................................................................... 2 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 2 
1.1. RELATÓRIOS CONTÁBEIS DE PROPÓSITO GERAL (RCPG´S) ........................................................... 2 
1.2. CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ........................................................................... 3 
1.3. RESTRIÇÕES DAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS RCPGS .............................................................. 4 
1.4. ENTIDADE QUE REPORTA A INFORMAÇÃO
DEVEDORA DÉBITO CRÉDITO
CONTROLES DA 
EXECUÇÃO DO 
PLANEJAMENTO E 
ORÇAMENTO
CREDORA CRÉDITO DÉBITO
CONTROLES DEVE-
DORES (7) DEVEDORA DÉBITO CRÉDITO
CONTROLES CRE-
DORES (8) CREDORA CRÉDITO DÉBITO
IMPORTANTE:
Aumentos do ativo também podem ser derivados por um aumento de passivo (contratação de empréstimo, por 
exemplo) e reduções do ativo podem ser ocasionados por redução de passivo (pagamento do empréstimo).
Na escrituração da contabilidade pública atentar para:
Os passivos que dependam de autorização orçamentária para amortização ou resgate inte-
gram o passivo permanente.
4
Após o empenho, considera-se efetivada a autorização orçamentária e os passivos passam 
a integrar o passivo financeiro.
Também integram o passivo financeiro os passivos que não são submetidos ao processo de 
execução orçamentária, a exemplo das cauções.
O controle da mudança do atributo permanente (P) para o atributo financeiro (F) pode ser 
feito por meio da informação complementar da conta contábil ou por meio da duplicação das contas, 
sendo uma permanente e outra financeira.
O PCASP e este Manual utilizam as letras (F) ou (P) para indicar se são contas de ativo ou 
passivo financeiro ou permanente, respectivamente.
Algumas contas podem ter parte do seu saldo com atributo financeiro e outra parte com 
atributo permanente.
Nestes casos, constará no PCASP o atributo “F/P”.
Logo, no balanço patrimonial (BP), o passivo financeiro corresponde:
às obrigações correlatas a despesas orçamentárias empenhadas, liquidadas ou não, que 
ainda não foram pagas; e
b) aos passivos que não são submetidos ao processo de execução orçamentária, a exemplo 
das cauções.
Considerando que a natureza de informação patrimonial contempla os registros financeiros e 
patrimoniais, uma atenção especial deve ser dada aos fatos financeiros que tenham como contra-
partida uma conta que tenha o atributo permanente (P), ou seja, que dependam de autorização 
legislativa para a sua realização ou liquidação.
Exemplo 1:
Amortização de operação de crédito
O pagamento da dívida é um fato permutativo sob a ótica patrimonial.
No entanto, o pagamento poderá ser efetuado somente se o passivo estiver marcado com 
o atributo Financeiro (F).
Para tanto, faz-se necessário um lançamento de troca do passivo permanente (P) para passivo 
financeiro (F), concomitante à execução orçamentária.
Exemplo 2:
Arrecadação de dívida ativa de créditos tributários
Os valores a receber são registrados em uma conta de ativo com atributo Permanente (P).
Qualquer recebimento de recursos financeiros relativo a esses créditos só deve ser reconhecido 
com o concomitante registro orçamentário, ou seja, com o reconhecimento da receita orçamentária.
Consistência dos registros e saldos de contas
Cada unidade que realize a gestão de recursos públicos deverá ser responsável pelo acompa-
nhamento, análise e consistência dos registros e saldos das contas contábeis, bem como os reflexos 
causados nos respectivos demonstrativos.
A análise pode ser realizada, também, por meio do balancete, conforme exemplos a seguir:
Análise de saldos invertidos: no caso de contas que tenham saldo apenas devedor ou credor, 
de acordo com sua natureza, a apresentação de saldo invertido pode representar a execução de 
uma operação indevida.
CONTABILIDADE PÚBLICA – ESCRITURAÇÃO (PARTE I) 5
Classificação inadequada de receitas e despesas: tanto para as contas de natureza orçamen-
tária, nas fases de previsão e execução, quanto para as contas de natureza patrimonial (VPA e VPD).
Utilização indevida de contas contábeis: por exemplo, uma escola de ensino básico cuja 
atividade fim é educação, que apresente, em seu ativo imobilizado, saldo na conta “aeronaves”, 
provavelmente realizou uma classificação indevida.
Saldos irrisórios ou residuais: devem ser analisadas as contas que apresentem saldos com 
valores irrisórios ou sem movimentação por um longo período.
e) Existência de saldos em contas contábeis descritas como “outros (as)”: recomenda-se que 
os registros nessas contas sejam limitados a 10% do total do grupo.
CONTABILIDADE 
PÚBLICA – 
LANÇAMENTOS 
TÍPICOS DO SETOR 
PÚBLICO (PARTE I)
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – LANÇAMENTOS TÍPICOS 
DO SETOR PÚBLICO (PARTE I)
1. LANÇAMENTOS – ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO
Nesse bloco, vamos abordar os lançamentos típicos do setor público com enfoque orçamentário:
Registro da previsão da receita no momento da aprovação da Lei Orçamentária:
Natureza da informação: orçamentária
D 5.2.1.1.x.xx.xx Previsão Inicial da Receita
C 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar
Registro da arrecadação da receita durante a execução do orçamento:
Natureza da informação: orçamentária
D 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar
C 6.2.1.2.x.xx.xx Receita Realizada
Natureza da informação: controle
D 7.2.1.1.x.xx.xx Controle da Disponibilidade de Recursos
C 8.2.1.1.1.xx.xx Disponibilidade por Destinação de Recursos (DDR)
Fixação da Despesa Orçamentária:
Natureza da informação: orçamentária
D 5.2.2.1.1.xx.xx Dotação Inicial
C 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito Disponível
No momento do empenho da despesa orçamentária
Natureza da informação: orçamentária
D 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito Disponível
C 6.2.2.1.3.01.xx Crédito Empenhado a Liquidar
Natureza da informação: controle
D 8.2.1.1.x.xx.xx Disponibilidade por Destinação de Recursos (DDR)
C 8.2.1.1.2.xx.xx DDR Comprometida por Empenho
Momento da liquidação:
Natureza da informação: orçamentária
D 6.2.2.1.3.01.xx Crédito Empenhado a Liquidar
C 6.2.2.1.3.03.xx Crédito Empenhado Liquidado a Pagar
Natureza da informação: controle
D 8.2.1.1.2.xx.xx DDR Comprometida por Empenho
C 8.2.1.1.3.xx.xx DDR Comprometida por Liquidação
CONTABILIDADE PÚBLICA – LANÇAMENTOS TÍPICOS DO SETOR PÚBLICO (PARTE I) 3
Momento do pagamento:
Natureza da informação: orçamentária
D 6.2.2.1.3.03.xx Crédito Empenhado Liquidado a Pagar
C 6.2.2.1.3.04.xx Crédito Empenhado Pago
Natureza da informação: controle
D 8.2.1.1.3.xx.xx DDR Comprometida por Liquidação
C 8.2.1.1.4.xx.xx DDR Utilizada
No encerramento do exercício financeiro:
Natureza da informação: controle
D 8.2.1.1.4.xx.xx DDR Utilizada
C 7.2.1.1.x.xx.xx Controle da Disponibilidade de Recursos
Inscrição De Restos a Pagar Processados:
Natureza da informação: orçamentária
D 6.2.2.1.3.03.xx Crédito empenhado liquidado a pagar
C 6.2.2.1.3.07.xx Empenhos liquidados inscritos em restos a pagar processados
Natureza da informação: orçamentária
D 5.3.2.7.x.xx.xx RP processados - inscrição no exercício
C 6.3.2.7.x.xx.xx RP processados - inscrição no exercício
Inscrição de Restos a Pagar Não Processados a Liquidar:
Natureza da informação: orçamentária
D 6.2.2.1.3.01.xx Crédito empenhado a liquidar
C 6.2.2.1.3.05.xx Empenhos a liquidar inscritos em restos a pagar não processados
Natureza da informação: orçamentária
D 5.3.1.7.x.xx.xx RP não processados - inscrição no exercício
C 6.3.1.7.1.xx.xx RP não processados a liquidar - inscrição no exercício
Inscrição de Restos a Pagar Não Processados em Liquidação:
Natureza da informação: orçamentária
D 6.2.2.1.3.02.xx Crédito empenhado em liquidação
C 6.2.2.1.3.06.xx Empenhos em liquidação inscritos em restos a pagar não processados
Natureza da informação: orçamentária
D 5.3.1.7.x.xx.xx RP não processados - inscrição no exercício
C 6.3.1.7.2.xx.xx RP não processados em liquidação - inscrição no exercício
Exemplo:
Seguem informações sobre determinada entidade pública:
Previsão inicial da receita orçamentária de R$ 60.000,00 sendo R$ 40.000,00 de receita corrente 
e R$ 20.000,00 de receita de capital
4
Previsão inicial da receita
D Previsão inicial receita corrente 40.000,00
D Previsão inicial receita de capital 20.000,00
Receita orçamentária a realizar
C Receita a realizar corrente 40.000,00
C Receita a realizar de capital 20.000,00
Arrecadação de receita corrente proveniente de tributos no valor de R$ 1.000,00.
Natureza orçamentária
D Receita a realizar corrente 1.000,00
C Receita realizada corrente 1.000,00
Natureza de controle D Controle da Disponibilidade de Recursos 1.000,00
C Disponibilidade por Destinação de Recursos 1.000,00
Fixação inicia da despesa orçamentária de R$ 60.000,00 sendo R$ 30.000,00 de despesa cor-
rente e R$ 30.000,00 de receita de capital
Dotação orçamentária inicial
D Dotação inicial despesa corrente 30.000,00
D Dotação inicial despesa de capital 30.000,00
Crédito orçamentário disponível
C Crédito disponível despesa corrente 30.000,00
C Crédito disponível despesa de capital 30.000,00
CONTABILIDADE PÚBLICA – LANÇAMENTOS TÍPICOS DO SETOR PÚBLICO (PARTE I) 5
Empenho de despesa corrente de serviços no valor de R$ 1.000,00
Natureza orçamentária
D Crédito disponível despesa corrente 1.000,00
C Crédito empenhado a liquidar 1.000,00
Natureza de controle
D Disponibilidade por destinação de Recursos 1.000,00
C DDR comprometida por empenho 1.000,00
Liquidação de despesa corrente de serviços no valor de R$ 1.000,00
Natureza orçamentária
D Crédito empenhado a liquidar 1.000,00
C Crédito empenhado liquidado a pagar 1.000,00
Natureza de controle
D DDR comprometida por empenho 1.000,00
C DDR comprometida por liquidação 1.000,00
Pagamento de despesa corrente de serviços no valor de R$ 1.000,00
Natureza orçamentária
D Crédito empenhado liquidado a pagar 1.000,00
C Crédito empenhado liquidado pago 1.000,00
Natureza de controle
D DDR comprometida por liquidação 1.000,00
C DDR utilizada 1.000,00
CONTABILIDADE 
PÚBLICA – 
LANÇAMENTOS 
TÍPICOS DO SETOR 
PÚBLICO (PARTE III)
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – LANÇAMENTOS TÍPICOS 
DO SETOR PÚBLICO (PARTE III)
1. LANÇAMENTOS – ENFOQUE PATRIMONIAL (1, 2, 3 E 4)
Nesse bloco, vamos abordar diversos lançamentos típicos do setor público com enfoque 
patrimonial:
Contratação de uma operação de crédito pelo ente:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
C 2.1.2.2.x.xx.xx Empréstimos a Curto Prazo – Externo (P)
No empenho:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.2.2.x.xx.xx Empréstimos a Curto Prazo – Externo (P)
C 2.1.2.2.x.xx.xx Empréstimos a Curto Prazo – Externo (F)
Na saída do recurso financeiro:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.2.2.x.xx.xx Empréstimos a Curto Prazo – Externo (F)
C 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
Reconhecimento do fato gerador do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 
(IPTU):
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P)
C 4.1.1.2.x.xx.xx VPA Impostos Sobre Patrimônio e a Renda
Momento da arrecadação:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
C 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P)
Recebimento de valores provenientes da venda de serviços concomitantemente com a pres-
tação do serviço:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
C 4.3.3.1.x.xx.xx VPA Valor Bruto de Exploração de Bens e Direitos e Prestação de Serviços
Reconhecimento mensal do 13º do empregado:
Natureza da informação: patrimonial
D 3.1.1.1.x.xx.xx VPD Remuneração a Pessoal Ativo Civil – Abrangidos pelo RPPS
C 2.1.1.1.1.xx.xx Pessoal a Pagar – 13º Salário (P)
CONTABILIDADE PÚBLICA – LANÇAMENTOS TÍPICOS DO SETOR PÚBLICO (PARTE III) 3
No empenho da dotação orçamentária:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.1.1.1.xx.xx Pessoal a Pagar – 13º Salário (P)
C 2.1.1.1.1.xx.xx Pessoal a Pagar – 13º Salário (F)
Na saída do recurso financeiro:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.1.1.1.xx.xx Pessoal a Pagar – 13º Salário (F)
C 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
Aquisição à prazo de estoques:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.5.x.x.xx.xx Estoques (P)
C 2.1.3.x.x.xx.xx Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo (P)
Ajuste para perdas de estoques:
Natureza da informação: patrimonial
D 3.6.1.8.x.xx.xx VPD com Ajuste de Perdas de Estoques
C 1.1.5.9.x.xx.xx (-) Ajuste de Perdas de Estoques
Um órgão público adquiriu a prazo uma máquina para uso em suas atividades por R$ 
240.000,00, para pagamento em quatro parcelas mensais iguais de R$ 60.000,00.
Se essa máquina fosse adquirida à vista custaria R$ 200.000,00.
Registro Contábil da compra da máquina:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.2.3.1.1.01.00 Máquinas, Aparelhos, Equipamentos e Ferramentas 200.000,00
D 2.1.2.8.1.00.00 (-) Encargos Financeiros a Apropriar – Interno 40.000,00
C 2.1.3.1.1.00.00 Fornecedores e Contas a Pagar Nacionais a Curto Prazo 240.000,00
Venda de propriedade para investimento por R$ 500.000,00 para recebimento à vista. O 
valor contábil da propriedade, já deduzido o valor da depreciação, é R$ 400.000,00:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.1.x.1.xx.xx – Caixa e Equivalentes de Caixa R$ 500.000,00
C 1.2.2.2.1.xx.xx – Propriedades para investimento R$ 400.000,00
C 4.6.2.1.x.xx.xx – VPA Ganhos com alienação de investimentos R$ 100.000,00
Reconhecimento do Direito a Receber (Transferências Intergovernamentais):
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.2.3.x.xx.xx Créditos de Transferências a Receber (P)
C 4.5.2.x.x.xx.xx VPA Transferências Intergovernamentais
Reconhecimento da venda à vista:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa ou Equivalente de Caixa
C 4.3.1.1.1.xx.xx VPA Venda Bruta
4
Contratação de prestação de serviço de limpeza e conservação:
Natureza da informação: patrimonial
D 3.3.2.x.x.xx.xx Variação Patrimonial Diminutiva – Serviços
C 2.1.3.x.x.xx.xx Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo (F)
No momento do pagamento:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.3.x.x.xx.xx Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo(F)
C 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
Reconhecimento do direito de servidor receber suprimento de fundos:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.3.1.x.xx.xx Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P)
C 2.1.8.9.x.xx.xx Outras Obrigações de Curto Prazo – Suprimento de Fundos (F)
No momento do pagamento:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.8.9.x.xx.xx Outras Obrigações de Curto Prazo – Suprimento de Fundos (F)
C 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
Prestação de contas do saldo utilizado:
Natureza da informação: patrimonial
D 3.x.x.x.x.xx.xx VPD
C 1.1.3.1.x.xx.xx Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P)
Devolução de valores não aplicados:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes em Moeda Nacional (F)
C 1.1.3.1.x.xx.xx Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P)
CONTABILIDADE 
PÚBLICA 
LANÇAMENTOS 
TÍPICOS DO SETOR 
PÚBLICO (PARTE IV)
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – LANÇAMENTOS TÍPICOS 
DO SETOR PÚBLICO (PARTE IV)
1. LANÇAMENTOS – ENFOQUE PATRIMONIAL E CONTROLE (1, 2, 
3, 4, 5 E 6)
Neste bloco, continuaremos a abordar diversos lançamentos típicos do setor público com 
enfoque patrimonial, acrescentando alguns lançamentos de controle:
Emissão de títulos com juros pré-fixados, sendo o valor nominal dos títulos de R$ 2.000.000,00, 
taxa de juros de 1% a.m. e o total de juros a ser reconhecido de R$ 253.650,06.
Reconhecimento do principal da dívida:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 2.000.000,00
C 2.1.8.4.x.xx.xx Debêntures e Outros Títulos de Dívida a Curto Prazo (P) 2.000.000,00
Reconhecimento dos encargos da dívida:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.8.4.x.xx.xx (-) Debêntures e Outros Títulos de Dívida a Curto Prazo – Juros e Encargos a 
Apropriar (P) 253.650,06
C 2.1.8.4.x.xx.xx Debêntures e Outros Títulos de Dívida a Curto Prazo – Juros e Encargos a 
Pagar (P) 253.650,06
Apropriação mensal dos juros do primeiro mês considerando o valor de R$ 20.000,00:
Natureza da informação: patrimonial
D 3.4.1.3.x.xx.xx Juros e Encargos da Dívida Mobiliária
20.000,00
C 2.1.8.4.x.xx.xx (-) Debêntures e Outros Títulos de Dívida a Curto Prazo – Juros e Encargos a 
Apropriar (P) 20.000,00
Empenho da despesa orçamentária correspondente aos encargos pagos no resgate de títulos:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.8.4.x.xx.xx Debêntures e Outros Títulos de Dívida a Curto Prazo – Juros e Encargos a 
Pagar (P) 253.650,06
C 2.1.8.4.x.xx.xx Debêntures e Outros Títulos de Dívida a Curto Prazo – Juros e Encargos a 
Pagar (F) 253.650,06
Pagamento correspondente aos encargos pagos no resgate de títulos:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.8.4.x.xx.xx Debêntures e Outros Títulos de Dívida a Curto Prazo – Juros e Encargos a 
Pagar (F) 253.650,06
C 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 253.650,06
Empenho da despesa orçamentária correspondente ao principal da dívida pago no resgate 
dos títulos:
CONTABILIDADE PÚBLICA – LANÇAMENTOS TÍPICOS DO SETOR PÚBLICO (PARTE IV) 3
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.8.4.x.xx.xx Debêntures e Outros Títulos de Dívida a Curto Prazo (P) 2.000.000,00
C 2.1.8.4.x.xx.xx Debêntures e Outros Títulos de Dívida a Curto Prazo (F) 2.000.000,00
Pagamento da despesa orçamentária correspondente ao principal da dívida pago no resgate 
de títulos:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.8.4.x.xx.xx Debêntures e Outros Títulos de Dívida a Curto Prazo (F) 2.000.000,00
C 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 2.000.000,00
Recebimento antecipado de receita orçamentária em 01/11/20X1, no valor de R$ 5.000,00, 
por serviços a serem prestados no dia 01/12/20X1.
No ato da contratação:
Natureza da informação: controle
D 7.1.2.3.x.xx.xx Obrigações Contratuais 5.000,00
C 8.1.2.3.x.xx.xx Execução de Obrigações Contratuais – a Executar 5.000,00
No momento do recebimento antecipado:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 5.000,00
C 2.1.8.1.x.xx.xx Adiantamento de Clientes (P) 5.000,00
No momento da prestação do serviço:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.8.1.x.xx.xx Adiantamento de Clientes (P) 5.000,00
C 4.3.x.x.x.xx.xx Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos 5.000,00
No momento da prestação do serviço:
Natureza da informação: controle
D 8.1.2.3.x.xx.xx Execução de Obrigações Contratuais – a Executar 5.000,00
C 8.1.2.3.x.xx.xx Execução de Obrigações Contratuais – Executadas 5.000,00
Reconhecimento da obrigação patrimonial referente à contribuição patronal pela ocorrência 
do fato gerador (mês de competência encerrado):
Natureza da informação: patrimonial
D 3.1.2.1.2.xx.xx Encargos Patronais – RPPS – Intra OFSS
C 2.1.1.4.2.xx.xx Encargos Sociais a Pagar – Intra OFSS (P)
Empenho da despesa orçamentária:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.1.4.2.xx.xx Encargos Sociais a Pagar – Intra OFSS (P)
C 2.1.1.4.2.xx.xx Encargos Sociais a Pagar – Intra OFSS (F)
Pagamento
Natureza da informação: patrimonial
4
D 2.1.1.4.2.xx.xx Encargos Sociais a Pagar – Intra OFSS (F)
C 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
Reconhecimento de salários pelo seu valor total R$ 1.000,00
Natureza da informação: patrimonial
D 3.1.1.1.1.xx.xx Remuneração a Pessoal Ativo 1.000
C 2.1.1.1.1.xx.xx Pessoal a Pagar (P) 1.000
Empenho da despesa
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.1.1.1.xx.xx Pessoal a Pagar (P) 1.000
C 2.1.1.1.1.xx.xx Pessoal a Pagar (F) 1.000
Retenção do INSS de 11% do servidor:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.1.1.x.xx.xx Pessoal a Pagar (F) 110
C 2.1.8.8.2.xx.xx Valores Restituíveis – Intra OFSS – RPPS (F) 110
Pagamento líquido:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.1.1.x.xx.xx Pessoal a Pagar (F) 890
C 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa 890
Recolhimento ao INSS:
Natureza da informação: patrimonial
D 2.1.8.8.2.xx.xx Valores Restituíveis – Intra OFSS – RPPS – (F) 110
C 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa 110
Reconhecimento da provisão
Natureza da informação: patrimonial
D 3.9.7.x.x.xx.xx VPD de Constituição de Provisões
C 2.x.7.x.x.xx.xx Provisões (P)
Reversão da provisão
Natureza da informação: patrimonial
D 2.x.7.x.x.xx.xx Provisões (P)
C 4.9.7.x.x.xx.xx VPA Reversão de Provisões
Registro de passivos contingentes
Natureza da informação: típica de controle
D 7.1.2.x.x.xx.xx Atos Potenciais Passivos
C 8.1.2.x.x.xx.xx Execução de Atos Potenciais Passivos
Registro de ativos contingentes
Natureza da informação: típica de controle
CONTABILIDADE PÚBLICA – LANÇAMENTOS TÍPICOS DO SETOR PÚBLICO (PARTE IV) 5
D 7.1.1.x.x.xx.xx Atos Potenciais Ativos
C 8.1.1.x.x.xx.xx Execução de Atos Potenciais Ativos
CONTABILIDADE 
PÚBLICA 
CONSOLIDAÇÃO DAS 
CONTAS
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – CONSOLIDAÇÃO DAS 
CONTAS
1. CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS
A LRF estabeleceu a exigência de realização da consolidação nacional das contas públicas.
Essa competência é exercida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) por meio da publica-
ção anual do Balanço do Setor Público Nacional (BSPN), congregando as contas da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios.
De acordo com o art. 51 da LRF, o Poder Executivo da União promoverá, até o dia 30 de junho, 
a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao 
exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público.
Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguin-
tes prazos:
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril
II - Estados, até trinta e um de maio.
Para melhor visualização, segue apresentação de balanço patrimonial consolidado:
CONTABILIDADE PÚBLICA – CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS 3
4
CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Consolidação das demonstrações contábeis é o processo de agregação dos saldos das contas 
de mais de uma entidade, excluindo-se as transações recíprocas, de modo a disponibilizar os macro 
agregados do setor público, proporcionando uma visão global do resultado.
No setor público brasileiro, a consolidação pode ser feita no âmbito intragovernamental (em 
cada ente da Federação) ou em âmbito intergovernamental (consolidação nacional).
A fim de possibilitar a consolidação das contas públicas nos diversos níveis de governo, com a 
adequada elaboração das DCASP e do BSPN, foi criado no PCASP um mecanismo para a segregação 
dos valores das transações que serão incluídas ou excluídas na consolidação.
Este mecanismo consiste na utilização do 5º nível (Subtítulo) das classes 1, 2, 3 e 4 do PCASP 
(contas de natureza patrimonial) para identificar os saldos recíprocos, da seguinte forma:
O PCASP indica as contas obrigatórias e o nível de detalhamento mínimo a ser utilizado pelos 
entes da Federação, a fim garantir a consolidação das contas nacionais.
Para fins de elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, devem ser excluídos os 
seguintes itens, por exemplo:
a) As participações nas empresas estatais dependentes
b) As transações e saldos recíprocos entre as entidades e
c) As parcelas dos resultados do exercício, do lucro / prejuízo acumulado e do custo dos ativos 
que corresponderem a resultados ainda não realizados.
Exemplo:
Considere a situação hipotética em que duas entidades (Prefeitura e Autarquia) de um mesmo 
município iniciam o exercício com todos os saldos zerados.
Considere também as seguintes operações ocorridas no exercício X1:
a) Recebimento do FPM pela Prefeitura (R$ 10.000).
b) Compra de veículo de uma empresa privada pela Prefeitura (R$ 3.000), a prazo
c) Prestação de serviço de limpeza urbana pela autarquia à Prefeitura (R$ 1.000), a prazo.
CONTABILIDADE PÚBLICA – CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS 5
d) Publicação no Diário Oficial da União de edital de licitação da Autarquia (R$ 1.500), a prazo.
e) Consolidação no município (intragovernamental
).
a) Recebimento do FPM pela Prefeitura (R$ 10.000):
b) Compra de veículo
de uma empresa privada pela Prefeitura (R$ 3.000), a prazo:
6
c) Prestação de serviço de limpeza urbana pela autarquia à Prefeitura (R$ 1.000), a prazo:
d) Publicação no Diário Oficial da União de edital de licitação da Autarquia (R$ 1.500), a prazo:
e) Consolidação no município (intragovernamental):
CONTABILIDADE 
PÚBLICA – NBC TSP 
03 
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 03 
 PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES - DEFINIÇÃO, CARACTERÍS-
TICAS, MENSURAÇÃO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
O objetivo da norma NBC TSP 03 é:
ͫ	 definir provisões, ativos e passivos contingentes e
ͫ	 identificar as circunstâncias	nas	quais	as	provisões	devam	ser	reconhecidas, bem como 
sua forma de mensuração e evidenciação.
A norma também exige que certas informações acerca dos ativos e passivos contingentes 
sejam divulgadas em notas explicativas às demonstrações contábeis, de modo a possibilitar 
que os usuários entendam sua natureza, valores e vencimento.
Essa norma se aplica a provisões	para	reestruturação (incluindo a descontinuidade de opera-
ções). Em alguns casos, a reestruturação pode se encaixar na definição de operação descon-
tinuada, quando então deve observar a norma específica referente ao assunto.
Provisões são passivos	de	prazo	ou	valor	incerto. O termo provisão não deve remeter a ele-
mentos do ativo, como ajuste para perdas de recebíveis, por exemplo. As provisões podem ser 
diferenciadas de outros passivos como contas a pagar e passivos derivados	de	apropriações	
por	competência	(accruals)	devido	à	incerteza	acerca	do	prazo	ou	do	valor	do	desembolso	
futuro	necessário	para	a	sua	liquidação.
De modo geral, todas	as	provisões	são	contingentes porque guardam incertezas quanto ao 
seu prazo ou valor. Contudo, para fins desta norma, o termo contingente é usado para	ativos	
e	passivos	que	não	são	reconhecidos porque sua existência será confirmada somente pela 
ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos e não totalmente sob o controle 
da entidade.
Ademais, o termo passivo	contingente é utilizado para passivos que	não	atendam	aos	critérios	
de	reconhecimento.
RECONHECIMENTO
A provisão deve ser reconhecida quando:
ͫ	 a entidade tiver obrigação	presente (formalizada ou não) decorrente de evento	passado;
ͫ	 for provável	que seja necessária a saída de recursos que incorporam benefícios econôm-
icos ou potencial de serviços para que a obrigação seja liquidada; e
ͫ	 puder ser realizada uma estimativa	confiável	acerca do valor da obrigação.
Se essas condições não forem atendidas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
São reconhecidas como provisões	apenas	as	obrigações	decorrentes	de	eventos	passados	
que	existam	independentemente	das	ações	futuras	da	entidade	(ou seja, a gestão futura da 
entidade).
Exemplos de tais obrigações são multas ou custos de reparação provenientes de danos ambien-
tais, conforme imposto pela legislação à entidade do setor público.
PASSIVO CONTINGENTE
A entidade não	deve	reconhecer	passivos	contingentes.
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 03 3
O passivo contingente deve ser evidenciado, a menos que seja remota a possibilidade de saída 
de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços.
RESUMO
ATIVO CONTINGENTE
A entidade não	deve	reconhecer	ativos	contingentes.
Ativos contingentes usualmente decorrem de eventos não planejados ou inesperados que:
ͫ	 não estejam totalmente sob controle da entidade e
ͫ	 que dão origem a possibilidade da entrada de recursos econômicos ou potencial de 
serviços para a entidade. Um exemplo corresponde a uma reivindicação da entidade por 
meio de processos legais, em que o resultado é incerto.
Ativos contingentes não devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma vez que 
podem resultar no reconhecimento de receitas que nunca virão a ser realizadas. Entretanto, 
quando a realização da receita é virtualmente certa, o ativo não é mais ativo contingente e 
seu reconhecimento é adequado.
O ativo contingente deve ser evidenciado, quando	a	entrada	de	recursos	que	incorporam	
benefícios	econômicos	ou	potencial	de	serviços	for	provável.
MENSURAÇÃO
O valor reconhecido como provisão deve corresponder à melhor	estimativa	de	desembolso 
necessário para liquidar a obrigação presente na data das demonstrações contábeis.
A melhor estimativa do desembolso necessário para a liquidação da obrigação presente cor-
responde	ao	valor	que	a	entidade	racionalmente	pagaria	para,	na	data	do	balanço,	liquidar	
a	obrigação	ou	para	transferi-la	para	um	terceiro.
As estimativas dos resultados e efeitos financeiros são determinadas pelo julgamento da 
administração da entidade, complementados pela experiência de casos similares e, em alguns 
casos, por relatórios de peritos independentes.
Incertezas acerca dos montantes a serem reconhecidos como provisões são tratadas de várias 
formas conforme as circunstâncias.
Quando a provisão mensurada envolve grande população de itens, a obrigação deve ser esti-
mada ponderando-se	todos	os	possíveis	resultados.	Esse	método	estatístico	corresponde	
ao	“valor	esperado”.
4
ͫ	 Exemplo:
	» Um laboratório médico do governo fornece equipamentos de ultrassom para centros 
médicos e hospitais, públicos e privados, com base na recuperação total dos custos.
	» O equipamento é fornecido com a garantia segundo a qual os centros médicos e 
hospitais são cobertos pelos custos dos reparos de quaisquer defeitos que surjam 
nos primeiros seis meses após a aquisição dos aparelhos.
	» Se pequenos defeitos forem identificados em todos os equipamentos fornecidos, 
os custos de reparo seriam de $ 1 milhão.
	» Se grandes defeitos forem identificados em todos os equipamentos fornecidos, os 
custos de reparos seriam de $ 4 milhões.
	» A experiência passada do laboratório e as expectativas futuras indicam que, para o 
próximo ano, 75% dos equipamentos não apresentarão defeitos, 20% apresentarão 
pequenos defeitos e 5% dos equipamentos apresentarão grandes defeitos.
	» O laboratório avalia a probabilidade de desembolso para as operações como um 
todo.
	» O valor esperado para o custo de reparos é de:
	» (75% de 0%) + (20% de $ 1 milhão) + (5% de $ 4 milhões) = $	400.000
VALOR PRESENTE
Quando o efeito do tempo no dinheiro for material, o valor da provisão deve	corresponder	ao	
valor	presente	dos	desembolsos	que	se	espera	que	sejam	exigidos	para	liquidar	a	obrigação.
Em virtude do valor do dinheiro no tempo, provisões cuja estimativa de liquidação seja pró-
xima na data do balanço são mais onerosas que provisões de igual valor, porém com expectativa 
de vencimento mais longo. Em função disso, as provisões devem ser descontadas quando o efeito 
for material.
Quando a provisão for descontada por um período, seu valor presente aumentará a cada ano 
conforme se aproxime da data de liquidação esperada.
A taxa	de	desconto deve corresponder à taxa	que	reflita	as	atuais	avaliações	de	mercado	
quanto	ao	valor	do	dinheiro	no	tempo	e	aos	riscos	específicos	para	o	passivo.
MUDANÇA NA PROVISÃO
Provisões devem	ser	revisadas	na	data	das	demonstrações	contábeis	e	ajustadas	para	refletir	
a	melhor	estimativa	no	momento.
Se não for mais provável que a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou 
potencial de serviços seja exigida para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida.
Quando o desconto a valor presente for utilizado, o valor contábil da provisão aumenta a 
cada período para refletir o transcurso do tempo. Esse aumento deve ser reconhecido como 
despesa financeira.
PERDA OPERACIONAL FUTURA
Provisões não	devem	ser	reconhecidas	para	perdas	decorrentes	de	atividades	operacionais	
futuras.
Perdas decorrentes de operações futuras não	atendem	à	definição	de	passivos nem ao critério 
geral para reconhecimento de provisões.
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 03 5
CONTRATO ONEROSO
Se a entidade possui	contrato	que	é	oneroso, a obrigação presente (líquida de recuperações 
/ reembolsos) desse contrato deve ser reconhecida e mensurada como provisão.
Contrato oneroso é definido por esta norma como aquele em que existem custos	inevitáveis	
para	o	cumprimento	de	obrigações, excedendo os benefícios econômicos ou potencial de 
serviços a serem recebidos no curso da execução do contrato
REESTRUTURAÇÃO
São exemplos de eventos que podem se enquadrar na definição de reestruturação:
ͫ	 o fim de uma atividade ou serviço;
ͫ	 o fechamento de sucursal ou o encerramento das atividades de agência governamental 
em lugar ou região específico, ou a realocação de atividades de uma região para outra;
ͫ	 alterações na estrutura de gestão, como, por exemplo, a eliminação de nível de gerência;
ͫ	 reorganizações fundamentais que tenham efeito material na natureza e no foco das 
operações da entidade.
A provisão para custos de reestruturação deve ser reconhecida apenas quando os critérios 
gerais de reconhecimento de provisões forem atendidos.
A obrigação não formalizada para reestruturação surge apenas quando a entidade:
ͫ	 tiver um plano formal detalhado para a reestruturação, identificando pelo menos:
	» o negócio ou parte do negócio em questão;
	» os principais locais afetados;
	» o local, as funções e o número aproximado de empregados que serão incentivados 
financeiramente a se demitir;
	» os desembolsos que serão efetuados e
	» quando o plano será implantado.
ͫ	 tiver criado expectativa válida naqueles que serão afetados pela reestruturação, seja ao 
começar a implantação desse plano ou ao anunciar as suas principais características para 
aqueles afetados pela reestruturação.
CONTABILIDADE 
PÚBLICA – NBC TSP 07 
– ATIVO IMOBILIZADO 
- DEFINIÇÃO, 
CARACTERÍSTICAS, 
MENSURAÇÃO E FORMA 
DE CONTABILIZAÇÃO
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 07 – ATIVO 
IMOBILIZADO - DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS, 
MENSURAÇÃO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO
NBC TSP 27 – ATIVO IMOBILIZADO
O objetivo dessa norma é estabelecer o tratamento contábil para ativos imobilizados, de 
forma que os usuários das demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre o 
investimento da entidade em seus ativos imobilizados, bem como suas variações.
A entidade que elabora e apresenta demonstrações contábeis, de acordo com o regime de 
competência, deve aplicar essa norma na contabilização do ativo imobilizado, exceto:
ͫ	 quando um tratamento contábil diferente foi adotado de acordo com outra NBC TSP e
ͫ	 quanto a itens do patrimônio cultural.
Essa norma se aplica às entidades do setor público, conforme o alcance definido na NBC TSP 
Estrutura Conceitual.
Ela se aplica ao ativo imobilizado, incluindo:
ͫ	 equipamento militar especializado;
ͫ	 ativos de infraestrutura e
ͫ	 ativos de contrato de concessão após o reconhecimento inicial e mensuração de acordo 
com NBC TSP 05 – Contratos de Concessão de Serviços Públicos: Concedente.
Ela não se aplica a:
ͫ	 ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola ou
ͫ	 direitos de exploração mineral e reservas minerais, tais como petróleo, gás natural e 
recursos não renováveis semelhantes.
Contudo, essa norma se	aplica	aos	ativos	imobilizados	utilizados	para	desenvolver	ou	manter	
os	ativos	descritos	neste	item.
Essa norma não estabelece qual é a unidade para o reconhecimento, ou seja, aquilo que cons-
titui um item do imobilizado. Assim, é necessário exercer julgamento ao aplicar os critérios de 
reconhecimento às circunstâncias específicas da entidade.
De acordo com a norma, o ativo imobilizado é o item tangível que:
ͫ	 é mantido para o uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para aluguel 
a terceiros (exceto se estiver no alcance da NBC TSP 06), ou para fins administrativos e
ͫ	 se espera utilizar por mais	de	um	período	contábil.
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 07 – ATIVO IMOBILIZADO - DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS, MENSURAÇÃO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO 3
Itens como peças de reposição, equipamentos sobressalentes e equipamentos de manutenção 
devem ser reconhecidos quando atenderem à definição de ativo imobilizado. Caso contrário, 
devem ser classificados como estoque.
São exemplos de classes de ativos imobilizados:
ͫ	 terrenos;
ͫ	 edifícios operacionais;
ͫ	 estradas;
ͫ	 maquinários;
ͫ	 redes de transmissão de energia elétrica;
ͫ	 navios;
ͫ	 aeronaves;
ͫ	 equipamentos militares especiais;
ͫ	 veículos motorizados;
ͫ	 móveis e utensílios;
ͫ	 equipamentos de escritório e
ͫ	 plataformas de petróleo.
ATIVO DE INFRAESTRUTURA E PATRIMÔNIO CULTURAL
Alguns ativos são geralmente descritos como ativos de infraestrutura. Mesmo que não exista 
definição universalmente aceita de ativos de infraestrutura, esses ativos geralmente apresentam 
algumas ou todas as características a seguir:
ͫ	 são parte de um sistema ou de uma rede;
ͫ	 são especializados por natureza e não possuem usos alternativos;
ͫ	 não podem ser removidos e
ͫ	 podem estar sujeitos a restrições na alienação.
A norma não exige que a entidade reconheça o patrimônio cultural que, de outra forma, se 
enquadraria na definição e nos critérios de reconhecimento de ativo imobilizado.
Entidades do setor público podem possuir expressivos valores em itens do patrimônio cultural, 
que foram sendo adquiridos ao longo de muitos anos e por vários meios, incluindo compra, 
doação, legado e desapropriação.
Esses itens são raramente mantidos pela sua capacidade de gerar fluxos de caixa, podendo 
haver obstáculos legais ou sociais para utilizá-los em tais propósitos.
Se a entidade o reconhece, deve aplicar as exigências de divulgação dessa norma e pode, mas 
não é obrigada, aplicar as exigências de mensuração desta norma.
CUSTO DO IMOBILIZADO
O custo de um item do imobilizado só será reconhecido com um ativo se:
4
ͫ	 for provável	que benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços associados ao 
item fluirão para a entidade e
ͫ	 o custo	ou	o	valor	justo do item puder ser mensurado confiavelmente.
A entidade deve avaliar, segundo esse critério de reconhecimento, todos os custos dos ativos 
imobilizados no momento em que são incorridos.
Esses custos incluem custos incorridos inicialmente	para	adquirir	ou	construir	um	item do 
ativo imobilizado e custos incorridos posteriormente para adicionar,	substituir	suas	partes	
ou	prestar	manutenção	a	ele.
IMPORTANTE:
Os ativos imobilizados estão sujeitos à depreciação no decorrer da sua vida útil e às perdas por redução ao valor 
recuperável.
A entidade não	deve	reconhecer	no	valor	contábil	de	item	do	ativo	imobilizado	os	gastos	de	
manutenção	usual.
Pelo contrário, esses	gastos	devem	ser	reconhecidos	no	resultado	do	período	assim	que	
incorridos.
Gastos com manutenção usual são principalmente gastos de mão de obra e produtos consumí-
veis e podem incluir os gastos de pequenas peças. A finalidade desses gastos é, muitas vezes, 
descrita como sendo para “reparos e manutenção” de item do ativo imobilizado.
Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer substituição em intervalos regula-
res. Por exemplo, uma estrada pode necessitar de recapeamento regularmente; um aquecedor 
pode requerer novos revestimentos após um número específico de horas de uso, ou os interio-
res de aeronaves, tais como assentos e cozinhas, podem requerer substituição, algumas vezes, 
ao longo da vida útil da aeronave. Itens do ativo imobilizado podem, também, ser requeridos a 
fazer, com menor frequência, substituições recorrentes, como substituir as divisórias interiores 
de edifício, ou a fazer substituições não recorrentes.
Nesse sentido, a entidade deve reconhecer, no valor contábil de item do ativo imobilizado, o 
custo da parte substituída de tal item, quando o custo é incorrido e se o critério de reconhe-
cimento for satisfeito. O valor contábil de tais partes substituídas deve ser desreconhecido de 
acordo com as disposições dessa norma.
MENSURAÇÃO
O item do imobilizado que atenda aos critérios para reconhecimento como ativo deve ser 
mensurado	pelo	seu	custo.
Quando o ativo é adquirido por meio de transação	sem	contraprestação, seu custo deve ser 
mensurado pelo valor	justo	na	data	da	aquisição.
Exemplos: terrenos doados ao governo ou por valor irrisório bem como adquirido pelo exer-
cício do poder de confisco.
ELEMENTOS DO CUSTO
O custo de item do ativo imobilizado compreende:
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 07 – ATIVO IMOBILIZADO - DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS, MENSURAÇÃO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO 5
ͫ	 seu preço	de	compra, acrescido de impostos de importação e tributos não recuperáveis 
sobre a compra, após deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;
ͫ	 quaisquer custos	diretamente	atribuíveis para colocar o ativo no local e condições 
necessárias para ele ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;
ͫ	 a estimativa inicial dos custos de desmontagem	e	remoção	do	item	e	de	restauração do 
local no qual esse está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade 
incorre quando o item é adquirido, ou como consequência de utilizá-lo durante determi-
nado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.
São exemplos de custos diretamente atribuíveis:
ͫ	 custos de benefícios a empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição 
de item do ativo imobilizado;
ͫ	 custos de preparação do local;
ͫ	 custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
ͫ	 custos de instalação e montagem;
ͫ	 custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução 
das receitas líquidas decorrentes da venda de qualquer item produzido enquanto se 
coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o 
equipamento) e
ͫ	 honorários profissionais.
Exemplo:
Preço	do	imobilizado: R$	100.000,00
(+) Gastos com frete R$ 1.000,00
(+) Gastos com montagem e instalação R$ 4.000,00
=	Custo	de	aquisição R$	105.000,00
São exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo imobilizado:
ͫ	 gastos de abertura de nova instalação;
ͫ	 gastos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e 
atividades promocionais);
ͫ	 gastos de transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes 
(incluindo custos de treinamento) e
ͫ	 despesas administrativas e outros gastos indiretos.
O custo de item do ativo imobilizado é	o	seu	preço	à	vista ou, para item adquirido por meio 
de transação sem contraprestação o seu valor justo na data do reconhecimento.
Se o prazo de pagamento excede os prazos normais de crédito, a diferença entre o preço 
equivalente à vista e o total dos pagamentos deve	ser	reconhecida	como	despesa	de	juros	
durante	o	prazo	de	financiamento, a menos que tais juros sejam passíveis de capitalização.
6
DEPRECIAÇÃO
A depreciação do período deve ser normalmente	reconhecida	no	resultado	do	período. Entre-
tanto, por vezes os benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços incorporados no 
ativo são absorvidos para a produção de outros ativos.
Nesses casos, a depreciação faz	parte	do	custo	de	outro	ativo, devendo ser incluída no seu 
valor contábil. Por exemplo, a depreciação de máquinas e equipamentos de produção deve 
ser incluída nos custos de produção de estoque (ver a NBC TSP 04).
Cada componente de item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo 
total do item deve ser depreciado separadamente.
A entidade deve alocar o valor inicialmente reconhecido	de	item	do	ativo	imobilizado	aos	
componentes	significativos	desse	item	e	os	depreciar	separadamente. Por exemplo, na maio-
ria dos casos, deve ser depreciada separadamente a pavimentação, estruturas, meios-fios e 
canais, calçadas, pontes e iluminação do sistema de rodovias.
De forma similar, pode ser apropriado depreciar separadamente a estrutura da aeronave e os 
seus motores, sejam próprios ou sujeitos a arrendamento mercantil financeiro.
VALOR DEPRECIÁVEL E PERÍODO DE DEPRECIAÇÃO
O valor depreciável do ativo deve ser alocado de forma sistemática ao longo da sua vida útil 
estimada.
O valor residual e a vida útil do ativo devem ser revisados pelo menos ao final de cada exercício 
e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como 
mudança de estimativa contábil.
A depreciação deve ser reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor 
contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil.
O reparo e a manutenção de ativo não	afastam	a	necessidade	de	depreciá-lo. Inversamente, 
alguns ativos podem sofrer manutenções precárias ou a manutenção pode ser diferida indefinida-
mente por motivos de restrições orçamentárias.
Quando as políticas de administração de ativos exageram no uso do ativo, sua vida útil deve 
ser reavaliada e devidamente ajustada.
O valor depreciável do ativo deve ser determinado após a dedução de seu valor residual. Na 
prática, o valor residual do ativo frequentemente não é significativo e, por isso, imaterial para o 
cálculo do valor depreciável.
O valor residual do ativo pode aumentar até o montante igual ou superior ao seu valor con-
tábil. Se isso ocorrer, a taxa de depreciação do ativo é zero, a menos e até que seu valor residual 
subsequente diminua a um montante abaixo do valor contábil do ativo.
A depreciação do ativo se inicia quando ele está disponível para uso, ou seja, quando está no 
local e em condição de funcionamento, na forma pretendida pela administração. A depreciação do 
ativo cessa quando o ativo é “desreconhecido”.
Terrenos e edificações são ativos separáveis e são contabilizados separadamente, mesmo 
quando são adquiridos conjuntamente. Com algumas exceções, como os locais de extração de 
rochas ou minerais (pedreiras) e os locais utilizados como aterro, os terrenos têm vida útil ilimitada 
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 07 – ATIVO IMOBILIZADO - DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS, MENSURAÇÃO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO 7
e, portanto, não devem ser depreciados. As edificações têm vida útil limitada e, por isso, são ativos 
depreciáveis.
MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO
Terrenos e edificações são ativos separáveis e são contabilizados separadamente, mesmo 
quando são adquiridos conjuntamente. Com algumas exceções, como os locais de extração 
de rochas ou minerais (pedreiras) e os locais utilizados como aterro, os terrenos têm vida útil 
ilimitada e, portanto, não devem ser depreciados. As edificações têm vida útil limitada e, por 
isso, são ativos depreciáveis.
O método de depreciação deve refletir o padrão esperado no qual os benefícios econômicos 
futuros ou potencial de serviços do ativo são consumidos pela entidade.
O método de depreciação aplicado ao ativo deve ser revisado pelo menos ao final de cada 
exercício e, se houver alteração significativa no padrão esperado de consumo dos benefícios 
econômicos futuros ou potencial de serviços incorporados no ativo, o método de depreciação 
deve ser alterado para refletir essa mudança. Tal mudança deve ser registrada como mudança 
na estimativa contábil.
Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para alocar, de forma sistemática, o 
valor depreciável do ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método	linear, o 
método dos saldos	decrescentes e o método de unidades	produzidas.
DESRECONHECIMENTO
O valor contábil de item do ativo imobilizado deve ser “desreconhecido”:
ͫ	 por ocasião de sua alienação ou
ͫ	 quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços 
com a sua utilização ou alienação.
Os ganhos ou as perdas decorrentes do “desreconhecimento” de item do ativo imobilizado 
devem ser reconhecidos no resultado do período quando do “desreconhecimento”.
Exemplo:
Em 31/12/2017 determinada entidade adquiriu uma máquina pelo valor de R$ 160.000,00, à 
vista, com vida útil econômica estimada de 5 anos.
Em 31/12/2019, após utilizar a máquina por 2 anos, a empresa decidiu vender essa máquina 
por R$ 120.000,00, à vista.
Considerando que a máquina foi depreciada por 2 anos, temos:
ͫ	 Depreciação ano: 160.000,00 / 5 = 32.000 ,00
ͫ	 Depreciação 2 anos: 64.000,00
ͫ	 Valor contábil: 96.000,00
ͫ	 Valor da venda: 120.000,00
ͫ	 Ganho	de	capital	pela	venda:	24.000,00	(120.000,00	–	96.000,00)
CONTABILIDADE PÚBLICA 
– NBC TSP 08 – ATIVO 
INTANGÍVEL - DEFINIÇÃO, 
CARACTERÍSTICAS, 
MENSURAÇÃO E FORMA 
DE CONTABILIZAÇÃO
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 08 – ATIVO 
INTANGÍVEL - DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS, 
MENSURAÇÃO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
O objetivo desta norma é estabelecer o tratamento contábil dos ativos intangíveis que não são 
abrangidos especificamente em outra norma. Esta norma exige que a entidade reconheça o 
ativo intangível se, e somente se, os critérios especificados forem atendidos.
A norma também especifica como mensurar o valor contábil dos ativos intangíveis, exigindo 
divulgações específicas sobre esses ativos.
De acordo com a norma, ativo intangível é o ativo não monetário identificável sem forma física.
O ativo é identificável se:
(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, 
alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, 
independentemente da intenção de uso pela entidade; ou
(b) resultar de acordos vinculantes (incluindo direitos contratuais ou outros direitos legais), 
independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros 
direitos e obrigações.
Para os propósitos desta norma, acordos vinculantes referem-se a acordos que conferem 
direitos e obrigações similares entre as partes como se equivalessem a um contrato.
Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem forma física, como 
disco (como no caso de software), documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou 
em um filme.
Ao determinar se o ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como 
ativo imobilizado, de acordo com a NBC TSP 07 – Ativo Imobilizado, ou como ativo intangível 
nos termos desta norma, a entidade deve avaliar qual elemento é mais significativo.
Por exemplo, software de máquina-ferramenta controlada por computador, que não funciona 
sem esse software específico, é parte integrante do referido equipamento, devendo ser 
tratado como ativo imobilizado.
Ele se aplica ao sistema operacional de computador. Quando o software não é parte integrante 
do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível.
São exemplos de classes de ativos intangíveis:
(a) marcas;
(b) títulos de publicação;
(c) softwares para computador;
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 08 – ATIVO INTANGÍVEL - DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS, MENSURAÇÃO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO 3
(d) licenças;
(e) direitos autorais, patentes e outros direitos de propriedade industrial, de serviços e 
operacionais;
(f) receitas, fórmulas, modelos, projetos e protótipos; e
(g) ativos intangíveis em desenvolvimento.
CONTROLE DO ATIVO
 » A entidade controla o ativo quando detém o poder de obter benefícios econômicos 
futuros ou potencial de serviços gerados pelo recurso subjacente e de restringir o 
acesso de terceiros a esses benefícios ou potencial de serviços.
 » Normalmente, a capacidade da entidade de controlar os benefícios econômicos 
futuros ou potencial de serviços de um ativo intangível advém de direitos legais 
que possam ser exercidos.
 » A ausência de direitos legais dificulta a comprovação do controle. No entanto, a 
imposição legal do direito não é uma condição imprescindível para o controle, visto 
que a entidade pode controlar benefícios econômicos futuros ou potencial de ser-
viços de outra forma.
 » Conhecimento científico ou técnico podem gerar benefícios econômicos futuros ou 
potencial de serviços. A entidade controla esses benefícios ou potencial de serviços 
se, por exemplo, o conhecimento for protegido por direitos legais, tais como direi-
tos autorais, a limitação de acordo comercial (se permitida), ou por dever legal dos 
empregados de manterem confidencialidade.
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS FUTUROS OU POTENCIAL DE SERVIÇOS
Os benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços gerados por ativo intangível podem 
incluir a receita da venda de produtos ou serviços, redução de custos ou outros benefícios 
resultantes do uso do ativo pela entidade.
Por exemplo, o uso da propriedade intelectual no processo de produção de bens ou de presta-
ção de serviços pode reduzir os custos de produção ou serviços futuros ou melhorar o serviço 
de entrega em vez de aumentar as receitas futuras.
Esse é o caso do sistema on-line, que permite aos cidadãos renovarem suas carteiras de 
habilitação mais rapidamente, resultando na redução de pessoal para executar essa função 
enquanto for aumentando a velocidade de processamento.
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
O reconhecimento de item como ativo intangível exige que a entidade demonstre que ele 
atende:
a definição de ativo intangível; e
(b) os critérios de reconhecimento
O ativo intangível deve ser reconhecido se, e somente se:
4
for provável que os benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços esperados atri-
buíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e
(b) o custo ou o valor justo do ativo puder ser mensurado confiavelmente.
A entidade deve avaliar a probabilidade dos benefícios econômicos futuros ou o potencial de 
serviços esperados, utilizando premissas razoáveis e comprováveis que representem a melhor 
estimativa da administração em relação ao conjunto de condições econômicas que existirão 
durante a vida útil do ativo.
O ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo. Quando o ativo intangível é 
adquirido por meio de transação sem contraprestação, seu custo inicial na data da aquisição 
deve ser mensurado pelo valor justo.
AQUISIÇÃO SEPARADA
O custo de ativo intangível adquirido em separado inclui:
seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e tributos não recuperáveis sobre 
a compra, após deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.
São exemplos de custos diretamente atribuíveis:
custos de benefícios a empregados incorridos diretamente para que o ativo fique em condi-
ções operacionais;
honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições ope-
racionais; e
(c) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente.
São exemplos de gastos que não fazem parte do custo do ativo intangível:
gastos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades 
promocionais);
gastos na transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes 
(incluindo gastos de treinamento); e
(c) despesas administrativas e outros gastos indiretos.
ADQUIRIDO POR MEIO DE TRANSAÇÃO SEM CONTRAPRESTAÇÃO
Em alguns casos, o ativo intangível pode ser adquirido por meio de transação sem contrapres-
tação. Isso pode ocorrer quando uma entidade do setor público transfere o ativo intangível 
a outra entidade em transação sem contraprestação, como direito de aterrissagem em aero-
porto; licenças para operação de estações de rádio ou de televisão; licenças de importação; 
ou quotas ou direitos de acesso a outros recursos restritos.
O cidadão, por exemplo, ganhador do Prêmio Nobel pode ceder suas obras pessoais, incluindo 
os direitos autorais de suas publicações, ao arquivo nacional (entidade do setor público) em 
transação sem contraprestação.
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 08 – ATIVO INTANGÍVEL - DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS, MENSURAÇÃO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO 5
Nessas circunstâncias, o custo do item é o seu valor justo na data em que é adquirido. Para 
fins desta norma, a mensuração no reconhecimento de ativo intangível adquirido por meio de 
transação sem contraprestação pelo valor justo, não constitui uma reavaliação.
ADQUIRIDO POR MEIO DE PERMUTA
Ativos intangíveis podem ser adquiridos por meio de permuta por um ou mais ativos não 
monetários, ou pela combinação de ativos monetários e não monetários.
O custo de tal
ativo intangível deve ser mensurado pelo valor justo, a não ser que o valor justo 
do ativo recebido e do ativo cedido não possa ser mensurado confiavelmente.
O ativo adquirido deve ser mensurado dessa forma, mesmo que a entidade não consiga “des-
reconhecer” imediatamente o ativo cedido.
Se o ativo adquirido não for mensurável ao valor justo, seu custo deve ser mensurado pelo 
valor contábil do ativo cedido.
ATIVO INTANGÍVEL GERADO INTERNAMENTE
Para avaliar se o ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de reconhecimento, 
a entidade deve classificar a geração do ativo em:
fase de pesquisa; e
(b) fase de desenvolvimento.
Embora os termos “pesquisa” e “desenvolvimento” estejam definidos, as expressões “fase 
de pesquisa” e “fase de desenvolvimento” tenham um significado mais amplo para efeitos 
desta norma.
Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento de 
projeto interno de geração de ativo intangível, o gasto com o projeto deve ser tratado como 
incorrido apenas na fase de pesquisa.
PESQUISA
Investigação original e planejada para a obtenção de novo conhecimento científico ou técnico.
Nenhum intangível resultante da fase de pesquisa poderá ser reconhecido, pois nessa fase 
não há como demonstrar que existe um ativo intangível que gerará prováveis benefícios eco-
nômicos futuros.
Nesse sentido, os gastos deverão ser reconhecidos como despesa quando incorridos.
DESENVOLVIMENTO
Aplicação de resultados de pesquisas e de outros conhecimentos para o planejamento ou 
design de novos materiais, produtos, processos e sistemas.
Um ativo intangível deverá ser reconhecido se, e somente se, uma entidade puder atender a 
todos os itens abaixo:
- O término do desenvolvimento é viável;
- Intenção de completar o ativo intangível para o seu uso ou venda;
6
- Habilidade para vender ou utilizar o ativo intangível;
- Demonstrar como o ativo intangível gerará benefícios econômicos futuros;
- Os recursos técnicos, financeiros e outros estão disponíveis;
- Habilidade de mensuração dos gastos diretamente atribuíveis ao ativo intangível.
IMPORTANTE:
Ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura gerado internamente não deve ser reconhecido como 
ativo.
RECONHECIMENTO POSTERIOR
Após o reconhecimento inicial, o ativo intangível deve ser apresentado pelo custo, menos 
qualquer amortização e perda por redução ao valor recuperável acumuladas.
VIDA ÚTIL
A entidade deve avaliar se a vida útil do ativo intangível é definida ou indefinida e, no primeiro 
caso, a duração ou o volume de produção ou unidades similares que formam essa vida útil.
A entidade deve atribuir vida útil indefinida ao ativo intangível quando, com base na análise de 
todos os fatores relevantes, não existe limite previsível para o período durante o qual o ativo 
vai gerar fluxos de caixa líquidos positivos, ou fornecer potencial de serviços, para a entidade.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. O ativo intangível com vida 
útil definida deve ser amortizado e o ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser 
amortizado.
A vida útil do ativo intangível resultante de acordos vinculantes (incluindo direitos contratuais 
ou outros direitos legais) não deve exceder a vigência desses direitos, mas pode ser menor, 
dependendo do período durante o qual a entidade espera utilizar o ativo.
Caso esses acordos vinculantes sejam outorgados por prazo limitado renovável, a vida útil do 
ativo intangível só deve incluir o prazo de renovação se existirem evidências que suportem 
a renovação pela entidade sem custo significativo.
AMORTIZAÇÃO
O valor amortizável do ativo intangível com vida útil definida deve ser alocado de forma sis-
temática ao longo da sua vida útil.
A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para 
uso, ou seja, quando se encontrar no local e condições necessárias para que possa funcionar 
da maneira pretendida pela administração.
A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda 
(ou incluído no grupo de ativos classificado como mantido para venda) ou na data em que 
ele é “desreconhecido”, o que ocorrer primeiro.
O método de amortização utilizado deve refletir o padrão de consumo previsto pela entidade 
dos benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços.
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 08 – ATIVO INTANGÍVEL - DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS, MENSURAÇÃO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO 7
Se não for possível determinar confiavelmente esse padrão, deve ser utilizado o método linear.
O encargo de amortização para cada período deve ser reconhecido no resultado do período, 
a não ser que esta ou outra NBC TSP permita ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro 
ativo.
Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de forma sistemática o 
valor amortizável do ativo ao longo da sua vida útil.
Tais métodos incluem o método linear, o método dos saldos decrescentes e o método de 
unidades produzidas.
A seleção do método deve obedecer ao padrão de consumo dos benefícios econômicos futuros 
ou potencial de serviços esperados incorporados ao ativo e aplicados consistentemente entre 
períodos, a não ser que exista alteração nesse padrão.
Há premissa refutável de que o método de amortização baseado na receita gerada pela ativi-
dade, que inclui o uso de ativo intangível, não é apropriado.
A receita gerada pela atividade que inclui o uso de ativo intangível deve refletir fatores típicos 
que não estão diretamente associados ao consumo dos benefícios econômicos ou potencial 
de serviços incorporados no ativo intangível
VALOR RESIDUAL
O valor amortizável de ativo com vida útil definida deve ser determinado após a dedução de 
seu valor residual.
A estimativa do valor residual do ativo baseia-se no valor recuperável pela alienação, utilizando 
os preços em vigor na data da estimativa para a venda de ativo similar que tenha atingido o 
final de sua vida útil e que tenha sido operado em condições semelhantes àquelas em que o 
ativo é utilizado.
O valor residual deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício. A alteração no valor 
residual deve ser contabilizada como mudança na estimativa contábil.
O valor residual diferente de zero implica que a entidade pretende alienar o ativo intangível 
antes do final de sua vida econômica.
Deve-se presumir que o valor residual de ativo intangível com vida útil definida é zero, a não 
ser que:
haja compromisso de terceiros para comprar o ativo ao final da sua vida útil; ou
(b) exista mercado ativo para ele e:
(i) o valor residual possa ser determinado em relação a esse mercado; e
(ii) seja provável que esse mercado continuará a existir ao final da vida útil do ativo.
O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil definida devem ser 
revisados pelo menos ao final de cada exercício. Caso a vida útil prevista do ativo seja diferente 
de estimativas anteriores, o prazo de amortização deve ser devidamente alterado. Se houver 
alteração no padrão de consumo previsto dos benefícios econômicos futuros ou potencial 
8
de serviços atrelados ao ativo, o método de amortização deve ser alterado para refletir essa 
mudança. Tais mudanças devem ser registradas como mudanças nas estimativas contábeis.
ATIVO INTANGÍVEL COM VIDA ÚTIL INDEFINIDA
De acordo com a NBC TSP 09 e a NBC TSP 10, a entidade deve testar a perda de valor dos ativos 
intangíveis com vida útil indefinida, ou aqueles ainda não disponíveis para o uso, comparando 
o valor recuperável de seus serviços ou seu valor recuperável, o que for apropriado, com o 
seu valor contábil:
anualmente; e
(b) sempre que existir indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor.
A vida útil de ativo intangível que não é amortizado deve ser revisada a cada exercício, para 
determinar se eventos e circunstâncias continuam a fundamentar a avaliação de vida útil 
indefinida.
Caso contrário, a mudança na avaliação
de vida útil de indefinida para definida deve ser con-
tabilizada como mudança de estimativa contábil.
BAIXA E ALIENAÇÃO
O ativo intangível deve ser “desreconhecido”:
(a) por ocasião de sua alienação (incluindo a alienação por meio de transação sem contrapres-
tação); ou
(b) quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços com 
a sua utilização ou alienação.
Os ganhos ou as perdas decorrentes do “desreconhecimento” de ativo intangível devem ser 
determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil 
do ativo.
Esses ganhos ou perdas devem ser reconhecidos no resultado do período quando o ativo é 
“desreconhecido”, exceto se outra norma dispuser em contrário.
CONTABILIDADE 
PÚBLICA – NBC TSP 
09 E 10
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 09 E 10 – 
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVO NÃO GERADOR 
DE CAIXA E ATIVO GERADOR DE CAIXA - DEFINIÇÃO, CARACTE-
RÍSTICAS, MENSURAÇÃO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVO NÃO GERADOR 
DE CAIXA (NBC TSP 09)
O objetivo dessa norma é estabelecer os procedimentos que a entidade deve aplicar para 
determinar se o ativo não gerador de caixa é objeto de redução ao valor recuperável e assegurar 
que as perdas por redução ao valor recuperável sejam reconhecidas.
ATIVO GERADOR DE CAIXA X ATIVO NÃO GERADOR DE CAIXA
Ativos geradores de caixa são aqueles mantidos com o objetivo principal de gerar retorno 
comercial.
Nesses casos, a entidade deve aplicar a NBC TSP 10.
O ativo gera retorno comercial quando é empregado de maneira consistente com aquela 
adotada por entidade com fins lucrativos.
Manter o ativo para gerar retorno comercial indica que a entidade pretende gerar fluxos de 
caixa positivos do ativo (ou da unidade geradora de caixa da qual o ativo é parte) e obter retorno 
comercial que reflita o risco envolvido em manter o ativo.
Em certos casos, o ativo pode gerar fluxos de caixa, embora seja mantido primariamente 
para propósitos de prestação de serviços. Por exemplo, uma usina de tratamento de lixo é operada 
para assegurar a eliminação segura do lixo hospitalar gerado por hospitais controlados pelo Estado, 
mas a usina também trata pequena quantidade de lixo hospitalar gerada por hospitais privados.
O tratamento do lixo hospitalar de hospitais privados é eventual às atividades da usina, e os 
ativos que geram fluxos de caixa não podem ser distinguidos dos ativos não geradores de caixa.
Em alguns casos, pode não estar claro se o objetivo principal de manter o ativo é o de gerar 
retorno comercial. Em tais casos, é necessário avaliar a importância dos fluxos de caixa.
Pode ser difícil determinar se o ativo é utilizado primordialmente para a geração de fluxos de 
caixa, sendo necessário julgamento da entidade para determinar qual norma deve ser aplicada.
Para fins dessa norma, o ativo mantido por entidade do setor público deve ser classificado 
como ativo gerador de caixa se o ativo (ou a unidade geradora de caixa da qual o ativo faz parte) 
é operado com o objetivo de gerar retorno comercial por meio do fornecimento de bens e / ou 
serviços para terceiros.
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL
O ativo não gerador de caixa é objeto de redução ao valor recuperável quando o seu valor 
contábil exceder o seu valor recuperável de serviço.
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 09 E 10 – 3
A entidade deve avaliar, na data das demonstrações contábeis, se há indicação de que o ativo 
possa ser objeto de redução ao valor recuperável. Se houver qualquer indicação, a entidade deve 
estimar o valor recuperável de serviço do ativo.
Ao avaliar se há alguma indicação de que o ativo possa ser objeto de redução ao valor recu-
perável, a entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes indicações:
ͫ	 Fontes externas de informação
 » cessação, ou proximidade da cessação, da demanda ou da necessidade de serviços 
fornecidos pelo ativo;
 » mudanças significativas de longo prazo com efeito adverso sobre a entidade, que 
ocorreram durante o período ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecno-
lógico, legal ou de política governamental no qual a entidade opera.
ͫ	 Fontes internas de informação
 » evidência disponível de obsolescência ou dano físico do ativo;
 » mudanças significativas de longo prazo com efeito adverso sobre a entidade, que 
ocorreram durante o período ou ocorrerão em futuro próximo, na extensão ou 
maneira em que o ativo é, ou se espera que seja utilizado;
 » decisão de interromper a construção do ativo antes da sua conclusão ou de estar 
em condição de uso e
 » evidência disponível proveniente de relatório interno que indique que o desem-
penho do serviço do ativo é, ou será, consideravelmente pior do que o esperado.
VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVO INTANGÍVEL COM VIDA ÚTIL INDEFINIDA
O ativo intangível com vida útil indefinida dever ser anualmente testado quanto à redução ao 
valor recuperável pela comparação de seu valor contábil com o seu valor recuperável de serviço, 
independentemente de haver qualquer indicação de que ele possa ser objeto de redução ao valor 
recuperável.
MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL DE SERVIÇO
A norma define o valor recuperável de serviço como o maior valor entre o valor justo líquido 
de despesas de venda do ativo e o seu valor em uso.
Nem sempre é necessário determinar o valor justo líquido de despesas de venda do ativo e 
o seu valor em uso.
Se qualquer desses valores exceder o valor contábil do ativo, o ativo não foi objeto de redução 
ao valor recuperável e não é necessário estimar o outro valor.
VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS VENDA
A melhor evidência do valor justo líquido de despesas de venda é o preço do contrato de 
compra e venda em transação sem favorecimentos, ajustado por despesas adicionais que sejam 
diretamente atribuíveis à alienação do ativo.
Se não houver contrato de compra e venda, mas o ativo for negociado em mercado ativo, o 
valor justo líquido de despesas de venda deve ser o preço de mercado do ativo menos as despesas 
de venda. O preço de mercado adequado é normalmente o preço corrente de venda.
4
Quando os preços correntes de venda não estão disponíveis, o preço da transação mais recente 
pode oferecer uma base para estimar o valor justo líquido de despesas de venda, contanto que não 
tenha havido mudança significativa nas circunstâncias econômicas entre a data da transação e a 
data na qual a estimativa é realizada.
Se não houver contrato de compra e venda ou mercado ativo, o valor justo líquido de despesas 
de venda baseia-se na melhor informação disponível para refletir o valor que a entidade poderia 
obter, na data das demonstrações contábeis, pela alienação do ativo em transação sem favoreci-
mentos entre partes conhecedoras e interessadas, após deduzir as despesas de venda.
As despesas de venda, exceto as que já tenham sido reconhecidas como passivo, devem ser 
deduzidas na determinação do valor justo líquido de despesas de venda.
Exemplos de tais despesas são as legais, as taxas e impostos, de remoção do ativo e despesas 
diretas incrementais para deixar o ativo em condição de venda.
IMPORTANTE
As despesas com demissão de empregados e ligadas à redução ou reorganização do negócio depois da aliena-
ção do ativo não são despesas incrementais diretas para alienar o ativo.
VALOR EM USO
A norma define o valor em uso de um ativo não gerador de caixa como o valor presente do 
potencial de serviços remanescente do ativo.
Valor em uso, nesta norma, refere-se ao valor em uso de ativo não gerador de caixa, a menos 
que seja especificado de outra maneira.
O valor presente do potencial de serviços remanescente do ativo deve ser determinado, usando 
qualquer uma das abordagens abaixo:
ͫ	 Custo de reposição depreciado: Deve ser mensurado como custo de reprodução ou de 
reposição do ativo, o que for menor, menos a depreciação acumulada, calculada com base 
nesse custo a fim de refletir o potencial de serviços já consumido ou expirado do ativo;
ͫ	 Custo de recuperação: é igual ao
custo corrente de repor o potencial de serviços rema-
nescente do ativo antes da redução ao valor recuperável menos o custo de recuperação 
estimado do ativo;
ͫ	 Custo das unidades de serviço: é igual ao custo corrente do potencial de serviço rema-
nescente do ativo antes da redução ao valor recuperável ajustado para refletir a diminuição 
do número de unidades de serviço esperado do ativo após ter sido objeto de redução ao 
valor recuperável.
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DA PERDA POR REDUÇÃO AO VALOR 
RECUPERÁVEL
Se, e somente se, o valor recuperável de serviço do ativo for menor do que seu valor contábil, 
o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável de serviço.
Essa redução é a perda por redução ao valor recuperável, a qual deve ser reconhecida ime-
diatamente no resultado do período.
Exemplo:
CONTABILIDADE PÚBLICA – NBC TSP 09 E 10 – 5
Seguem informações de um ativo não gerador de caixa:
Valor contábil líquido: R$ 180.000,00
Valor líquido de venda: R$ 130.000,00
Valor em uso: R$ 160.000,00
Maior valor recuperável entre valor líquido de venda e valor em uso: R$ 160.000,00
Resultado: Valor recuperável menor que o valor contábil em R$ 20.000,00
Conclusão: Será necessário reconhecer perda por redução ao valor recuperável no valor de 
R$ 20.000,00
LANÇAMENTO CONTÁBIL:
D- Perda para Redução ao Valor Recuperável (Despesa) 20.000,00
C- Ajuste para Redução ao Valor Recuperável (Redutora do Ativo) 20.000,00
IMPORTANTE
Depois do reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável, a despesa de depreciação do ativo 
deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo, menos o seu valor resi-
dual (se houver), em base sistemática sobre sua vida útil remanescente.
REVERSÃO DA PERDA POR REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL
A entidade deve avaliar em cada data das demonstrações contábeis se há alguma indicação de 
que a perda por redução ao valor recuperável reconhecida em períodos anteriores para um ativo 
possa não mais existir ou ter diminuído.
Se existir alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável de serviço desse 
ativo. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser aumentado até seu valor recuperável de 
serviço. Esse aumento é a reversão da perda por redução ao valor recuperável.
O aumento do valor contábil do ativo, atribuível à reversão da perda por redução ao valor 
recuperável não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação) 
caso nenhuma perda por redução ao valor recuperável tenha sido reconhecida para o ativo em 
períodos anteriores.
A reversão da perda por redução ao valor recuperável do ativo deve ser reconhecida imedia-
tamente no resultado do período.
Depois que a reversão da perda por redução ao valor recuperável for reconhecida, a despesa 
de depreciação para o ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil 
revisado do ativo, menos o seu valor residual (se aplicável), em base sistemática ao longo de sua 
vida útil remanescente.
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVO GERADOR DE 
CAIXA (NBC TSP 10)
O objetivo dessa norma é estabelecer os procedimentos que a entidade deve aplicar para 
determinar se o ativo gerador de caixa é objeto de redução ao valor recuperável e assegurar que 
as perdas por redução ao valor recuperável sejam reconhecidas.
6
Ela também especifica quando a entidade deve reverter tais perdas e estabelece o que deve 
ser divulgado.
As grandes diferenças dessa norma para a NBC TSP 09 consistem:
ͫ	 no conceito de valor em uso, no qual é o valor presente da estimativa dos fluxos de caixa 
futuros esperados do uso contínuo dos ativos e de sua alienação ao final de sua vida útil;
ͫ	 na inclusão do item Unidade geradora de caixa, que é o menor grupo identificável de 
ativos mantido com o objetivo principal de gerar retorno comercial que produz entradas 
de caixa pelo uso contínuo, as quais são em grande parte independentes das entradas 
de caixa de outros ativos ou grupos de ativo.
CONTABILIDADE 
PÚBLICA
2
CONTABILIDADE PÚBLICA 
TRATAMENTO CONTÁBIL APLICÁVEL AOS IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES – PROCEDIMENTOS 
CONTÁBEIS PATRIMONIAIS
1. INTRODUÇÃO
Segundo o MCASP, a maior parte das variações patrimoniais aumentativas (VPA) das entida-
des do setor público decorrem de transações sem contraprestação, principalmente as relativas a 
tributos, transferências e multas.
Os tributos são exemplos de transação sem contraprestação uma vez que:
a) São instituídos mediante lei (não cabe o estabelecimento de tributos por meio de 
contratos ou outros meios legais de acordo);
b) Compulsoriedade de pagamento (ninguém pode se esquivar de pagar tributos, salvo 
nas permissões instituídas mediante lei).
Esclareça-se que, embora o ente público forneça uma variedade de serviços públicos aos 
contribuintes, ele não o faz em retribuição ao pagamento dos tributos.
Por outro lado, não se deve confundir a desobrigação de retribuição por tributos, multas ou 
transferências, em termos de entrega de serviços ou benefícios diretamente proporcionais a tais 
recursos recebidos pelo governo, com a obrigação que o governo e responsáveis pela Administração 
Pública possuem de aplicação dos recursos públicos, de acordo com as possibilidades previstas em 
lei, bem como a devida prestação de contas e responsabilização (accountability).
TRIBUTO
Os tributos são a maior fonte de variação patrimonial aumentativa de muitos governos e de 
outras entidades do setor público.
São benefícios econômicos ou potencial de serviços compulsoriamente pagos ou a pagar às 
entidades do setor público, de acordo com a lei, estabelecidos para gerar receita para o governo.
Tributos não incluem multas ou outras penalidades aplicadas em caso de infrações legais. 
De acordo com o art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN), tributo é toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
A Constituição Federal de 1988 atribuiu à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni-
cípios a competência para instituir alguns tributos:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguin-
tes tributos:
I - Impostos;
II - Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Para fins de registro contábil, os tributos, que podem ser com ou sem contraprestação, devem 
ser analisados individualmente, de acordo com a modalidade do lançamento tributário de cada um.
CONTABILIDADE PÚBLICA 3
As modalidades de lançamento estão previstas nos arts. 147 a 150 do CTN. São divididas nas 
três listadas a seguir:
a) Por declaração. Exemplos: Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e por Doação de Quais-
quer Bens e Direitos; e Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso “Inter 
Vivos”.
b) De ofício: quando é efetuado diretamente pela autoridade administrativa (nos casos previs-
tos no CTN, art. 149, I a IX). Exemplos: impostos sobre a propriedade de veículos automotivos 
e sobre a propriedade territorial urbana, de competência, respectivamente dos Estados e dos 
Municípios.
c) Por homologação. Exemplos: Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercado-
rias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação 
e Imposto sobre Produtos Industrializados.
Para o reconhecimento tempestivo e confiável dos créditos, é necessária a integração do setor 
de arrecadação com o setor de contabilidade, de modo a se conhecer o fluxo das informações para 
detecção dos momentos que ensejam o registro contábil, nos lançamentos de ofício, por declaração 
e por homologação.
EVENTO TRIBUTÁVEL OU FATO GERADOR
Evento tributável é o evento
CONTÁBIL .................................................................. 5 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – ESTRUTURA CONCEITUAL 
(PARTE I) 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de 
Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público estabelece os conceitos que devem ser 
aplicados no desenvolvimento das demais Normas Brasileiras de Contabilidade 
Aplicadas ao Setor Público (NBCs TSP) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) 
destinados às entidades do setor público. 
 
Além disso, tais conceitos são aplicáveis à elaboração e à divulgação formal dos 
Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPGs). 
 
IMPORTANTE: 
Em caso de eventual conflito entre esta estrutura conceitual e outras NBCs TSP, 
prevalecem as disposições específicas vigentes nestas últimas em relação 
às constantes na primeira. 
 
 
1.1. RELATÓRIOS CONTÁBEIS DE PROPÓSITO GERAL (RCPG´S) 
 
Segundo a Estrutura Conceitual, o objetivo principal da maioria das entidades do 
setor público é prestar serviços à sociedade, em vez de obter lucros e gerar retorno 
financeiro aos investidores. 
 
Para atender esse objetivo, o instrumento utilizado são os Relatórios Contábeis de 
Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPGs). 
 
Os RCPGs podem compreender múltiplos relatórios, cada qual atendendo a certos 
aspectos dos objetivos e do alcance da elaboração e divulgação da informação contábil. 
 
 Abrangem as demonstrações contábeis (incluindo as suas notas explicativas) e 
também a apresentação de informações que aprimoram, complementam e suplementam as 
demonstrações contábeis. 
 
As informações fornecidas pelas RCPG´s são: 
 
• Situação patrimonial; 
• Desempenho da entidade; 
• Fluxo de caixa. 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
Além disso, fornecem informações aos seus usuários para subsidiar os processos 
decisórios e a prestação de contas e responsabilização (accountability). Portanto, os 
usuários dos RCPGs das entidades do setor público precisam de informações para subsidiar as 
avaliações de algumas questões, tais como: 
(a) se a entidade prestou seus serviços à sociedade de maneira eficiente e eficaz; 
(b) quais são os recursos atualmente disponíveis para gastos futuros, e até que 
ponto há restrições ou condições para a utilização desses recursos; 
(c) a extensão na qual a carga tributária, que recai sobre os contribuintes em períodos 
futuros para pagar por serviços correntes, tem mudado; e 
(d) se a capacidade da entidade para prestar serviços melhorou ou piorou em 
comparação com exercícios anteriores. 
 
1.2. CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
 
Para que a informação contábil possa atingir seu objetivo, deve possuir as seguintes 
características: 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
FUNDAMENTAIS 
MELHORIAS 
Relevância Comparabilidade 
Representação Fidedigna Verificabilidade 
 Tempestividade 
 Compreensibilidade 
 
 
Características fundamentais: 
 
 
Relevância 
 
É aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários 
(preditivo, confirmatório ou ambos). 
 
Representação Fidedigna 
 
Para ser fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos: completa, neutra e livre 
de erro. (Neutro é diferente de prudente). 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
Características fundamentais: 
 
 
Comparabilidade 
 
Qualidade da informação que possibilita aos usuários identificar semelhanças e 
diferenças entre dois conjuntos de fenômenos. 
 
Verificabilidade 
 
Qualidade da informação que ajuda a assegurar aos usuários que a informação contida 
nos RCPGs representa fielmente os fenômenos econômicos ou de outra natureza que se propõe 
a representar. 
 
Tempestividade 
 
Significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a sua capacidade 
de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de 
decisão. 
 
Compreensibilidade 
 
Qualidade da informação que permite que os usuários compreendam o seu significado. 
 
 
1.3. RESTRIÇÕES DAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS RCPGS 
 
São restrições acerca da informação incluída nos RCPGs: 
 
 
Materialidade 
 
A informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar o cumprimento 
do dever de prestação de contas e responsabilização (accountability), ou as decisões que os 
usuários tomam com base nos RCPGs elaborados para aquele exercício. 
 
Custo-benefício 
 
A informação contábil impõe custos, e seus benefícios devem justificá-los. 
 
Equilíbrio entre as características qualitativas 
 
As características qualitativas funcionam, conjuntamente, para contribuir com a utilidade 
da informação. 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
1.4. ENTIDADE QUE REPORTA A INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
 
A entidade do setor público que reporta a informação contábil é um ente 
governamental ou outra organização, programa ou outra área identificável de atividade 
(doravante referida como entidade ou entidade do setor público) que elabora os RCPGs, 
podendo compreender duas ou mais entidades que apresentem os RCPGs como se fossem uma 
única entidade. 
 
As características-chave de entidade do setor público que reporta a informação contábil 
são: 
 
(a) ser uma entidade que capta recursos da sociedade ou em nome desta e/ou utiliza 
recursos para realizar atividades em benefício dela; e 
 
(b) existir usuários de serviços ou provedores de recursos dependentes de informações 
contidas nos RCPGs para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e 
tomada de decisão. 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – ESTRUTURA CONCEITUAL (PARTE II) .................................................................... 2 
1. ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...................................................................................... 2 
1.1. ATIVO ............................................................................................................................................. 2 
1.2. PASSIVO ......................................................................................................................................... 3 
1.3. SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA ................................................................................................ 3 
1.4. RECEITA E DESPESA........................................................................................................................ 4 
1.5. CONTRIBUIÇÕES DOS PROPRIETÁRIOS E DISTRIBUIÇÃO AOS PROPRIETÁRIOS ............................ 4 
1.6. MENSURAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS.......................................................................................... 4 
1.7. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO .................................................. 6 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – ESTRUTURA CONCEITUAL 
(PARTE II) 
1. ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Os elementos das demonstrações contábeis definidos na Estrutura Conceitual são: 
 
 Ativo; 
 Passivo; 
 Receita; 
 Despesa; 
 Contribuição dos proprietários; 
 Distribuição aos proprietários. 
 
 
1.1. ATIVO 
 
Ativo é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento 
passado. 
Recurso é um item com potencial de serviços ou com a capacidade de gerar 
benefícios econômicos. 
A forma física não é uma condição necessária para um recurso. 
O potencial de serviços ou a capacidade de gerar benefícios econômicos podem surgir 
diretamente do próprio recurso ou dos direitos de sua utilização. 
Alguns recursos incluem os direitos
que, por determinação do governo, poder legislativo ou outra 
autoridade, será sujeito a cobrança de impostos (ou qualquer outra forma de tributo). Também 
conhecido como fato gerador.
A entidade deve analisar a lei tributária de sua própria jurisdição para determinar qual é o fato 
gerador (ou evento tributário) para cada um dos vários tributos arrecadados. A menos que seja 
especificado de outro modo em leis ou regulamentos, o evento tributável é:
a) Para o tributo sobre a renda, o recebimento de renda tributável pelo contribuinte, durante 
o período de tributação;
b) Para o tributo sobre o valor adicionado, a realização de atividade tributável pelo contribuinte 
durante o período tributável;
c) Para o tributo sobre bens e serviços, a compra ou a venda de produtos e serviços tributáveis 
durante o período tributável;
d) Para os tributos alfandegários, o movimento de bens ou serviços tributáveis através das 
fronteiras alfandegárias;
e) Para os tributos sobre as heranças, a morte de uma pessoa que possui propriedades 
tributáveis;
f) Para os tributos sobre propriedades, a passagem da data na qual o tributo é lançado, ou do 
período que o tributo é lançado, se o tributo é lançado periodicamente.
TRANSFERÊNCIAS
São ingressos de benefícios econômicos ou potencial de serviços futuros provenientes de 
transações sem contraprestação diferentes de tributos, tais como repartições tributárias, e trans-
ferências voluntárias, por exemplo.
4
Nos casos de repartição tributária, o ente arrecadador deve realizar o registro da receita pelos 
valores brutos e o respectivo valor a transferir no passivo por meio de provisão.
No ente recebedor, o valor do direito a ser reconhecido deve corresponder à melhor estima-
tiva, a qual pode ser obtida mediante informação direta do ente transferidor, estimativa histórica 
ou qualquer outro método que se mostre mais confiável, a depender da natureza do crédito em 
questão, até o recebimento efetivo da transferência, quando deve observar o valor justo para o 
devido registro contábil.
Quanto à transferência voluntária, o ente recebedor deve registrar a receita orçamentária 
apenas no momento da efetiva transferência financeira, pois, sendo uma transferência voluntária, 
não há garantias reais da transferência. Por esse motivo, a regra para transferências voluntárias é 
o beneficiário não registrar o ativo relativo a essa transferência.
Apenas nos casos em que houver cláusula contratual garantindo a transferência de recursos 
após o cumprimento de determinadas etapas do contrato, o ente beneficiário, quando já tiver 
direito à parcela dos recursos e enquanto não ocorrer o efetivo recebimento a que tem direito, 
deverá registrar um direito a receber no ativo, desde que o ativo satisfaça os critérios de reconhe-
cimento a seguir:
a) Seja provável que benefícios econômicos futuros e potencial de serviços associados com o 
ativo fluam para a entidade; e
b) O valor justo do ativo possa ser mensurado em conformidade com as características quali-
tativas e com observância das restrições da informação contábil.
MULTAS
São benefícios econômicos ou potencial de serviço recebidos ou a receber em consequência 
da violação de exigências legais, regulamentares ou contratuais. Em que pese se tratar de uma 
transferência, conforme o conceito adotado por este Manual, recebe tratamento especial devido 
a seu caráter de natureza punitiva e coercitiva.
As multas satisfazem a definição de transação sem contraprestação porque não impõem ao 
governo, em troca, quaisquer obrigações que possam ser reconhecidas como passivo.
Normalmente, são cobradas em montante fixo pelo descumprimento de obrigações legais 
ou regulamentares, porém, podem ser arbitradas em certos casos, de acordo com a relevância da 
infração ou reiteração da conduta indesejada, conforme legislação aplicada.
As multas devem ser reconhecidas no ente público como VPA, quando se encaixarem na 
definição de um ativo e satisfizerem os critérios para o reconhecimento de um ativo.
RECONHECIMENTO
Uma transação sem contraprestação com entrada de recursos para o governo, geralmente, 
gera VPA para o ente ou órgão recebedor. Em contrapartida, a entrada de recursos provoca a con-
tabilização de um ativo.
Contudo, a transação pode gerar custos, o que implica na necessidade de contabilização de 
uma variação patrimonial diminutiva (VPD), como por exemplo, a remuneração da rede bancária 
pela prestação de serviço de recebimento dos pagamentos de tributos pelos contribuintes.
Nesses casos, deve-se fazer a contabilização dos custos necessários ao recebimento ou fun-
cionamento do item do ativo por meio da VPD correspondente.
CONTABILIDADE PÚBLICA 5
Ressalta-se que há casos em que são observadas condições sobre ativos transferidos, o que 
pode gerar obrigações para o ente recebedor. Dessa forma, pode-se observar a necessidade de 
registro de um passivo e à medida que as condições forem sendo realizadas, deve-se proceder à 
baixa do passivo com a correspondente realização da VPA.
EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS
Seguem exemplos de lançamentos relativos as operações mencionadas anteriormente:
Reconhecimento do Crédito a Receber de Tributos
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P)
C 4.1.1.x.x.xx.xx VPA – Tributo
Ajuste para Perdas de Crédito Tributário
Natureza da informação: patrimonial
D 3.6.1.7.x.xx.xx VPD com Ajuste para Perdas de Créditos
C 1.1.2.9.x.xx.xx (-) Ajuste para Perdas de Créditos a Curto Prazo (P)
Receita própria do arrecadador (transferidor) de R$ 750,00 e receita destinada a outro ente 
(recebedor) por lei/CF88 R$ 250,00 – total da receita R$ 1.000,00
No momento do lançamento, no ente arrecadador / transferidor
Após a ocorrência do lançamento do tributo, o ente arrecadador/transferidor deverá registrar 
um ativo – créditos a receber em contrapartida de uma VPA pelo valor da arrecadação bruta.
Reconhecimento do Crédito Tributário
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P) 1.000
C 4.1.x.x.x.xx.xx VPA – Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria 1.000
ou
C 4.2.x.x.x.xx.xx VPA – Contribuições 1.000
Constituição de Provisão para Repartição Tributária
Natureza da informação: patrimonial
D 3.5.2.1.x.xx.xx VPD Distribuição Constitucional de Receitas 250
C 2.1.7.5.x.xx.xx Provisão para Repartição de Créditos (P) 250
Arrecadação do Tributo
NATUREZA DA INFORMAÇÃO: PATRIMONIAL
D 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 1.000
C 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P) 1.000
Baixa de Provisão e Reconhecimento da Obrigação de Repartição Tributária
6
NATUREZA DA INFORMAÇÃO: PATRIMONIAL
D 2.1.7.5.x.xx.xx Provisão para Repartição de Créditos (P) 250
C 2.1.5.x.x.xx.xx Obrigação de Repartição a Outros Entes (P) 250
No momento da transferência, no ente arrecadador / transferidor
NATUREZA DA INFORMAÇÃO: PATRIMONIAL
D 2.1.5.x.x.xx.xx Obrigações de Repartição a Outros Entes (P) 250
C 2.1.5.x.x.xx.xx Obrigações de Repartição a Outros Entes (F) 250
NATUREZA DA INFORMAÇÃO: PATRIMONIAL
D 2.1.5.x.x.xx.xx Obrigações de Repartição a Outros Entes (F) 250
C 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 250
CONTABILIDADE PÚBLICA 
– SISTEMA DE CUSTOS NO 
SETOR PÚBLICO – OBJETIVO, 
ALCANCE, DEFINIÇÕES, 
CARACTERÍSTICAS E 
ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO 
DE CUSTOS
2
CONTABILIDADE PÚBLICA – SISTEMA DE CUSTOS NO 
SETOR PÚBLICO – OBJETIVO, ALCANCE, DEFINIÇÕES, 
CARACTERÍSTICAS E ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO DE 
CUSTOS
1. INTRODUÇÃO
As mudanças provocadas por um mundo globalizado, a elevada carga tributária, o aumento 
das necessidades sociais e das exigências legais têm levado a administração pública a buscar melhor 
eficiência e qualidade nos serviços públicos. Ou seja, fazer mais e melhor com menos ou com os 
mesmos recursos.
Nesse novo ambiente, produtividade e qualidade constituem-se em metas a serem alcançadas 
por todas as instituições, a partir do aperfeiçoamento
dos mecanismos de avaliação de desempenho 
das entidades governamentais, a fim de propiciar maior retorno social na utilização dos recursos 
públicos.
Dessa forma, impõe-se a necessidade de um sistema de informação de custos capaz de auxiliar 
decisões típicas, tais como comprar ou alugar, produzir internamente ou terceirizar determinado 
serviço ou atividade.
Em 2011, foi aprovada a NBC T 16.11 – Sistema de Informação de Custos do Setor Público.
OBJETIVOS
A implantação do sistema de custos possui os seguintes objetivos:
 » Atender as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal;
 » Possibilitar a avaliação dos custos das entidades públicas em suas diversas unidades 
administrativas, ações, produtos e serviços;
 » Fixar preços públicos e taxas;
 » Subsidiar o processo de planejamento orçamentário;
 » Nortear a construção de indicadores de desempenho da administração pública;
 » Atender as demandas especificas de cada entidade.
Para atender aos seus objetivos, pretende responder a quatro perguntas fundamentais:
(a) o que se gasta?
(b) como se gasta?
(c) quem gasta?
(d) para que se gasta?
Reflexão: Qual o custo de um aluno do ensino fundamental para uma escola municipal?
CONTABILIDADE PÚBLICA – SISTEMA DE CUSTOS NO SETOR PÚBLICO – OBJETIVO, ALCANCE, DEFINIÇÕES, CARACTERÍSTICAS E ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS 3
LIMITES
Tendo em vista que a finalidade do sistema de custos do setor público é prover informações 
que auxiliem a tomada de decisão do gestor público, bem como o controle e a avaliação da eficiên-
cia, eficácia e da efetividade relativos aos programas em execução ou já executados, esse sistema 
limita-se a reunir, coletar, mensurar, resumir e relatar apenas os dados internos das entidades 
governamentais.
CORRESPONDÊNCIA DOS CONCEITOS DE CONTABILIDADE PÚBLICA AOS 
DE CUSTOS
De acordo com as normas Contábeis Aplicadas ao Setor Público, a despesa pública possui 4 
fases: Fixação, Empenho, Liquidação e Pagamento.
ͫ	 Fixação: Ato do Poder Legislativo que define os valores das despesas consignados no 
orçamento autorizando os créditos orçamentários.
ͫ	 Empenho: Ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de 
pagamento pendente ou não de implemento de condição.
ͫ	 Liquidação: É a verificação do implemento de condição, verificando de um lado o direito 
do credor e, de outro, se este cumpriu efetivamente sua obrigação contratual.
ͫ	 Pagamento: É a efetiva entrega de numerário ao credor.
Após analisar a estrutura acima é possível traçar um paralelo entre a terminologia aplicada na 
área de custos e as despesas no setor público.
A fase da fixação, em termos genéricos, pode ser compreendida e praticada da mesma forma 
que o estabelecimento do custo-padrão, uma vez que o custo-padrão não deixa de ser uma espécie 
de orçamento.
A fase do empenho não encontra correspondência nos conceitos normalmente utilizados pela 
Contabilidade de Custos.
Já na fase de liquidação, são essencialmente verificados os critérios de realização da despesa 
e os valores “liquidados”, que significa que o direito de receber do credor foi analisado, bem como 
atestado que este cumpriu sua obrigação contratual.
A fase do pagamento, obviamente é idêntica ao conceito de desembolso, observando-se apenas 
que, na contabilidade pública, o pagamento deve ser precedido normalmente por todas as fases 
anteriores, enquanto na contabilidade empresarial o desembolso pode ser feito antes, durante ou 
após a entrada da utilidade comprada, portanto, defasada ou não do gasto.
Dessa forma, torna-se possível a elaboração do quadro abaixo:
Contabilidade Pública Contabilidade de Custos
Fixação Padrão
Empenho Não é tradicionalmente usado
Liquidação Gasto (realizado)
Pagamento Desembolso
É importante salientar que, no setor público, não há a necessidade de se distinguir custos de 
despesas, pela inexistência de estoques de serviços ou produtos em processamento e/ou acabados.
4
Nesse contexto, assume-se que os conceitos de “gastos” e “valores liquidados” se equivalem, 
tornando a despesa orçamentária liquidada como ponto de partida para a construção do sistema 
de informação de custos.
As despesas orçamentárias liquidadas serão custos quando relativas a bens ou serviços utili-
zados e consumidos no exercício corrente, e investimento quando beneficiar exercícios futuros, ou 
seja, da mesma forma que utilizada na metodologia tradicional.
Pode-se, então, afirmar que no setor público, dado o atual modelo de contabilização dos 
gastos governamentais, a despesa liquidada é a variável a partir da qual serão realizados os ajustes 
conceituais necessários para se chegar à informação de custos.
Assim, no setor público, o conceito de despesa liquidada funciona como elo conceitual e 
metodológico para apuração dos custos.
A identificação dos investimentos a partir das despesas liquidadas é relativamente simples, 
tendo em vista que a classificação das despesas orçamentárias por categorias econômicas esta-
belece desde logo a distinção entre as despesas correntes e as despesas de capital, estando os 
investimentos destacados dentro das despesas de capital.
Já a identificação dos custos a partir das despesas liquidadas pode ser feita utilizando-se as 
despesas classificadas como custeio, pois assume-se que o objetivo das entidades públicas seja 
produzir bens e serviços para entregá-los à comunidade e que a análise dos custos é feita dentro 
de períodos anuais.
Logo, a primeira aproximação com a contabilidade governamental leva a afirmar que todos os 
gastos ou valores “liquidados”, classificados como despesas de custeio, são custos de algum bem 
ou serviço produzido pela entidade governamental dentro de determinado período orçamentário.
No entanto, para que essa afirmação seja verdadeira, são necessários os ajustes conceituais 
contábeis, destacados a seguir.
1.3.1. Ajustes Conceituais Contábeis
O modelo proposto pela STN promove uma integração entre os sistemas orçamentário e contá-
bil, a partir de ajustes necessários para a correta mensuração dos custos dos produtos e/ou serviços.
1.3.1.1 Restos a pagar não processados
As despesas empenhadas e não pagas transformam-se em restos a pagar, podendo ser pro-
cessadas (caso já tenham sido liquidadas) e não processadas (em caso de não liquidação).
Neste caso, para a apuração dos custos serão excluídos os restos a pagar não processados.
1.3.1.2. Despesas de Exercícios Anteriores
No setor público, a legislação reconhece a possibilidade de ocorrerem situações em que des-
pesas relativas a exercícios anteriores possam ser empenhadas, liquidadas e pagas no exercício 
corrente.
Essas despesas são escrituradas em contas claramente segregadas e devem ser expurgadas, 
caso o objetivo seja apurar o custo dos serviços do exercício.
1.3.1.3. Formação de Estoques
Conforme informado anteriormente, a simples aquisição de estoques é um investimento, logo, 
deverá ser excluída da base de cálculo.
1.3.1.4. Concessão de Adiantamentos em períodos anteriores
Mesmo que se trate de uma despesa orçamentária, o fato de ser concedida em período ante-
rior à apuração dos custos faz com que seja excluída da base de cálculo para apuração dos custos.
CONTABILIDADE PÚBLICA – SISTEMA DE CUSTOS NO SETOR PÚBLICO – OBJETIVO, ALCANCE, DEFINIÇÕES, CARACTERÍSTICAS E ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS 5
1.3.1.5. Investimentos/Inversões Financeiras/Amortização da Dívida
As despesas de capital relativas a investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida 
também deverão ser excluídas da base de cálculo, por se tratar de gastos relativos a mais de um 
período.
1.3.1.6. Consumo de Estoques
O consumo de estoques será considerado como custo.
1.3.1.7. Despesa Incorrida de Adiantamentos
No período de competência do adiantamento ou na baixa do adiantamento realizado, será 
incluído na apuração dos custos.
1.3.1.8. Depreciação/Amortização/Exaustão
Por último, é necessário ressaltar que existem “custos do período” que não estão incluídos 
nos gastos ou “valores
liquidados”, classificados como despesas de custeio, já que não fazem parte 
do sistema orçamentário, tais como a depreciação/amortização/exaustão do ativo permanente. 
É necessário que essas informações sejam registradas no sistema patrimonial da contabilidade 
governamental e incorporadas ao custo dos serviços prestados, inclusive como determina as atuais 
normas de contabilidade aplicadas ao setor público.
1.3.2. Consolidação e visão esquemática dos ajustes conceituais contábeis
A partir dos ajustes realizados, apresenta-se o seguinte modelo:
Despesa Orçamentária Executada
AJUSTES DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
( - ) Restos a Pagar não Processados no período
( + ) Restos a Pagar não Processados do período 
anterior e liquidados no exercício
( - ) Despesas de Exercícios Anteriores
( - ) Formação de Estoques
( - ) Concessão de Adiantamentos em períodos 
anteriores
( - ) Despesas de Capital não efetivas
AJUSTES PATRIMONIAIS
( + ) Consumo de Estoque
( + ) Despesa Incorrida de Adiantamentos
( + ) Depreciação/Amortização/Exaustão
= CUSTO
6
Exemplo: Cálculo do custo por família atendida no programa Saúde Preventiva em 2019, saben-
do-se que a meta era atender 5.000 famílias no ano:
Despesas Orça-
mentária Executa-
da em 2019: (I)
10.000.000,00 Gasto/família: 2.000,00
Ajustes da Despesa 
Orçamentária: (II) -3.050.000,00
(-) RPG não Processa-
do inscrito em 2019: -200.000,00
(+) RPG não Proc. 
2018 liquidado em 
2019:
100.000,00
(-) Despesa de Exerc. 
Anterior empenhada 
em 2019
-400.000,00
(-) Despesa Emp e Liq. 
Formação de Estoques 
em 2019
-1.000.000,00
(-) Desembolso Ante-
cipado Emp/Liq não 
incorridos
-50.000,00
(-) Despesas de Capital 
Emp.Liq com investi-
mentos Ativado
-1.500.000,00
Despesa Orça-
mentária Ajusta: 
(III) = (I) + (II)
6.950.000,00 Gasto/família: 1.390,00
Ajustes Patrimoni-
ais: (IV) 1.290.000,00
(+) Consumo de 
Estoque 950.000,00
(+) Adiantamento de 
2018 incorridos em 
2019
40.000,00
(+) Depreciação/
Amortização/Exaustão 300.000,00
Custo da ação: (V) = 
(III) + (IV) 8.240.000,00 Gasto/família: 1.648,00
2. SISTEMA DE CUSTOS NO SETOR PÚBLICO – NBCT 16.11
Esta Norma estabelece a conceituação, o objeto, os objetivos e as regras básicas para men-
suração e evidenciação dos custos no setor público, apresentado, nesta Norma, como Sistema de 
Informação de Custos do Setor Público (SICSP).
CONTABILIDADE PÚBLICA – SISTEMA DE CUSTOS NO SETOR PÚBLICO – OBJETIVO, ALCANCE, DEFINIÇÕES, CARACTERÍSTICAS E ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS 7
OBJETIVO
O SICSP registra, processa e evidencia os custos de bens e serviços e outros objetos de custos, 
produzidos e oferecidos à sociedade pela entidade pública.
O SICSP de bens e serviços e outros objetos de custos públicos tem por objetivo:
a) mensurar, registrar e evidenciar os custos dos produtos, serviços, programas, projetos, 
atividades, ações, órgãos e outros objetos de custos da entidade;
b) apoiar a avaliação de resultados e desempenhos;
c) apoiar a tomada de decisão em processos;
d) apoiar as funções de planejamento e orçamento;
e) apoiar programas de redução de custos e de melhoria da qualidade do gasto.
ALCANCE
O SICSP é obrigatório em todas as entidades do setor público.
ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS
São atributos da informação de custos:
Relevância: entendida como a capacidade de influenciar as decisões de seus usuários, auxi-
liando-os na avaliação de eventos passados, presentes e futuros;
Utilidade: ser útil à gestão tendo a sua relação custo-benefício sempre positiva;
Oportunidade: qualidade de a informação estar disponível no momento adequado à tomada 
de decisão;
Valor Social: proporcionar maior transparência e evidenciação no uso dos recursos públicos;
Fidedignidade: estar livre de erros materiais e de juízos prévios;
Especificidade: ser elaborada de acordo com a finalidade pretendida pelos usuários;
Comparabilidade: a informação deve registrar as operações e acontecimentos de forma con-
sistente e uniforme, a fim de conseguir comparabilidade entre as distintas instituições com 
características similares;
Adaptabilidade: permitir o detalhamento das informações em razão das diferentes expecta-
tivas e necessidades dos seus usuários, devendo apresentar uma versatilidade nesse sentido;
Granularidade: qualidade que permite ao sistema produzir informações em diferentes níveis 
de detalhamento, mediante a geração de diferentes relatórios, sem perder o atributo da 
comparabilidade.
EVIDENCIAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DE CUSTOS
A entidade pública deve evidenciar ou apresentar os objetos de custos definidos previamente, 
demonstrando separadamente:
a) o montante de custos dos principais objetos;
8
b) os critérios de comparabilidade utilizados;
c) a título de notas explicativas: o método de custeio adotado, os principais critérios de men-
suração; e as eventuais mudanças de critérios que possam afetar à análise da comparabilidade 
da informação.
PRINCÍPIO DE COMPETÊNCIA
Na geração de informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de contabilidade em 
especial o da competência, devendo ser realizados os ajustes necessários quando algum registro 
for efetuado de forma diferente.
COTA DE DISTRIBUIÇÃO DE CUSTOS INDIRETOS
As cotas de distribuição de custos indiretos, quando for o caso, podem ser selecionadas entre 
as seguintes, de acordo com as características do objeto de custo: área ocupada; dotação plane-
jada disponível; volume ocupado em depósitos; quantidade de ordens de compra emitida para 
fornecedores; consumo de energia elétrica; número de servidores na unidade administrativa 
responsável etc.
É necessário e útil que a entidade que deseje evidenciar seus custos unitários, utilizando-se 
dos vários métodos de custeio existentes, o faça respeitando as etapas naturais do processo de 
formação dos custos dentro dos seus respectivos níveis hierárquicos (institucionais e organizacio-
nais, funcionais e processuais).
A etapa natural pode ser assim identificada:
1) Identificação dos objetos de custos;
2) Identificação dos custos diretos;
3) Alocação dos custos diretos aos objetos de custos;
4) Evidenciação dos custos diretos dentro da classe de objetos definidos;
5) Identificação dos custos indiretos;
6) Escolha do modelo de alocação dos custos indiretos, observando sempre a relevância e, 
principalmente, a relação custo/benefício.
INTEGRAÇÃO COM OS DEMAIS SISTEMAS ORGANIZACIONAIS
O SICSP deve capturar informações dos demais sistemas de informações das entidades do 
setor público e estar integrado com o processo de planejamento e orçamento, utilizando a mesma 
base conceitual caso se refiram aos mesmos objetos de custos, permitindo assim o controle entre 
o orçado e o executado.
RESPONSABILIDADE PELA INFORMAÇÃO DE CUSTOS
A análise, a avaliação e a verificação da consistência das informações de custos são de respon-
sabilidade da entidade do setor público e a responsabilidade pela fidedignidade das informações 
de origem dos sistemas primários é do gestor da entidade onde a informação é gerada.
A responsabilidade pela consistência conceitual e apresentação das informações contábeis 
do sistema de custos é do profissional contábil. As informações de custos descritas nesta norma 
CONTABILIDADE PÚBLICA – SISTEMA DE CUSTOS NO SETOR PÚBLICO – OBJETIVO, ALCANCE, DEFINIÇÕES, CARACTERÍSTICAS E ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS 9
podem subsidiar a elaboração da Demonstração do Resultado Econômico (DRE), cuja elaboração 
é facultativa.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ECONÔMICO (DRE)
Demonstração que tem como objetivo evidenciar o resultado econômico das ações do setor 
público, considerando sua interligação com o subsistema de custos.
Tem como premissas os seguintes conceitos:
Custo de oportunidade (CO): valor que seria desembolsado na alternativa desprezada de 
menor valor entre aquelas consideradas possíveis para a execução da ação pública.
Receita Econômica (RE): valor apurado a partir de benefícios gerados à sociedade pela ação 
pública, obtido por meio da multiplicação
da quantidade de Serviços Prestados (N), bens ou pro-
dutos fornecidos, pelo Custo de Oportunidade (CO), daí:
RE = N x CO
Custo de Execução (CE): valor econômico despendido pela Entidade na ação objeto da apuração 
do Resultado Econômico Apurado. É dividido em custos diretos e indiretos.
O Resultado Econômico Apurado (REA): é o incremento líquido de benefícios gerados à socie-
dade a partir da ação eficiente e eficaz do gestor público, calculado a partir da diferença entre a 
Receita Econômica (RE) e o Custo de Execução (CE) da ação, conforme fórmula a seguir:
REA = RE – CE
Na realidade, o REA pode ser considerado como um “termômetro”, que, se corretamente 
aferido, evidenciará o quanto, de fato, houve de economia na ação pública.
Modelo da Demonstração do Resultado Econômico
(+) Receita econômica
(-) Custo de execução direto
(=) Margem bruta
(-) Custos de execução indireto
(=) Resultado econômico.
Exemplo:
Uma Escola Municipal atende alunos de 1ª a 4ª série e, para o custo de oportunidade, foi consi-
derado o menor preço de mercado para as mensalidades das escolas particulares proporcionais 
à qualidade e oportunidade da escola municipal em questão, com base em pesquisa de mercado.
Série Número de alunos Custo de 
Oportunidade Receita Econômica
1ª 68 R$ 300,00 20.400,00
2ª 78 R$ 350,00 27.300,00
3ª 49 R$ 400,00 19.600,00
4ª 37 R$ 500,00 18.500,00
Total 232 85.800,00
Foram apurados os seguintes custos ao longo do ano:
10
Custos Diretos
Pessoal Civil R$ 18.970,00
Salários Diretos R$ 14.097,50
Encargos Sociais Diretos R$ 4.872,50
Material de Consumo R$ 690,00
Material de Expediente R$ 690,00
Serviços de Terceiros e Encargos R$ 400,00
Energia Elétrica R$ 400,00
Depreciação Móveis e Imóveis R$ 800,00
Bens Móveis R$ 180,00
Bens Imóveis R$ 620,00
Total R$ 20.860,00
Custos Indiretos
Pessoal Civil R$ 12.110,00
Salários Indiretos R$ 8.250,00
Encargos Sociais Indiretos R$ 3.860,00
Material de Consumo R$ 2.345,25
Material de Expediente R$ 365,00
Material de Higiene e Limpeza R$ 1.980,25
Serviços de Terceiros e Encargos R$ 942,00
Energia Elétrica R$ 190,00
Água R$ 485,00
Telefone R$ 267,00
Depreciação B. Móveis e Imóveis R$ 1.223,00
Bens Móveis R$ 375,00
Bens Imóveis R$ 848,00
Total R$ 16.620,25
Logo, a sua DRE: (+) Receita econômica 85.800,00
(-) Custo de execução direto (20.860,00)
(=) Margem bruta 64.940,00
(-) Custos de execução indireto (16.620,25)
(=) Resultado econômico. 48.319,75
CONCLUSÃO: Como o resultado econômico apurado foi positivo, os gestores do colégio 
poderão decidir por outros investimentos como, por exemplo, a aquisição de instrumentos 
didáticos modernos, melhorando a qualidade de ensino da escola.
	1.1 - Apresentação
	1.2 - Legislação básica
	1.3 - Estrutura conceitual
	1.4 - Estrutura conceitual
	1.5 - Natureza das informações
	2.1 - Receitas públicas
	2.2 - Receitas públicas
	2.3 - Despesas públicas
	2.4 - Despesas públicas
	2.5 - Balanço orçamentário
	3.1 - Balanço financeiro
	3.2 - Balanço patrimonial
	3.3 - Balanço patrimonial
	3.4 - Balanço patrimonial
	3.5 - Demonstração das variações patrimoniais
	4.1 - Demonstração dos fluxos de caixa
	4.2 - Demonstração das mutações do patrimônio líquido
	4.3 - Demonstrativos fiscais
	4.4 - Plano de contas aplicado ao setor público -pcasp-
	4.5 - Conta contábil
	5.1 - Lançamentos típicos do setor público
	5.2 - Lançamentos típicos do setor público
	5.3 - Lançamentos típicos do setor público
	5.4 - Lançamentos típicos do setor público
	5.5 - Consolidação das contas
	6.1 - NBC TSP 03 -Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes-
	6.2 - NBC TSP 07 -Ativo imobilizado-
	6.3 - NBC TSP 08 -Ativo intangível-
	6.4 - NBC TSP 09 e 10 -Redução ao Valor Recuperável de Ativo Não Gerador de Caixa e de Ativo Gerador de Caixa-
	6.5 - Tratamento contábil aplicável aos impostos e contribuições
	7.1 - Sistema de custos no setor público
	Home: 
	Página 2: 
	Página 4: 
	Página 6:
da entidade a uma série de benefícios, inclusive, por 
exemplo, o direito a: 
(a) utilizar o recurso para a prestação de serviços (inclusive bens); 
(b) utilizar os recursos de terceiros para prestar serviços como, por exemplo, arrendamento 
mercantil; 
(c) converter o recurso em caixa por meio da sua alienação; 
(d) beneficiar-se da valorização do recurso; ou 
(e) receber fluxos de caixa. 
O potencial de serviços é a capacidade de prestar serviços que contribuam para 
alcançar os objetivos da entidade. O potencial de serviços possibilita a entidade alcançar os 
seus objetivos sem, necessariamente, gerar entrada líquida de caixa. 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
Os benefícios econômicos correspondem a entradas de caixa ou a reduções das 
saídas de caixa. 
As entradas de caixa (ou as reduções das saídas de caixa) podem derivar, por exemplo: 
(a) da utilização do ativo na produção e na venda de serviços; ou 
(b) da troca direta do ativo por caixa ou por outros recursos. 
O controle do recurso envolve a capacidade da entidade em utilizar o recurso (ou 
controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do potencial de serviços ou 
dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos seus objetivos de 
prestação de serviços, entre outros. 
 
1.2. PASSIVO 
 
Passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva 
resultar na saída de recursos da entidade. 
 
Obrigação presente é uma obrigação que ocorre por força de lei (obrigação legal ou 
obrigação legalmente vinculada) ou uma obrigação que não ocorre por força de lei (obrigação 
não legalmente vinculada), as quais não possam ser evitadas pela entidade. 
 
Um passivo deve envolver uma saída de recursos da entidade para ser liquidado ou 
extinto. 
 
Para os fins desta estrutura conceitual, os termos “liquidado” ou “liquidação” não se 
confundem com os termos correspondentes utilizados na execução orçamentária, conforme 
legislação brasileira sobre orçamento. 
 
 
1.3. SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA 
 
A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a 
inclusão de outros recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida na demonstração 
que evidencia a situação patrimonial como patrimônio líquido. 
 
A situação patrimonial líquida pode ser um montante residual positivo ou negativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 
1.4. RECEITA E DESPESA 
 
Receita corresponde a aumentos na situação patrimonial líquida da entidade não 
oriundos de contribuições dos proprietários. 
 
Despesa corresponde a diminuições na situação patrimonial líquida da entidade não 
oriundas de distribuições aos proprietários. 
 
Receitas e despesas originam-se de transações com contraprestação e sem 
contraprestação, de outros eventos, tais como: aumentos e decréscimos não realizados de 
ativos e passivos; do consumo dos ativos por meio da depreciação; e da redução do potencial 
de serviços e da capacidade de gerar benefícios econômicos por meio da redução ao valor 
recuperável. 
 
Receitas e despesas podem ser originadas de transações individuais ou de grupos de 
transações. 
 
 
1.5. CONTRIBUIÇÕES DOS PROPRIETÁRIOS E DISTRIBUIÇÃO AOS 
PROPRIETÁRIOS 
 
Contribuição dos proprietários corresponde a entrada de recursos para a entidade a 
título de contribuição de partes externas, que estabelece ou aumenta a participação delas no 
patrimônio líquido da entidade. 
 
Distribuição aos proprietários corresponde a saída de recursos da entidade a título de 
distribuição a partes externas, que representa retorno sobre a participação ou a redução dessa 
participação no patrimônio líquido da entidade. 
 
 
1.6. MENSURAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS 
 
O objetivo da mensuração é selecionar bases que reflitam de modo mais adequado o custo 
dos serviços, a capacidade operacional e a capacidade financeira da entidade de forma que seja 
útil para a prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão. 
 
As seguintes bases de mensuração para os ativos e passivos são identificadas e discutidas 
à luz da informação que fornecem sobre o custo de serviços prestados, a capacidade 
operacional e a capacidade financeira da entidade, além da extensão na qual fornecem 
informação que satisfaça as características qualitativas: 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
1.7. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO 
 
Conforme falamos anteriormente, as Demonstrações Contábeis estão contidas nos RCPGs, 
as quais são fundamentais na apresentação das informações contábeis da entidade pública. 
 
Nesse contexto, as principais demonstrações contábeis a serem apresentadas pelas 
entidades públicas são: 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – SISTEMAS CONTÁBEIS E REGIMES CONTÁBEIS .................................................... 2 
1. SISTEMAS CONTÁBEIS................................................................................................................................ 2 
1.1. SISTEMA ORÇAMENTÁRIO ............................................................................................................. 2 
1.2. SISTEMA PATRIMONIAL ................................................................................................................. 3 
1.3. SISTEMAS DE CUSTOS .................................................................................................................... 4 
1.4. SISTEMA DE COMPENSAÇÃO ......................................................................................................... 4 
2. REGIMES CONTÁBEIS ................................................................................................................................. 5 
2.1. REGIME DE CAIXA .......................................................................................................................... 5 
2.2. REGIME DE COMPETÊNCIA ............................................................................................................ 5 
2.3. REGIME MISTO .............................................................................................................................. 6 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – SISTEMAS CONTÁBEIS E 
REGIMES CONTÁBEIS 
1. SISTEMAS CONTÁBEIS 
 
 A Contabilidade aplicada ao setor público é organizada na forma de sistema de 
informações, cujos subsistemas, conquanto possam oferecer produtos diferentes em razão da 
respectiva especificidade, convergem para o produto final, que é a informação sobre o 
patrimônio público. 
 
São subsistemas: 
 
• Orçamentário; 
 
• Patrimonial; 
 
• Custos; 
 
• Compensação. 
 
 
1.1. SISTEMA ORÇAMENTÁRIO 
 
Registra, processa e evidencia os atos e fatos relacionados ao planejamento e à 
execução orçamentária. 
É representado pelos atos de natureza orçamentária, registrando a receita prevista e 
as autorizações legais da despesa constantes da Lei Orçamentária Anual (LOA) e dos créditos 
adicionais abertos. 
São atos de natureza orçamentária que constam do Sistema Orçamentário: 
• Previsão de Receita; 
• Fixação de despesa; 
• Créditos adicionais abertos; 
• Descentralização de créditos; e 
• Empenho de despesa. 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
No Sistema Orçamentário é demonstrada a despesa fixada e a executada e comparada 
com a receita prevista e arrecadada. 
 
Evidenciando assim, o resultado orçamentário ocorrido no exercício financeiro, 
podendo ser: 
Receita Orçamentária
= Despesa Orçamentária = Resultado Nulo. 
Receita Orçamentária > Despesa Orçamentária = Superávit Orçamentário. 
Receita Orçamentária
orçamentárias devem ser 
classificadas por: 
 Natureza da Receita; 
 Indicador de Resultado Primário; 
 Fonte e Destinação de Recursos; 
 Esfera Orçamentária. 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
1.2. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA 
 
Dentro da classificação por natureza, temos o seguinte detalhamento: 
 
1º 2º 3º 4º ao 7º 8º 
Categoria 
Econômica 
Origem Espécie 
Desdobramentos para 
identificação de 
peculiaridades da 
receita 
Tipo 
 
 
Bizu: 
 
 
 
 
 
 
 
Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, 
aloca-se a receita pública correspondente na natureza de receita código “1.1.1.3.01.1.1”, 
segundo esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C – O – E – D – T 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
1.3. CATEGORIA ECONÔMICA 
 
Em relação à categoria econômica, as receitas devem ser divididas em: 
 
 
Receitas Correntes: São arrecadadas dentro do exercício, aumentam as disponibilidades 
financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido, e constituem 
instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações correspondentes às 
políticas públicas. 
 
Receitas de Capital: Aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, mas não provocam 
efeito sobre o Patrimônio Líquido. Normalmente oriundos da constituição de dívidas e da 
conversão, em espécie, de bens e direitos. 
 
 
1.4. ORIGEM 
 
Em relação à origem, as receitas devem ser divididas em: 
 
 
RECEITAS CORRENTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
 
RECEITAS DE CAPITAL 
 
 
 
 
CUIDADO!!! 
 
Operação de Crédito é o compromisso financeiro assumido pelo ente público 
em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição 
financiada de bens, etc., devendo o ente apontar de onde sairão os recursos que 
custearão esta nova despesa e tem como finalidade atender ao desequilíbrio 
orçamentário ou financiar investimentos. Será considerada receita orçamentária 
e, portanto, depende de autorização legislativa. 
 
Operação de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) é 
o processo pelo qual o tesouro público pode contrair uma dívida por "antecipação da 
receita prevista", a qual será liquidada quando efetivada a entrada de numerário. 
Destina-se a atender insuficiência de caixa dentro do próprio exercício financeiro. Por 
se tratar de operações que resultam em débitos e créditos de natureza financeira não 
compreendidas na execução orçamentária, em sua contratação é considerada 
como ingresso extraorçamentário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
 
IMPORTANTE!!! 
 
Também pode ser considerado como Receita de Capital o Superávit do 
Orçamento Corrente (diferença positiva entre as receitas orçamentárias/receitas 
correntes e as despesas orçamentárias/despesas correntes do exercício financeiro). 
 
Porém, não é receita orçamentária, tendo em vista que o superávit é um 
resultado, e se for considerado receita orçamentária ocorrerá uma dupla contagem. 
 
Exemplo: Se em determinado período um ente público apresenta receitas 
correntes no valor de R$ 150.000,00 e R$ 100.000,00 de despesas correntes, seu 
superávit é de R$ 50.000,00. Logo, esse superávit (R$ 50.000,00) já faz parte do 
valor total de R$ 150.000,00 e não poderá ser considerado como receita 
orçamentária. 
 
 
FIQUE ATENTO!!! 
 
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal: 
 
É vedada a realização de operações de crédito que excedam as despesas 
de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais 
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. (Regra 
de Ouro) 
 
Neste caso, o intuito é que o ente público não utilize receitas de capital para 
cobrir suas despesas correntes, as quais devem ser provenientes de receitas 
correntes. 
 
 
1.5. ESPÉCIE 
 
É o nível de classificação vinculado à origem, composto por títulos que permitem 
qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais receitas. 
 
Exemplo: 
 
Origem Espécie 
Impostos, Taxas e Contribuição de Melhorias Imposto 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
7 
 
1.6. DESDOBRAMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PECULIARIDADES 
DA RECEITA 
 
O 4º ao 7º dígito são destinados a desdobramentos com a finalidade de identificar 
peculiaridades de cada receita, caso seja necessário. 
 
Tais dígitos podem ou não ser utilizados conforme a necessidade de especificação do 
recurso. 
 
Exemplo: 
 
Impostos sobre a Renda de Pessoa Física – IRPF. 
 
 
1.7. TIPO 
 
Correspondente ao último dígito na natureza de receita, tem a finalidade de identificar 
o tipo de arrecadação a que se refere aquela natureza, sendo: 
 
Tipo 1: Arrecadação Principal da receita; 
Tipo 2: Multas e Juros de Mora da respectiva receita; 
Tipo 3: Dívida Ativa da respectiva receita; e 
Tipo 4: Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita. 
 
 
 
1.8. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR PRIMÁRIO 
 
A receita é classificada, ainda, como primária (P), quando seu valor é incluído na 
apuração do resultado primário e não primária ou financeira (F), quando não é incluída nesse 
cálculo. 
 
As receitas financeiras surgiram com a adoção, pelo Brasil, da metodologia de apuração 
do resultado primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário Internacional à FMI. 
 
Desse modo, passou-se a denominar como receitas financeiras aquelas receitas que não 
são consideradas na apuração do resultado primário. 
 
As demais receitas, provenientes dos tributos, contribuições, patrimoniais, agropecuárias, 
industriais e de serviços, são classificadas como primárias. 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
8 
 
1.9. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES (OU POR DESTINAÇÃO DE 
RECURSOS) 
 
A fonte/destinação de recursos possui a finalidade precípua de identificar o destino dos 
recursos arrecadados (destinações vinculadas e não vinculadas). A classificação de 
fonte/destinação consiste em um código de três dígitos. 
 
O 1º dígito representa o grupo de fonte enquanto o 2º e o 3º representam a especificação 
da fonte. 
 
1º 2º 3º 
Grupo de Fontes de Recursos Especificação das Fontes de Recursos 
 
Exemplo de fonte: 
 
Fonte 101: Recursos do Tesouro Exercício Corrente (1); Transferência do Imposto sobre a 
Renda e sobre Produtos Industrializados (01). 
 
 
1.10. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA 
 
A classificação por esfera orçamentária é dividida em: 
 
 Orçamento Fiscal; 
 Orçamento da Seguridade Social; 
 Orçamento de Investimentos. 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – RECEITAS PÚBLICAS (RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIAS, CLASSIFICAÇÕES 
DOUTRINÁRIAS E ESTÁGIOS DAS RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS) ........................................................................ 2 
1. RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIAS ............................................................................................................ 2 
2. CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS ............................................................................................................... 2 
2.1. QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL ........................................................................................... 3 
2.2. QUANTO À COERCITIVIDADE ......................................................................................................... 4 
2.3. QUANTO À REGULARIDADE ........................................................................................................... 4 
2.4. QUANTO AO PODER DE TRIBUTAR ................................................................................................
4 
3. ESTÁGIOS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA ................................................................................................... 5 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – RECEITAS PÚBLICAS 
(RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIAS, CLASSIFICAÇÕES 
DOUTRINÁRIAS E ESTÁGIOS DAS RECEITAS 
ORÇAMENTÁRIAS) 
1. RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIAS 
 
 São aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública 
integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do mesmo ente federativo. 
 
Não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas 
remanejamento de receitas entre seus órgãos. 
 
Divididas em Receitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de Capital 
Intraorçamentárias. 
 
Não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas especificações 
das categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital. 
 
IMPORTANTE: 
As receitas intraorçamentárias devem ser identificadas para evitar a dupla 
contagem na consolidação das contas nacionais. 
 
 
2. CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS 
 
 Segundo a Doutrina, as receitas podem ter as seguintes classificações: 
 
 Quanto à afetação patrimonial; 
 Quanto à coercitividade; 
 Quanto à regularidade; 
 Quanto ao poder de tributar. 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
 
 
2.1. QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL 
 
Devem ser classificadas em: 
 
Receitas Efetivas: Aumentam a situação líquida patrimonial da entidade, constituindo 
fato contábil modificativo aumentativo. (Ex.: Exemplos: recebimentos de impostos, aluguéis, 
dividendos, multas, juros, etc.) 
 
Receitas Não Efetivas: Não alteram a situação líquida patrimonial no momento do 
reconhecimento do crédito e, por isso, constituem fato contábil permutativo. (Ex.: Alienação 
de bens, operações de crédito, etc.) 
 
IMPORTANTE! 
Fato contábil permutativo: Não altera o Patrimônio Líquido. 
Fato contábil modificativo aumentativo: Altera positivamente o Patrimônio 
Líquido. 
Fato contábil modificativo diminutivo: Altera negativamente o Patrimônio 
Líquido. 
 
DICAS 
As receitas correntes normalmente são consideradas receitas efetivas. 
Exemplos: 
Receita com tributos afetam positivamente o PL (Efetiva), pois aumenta o ativo (entrada de 
caixa ou contas a receber) e possui como contrapartida o aumento das receitas. 
Receita com contribuições afeta positivamente o PL (Efetiva), pois aumenta o ativo (entrada 
de caixa ou contas a receber) e possui como contrapartida o aumento das receitas. 
 
As receitas de capital normalmente são consideradas receitas não efetivas. 
Exemplos: 
Receita com operações de crédito não afeta o PL (Não efetiva), pois aumenta o ativo (entrada 
de caixa) e possui como contrapartida o aumento do passivo. 
Receita com alienação de bem pelo mesmo valor contábil não afeta o PL (Não efetiva), pois 
ocorre simultaneamente aumento (entrada de caixa) pela venda do ativo e redução do ativo 
(baixa do bem). 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 
2.2. QUANTO À COERCITIVIDADE 
 
Devem ser classificadas em: 
 
Receitas Derivadas: Provenientes do poder de império do Estado, isto é, do exercício 
da competência ou do poder de tributar os rendimentos ou o patrimônio da coletividade. (Ex.: 
Tributos, Contribuições Sociais, etc.) 
 
Receitas Originárias: Provenientes de atos negociais, nas quais o Estado não obriga e 
não exerce o seu poder de império. (Ex.: Receitas de Aluguéis, Alienação de Bens, etc.) 
 
2.3. QUANTO À REGULARIDADE 
 
Devem ser classificadas em: 
 
Receitas Ordinárias: São aquelas arrecadadas regularmente em cada exercício 
financeiro e possuem a característica de continuidade, ingressando de forma permanente nos 
cofres públicos. 
 
Receitas Extraordinárias: Possuem caráter excepcional e não têm características de 
continuidade. 
 
2.4. QUANTO AO PODER DE TRIBUTAR 
 
Devem ser classificadas em: 
 
Tributos Federais: Imposto de Renda, IPI, PIS/COFINS, IOF, Imposto sobre Importação 
(II), Imposto sobre Exportação (IE), etc. 
 
Tributos Estaduais: IPVA, ICMS, ITCMD. 
 
Tributos Municipais: IPTU, ISS, ITBI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
 
 
3. ESTÁGIOS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
 
Os estágios da receita orçamentária são divididos na fase de planejamento e execução. 
 
Na fase de Planejamento, temos a previsão. 
 
Na fase de Execução, temos o Lançamento, Arrecadação e Recolhimento. 
 
Dessa forma, podemos considerar como estágios completos da Receita Orçamentária: 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – DESPESAS PÚBLICAS (DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS E EXTRAORÇAMENTÁRIAS) . 2 
1. DESPESAS PÚBLICAS .................................................................................................................................. 2 
1.1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA SEGUNDO O MTO .................... 2 
1.2. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ......................................................................................................... 3 
1.3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL .................................................................................................... 3 
1.4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL .......................................................................................................... 4 
1.5. CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA ...................................................................... 4 
1.6. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA .................................................................................................... 5 
1.7. CATEGORIA ECONÔMICA .............................................................................................................. 6 
1.8. GRUPO DE NATUREZA ................................................................................................................... 6 
1.9. MODALIDADE DE APLICAÇÃO ........................................................................................................ 7 
1.10. ELEMENTO DA DESPESA ................................................................................................................ 8 
1.11. DESDOBRAMENTO FACULTATIVO ................................................................................................. 8 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – DESPESAS PÚBLICAS 
(DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS E 
EXTRAORÇAMENTÁRIAS) 
1. DESPESAS PÚBLICAS 
 
 Consideram-se despesas públicas todos os dispêndios de recursos dos cofres públicos, 
sendo segregados em: 
 
Despesas orçamentárias: São aquelas que dependem de autorização legislativa para serem 
efetivadas e necessitam de recursos públicos para sua realização (receitas orçamentárias). 
 
Dispêndios extraorçamentários: Constituem-se em pagamentos que não dependem de 
autorização legislativa e que não estão vinculados ao orçamento público. (Ex.: Cauções e 
Fianças devolvidas, Resgate (pagamento) de operações de crédito por antecipação de receita 
orçamentária (ARO), pagamento de restos a pagar, etc. 
 
1.1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA 
SEGUNDO O MTO 
 
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão 
organizadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, 
sejam físicas ou financeiras. 
 
Programação qualitativa 
 
Deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o 
ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de 
informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional, 
Estrutura Programática e principais informações do Programa e Ação.
Programação quantitativa 
 
Compreende a programação física (define a quantidade de bens e serviços a serem 
entregues) e financeira (estima o montante necessário para o desenvolvimento da ação 
orçamentária: por meio da natureza, identificador de uso, fonte de recursos, identificador 
de operações de crédito, de resultado primário e dotação. 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
1.2. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA 
 
Tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao: 
 
 Orçamento Fiscal (F); 
 Orçamento da seguridade social (S); 
 Orçamento de Investimento das empresas estatais (I). 
 
Exemplo: 
 
CÓDIGO ESFERA ORÇAMENTÁRIA 
10 Orçamento Fiscal 
20 Orçamento da Seguridade Social 
30 Orçamento de Investimento 
 
1.3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
Reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois 
níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. 
 
No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco 
dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade 
orçamentária. 
 
Exemplos: 
 
ÓRGÃO UNIDADE ORÇAMENTÁRIA 
26000 - Ministério da Educação 
26242 - Universidade Federal de Pernambuco 
26277 - Fundação Universidade Federal de Ouro Preto 
26321 - Escola Agrotécnica Federal de Manaus 
30000 - Ministério da Justiça 
30107 - Departamento de Polícia Rodoviária Federal 
30109 - Defensoria Pública da União 
30911 - Fundo Nacional de Segurança Pública 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
1.4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
 
Segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscando responder 
basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será realizada. 
 
É representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto que 
os três últimos dígitos representam a Subfunção. 
 
A função quase sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, que, na União, 
de modo geral, guarda relação com os respectivos Ministérios e a subfunção representa um 
nível de agregação imediatamente inferior à função. 
 
Exemplo: 
 
Ministério da Educação 
 
FUNÇÃO 12 Educação 
SUBFUNÇÃO 365 Educação Infantil 
 
 
1.5. CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA 
 
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização 
dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de quatro anos. 
Nesse sentido, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas 
e ações. 
 
Programa: é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um 
conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum 
preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada 
necessidade ou demanda da sociedade. 
 
Ações: são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para 
atender ao objetivo de um programa, podendo ser classificadas como atividades, projetos ou 
operações especiais. 
 
 Os programas são divididos em: 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
E as ações divididas em: 
 
 
 
 
1.6. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA 
 
Pela Lei 4.320/64, a classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, 
compõe-se de: 
 
I – Categoria Econômica; 
II – Grupo de Natureza da Despesa (Complementada por modalidade de Aplicação); 
III – Elemento de Despesa. 
 
De acordo com a Portaria 163/2001 (classificação utilizada nos dias atuais), a 
estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas 
de governo será “c.g.mm.ee.dd”, onde: 
 
a) “c” representa a categoria econômica; 
b) “g” o grupo de natureza da despesa; 
c) “mm” a modalidade de aplicação; 
d) “ee” o elemento de despesa; e 
e) “dd” o desdobramento, facultativo, do elemento da despesa. 
 
 Dentro desse contexto, temos o seguinte detalhamento: 
 
1º 2º 3º e 4º 5º e 6º 7º e 8º 
Categoria 
Econômica 
Grupo de 
Natureza 
de Despesa 
Modalidade de 
Aplicação 
Elemento da 
Despesa 
Desdobramento 
Facultativo do 
Elemento 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
Bizu: 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.7. CATEGORIA ECONÔMICA 
 
Em relação à categoria econômica, as despesas devem ser divididas em: 
 
Despesas Correntes: Não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem 
de capital, sendo necessárias à execução dos serviços públicos e à vida do Estado (verdadeiras 
despesas operacionais). 
 
Despesas de Capital: Contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de 
capital. 
 
 
1.8. GRUPO DE NATUREZA 
 
Em relação ao grupo de natureza, as despesas devem ser divididas em: 
 
DESPESAS CORRENTES 
 
 
 
 
 
 
 
C – G – MM – EE - DD 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
7 
 
 
DESPESAS DE CAPITAL 
 
 
 
 
1.9. MODALIDADE DE APLICAÇÃO 
 
Tem por finalidade indicar se os recursos serão aplicados mediante transferência 
financeira, inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outros níveis de 
Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins 
lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito 
orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. 
 
É uma informação gerencial que objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem 
dos recursos transferidos ou descentralizados. 
 
Exemplos de modalidade de aplicação: 
 
30 - Transferências a estados e ao DF; 
40 – Transferências a municípios; 
90 – Aplicações Diretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
8 
 
1.10. ELEMENTO DA DESPESA 
 
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens 
fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, 
subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, 
amortização e outros que a Administração Pública utiliza para a consecução de seus fins. 
 
Exemplos: 
 
11 – Vencimento e vantagens fixas – Pessoal Civil; 
12 – Vencimento e vantagens fixas – Pessoal Militar; 
30 – Material de consumo; 
61 – Aquisição de imóveis; 
91 – Sentenças Judiciais. 
 
 
1.11. DESDOBRAMENTO FACULTATIVO 
 
Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária 
ficam facultados por parte de cada ente o desdobramento dos elementos de despesa. 
 
Exemplo: 
 
Despesas com pessoal de uma autarquia federal pagas com recursos próprios: 
 
 
Classificação da despesa: 3.1.90.11.00, onde: 
Categoria Econômica: 3 (Despesa Corrente). 
Natureza de Despesa: 1 (Pessoal e Encargos). 
Modalidade de Aplicação: 90 (Aplicação Direta). 
Elemento da Despesa: 11 (Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil). 
Desdobramento: Não houve. 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONTABILIDADE PÚBLICA – DESPESAS PÚBLICAS (DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS, CLASSIFICAÇÕES 
DOUTRINÁRIAS, CLASSIFCIAÇÕES SEGUNDO A LEI 4.320/64 E ESTÁGIOS DAS DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS) . 2 
1. DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS ........................................................................................................... 2 
2. CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS ............................................................................................................... 2 
2.1. QUANTO À COMPETÊNCIA INSTITUCIONAL .................................................................................. 2 
2.2. QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL ........................................................................................... 3 
2.3. QUANTO À REGULARIDADE ...........................................................................................................
4 
3. CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS SEGUNDO A LEI 4.320/64 ........................................................................ 4 
4. ESTÁGIOS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA ................................................................................................... 5 
4.1. RESTOS A PAGAR ........................................................................................................................... 6 
4.2. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES ........................................................................................ 6 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA – DESPESAS PÚBLICAS 
(DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS, 
CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS, CLASSIFCIAÇÕES 
SEGUNDO A LEI 4.320/64 E ESTÁGIOS DAS DESPESAS 
ORÇAMENTÁRIAS) 
1. DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS 
 
 As despesas intraorçamentárias ocorrem quando órgão, fundos, autarquias, 
fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal 
e da seguridade social efetuam aquisições de materiais, bens e serviços, realizam pagamento de 
impostos, taxas e contribuições, além de outras operações, quando o recebedor dos recursos 
também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade 
constante desse orçamento, no âmbito da mesma esfera de governo. 
 
Ocorre despesa intraorçamentária, por exemplo, quando o Ministério da Saúde – órgão 
integrante do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União, apropria uma obrigação com 
a Imprensa Oficial, que também pertence ao Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União. 
 
 
2. CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS 
 
 Segundo a Doutrina, as receitas podem ter as seguintes classificações: 
 
 Quanto à competência institucional; 
 Quanto à afetação patrimonial; 
 Quanto à regularidade. 
 
2.1. QUANTO À COMPETÊNCIA INSTITUCIONAL 
 
Devem ser classificadas em despesas de competência: 
 
 Federal; 
 Estadual; 
 Municipal; 
 Distrito Federal. 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
2.2. QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL 
 
Devem ser classificadas em: 
 
Despesas: Reduzem a situação líquida patrimonial da entidade, constituindo fato 
contábil modificativo diminutivo. (Ex.: Despesas de pessoal, serviços de terceiros, juros da 
dívida pública, etc.) 
 
Despesas Não Efetivas: Não reduzem a situação líquida patrimonial da entidade e 
constituem fatos contábeis permutativo. (Ex.: Aquisição de veículo, imóvel ou material de 
consumo e amortização da dívida pública) 
 
IMPORTANTE! 
Fato contábil permutativo: Não altera o Patrimônio Líquido. 
Fato contábil modificativo aumentativo: Altera positivamente o Patrimônio 
Líquido. 
Fato contábil modificativo diminutivo: Altera negativamente o Patrimônio 
Líquido. 
 
DICAS 
As despesas correntes normalmente são consideradas despesas efetivas. 
Exemplos: 
Despesa com pessoal afeta negativamente o PL (Efetiva), pois reduz o ativo ou aumenta o 
passivo tendo como contrapartida o aumento da despesa. 
Despesas com juros afeta negativamente o PL (Efetiva), pois reduz o ativo ou aumenta o 
passivo tendo como contrapartida o aumento da despesa. 
 
As despesas de capital normalmente são consideradas despesas não efetivas. 
 
Exemplos: 
 
Despesa com aquisição de máquinas (investimentos) não afeta o PL (Não efetiva), pois 
aumenta o ativo (entrada do bem) e possui como contrapartida o aumento de passivo (compra 
a prazo) ou redução de ativo (compra à vista). 
 
Despesa com amortização de dívida não afeta o PL (Não efetiva), pois reduz o ativo (pela 
saída do caixa) e possui como contrapartida a redução do passivo (pela redução do principal da 
dívida). 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
2.3. QUANTO À REGULARIDADE 
 
Devem ser classificadas em: 
 
Despesas Ordinárias: São aquelas constantes e gastas na manutenção dos serviços 
públicos, as quais se repetem em todos os exercícios. (Ex.: Pessoal, material de consumo, 
serviços de terceiros, etc.) 
 
Despesas Extraordinárias: Possuem caráter excepcional e não aparecem todos os anos 
no orçamento. (Ex.: Despesas decorrentes de guerras, enchentes, etc.) 
 
 
3. CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS SEGUNDO A LEI 4.320/64 
 
Segundo a Lei 4.320/64, as despesas correntes são classificadas em: 
 
Custeio: Pessoal, serviços de terceiros, aquisição de material de consumo, obras de 
conservação e adaptação de bens imóveis, entre outros. 
 
Transferências correntes: Dotações para despesas às quais não corresponda 
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções 
destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado (sociais 
e econômicas). 
 
 
 Já as despesas de capital são classificadas em: 
 
 
Investimentos: Planejamento e execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição 
de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas 
especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente 
(materiais com durabilidade superior a dois anos). 
 
Inversões Financeiras: Aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; 
aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, 
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital, inclusive operações 
bancárias ou de seguros. 
 
Transferências de Capital: Investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas 
de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta 
em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, bem como as 
dotações para amortização da dívida pública 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
Despesa Corrente Lei nº 4320/64 Portaria 163/2001 
Pagamento de funcionários Despesas de custeio Pessoal e encargos 
Serviços de terceiros Despesas de custeio Outras despesas 
Aquisição de mat. consumo Despesas de custeio Outras despesas 
Juros da dívida pública Transferências correntes Juros e encargos 
 
Despesa de Capital Lei nº 4320/64 Portaria 163/2001 
Construção de creche Investimentos Investimentos 
Aquisição de veículos Investimentos Investimentos 
Aquisição de veículo usado Inversões Financeiras Inversões Financeiras 
Amortização da dívida Transferências de capital Amortização da dívida 
 
 
4. ESTÁGIOS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
 
Os estágios da despesa orçamentária são divididos na fase de planejamento e execução. 
 
Na fase de Planejamento, temos a fixação. 
 
Na fase de Execução, temos o Empenho, Liquidação e Pagamento. 
 
Dessa forma, podemos considerar como estágios completos da Despesa Orçamentária: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
4.1. RESTOS A PAGAR 
 
Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até 31 de 
dezembro, distinguindo-se as processadas (liquidadas) das não processadas (não liquidadas). 
 
O pagamento de Restos a pagar é classificado como despesa extraorçamentária. 
 
Exemplo: 
 
Determinado ente público fixou R$ 900.000,00 de despesas no ano de 2015 e, durante o 
exercício financeiro, ocorreram os seguintes fatos: 
 
Empenho: R$ 700.000,00 
Liquidação: R$ 500.000,00 
Pagamento: R$ 400.000,00 
 
Logo, o total de Restos a pagar foram: 
 
Empenho – Pagamento: R$ 300.000,00 
Não Processados: R$ 200.000,00 
Processados: R$ 100.000,00 
 
IMPORTANTE: 
 
Existem 02 tipos de restos a pagar não processados: 
 
Restos a pagar não processados a liquidar; e 
Restos a pagar não processados em liquidação. 
 
Restos a pagar não processado a liquidar: registrado o empenho, mas não 
ocorrido o fato gerador da obrigação. 
 
Restos a pagar não processado em liquidação: ocorrido o fato gerador da 
obrigação

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Mais conteúdos dessa disciplina